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Produção e purificação de anticorpos específicos contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina produzidos em eqüinos imunizados com uma vacina de DNASantos, Diego Vali dos January 2006 (has links)
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) é um dos principais patógenos responsáveis pela infecção nosocomial e recentemente tem sido isolada fora do ambiente hospitalar, trazendo uma grande preocupação a médicos e pesquisadores. Esta resistência à meticilina é devida à presença do gene mecA, o qual codifica a PLP2a, uma proteína ligadora de penicilina, que tem baixa afinidade pelos antibióticos β-Lactâmicos. A vancomicina, até recentemente, era o tratamento de escolha para pacientes acometidos pela SARM; porém o isolamento de cepas com resistência intermediária e S. aureus totalmente resistentes à vancomicina, gerou uma grande mobilização da comunidade científica na busca de alternativas para o tratamento destas cepas multirresistentes, através do desenvolvimento de vacinas e soroterapia. A vacina de DNA é uma técnica recente que, entre outras vantagens, não necessita da purificação do antígeno protéico para induzir uma resposta imune, diminuindo o custo de produção, quando comparada às vacinas protéicas. Neste trabalho, demonstramos que a utilização de uma vacina de DNA com um fragmento do gene mecA produz uma resposta imune humoral, com a produção de anticorpos específicos anti-PLP2a em eqüinos imunizados com esta vacina, e que estes anticorpos, após sua purificação, permanecem ativos. Como ainda não existe informação suficiente em relação à segurança do uso das vacinas de DNA diretamente em humanos, o uso desta técnica em eqüinos, com o objetivo de gerar um soro hiperimune, para utilizá-lo após sua purificação no tratamento de pacientes acometidos com infecção provocada por SARM, poderia ser uma alternativa viável e segura no combate a esta bactéria resistente a quase todos agentes antimicrobianos. / Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) is one of the major pathogens responsible for nosocomial infection and has been recently isolated outside the hospital environment, causing a great concern to physicians and researchers. This methicillinresistance is due to the presence of the mecA gene, which codes for PBP2a, a penicillinbinding protein, which has low affinity for β-Lactamic antibiotics. The treatment of choice for patients afflicted by MRSA was, until recently, vancomicyn; however the isolation of vancomycin-intermediate and resistant S. aureus strains generated a great mobilization of the scientific community for the search of alternatives for the treatment of these multiresistant strains, such as, for example vaccines and soroterapy. The DNA vaccine is a recent method that, among others, does not require the purification of the of the proteic antigen to induce a immune response, reducing production costs as compared to protein vaccines. In the present study we demonstrated that the use of a DNA vaccine with a fragment of the mecA gene produces an humoral immune response, with the production of anti-PBP2a specific antibodies in horses immunized with this vaccine, and these antibodies, once purified, maintain their activity. Since there is not sufficient information about the safety of DNA vaccines used directly to humans, the use of this vaccine in horses, with the intent of generating an hyperimmune serum to be used after its purification in the treatment of patients afflicted with infection caused by MRSA could be a possible and safe alternative to fight this bacteria resistant to almost all antimicrobial agents.
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Nova abordagem para expressão da partícula sSHbsAg do antígeno HBsAg do vírus da Hepatite B em células de insetoAraujo, Ana Carolina Oliveira de 29 July 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-11-08T19:34:30Z
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2011_AnaCarolinaOliveiradeAraújo.pdf: 3209514 bytes, checksum: ae2cd9ee0a8a8200911cb3ad232d7e29 (MD5) / As Hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, que possuem distribuição universal e têm em comum o hepatotropismo. Em todo mundo, as hepatites A e B continuam a ser um grande problema de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 170 milhões de pessoas estejam infectadas com o vírus da hepatite C (HCV) e que 300 milhões vivam com o vírus da hepatite B (HBV). O vírus da hepatite B está classificado na família Hepadnavirus, contém características como o tropismo pelas células hepáticas e material genético constituído por uma molécula de DNA com fita parcialmente dupla. O diagnóstico de qualquer uma das formas clínicas da Hepatite B realiza-se através de técnicas sorológicas. Tais técnicas revelam-se fundamentais não apenas para o diagnóstico, mas também mostram-se muito úteis no acompanhamento da infecção viral, na avaliação do estado clínico do paciente e na utilização de terapêutica específica. As importantes descobertas realizadas nas áreas da virologia e da biologia molecular desses vírus, nos últimos anos, foram progressivamente sendo incorporados à rotina diária dos laboratórios de patologia clínica, permitindo aos profissionais da área de saúde acesso às modernas técnicas capazes de avaliar a carga viral presente no indivíduo, o índice de replicação do agente infeccioso e a eficácia de novas medicações utilizadas no tratamento dessa virose. O HBsAg é uma glicoproteína antigênica exposta na superfície do envelope do HBV cuja presença no soro do paciente indica uma infecção ativa . Capaz de ativar uma resposta imunológica, o HBsAg é utilizado na confecção de vacinas e Kits diagnósticos. Este trabalho descreve a construção de um baculovírus recombinante contendo o gene do antígeno HBsAg de HBV fusionado ao gene da poliedrina do Autographa californica multicapsid nucleopolyhedrovirus (AcMNPV). O vírus reecombinante foi usado para infectar células de insetos e insetos e sua expressão analisada por SDS-PAGE. A proteina recombinante foi expressa em grande quantidade, purificada por centrifugação em gradiente de sacarose e usada como antígeno em um teste de diagnóstico comumente utilizado em latoratórios clínicos. A proteina recombinante foi reconhecida pelo soro de pacientes infectados pelo HBV e desta forma, possui potencial para ser usada em testes de diagnóstico dessa importante doença viral humana. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Viral hepatitis are diseases caused by different etiologic agents, that have worldwide distribution and have in common hepatotropism. Worldwide, hepatitis A and B remains a major public health problem . The World Health Organization (WHO) estimates that 170 million people are infected with hepatitis C virus (HCV) and 300 million are living with hepatitis B virus (HBV). Hepatitis B is classified in the Hepadnavirus family, contains commun features such as tropism for liver cells and its genetic material consists of a partial double stranded DNA molecule. The diagnosis of a clinical form of hepatitis B is carried out by serological techniques. These techniques are not only important for diagnosis but are also very useful in monitoring viral infection, in assessing the patient's clinical status and in the use of specific therapy. Important developments derived from research in virology and molecular biology of these viruses in recent years, have gradually been incorporated into the daily routine of clinical pathology laboratories, allowing healthcare professionals to access modern techniques to evaluate the viral load present the individual, the replication of the infectious agent and effectiveness of new medications used to treat this viral infection. HBsAg is a glycoprotein antigen exposed on the surface of the envelope of HBV, whose presence in the serum of the patient indicates an active infection. HBSAg is able to activate a human immune response and is used in the production of vaccines and diagnostic kits. This work shows the construction of a recombinant baculovirus containing the HBsAg gene (from HBV) fused to the polyhedrin gene of the Autographa californica multicapsid Nucleopolyhedrovirus virus (AcMNPV). The recombinant virus was used to infect insect cells and insects and the expression of the recombinant protein was analysed by SDS-PAGE. The recombinant protein was highly expressed, purified by sucrose gradient centrifugation, and used as antigen in a diagnostic test commonly used in clinical laboratories m(ELISA). The recombinant protein was shown to be recognized by serum of HBV-infected patients and therefore, have the potential to be used in diagnosis of this important human viral disease.
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Expressão de antígeno tetra-epitopo do vírus Dengue em cloroplastos de alface e avaliação do seu potencial diagnóstico para detecção de anticorpos IgG contra os quatro sorotipos da DengueMaldaner, Franciele Roberta 12 March 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, 2013. / Submitted by Tania Milca Carvalho Malheiros (tania@bce.unb.br) on 2013-09-30T18:52:16Z
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Jacqueline on 2013-10-04T11:32:16Z (GMT) / Submitted by Tania Milca Carvalho Malheiros (tania@bce.unb.br) on 2013-10-04T13:26:06Z
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2013_FrancieleRobertaMaldaner_Parcial.pdf: 1775439 bytes, checksum: 9750037815e489af5ac3a4209e8d8afe (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-10-04T14:01:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2013_FrancieleRobertaMaldaner_Parcial.pdf: 1775439 bytes, checksum: 9750037815e489af5ac3a4209e8d8afe (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-04T14:01:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2013_FrancieleRobertaMaldaner_Parcial.pdf: 1775439 bytes, checksum: 9750037815e489af5ac3a4209e8d8afe (MD5) / A Dengue hoje está presente em mais de 100 países, causando aproximadamente 100 milhões de casos da doença. O diagnóstico laboratorial é de fundamental importância, devido a semelhança de sintomas confundidos com outras doenças como a Febre amarela, Sarampo, Rubéola e Influenza. Técnicas sorológicas como o ELISA são amplamente empregadas para o diagnóstico, entretanto, devido ao uso de extrato bruto viral como fonte de antígeno, ocorrem problemas de reações cruzadas, variação de qualidade e alto custo de produção. Objetivando a diminuição destes problemas com ensaios convencionais de ELISA, antígenos virais recombinantes têm sido produzidos e utilizados em ensaios diagnósticos. Neste trabalho utilizou-se o sistema de transplastomia em alface para a produção de um antígeno recombinante tetra-epitopo, o que permitiu o emprego do extrato bruto proteico de cloroplastos, sem purificação, na detecção sorológica de anticorpos IgG contra os 4 sorotipos da Dengue. O antígeno tetra-epítopo desenvolvido, compreende a região de epítopos que vai do aminoácido 34 ao 57, entre os domínios I/II da proteína do envelope do vírus. O antígeno é composto pelos sorotipos na ordem 4-3-2-1 unidos por linker de 5 glicinas. Na região C terminal adicionou-se cauda de hexa-histidina com o intuito de facilitar a purificação. O ELISA para detecção de IgG, apresentou uma sensibilidade geral de 71%, e especificidade de 100% para soros onde não havia sido determinado a fase e tipo de infecção. Houve diferença de sensibilidade dentre os sorotipos, que foi estimada em 91.6%, 86.6%, 75.0%, e 18,2% para os sorotipos de DENV-1-4, respectivamente. Não observou-se reação cruzada com soros positivos para Febre amarela, Rubéola e Sarampo. Na avaliação com soros pareados, o ELISA revelou uma sensibilidade maior na fase convalescente do que na aguda da doença, tanto para infecções primárias quanto secundárias. A sensibilidade geral para os dois perfis de infecções desconsiderando a fase da doença (aguda ou convalescente), revelou uma sensibilidade geral de 89% para as infecções primárias, e 96% para as infecções secundárias. Quanto à planta transplastômica, esta ainda apresenta um perfil de transformação heteroplásmico. Almeja-se a obtenção de uma planta homoplásmica que provavelmente será obtida através da seleção em meio seletivo. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Currently Dengue occurs in more than 100 countries causing about 100 million cases of Dengue disease per year. Laboratory diagnosis is crucial, because of the similarity of symptoms confused with other diseases such as Yellow Fever, Measles, Rubella and Influenza. Serological techniques as ELISA are widely used for the diagnosis; however, due to the use of crude extract as the viral antigen source, problems may occur as cross-reactions, variation in quality and high production costs. Aiming to decrease these problems with conventional ELISA kits, recombinant viral antigens have been produced and used in diagnostic kits. In this study lettuce transplastomic system was used to produce a recombinant tetra-epitope antigen, which allowed the use of crude protein extract from chloroplasts, without purification, for serological detection of IgG antibodies against the four Dengue serotypes. The tetra-epitope antigen developed, comprising the epitope region of position 34-57 amino acid, which is located between domains I / II of the virus envelope protein. The antigen is composed of serotypes in the following order 4-3-2-1 joined by 5 glycines linkers. In the C terminal region, a hexa-histidine tail was added for purification. The ELISA for detection of IgG in patients’ sera, showed an overall sensitivity of 71% and specificity of 100% using sera which had not been determined the phase and type of infection. There was a difference in sensitivity between the serotypes that was estimated around 91.6%, 86.6%, 75.0%, and 18,2%, for DENV 1-4 serotypes, respectively. No cross-reaction was observed with positive sera for Yellow Fever, Rubella and Measles. In evaluation with paired sera, the ELISA showed greater sensitivity in convalescent than in acute phase of disease development for both, primary and secondary infections. The overall sensitivity for the two profiles infections not considering the disease phase (acute or convalescent), revealed 89% for primary infections, and 96% for secondary infections. As for the transplastomic plant, it still has a heteroplasmic transformation profile. Probably the homoplasmic plant may be obtained by selection on selective medium.
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Produção e purificação de anticorpos específicos contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina produzidos em eqüinos imunizados com uma vacina de DNASantos, Diego Vali dos January 2006 (has links)
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) é um dos principais patógenos responsáveis pela infecção nosocomial e recentemente tem sido isolada fora do ambiente hospitalar, trazendo uma grande preocupação a médicos e pesquisadores. Esta resistência à meticilina é devida à presença do gene mecA, o qual codifica a PLP2a, uma proteína ligadora de penicilina, que tem baixa afinidade pelos antibióticos β-Lactâmicos. A vancomicina, até recentemente, era o tratamento de escolha para pacientes acometidos pela SARM; porém o isolamento de cepas com resistência intermediária e S. aureus totalmente resistentes à vancomicina, gerou uma grande mobilização da comunidade científica na busca de alternativas para o tratamento destas cepas multirresistentes, através do desenvolvimento de vacinas e soroterapia. A vacina de DNA é uma técnica recente que, entre outras vantagens, não necessita da purificação do antígeno protéico para induzir uma resposta imune, diminuindo o custo de produção, quando comparada às vacinas protéicas. Neste trabalho, demonstramos que a utilização de uma vacina de DNA com um fragmento do gene mecA produz uma resposta imune humoral, com a produção de anticorpos específicos anti-PLP2a em eqüinos imunizados com esta vacina, e que estes anticorpos, após sua purificação, permanecem ativos. Como ainda não existe informação suficiente em relação à segurança do uso das vacinas de DNA diretamente em humanos, o uso desta técnica em eqüinos, com o objetivo de gerar um soro hiperimune, para utilizá-lo após sua purificação no tratamento de pacientes acometidos com infecção provocada por SARM, poderia ser uma alternativa viável e segura no combate a esta bactéria resistente a quase todos agentes antimicrobianos. / Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) is one of the major pathogens responsible for nosocomial infection and has been recently isolated outside the hospital environment, causing a great concern to physicians and researchers. This methicillinresistance is due to the presence of the mecA gene, which codes for PBP2a, a penicillinbinding protein, which has low affinity for β-Lactamic antibiotics. The treatment of choice for patients afflicted by MRSA was, until recently, vancomicyn; however the isolation of vancomycin-intermediate and resistant S. aureus strains generated a great mobilization of the scientific community for the search of alternatives for the treatment of these multiresistant strains, such as, for example vaccines and soroterapy. The DNA vaccine is a recent method that, among others, does not require the purification of the of the proteic antigen to induce a immune response, reducing production costs as compared to protein vaccines. In the present study we demonstrated that the use of a DNA vaccine with a fragment of the mecA gene produces an humoral immune response, with the production of anti-PBP2a specific antibodies in horses immunized with this vaccine, and these antibodies, once purified, maintain their activity. Since there is not sufficient information about the safety of DNA vaccines used directly to humans, the use of this vaccine in horses, with the intent of generating an hyperimmune serum to be used after its purification in the treatment of patients afflicted with infection caused by MRSA could be a possible and safe alternative to fight this bacteria resistant to almost all antimicrobial agents.
