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Hérnia de parede abdominal no paciente cirrótico: cirurgia ou tratamento conservador? / Abdominal hernia in cirrhotic patients: surgery or conservative treatment?Pinheiro, Rafael Soares Nunes 04 July 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: As hérnias de parede abdominal têm elevada incidência em pacientes cirróticos. Ascite e desnutrição contribuem para que essas hérnias adquiram grandes proporções, causando sintomas álgicos, decréscimo da qualidade de vida e maior risco de complicações locais que exijam tratamento cirúrgico de urgência. Contudo, o tratamento conservador é o mais empregado pela elevada morbimortalidade associada a procedimentos cirúrgicos nesses pacientes. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar os resultados do tratamento cirúrgico de hérnias de parede abdominal em pacientes cirróticos. MÉTODOS: Estudo prospectivo, baseado no seguimento de pacientes cirróticos com hérnia de parede abdominal no Ambulatório de Transplante Hepático do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, durante o período de 01/01/2009 à 01/11/2014. Foram analisadas as características demográficas, da hepatopatia, do tipo de hérnia, ocorrência de complicações e mortalidade dos pacientes que foram submetidos à cirurgia eletiva ou mantidos em acompanhamento clínico. Desse último grupo, os pacientes que apresentaram complicações com indicação de cirurgia, foram submetidos à cirurgia de urgência. Os pacientes submetidos à cirurgia eletiva foram selecionados de forma randômica. RESULTADOS: Foram avaliados 246 pacientes nesse período do estudo. A cirurgia eletiva foi realizada em 57 pacientes. Desses, 186 permaneceram em acompanhamento clínico. A incidência de complicações exigindo tratamento cirúrgico de urgência foi de 22,7% (43 pacientes). A sobrevida a longo prazo foi maior entre os pacientes submetidos à cirurgia eletiva em relação aos pacientes em acompanhamento clínico (p=0,012). A cirurgia de urgência apresentou maior incidência de complicações pós-operatórias e maior mortalidade em comparação à cirurgia eletiva (p=0,005). CONCLUSÕES: O paciente cirrótico, com hérnia de parede abdominal, apresenta elevada mortalidade em sua evolução, independente da realização da correção cirúrgica da hérnia. A cirurgia eletiva proporcionou maior sobrevida em comparação aos pacientes mantidos em acompanhamento clínico. A cirurgia de urgência foi um fator de risco para maior morbidade e mortalidade / INTRODUCTION: Cirrhotic patients have higher incidence of abdominal wall hernias. Ascistes and sarcopenia are risk factors to development of huge hernias, leading to pain, poor quality of life and need of urgent surgery due local complications. However, hernia surgery is usually delayed among cirrhotic patients due higher morbidity and mortality. OBJECTIVE: This study aimed to analyze the surgical treatment of abdominal wall hernias in cirrhotic patients. METHODS: A prospective, analytical study, based on follow-up of cirrhotic patients with abdominal wall hernia that were followed in Liver Transplant Clinic at the Hospital das Clinicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo, during the period from January 2009 to November 2014. We analyzed demographics, characteristics of liver disease, type of hernia, complications and mortality of patients who underwent elective hernia surgery or were kept in exclusive clinical follow up. The exclusive clinical group underwent urgent hernia surgery when indicated. Elective surgery was performed in unselected patients. RESULTS: We enrolled 246 patients during the study period. Elective surgery was performed in 57 patients. 186 patients had clinical follow up, incidence of urgent surgery was 22,7% (43 patients). Elective surgery provided better long term survival then clinical follow up (p=0.012). Urgent surgery had higher morbidity and it was an independent risk factor for mortality (p=0.005). CONCLUSIONS: cirrhotic patients with abdominal wall hernia have higher mortality, regardless of performing the surgical correction. Hernia elective repair provided better survival than patients in conservative treatment. Urgent surgery imposes higher morbidity and mortality than elective surgery
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Avaliação da recidiva do carcinoma hepatocelular em pacientes submetidos a transplante de fígado no Brasil / Recurrence of hepatocellular carcinoma assessment in patients submitted to liver transplantation in BrazilChagas, Aline Lopes 01 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O transplante (TX) de fígado corresponde ao tratamento de escolha em pacientes com cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC) precoce irressecável. A recidiva do CHC pós-transplante, entretanto, ainda apresenta impacto na sobrevida dos pacientes transplantados com este tumor. As taxas de recidiva, nos estudos mais recentes, variam de 8 a 20%. O tamanho e número de nódulos, a presença de invasão vascular e de nódulos satélites no explante, são fatores de risco relacionados à recidiva tumoral pós-transplante. No Brasil, observamos um crescimento importante do número de transplantes de fígado, inclusive por CHC. Entretanto, existem poucos estudos nacionais analisando os resultados do transplante hepático por CHC. Os objetivos do nosso estudo foram analisar as características demográficas, clínicas e a evolução dos pacientes submetidos a transplante hepático com CHC no Brasil, avaliando os fatores prognósticos relacionados com a recidiva do CHC pós-transplante e sobrevida e estudar o desempenho dos critérios de seleção para transplante utilizados no nosso país, os \"Critérios de Milão Brasil\" (CMB). MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo, multicêntrico, para analisar os resultados do transplante de fígado em pacientes com CHC, após a implantação do sistema MELD. Foram incluídos 1.119 pacientes transplantados com CHC, de 07/2006 até 07/2015, em 13 centros de transplante, no Brasil. Características clínicas, demográficas, exames laboratoriais e de imagem e dados anatomopatológicos, foram retrospectivamente analisados e correlacionados com a sobrevida e recidiva do CHC pós-transplante. