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Análise de sobrevida de pacientes coinfectados HIV/HCV de um centro de referência em DST/AIDS no município de São Paulo / Survival analysis of HIV/HCV co-infected patients at a STD/AIDS reference center in the city of São PauloWong Kuen Alencar 16 September 2011 (has links)
Introdução: A estimativa de sobrevida de pacientes com HIV/aids aumentou após a terapia antirretroviral de alta potência: no entanto, a mortalidade por doenças hepáticas também cresceu. Objetivos: Estimar a probabilidade acumulada de sobrevida após o diagnóstico de aids entre pacientes coinfectados HIV/HCV e realizar análise exploratória para investigar fatores relacionados à sobrevida desses pacientes. Metodologia: Estudo de coorte não concorrente, utilizando sistemas de Informações: o de Agravos de Notificação, o de informação laboratorial e o de informação da vigilância epidemiológica do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, de pacientes com aids maiores de 13 anos, acompanhados no ambulatório geral. As variáveis estudadas foram: hepatite C, hepatite B, categoria de exposição, contagem de células T CD4+, faixa etária, escolaridade, cor, sexo e períodos de diagnóstico de aids: 1986 a 1993, 1994 a 1996, 1997 a 2002 e 2003 a 2010. Foi utilizado o estimador de Kaplan-Meier, o modelo de Cox e as estimativas das hazard ratio (HR) com os respectivos intervalos de confiança (IC 95 por cento ). Resultados: De um total de 2.864 pessoas incluídas, com idade mediana de 35 anos, 219 foram a óbito (7,5 por cento ). De 358 (12,5 por cento ) coinfectados, 159 (45,1 por cento ) eram usuários de drogas injetáveis (UDI) e de 2.506 não coinfectados, 96 (3,9 por cento ) eram UDI. A probabilidade acumulada de sobrevida entre coinfectados, a partir do diagnóstico de aids, foi 100 por cento aos 60 meses no período de 1986 a 1993; 27,8 por cento aos 168 meses no período de 1994 a 1996; 76,3 por cento aos 168 meses no período de 1997 a 2002 e 92,8 por cento aos 96 meses no período de 2003 a 2010. As curvas de sobrevida foram diferentes entre coinfectados e não coinfectados no período de 1994 a 1996 (log rank = 19,8; p < 0,001) e no período de 1997 a 2002 (log rank = 38,8; p < 0,001). No modelo de Cox multivariado, mostraram-se preditores de óbito, independentemente das outras variáveis: ter hepatite C (HR = 2,9; IC 2,1-3,9), ter hepatite B (HR = 2,5; IC 1,7-3,6), ter até 3 anos de estudo (HR = 2,3; IC 1,5-3,6), ter 50 anos ou mais de idade (HR = 2,1; IC 1,3-3,2). Ter diagnóstico de aids no período entre 1997 a 2002 mostrou-se fator de proteção ao óbito (HR = 0,4; IC 0,3-0,5). Conclusões: Coinfectados HIV/HCV apresentaram menor sobrevida quando comparado com não coinfectados nos períodos de diagnóstico de aids 1994 a 1996 e 1997 a 2002. A partir do período 1994 a 1996, observou-se aumento significativo na probabilidade acumulada de sobrevida entre coinfectados, sendo que no período 2003 a 2010, essa probabilidade foi semelhante entre coinfectados e não coinfectados, refletindo possível impacto do tratamento da hepatite C / Introduction: The estimated survival of patients with HIV/AIDS has increased after highly active antiretroviral therapy; mortality due to liver diseases, however, has also increased. Objectives: To estimate the accumulated probability of survival after AIDS diagnosis among HIV/HCV co-infected individuals and to perform an exploratory analysis to investigate factors related to the survival of these patients. Method: Non-concurrent cohort study, using data from the National Disease Reporting Information System, the laboratory and epidemiological surveillance information systems of the SP-STD Reference and Training Center-CRT, of patients over 13 years of age, followed at the general outpatient clinic. The following variables were studied: hepatitis C, hepatitis B, exposure category, T CD4+ cell count, age group, schooling, color, sex, and AIDS diagnostic periods: 1986 to 1993, 1994 to 1996, 1997 to 2002 and 2003 to 2010. Survival analysis was performed using the Kaplan-Meier estimator and the Cox model, with estimates of the hazard ratio (HR) and respective confidence intervals (95 per cent CI). Results: Of a total of 2,864 individuals included, with a median age of 35 years, 219 died (7.5 per cent ). Of the 358 (12.5 per cent ) HIV/HCV co-infected individuals, 159 (45.1 per cent ) were injecting drug users (IDU), and of the non-co-infected 2,506, 96 (3.9 per cent ) were IDU. The accumulated probability of survival among HIV/HCV co-infected individuals at 60, 168, 168 and 96 months as of AIDS diagnosis, was 100 per cent in the 1986 -1993 period; 27,8 per cent in the 1994-1996 period; 76,3 per cent in the 1997-2002 period; and 92,8 per cent in the 2003-2010 period. The survival curves were different between co-infected and non-co-infected individuals in the 1994-1996 (log rank = 19,8; p < 0,001) and in the 1997-2002 (log rank = 38,8; p < 0,001). In the multivariate model, regardless of other variables, the following were predictors of death: having hepatitis C (HR = 2.9; CI 2.1-3.9); having hepatitis B (HR = 2.5; CI 1.7-3.6); being 50 years old or over (HR = 2.1; CI 1.3-3.2) and having up to 3 years of schooling (HR = 2.3; CI 1.5-3.6). AIDS diagnosis between 1997 and 2010 was shown to be a protective factor for death (HR = 0.4; CI 0.3-0.5). Conclusions: HIV/HCV co-infected individuals had shorter survival, when compared to non-co-infected individuals in the 1994-1996 and in the 1997-2002 AIDS diagnostic periods. As of the 1994-1996 period, a significant increase in the accumulated probability of survival among HIV/HCV co-infected individuals was observed. In the 2003-2010 period, the probability was similar between co-infected and non-coinfected individuals, showing the possible impact of hepatitis treatment
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Hemipelvectomia: análise perioperatória e de sobrevida em 35 casosCouto, Alfredo Guilherme Haack January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Universidade Federal Fluminense. Hospital Universitário Antonio Pedro / Fundamentos: Hemipelvectomia (externa ou interna) é uma cirurgia ortopédica de grande porte, indicada em sarcomas pélvicos primários do osso ou de tecidos conectivos. Devido à perda significativa de sangue e fluidos, extenso trauma tecidual, distúrbios da coagulaçã o e dor intensa pós-operatória, os cuidados perioperatórios e a anestesia são desafiadores. Objetivo: Analisar variáveis perioperatórias e as estimativas de sobrevida em cirurgias de hemipelvectomia. Métodos: Estudo retrospectivo de 35 pacientes consecutivos, submetidos a hemipelvectomia no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva entre 2000 e 2013. Foram analisadas variáveis perioperatórias. Realizada análise descritiva dos dados, expressos em médias±desvios-padrão e medianas. Para análise da sobrevida foram construídas curvas de Kaplan-Meier e realizada análise de regressão de Cox para identificar