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Terapia cognitivo-comportamental em grupo no transtorno obsessivo-compulsivo

Cordioli, Aristides Volpato January 2002 (has links)
Resumo não disponível.
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Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica sobre a adesão de pacientes HIV-positivos à terapia anti-retroviral

Silveira, Marysabel Pinto Telis January 2009 (has links)
Introdução: Em 2004, o Ministério da Saúde do Brasil oficializou o conceito de Atenção Farmacêutica para o nosso país através da Resolução 338/2004, passando a ser implementado em programas de atenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. A adesão pode ser definida como o cumprimento da pessoa a uma recomendação médica, ou, num conceito mais amplo, a adesão terapêutica pode ser entendida como a extensão com que um paciente usa os medicamentos seguindo a prescrição médica. Envolve a concordância entre a prescrição médica e o comportamento adotado pelo paciente, a tomada dos medicamentos corretamente, na dose correta e no horário recomendado. Quando se fala em adesão aos antirretrovirais, este conceito é ampliado porque está vinculado a um conjunto de ações: a disponibilidade de acesso aos serviços, frequência e realização de exames laboratoriais, consultas, retiradas de medicamentos na farmácia, entre outros. Estudos sugerem que a carga viral diminui e a prevalência de carga viral indetectável aumenta à medida que aumentam os níveis de adesão ao tratamento antirretroviral, sendo em geral necessária alta adesão para alcançar a efetividade terapêutica. Também, aumentando os níveis de adesão, aumenta a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes e diminuem os riscos de transmissão da doença. Fatores socioeconômicos e de saúde têm sido associados à adesão aos antirretrovirais. Baixo nível de instrução, uso de drogas, uso abusivo de álcool e depressão não tratada estão associados à não-adesão. Meta-análise de Ciesla & Roberts indica que a prevalência de depressão maior é o dobro entre pessoas HIV - positivas quando comparada à população geral. Estudos realizados no Brasil mostram prevalência de depressão maior que varia de 13,3% em pacientes HIV - positivos assintomáticos a 41,5% em pacientes sintomáticos em tratamento antirretroviral. Alguns fatores contribuem para diminuir os índices de adesão, tais como regime terapêutico complexo, dificuldade de adaptação à rotina diária, e percepção de efeitos colaterais. Ressalta-se, portanto, a importância de prevenir, identificar e resolver os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) que possam surgir durante o tratamento com antirretrovirais, através da Atenção Farmacêutica. Segundo o Manual de Boas Práticas de Adesão HIV/Aids, da Sociedade Brasileira de Infectologia, a Assistência Farmacêutica é o momento de fornecer orientações sobre os medicamentos, uso, efeitos adversos, reforçar a importância da adesão, identificar pacientes com déficit cognitivo, dificuldade visual ou alguma outra dificuldade que possa diminuir a adesão ao tratamento, para intervir. Também deve cuidar da logística de todo o ciclo do medicamento, para que não ocorram faltas, ou seja, é preconizada uma Assistência Farmacêutica integral, na qual está inserida a Atenção Farmacêutica. Após a prescrição, no momento da dispensação, o farmacêutico deve desenvolver suas atividades inseridas no conceito de Atenção Farmacêutica, com a finalidade de ajudar na farmacoterapia. A eficácia da Atenção Farmacêutica tem sido avaliada em ensaios clínicos incluindo pacientes diabéticos, hipertensos e muito pouco com portadores de HIV ou Aids. Revisão sistemática sobre o estado atual da pesquisa em Atenção Farmacêutica, realizada em 2005, identificou apenas um ensaio clínico de Atenção Farmacêutica em pacientes com HIV/Aids. Estudos não controlados têm demonstrado que a Atenção Farmacêutica aumenta a adesão aos antirretrovirais e traz benefícios clínicos para os pacientes. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a efetividade da Atenção Farmacêutica para aumentar a adesão ao tratamento antirretroviral. Métodos Realizou-se ensaio clínico randomizado, unicego, incluindo pacientes adultos, moradores da zona urbana de Pelotas, não gestantes, em tratamento antirretroviral independente do tempo de tratamento. Calculou-se que seriam necessários 332 pacientes para detectar diferença na taxa de adesão de 30%, com erro alfa de 5% e poder de 80%. O grupo controle recebeu atendimento convencional da farmácia, sendo realizada apenas a dispensação dos antirretrovirais. O grupo intervenção recebeu mensalmente, no momento de retirada dos medicamentos, Atenção Farmacêutica através do Método Dáder, além de receber os medicamentos identificados por cores, uma carteirinha com a descrição dos antirretrovirais prescritos e a explicação de como usá-los. Os desfechos foram taxa de adesão aos antirretrovirais medida por auto-relato dos últimos três dias e taxa de carga viral indetectável. Tendo em vista as medidas repetidas, as associações foram analisadas através de Modelos Lineares Generalizados usando modelo hierárquico previamente estabelecido. Resultados A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=210-63,3%), idade de 18 a 75 anos (média de 40,3 anos; DP= 10,1), renda familiar variou de 0 a 14,3 salários mínimos (mediana de 1,43), escolaridade de 0 a 21 anos de estudo (média de 6,6 anos DP= 3,7). Na análise multivariada, houve associação independente de trabalho fixo, carga viral, sintomas depressivos e total de comprimidos, com adesão ao tratamento. Independente do tempo, não houve diferença na