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (81%), com uma idade média no TX de 58 anos. A etiologia mais associada ao tumor foi a Hepatite C (VHC), presente em 60% dos casos. O tempo médio de espera em lista foi de 9,8 meses. Setenta e oito pacientes (8%) foram incluídos por \"Down-staging\". Nos exames de imagem do diagnóstico, a maioria dos casos (67%) apresentava um nódulo, com tamanho médio de 30 mm; 85% estavam dentro dos Critérios de Milão (CM), 8% fora dos CM, mas dentro dos \"Critérios de Milão Brasil\" (CMB) e 7% fora de ambos os critérios. O tratamento do CHC em lista foi realizado em 67% dos pacientes. Na análise do explante, 44% apresentavam tumor uninodular, com tamanho médio de 26 mm e a maioria (71%) tinha CHC moderadamente diferenciado. A invasão vascular foi observada em 26% dos casos e nódulos satélites em 22%. No explante, 70% dos pacientes estavam dentro dos CM, 20,5% fora dos CM, mas dentro dos CMB e 9,5%fora de ambos os critérios. A sobrevida global foi de 79% em 1 ano, 72,5% em 3 anos e 63%, em 5 anos, com um tempo médio de seguimento de 28 meses. Excluindo os pacientes que foram a óbito no pós-operatório ( < 30 dias pós-transplante), a sobrevida global foi de 89% em 1 ano e 75%, em 5 anos. A recidiva do CHC pós-TX ocorreu em 8% (86/1.119) dos casos, em um tempo médio de 12 meses. A sobrevida livre de recidiva (SLR) foi de 94,4% em 1 ano e 88,3%, em 5 anos. A recidiva do CHC foi extra-hepática em 55% dos casos, hepática em 27% e hepática e extra-hepática em 18%. Os pacientes transplantados que evoluíram com recidiva tumoral apresentaram alta mortalidade, com uma sobrevida em 1 ano de 34% e em 5 anos de 13%. Em relação aos fatores prognósticos, os pacientes transplantados dentro dos Critérios de Milão apresentaram melhor sobrevida e SLR quando comparados aos pacientes transplantados fora dos CM, mas dentro dos CMB, tanto quando analisamos os dados do diagnóstico, quanto através da análise do explante. Os pacientes transplantados após realização de \"Down-staging\" apresentaram taxas de recidiva e sobrevida semelhantes aos pacientes transplantados sem \"Down-staging\". Os níveis séricos elevados de alfa-fetoproteína (AFP) foram um fator prognóstico importante de sobrevida e recidiva tumoral. Os melhores pontos de corte de AFP encontrados para avaliação do risco de recidiva e sobrevida foram: AFP > 400 ng/ml, no momento do diagnóstico e AFP > 200 ng/ml pré-transplante. Realizamos, também, uma comparação dos \"Critérios de Milão Brasil\" com os Critérios de Milão, através do índice IDI (Integrated Discrimination Index) e os CMB apresentaram performance inferior aos CM, na capacidade de classificar corretamente os pacientes em relação ao risco de recidiva tumoral. Os níveis séricos elevados de AFP, o estádio fora dos Critérios de Milão no momento do diagnóstico e no explante e a presença e invasão vascular no explante, foram fatores de risco independentes de recidiva do CHC pós-transplante e pior sobrevida. A idade > 60 anos e a etiologia da hepatopatia (VHC), também foram fatores prognósticos negativos de sobrevida. CONCLUSÕES: A presença de recidiva tumoral teve grande impacto na sobrevida do paciente transplantado com CHC. O estadiamento tumoral no diagnóstico e no explante, avaliado através dos Critérios de Milão, os níveis séricos elevados de AFP e a presença de invasão vascular no explante foram fatores prognósticos importantes de recidiva do CHC pós-transplante e sobrevida. Os pacientes transplantados após \"Down-staging\" apresentaram evolução pós-transplante semelhante a dos pacientes transplantados sem \"Down-staging\". Os pacientes transplantados fora dos CM, mas dentro dos CMB, apresentaram pior sobrevida, quando comparados aos pacientes dentro dos CM. Os CMB apresentaram desempenho inferior aos CM na capacidade de classificar corretamente os pacientes em relação ao risco de recidiva tumoral / INTRODUCTION: Liver transplantation (LT) is the treatment of choice for patients with cirrhosis and unresectable early hepatocellular carcinoma (HCC). HCC post-transplant recurrence, however, still has an impact on survival. In recent studies, the incidence of HCC recurrence after transplantation ranged from 8% to 20%. Tumor number, size, vascular invasion and satellite nodules have emerged as risk factors for HCC recurrence. In Brazil, in the last decade, we observed a significant increase in the number of liver transplants performed, including in patients with HCC. However, there are few national studies analyzing the results of liver transplantation for HCC. The aim of this multicentric study was to analyze the demographic characteristics, clinical features and outcomes of patients submitted to liver transplantation with HCC in Brazil, evaluate prognostic factors related to HCC post-transplant recurrence and survival, and study the performance of the national selection criteria for liver transplantation, the \"Brazilian Milan Criteria\" (BMC). METHODS: We conducted a national, multicentric, retrospective study to analyze the results of liver transplantation in patients with HCC, in \"MELD era\". Medical records of 1,119 transplanted patients with HCC between 07/2006 and 07/2015, from 13 transplant centers in Brazil, were collected. Patient and tumor characteristics, radiologic and pathologic data were retrospectively analyzed and correlated with post-transplant HCC recurrence and survival. RESULTS: Of the 1,119 HCC transplanted patients, median age was 57 years and 81% were male. Etiology of liver disease was HCV in 60%. Median time on transplant list was 9.8 months. Seventy-eight patients (8%) were included after \"Down-staging\". At diagnosis, most patients had uninodular HCC (67%) and median tumor burden was 30 mm. At diagnosis, in imaging studies, 85% of patients were within the Milan criteria (MC), 8% out of the MC but within the \"Brazilian Milan Criteria\" (BMC) and 6% out of both criteria. During the waiting list period, HCC treatment was performed in 67%. In explant analysis, tumor was uninodular in 46% and moderately differentiated in the majority of cases (71%). Median HCC size was 26 mm. Vascular invasion and satellite nodules were observed in 26% and 22% of patients, respectively. In explant, 70% of patients were within Milan Criteria, 20.5% outside MC but within BMC and 9.5% out of both criteria. Mean follow-up was 28 months, an overall survival was 79% in 1 year, 72.5% in 3 years and 63% in 5 years. Excluding patients who died within 30 days after surgery, overall survival was 89% in 1 year and 75% in 5 years. HCC post-transplant recurrence occurred in 86/1,119 (8%) cases, at a mean time of 12 months. Recurrence-free survival (RFS) was 94.4% in 1 year and 88.3% in 5 years. Sites of recurrence were extrahepatic in 55%, hepatic in 27% and both hepatic and extrahepatic in 18%. Transplanted patients with tumor recurrence presented high mortality, with 1-year survival rate of 34% and 5-year survival rate of 13%. Analyzing the prognostic factors, patients transplanted under Milan Criteria, in radiologic or explant analysis, presented better survival and RFS when compared to patients transplanted outside MC, but within BMC. Patients submitted to liver transplantation after \"Down-staging\" present long-term survival and RFS similar to patients transplanted without \"Down-staging\". Alpha-fetoprotein (AFP) levels were an important pre-transplant prognostic factor for tumor survival and recurrence. The best AFP cut off points found for relapse risk and survival assessment were: AFP at diagnosis > 400 ng / ml and AFP pre-transplant > 200 ng / ml. We also performed a comparison of the \"Brazilian Milan Criteria\" with the Milan Criteria through the Integrated Discrimination Index (IDI). The BMC presented a lower performance than the MC, in the ability to correctly classify patients in relation to the risk of relapse. Elevated AFP levels before liver transplantation, tumor outside Milan Criteria at diagnosis and in explant, and vascular invasion, were independent risk factors for post-transplant HCC recurrence and worse survival. Age > 60 years and etiology of liver disease (HCV), were also negative prognostic factors for survival. CONCLUSIONS: The presence of tumor recurrence had a major impact on survival of transplanted patients with HCC. Tumor staging, evaluated by Milan Criteria on imaging studies or explant analysis, high serum AFP levels and presence of vascular invasion in explant were important prognostic factors for post-transplant HCC recurrence and survival. Patients transplanted after Down-staging presented long-term outcomes similar to patients transplanted under conventional criteria. Patients transplanted outside Milan Criteria, but within \"Brazilian Milan Criteria\" presented worse survival, when compared to patients within MC. The BMC showed lower performance than MC in the ability to correctly classify patients in relation to the risk of tumor recurrence