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Detecção de alfa-L-Fucosidade em Trypanosoma Cruzi / Detection of alfa-L-fucosidase from Trypanosoma cruziLuiz Claudio Miletti 25 July 1997 (has links)
Glicoconjugados são abundantes na superfície de Trypanosoma cruzi e têm sido bastante estudados por diferentes grupos. A degradação dessas moléculas, no entanto, tem sido alvo de pouco interesse. O objetivo deste trabalho foi determinar a atividade de alfa-L-fucosidase em T.cruzi uma vez que trabalhos anteriores haviam concluído que várias hidrolases, entre elas a alfa-L-fucosidase estavam ausentes em epimastigota (AVILA, et al., 1979). Empregando-se p-nitrofenilfucopiranosídeo como substrato e extrato de formas epimastigotas, verificou-se que a enzima apresenta praticamente a mesma atividade em um intervalo de pH entre 6,0 e 7,5, caindo drasticamente em pHs mais ácidos. A incubação prévia da enzima a 28°C em pH 7,0 leva à perda de aproximadamente 30% de sua atividade após 1h 30mim e à perda de 100% após 4 horas de incubação. O efeito de íons na atividade da enzima foi estudado,verificando-se que Zn +2 inibe 90% sua atividade, enquanto que outros, como o Ca +2 praticamente não tem efeito. A enzima é parcialmente encontrada na fração particulada, podendo ser solubilizada parcialmente com 1% de Triton X-100 ou com NaCl 1 M. As tentativas feitas de purificar a enzima foram infrutíferas, uma vez que não se encontraram condições para manter a proteína ativa por longos períodos de tempo. A alfa-L-fucosidase está presente não só em pimastigotas, mas também em tripomastigotas, embora parentemente com diferentes atividades específicas, sendo maior em epimastigotas. Mesmo nos epimastigotas, grandes variações de atividade específica foram detectadas ao longo deste trabalho (de 0,03 a 0,23 unidades). Anticorpos preparados contra alfa-L-fucosidase comercial de epidídimo bovino imunoprecipitaram de extratos de epimastigotas previamente marcados com 35 S-metionina, um polipeptídeo em torno de 50 kDa após eletroforese em gel desnaturante e uma banda de 130-150 kDa em gel não desnaturante, sugerindo que a enzima em T.cruzi pode ser dimérica, a exemplo de outras alfa-L-fucosidases descritas na literatura. A imunoprecipitação de extrato de epimastigotas marcados com 35 S-metionina na presença de tunicamicina, com o anticorpo anti-alfa-L-fucosidase revelou um polipeptídeo de 45 kDa, mostrando que a enzima é glicosilada. A glicosilação daenzima também foi observada pelo emprego de corantes comerciais. Além disso, os anticorpos anti-alfa-L-fucosidase imunoprecipitam moléculas com atividade de alfa-L-fucosidase,embora não se tenha observado aumento da atividade, possivelmente devido à perda de atividade da enzima nas condições empregadas durante a imunoprecipitação. Os anticorpos anti-alfa-L-fucosidase reconhecem, por imunofluorescência indireta, tanto as formas epimastigotas como tripomastigotas de cultura de tecido. A análise por microscopia de transmissão mostra a reatividade intensa do anticorpo com uma região membranar localizada na região posterior do epimastigota. No caso do tripomastigota, a reatividade é menos pronunciada mostrando uma leve marcação no interior do parasita. / Alpha-L-fucose is a component of glycoproteins, inc1uding glycoproteins isolated from Tcruzi. a-L fucosidases have been isolated from different sources, but earlier studies were unable to detect this enzyme in T. cruzi epimastigotes (AVILA et al., 1979). In this work immunocytochemical and biochemical techniques have been used to localize and characterize a membrane-associated, neutral-pH-optimum alpha-L fucosidase from Trypanosoma cruzi epimastigotes. Light and electron microscopy specifically localized the alpha-L fucosidase on membranes in the posterior region of the epimastigotes and on the parasite surface. Immunoreactivity for alpha-L-fucosidase, a1though less intense, was also detected on the surface of trypomastigotes. Fractionation of epimastigotes homogenates indicated that over 50% of the a-Lfucosidase activity was associated with the 80 000 g pellet. This pellet-associated activity could be solubilized with 1 M NaCl or with 1% Triton X-I 00, suggesting that alpha-L-fucosidase is peripherally associated with membranes. Analysis of alpha-L-fucosidase on epimastigote extracts indicated that the enzyme had a pH-activity curve (with an optimum near 7) which was comparable to other alpha-L-fucosidases reported in the literature. A higher specific activity (in units/mg) was found in epimastigotes as compared to the other differentiation stages of the parasite: 0.028 for epimastigotes, 0.002 for metacyc1ic trypomastigotes and 0.015 for tissue - cultured trypomastigotes. SDS/PAGE and Westem blotting analysis indicated that epimastigotes have a protein band of 50 kDa which was immunoreactive with anti-alpha-L-fucosidase antibodies.
