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[en] THE FORMS OF INFAMY: POLITICS AND AESTHETICS IN THE WORK OF JORGE LUIS BORGES (1921-1955) / [pt] AS FORMAS DA INFÂMIA: POLÍTICA E ESTÉTICA NA OBRA DE JORGE LUIS BORGES (1921-1955)GUSTAVO NAVES FRANCO 22 December 2009 (has links)
[pt] O trabalho é apresentado como uma contribuição à bibliografia crítica sobre
a obra de Jorge Luis Borges, enfocando aspectos políticos da trajetória intelectual
do autor, e conferindo-lhes uma relevância específica em sua produção literária. A
princípio, são analisados poemas e ensaios publicados por Borges na década de
1920, em sua vinculação a um projeto romântico de renascimento da raça criolla,
que teve seu auge no momento da reeleição de Hipólito Yrigoyen à presidência da
Argentina, em 1928. Já em 1930, no entanto, o fracasso desta experiência e o
processo de degradação do ambiente político mundial trariam uma decisiva
inflexão na postura de Borges. A partir daí, seria configurada uma mais duradoura
identificação do escritor com um conjunto de práticas e valores associados ao
século XIX e à tradição britânica, por ele recebidos através da leitura de diversos
autores, sobretudo G. K. Chesterton. Simultaneamente, foi constatado que, com o
agravamento da crise européia, seus comentários em revistas e jornais portenhos
se voltam para a crítica e a sátira de projetos utópicos de organização social, de
matriz francesa ou germânica, ambos atrelados a paradigmas estéticos (o primeiro
ao articular os princípios da l’art pour l’art com o argumento pacifista, e o
segundo apropriando-se de hábitos expressionistas, em um programa de
renascimento da raça ariana). A delimitação destas três vertentes justifica uma
leitura dos contos escritos por Borges na primeira metade da década de 1940, com
ênfase para seu viés paródico, mas neles notando também o reconhecimento da
derrocada dos padrões morais, estéticos e políticos do legado inglês. Enfim, foi
examinado o diálogo de Borges com a literatura norte-americana, na medida em
que ele teria encontrado aí a representação de uma nova imagem do mundo, à qual
estariam associados contos como La biblioteca de Babel e El Aleph. / [en] The work is presented as a contribution to the critical bibliography on Jorge
Luis Borges, focusing political aspects of the author´s intellectual formation, and
attributing to them a specific relevance on his literary production. At first, it
consists on an exam of Borges’ poems and essays published on the 1920’s, in
their associations to a romantic project for the rebirth of a local and authentic race,
which had its climax with the re-election of Hipólito Yrigoyen to the presidency
of Argentina in 1928. However, the failure of this experience and the process of
degradation of the international politic conjuncture, during the next decade, bring
a decisive inflexion in Borges’ attitude. From then on, he would profess
identification to a conjugation of practices and values corresponding to the
ninetieth century and to the British legacy, received by him trough the reading of
various authors, G. K. Chesterton in special. Simultaneously, with the aggravation
of the European crisis, his works tend to the critic and satire of utopian projects of
social organization, in their French and Germanic origins, both dependent on
aesthetic paradigms (the first articulating principles of the art pour l’art and the
pacifist cause, the second converting expressionist habits in a program for the
rebirth of Arian race). The delimitation of these three frames justifies an
interpretation of the short stories written in the first half of the 1940’s, with
emphasis to their parodistic strains, but also their recognition of the decline of
moral, aesthetic ad political English patterns. At last, the dialog between Borges
and the North-American writers is stressed, so long as he found in them the
representation of a new image of the world, consolidated from 1945 on, and
where he discovered the possibility of a contemporary poetics, exemplified in the
mystical experience described in El Aleph.