os preditores independentes de sobrevida. Resultados: Hemipelvectomia externa realizada em 23 (65,7%) pacientes. Dados pré-operatórios: mediana de idade 40 anos; peso mediano 70 kg; sexo masculino 68,5%; radioterapia pré-operatória 28,6%; quimioterapia pré-operatória 17,1%; tabagismo 42,8%; hipertensão arterial 25,7%; diabetes mellitus 5,7%; doença coronariana aterosclerótica 2,8%; asma 2,8%; insuficiência renal crônica 2,8%; refluxo gastroesofágico 2,8%; metástase pulmonar 11,4%; e depressão 5,7%. Anestesia geral combinada com regional realizada em 31 (88,57%) pacientes. Dados intraoperatórios: 23 (65,7%) pacientes apresentaram instabilidade hemodinâmica e medicamentos vasopressores foram necessários em 12 (34,2%); 6 (17,1%) apresentaram distúrbios da coagulaçã o. A mediana de infusão de cristaloides foi 3500 mL e a administração de coloides ficou entre 500 -1500 mL. Vinte pacientes (57,1%) receberam concentrado de hemácias e 4 (1,4%) necessitaram de outros hemoderivados. Trinta e três (94,2%) pacientes foram extubados na sala de operaçã o. Dados do pós-operatório: dor aguda intensa em 31,4% dos casos; 40% desenvolveram dor crônica. Dezessete pacientes (48,5%) foram transfundidos. Um paciente (2,8%) desenvolveu insuficiência renal aguda, 2 (5,7%) apresentaram distúrbios neurológicos, 1 (2,8%) apresentou arritmias e 9 (25,7%) apresentaram complicações de ferida operatória. A mediana do tempo de internaçã o após a cirurgia foi 6 dias. A média de sobrevida após a cirurgia foi 30,5±4,9 meses. Na análise bivariada, apenas estágio avançado da doença teve significância como preditor independente para morte (p=0,001, HR=6,0, IC95% para HR =2,03–17,6). Na análise multivariada ao nível de 5%, apenas os estágios avançados 3 e 4 da doença foram fator de risco independente para taxa de sobrevida reduzida. Conclusões: O tempo cirúrgico, o volume de fluidos e transfusões sanguíneas e o tempo até a alta foram menores quando comparados aos previamente reportados. A hemipelvectomia externa foi mais prevalente e apresentou menor sobrevida que a interna. Estágio avançado da doença foi preditor significativo para redução da sobrevida após hemipelvectomia / indicated in primary pelvic sarcomas of the bone or connective tissues. Due to significant loss of blood and fluids, extensive tissue trauma, coagulation disorders and severe postoperative pain, perioperative care and anesthesia are challenging. Objective: To analyze perioperative variables and survival estimates in hemipelvectomy surgeries.Methods: Retrospective study of 35 consecutive patients undergoing hemipelvectomy at Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva between 2000 and 2013. Perioperative variables were analyzed. Descriptive data analysis was conducted. Data are expressed as mean±standard deviation and medians. For survival analysis, Kaplan-Meier curves were constructed and Cox regression analysis was performed to identify independent predictors of survival. Results: External hemipelvectomy was conducted in 23 (65.7%) patients. Preoperative data: median age 40 years; median weight 70 kg; males 68.5%; preoperative radiotherapy 28.6%; preoperative chemotherapy 17.1%; smoking 42.8%; hypertension 25.7%; diabetes mellitus 5.7%; atherosclerotic coronary artery disease 2.8%; asthma 2.8%; chronic renal failure 2.8%; gastroesophageal reflux 2.8%; lung metastasis 11.4%; and depression 5.7%. General anesthesia combined with regional anesthesia was employed in 31 (88,57%) patients. Intraoperative data: 23 (65.7%) patients presented hemodynamic instability and vasopressor agents were required in 12 (34.2%); 6 (17.1%) had coagulation disorders. The crystalloid infusion median was 3500 mL and colloids administration was between 500 - 1500 mL. Twenty patients (57.1%) received packed red blood cells and 4 (1.4%) of them required other blood products. Thirty-three (94.2%) patients were extubated in the operating room. Postoperative data: intense acute pain in 31.4% of cases; 40% developed chronic pain. Seventeen patients (48.5%) were transfused. One patient (2.8%) developed acute renal failure, 2 (5.7%) presented neurological disorders, 1 (2.8%) had arrhythmias and 9 (25.7%) had operative wound complications. Median length of hospital stay after surgery was 6 days. Mean survival after surgery was 30.5±4.9 months. In the bivariate analysis, only advanced stage of the disease had significance as an independent predictor of death (p=0.001, HR=6.0, 95% CI for HR=2.03-17.6). In the multivariate analysis at the level of 5%, only advanced stage of the disease (3 and 4) was an independent risk factor for reduced survival rate. Conclusions: Operation time, fluid and blood transfusion volumes and length of hospital stay before discharge were smaller than previous reports. External hemipelvectomy was more predominant and presented shorter survival than internal hemipelvectomy. Advanced disease stage was significant predictor for reduced survival after hemipelvectomy
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Epidemiologia das Leucemias Infantis de 1997 a 2013, São Paulo, Brasil / Not AvailableSilva, Franciane Figueiredo da 07 February 2019 (has links)
Introdução: A leucemia é o tipo mais comum de câncer em crianças de 0 a 14 anos. Estudos apontam que, em diversos países do mundo, as taxas de incidência estão aumentando, ou se mantêm estáveis, e que, por outro lado, as taxas de mortalidade estão caindo. Em países desenvolvidos, a leucemia é considerada uma doença curável, possuindo taxas de sobrevida superiores a 80%. Objetivos: Descrever a epidemiologia da leucemia na infância no município de São Paulo, no período de 1997 a 2013, analisando as tendências de incidência e mortalidade, e as taxas de sobrevida, segundo sexo, faixa etária, tipo de leucemia e região administrativa. Métodos: As taxas brutas e ajustadas de incidência e mortalidade foram calculadas segundo sexo e idade. Foram estimados modelos de regressão polinomial e calculados os percentuais anuais de mudança (Annual Percentual Change, APC) das taxas de incidência e mortalidade. Foi calculado o estimador não paramétrico produto limite de Kaplan-Meier e utilizado o teste de logrank para comparação das curvas de sobrevida. Foi construído o modelo de riscos proporcionais de Cox para estimar as hazard ratios de cada variável de estudo. Resultados: Foram contabilizados 2028 casos novos e 660 óbitos por leucemias, em crianças de 0 a 14 anos, no município de São Paulo, no período estudado. A taxa de incidência foi de 49,8 casos por 1 milhão de crianças e a taxa de mortalidade foi de 15,7 óbitos por 1 milhão de crianças, sendo mais frequente o subtipo leucemia linfoide aguda, entre o sexo masculino, na faixa etária de 0 a 4 anos. No período de 1997 a 2013, a taxa de incidência por leucemia em crianças no município de São Paulo foi decrescente (APC= -2,7%). Já a taxa de mortalidade, no geral, se manteve estável, mas foi decrescente para algumas características específicas, tais como, para