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A fragilidade e sua relação com a mortalidade em idosos de uma comunidade brasileira / Frailty and its association with mortality in older people of a Brazilian communityRezende, Marina Aleixo Diniz 24 June 2016 (has links)
A fragilidade é uma síndrome geriátrica de causa multifatorial e está associada ao declínio funcional, à dependência, a quedas recorrentes, a fraturas, à institucionalização, hospitalização e morte. O objetivo deste estudo foi analisar a evolução da fragilidade e sua relação com a mortalidade em idosos que vivem em uma comunidade brasileira, em um período médio de seguimento de 2055,5 (dp=86,4) dias. Trata-se de uma coorte, realizada em duas avaliações na cidade de Ribeirão Preto-SP, com uma amostra na primeira etapa em 2007/2008 de 515 idosos e na segunda com 262 idosos que viviam na comunidade de ambos os sexos e idade igual ou superior a 65 anos. Os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares, utilizando-se os instrumentos de informação pessoal, perfil social, morbidades autorreferidas, Edmonton Frail Scale (EFS) e mortalidade. Os dados foram analisados por meio do Programa SPSS, onde foram realizadas as análises estatísticas. Utilizou-se análise univariada dos dados e para as variáveis qualitativas a distribuição de frequências absolutas(n) e relativas(%). Para as variáveis quantitativas, foram usados medidas de tendência central (média e mediana), dispersão (desvio-padrão); Teste t pareado, teste de qui-quadrado, teste de McNemar, teste de Wilcoxon, Coeficiente de correlação de Pearson, Exato de Fisher, Risco Relativo, análise de sobrevivência de Kaplan-Meier e Regressão de Cox. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Na primeira avaliação, em 2007/2008, participaram da pesquisa 515 idosos, sendo 67,4% do sexo feminino, média de idade de 75,37, sendo maior proporção de casados e média de 5,56 doenças. Em 2013, foram reavaliados 262 participantes, sendo maioria de mulheres com a média de idade de 79,31, maior proporção de viúvos e com média de doenças de 5,16. Quanto à evolução da fragilidade, houve um aumento significativo, durante o período de seguimento, com uma prevalência de fragilidade de 17,6%, em 2007/2008, e 50,4%, em 2013. Na análise dos itens da escala, percebeu-se uma diferença significativa entre as duas avaliações na função cognitiva, internação dos últimos 12 meses, descrição do estado de saúde, capacidade funcional, polifarmácia, incontinência urinária e desempenho funcional. Observou-se, ainda, uma correlação entre a escolaridade e o número de doenças e fragilidade, em que quanto menor a escolaridade, maior o escore de fragilidade. E quanto maior a evolução do número de doenças, maior o escore de fragilidade. Entre os idosos que faleceram, a maioria era do sexo feminino, com uma média de idade de 79,18 anos, maior percentagem de viúvos e 45,7% frágeis. O risco relativo de óbito foi significativamente maior entre os idosos mais velhos e entre aqueles que não tinham companheiro. Ao verificar a análise de sobrevivência, constatou-se ainda que a proporção de sobreviventes foi significativamente maior entre os idosos que tinham companheiro e entre aqueles não frágeis. E considerando o modelo de regressão de Cox, verificou-se que o grupo etário e a fragilidade foram preditores para o óbito. Portanto, reconhecer os fatores que contribuem para a evolução da fragilidade pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e, consequentemente, para uma maior sobrevida / Frailty is a geriatric syndrome of multifactorial cause and is associated with functional decline, dependency, recurrent falls, fractures, institutionalization, hospitalization and death. The objective of this study was to analyze the evolution of frailty and its association with mortality in older people who live in a Brazilian community in a mean follow-up period of 2055.5 (sd=86.4) days. This is a cohort study conducted in two assessments in the city of Ribeirão Preto, in the state of São Paulo, Brazil, with a first stage sample of 515 older people in 2007 and 2008, and the second with 262 older people of both genders, aged 65 years and older, who lived in the community. Data were collected by means of home visits, with the use of the following tools: personal information, social profile, self-reported morbidities, Edmonton Frail Scale (EFS) and mortality. The data were analyzed by means of the SPSS software, where statistical analyses were conducted. Univariate analysis of the data, and absolute(n) and relative(%) frequencies for qualitative variables were used. Measures of central tendency (mean and median), dispersion (standard deviation); paired t-test, chi- squared test, McNemar\'s test, Wilcoxon signed-rank test, Pearson\'s correlation coefficient, Fisher\'s exact test, relative risk, Kaplan-Meier survival analysis and Cox regression were used for quantitative variables. The research project was approved by the Ribeirão Preto College of Nursing Ethics Committee, at University of São Paulo. In the first assessment in 2007 and 2008, 515 older people participated in the study, being 67.4% women, with a mean age of 75.37 years, a higher proportion of married individuals and who had a mean of 5.56 diseases. In 2013, 262 participants were re-evaluated, being most women with a mean age of 79.3 years, with a higher proportion of widowers and a mean of 5.16 diseases. Regarding the evolution of frailty, a significant increase was observed during the follow-up period, with frailty prevalence of 17.6% in 2007 and 2008, and 50.4% in 2013. In the analysis of the scale items, a significant difference was observed between the two assessments as for the cognitive function, hospitalization in the last 12 months, description of the health condition, functional capacity, polypharmacy, urinary incontinence and functional performance. A correlation between education and number of diseases with frailty was also observed, in which, the lower the education level, the higher the frailty score, and the higher the evolution of the number of diseases, the higher the frailty score. Among the older people who died, most were women, with a mean age of 79.18 years, with a higher proportion of widowers and 45.7% frail individuals. The relative risk of death was significantly higher among the oldest individuals and those who did not have partners. When verifying the survival analysis, it was also noted that the proportion of survivors was significantly higher among the older people who did not have partners and those who were not frail. Moreover, considering the Cox regression model, it was verified that age group and frailty were predictors for death. Therefore, recognizing factors that contribute to the evolution of frailty can contribute to improving quality of life, and consequently having a longer life