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Aplicação do anticorpo monoclonal 2F12 na pesquisa de anti- NTPase em lágrimas de indivíduos portadores de toxoplasmose ocular em Recife- PETiane Lopes de Melo, Narjara 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / O Toxoplasma gondii é um importante agente de uveíte posterior nos indivíduos
imunocompetentes levando a perda parcial ou total da visão, caracterizando assim, a forma
ocular da toxoplasmose. Atualmente, o diagnóstico laboratorial desta forma da doença, não
produz bons resultados, levando a inexistência de correlação entre os níveis de anticorpos
circulantes e a sintomatologia ocular, sendo comum à ocorrência de títulos baixos. Para
auxiliar o diagnóstico clínico e diferenciar a lesão toxoplásmica de lesões por outra etiologia,
Asai et al. (1983) produziram um anticorpo monoclonal (AcMo-2F12), contra uma enzima
citosólica, a NTPase, presente na forma ativa (taquizoíto) do T. gondii. Em camundongos
infectados, a detecção desta enzima na circulação, foi capaz de identificar a fase ativa do
parasito. O presente estudo se propôs a testar o AcMo-2F12, em lágrimas de indivíduos com
toxoplasmose ocular clinicamente ativa, como uma possível ferramenta para o diagnóstico
laboratorial diferencial da uveíte posterior por T.gondii.Como ferramenta de pesquisa,
utilizamos o teste de dot blot em amostras de lágrimas de 21 pacientes com uveítes posterior
ativa devido a infecção pelo T. gondi (UPAPT) com lesão padrão ouro (os pacientes
apresentavam lesão satélite à lesão cicatrizada) e 20 indivíduos controles sem histórico nem
lesões oculares sugestivas de toxoplasmose. Discos de nitrocelulose foram incubados com as
lagrimas, bloqueados e incubados durante uma hora com o AcMo 2F12 a-NTPase, seguido de
incubações com conjugados a-Ig total (a-Igt) de camundongo conjugado a biotina e avidina-
Peroxidase. A sensibilidade do teste foi de 95,27%, especificidade 55%, valor preditivo
positivo de 63,31% e valor preditivo negativo 90,48%. Obtivemos pelo teste de Fisher um
valor de p=0,0005, considerado como significante todo valor de p<0,05 e odds ratio de 21,444
(considerando I.C. de 95%: 2, 726 a 219,21). Os resultados demonstraram forte associação
entre a presença de NTPase na lágrima, detectada pelo AcMo 2F12 e a toxoplasmose ocular
ativa
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Avaliação dos marcadores sorologicos utilizados no imunodiagnostico da toxoplasmose aguda adquiridaSuzuki, Lisandra Akemi 25 July 2018 (has links)
Orientador: Claudio Lucio Rossi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-25T17:20:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: O diagnóstico da toxoplasmose aguda adquirida é, freqüentemente, baseado na detecção de anticorpos específicos IgM anú-T.gondii e/ou elevação significativa dos títulos de anticorpos IgG. Entretanto, a elevada ocorrência de altos títulos de IgG anti-T. gondii em pessoas sadias e a persistência, em alguns casos, dos anticorpos IgM por muito tempo após infecção com o parasita pode dificultar a interpretação dos resultados dos testes sorológicos quando se suspeita de toxoplasmose aguda. Em nosso primeiro estudo, são apresentados os resultados da detecção de anticorpos específicos da classe IgA e da determinação da avidez dos anticorpos IgG em amostras seqüenciais de soros de um paciente apresentando níveis significativos de anticorpos IgM anú-T.gondii durante sete anos após o início dos sintomas clínicos da toxoplasmose. Os anticorpos IgA foram quantificados por uma técnica de ELISA de captura (ETI-TOXOK-A). O paciente ainda apresentou um resultado positivo (>10 UA/ml) em uma amostra de soro coletada dois anos após o inicio das manifestações clínicas. A avidez dos anticorpos IgG foi determinada com o sistema Falcon assay screening test (F.A.S.T.®) - ELISA, utilizando somente uma diluição da amostra de soro. índices de avidez compatíveis com uma infecção aguda foram encontrados nas amostras de soros obtidas durante os cinco primeiros meses após o início dos sintomas clínicos. O objetivo do segundo estudo foi avaliar vários marcadores sorológicos para o diagnóstico da toxoplasmose aguda adquirida, tais como a detecção de anticorpos IgA e IgE anti-T. gondii, o teste de aglutinação diferencial (AC/HS) e os testes baseados na determinação da avidez dos anticorpos IgG. Foram testadas, num total de 64 amostras de soros, 31 amostras de soros de pacientes com infecção adquirida recentemente e 33 amostras de soros de pacientes com infecção crônica. Os anticorpos IgA foram quantificados por meio de dois "kits" de ELISA de captura (Platelia® Toxo-IgA e ETI-TOXOK A) e um "kit" de ELISA automatizado (IMx Toxo-IgA). Níveis de anticorpos IgA compatíveis com infecção recente foram detectados em todas as amostras de soros dos pacientes com toxoplasmose aguda, com os três "kits". Por outro lado, a análise das amostras de soros dos 33 pacientes com toxoplasmose crônica mostrou que níveis significativos de anticorpos IgA podem ser detectados com alta freqüência durante a fase crônica da infecção, com os três "kits". Anticorpos IgE anti-T. gondii foram detectados, pela técnica de imunocaptura-aglutinação (ISAGA), em 26 (84%) dos 31 pacientes com toxoplasmose aguda e em duas amostras de soros de pacientes com toxoplasmose crônica coletadas mais de um ano após o início das manifestações clínicas. Vinte e nove (94%) dos 31 pacientes com infecção aguda e 15 (45%) dos 33 pacientes com infecção crônica apresentaram, no teste AC/HS, um padrão compatível com toxoplasmose aguda. A avidez dos anticorpos IgG anti-T. gondii foi determinada por dois métodos diferentes. Um dos métodos, utilizando o "kit" comercial Platelia Toxo-IgG, foi baseado na titulação de cada amostra de soro e cálculo dos títulos, com e sem o tratamento com uréia, em relação a um valor de "cut-off" definido. No outro método, utilizando o sistema F.A.S.T.