sexo masculino (APC= -1,9%) e para o subtipo das leucemias mieloides agudas (APC= -1,8%). As taxas de sobrevida foram de 86%, 73% e 68%, respectivamente, após 12, 36 e 60 meses, bem abaixo do que se observa nos países desenvolvidos. Conclusão: Os percentuais e taxas de mortalidade e incidência da leucemia em crianças no município de São Paulo se assemelham aos valores encontrados na América Latina. O comportamento da tendência das taxas de incidência se difere ao encontrado na maioria dos países e o comportamento da tendência das taxas de mortalidade acompanha o padrão mundial. A leucemia em crianças é considerada uma doença curável, porém as taxas de sobrevida encontradas estão bem abaixo do esperado. Esta análise com dados do registro de câncer de base populacional mostra o panorama da leucemia em crianças no município de São Paulo. Estes resultados poderão ser utilizados desde a gestão dos serviços de saúde, a dar suporte a pesquisas futuras, sobre etiologia da doença. / Introduction: Leukemia is the most common type of cancer in children 0-14 years old. Studies show that, in several countries around the world, incidence rates are increasing, or remain stable, and that, on the other hand, mortality rates are decreasing. In developed countries, leukemia is considered a curable disease, with survival rates above 80%. Objectives: To describe the epidemiology of childhood leukemia in the city of São Paulo from 1997 to 2013, analyzing trends in incidence and mortality, and survival rates, according to sex, age group, type of leukemia and administrative region. Methods: Crude and adjusted rates of incidence and mortality were calculated according to sex and age. Polynomial regression models were estimated and the Annual Percentual Change (APC) of the incidence and mortality rates were calculated. It was estimated the non-parametric Kaplan-Meier limit product estimator and the logrank test was used to compare the survival curves. The Cox proportional hazards model was constructed to estimate the hazard ratios of each study variable. Results: A total of 2028 new cases and 660 deaths by leukemias were recorded in children aged 0 to 14 years, in the city of São Paulo, during the period studied. The incidence rate was 49.8 cases per 1 million children and the mortality rate was 15.7 deaths per 1 million children, which most frequent being the acute lymphoid leukemia subtype among males in the age group of 0 to 4 years old, living in the Southeast region of the city of São Paulo. In the period from 1997 to 2013, the incidence rate by leukemia in children in the city of São Paulo decreased (APC = -2.7%). The overall mortality rate remained stable, and decreased to some specific characteristics, such as for males (APC = -1.9%) and for the acute myeloid leukemia subtype (APC = -1.8% ). Survival rates were 86%, 73% and 68%, respectively, after 12, 36 and 60 months, below of those observed in developed countries. Conclusion: The percentages and mortality and incidence rates by leukemia in children in the city of São Paulo are similar to those found in Latin America. The trends of incidence rates differs from that found in most countries and the trends of mortality rates follows the world standard. Leukemia in children is considered a curable disease, but the survival rates found are below of the developed countries. This analysis with data from the population-based cancer registry shows the picture of leukemia in children in the city of São Paulo. These results can be used since the management of the health services, to support future research on the etiology of the disease.
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Registro brasileiro de ressuscitação cardiopulmonar intra-hospitalar: fatores prognósticos de sobrevivência pós-ressuscitação / Brazilian Registry of in-hospital Cardiopulmonary Resuscitation: post-resuscitation survival prognostic factorsGuimarães, Hélio Penna 13 June 2011 (has links)
Introdução: Apesar dos avanços e uniformização preconizada pelas diretrizes mundiais de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), ainda é insuficiente o conhecimento da efetividade da RCP intra-hospitalar no Brasil. Neste estudo avaliamos variáveis clínicas e demográficas de pacientes submetidos à RCP e preditores independentes associados à sobrevivência imediata (recuperação da circulação espontânea acima de 24h), sobrevivência até a alta hospitalar, em seis e doze meses. Métodos: este estudo transversal incluiu, de forma prospectiva, 763 pacientes em parada cardiorrespiratória (PCR) entre 1º de novembro de 2007 a 1º de novembro de 2010, ocorrida no ambiente intra-hospitalar de 17 hospitais gerais e institutos de especialidades. As manobras de RCP foram executadas em 575 pacientes. Resultados: A modalidade de PCR mais frequente foi a assistolia (40,7%), seguida de atividade elétrica sem pulso (39,3%). A sobrevivência imediata foi de 48,8%, sobrevivência até a alta hospitalar foi de 13%, de 4,3% em seis e de 3,8% em doze meses. Os preditores independentes associados à sobrevivência imediata foram o ritmo inicial em fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso (Razão de Taxas RT 1,31; IC 95% 1,10 a 1,55; p=0,002); presença de sinais de consciência da vítima, ao chegar a equipe atendimento (RT 1,37; IC95% 1,16 a 1,61; p<0,001); uso de epinefrina durante a RCP (RT 1,61; IC 95% 1,32 a 1,98; p < 0,001); hipoglicemia como causa da PCR (RT 1,68; IC 95% 1,11 a 2,55; p=0,014). Foram preditores independentes associados à menor sobrevivência imediata: hipotensão como causa da PCR (RT 0,74; IC 95% 0,61 a 0,90; p=0,003); sedentarismo como antecedente à PCR (RT 0,76; IC 95% 0,66 a 0,88; p< 0,001) e tempos da duração da RCP: maiores tempos com menor sobrevivência. Como preditores independentes associados à sobrevivência até a alta hospitalar, foram identificados: presença de médicos e enfermeiros treinados em ACLS e/ou BLS na equipe de atendimento (HR 3,07; IC 95% 1,39 a 6,78; p=0,006) e ritmo sinusal após a recuperação da circulação espontânea (HR 1,44; IC 95% 1,26 a 1,75; p=0,002). Como preditores independentes para maior sobrevivência em seis meses identificou-se: uso de epinefrina (HR 4,09; IC 95% 1,14 a 14,69; p=0,030), ritmo sinusal após a recuperação da circulação espontânea (HR 4,09; IC 95% 1,14 a 14,69; p=0,030) e antecedente de infarto do miocárdio (HR 4,08; IC 95% 1,51 a 11,06; p=0,006). Não foram identificados preditores independentes para sobrevivência em doze meses. Conclusões: Foram identificados como preditores independentes para sobrevivência imediata o ritmo inicial em fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, presença de sinais de consciência da vítima, uso de epinefrina durante a RCP, hipoglicemia como causa da PCR. Como preditores independentes associados à sobrevivência até a alta hospitalar a presença de médicos e enfermeiros treinados em ACLS e/ou BLS e o ritmo sinusal após a recuperação da circulação espontânea. Os achados sugerem perfil multicêntrico