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Tendência secular da alimentação de crianças brasileiras menores de cinco anos nas três últimas décadas / Secular trend of Brazilian young child feeding practices in last three decades.Rinaldi, Ana Elisa Madalena 23 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: As recomendações alimentares na infância são a exclusividade do leite materno (LM) até o 6º mês, sua extensão mínima até o 24º mês e introdução programada de alimentos semissólidos e sólidos até os dois anos. O padrão alimentar na infância influencia preferências sensoriais e indicadores de saúde nos ciclos de vida subsequentes. OBJETIVO: Analisar a tendência secular da alimentação de crianças brasileiras menores de cinco anos nas três últimas décadas. MÉTODOS: Os dados foram provenientes da amostra de crianças menores de cinco anos das três Pesquisas de Demografia e Saúde realizadas no Brasil em 1986, 1996 e 2006. O aleitamento materno (AM) foi descrito segundo indicadores propostos pela Organização Mundial da Saúde (2008). As medianas do AM e do aleitamento materno exclusivo (AME) e os seus fatores preditores foram estimadas por modelo de regressão de Cox. Os padrões alimentares (PA) foram identificados por análise de componentes principais (ACP) e, em seguida, foram calculados os escores de cada PA. Estes PA foram incluídos como desfechos em modelos de efeitos mistos cujos fatores preditores associados foram aqueles referentes à saúde materno-infantil e sociodemográficos. RESULTADOS: Entre 1986 e 2006, o percentual de crianças expostas ao LM foi de 91 para 97 por cento e a duração mediana, de 6 para 12 meses. Entre 1996 e 2006 a mediana do AME aumentou de 0,7 para 2 meses. A amamentação na 1ª hora de vida foi fator protetor para a duração do AME e do AM. A duração mediana do AME foi homogênea entre as regiões, associada de forma direta com relação de pré-natal, escolaridade materna e índice de riqueza. A duração mediana do AM foi associada de forma inversa com nascimento por parto cesáreo em hospital privado, intervalo interpartal inferior a 24 meses e difere segundo região geográfica, sendo superior no Norte brasileiro. Foram identificados quatro padrões alimentares para as crianças com idade entre 6 e 59 meses: PA1(iogurte, carnes, tubérculos, hortaliças, frutas), PA2(líquidos, leites não-maternos, carnes e carga fatorial negativa para leite materno e papas à base de farinhas enriquecidas), PA3(líquidos, sucos de frutas, papas à base de amido industrializado, papas à base de farinha enriquecida, iogurte e carga fatorial negativa para carnes vermelhas) e PA4(leite não-materno, fórmulas e carga fatorial negativa papas à base de farinhas enriquecidas e ovopeixefrango). A prática dos padrões PA1 e PA3 foi superior entre crianças que recebiam leite materno. O padrão PA1 foi distribuído de forma homogênea entre as regiões enquanto os outros padrões alimentares apresentaram comportamento distinto entre as regiões. A mudança mais expressiva no período analisado foi a virtual substituição do PA4 pelo PA3, cuja composição de alimentos se aproxima mais das recomendações para faixa etária. CONCLUSÃO: O quadro pró-aleitamento materno é centrado principalmente na exposição universal ao LM e na sustentação desta exposição, refletida no incremento da sua duração mediana. Entretanto, o avanço na duração do AME é menos expressivo no período. O aumento da exposição aos alimentos sólidos entre as crianças menores de 12 meses representa a principal alteração dos padrões alimentares entre 1996 e 2006. Três padrões alimentares das crianças menores de cinco anos são influenciados regionalmente e um deles socialmente. / INTRODUCTION: The infant and recommendations are exclusive breastfeeding (EBF) at six months, breastfeeding at least 24th months and the programmed introduction of solid, semi-solid or soft foods with breast milk until 24 months. Early dietary patterns can explain the sensory preferences and the health indicators throughout the life course. OBJECTIVE: To analyze the secular trend of Brazilian young child feeding practices in last three decades. METHODS: The under five children sample was from three probabilistic Brazilian Demographic Health Surveys carried out in 1986, 1996 and 2006. The breastfeeding (BF) was described according to the indicators from World Health Organization (WHO, 2008). The BF and exclusive breastfeeding (EBF) medians and the predictor factors were estimated using Cox regression model. The dietary patterns (DP) were identified by principal component analysis (PCA) and the dietary pattern scores were included as outcome variables in logistic mixed model. The predictive variables were sociodemographic, maternal and infant health. The complex design sample was considered in statistical analysis. RESULTS: In the period between 1986 and 2006, the percentage of children exposed to breast milk increased from 91 to 97 per cent and the BF median increased from 6 to 12 months and the EBF increased from 0.7 to 2.0 months. Early initiation of breastfeeding was a protective factor for BF and EBF length. The EBF length was uniform among geographic regions and it was directly associated with antenatal care, maternal schooling and wealth index. The EF median was inversely associated with cesarean delivery in private hospital, birth interval less than 24 months and it was different among regions (higher in North). Four DP were identified for children age 6 to 59 months: PA1(composed of yogurt, red meat, chicken, eggs, tubers, vegetables and fruits), PA2(composed of liquids, non-breast milk, red meat, chicken, eggs and negative loadings for breast milk and enriched starch porridge), PA3(composed of liquids, fruit juices, industrialized starch porridge, yogurt and negative factor loadings for red meat) and PA4( composed of non-breast milk, formula and negative factor loadings for enriched starch porridge and egg/fish/chicken). The PA1 and PA3 practices were higher among breastfed children. The PA1 dietary pattern was uniform among geographic regions otherwise, another patterns were differently distribute. The most important DP change was the virtual replacement PA4 for PA3, that was more appropriated for children aged higher than 12 months. CONCLUSION: The pro-breastfeeding scenarium is focused mainly in children universally exposed to BF and the upkeeping of BF, assessed by BF median duration. However, in this survey periods, the increase of EBF duration is lower than the BF duration. The increased solids exposure in children under 12 months expresses the main dietary pattern change between 1996 and 2006. Three dietary patterns of under five children are predicted by geographic region factors and one of them by socioeconomic factors.