adesão nem na taxa de pacientes com carga viral indetectável entre os grupos intervenção e controle. Os fatores associados com carga viral indetectável foram idade, anos de estudo, estado imunológico e tempo de tratamento. O esquema antirretroviral mais usado foi Lamivudina + Zidovudina + Efavirenz (51%). O tempo de tratamento variou de 1 a 174 meses (56 ±35). Foram analisados os PRMs em 141 pacientes do grupo intervenção e resolvidos 40 dos 94 PRMs identificados, sendo os PRMs relacionados à necessidade de mais fácil e rápida solução. Foram identificados 50 PRMs relacionados à necessidade, sendo que, destes, 20 não usa medicamento que necessita e 30 usa medicamento que não necessita; 40 relacionados à não efetividade e 4 com não segurança. Foram encaminhados à consulta médica 42 pacientes (29,8%). Todos os pacientes com prescrição de didanosina (10) faziam uso incorreto deste antirretroviral, que deveria ser dissolvido ou mastigado. Também foram identificados quatro erros na dispensação, sendo todos resolvidos. Houve aumento da satisfação dos pacientes com o serviço após os 12 meses de acompanhamento. Discussão A maioria dos estudos sugere que a intervenção farmacêutica aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, mas são estudos não controlados. Neste estudo, a eficácia da intervenção farmacêutica, considerando a adesão relatada ou a carga viral indetectável, não foi confirmada. O poder do estudo foi insuficiente porque o efeito foi pequeno e a adesão basal, mais elevada do que a esperada. Por ter sido uma amostra de conveniência, provavelmente os pacientes que vão regularmente ao serviço são mais aderentes ao tratamento, a Atenção Farmacêutica traria benefício maior para pacientes selecionados, que tenham baixa adesão ao tratamento. A satisfação dos pacientes com o serviço medida no início e após os 12 meses de acompanhamento aumentou, sugerindo que a Atenção Farmacêutica aumenta o vínculo do paciente com o serviço e resolução de PRMs o que deve contribuir para melhora o sucesso do tratamento. Conclusão: A Atenção Farmacêutica, em nosso estudo, não aumentou a taxa de adesão nem de pacientes com carga viral indetectável, mas identificou e resolveu PRMs, erros de uso de medicamento e de dispensação.
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Avaliação da efetividade e custo-efetividade da terapia de ressincronização cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca no Brasil : meta-análise e análise econômica

Bertoldi, Eduardo Gehling January 2010 (has links)
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma das enfermidades de maior prevalência e com maior consumo de recursos de sistemas de saúde. Apesar de múltiplas opções de tratamento farmacológico com a capacidade de melhorar o prognóstico dos pacientes com IC, a doença ainda apresenta morbidade e letalidade elevadas. A terapia de ressincronização cardíaca pode oferecer melhora dos sintomas e aumentar a sobrevida de pacientes com insuficiência cardíaca. No entanto, esta é uma tecnologia de alto custo, que pode acarretar grande impacto no orçamento do sistema público de saúde brasileiro. Objetivos: Avaliar a efetividade e a custo‐efetividade da terapia de ressincronização cardíaca, isolada ou em combinação com cardiodesfibrilação, em pacientes com IC, na perspectiva do Sistema Único de Saúde brasileiro, em comparação com o tratamento clínico otimizado ou com cardiodesfibrilador implantável isolado. Métodos: Foi realizada revisão sistemática e meta‐análise dos ensaios clínicos envolvendo terapia de ressincronização cardíaca, obtendo‐se estimativa‐ponto combinada da redução de mortalidade, e da incidência de complicações relacionadas ao implante dos dispositivos. Posteriormente, foi construído modelo de Markov para a avaliação, em pacientes com IC classe funcional II a IV, do custo, efetividade e da relação de custo-efetividade-incremental de cada uma das terapias: tratamento clínico, cardiodesfibrilador implantável (CDI), terapia de ressincronização cardíaca (TRC) e terapia combinada (TRC‐D) (ressincronização e cardiodesfibrilação). O desfecho principal avaliado foram anos de vida ajustados para qualidade (AVAQ), e o horizonte temporal foi de 20 anos. Análises de sensibilidade estocástica e probabilística foram realizadas para as variáveis mais importantes do modelo. Resultados: A meta‐análise mostrou redução significativa de mortalidade tanto na comparação de TRC com placebo (risco relativo [RR] 0,76; intervalo de confiança de 95% [IC95%] 0,64 – 0,9), quanto na comparação de TRC-D com CDI (RR 0,7; IC95% 0,72 – 0,96). A razão de custo-efetividade incremental (RCEI) da TRC em relação ao tratamento clínico foi de 24.528 R$/AVAQ. Já a TRC-D teve RCEI de 57.627 R$/AVAQ em relação ao CDI e de 131.578 R$/AVAQ em relação a TRC isolada. As análises de sensibilidade mostraram que o modelo é sensível ao custo dos dispositivos, à estimativa de impacto dos dispositivos na sobrevida, e à longevidade da bateria dos dispositivos. Conclusões: Em pacientes com IC, a TRC reduz a mortalidade em relação ao tratamento clínico, e a TRC-D reduz a mortalidade em relação ao CDI. Para o contexto brasileiro, a RCEI de dispositivos de TRC se mostra atraente em pacientes nos quais o implante de CDI não está indicado. Em pacientes com indicação de TRC, o acréscimo de TRC-D tem uma RCEI mais alta que o limiar de disposição a pagar de R$ 49.435, proposto pela Organização Mundial da Saúde, e naqueles com indicação de CDI a RCEI da TRC-D é limítrofe. Esta RCEI pode ser reduzida para valores aceitáveis através de redução de custos associados ao dispositivo ou de melhora na duração da bateria dos dispositivos.