nacional da ressuscitação, fornecendo dados potencialmente representativos da ressuscitação cardiopulmonar intra-hospitalar no Brasil. / Introduction: in spite of the advances and worldwide standardization for cardiopulmonary resuscitation recommended by international guidelines, knowledge on the effectiveness of in-hospital cardiopulmonary resuscitation (CPR) is not yet sufficient in Brazil. In this study, we evaluated both demographic and clinical variables in patients underwent cardiopulmonary resuscitation and independent predictors associated to immediate (recovery of spontaneous circulation up to 24 h), until hospital discharge, six and twelve months survival rates. Methods: This cross-sectional study included, prospectively, 763 patients who presented in-hospital cardiac arrest between November 1st 2007 and 01 November 1st 2010, from 17 general hospitals and specialty institutes. CPR procedures were performed in 575 patients. RESULTS: The cardiac arrest modality most frequently found was asystole (40.7%), followed by pulseless electrical activity (39,3%). Immediate survival was 48,8%, survival until hospital discharge was 13%, 4.3% in six months and 3.8% in twelve months. Independent predictors associated with higher immediate survival were: ventricular fibrillation or ventricular tachycardia without pulse as the initial rhythm of cardiac arrest (Rate Ratio- RR 1.31; IC 95% 1.10 to 1.55; p = 0.002); presence of victim consciousness signs when arrival of the emergency staff (RR 1.37; IC95% 1.16 to 1.61; p < 0.001); use of epinephrine during CPR (RR 1.61; IC 95% 1.32 to 1.98; p < 0.001); hypoglycemia as cause of cardiac arrest (RR 1.68; IC 95% 1.11 to 2.55; p = 0.014). Independent predictors associated with lower immediate survival were: hypotension as cause of cardiac arrest (RR 0.74; IC 95% 0.61 to 0.90; p = 0.003); sedentary lifestyle prior to cardiac arrest (RR 0.76; IC 95% 0.66 to 0.88; p < 0.001) and duration of the cardiopulmonary resuscitation: the longer the duration, the lower the survival. Independent predictors associated with hospital discharge survival were: presence of doctors and nurses with ACLS and/or BLS previous training, in the emergency team (HR 3.07; IC 95% 1.39 to 6.78; p = 0.006) and sinus rhythm after recovery of spontaneous circulation (HR 1.44; IC 95% 1.26 to 1.75; p = 0.002). Independent predictors of higher six-month survival rate were use of epinephrine (HR 4.09; IC 95% 1.14 to 14.69; p = 0.030), sinus rhythm after return of spontaneous circulation (HR 4.09; IC 95% 1.14 to 14.69; p = 0.030) and previous myocardial infarction (HR 4.08; IC 95% 1.51 to 11.06; p = 0.006). Independent predictors of 12-month survival were not identified. Conclusion: As independent predictors for immediate survival we identified: ventricular fibrillation or ventricular tachycardia without pulse as the initial rhythm, presence of signs of awareness of the victim, use of epinephrine during RCP, hypoglycemia as cause of PCR. As independent predictors associated survival until discharged the presence of doctors and nurses trained in ACLS and BLS and the sinus rhythm after recovery of spontaneous circulation (ROSC). These findings suggest a multicentre and national resuscitation profile, providing relevant information, potentially representative of the in-hospital cardiopulmonary resuscitation in Brazil.
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Comparação entre alguns métodos estatísticos em análise de sobrevivência: aplicação em uma coorte de pacientes com câncer de pênis / Comparison of some statistical methods in survival analysis: application in a cohort of patients with penile cancerLatorre, Maria do Rosario Dias de Oliveira 05 June 1996 (has links)
O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho do modelo de riscos proporcionais de Cox convencional, modelo de Cox modificado quando os riscos não são proporcionais e o modelo de análise de sobrevida baseado na teoria de processos de contagem. Para tanto utilizou-se uma coorte de 648 pacientes portadores de câncer de pênis, atendidos no Departamento de Cirurgia Pélvica do Hospital A. C. Camargo, no período de 1953 a 1985. Dessa coorte foram selecionadas três amostras com o objetivo de validar internamente os resultados da análise de sobrevida do banco de dados original. Os resultados do modelo de riscos proporcionais de Cox, no banco de dados original, foram confirmados por uma das amostras desse conjunto de dados. Apenas o estadiamento N foi confirmado como fator prognóstico também nas outras duas amostras. O modelo de riscos proporcionais de Cox e o modelo de análise de sobrevida baseado na teoria de processos de contagem apresentaram resultados semelhantes, na definição dos fatores prognósticos dessa coorte de pacientes com câncer de pênis. O modelo utilizando processos de contagem é mais sofisticado, do ponto de vista matemático. Porém o modelo de Cox está disponível em grande número de pacotes estatísticos e a interpretação de seus coeficientes se faz com maior facilidade. Por isso, talvez, continue a ser a técnica estatística mais utilizada quando o objetivo do estudo é definir fatores prognósticos e grupos de risco. Os fatores prognósticos para a sobrevida de pacientes com câncer de pênis foram os estadiamentos T e N e o grau de diferenciação do tumor. Esses resultados foram ajustados pelo ano de início de tratamento no Hospital A.C. Camargo. Os pacientes com prognóstico favorável foram os que apresentaram tumor pequeno, sem presença de linfonodos clinicamente positivos, e tumor bem diferenciado. / The aim of this study was to compare the performance of the Cox proportional hazards model, the Cox model with time-dependent covariates and the survival model using the counting process theory. These methods were applied in a cohort of 648 patients with penile cancer treated at the Department of Pelvic Surgery, Hospital A.C. Camargo (São Paulo-Brazil), between 1953 and 1985. Three samples were selected from the total database in order to check the internal validity. The prognostic factors selected using the Cox proportional hazards model were the same in one sample. The only prognostic factor selected in all samples was the N stage. The T and N stages, and the grade of differentiation were independent prognostic factors of survival using both the Cox proportional hazards model and the survival,model using the counting process theory. The statistical significance was the same and even the values of estimation of the coefficients were very close. The survival model using the counting process is more sophisticated from the mathematical point of view, but the Cox model is more available in statistical software, and, probably because of this, is more applied in survival analysis than the model using the counting processo Patients with small tumors, clinically negatives nodes and well differentiated tumors showed a favorable prognosis. These results were adjusted by year of the beginning in the study.
