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[pt] A INFLUÊNCIA DAS FILOSOFIAS DE KANT E PLATÃO NA CONSTITUIÇÃO DA METAFÍSICA DE SCHOPENHAUER / [en] THE INFLUENCE OF THE PHILOSOPHIES OF KANT AND PLATO ON THE CONSTITUTION OF THE METAPHYSICS OF SCHOPENHAUERJEFFERSON SILVEIRA TEODORO 13 June 2022 (has links)
[pt] Esta pesquisa busca analisar a dependência que o sistema metafísico de
Schopenhauer possui em relação às filosofias de Kant e Platão. Para tanto,
argumentamos a favor de uma maior proximidade de Schopenhauer da matriz
racionalista do Ocidente, ainda que pese ser o elemento central de sua filosofia uma
coisa-em-si irracional. O trabalho percorre os aspectos epistemológicos,
cosmológicos, estéticos e éticos de seu pensamento tanto em relação às suas duas
maiores influências, Kant e Platão, quanto em relação ao contexto do Idealismo
Alemão. Portanto, o texto investiga como uma metafísica do irracional surge a
partir da assimilação, ressignificação e subversão do estatuto racionalista ocidental. / [en] The aim of this research is to analyze the dependence of the metaphysical
system of Schopenhauer in relation to the philosophies of Kant and Plato. For such,
we argue in favor of a closer proximity of Schopenhauer to Western rationalist
sources, even if the central element of his philosophy is an irrational thing-in-itself.
This work follows the epistemological, cosmological, aesthetic and ethical aspects
of his thought in relation to his two greatest influences, Kant and Plato, as much as
to the context of German Idealism. Therefore, the text investigates how a
metaphysics of the irrational springs from the assimilation, resignification and
subversion of the Western rationalist statute.
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[pt] ANTINOMIA IDEAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SCHELLING E HEGEL / [en] IDEAL ANTINOMIE: COMPARATIVE STUDY ON SCHELLING AND HEGELMIRIAN MONTEIRO KUSSUMI 09 November 2020 (has links)
[pt] A presente tese se propõe a fazer uma comparação das obras de Schelling e Hegel. Com a diferença entre coisa em si e fenômeno, Kant teria operado uma cisão entre sujeito e objeto. A partir disso, se descortina para nós um problema epistemológico, na medida em que há a delimitação das condições para nosso conhecimento, assim como uma questão ontológica, uma vez que se tem a mudança do sentido de objetividade e, por conseguinte, de realidade exterior. Nossa investigação então se concentra nas Antinomias da razão que apresentam dois discursos filosóficos opostos (organizados como tese versus antítese), tendo como horizonte a distinção entre fenômeno e coisa em si. Dando prosseguimento a isso, Fichte não apenas retém o sentido de subjetividade proposta por Kant com o sujeito transcendental, como ainda ressignifica o argumento antinômico a partir da distinção entre Eu (sujeito) e não-Eu (objeto). Essa diferença fundamenta duas tendências do pensamento filosófico, uma idealista, mais voltada para o sujeito e outra realista, que tem o objeto como ponto de partida. Assim, buscamos propor como a filosofia de Schelling e Hegel se encaixam nessa estrutura antinômica tanto presente em Kant como em Fichte com a distinção entre Eu e não-Eu e, respectivamente, as posições do idealismo e realismo. Schelling concebe um pensamento que se volta mais para a realidade exterior, algo que analisamos tanto em relação à sua Filosofia da Natureza e da Identidade. E na medida em que há uma filosofia que se volta para explicações ontológicas, Schelling propõe a intuição intelectual e a construção como meios epistemológicos de acesso ao Todo da Natureza, assim como à Identidade primeira. Ao contrário, Hegel resgata a questão transcendental na Fenomenologia do Espírito, não apenas demonstrando um desenvolvimento histórico inerente à consciência universal e ao Espírito, como também determina o que seria o Conceito. É então