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Avaliação de mecanismos de defesa em pacientes com transtorno do pânico, sua relação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento

Kipper, Leticia da Cunha January 2003 (has links)
Os mecanismos de defesa representam uma dimensão importante da estrutura da personalidade e do funcionamento psicodinâmico, sendo uma das formas de medir como o indivíduo habitualmente responde aos estressores. O estudo dos mecanismos de defesa utilizados por pacientes com Transtorno do Pânico (TP) pode ter utilidade no entendimento e no tratamento desse transtorno. O objetivo deste trabalho é o de avaliar os mecanismos de defesa do ego, nos pacientes com TP, e sua associação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento. Sessenta pacientes com TP e 31 controles participaram da primeira fase do trabalho. O Mini International Neuropsychiatric Interview foi usado para confirmar o diagnóstico de TP e estabelecer o diagnóstico de co-morbidades. A Impressão Clínica Global (CGI) foi usada para avaliar a gravidade do TP e o Defense Style Questionnaire (DSQ-40) foi usado para avaliar os mecanismos de defesa. Em uma segunda etapa, 33 pacientes com TP sintomáticos e 33 voluntários normais foram avaliados com os mesmos instrumentos, aplicados no início do estudo e após 16 semanas. Os pacientes receberam durante esse período tratamento farmacológico com sertralina. Ambos os estudos demonstraram que pacientes com TP utilizam mais defesas neuróticas e imaturas comparados ao grupo controle. Os pacientes com pânico grave (CGI>4) apresentaram maior co-morbidade com depressão atual e usaram mais defesas imaturas do que os pacientes com CGI< 4 (média=4.2 vs. 3.5; p<0.001). Após 4 meses de tratamento, houve diminuição no uso de defesas neuróticas (4.6 vs. 4.2; p=0.049) e imaturas (3.6 vs. 3.4 p=0.035) no grupo de pacientes. Pacientes que usavam mais defesas neuróticas e imaturas apresentaram pior resposta ao tratamento. Pacientes com TP usaram mais defesas mal-adaptativas quando comparados ao grupo controle, no basal e após 4 meses. O uso de defesas neuróticas e imaturas está associado à gravidade do TP e à pior resposta ao tratamento. Os mecanismos de defesa são, então, parte de uma maneira estável do indivíduo lidar com conflitos, mas também são influenciados pelo estado agudo da doença. / This study aims at evaluating the defense mechanisms most frequently used by Brazilian patients with panic disorder when compared to a control group as well as at examining the association between severity of disease and co morbidity and the use of specific defense mechanisms. Sixty panic disordered patients and thirty-one controls participated in the study. The Mini International Neuropsychiatric Interview was used to confirm the panic disorder diagnosis and to establish the co morbid diagnosis. The Clinical Global Impression (CGI) was used to assess severity and the Defensive Style Questionnaire (DSQ-40) was used to evaluate the defense mechanisms. Panic patients used more neurotic (mean=4.9 vs. 3.6; p<0,001) and immature (mean=3.9 vs. 2.8; p< 0,001) defenses as compared to controls. Panic patients with severe disease (n=37; CGI>4) had more depression co morbidity and used more immature defenses than patients with CGI<4 (n=23; mean=4.2 vs. 3.5; p<0.001). It was concluded that the Panic severity and depression co morbidity found in Brazilian panic disordered patients are associated with the use of maladaptive mechanisms, namely immature defenses.
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Programa de avaliação e tratamento fonoaudiológico para a reabilitação da função mastigatória de indivíduos submetidos à cirurgia ortognática por deformidade dentofacial / Evaluation and treatment program for the rehabilitation of mastication of patients who underwent orthognathic surgery for dentofacial deformity

Laura Davison Mangilli 07 May 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Indivíduos com deformidade dentofacial apresentam alterações faciais verticais e/ou ântero-posteriores, com conseqüente presença de oclusão instável e pobre intercuspidação dentária, que podem causar comprometimentos nas funções do Sistema Miofuncional Orofacial sendo verificadas geralmente adaptações funcionais para cada tipo de deformidade. O objetivo desta tese foi realizar um ensaio clínico randomizado cuja variável de relevância foi a resposta funcional da mastigação após intervenção fonoaudiológica experimental em pacientes submetidos à cirurgia ortognática. MÉTODOS: Todos os pacientes submetidos à cirurgia ortognática, num período de 12 meses, que concordaram em participar do estudo. Os pacientes foram randomicamente distribuídos em dois grupos: grupo experimental (EG=6) e grupo de instrução (IG=5). O grupo controle foi constituído por indivíduos com oclusão dentária normal (CG=6). Os pacientes do EG foram submetidos a um protocolo de tratamento fonoaudiológico estruturado em seis sessões com enfoque técnico na função da mastigação. Os pacientes do IG foram submetidos a duas sessões supervisionadas de instruções direcionadas aos cuidados com a mastigação (tratamento padrão). As variáveis adotadas para a comparação dos grupos foram obtidas por meio de avaliação clínica e de avaliação eletromiográfica de superfície (EMGs), sendo elas: mobilidade orofacial, desempenho durante as funções de deglutição/mastigação, movimentos mandibulares e atividade elétrica dos músculos mastigatórios. Esses parâmetros foram avaliados pré e pós-cirúrgico longo prazo (12 meses). Os indivíduos do CG foram testados em dois momentos distintos com um intervalo de 12 meses entre os mesmos. RESULTADOS: após um ano da realização da cirurgia ortognática o EG apresentou melhora significativa na mobilidade orofacial (p = 0,001); no desempenho durante as funções de deglutição/mastigação (p = 0,001); na lateralização da mandíbula (p = 0,001) e na protrusão da mandíbula (p = 0,011). Os dois grupos de pacientes (EG e IG) não apresentaram diferenças significativas para os resultados da EMGs atividade elétrica dos músculos mastigatórios - nos diferentes momentos. O CG não apresentou variações significativas de desempenho para qualquer das variáveis investigadas na comparação entre os diferentes momentos. CONCLUSÃO: os resultados sugerem que o tratamento fonoaudiológico experimental demonstrou resultado