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Avaliação da concordância interobservadores de critérios morfológicos no diagnóstico de tumores de glândula hepatoide em cães e determinação do valor prognóstico de aspectos clínico-patológicos e marcadores imuno-histoquímicos / Evaluation of interobserver agreement of morphological criteria in the diagnosis of hepatoid gland tumors in dogs and determination of the prognostic value of clinicopathological aspects and immunohistochemical markersWasques, Danilo Gouveia 17 August 2018 (has links)
Diferentes estudos têm demonstrado uma variação importante na frequência diagnóstica dos tumores de glândula hepatoide em cães, possivelmente devido à ausência de critérios morfológicos claros e bem estabelecidos em seu diagnóstico. Não estão bem definidos os critérios clínico-patológicos associados ao comportamento biológico destas neoplasias. Alguns estudos levantam a hipótese de participação do mecanismo de transição epitélio-mesenquimal devido à frequente imunoexpressão de vimentina em tumores de glândula hepatoide, porém esta hipótese permanece sem comprovação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concordância diagnóstica entre patologistas, assim como investigar o mecanismo de transição epitélio-mesenquimal e a taxa de proliferação celular por marcadores imuno-histoquímicos e, por fim, correlacioná-los com sobrevida para investigação de possíveis valores prognósticos. Cinco patologistas avaliaram 57 tumores de glândula hepatoide quanto ao diagnóstico e quanto a diversos critérios morfológicos e, com base nestes critérios, foram desenvolvidos algoritmos diagnósticos por meio de árvores de regressão por partição recursiva. Adicionalmente, foram investigadas as imunoexpressões de vimentina, pancitoqueratina, E-caderina e Ki-67 em 78 lesões, comparando-as entre glândulas normais, tumores benignos, tumores malignos e tumores malignos vasculoinvasivos/metastáticos. A sobrevida livre de recorrência local, recorrência da doença, sobrevida global e sobrevida doença-específica foram investigadas em 33 pacientes. Houve concordância média razoável em análise interobservador quanto ao diagnóstico (k=0,54), com potencial de melhora para concordância média boa após aplicação de dois novos algoritmos diagnósticos (k=0,64 e 0,65, respectivamente). Em relação aos marcadores imuno-histoquímicos, foram observadas maior expressão de vimentina e menor expressão de E-caderina em tumores malignos em comparação aos tumores benignos. Adicionalmente, observou-se uma forte correlação negativa entre a expressão de vimentina em células de reserva e expressão de pancitoqueratina em células diferenciadas (p=-0,65, p<0,0001), além de maiores taxas de proliferação celular (Ki-67) e contagem de mitoses em tumores malignos em comparação com tumores benignos. Em análise univariada de sobrevida doença-específica, os fatores prognósticos foram a presença de invasão vascular ou metástase no momento do diagnóstico, o escore de E-caderina em células de reserva e diferenciadas, e o tamanho tumoral. Em relação ao tempo de sobrevida livre de doença, os fatores prognósticos foram a presença de invasão vascular ou metástase no momento do diagnóstico, escore de E-caderina em células de reserva e diferenciadas, perda de polaridade celular, grau de infiltração, histórico de doença recorrente, escore de morfologia fusiforme e proporção de células de reserva. Os resultados do presente estudo confirmaram que existe um grau de discordância diagnóstica entre patologistas que poderia explicar parte da variação observada na prevalência de carcinomas de glândula hepatoide em literatura, e de que existe potencial para melhora da concordância diagnóstica por meio dos algoritmos propostos. Ainda, os achados reforçaram a hipótese de que o mecanismo de transição epitélio-mesenquimal participa na progressão tumoral em neoplasias hepatoides em cães, explicando a frequente imunoexpressão de vimentina observada nestes tumores. Por fim, foi demonstrado que a presença de invasão vascular ou metástase no momento do diagnóstico tem impacto significativo na sobrevida dos animais, assim como há outras características clínicas, morfológicas e imuno-histoquímicas com valor prognóstico para recorrência da doença e sobrevida. / An important variation in the prevalence of canine hepatoid gland carcinoma is currently reported, likely due to lack of consistent and well-defined criteria. Additionally, clinical and pathological features predictive of biological behavior are not well defined. The epithelial-mesenchymal transition mechanism has been proposed as a possible explanation for the frequent expression of vimentin by neoplastic hepatoid gland cells, but this hypothesis remains elusive. The present study aimed to define the level of diagnostic agreement between different pathologists, investigate immunohistochemical and morphological features indicative of epithelial-mesenchymal transition, and to evaluate candidate features that might be predictive of biological behavior. Five pathologists diagnosed and classified morphological features for 57 hepatoid gland tumors, and diagnostic algorithms were built with recursive partitioning analysis. Additionally, vimentin, pancytokeratin, E-cadherin and ki-67 immunohistochemical expression were evaluated for 78 lesions, and expression levels were compared between normal glands, benign tumors, malignant tumors, and vasculo-invasive/metastatic tumors. Local recurrence free survival, disease free survival, overall survival and disease-specific survival were evaluated for 33 cases. There was a fair mean interobserver agreement for diagnosis (k=0,54), that could potentially be improved to a good mean agreement with the use of two novel diagnostic algorithms (k=0,64 and 0,65). Additionally, higher levels of vimentin expression and lower levels of E-cadherin expression were noted in malignant tumors, as compared to benign tumors, and there was a strong negative correlation between vimentin expression in reserve cells and pancytokeratin expression in differentiated cells (p=-0,65, p<0,0001). Proliferation index (ki67) and mitotic count were higher for malignant tumors when compared to benign tumors. In univariate survival analysis, vascular invasion or metastasis at the time of diagnosis, E-cadherin score in differentiated and reserve cells and tumor size were predictive of disease-specific survival. Vascular invasion or metastasis at the time of diagnosis, E-cadherin score in differentiated and reserve cells, loss of cell polarity, grade of invasiveness, history of recurrent disease, spindle cell morphology score and proportion of reserve cells were predictive of disease-free survival. The results of this study demonstrate a level of diagnostic disagreement between pathologists that might explain, at least partially, the variation of prevalence of hepatoid gland carcinoma in current literature, and that this diagnostic agreement could potentially be improved. Also, these findings support the role of epithelial-mesenchymal transition in the progression of canine hepatoid gland tumors, and this mechanism could explain the frequent expression of vimentin in this particular neoplasia. Finally, it was shown that vascular invasion or metastasis at the time of diagnosis has a significant impact on survival, and that additional clinical, morphological and immunohistochemical features might also have predictive value for disease recurrence and survival.