que nossa tese se concentra a investigação do que seria o conceitual como meio complexo para a organização da realidade. Observamos, assim, que Schelling e Hegel trazem dois projetos opostos tanto no que tange à epistemologia quanto à ontologia. Enquanto Schelling preza por uma filosofia centrada na realidade e seu desenvolvimento e, desse modo, o conhecimento será mais intuitivo, Hegel pensa em uma realidade organizada a partir do Conceito, o que lhe garante uma ontologia em que se torna claro o aspecto intelectualista ou melhor, lógico. Essa diferença se torna mais evidente no último capítulo, em que de fato comparamos a obra dos dois a partir do recorte proposto. É nesse sentido que, para responder à questão kantiana sobre sujeito e objeto, de modo a propor uma reunificação desses dois elementos, Schelling e Hegel optam por posições opostas, o que os coloca em uma configuração antinômica por natureza. / [en] This dissertation aims to compare the works of Schelling and Hegel. Taking the difference of thing in itself and phenomenon as a starting point, Kant came up with a split between subject and object. This division is the origin of an epistemological problem, since it implies a sharp definition of the conditions for knowledge. But even more, it also suggests an ontological matter, since it proposes a change in the meaning of objectivity and, therefore, of external reality. Our research entails an analysis of the so-called Antinomies of reason that shows two opposing philosophical standpoints (arranged as thesis versus antithesis), that are constructed according to the previous distinction of phenomenon and thing in itself. Following from Kant s philosophy, Fichte not only maintains the idea of subjectivity proposed by Kant s transcendental subject, but also transforms the argument present in the Antinomies with his distinction between the I (subject) and the Non-I (object). This difference underlies two trends in philosophical thinking, one idealistic, more focused on the subject and the other realistic, which has the object as a starting point. Thus, we suggest that the philosophy of Schelling and Hegel fit into this antinomic structure both present in Kant and Fichte with the distinction between I and Not-I and, respectively, the positions of idealism and realism. Schelling develop a thought that turns more towards external reality, something that is evident when we analyze his Philosophy of Nature and the Philosophy of Identity. And insofar it concerns an ontological explanation of reality, it is possible to understand why Schelling sees the intellectual intuition and the construction of matter as the two possible epistemological access of the Whole of Nature, as well as the original Identity. On the contrary, Hegel brings back the transcendental problem in his Phenomenology of the Spirit, not only demonstrating a historical development regarding consciousness and Spirit, but also exposing what he calls the Notion (or the Concept). Therefore, we try to consider what Hegel meant with the Notion and how it is a sort of complex medium used to organize reality. It is possible to think that Schelling and Hegel bring two opposing alternatives concerning both an epistemological perspective and an ontological plan. While Schelling values a philosophy centered on reality and its development and, thus, a more intuitive kind of knowledge, Hegel thinks of reality as organized through the Concept, which clearly implies a conceptual, or even better, logical ontology. This distinction between the two philosophers becomes more evident in the last chapter, in which we compare Schelling and Hegel. In this sense, in relation to the Kantian problem about subject and object, they try to offer a reconciliation of these two terms. And they do this by formulating two different philosophical perspectives, something that place them in an antinomic position.