positivo. Não foram identificados efeitos adversos. Houve aderência ao tratamento. O tamanho da amostra, embora relevante para a área, exige cuidado quanto ao poder de generalização dos resultados / INTRODUCTION: Individuals with dentofacial abnormalities present facial alteration - in the vertical and/or anterior posterior plane -, with consequent unstable occlusion and poor dental intercuspation. These alterations can cause impairments in the functions of the orofacial myofunctional system, and functional adaptations are usually observed for each type of deformity. The aim of this thesis was to conduct a randomized clinical trial that the relevance variable was the functional response of the mastication after the rehabilitative experimental program in patients submitted to orthognathic surgery. METHODS: All patients underwent to the orthognathic surgery, in a period of 12 months, which agreed to participate of this study. Patients were randomized assigned into two groups: experimental group (EG = 6) and group instruction (GI = 5). A control group consisted of individuals with normal dental occlusion (CG = 6). The EG patients underwent a structured treatment protocol, in six sessions, with technical focus was on the function of mastication. Patients in the IG were submitted to two supervised sessions for instruction related to the look out of mastication (standard treatment). The variables adopted for the comparison groups were obtained by clinical evaluation and by assessment of surface electromyography (sEMG) that was: orofacial mobility, masticatory/deglutition clinical performance, jaw movements and muscle activation (electrical activity) of the masticatory muscles. These parameters were evaluated pre-and postoperative long-term (12 months). The subjects in the CG were also tested in two distinct moments, with a one year interval. RESULTS: One year after orthognathic surgery, EG showed a significant improvement in orofacial mobility (p=0.001), masticatory/deglutition clinical performance (p=0.001), jaw lateralization (p=0.001) and jaw protrusion (p=0.011). Both groups of patients presented no significant differences for the sEMG results. The CG presented no significant variations in performance for any of the investigated variables when comparing the different time points. CONCLUSION: The results suggest that the rehabilitative experimental program demonstrated a positive result. No adverse effects were identified. There was adherence to the treatment. The sample size, although relevant to the area, requires careful about the power of generalization of the results.
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O tratamento ortod?ntico em uma perspectiva a longo prazo: avalia??o da estabilidade oclusal e do grau de satisfa??o dos pacientes

Maia, Nair Galv?o 28 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T14:13:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NairGM_TESE.pdf: 781823 bytes, checksum: 1ac17cba137a9e5abbbe15147eaca5f1 (MD5) Previous issue date: 2011-02-28 / This study aimed to evaluate factors associated to orthodontic treatment stability and patient satisfaction in the long-term. A total of 209 patients (88 class I and 121 class II) treated with straight wire fixed appliance were selected at least 5 years post treatment. Six hundred twenty seven dental casts were examined with the PAR Index at pretreatment (T1), end of treatment (T2), and at long-term follow up (T3, mean 8.5 years post treatment). At T3, a Dental Impact on Daily Living questionnaire was used to assess patient satisfaction with the dentition in the long-term. Friedman test and multiple regression analysis were used to evaluate changes among the time points and factors associated with stability and patient satisfaction. Predictive factors used to exam the occlusion were: PAR Index at T1 and T2, age at T1, the amount of time without retainer, length of Hawley retainer wear, length of follow-up, sex, extraction and third molar status. To assess patient satisfaction were considered: changes produced by the orthodontic treatment (PAR T2-T1), post treatment stability (PAR T3), age at the start of treatment (T1), length of treatment (T2-T1), gender, and extraction. Orthodontic treatment produced a significant improvement of 94.2% in the PAR Index (T2-T1), but this change was not associated with the level of satisfaction when the patient was questioned at T3. No significant change was observed between T2 and T3. However, when the sample was divided according to the level of finalization (PAR T2), it was observed that well-finished patients experienced some deterioration (P<.001), whereas the less well-finished ones showed some improvement (P<.05). Even with the deterioration, the well-finished patients still had a better PAR Index at T3 compared to the less well-finished ones (PAR T2- T3). Regression analysis showed that PAR Index at T1 and T2, age at T1, and length of retainer wear had a slight association with occlusal stability (R2 = 0.27). Patient satisfaction was significantly associated only with PAR Index at T3 (r2=0.125, P<.0001). We can conclude that, even thought orthodontic treatment is quite stable, not so well-finished treatments tend to show some improvement and well-finished ones deteriorate some in the long-term. Despite of that, well-finished patients still have better occlusal characteristics. Patient satisfaction is not related to the result of orthodontic treatment; nevertheless, there is a slight association with dentition in the long-term / Este estudo objetivou avaliar os fatores relacionados ? estabilidade do tratamento ortod?ntico e o grau de satisfa??o dos pacientes em longo prazo. Foram selecionados 209 pacientes (88 classe I e 121 classe II), tratados com aparelhagem fixa straigth-wire com, pelo menos, 5 anos p?s-tratamento. Seiscentos e vinte e sete modelos foram examinados atrav?s do ?ndice PAR no pr?