- ELISA, foi feita apenas uma única diluição da amostra de soro, e foram comparadas as absorbâncias das reações na presença e ausência de uréia. Todas as 31 amostras de soros de pacientes com infecção aguda apresentaram índices compatíveis com toxoplasmose aguda pelo método de titulação, ao passo que, com o método de diluição única, 4 destas amostras apresentaram resultados duvidosos, mostrando que o método de titulação das amostras foi mais sensível para o diagnóstico de infecção recente. Resultados semelhantes foram obtidos no grupo de 33 pacientes com toxoplasmose crônica pelos dois métodos; apenas uma amostra de soro apresentou um índice de avidez não compatível com a fase crônica, pelo método de titulação. Os resultados obtidos no presente estudo mostraram que os marcadores sorológicos, atualmente utilizados para o diagnóstico da toxoplasmose aguda adquirida, possuem limitações significativas. Nossos dados sugerem que a determinação da avidez dos anticorpos IgG anti-Z gondii, principalmente pelo método de titulação das amostras de soros, pode ser bastante útil para um diagnóstico mais confiável do estágio em que se encontra a infecção, nos pacientes que apresentam níveis significativos de anticorpos IgM. / Abstract: The diagnosis of acute acquired toxoplasmosis has been frequently based on the detection of specific IgM antibodies and on the demonstration of a significant increase in specific IgG antibodies titers. However, the prevalence of high Toxoplasma IgG antibody titers among normal subjects and the sustained persistence, in some persons, of specific IgM antibodies have complicated the interpretation of serological tests when acute toxoplasmosis is suspected. In our first study, we report the detection of specific IgA antibodies and the determination of the avidity of Toxoplasma-specific IgG in sequential serum samples from a patient exhibiting significant levels of specific IgM antibodies for seven years after the onset of the clinical symptoms of toxoplasmosis. Anti-T.gondii IgA was quantified by an antibody capture ELISA (ETI-TOXOK-A). The patient still had a positive IgA result (> 10 AU/ml) in a serum sample taken two years after the beginning of the clinical manifestations. The IgG avidity was determined by a single serum dilution method, using the Falcon assay screening test (F.A.S.T.®) - ELISA system. Avidity indices compatible with an acute infection were found only in serum samples taken during the first five months after the onset of the clinical symptoms. The purpose of the second study was to assess the usefulness of newer serological markers, such as the detection of specific IgA and IgE antibodies, the differential agglutination (AC/HS) test using formalin and acetone-fixed tachyzoites of T. gondii and the determination of the avidity of Toxoplasma-specific IgG, in the diagnosis of acute acquired toxoplasmosis. Sixty-four serum samples, 31 from patients with a recently acquired Toxoplasma infection and 33 from patients with chronic toxoplasmosis, were tested. Anti-Z gondii IgA was measured by two antibody capture ELISA tests (ETI-TOXOK-A and Platelia® Toxo IgA) and an automated direct ELISA (IMx® Toxo IgA). The three kits detected antibody levels compatible with a recent infection in serum samples of all patients with acute toxoplasmosis. On the other hand, the analysis of serum samples from 33 patients with chronic toxoplasmosis revealed that significant levels of IgA may be detected with a high frequency by the three kits during the chronic phase of infection. IgE antibodies detected by ISAGA were present in 26 (84%) of 31 patients with acute toxoplasmosis and in serum samples from two subjects with chronic infection taken more than one year after the beginning of the clinical symptoms of infection. Twenty-nine (94%) of 31 patients with a recent Toxoplasma infection and 15 (45%) of 33 subjects with chronic toxoplasmosis had an AC/HS pattern compatible with acute toxoplasmosis. The avidity of Toxoplasma IgG was evaluated by two methods. One method was based on titration of each serum sample and calculation of the titers, in the absence and presence of urea, in relation to a defined cut-off value. In the other method, a single serum dilution was used and the absorbances of the reactions in the presence and absence of urea were compared. The titration method was more sensitive for diagnosing a recent primary Toxoplasma infection: All 31 serum samples from patients with acute toxoplasmosis had avidity indices compatible with acute toxoplasmosis by the titration method whereas with the single dilution method serum samples from four patients had equivocal results. In the 33 patients with chronic toxoplasmosis, similar results were obtained with the two avidity methods; only one serum sample had a non compatible avidity value with the titration method. The results obtained in the present study show that the current serological markers used for diagnosing acute acquired toxoplasmosis have significant limitations. Our data suggest that the determination of the avidity of Toxoplasma-specific IgG, mainly by the titration method, in patients with detectable IgM antibodies could permit a more efficient diagnosis of the stage of infection by T gondii. / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Sintomas gastrintestinais discretos: um novo olhar sobre formas de apresentação clínica da doença celíacaTeresa Cavalcante de Albuquerque, Letícia 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Racional: A apresentação clínica da doença celíaca é variável. Devido ao conhecimento atual
de que as lesões da mucosa intestinal podem ocorrer em placa ou mesmo não acometer toda a
extensão da mucosa, é possível que pacientes com sintomas gastrintestinais discretos possam
ser portadores de doença celíaca e mereçam investigação diagnóstica para essa doença.
Objetivo: Determinar as freqüências de sorologia e histologia intestinal positivas para doença
celíaca em crianças e adolescentes com sintomas gastrintestinais discretos para doença celíaca
e descrever os sintomas presentes nos pacientes com sorologia positiva.
Métodos: Foi desenvolvido um estudo descritivo com 147 crianças acima de dois anos de
idade e adolescentes atendidos nos Ambulatórios de Pediatria e Gastroenterologia Pediátrica
do Hospital das Clínicas e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira que
apresentavam sintomas gastrintestinais discretos para doença celíaca: dor e distensão
abdominal, constipação e vômito. Esses pacientes realizaram teste sorológico, com aferição
do anticorpo antitransglutaminase tecidual humana, considerando-se positivo valor > 10 U/ml.
Aqueles com sorologia positiva foram submetidos à biópsia intestinal por via endoscópica e
retirada de quatro fragmentos de mucosa. A análise histológica foi realizada conforme os
critérios de Marsh.
