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A falta e o mar absoluto em Cecília Meireles / Absence and mar absoluto in Cecília MeirelesMaria Neto, Mariana Carlos 18 December 2017 (has links)
Este trabalho propõe-se a analisar Mar absoluto e outros poemas (1945), de Cecília Meireles (1901-1964). A unidade da seleção dos poemas vem por meio da recorrência de um sentimento da falta, assunto constante na lírica ceciliana e muito representativo em sua terceira obra da poesia madura. Pretende-se pensar a totalidade da produção poética da autora, relacionando-a a obra estudada. São lidos os poemas: Irrealidade, Mar absoluto e Elegia, em cada um deles vê-se, ao mesmo tempo, uma falta fundante e um desejo de encontro. A síntese entre esses dois polos produz um absoluto que conjuga distância e proximidade, ausência e afeto. / This paper aims to analyze Mar absoluto e outros poemas, by Cecília Meireles. What brings together the poems that are part of the book is the theme of absence, which is a recurrent subject in Meireles lyric and clearly depictive in her third work of mature poetry. The objective was to think the totality of the authors poetic production, relating it to the book studied here. We discuss the poems: Irrealidade, Mar absoluto and Elegia. In which one of them, we see, simultaneously, a founding absence and the wish for encounter. The synthesis between these two poles creates an absolute realm that unites distance and proximity, absence and affection.
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A falta e o mar absoluto em Cecília Meireles / Absence and mar absoluto in Cecília MeirelesMariana Carlos Maria Neto 18 December 2017 (has links)
Este trabalho propõe-se a analisar Mar absoluto e outros poemas (1945), de Cecília Meireles (1901-1964). A unidade da seleção dos poemas vem por meio da recorrência de um sentimento da falta, assunto constante na lírica ceciliana e muito representativo em sua terceira obra da poesia madura. Pretende-se pensar a totalidade da produção poética da autora, relacionando-a a obra estudada. São lidos os poemas: Irrealidade, Mar absoluto e Elegia, em cada um deles vê-se, ao mesmo tempo, uma falta fundante e um desejo de encontro. A síntese entre esses dois polos produz um absoluto que conjuga distância e proximidade, ausência e afeto. / This paper aims to analyze Mar absoluto e outros poemas, by Cecília Meireles. What brings together the poems that are part of the book is the theme of absence, which is a recurrent subject in Meireles lyric and clearly depictive in her third work of mature poetry. The objective was to think the totality of the authors poetic production, relating it to the book studied here. We discuss the poems: Irrealidade, Mar absoluto and Elegia. In which one of them, we see, simultaneously, a founding absence and the wish for encounter. The synthesis between these two poles creates an absolute realm that unites distance and proximity, absence and affection.
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Religião da arte e tragédia grega na fenomenologia do Espírito de G. W. F. HegelGarcia, Márcio Lourenço 04 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-04 / A tragédia grega, no esquema hegeliano, é situada como um sinal eloqüente do momento final da religião da arte, pois, é nessa etapa que se efetua um doloroso cisma entre as leis do Estado e as leis da família. Então, na tragédia, a necessidade do conceito, ainda inconsciente-de-si, se aproxima do conteúdo de vida do destino do herói trágico, assim como a linguagem do aedo deixa de ser impessoal (como na epopéia) e participa ativamente desse conteúdo como ator. Este participa ativamente do drama e interfere no mesmo, sua linguagem denota o pathos do herói. A tragédia antiga começa, pois, a realizar a unidade dos deuses tão reclamada pelos filósofos da antiguidade, e irá desembocar na comédia onde se processará a absolutização do Si e a passagem da consciência feliz para a consciência infeliz. A progressiva manifestação do Espírito pode ser traduzida pelo movimento de saída da substância imediata, visto na religião da arte, que suprassume os momentos da obra-de-arte abstracta e da obra-de-arte vivente, a resultar na obra-de-arte espiritual. Esse movimento consiste no sair da substância em direção ao Si, pois, este reivindica o reconhecimento da sua singularidade pelo coletivo. Ademais, o Si criador da singularidade na religião da arte e no desembocar da tragédia, é instrumento para o autoconhecimento do Espírito, em seus momentos, no tempo, porquanto, sua consciência-de-si revela-se a si mesma mediante as potências universais ofendidas e que reclamam vingança, pois tal religião da arte é como que um espelho do conteúdo do Espírito. Este