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Mortalidade relacionada ao transplante e fatores associados em pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas: estudo de coorte / Transplant-related mortality and associated factors in patients submitted to hematopoietic stem cells transplantation: a cohort studyPóvoa, Valéria Cristina Oliveira 08 July 2015 (has links)
Introdução: O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) tornou-se um procedimento terapêutico mundialmente aceito sobretudo pelo impacto positivo na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes com doenças onco-hematológicas. No entanto, a mortalidade ainda é alta e influenciada por fatores de natureza individual e terapêutica. Objetivo: Analisar a mortalidade relacionada ao transplante (MRT) nos pacientes submetidos ao TCTH e seus fatores associados. Método: Coorte prospectiva realizada com 60 pacientes internados na unidade de TCTH do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Os dados foram obtidos pela análise diária dos prontuários. A variável dependente foi a MRT e as variáveis independentes foram demográficas e de evolução clínicas, incluindo escore de risco pré-TCTH (EBMT) e o SAPS II. Na análise dos dados foram utilizados os testes Qui-quadrado, Exato de Fisher, o teste t de Student e Mann-Whitney. Na análise da MRT utilizou-se o método de kaplan-Meier e o Modelo de Cox. Considerou-se nível de significância igual a 5%. Resultados: A MRT foi de 15% aos cem dias do TCTH, de 18,9% no grupo de pacientes de TCTH alogênico e de 8,7% para os de TCTH autólogo. A infecção foi a principal causa de óbito. Na amostra, o tempo médio de sobrevida dos pacientes foi de 83,2 dias (DP 32,7). No grupo de pacientes não sobreviventes a maioria pertencia ao sexo masculino, com média de idade de 48,7 anos e diagnóstico principal de leucemia. Quanto à gravidade destes pacientes, o escore de risco pré-TCTH (EBMT) foi de 4,1 pontos e do SAPS II geral foi de 52,6 pontos, o que correspondeu a um risco médio de morte de de 38,4%. Os fatores associados à MRT, em cem dias, foram faixa etária (p=0,0306), presença de infecção (p=0,0216), número de infecções (p=0,0386), ocorrência de enxertia (p<0,0001), uso de ventilação mecânica (p<0,0001) e de drogas vasoativas (p<0,0001). O índice de gravidade SAPS II foi fator preditor para MRT (p=0,0001). Conclusão: O índice de gravidade SAPS II, preditor para MRT em cem dias, mostrou que o paciente submetido ao TCTH é grave e necessita de cuidado especializado e intensivo. / Hematopoietic stem cells transplantation (HSCT) has become a therapeutic procedure accepted worldwide, particularly because of its positive impact on survival and quality of life of patients with onco-hematological diseases. However, the mortality is still high and it is influenced by factors of individual and therapeutic kinds. Objective: To analyze the transplant-related mortality (TRM) on patients submitted to HSCT and its associated factors. Methodology: Prospective cohort study with 60 patients hospitalized in the HSTC unit of the Clinical Hospital of the State University of Campinas (Unicamp). Data was obtained by daily analysis of the medical records. The dependent variable was the TRM and the independent variables were demographic and clinical development, including pre-HSCT risk score (EBMT) and SAPS II. For data analysis were used the Chi-square, Fishers exact tests, Students t-test, Mann-Whitney. On TRM analysis were used Kaplan-Meier and Cox Model method. It was considered a significance level of 5%. Results: The TRM was 15% to a hundred days of HSCT, 18,9% to allogeneic HSCT patients and 8,7% to autologous HSCT. Infection was the main cause of death. In the sample, the median survival time of the patients was 83,2 days (DP 32,7). In the group of non-surviving patients the most were male, with an average age of 48,7 years and the main diagnosis was leukemia. Regarding to the severity of these patients, the pre-HSCT risk score (EBMT) was 4,1 points and general SAPS II was 52,6 points, which corresponds to an average death risk of 38,4%. The TRM associated factors on a hundred days were age (p=0,0306), presence of infection (p=0,0216), number of infections (p=0,0386), occurrence of grafting (p<0,0001), mechanical ventilation use (p<0,0001) and vasoactive drugs (p<0,0001). The severity rate SAPS II was a predictive factor for TRM (p=0,0001). Conclusion: The severity rate SAPS II was predictive for TRM on a hundred days and showed that the patient submitted to HSCT is severe and demands specialized and intensive care.