-tratamento (T1) no final do tratamento (T2) e em longo prazo (T3) m?dia de 8,5 anos. O question?rio do ?ndice Dental Impact Daily Living (DIDL) foi aplicado em T3 para avaliar a satisfa??o do paciente com sua oclus?o em longo prazo. Foram utilizados o teste de Friedman e a an?lise de regress?o linear m?ltipla para avaliar as mudan?as ocorridas nos per?odos de avalia??o e os fatores associados com a estabilidade e com o grau de satisfa??o, respectivamente. As vari?veis predictoras para o exame da oclus?o foram: ?ndice PAR em T1 e T2, idade em T1, tempo sem conten??o 3x3, tempo de uso da conten??o de Hawley, dura??o do tratamento, tempo de acompanhamento p?s-tratamento, g?nero, tratamento com e sem extra??o dent?ria e presen?a ou aus?ncia de terceiro molar. Para o grau de satisfa??o, as vari?veis foram: mudan?as produzidas pelo tratamento (PAR T2-T1), estabilidade p?stratamento (PAR T3), idade no in?cio do tratamento (T1), dura??o do tratamento (T2- T1), g?nero e extra??o dent?ria. O tratamento produziu uma melhora de 94,2% no ?ndice PAR (T2-T1), por?m isso n?o estava associado ao grau de satisfa??o quando o paciente foi questionado em (T3). Nenhuma mudan?a significativa foi observada entre T2 e T3, entretanto, quando a amostra foi dividida de acordo com o grau de finaliza??o (PAR T2), evidenciou-se que pacientes bem finalizados mostraram alguma altera??o no resultado do tratamento (P< 0,001), enquanto os casos n?o t?o bem finalizados apresentaram algum grau de melhora (P< 0,05). Entretanto, mesmo com alguma altera??o os casos bem finalizados ainda apresentaram um ?ndice PAR melhor em T3 quando comparado com os pacientes n?o t?o bem finalizados. A an?lise de regress?o mostrou que o ?ndice PAR em T1 e T2, a idade em T1 e a dura??o do uso da conten??o tiveram uma moderada associa??o com a estabilidade oclusal (R?= 0,27). Com rela??o ao grau de satisfa??o, apenas o ?ndice PAR em T3 apresentou uma rela??o significante (R? = 0.125, p < 0,0001). Pode-se concluir que, embora o tratamento ortod?ntico seja relativamente est?vel, em longo prazo, os casos mais bem finalizados tendem a uma pequena altera??o dos resultados, enquanto aqueles n?o t?o bem finalizados tendem a alguma melhora, por?m esses casos ainda s?o piores que os bem finalizados em longo prazo. O grau de satisfa??o do paciente n?o est? relacionado com o resultado do tratamento ortod?ntico, por?m h? uma suave associa??o com a oclus?o presente em longo prazo
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Efeito da terapia fotodin?mica antimicrobiana com Cloro-alum?nio ftalocianina nos par?metros cl?nicos de pacientes com periodontite cr?nica

Sena, Israel Alexandre de Ara?jo 19 December 2017 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-04-02T15:39:52Z No. of bitstreams: 1 IsraelAlexandreDeAraujoSena_DISSERT.pdf: 1066452 bytes, checksum: 0db686fe8e7a09cfb316d9c4ce792350 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-04-06T16:43:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 IsraelAlexandreDeAraujoSena_DISSERT.pdf: 1066452 bytes, checksum: 0db686fe8e7a09cfb316d9c4ce792350 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-06T16:43:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 IsraelAlexandreDeAraujoSena_DISSERT.pdf: 1066452 bytes, checksum: 0db686fe8e7a09cfb316d9c4ce792350 (MD5) Previous issue date: 2017-12-19 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / A Cloro-alum?nio ftalocianina (AlClFc), como droga fotossensibilizadora, tem demonstrado resultados favor?veis em estudos cl?nicos e laboratoriais, no entanto ainda n?o h? ensaios cl?nicos que avaliem sua aplica??o na terapia fotodin?mica antimicrobiana (TFDA) em periodontite cr?nica (PC). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da TFDA com AlClFc adjuvante ? raspagem e alisamento corono-radicular (RACR) nos par?metros cl?nicos periodontais de pacientes com PC. O estudo caracterizou-se por um ensaio cl?nico boca dividida, randomizado, duplo cego, longitudinal e prospectivo. Cinquenta e quatro s?tios periodontais foram randomicamente distribu?dos em dois grupos: 27 no grupo teste (RACR + TFDA) e 27 no controle (RACR). A RACR foi realizada em sess?o ?nica e os par?metros cl?nicos periodontais de ?ndice de placa vis?vel (IPV), ?ndice de sangramento ? sondagem (ISS), profundidade de sondagem (PS) e n?vel de inser??o cl?nica (NIC) foram avaliados na linha base (T0) e ap?s 3 meses (T3) da TFDA. Os dados foram submetidos ? an?lise estat?stica pelos testes n?o-param?tricos de Wilcoxon e Mann-Whitney, ao n?vel de signific?ncia de 5%. Observou-se redu??o do ISS em ambos os grupos de tratamento, com TFDA adjuvante (p = 0,003) e somente RACR (p = 0,001), entre T0 e T3. Na compara??o intergrupos n?o houve diferen?a estatisticamente significativa. Verificou-se redu??o da PS e ganho de inser??o cl?nica para ambos os grupos de tratamento (p<0,05) ap?s 3 meses da terapia. Na compara??o intergrupos n?o houve diferen?a estatisticamente significativa (p>0,05) em nenhum dos tempos analisados. A TFDA com AlClFc, adjuvante ? RACR, n?o proporcionou benef?cios adicionais na redu??o da profundidade de sondagem e ganho de inser??o cl?nica. / Chloro-aluminum phthalocyanine (AlClPc), as a photosensitizing drug, has shown favorable results in clinical and laboratory studies; however, there are no clinical trials evaluating its application in antimicrobial photodynamic therapy (PDTa) in chronic periodontitis (CP). Thus, the objective of this study was to evaluate the effect of adjuvant PDTa with AlClPc on scaling and root planing (SRP) in periodontal clinical parameters of patients with CP. The study was characterized as split-mouth randomized clinical trial, double-blind, longitudinal and prospective. Fifty-four periodontal sites were randomly distributed into two groups: 27 in the test group (SRP + PDTa) and 27 in the control group (SRP). The SRP was performed in a single session and clinical periodontal parameters of plaque index (PI), bleeding on probing (BOP), probing depth (PD) and clinical attachment level (CAL) were assessed at the baseline ( T0) and after 3 months (T3) of the PDTa. Data were submitted to statistical analysis by the non-parametric Wilcoxon and Mann-Whitney tests, at a significance level of 5%. There was a reduction in the BOP in both treatment groups, with adjuvant PDTa (p = 0.003) and only SRP (p = 0.001), between T0 and T3. In the inter-group comparison there was no statistically significant difference. PD reduction and clinical insertion gain were observed for both treatment groups (p <0.05) after 3 months of therapy. In the inter-group comparison there was no statistically significant difference (p> 0.05) in any of the times analyzed. PDTa with AlClPc, adjuvant to RACR, did not provide additional benefits in reducing depth of probing and gain of clinical insertion.