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[en] ETERNITY IN THE WORKS OF JORGE LUIS BORGES / [pt] A ETERNIDADE NA OBRA DE JORGE LUIS BORGESPAULA MARCHESINI DE SOUZA MENDES 15 April 2008 (has links)
[pt] O presente trabalho analisa as figurações e o sentido do
conceito de
eternidade na obra de Jorge Luis Borges. No primeiro
capítulo, destaca os
principais símbolos borgianos atrelados ao conceito (a
palavra, o nada, o eu, os
animais, etc.); no segundo, as principais refutações do
tempo, encontradas nos
ensaios do autor; no terceiro e último capítulo, examina de
que maneira o conceito
de eternidade se vincula ao próprio fazer literário do
escritor e à sua concepção de
literatura. Tal análise quer proporcionar um novo enfoque
sobre o trabalho do
autor argentino, frizando, por trás de sua obsessão por
labirintos, por enigmas e
pelo problema do tempo, sua busca pelo centro, ou pela
solução do enigma do
tempo, vislumbrada, através da arte literária, no conceito
de eternidade. Além
disso, deseja analisar a relação ambígua que o autor
mantinha com o conceito de
eternidade, que via, ora como uma quimera que o homem deve
abandonar para
fazer parte do mundo, ora como um objetivo impossível que,
somente através da
literatura, pode ter algum significado para os homens. / [en] The present document analyzes the figurations and the
meaning of the
concept of eternity in the work of Jorge Luis Borges. In
the first chapter, it points
out the main borgesian symbols linked to the concept (the
word, the nothing, the I,
the animals, etc.); in the second chapter, the main
refutations of time, found in the
author´s essays; in the third and last chapter, it examines
in what way the concept
of eternity is related to the writer´s process of literary
creation and to his very
concept of literature. Such analysis means to offer a new
approach towards the
argentine author´s work, emphasizing, behind his obsession
with labyrinths,
enigmas and with the problem of time, his search for the
center, or for the solution
of the enigma of time, seen, through literary art, in the
concept of eternity. Apart
from that, it wishes to analyze the ambiguous relation the
author maintained with
the concept of eternity, seeing it at times as a dream that
man should abandon to
be part of the real world and, at other times, as an
impossible goal that, only
through literature, could have any meaning to men.
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[fr] LA VILLE COMME PERSONNAGE: UNE ÉTUDE DU PASSÉ ET DE L AVANT - GARDE DANS LE BUENOS AIRES DE L ÉCRIVAIN JORGE LUIS BORGES / [pt] A CIDADE COMO PERSONAGEM: UM ESTUDO SOBRE PASSADO E VANGUARDA NA BUENOS AIRES DO ESCRITOR JORGE LUIS BORGESALESSANDRO VENTURA DA SILVA 10 April 2008 (has links)
[pt] Tema desta dissertação, o escritor Jorge Luís Borges nasceu
em Buenos
Aires, centro político-financeiro e capital da Argentina no
ano de 1899.
Remontando à aurora de seus escritos, o momento de largada
de sua produção
literária coincide com um intenso processo modernizador em
sua cidade natal.
Com efeito, frente a uma Argentina que cresce em escala
alarmante, Borges em
1921 e aos 21 anos regressa a Buenos Aires após uma
temporada de sete anos em
solo europeu. Ao chegar se depara com uma cidade
profundamente distinta de
quando partiu: aumento populacional, imigração maciça e uma
inegável
transformação no tecido físico da cidade e dos meios de
transportes. Estas novas
características faziam parte do impulso modernizante que
soprara na capital
portenha. Por seu turno, Borges engaja-se nas correntes
vanguardistas do período
e do seu interior fazia ecoar tanto um tom de franco
otimismo acerca das recentes
possibilidades de intervenção no panorama literário local,
quanto numa clave
melancólica, um Fervoroso lamento poético sobre a abrupta
transformação de sua
cidade Buenos Aires.Esta dissertação tem como objetivo
analisar o movimento
literário do escritor frente às alterações que permitiram
um alcance mais amplo
para sua prática vanguardista, assim como refletir sobre o
sentimento de
perplexidade que se deu em seu retorno, ao perceber uma
cidade alterada em seus
traços primordiais. Desta forma, o entusiasmo de vanguarda
será discutido à luz
dos manifestos assinados pelo autor e seus textos
programáticos de renovação
literária. Quanto a outra postura, será analisada pelo
Réquiem produzido por
Borges em seu primeiro livro de poemas Fervor de Buenos
Aires em que o
escritor dá ensejo ao movimento de irrealização de uma
realidade percebida como
estranha com o fito de realizar seu imaginário. / [fr] Thème de cette dissertation, l écrivain Jorge Luis Borges,
né en 1899 à
Buenos Aires, centre politico-financier et capitale de
l Argentine. En reprenant le
début de sa production littéraire, on remarque que celui-ci
coïncide avec le
moment d un intense processus modernisateur dans sa ville
natale. En effet, face à
une Argentine qui grandit dans des proportions alarmantes,
Borges, en 1921,
revient à Buenos Aires après un séjour de sept ans sur le
sol européen. En
arrivant, il sera confronté à une ville profondément
distincte de celle qu il a
quittée: augmentation de la population, immigration en
masse et une inégale
transformation dans le tissu physique de la ville et des
moyens de transport. Ces
nouvelles caractéristiques faisaient partie de l impulsion
modernisatrice qui
soufflait dans la capitale porteña. À son retour, Borges
s engage dans les courants
avant-gardistes du moment et y fait aussi bien éclore un
ton de franc optimisme
quant aux récentes possibilités d intervention dans le
panorama littéraire local
qu une note mélancolique, une fervente plainte poétique sur
l abrupte
transformation de sa ville, Buenos Aires.Cette dissertation
a pour objectif
d`analyser le mouvement littéraire de l écrivain face aux
altérations qui ont
permis une portée plus ample à sa pratique avant-gardiste,
ainsi que réfléchir sur
le sentiment de perplexité vécu à son retour, en voyant une
ville altérée dans ses
traits primordiaux. De cette façon, l enthousiasme de
l avant-garde sera discuté à
l aide des manifestes signés par l auteur, ainsi que ses
textes programmatiques
de rénovation littéraire. Quant à l autre posture, elle
sera analysée à partir du
Requiém produit par Borges dans son premier recueil de
poèmes Fervor de
Buenos Aires où l écrivain laisse la possibilité au
mouvement
d irréalisation d une réalité perçue comme étrange avec
l intention de réaliser
son imaginaire.