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Estado nutricional aos 20 anos como fator de risco para incidência precoce de doenças crônicas não transmissíveis entre adultos de 30 a 49 anos / Nutritional status at age 20 as a risk factor for early incidence of chronic non-communicable diseases among adults from 30 to 49 years.Malta, Evellin Damerie Venancio Müller 08 April 2016 (has links)
Introdução: O excesso de peso em adultos jovens está associado ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e à diminuição da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade precoce. A transição da adolescência para a fase adulta é o período de maior risco para a incidência da obesidade. Objetivo: Estimar o efeito o índice de massa corpora (IMC) aos 20 anos sobre a incidência de DCNT em adultos brasileiros com idade entre 30 a 49 anos. Métodos: Foram selecionados 12.079 indivíduos de 30 a 49 anos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada no ano de 2013. O modelo adotado para determinação das DCNT foi aquele proposto pela Organização Mundial de Saúde. A incidência das DCNT (hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, entre outras), informada pela data do diagnóstico, foi modelada como função do IMC aos 20 anos. Os indivíduos sem a doença até o presente foram considerados como censura. As estimativas de sobrevida foram calculadas com o método de Kaplan-Meier (KM) para cada uma das doenças, estratificada por sexo e ajustada por escolaridade. A análise dos fatores de risco para as doenças foi feita utilizando-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Nas curvas de sobrevida KM, indivíduos com IMC >=25kg/m² apresentaram incidência mais elevada e precoce de DCNT, principalmente hipertensão, diabetes e depressão. A idade mediana para incidência do diabetes em obesos foi de 47 anos para homens e 48 anos para mulheres. A incidência da hipertensão arterial foi 4,2 por mil com sobrevida mediana de 48 e 44 anos em mulheres com excesso de peso e obesidade, respectivamente. Dentre os fatores de risco associados as DCNT, o tabagismo em idade precoce foi associado à incidência de depressão. Conclusão: O excesso de peso em adultos jovens aumenta a incidência precoce de DCNT, com efeitos negativos na qualidade de vida, lazer e produtividade, além de aumentar a demanda por serviços de saúde. Torna-se necessário que a intervenção para redução dessas doenças seja direcionada para o período da infância e adolescência com ações que promovam a redução da exposição desses indivíduos à alimentação de má qualidade e incentivo a prática de atividade, não uso do tabaco e consumo moderado de álcool. / Introduction: Overweight in young adults is associated with the development of chronic noncommunicable diseases (NCDs) and decreased quality of life and increased early mortality. The transition from adolescence to adulthood is the period of greatest risk for the incidence of obesity. Objective: To estimate the effect of the corpora mass index (BMI) at age 20 on the incidence of NCDs in Brazilian adults aged 30-49 years. Methods: We selected 12 079 individuals 30-49 years of the National Health Research (PNS) held in 2013. The model adopted for determining the NCD was that proposed by the World Health Organization The incidence of NCDs (hypertension, diseases. cardiovascular, diabetes and cancer, among others), informed by the date of diagnosis, and modeled as a function of BMI at age 20. Individuals without the disease to date have been considered as censorship. Survival estimates calculated with the Kaplan-Meier (KM) for each of the diseases, stratified by gender and adjusted for schooling. The analysis of risk factors for the disease made using the model of Cox proportional hazards. Results: In the survival curves KM, individuals with BMI> = 25 kg / m² presented higher and early incidence of NCDs, particularly hypertension, diabetes and depression. The median age for incidence of diabetes in obese was 47 years for men and 48 years for women. The incidence of hypertension was 4.2 per thousand with a median survival of 48 and 44 years in women with excess weight and obesity respectively. Among the risk factors associated with the NCD, smoking at an early age was associated with the incidence of depression. Conclusion: Being overweight in young adults increases the early incidence of NCDs, with negative effects on quality of life, leisure and productivity, and increase the demand for health services. It is necessary that the intervention to reduce these diseases directed to the period of childhood and adolescence with actions that promote a reduction in exposure of these individuals to the poor quality of food and encouraging the practice of activity, no tobacco use and moderate consumption alcohol.
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AVALIAÇÃO DE SOBREVIDA E EXPRESSÃO DA PROTEÍNA c-erbB-2, RECEPTORES DE PROGESTERONA E RECEPTORES DE ESTRÓGENO EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMAFerreira, Flávia Aleixo 01 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-01 / Breast cancer is the second most frequent type of cancer worldwide and more common
among women, accounting for 22% of new cases each year. These tumors appear as
heterogeneous evolution and response to different treatment available whose prognostic
and predictive factors guiding the therapeutic approach being used. The detection of
oncogenic protein c-erbB-2 by immunohistochemistry is a prognostic factor for
diagnostic, and in most cases, is associated with a worse prognosis. This study aimed to
raise clinicopathological data of patients with breast cancer, as well as evaluating the
expression c-erbB-2 in tumor tissue paraffin samples of these patients. Medical records
of 286 female patients with breast carcinoma treated at Hospital Araújo Jorge
(Association of Cancer Combat of Goiás), between 1979 and 2002 were collected and
tabulated together with data from immunohistochemical detection of c-erbB protein -2.