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Estudo das alterações do sorisso em pacientes submetidas a alongamento do lábio superior associado à miotomia do músculo levantador do lábio superior / Study of changes in the smile of patients submitted to lenghening of the upper lip associated myotomy of levator of the upper lip muscle

Luís Henrique Ishida 18 January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento da exposição gengival excessiva ao sorrir, também conhecida como sorriso gengival, pode ser realizado de três formas: com técnicas que diminuem a gengiva por meio de remodelação gengival; com técnicas que diminuem a altura maxilar, por meio de uma cirurgia de impactação óssea; ou por meio de técnicas que diminuem a capacidade de elevação do lábio superior. Existe uma carência de técnicas cirúrgicas efetivas, da última categoria, para o tratamento do sorriso gengival. Visando corrigir ou amenizar tal alteração, Ishida et al. desenvolveram uma técnica cirúrgica baseada na associação dos seguintes procedimentos: a secção do músculo levantador do lábio superior, a dissecção da pele e mucosa do lábio superior e o alongamento do freio do lábio superior (1). O presente estudo tem como objetivo, avaliar os efeitos da aplicação dessa técnica cirúrgica em pacientes portadoras de exposição gengival excessiva. MÉTODOS: 18 pacientes do sexo feminino portadoras de exposição gengival excessiva foram operadas utilizando a técnica proposta neste estudo. Por meio de documentação fotográfica e vídeo, a quantidade de exposição gengival e o comprimento do lábio superior foram medidos antes e depois do procedimento cirúrgico. O período de seguimento variou de 6 a 26 meses após a cirurgia, sendo a média de 10,05 ± 7,02 meses. RESULTADOS: O comprimento total do lábio superior antes da cirurgia variou de 17,40 a 26,89 mm, sendo a média de 22,28 ± 2,47 mm. Após a cirurgia, esse comprimento variou de 18,96 a 27,32 mm, sendo a média de 22,85 ± 2,04 mm, havendo um aumento médio dessa distância de 0,57 mm (p<0,05). Todas as pacientes apresentaram diminuição da exposição da gengiva superior no sorriso forçado. A exposição gengival antes da cirurgia variou de 2,03 a 7,16 mm, sendo a média de 5,10 ± 1,51 mm. Após a cirurgia, a exposição variou de 0,09 a 5,19 mm, sendo a média de 1,74 ± 1,39 mm. A diminuição da exposição gengival variou de 1,13 a 5,31 mm, sendo a diminuição média de 3,37 ± 1,27 mm (p<0,001). Não foram observadas complicações decorrentes do procedimento. CONCLUSÕES: Os resultados permitiram-nos concluir que a utilização da técnica cirúrgica avaliada neste estudo se demonstrou eficiente na diminuição de uma média de 3,37 mm da exposição gengival excessiva no sorriso forçado nas pacientes estudadas / INTRODUCTION: The treatment of excessive gingival exposure when smiling, also known as gummy smile, can be performed in three different manners: with techniques that reduce the gum through gingival remodeling; with techniques that reduce the maxillary height, through a surgery of maxillary impaction; or using techniques that reduce the capacity of elevation of the upper lip. There is a shortage of surgical techniques in this last category, which are proven effective and long lasting, for treatment of the gummy smile. In order to correct or diminish such deformity, Ishida et al. developed a surgical technique that associates the section of muscle levator of the upper lip; with a dissection of the skin and mucosa of the upper lip; and with a frenuloplasty of the upper lip (1). The aim of this study is to evaluate the effects of this surgical technique in patients with excessive gingival exposure. METHODS: 18 female patients with excessive gingival exposure were operated using the technique proposed in this study. Through photographic documentation and video recordings, the amount of gingival exposure in a forced smile and length of the upper lip were measured before and after the surgical procedure. The follow-up period ranged from 6 to 26 months after the surgery, the average being 10.05 ± 7.02 months. RESULTS: The total length of the upper lip before surgery ranged from 17.40 to 26.89 mm, the average being 22.28 ± 2.47 mm. After the surgery, this length ranged from 18.96 to 27.32 mm, the average being 22.85 ± 2.04 mm, and there was an average increase of 0.57 mm (p<0.05 ). All patients showed a decrease in the exposure of the upper gum when smiling. The gingival exposure before surgery ranged from 2.03 to 7.16 mm, the average being 5.10 ± 1.51 mm. The gingival exposure after surgery ranged from 0.09 to 5.19 mm, the average being 1.74 ± 1.39 mm. The reduction of gingival exposure ranged from 1.13 to 5.31 mm. Being the average decrease of 3.37 ± 1.27 mm (p<0.001). No complications were observed resulting from the procedure. CONCLUSIONS: The results led us to conclude that the surgical technique assessed in the present study demonstrated efficient in reducing an average of 3.37 mm of excessive gingival exposure in forced smile
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Avaliação da efetividade e custo-efetividade da terapia de ressincronização cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca no Brasil : meta-análise e análise econômica

Bertoldi, Eduardo Gehling January 2010 (has links)