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Câncer colorretal localmente avançado: resultados do tratamento cirúrgico e fatores prognósticos / Locally advanced colorectal cancer: surgical treatment results and prognostic factorsHamra, Maria Celia Calijuri 19 August 2009 (has links)
Introdução: O Câncer Colorretal (CCR) localmente avançado é caracterizado pela aderência ou invasão do tumor primário a órgãos ou estruturas vizinhas. Nesses pacientes, a realização de cirurgia alargada por meio de ressecção multivisceral em bloco constitui a melhor alternativa para prover perspectivas de cura. Os objetivos desse estudo foram estimar a incidência das lesões localmente avançadas em nosso meio, avaliar os resultados operatórios e investigar os fatores que influenciaram o prognóstico. Pacientes e Métodos: realizou-se estudo coorte retrospectivo incluindo 679 pacientes com CCR que foram submetidos a tratamento cirúrgico entre 1995 a 2007. Foram anotados dados clínicos (idade, sexo e co-morbidades), cirúrgicos e histológicos (localização da neoplasia, órgãos adjacentes comprometidos e disseminação tumoral) dos pacientes portadores de neoplasia colorretal localmente avançada. Os índices de sobrevida foram estimados pela curva de Kaplan Meier considerando apenas os doentes que foram submetidos à operações com intenção curativa. Resultados: 90 pacientes (13,2%) com tumor localmente avançado foram identificados. A idade média foi de 59 anos e houve predomínio no sexo feminino (61%). A distribuição topográfica demonstrou que 66% dos tumores localizavam-se no cólon e 34% no reto. A distribuição quanto ao sexo revelou maior prevalência dos tumores retais entre as mulheres (77%; p=0,02). Complicações no pós-operatório foram registradas em 25,6% dos doentes, representados principalmente por deiscência e/ou infecção da parede abdominal (22%), íleo prolongado (14,8%) e deiscência de anastomose (11,1%). A mortalidade peri-operatória foi de 3,3%. Os órgãos mais freqüentemente envolvidos foram o intestino delgado (19,9%), bexiga (16,4%) e útero (12,9%). Quanto à penetração tumoral, foram detectadas lesões T4 em 58% e lesões T3 em 42%. A sobrevida de 5 anos foi menor entre os tumores T4 em relação às lesões T3 (50% vs. 75%; p=0,01). Em média, 21,6 linfonodos (LN) foram ressecados durante os procedimentos e o envolvimento linfonodal pela neoplasia determinou sobrevida menor (35% LN+ vs. 80%LN -; p=0,004). Observou-se também redução dos índices de sobrevida associados a outros fatores como a presença da invasão vascular, linfática e perineural (35% vs. 80%; p=0,02), e localização retal dos tumores quando comparada às lesões colônicas (45% vs. 65%; p=0,01). Por outro lado, o caráter neoplásico (59%) ou inflamatório (41%) das aderências não influenciou significativamente os índices de sobrevida (55% vs. 65%, p=0,60). Conclusão: 1) durante o período de estudo, detectaram-se lesões localmente avançadas em 13,2% dos pacientes; 2) ocorreram complicações operatórias em 25% dos procedimentos; 3) a sobrevida dos pacientes submetidos a operações com intenção curativa sofreu impacto negativo na presença de maior penetração na parede, invasão vascular, linfática e perineural, nos tumores de localização retal e naqueles com linfonodos comprometidos; 4) outras variáveis como tipo histológico, grau de diferenciação tumoral, número de órgãos ressecados, transfusão de sangue e caráter das aderências entre órgãos não influenciaram as chances de sobrevida / Locally advanced colorectal tumors are characterized by adherence or invasion of the primary tumor into surrounding structures and organs. For these patients, an en-bloc multivisceral resection represents the best alternative for cure. The aims of this study were to estimate the incidence of locally advanced lesions in our service, to evaluate operative results and to investigate factors that could influence prognosis. A retrospective cohort study was performed including 679 patients with colorectal cancer (CRC) who underwent surgery from 1995 to 2007. Clinical (age, gender, comorbidities), surgical and histological (tumor location, involved organs and tumor spreading) data were collected from patients with locally advanced colorectal cancer. Survival rates were estimated by the Kaplan-Meier curve considering only patients who underwent curative procedures. Ninety patients (13.2%) with locally advanced tumors were identified. Average age was 59 years and there was a female predominance (61%). Regarding topographic distribution, 66% of the lesions were colonic and 34% were located in the rectum. Gender distribution showed a higher prevalence of rectal tumors among women (77%; p=0.02). Postoperative morbidity occurred in 25.6% of the patients, the most common being abdominal wall infection (22%), prolonged ileus (14.8%) and anastomosis dehiscence (11.1%). Mortality rate was 3.3%. Involvement of adjacent organs was more frequently detected with the small intestine (19.9%), bladder (16.4%) and uterus (12.9%). Concerning tumor penetration, there were detected T4 lesions in 58% and T3 lesions in 42%; Five years survival was smaller in the former lesions (50% vs. 75%; p=0.01). During surgery 21.6 lymph nodes were resected on average, and the presence of positive nodes determined shorter survival (35% vs. 80%, p=0.004). It was also observed shorter survival rates associated with other factors such as the presence of vascular, lymphatic, and perineural invasion (35% vs. 80%, p=0.02) and rectal tumor location compared to colonic ones (45% vs. 65%, p=0.01). On the other hand, the neoplastic (59%) or inflammatory nature (41%) of adhesions did not significantly influence survival rates (55% vs. 65%, p=0.60). During the period of study it was possible to conclude that 1) locally advanced lesions represented 13.2% of the patients; 2) there were operative complications in 25% of the procedures; 3) survival of patients undergoing curative-intended surgery had a negative impact with deeper tumor wall penetration, vascular, lymphatic and/or perineural invasion, rectal location (compared to colonic) and positive lymph nodes. 4) other variables such as histological type, tumoral differentiation and number of resected organs, blood transfusion and character of adhesions between organs did not affect chances of survival
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Estudo da expansão da Leishmaniose Visceral no estado de São Paulo e de fatores intervenientes / Study the expansion of visceral leishmaniasis in São Paulo state and intervening factorsOliveira, Agda Maria 06 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Leishmaniose visceral (LV) é uma doença negligenciada que afeta milhões de pessoas no mundo e que constitui um grave problema de saúde pública. OBJETIVOS: Descrever no tempo e no espaço, a dispersão de Lutzomyia longipalpis e a expansão da LV no estado de São Paulo (SP); identificar fatores associados a estes processos. MÉTODOS: Foram realizados estudos descritivos, ecológicos e de análise de sobrevida. Informações sobre o vetor e os casos foram obtidas na Superintendência de Controle de Endemias e no Sistema de Informações de Agravos de Notificação para o período de 1997 a 2014. A área de estudo foi composta pelos 645 municípios de SP. Foram produzidos mapas temáticos e de fluxo e calcularam-se incidência, mortalidade e letalidade por LV em humanos (LVH). Utilizou-se a técnica de análise de sobrevida (Curvas de Kaplan-Meier e Regressão de Cox) para