In our series the positive immunodetection of c-erbB-2 in tumor cells showed no
association with conventional parameters clinicopathologics. The immunodetection of
the protein c-erbB-2 did not significantly affect the survival of patients analyzed in our
series, consistent with data obtained by other studies. We conclude that molecular
methods should become more sensitive. / O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente de câncer no mundo e o mais
comum entre as mulheres, corresponde por 22% dos casos novos a cada ano. Esses
tumores apresentam-se heterogêneos quanto a evolução e resposta às diferentes opções
terapêuticas disponíveis, cujos fatores prognósticos e preditivos norteiam a conduta
terapêutica a ser utilizada. A detecção da proteína oncogênica c-erbB-2 por imuno-
histoquímica é um fator prognóstico auxiliar para avaliação diagnóstica e, na maioria
dos casos, associa-se a um pior prognóstico. O presente estudo teve como objetivo
levantar os dados clínicopatológicos de pacientes com câncer de mama, bem como
avaliar a expresssão de c-erbB-2 nas amostras de tecido tumoral parafinadas dessas
pacientes. Prontuários de 286 pacientes do sexo feminino com carcinoma de mama
atendidas no Hospital Araújo Jorge (Associação de Combate ao Câncer em Goiás),
entre 1979 e 2002, foram coletados e tabulados juntamente com os dados de imuno-
histoquímica para detecção da proteína c-erbB-2. Em nossa casuística a imunodetecção
positiva de c-erbB-2 nas células tumorais não demonstrou associação com os
parâmetros clinicopatológicos convencionais. A imunodetecção da proteína c-erbB-2
não influenciou significativamente a sobrevida das pacientes analisadas em nossa série,
condizendo com dados obtidos por outros estudos. Assim concluímos que os métodos
moleculares devem se tornar mais sensíveis
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Mortalidade relacionada ao transplante e fatores associados em pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas: estudo de coorte / Transplant-related mortality and associated factors in patients submitted to hematopoietic stem cells transplantation: a cohort studyValéria Cristina Oliveira Póvoa 08 July 2015 (has links)
Introdução: O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) tornou-se um procedimento terapêutico mundialmente aceito sobretudo pelo impacto positivo na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes com doenças onco-hematológicas. No entanto, a mortalidade ainda é alta e influenciada por fatores de natureza individual e terapêutica. Objetivo: Analisar a mortalidade relacionada ao transplante (MRT) nos pacientes submetidos ao TCTH e seus fatores associados. Método: Coorte prospectiva realizada com 60 pacientes internados na unidade de TCTH do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Os dados foram obtidos pela análise diária dos prontuários. A variável dependente foi a MRT e as variáveis independentes foram demográficas e de evolução clínicas, incluindo escore de risco pré-TCTH (EBMT) e o SAPS II. Na análise dos dados foram utilizados os testes Qui-quadrado, Exato de Fisher, o teste t de Student e Mann-Whitney. Na análise da MRT utilizou-se o método de kaplan-Meier e o Modelo de Cox. Considerou-se nível de significância igual a 5%. Resultados: A MRT foi de 15% aos cem dias do TCTH, de 18,9% no grupo de pacientes de TCTH alogênico e de 8,7% para os de TCTH autólogo. A infecção foi a principal causa de óbito. Na amostra, o tempo médio de sobrevida dos pacientes foi de 83,2 dias (DP 32,7). No grupo de pacientes não sobreviventes a maioria pertencia ao sexo masculino, com média de idade de 48,7 anos e diagnóstico principal de leucemia. Quanto à gravidade destes pacientes, o escore de risco pré-TCTH (EBMT) foi de 4,1 pontos e do SAPS II geral foi de 52,6 pontos, o que correspondeu a um risco médio de morte de de 38,4%. Os fatores associados à MRT, em cem dias, foram faixa etária (p=0,0306), presença de infecção (p=0,0216), número de infecções (p=0,0386), ocorrência de enxertia (p<0,0001), uso de ventilação mecânica (p<0,0001) e de drogas vasoativas (p<0,0001). O índice de gravidade SAPS II foi fator preditor para MRT (p=0,0001). Conclusão: O índice de gravidade SAPS II, preditor para MRT em cem dias, mostrou que o paciente submetido ao TCTH é grave e necessita de cuidado especializado e intensivo. / Hematopoietic stem cells transplantation (HSCT) has become a therapeutic procedure accepted worldwide, particularly because of its positive impact on survival and quality of life of patients with onco-hematological diseases. However, the mortality is still high and it is influenced by factors of individual and therapeutic kinds. Objective: To analyze the transplant-related mortality (TRM) on patients submitted to HSCT and its associated factors. Methodology: Prospective cohort study with 60 patients hospitalized in the HSTC unit of the Clinical Hospital of the State University of Campinas (Unicamp). Data was obtained by daily analysis of the medical records. The dependent variable was the TRM and the independent variables were demographic and clinical development, including pre-HSCT risk score (EBMT) and SAPS II. For data analysis were used the Chi-square, Fishers exact tests, Students t-test, Mann-Whitney. On TRM analysis were used Kaplan-Meier and Cox Model method. It was considered a significance level of 5%. Results: The TRM was 15% to a hundred days of HSCT, 18,9% to allogeneic HSCT patients and 8,7% to autologous HSCT. Infection was the main cause of death. In the sample, the median survival time of the patients was 83,2 days (DP 32,7). In the group of non-surviving patients the most were male, with an average age of 48,7 years and the main diagnosis was leukemia. Regarding to the severity of these patients, the pre-HSCT risk score (EBMT) was 4,1 points and general SAPS II was 52,6 points, which corresponds to an average death risk of 38,4%. The TRM associated factors on a hundred days were age (p=0,0306), presence of infection (p=0,0216), number of infections (p=0,0386), occurrence of grafting (p<0,0001), mechanical ventilation use (p<0,0001) and vasoactive drugs (p<0,0001). The severity rate SAPS II was a predictive factor for TRM (p=0,0001). Conclusion: The severity rate SAPS II was predictive for TRM on a hundred days and showed that the patient submitted to HSCT is severe and demands specialized and intensive care.
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Prognóstico da doença renal crônica em uma população de baixo nível socioeconômico atendida no serviço de emergência de um hospital terciário, Brasil / Prognosis of chronic kidney disease in a low-socioeconomic population attending the emergency department in a tertiary hospital, BrazilQueiroz, Rafaela Elizabeth Bayas 15 February 2017 (has links)