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[en] AESTHETICS OF LATIN-AMERICAN SPACE: COLONIALITY, SOVEREIGNTY, VIRTUALIZATION / [pt] UMA ESTÉTICA DO ESPAÇO LATINO-AMERICANO: COLONIALIDADE, SOBERANIA, VIRTUALIZAÇÃOJOSE ROBERTO ARAUJO DE GODOY 23 May 2022 (has links)
[pt] Este trabalho trata da contribuição do campo estético na reflexão sobre as consequências do processo colonial na América Latina; defendendo o conhecimento gestado em nosso continente como ferramenta de análise de nossos problemas. A hipótese central é de que o estético se particulariza em nosso continente, funcionando como um dispositivo presentificador de específicas condições do espaço latinoamericano,
ocupando-se de zonas imprecisas, habitadas por virtualidades e fantasmagorias, nas quais persistem resíduos de uma temporalidade arcaica, antimoderna, que atritam com as incessantes demandas progressistas da modernidade. Esses resíduos desdobram-se de modos diversos, em corpos, espacialidades, modos de viver e construir conhecimento, e são rearticulados pelo estético por meio de processos de virtualização que emergem em variadas formas criativas. Ao longo dos próximos
capítulos serão apresentados trabalhos que ocupam essas zonas imprecisas, produzidos
em diversas épocas e respondendo a distintas ambições. Da ficção de Jorge Luis Borges
às fotografias etnográficas do austríaco Martin Gusinde, na Terra do Fogo. Dos desenhos do arquiteto chileno Miguel Lawner, realizados em campos de concentração chilenos, durante a ditadura Pinochet, a narrativas recentes, que tratam das consequências do Golpe de 1964 no Brasil, em seu âmbito pessoal, familiar e coletivo, como é o caso de Ainda estou aqui (2015), de Marcelo Rubens Paiva, e A noite da
espera, de Milton Hatoum (2017). Trabalhos como esses são capazes de repor ou reapresentar o que foi destruído, apagado ou ocultado pelos Estados que aqui se configuram, a partir dos processos de independência nacional, possibilitando reatualizar na contemporaneidade as recorrências dos traumas de constituição do espaço colonial de nosso continente, em variadas encarnações das sociedades pós-coloniais. É essa importante tarefa de fazer do passado um elemento vivo entre nós, a principal
colaboração do estético para que enfim se possa emancipar a América Latina do papel
de dependência que ocupamos desde 1492. / [en] Aesthetics of Latin American space searches to investigate the contributions of aesthetic
field in the analyses of the colonial process, in Latin America, urging to recognize the
knowledge produced in our continent as a key to understand our problems. The main
hypothesis is the process of particularization of the aesthetic in Latin American,
working as an apparatus that bring to the present specifics conditions of Latin American
space, as some vague zones inhabited by virtualities and phantasmagoria, where
residues of an archaic, anti-modern temporality persist, fighting against the progressive demands of modernity. These residues unfold in different ways, in bodies, spatialities, ways of living and building knowledge, and are re-articulated and re-presented by the aesthetic through processes of virtualization that emerge in a diversity of creative forms. Throughout the next chapters, works that occupy these imprecise zones produced in different times and responding to different ambitions, will be presented. From Jorge Luis Borges s fiction to the ethnographic photographs of the Austrian priest Martin Gusinde, in Tierra del Fuego. From drawings by Chilean architect Miguel Lawner, made in concentration camps during the Pinochet dictatorship, to recent narratives that deal with the consequences of the 1964 s coup in Brazil, in the personal, familiar and collective spheres, in books as Ainda estou aqui (2015), by Marcelo Rubens Paiva, and A noite da espera, by Milton Hatoum (2017). Works like these are capable of replacing or re-presenting what was destroyed, erased or hidden by the States that emerge after processes of national independence, making it possible to bring to contemporaneity the recurrences of traumas that constitute colonial space in Latin American continent, in different incarnations of post-colonial societies. The complex work of making past a living element is the main contribution of the aesthetic to emancipate Latin America from the role of dependence that it have occupied since 1492.
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