Resultados: A frequência de anticorpo antitransglutaminase positivo nos pacientes
pediátricos com sintomas gastrintestinais discretos para doença celíaca foi de 4,1% (6/147). A
histologia intestinal foi positiva (critério de Marsh III) em um dos seis pacientes com
sorologia positiva (0,7%; 1/147). A maioria dos pacientes com anticorpo antitransglutaminase
tecidual humana positiva apresentava mais de um sintoma, com exceção do paciente no qual
foi observada atrofia vilositária na histologia da mucosa intestinal, no qual o único sintoma foi
distensão abdominal.
Conclusões: O anticorpo antitransglutaminase tecidual humana foi positivo em 4,1% dos
pacientes com sintomas gastrintestinais discretos para doença celíaca. A histologia intestinal
alterada, conforme o critério de Marsh III, foi observada em um paciente com sorologia
positiva. Pacientes com sintomas gastrintestinais discretos devem realizar triagem sorológica
para doença celíaca, com indicação de acompanhamento para os casos positivos, mesmo na
ausência de alteração histológica que confirme a doença, a fim de realizar avaliação periódica
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Anticorpos igg e ige para auto-antígenos nucleares no lúpus eritematoso sistêmicoGuerra, Fernanda Garcia January 2005 (has links)
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Dissertação_ICS_ Fernanda Garcia Guerra.pdf: 320427 bytes, checksum: f3c495155faf56748788adbb54a6f36c (MD5) / CNPq; PPGIM – UFBA / O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença reumática autoimune,
classificada como uma reação de hipersensibilidade tipo III, que cursa
com exuberante produção de auto-anticorpos de diferentes especificidades, e
reação inflamatória crônica. O LES acomete predominantemente pessoas do
sexo feminino, com prevalência de 5-50 casos/100.000. Contudo, estudos
epidemiológicos têm mostrado diferenças raciais na prevalência e aspectos
clínicos e laboratoriais do LES. Diferenças têm sido demonstradas
principalmente na freqüência dos auto-anticorpos contra antígenos nucleares
extraíveis (ENA, extractable nuclear antigens) e de anticorpos IgG anti-DNA fita
dupla. Existem poucos dados sobre a prevalência destes auto-anticorpos em
pacientes brasileiros, principalmente usando imunoensaios sensíveis. Assim,
neste estudo foram investigadas as freqüências de anticorpos antinúcleo dos
isotipos IgG e IgE com especificidade antigênica para as proteínas nucleares
SSA, SSB, Sm e U1-RNP, além de anticorpos IgG anti-DNA fita dupla. Soros
de 21 pacientes do sexo feminino e de 26 doadoras sadias, idade entre 15-65
anos foram inicialmente triados para a presença de anticorpos antinucleares
IgG e IgE através de reação de imunofluorescência indireta (IFI, FAN-IgG e
FAN-IgE) com células HEp-2. Anticorpos IgG anti-DNA fita dupla, e IgG e IgE
anti-ENA foram investigados por técnica de ELISA (Enzyme-Linked
Immunosorbent Assay) indireto, usando fase sólida coberta com os autoantígenos
purificados. A concentração sérica de IgE foi determinada por ELISA
de captura. Todos os soros dos pacientes com LES (100%) foram reativos no
teste de FAN-IgG (mediana do título = 640), enquanto 15/21 (71%) amostras
reagiram no teste de FAN-IgE. Anticorpos IgG anti-DNA fita dupla foram
detectados em 12/21 (52%) soros (mediana do título = 777 UI/ml, sensibilidade
de 35,5%). Quatorze soros reagiram em ELISA-IgG para anticorpos anti-ENA,
apresentando as seguintes sensibilidades: anti-RNP = 40%; anti-SSA e anti-Sm
= 20%, e anti SSB = 10,5%. Anticorpos IgE anti-ENA foram detectados em sete
soros, apresentando o teste de ELISA-IgE uma sensibilidade de 2,5% para
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anticorpos anti-SSA e SSB, e de 5,3% e 17,6% para anti-Sm e anti-RNP,
respectivamente. Os testes de ELISA-IgE para anticorpos anti-Sm e anti-SSA
mostraram 100% de especificidade, enquanto uma especificidade de 95% foi
encontrada para os testes com anticorpos anti-SSB e anti-RNP. Um aumento
na concentração de IgE sérica for observado em 6 (29%) das amostras
(mediana = 426 UI/ml), existindo uma correlação positiva entre os títulos de
FAN-IgG e IgG anti-RNP (r = 0.796, P = 0.002), entre os títulos de IgG e IgE
anti-RNP (r = 0.594, P = 0.0045) e também entre IgE anti-RNP e IgE total (r =
0.680, P = 0.0007). Concluindo, a freqüência de FAN-IgG e anticorpos IgG anti-
SSA, SSB e anti-Sm nos pacientes brasileiros com LES concordou com os
resultados de outros estudos internacionais, existindo contudo uma forte
predominância de anticorpos anti-RNP nestes indivíduos.