Introdução: Vários estudos descreveram as taxas de sobrevivência na doença renal crônica (DRC), porém há dados insuficientes sobre a mortalidade após atendimento em departamento de emergência (DE), particularmente em áreas de baixa renda. Assim, avaliamos o prognóstico em curto e longo prazo de pacientes com DRC após internação em DE em Fortaleza, Brasil. Métodos: De uma amostra inicial de 1.279 atendimentos no DE do Hospital Geral de Fortaleza entre março de 2012 e maio de 2013, para os quais foi solicitada a avaliação da Nefrologia, 520 pacientes foram definidos como casos de DRC (Taxa de Filtragem Glomerular estimada < 60mL / min, além de um ou mais critérios adicionais de DRC) de março de 2012 a maio de 2013. As taxas de mortalidade foram comparadas de acordo com as três categorias de TFGe: estágio 3 (59-30 mL / min), estágio 4 (15-29 mL / min) e estágio 5 ( < 15 mL / min). Foram realizadas curvas de Kaplan-Meier e modelos de regressão de Cox (razão de risco-RR com intervalo de confiança de 95%-Cl) para todas as causas e por causas específicas de mortalidade (doença renal e cardiovascular-CVD) em sete dias, um mês, três meses, seis meses e um ano de seguimento. Resultados: Entre 520 indivíduos (idade mediana de 66 anos) com 52% de baixa escolaridade e 40% vivendo na área rural, a mortalidade geral após um ano de seguimento foi de 42,5%. As taxas de mortalidade foram maiores para os estágios 4 e 5 nas análises em curto ou longo prazo, com um pico ocorrendo em um mês após a admissão hospitalar para ambas as categorias de TFGe ( RR multivariada, 3,43; IC 95%, 1,60-7,37 para o estágio 4 e RR multivariada, 3,89; 95% IC, 1,81-8,34 para o estágio 5). Para as causas específicas de mortalidade, verificou-se um risco significativo de morrer devido à doença renal apenas para estágio 5, com um risco máximo verificado em 1 ano (RR multivariada, 5,51; IC 95%, 120-25,25). Conclusões: A taxa de mortalidade de pacientes com DRC após a admissão no DE foi extremamente alta nesta população de baixa renda. As taxas de sobrevivência foram menores para aqueles com DRC mais avançada após um ano do primeiro diagnóstico. A possibilidade de determinantes socioeconômicos da saúde operarem majoritariamente na alta taxa de mortalidade observada indica a necessidade de novos estudos para melhorias em políticas de saúde regionais / Background: Many studies described survival rates in chronic kidney disease (CKD), but there is insufficient data regarding mortality after Emergency Department (ED) attendances, particularly in low-income areas. Thus, we evaluated short and long-term prognosis of CKD patients after ED admissions in Fortaleza, Brazil. Methods: From an initial sample of 1,279 attendances in the ED of Fortaleza General Hospital between March 2012 to May 2013 for whom a Nephrology consultancy was requested, 520 patients were defined as CKD cases (estimated Glomerular Filtration Rate (eGFR) < 60mL / min plus one or more additional criteria of CKD) from March 2012 to May 2013. Mortality rates were compared according to three eGFR categories: class 3 (59-30 mL / min), class 4 (29-15 mL / min) and class 5 (less than 15 mL / min). Kaplan-Meier curves and Cox regression models (hazard ratio with 95% confidence interval-CI) were performed for all-cause and specific causes of mortality (kidney disease and cardiovascular-CVD) at 7-day, 1-month, 3-month, 6-month and 1-year of follow-up. Results: Among 520 individuals (median age 66y-old) with 52% of low education and 40% living in rural area, overall mortality after 1 year of follow-up was 42.5%. Mortality rates were higher for classes 4 and 5 in either short or long-term analyses, with a peak occurring at 1-month after hospital admission for both categories of eGFR (multivariate HR, 3.43; 95% CI, 1.60-7.37 for G4 and multivariate HR, 3.89; 95% IC, 1.81-8.34 for G5). For specific causes of mortality, a significant high risk of dying due to kidney disease was verified only for class 5, with a maximum risk verified at 1-year (multivariate HR, 5.51; 95% IC, 120-25.25). Conclusions: The mortality rate of patients with CKD after an ED admission was extremely high in this low-income population. The survival rates were lower for those with more advanced CKD one year after the first diagnosis. The possibility that socio-economic determinants of health are majorly operating in the high mortality rate observed points to the need of new studies in order to improve health policy in the region
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Avaliação do efeito das perdas de seguimento nas análises feitas pelo estimador produto - limite de Kaplan - Meier e pelo modelo de riscos proporcionais de Cox / The impact of the loss to follow-up when using the Kaplan Meier estimator and the Cox proportional hazard modelHolcman, Marcia Moreira 20 April 2006 (has links)
Introdução: As técnicas mais comumente empregadas em análise de sobrevida que utilizam dados censurados são o estimador produto limite de Kaplan-Meier (KM) e o modelo de riscos proporcionais de Cox. Estas técnicas têm como suposição que a causa da perda de seguimento seja independente do tempo de sobrevida. Objetivo: O presente estudo visa a analisar o efeito das perdas de seguimento nestas duas técnicas. Material e Métodos: O estudo foi realizado utilizando-se o banco de dados dos pacientes cadastrados no Registro Hospitalar do Hospital do Câncer de São Paulo em 1994. Foram elaborados 28 bancos de dados simulando perdas informativas e não informativas. A perda informativa foi simulada transformando os óbitos em vivos, na proporção de 5 a 50%. A perda não informativa foi simulada através do sorteio de 5 a 50% do total do banco. O estimador de Kaplan-Meier (KM) foi utilizado para estimar a sobrevida acumulada no primeiro, terceiro e quinto ano de seguimento, e o modelo de riscos proporcionais de Cox para estimar as hazard ratio (HR). Todas as estimativas obtidas no KM e as HR's foram comparadas com os resultados do banco de dados original. Resultados: Houve maior proporção de perda nos pacientes com maior escolaridade, admitidos por convênio e particular e os menos graves (estádio I ou II). Quanto maior a proporção de perda informativa, maior a diferença alcançada nas estimativas realizadas pelo KM, verificando-se que a perda de seguimento superior a 15% acarretou diferenças superiores a 20% nas estimativas da probabilidade de sobrevida. As HR's foram menos afetadas, e proporções superiores a 20% de perda de seguimento acarretaram variações de cerca de 10% nas estimativas. Quando as perdas foram não informativas não houve diferenças significativas nas estimativas pelo KM e nas HR's em relação ao banco original. Conclusões: É importante avaliar se as perdas ocorridas em estudos de coorte são informativas ou não, pois se forem podem acarretar distorções principalmente nas estimativas feitas pelo método de KM. / Introduction: The Kaplan Meier product limit estimator (KM) and the Cox proportional hazard (HR) model are the most used tools in survival analysis. These two methods have the key assumption that censoring must be independent from the survival time. Objective: To analyze the consequences of loss to follow up in these two methods. Methods: The study has utilized the data of the Cancer Registry of the patients of Hospital do Cancer in São Paulo of 1994. The informative censure was simulated transforming the death by 5 to 50% into alive. Besides 5 to 50% was spared at random simulating the non-informative censoring. The survival probability and was calculated to the first, third and fifth year of follow up. All the estimated probabilities and HRs were compared with the results of the original data. Results: Patients with greater scholars, lower stages and admitted by health plans or private had more losses to follow up. The maximum proportion of accepted loss to follow up is 10% to 15% when using the KM estimator, and the HR are less affected by the loss to follow-up and one can afford having 20% of it. When the losses were non informative there were no differences between the original probabilities. Conclusions: The possibility of over or under estimated probability must be analyzed in the presence of the losses to follow- up when using the KM and HR in survival analyses.
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