a identificação de fatores associados à dispersão do vetor e expansão da LV. RESULTADOS: A partir da detecção de Lu. longipalpis em Araçatuba em 1997, deram-se a ocorrência do primeiro caso canino (LVC) (1998) e o primeiro caso humano (LVH) autóctones (1999) em SP. Até 2014, foi detectada a presença do vetor em 173 (26,8 por cento ) municípios, LVC em 108 (16,7 por cento ) e LVH em 84 (13 por cento ). A expansão dos três fenômenos ocorreu no sentido noroeste para sudeste e se deram a velocidades constantes. Na região de São José do Rio Preto, a dispersão do vetor deu-se por vizinhança com municípios anteriormente infestados, a expansão da LV relacionou-se com os municípios sede das microrregiões e a doença ocorreu com maior intensidade nas áreas periféricas dos municípios. A presença da Rodovia Marechal Rondon e a divisa com o Mato Grosso do Sul foram fatores associados à ocorrência dos três eventos, assim como a presença da Rodovia Euclides da Cunha para presença do vetor e casos caninos, e, presença de presídios para casos humanos. CONCLUSÕES: A dispersão do vetor e da LV em SP iniciou-se, a partir de 1997, próximo à divisa com o estado do Mato Grosso do Sul, avançou no sentido noroeste para sudeste, na trajetória da rodovia Marechal Rondon, e ocorreu em progressão aritmética, com as sedes das microrregiões de SP tendo papel preponderante neste processo. A ocorrência autóctone de LVC e LVH iniciou-se na sequência da detecção de Lu. longipalpis em Araçatuba e de seu espalhamento por SP e não a partir dos locais onde anteriormente ele já estava presente. O uso da análise de sobrevida permitiu identificar fatores associados à dispersão do vetor e a expansão da LV. Os resultados deste estudo podem ser úteis para aprimorar as atividades de vigilância e controle da LV, no sentido de retardar sua expansão e/ou de mitigar seus efeitos, quando de sua ocorrência. / INTRODUCTION: Visceral leishmaniasis (VL) is a neglected disease that affects millions of people worldwide and is a serious public health problem. To describe in time and space, Lutzomyia longipalpis dispersion and expansion of LV in São Paulo (SP); identify factors associated with these procedures. METHODS: We conducted descriptive studies, ecological and survival analysis. Vector information and the cases were obtained from the Superintendency of Endemic Disease Control and System for Noticeable Diseases Information for the period from 1997 to 2014. The study area was composed of 645 municipalities of SP. They were produced thematic and flow maps and were calculated incidence, mortality and lethality by LV in humans (LVH). We used the survival analysis technique (Kaplan-Meier curves and Cox regression models) for the identification of factors associated with vector dispersion and expansion of the LV. RESULTS: From Lu. longipalpis detection in Araçatuba in 1997, given the occurrence of the first canine case (LVC) (1998) and the first autochthonous human (LVH) case (1999) in SP. By 2014, the vector presence in 173 was detected (26.8 per cent ) municipalities, LVC in 108 (16.7 per cent ) and LVH in 84 (13 per cent ). The expansion of the three phenomena occurred in the northwest towards the southeast and gave constant speeds. In the region of São José do Rio Preto, the dispersion of the vector occurred by neighborhood with municipalities previously infested, LV expansion was related to the municipal headquarters of the micro and the disease was more intense in the peripheral areas of the municipalities. The presence of Marechal Rondon highway and the border with Mato Grosso do Sul were factors associated with the occurrence of the three events, as well as the presence of Euclides da Cunha highway for vector presence and canine cases, and presence of prisons to human cases. CONCLUSIONS: Dispersal vector and LV SP began, from 1997, near the border with the state of Mato Grosso do Sul, has advanced in the northwest direction to the southeast, in the path of the Marechal Rondon highway, and occurred in arithmetic progression, with the headquarters of SP micro taking leading role in this process. The autochthonous occurrence of LVC and LVH were initiated following the detection Lu. longipalpis in Aracatuba and its scattering by SP and not from the places where previously it was already present. The use of survival analysis identified factors associated with the spread of vector and the expansion of LV. The results of this study may be useful to improve the surveillance and control activities of LV, to slow its expansion and / or mitigate their effects when they occur.
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Polimorfismos genéticos de invasão e metástase, inflamação e reparo de DNA e prognóstico de tumores de laringe / Influence of genetic polymorphisms related with invasion and metastasis, inflammation and repair of DNA and prognosis of laryngeal squamous cell carcinomaMendoza López, Rossana Verónica 26 June 2007 (has links)
Introdução: O prognóstico dos carcinomas epidermóides de laringe é limitado e a taxa de sobrevida em cinco anos é menor que 70%. A relação de características clínicas e epidemiológicas tem sido investigada na sobrevida de pacientes com tumores de laringe, mas pouco se conhece sobre o efeito dos polimorfismos genéticos no prognóstico da doença. Objetivo: Estudar o papel dos polimorfismos genéticos de genes relacionados aos processos de invasão e metástase (MMP1 e MMP3), de inflamação (Interleucina 2, Interleucina 6, LTA) e reparo de DNA(XRCC1) no prognóstico do carcinoma epidermóide de laringe. Material e métodos: Coorte com 170 pacientes com carcinoma epidermóide de laringe,confirmados por exame anátomo-patológico. Os casos tiveram origem em estudo caso-controle conduzido em cinco hospitais de São Paulo, um hospital em Porto Alegre e outro em Goiânia. As informações sobre o status vital dos pacientes foram levantadas dos prontuários médicos e dos bancos de óbitos municipais e estaduais. A extração do DNA das amostras de sangue dos pacientes foi realizada pelo Instituto de Medicina Tropical da USP e a genotipagem dos polimorfismos genéticos pela Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto da Faculdade de Medicina da USP. Resultados: Os polimorfismos genéticos estudados (MMP1 1607, MMP1 -519,MMP3 -1171, IL2 -384, IL2 114, IL6 -174, LTA 252 e XRCC1) não apresentaram efeitos com significância estatística na sobrevida global ou específica pela doença quando analisados isoladamente. Para a sobrevida global, o consumo excessivo de álcool, em g/L/dia, reduziu a sobrevida dos pacientes (80-119 g/L/dia: hazard ratio(HR)=4,0 intervalos com 95% de confiança (IC95%)=1,10-14,53; _120 g/L/dia: HR=5,6 IC95%=1,71-18,24). No modelo de Cox múltiplo, quando ajustados pelo polimorfismo genético MMP3 -1171, a sobrevida piorou para esses pacientes (80-119 g/L/dia: HR=4,9 IC95%=1,07-22,91; _120 g/L/dia: HR=6,3 IC95%=1,49-26,84). Para a sobrevida específica pela doença, o estadiamento clínico IV reduziu a sobrevida dos pacientes (HR=3,5 IC95%=1,67-7,28). No modelo de Cox múltiplo,com ajuste pelos polimorfismos genéticos IL6 -174 e MMP1 1607, a sobrevidaespecífica pela doença piorou para esses pacientes (HR=4,7 IC95%=1,38-16,25).Conclusões: Na coorte examinada, somente três dos oito polimorfismos genéticos estudados relacionaram-se com a sobrevida global e específica pela doença, porém apenas alterando o efeito dos valores dos HR brutos dos fatores consumo de álcool e estadiamento