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[pt] DE QUIMERAS MARTELADAS: SOBRE POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE LIMA BARRETO E NIETZSCHE / [en] ON HAMMERED CHIMERAS: ABOUT POSSIBLE DIALOGUES BETWEEN LIMA BARRETO AND NIETZSCHEANDRE MESQUITA PENNA FIRME 10 September 2021 (has links)
[pt] Este trabalho se desenvolve em três etapas, nas quais o contato entre Lima Barreto e Nietzsche caminha do contato do primeiro com as obras do segundo ao que há de mais profundo na forma como os dois autores constroem o mundo, um no final do século XIX, o outro no início do século XX. O escritor carioca, imerso em um contexto intelectual fervilhante nas primeiras décadas do século, teve contato com as correntes filosóficas mais importantes que circulavam no Rio de Janeiro do período. Tornou-se quase inevitável o contato com as obras de Nietzsche, que desde fins da década de 1890 tornara-se fenômeno no mundo intelectual, sendo absorvido por segmentos letrados específicos que usavam suas obras como embasamento de renovações estéticas e morais. Nesse contexto, Lima Barreto rechaça o pensamento nietzschiano como o que havia de mais vil, burguês e contrário aos ideais de solidariedade e comunidade que pregava. Contudo, uma leitura mais atenta permite entrever, por trás do debate público, uma relação mais imbricada entre a forma como os dois autores entendem a existência em um mundo que parecia fragmentar-se. A repetição nas anotações de Lima Barreto da frase do prólogo do Zaratustra nos abre uma leitura em que a perspectiva da construção do Eu – em uma literatura que caminha entre a complexidade de um mundo de aparência e o processo trágico de dissolução do sujeito – apontam para a crítica ao idealismo e para a fundamentação artística de um mundo em devir, seja nas exortações de Zaratustra, seja no caminhar de Gonzaga de Sá. / [en] This work is developed in three stages, in which the contact between Lima Barreto and Nietzsche moves from the contact of the former with the works of the later to what is most profound in the way the two authors build the world, one in the late nineteenth century, the other in the early twentieth century. The writer from Rio de Janeiro, immersed in a vibrant intellectual context in the first decades of the century, had contact with the most important philosophical currents that circulated in Rio de Janeiro at that time. Contact with Nietzsche s works became almost inevitable, as since the late 1890s he had become a phenomenon in the intellectual world, being absorbed by specific literate segments that used his works as a basis for aesthetic and moral renewals. In this context, Lima Barreto rejects Nietzsche s thought as the most vile, bourgeois and contrary to the ideals of solidarity and community that he preached. However, a closer reading allows us to glimpse, behind the public debate, a more intertwined relationship between the way in which the two authors understand existence in a world that seemed to be fragmenting. The repetition in Lima Barreto s notes of the sentence in the prologue of Zarathustra opens up a reading in which the perspective of the construction of the Self – in a literature that walks between the complexity of a world of appearance and the tragic process of dissolution of the subject – points to the critique of idealism and the artistic foundation of a world in the process of becoming, whether in Zarathustra s exhortations or in the wandering of Gonzaga de Sá.
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[en] THE THING IN ITSELF, THE TRANSCENDENTAL OBJECT AND THE NOUMENON: CONCEPTS AND CONNECTIONS IN THE CRITIQUE OF PURE REASON / [pt] A COISA EM SI MESMA, O OBJETO TRANSCENDENTAL E O NÚMENO: CONCEITOS E CONEXÕES NA CRÍTICA DA RAZÃO PURATHOMAZ ESTRELLA DE BETTENCOURT 10 May 2019 (has links)
[pt] Guiada pelo duplo propósito de esclarecer o significado dos conceitos de númeno, objeto transcendental e coisa em si mesma e de encontrar uma interpretação satisfatória para o problema da afecção transcendental, esta tese se desdobra em três partes. A primeira investiga a origem do conceito de númeno na Dissertação inaugural e analisa seus desdobramentos nas duas edições da Crítica da razão pura. Observaremos que o númeno pensado em seu sentido positivo passa a ser descrito como um conceito problemático, enquanto pensado em seu sentido negativo se revela imprescindível para a doutrina da sensibilidade. A segunda parte trata da definição kantiana de objeto transcendental e de suas relações com a coisa em si mesma e com a apercepção transcendental. Veremos que apesar de Kant associar o conceito de objeto transcendental à apercepção transcendental, ele não identifica o objeto em si mesmo com a apercepção. A terceira parte examina extensivamente o papel da coisa em si mesma em momentos cruciais da Crítica. A partir dessa perspectiva mais abrangente, notaremos que a noção de coisa em si mesma se relaciona com a razão e com entendimento de modos específicos, orientando e delimitando o conhecimento. A chave da interpretação erguida ao longo desse percurso é encontrada na conclusão da tese. Poderemos então finalmente mostrar