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma das enfermidades de maior prevalência e com maior consumo de recursos de sistemas de saúde. Apesar de múltiplas opções de tratamento farmacológico com a capacidade de melhorar o prognóstico dos pacientes com IC, a doença ainda apresenta morbidade e letalidade elevadas. A terapia de ressincronização cardíaca pode oferecer melhora dos sintomas e aumentar a sobrevida de pacientes com insuficiência cardíaca. No entanto, esta é uma tecnologia de alto custo, que pode acarretar grande impacto no orçamento do sistema público de saúde brasileiro. Objetivos: Avaliar a efetividade e a custo‐efetividade da terapia de ressincronização cardíaca, isolada ou em combinação com cardiodesfibrilação, em pacientes com IC, na perspectiva do Sistema Único de Saúde brasileiro, em comparação com o tratamento clínico otimizado ou com cardiodesfibrilador implantável isolado. Métodos: Foi realizada revisão sistemática e meta‐análise dos ensaios clínicos envolvendo terapia de ressincronização cardíaca, obtendo‐se estimativa‐ponto combinada da redução de mortalidade, e da incidência de complicações relacionadas ao implante dos dispositivos. Posteriormente, foi construído modelo de Markov para a avaliação, em pacientes com IC classe funcional II a IV, do custo, efetividade e da relação de custo-efetividade-incremental de cada uma das terapias: tratamento clínico, cardiodesfibrilador implantável (CDI), terapia de ressincronização cardíaca (TRC) e terapia combinada (TRC‐D) (ressincronização e cardiodesfibrilação). O desfecho principal avaliado foram anos de vida ajustados para qualidade (AVAQ), e o horizonte temporal foi de 20 anos. Análises de sensibilidade estocástica e probabilística foram realizadas para as variáveis mais importantes do modelo. Resultados: A meta‐análise mostrou redução significativa de mortalidade tanto na comparação de TRC com placebo (risco relativo [RR] 0,76; intervalo de confiança de 95% [IC95%] 0,64 – 0,9), quanto na comparação de TRC-D com CDI (RR 0,7; IC95% 0,72 – 0,96). A razão de custo-efetividade incremental (RCEI) da TRC em relação ao tratamento clínico foi de 24.528 R$/AVAQ. Já a TRC-D teve RCEI de 57.627 R$/AVAQ em relação ao CDI e de 131.578 R$/AVAQ em relação a TRC isolada. As análises de sensibilidade mostraram que o modelo é sensível ao custo dos dispositivos, à estimativa de impacto dos dispositivos na sobrevida, e à longevidade da bateria dos dispositivos. Conclusões: Em pacientes com IC, a TRC reduz a mortalidade em relação ao tratamento clínico, e a TRC-D reduz a mortalidade em relação ao CDI. Para o contexto brasileiro, a RCEI de dispositivos de TRC se mostra atraente em pacientes nos quais o implante de CDI não está indicado. Em pacientes com indicação de TRC, o acréscimo de TRC-D tem uma RCEI mais alta que o limiar de disposição a pagar de R$ 49.435, proposto pela Organização Mundial da Saúde, e naqueles com indicação de CDI a RCEI da TRC-D é limítrofe. Esta RCEI pode ser reduzida para valores aceitáveis através de redução de custos associados ao dispositivo ou de melhora na duração da bateria dos dispositivos.
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Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica sobre a adesão de pacientes HIV-positivos à terapia anti-retroviral

Silveira, Marysabel Pinto Telis January 2009 (has links)
Introdução: Em 2004, o Ministério da Saúde do Brasil oficializou o conceito de Atenção Farmacêutica para o nosso país através da Resolução 338/2004, passando a ser implementado em programas de atenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. A adesão pode ser definida como o cumprimento da pessoa a uma recomendação médica, ou, num conceito mais amplo, a adesão terapêutica pode ser entendida como a extensão com que um paciente usa os medicamentos seguindo a prescrição médica. Envolve a concordância entre a prescrição médica e o comportamento adotado pelo paciente, a tomada dos medicamentos corretamente, na dose correta e no horário recomendado. Quando se fala em adesão aos antirretrovirais, este conceito é ampliado porque está vinculado a um conjunto de ações: a disponibilidade de acesso aos serviços, frequência e realização de exames laboratoriais, consultas, retiradas de medicamentos na farmácia, entre outros. Estudos sugerem que a carga viral diminui e a prevalência de carga viral indetectável aumenta à medida que aumentam os níveis de adesão ao tratamento antirretroviral, sendo em geral necessária alta adesão para alcançar a efetividade terapêutica. Também, aumentando os níveis de adesão, aumenta a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes e diminuem os riscos de transmissão da doença. Fatores socioeconômicos e de saúde têm sido associados à adesão aos antirretrovirais. Baixo nível de instrução, uso de drogas, uso abusivo de álcool e depressão não tratada estão associados à não-adesão. Meta-análise de Ciesla & Roberts indica que a prevalência de depressão maior é o dobro entre pessoas HIV - positivas quando comparada à população geral. Estudos realizados no Brasil mostram prevalência de depressão maior que varia de 13,3% em pacientes HIV - positivos assintomáticos a 41,5% em pacientes sintomáticos em tratamento antirretroviral. Alguns fatores contribuem para diminuir os índices de adesão, tais como regime terapêutico complexo, dificuldade de adaptação à rotina diária, e percepção de efeitos colaterais. Ressalta-se, portanto, a importância de prevenir, identificar