clínico, respectivamente na sobrevida global e sobrevida específica pela doença. Isoladamente, nenhum polimorfismo genético estudado interferiu na sobrevida dos pacientes com câncer de laringe. / Introduction: The prognosis of laryngeal squamous cell carcinoma is limited and survival rate is lower than 70%. The relationships between clinical and epidemiological characteristics have been fully investigated on the survival of patients with laryngeal tumors, but the effect of genetics polymorphisms on squamous cell carcinoma of larynx is not well-known. Objective: To study the role of genetic polymorphisms of genes related to the processes of invasion and metastasis (MMP1 and MMP3), inflammation (Interleukin 2, Interleukin 6, and LTA) and repair of DNA (XRCC1) in the prognosis of laryngeal squamous cell carcinoma. Material and methods: Cohort with 170 laryngeal squamous cell carcinoma patients with histological confirmation. The cases have their origin in a case-control study carried out in hospitals of Sao Paulo, Porto Alegre and Goiania. The information about vital status of patients had been raised from medical records. The extraction of DNA was carried out by Institute of Tropical Medicine of USP and genotyping was carried out by the Center of Cellular Therapy of the Hemocentro of Ribeirao Preto of Medical School of USP. Results: The studied genetic polymorphisms (MMP1 1607, MMP1 -519, MMP3 -1171, IL2 -384, IL2 114, IL6 -174, LTA 252 and XRCC1), separately analyzed, did not have any statistical significant effect on the overall and cause-specific survival. High levels of alcohol consumption (g/L/day) reduced the overall survival (80-119 g/L/day: hazard ratio(HR)=4.0 intervals with 95% of confidence (95%CI)=1.10-14.53; _120 g/L/day:HR=5.6 95%CI=1.71-18.24). Multiple Cox model revealed, when adjusted for MMP3 -1171 genetic polymorphism, lower survival for those patients (80-119g/L/day: HR=4.9 95%CI=1.07-22.91; _120 g/L/day: HR=6.3 95%CI=1.49-26.84). The clinical staging (CS) IV was a factor for low cause-specific survival (CS IV:HR=3.5 95%CI 1.67-7.28). In the multiple Cox model, adjusted for genetic polymorphism IL6 -174 and MMP1 1607, the survival of those patients droppe(HR=4.7 95%CI=1.38-16.25). Conclusions: In this cohort, only three of eight genetic polymorphisms studied were showed to be related with overall and causespecific survival, however only modifying the effect of unadjusted HR of alcohol consumption and tumor clinical staging in the overall and cause-specific survival respectively. None of the studied genetic polymorphisms, when analyzed separately,affected the survival of laryngeal cancer patients.
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Impacto das bacteremias por Acinetobacter spp. em relação a bacteremias causadas por outras bactérias na sobrevida de pacientes internados em unidade de terapia intensiva / Impact of Acinetobacter spp. bacteremia compared with bacteremia caused by other pathogens on the survival of intensive care patientsLeão, Aline Carralas Queiroz de 22 April 2015 (has links)
Introdução: Tem sido um desafio determinar o verdadeiro impacto clínico do Acinetobacter spp., devido a predileção desse microrganismo em colonizar e infectar pacientes críticos, os quais apresentam prognóstico ruim independente de complicações infecciosas secundárias. Objetivo: Avaliar se a sobrevida de pacientes com bacteremia por Acinetobacter spp. é menor em relação a de pacientes com bacteremia causada por outras bactérias prevalentes em unidade de terapia intensiva. Método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo de pacientes internados nas unidades de terapia intensiva do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que desenvolveram bacteremia no período de 1 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011. Pacientes com bacteremia por Acinetobacter spp. foram comparados a pacientes com bacteremia causada por outros patógenos (Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Enterobacter spp., Enterococcus spp. e Pseudomonas aeruginosa). Foi realizada análise de sobrevida em 30 dias. O método de Kaplan-Meier e teste de log-rank foram usados para determinar a sobrevida global. Fatores prognósticos potenciais foram identificados por análise bivariada e regressão multivariada de Cox. Resultados: 141 pacientes foram avaliados. Não houve diferenças entre os pacientes com bacteremia por Acinetobacter spp. e outros patógenos com relação à idade, sexo, APACHE II, índice de comorbidade de Charlson e tipo de infecção. A análise bivariada mostrou que idade > 60 anos, diabetes mellitus, infecção por Acinetobacter spp., tratamento inadequado, score de Pitt > 3, presença de choque séptico, uso de ventilação mecânica, uso de acesso central e número de falência de órgãos > 2 foram significativamente associados a pior prognóstico. Foram realizados dois modelos de análise de regressão logística. O modelo A mostrou que tratamento inadequado e score de Pitt > 3 pontos foram estatisticamente associados com letalidade. No modelo B, infecção por Acinetobacter spp. (HR = 1,93 IC 95%: 1,25-2,97) e idade > 60 anos foram fatores prognósticos independentes. Conclusão: Pacientes com bacteremia por Acinetobacter spp. apresentaram menor sobrevida em relação a pacientes com bacteremia causada por outras bactérias prevalentes em unidade de terapia intensiva / Introduction: It has been challenging to determine the true clinical impact of Acinetobacter spp., given the predilection of this pathogen to colonize and infect critically ill patients, who often have a poor prognosis irrespective of secondary infective complications. Objective: The aim of this study was to assess whether the survival of patients with Acinetobacter spp. bacteremia is lower than that of patients with bacteremia caused by other bacteria prevalent in intensive care unit. Setting: A retrospective review of medical records was conducted for all patients admitted to the ICUs who developed bacteremia from January 2010 through December 2011. Patients with Acinetobacter spp. were compared with those with other pathogens (Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Enterobacter spp., Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa). We did a 30-day survival analysis. The Kaplan-Meier method and log-rank test were used to determine the overall survival. Potential prognostic factors were identified by bivariate and multivariate Cox regression analysis. Results: 141 patients were evaluated. No differences between patients with Acinetobacter spp. and other pathogens were observed with regard to age, sex, APACHE II score, Charlson Comorbidity Score and type of infection. Bivariate analysis showed that age > 60 years, diabetes mellitus, Acinetobacter spp. infection, inappropriate treatment, Pitt Bacteremia score >3, presence of septic shock, mechanical ventilation, use of central line and number of organ failures > 2 were significantly associated with a poor prognosis. We did two models of logistic regression analysis. Model A showed that inappropriate treatment and Pitt score > 3 points were statistically associated with mortality. In model B, Acinetobacter spp. infection (HR= 1.93, 95%CI: 1.25-2.97) and age > 60 years were independent prognostic factors. Conclusion: Patients with Acinetobacter spp. bacteremia had lower survival compared with patients with bacteremia caused by other bacteria prevalent in intensive care unit
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