que os conceitos de númeno, objeto transcendental e coisa em si mesma têm, cada um, uma função crítica sob a perspectiva da reflexão transcendental e, além disso, que a afecção pode ser considerada, assim como os objetos, tanto do ponto de vista empírico como do transcendental. / [en] Guided by the dual purpose of clarifying the meanings of the concepts of noumenon, transcendental object and the thing in itself and finding a satisfactory interpretation of the problem of transcendental affection, this thesis unfolds itself in three parts. The first researches the origin of the concept of noumenon in the Inaugural Dissertation and analyzes its development in both editions of the Critique of Pure Reason. We shall observe that noumenon thought in its positive sense turns out to be described as a problematic concept, while thought in its negative sense reveals to be essential to the doctrine of sensibility. The second part deals with the Kantian definition of the transcendental object and its connections with the thing in itself and with transcendental apperception. We shall see that although Kant associates the concept of the transcendental object with the transcendental apperception, he does not identify the object in itself with the apperception. The third part examines thoroughly the role of the thing in itself in crucial moments of the Critique. From this broader perspective, we shall notice that the notion of thing in itself relates to reason and understanding in specific ways, guiding and delimiting knowledge. The key to the interpretation built throughout this course is found in the conclusion of the thesis. We shall finally be able to show that the concepts of noumenon, transcendental object and thing in itself have, each, a critical function from the perspective of the transcendental reflection and, furthermore, that the affection can be considered, as well as the objects, either from the empirical or from the transcendental point of view.
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[en] THE LIBERAL TRADITION OF THE UNITED STATES AND ITS INFLUENCES ON FOREIGN POLICY REFLECTIONS / [pt] A TRADIÇÃO LIBERAL DOS ESTADOS UNIDOS E SUA INFLUÊNCIA NAS REFLEXÕES SOBRE POLÍTICA EXTERNAGERALDO NAGIB ZAHRAN FILHO 18 May 2005 (has links)
[pt] São muitas as análises sobre a política externa dos Estados Unidos, mas
dentre todas elas destaca-se um tipo específico que utiliza a distinção entre
políticas realistas e idealistas para caracterizá-la. A presente dissertação dialoga
com esse tipo de análise da política externa do país, fornecendo uma alternativa
para essa interpretação bipartida entre realismo e idealismo. Resgatando o
conceito da tradição política liberal nos Estados Unidos, desenvolvido pela
primeira vez pelos adeptos do paradigma da história consensual da década de 50,
esta pesquisa identifica as influências dessa tradição liberal na política externa.
Segundo a idéia de tradição liberal, a grande característica da política nos Estados
Unidos é a ausência de uma tradição conservadora; os valores liberais estão
completamente difundidos e impregnados no pensamento político do país. O
maior reflexo desse fato na política externa é a capacidade dos Estados Unidos de
projetarem seus interesses e valores particulares como universais. Tal
característica se sobrepõe à suposta divisão da política externa em vertentes
realistas e idealistas. Assim, a pesquisa se desenvolve analisando as relações
existentes entre as análises de política externa que se utilizam dessa distinção
entre realismo e idealismo e a tradição liberal, em dois momentos específicos: no
fim da Segunda Guerra Mundial, período em que essas análises começam a se
disseminar, e no pós-Guerra Fria. / [en] There are a great number of analyses on United States
foreign policy, but
among all of them there is a specific kind that uses a
distinction between realist
and idealist polices to classify it. The present
dissertation engages itself with this
specific kind of analysis, proposing an alternative to this
realist-idealist
interpretation. Recalling the concept of the liberal
tradition of the United States,
first developed by the followers of the consensus history
paradigm during the
decade of 50, this work identifies the influences of this
liberal tradition on United
States foreign policy. In accordance with the argument of
the liberal tradition, the
major characteristic of politics in the United States is
the absence of a
conservative tradition; the liberal values are completely
embedded on the political
thought of the country. The great reflex of this fact on
foreign policy is the
capacity of the United States in projecting its own
interests and values as if they
were universals. This characteristic supplants the supposed
realist-idealist division
of foreign policy. In this way, this work develops an
analysis of the relations
between the writings on foreign policy that use this
realist-idealist division and the
liberal tradition, in two specific moments: the end of
World War II, at the time
when this distinction starts to spread, and at the end of
Cold War.
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