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Avaliação da especificidade do anticorpo \"mouse anti-mouse-uNK clone 1\" e a localização da molécula antigênica correspondente nas células uNK de camundongos / Evaluation of the antibody \"mouse anti-mouse-uNK clone 1\", specificity and localization of the correspondent epitopes in mice uNK cellsFerraz, Thalita Martins 20 December 2006 (has links)
No útero gestante dos animais com placentação do tipo hemocorial, ocorre uma migração e acúmulo transitório de linfócitos natural killer (NK) , cuja atuação na gestação não está totalmente elucidada. Estas células NK do ambiente uterino (uNK) apresentam comportamento distinto daquelas encontradas no sangue circulante (cNK), constituindo uma sub-população das células NK com expressão gênica específica ditada pelo ambiente uterino gestante. De fato, se estas células isoladas do útero de camundongos prenhes forem inoculadas em machos da mesma espécie eram capazes de induzir a resposta imunológica com produção de anticorpos que reagem especificamente com as células uNK. No presente trabalho foi utilizado um destes anticorpos monoclonais denominados de \"mouse anti-mouse uterine natural killer cell clone 1 (mam-uNK1)\" obtidos anteriormente em nosso laboratório para avaliar a especificidade deste anticorpo e a localização da molécula antigênica correspondente. Para tanto, foram utilizados cortes histológicos do útero no 9º dia de gestação, dos órgãos linfóides (baço, timo e linfonodo), do cérebro, do fígado e do coração submetidos à reações imunocitoquímicas com o anticorpo mam-uNK1 em nível da microscopia de luz e, pela imunomicroscopia eletrônica nas células uNK do útero gestante e células estriadas cardíacas do miocárdio. Foram obtidos homogenados teciduais dos mesmos órgãos avaliados pela imunocitoquímica para realização do SDS-PAGE e Western-blot com o intuído de identificar as frações protéicas reativas e homologia entre os diversos órgãos. Os padrões de imunomarcação com o mam-uNK1 foram comparadas com o padrão de reatividade da lectina DBA (Dolichos biflorus) tanto nos cortes histológicos quanto nos homogenados submetidos ao Western-blot. Os resultados demonstraram reação positiva distribuída difusamente no citoplasma, com maior intensidade no perímetro das células uNK, e marcação difusa no citoplasma das células deciduais e das células musculares lisas do miométrio. Reações positivas foram encontradas também no citoplasma das células musculares cardíacas, no citoplasma das células reticulares dos órgãos linfóides, nos feixes de nervos do sistema nervoso central e no citoplasma dos hepatócitos. Pela imunomicroscopia eletrônica foram observadas partículas de ouro coloidal em maior número no citoplasma que preenchem os prolongamentos citoplasmáticos tipo microvilosidades e no citoplasma marginal abaixo da membrana plasmática nas células uNK. Nas células musculares cardíacas as marcações mais intensas foram constatadas no citoplasma da extremidade destas células onde as miofibrilas eram menos organizadas e se ancoravam à membrana plasmática. Pelo Western-blot, foram identificadas duas bandas reativas ao mam-uNK1 com peso molecular de 52 e 54 kDa comuns a todos os órgãos analisados. Estes dados demonstram que a molécula reconhecida pelo anticorpo mam-uNK1 tem ampla distribuição em diversos tipos celulares não sendo específica para as células uNK, porém apresentam uma localização peculiar nestas células e nas células musculares cardíacas. Pelo padrão de localização identificado em imunomicroscopia eletrônica, presume-se que estas moléculas estejam associadas com a modulação do citoesqueleto nas diversas atividades que estes componentes estruturais desempenham nas células, sendo particularmente interessante a relação com a motilidade celular. / In the pregnant uterus of animals developing hemochorial type placentation occurs a transient migration and accumulation of natural killer lymphocytes (NK) which activity in the pregnancy has not been fully elucidated. These NK cells from uterine environment (uNK) present a distinct behavior from those found in the peripheral circulating blood (cNK), composing a subset of NK cells with specific gene expression that is regulated by pregnant uterus. Actually, these cells isolated from pregnant mice uteri were inoculated in the male mice of same strains, they induced immune response with production of antibodies reactivity specifically to uNK cells. In the present work it was used one of these mouse anti-mouse uterine natural killer cells clone 1 (mam-uNK1) monoclonal antibody that was obtained previously in our laboratory, in the aim to evaluate the specificity of this antibody and localization of corresponding antigenic molecule. It was used histological sections of uteri on 9º gestational day, lymphoid organs (spleen, thymus and lymph node), brain, liver and heart processed for immunocytochemistry with mam-uNK antibody at light microscopy and immunoelectron microscopy for uNK cells in pregnant uterus and cardiac muscle cells. Tissue homogenates from the same organs that were evaluated by immunocytochemistry were obtained to perform SDS-PAGE and Western-blot primary to identify the proteins fractions reactive with mam-uNK antibody and possible homology among the tissues. The immunolabeling pattern using mam-uNK both, in histological sections and Western-blot were compared with pattern of Dolichos biflorus (DBA) lectin reactions. The results showed diffuse positive reaction distributed in the cytoplasm with higher intensity on perimeter of uNK cells and diffuse labeling in the cytoplasm of decidual cells and, in smooth muscle cells of miometrium. Positive reaction was also found in the cytoplasm of cardiac muscle cells, reticular cells of lymphoid organs, hepatocytes and in the axon bundles of the brain. By immunelectron microscopy, were observed higher number of gold particles in the cytoplasm of microvillous-like cell processes and in the marginal cytoplasm near the plasma membrane of uNK cells. In the cardiac muscle cells the most conspicuous labeling was seen in the cytoplasm of muscle cells at the end portions, that is, where the myofibrills were less organized and anchoring to plasma membrane. The Western-blot identified two bands with 52 and 54 kDa reactive do mam-uNK constantly found in all organs analyzed. These data show that the molecule that is recognized by mam-uNK1 antibody is widely distributed in several cell types, not specific for mouse uNK cells, but has a very peculiar localization in these cells and in the cardiac muscle cells. To the localization pattern that was identified by immunelectron microscopy it was suggested that, these molecules were associated to the modulation of the cytoskeleton in many activities that these structural component potentially could carry out in the cells, being particularly attractive those related to cell motility.
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