e resolver os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) que possam surgir durante o tratamento com antirretrovirais, através da Atenção Farmacêutica. Segundo o Manual de Boas Práticas de Adesão HIV/Aids, da Sociedade Brasileira de Infectologia, a Assistência Farmacêutica é o momento de fornecer orientações sobre os medicamentos, uso, efeitos adversos, reforçar a importância da adesão, identificar pacientes com déficit cognitivo, dificuldade visual ou alguma outra dificuldade que possa diminuir a adesão ao tratamento, para intervir. Também deve cuidar da logística de todo o ciclo do medicamento, para que não ocorram faltas, ou seja, é preconizada uma Assistência Farmacêutica integral, na qual está inserida a Atenção Farmacêutica. Após a prescrição, no momento da dispensação, o farmacêutico deve desenvolver suas atividades inseridas no conceito de Atenção Farmacêutica, com a finalidade de ajudar na farmacoterapia. A eficácia da Atenção Farmacêutica tem sido avaliada em ensaios clínicos incluindo pacientes diabéticos, hipertensos e muito pouco com portadores de HIV ou Aids. Revisão sistemática sobre o estado atual da pesquisa em Atenção Farmacêutica, realizada em 2005, identificou apenas um ensaio clínico de Atenção Farmacêutica em pacientes com HIV/Aids. Estudos não controlados têm demonstrado que a Atenção Farmacêutica aumenta a adesão aos antirretrovirais e traz benefícios clínicos para os pacientes. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a efetividade da Atenção Farmacêutica para aumentar a adesão ao tratamento antirretroviral. Métodos Realizou-se ensaio clínico randomizado, unicego, incluindo pacientes adultos, moradores da zona urbana de Pelotas, não gestantes, em tratamento antirretroviral independente do tempo de tratamento. Calculou-se que seriam necessários 332 pacientes para detectar diferença na taxa de adesão de 30%, com erro alfa de 5% e poder de 80%. O grupo controle recebeu atendimento convencional da farmácia, sendo realizada apenas a dispensação dos antirretrovirais. O grupo intervenção recebeu mensalmente, no momento de retirada dos medicamentos, Atenção Farmacêutica através do Método Dáder, além de receber os medicamentos identificados por cores, uma carteirinha com a descrição dos antirretrovirais prescritos e a explicação de como usá-los. Os desfechos foram taxa de adesão aos antirretrovirais medida por auto-relato dos últimos três dias e taxa de carga viral indetectável. Tendo em vista as medidas repetidas, as associações foram analisadas através de Modelos Lineares Generalizados usando modelo hierárquico previamente estabelecido. Resultados A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=210-63,3%), idade de 18 a 75 anos (média de 40,3 anos; DP= 10,1), renda familiar variou de 0 a 14,3 salários mínimos (mediana de 1,43), escolaridade de 0 a 21 anos de estudo (média de 6,6 anos DP= 3,7). Na análise multivariada, houve associação independente de trabalho fixo, carga viral, sintomas depressivos e total de comprimidos, com adesão ao tratamento. Independente do tempo, não houve diferença na adesão nem na taxa de pacientes com carga viral indetectável entre os grupos intervenção e controle. Os fatores associados com carga viral indetectável foram idade, anos de estudo, estado imunológico e tempo de tratamento. O esquema antirretroviral mais usado foi Lamivudina + Zidovudina + Efavirenz (51%). O tempo de tratamento variou de 1 a 174 meses (56 ±35). Foram analisados os PRMs em 141 pacientes do grupo intervenção e resolvidos 40 dos 94 PRMs identificados, sendo os PRMs relacionados à necessidade de mais fácil e rápida solução. Foram identificados 50 PRMs relacionados à necessidade, sendo que, destes, 20 não usa medicamento que necessita e 30 usa medicamento que não necessita; 40 relacionados à não efetividade e 4 com não segurança. Foram encaminhados à consulta médica 42 pacientes (29,8%). Todos os pacientes com prescrição de didanosina (10) faziam uso incorreto deste antirretroviral, que deveria ser dissolvido ou mastigado. Também foram identificados quatro erros na dispensação, sendo todos resolvidos. Houve aumento da satisfação dos pacientes com o serviço após os 12 meses de acompanhamento. Discussão A maioria dos estudos sugere que a intervenção farmacêutica aumenta a adesão dos pacientes ao tratamento, mas são estudos não controlados. Neste estudo, a eficácia da intervenção farmacêutica, considerando a adesão relatada ou a carga viral indetectável, não foi confirmada. O poder do estudo foi insuficiente porque o efeito foi pequeno e a adesão basal, mais elevada do que a esperada. Por ter sido uma amostra de conveniência, provavelmente os pacientes que vão regularmente ao serviço são mais aderentes ao tratamento, a Atenção Farmacêutica traria benefício maior para pacientes selecionados, que tenham baixa adesão ao tratamento. A satisfação dos pacientes com o serviço medida no início e após os 12 meses de acompanhamento aumentou, sugerindo que a Atenção Farmacêutica aumenta o vínculo do paciente com o serviço e resolução de PRMs o que deve contribuir para melhora o sucesso do tratamento. Conclusão: A Atenção Farmacêutica, em nosso estudo, não aumentou a taxa de adesão nem de pacientes com carga viral indetectável, mas identificou e resolveu PRMs, erros de uso de medicamento e de dispensação.

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