conteúdo efetivamente presente é, pois, em-si, uma coisa, e, para a consciência, outra. O direito de cima e o de baixo recebem a significação de que o primeiro representa a potência que sabe e que se manifesta à consciência, e, o segundo toma a significação da potência que se subtrai à consciência e se esconde no mundo subterrâneo das Erínias. Esta mesma religião da arte também aguça o espírito e faz alçar a imaginação e a fantasia de todos os espectadores até às alturas da consideração de sua peculiar vida na cidade, do direito humano e do direito divino um sendo o caráter feminino, e o outro, o masculino no caudal da necessidade lógica e que é o próprio destino do Espírito total. A tragédia mostra para a consciência-de-si que não há existência que não seja já de per si cindida e que tal oposição vem a ser o máximo bem de toda a unidade do Espírito. / The Greek tragedy, in the Hegelian scheme, is situated as an eloquent
sign of the final moment of the religion of art, then, is this step that takes place a painful schism between the state law and the family law. Then, in the tragedy, the need of the concept, still unconscious-of-itself, approaches the content of the life of the tragic hero's fate, as well as the language of minstrel ceases to be impersonal (as in epic) and actively participates in this content as actor. He actively participates in the drama and can interfere in the drama, its language indicates the pain of the hero. The ancient tragedy begins, then, to realize the unity of the gods as claimed by the philosophers of antiquity, and will culminate in a comedy in which happens the process of the absolutism of the Self and the
passage of the happy consciousness for the unhappy consciousness. The progressive manifestation of the Spirit can be translated by the movement of get out of immediate substance, viewed in the religion of art, which supersedes the moments of the abstract work of art and of the living work of art, resulting in the spiritual work of art. This movement means the output of the substance for himself, because it claims the recognition of their uniqueness by the collective. Moreover, the Self is the creator of the singularity in the religion of art and, in the development of tragedy, is tool for self-knowledge of the Spirit in its moments, in the time, because his self-consciousness reveals itself through the universal powers offended and to seek revenge, because such a religion of art
is like the mirror of the Spirit. This content is actually present, therefore, in itself, is a thing, and to the consciousness another. The right upper and the lower receive the significance that the first represents the power that knows, which manifests itself to consciousness, and, the second takes the meaning of power that escapes the consciousness and hides in the underworld of the Erinyes. This same religion of art sharpens the mind and imagination of all spectators to get up a flight to the heights of the consideration of his life in the city, the human and divine right - the first one as the female character, and, the second, the male - in the flow of logical necessity and that is the fate of total Spirit: the tragedy shows that there is no existence that is not already divided in itself and that this opposition is to the highest good of all the unity of the Spirit.
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HEGEL, SPINOZA E O INDIVÍDUO: FRAQUEZA OU FORTALEZA?SILVA NETO, J. G. 26 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-26 / O presente trabalho apresenta um debate de cunho ontoteológico que
envolve os autores G.W.F Hegel e Baruch Spinoza. Hegel é autor de um
capítulo em uma de suas obras mais extensas, as Lições sobre a
História da Filosofia, de uma crítica veemente à Spinoza, seu
predecessor à quem, por outro lado, deve uma declarada estima. Por
essa razão buscou-se balizar as posições de ambos os autores no
tocante da relação do indivíduo com o absoluto, em vias de uma
redenção do sistema de Spinoza, por meio do encontro do conceito de
individualidade em sua efetividade, às vistas de Hegel. Nosso trabalho
dedicou-se majoritariamente à uma análise metodológica crítica que
levou cada um dos autores ao nosso objeto de estudo, o indivíduo.
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As definições do Absoluto na Enciclopédia das ciências filosóficas (1830) de Hegel /Magalhães, Marcelo Marconato. January 2019 (has links)
Orientador: Ricardo Pereira Tassinari / Banca: José Eduardo Marques Baioni / Banca: Pedro Geraldo Aparecido Novelli / Resumo: Nossos objetos de pesquisa são as definições do Absoluto tal como elaboradas por Hegel na Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio (1830). Podemos observar, ao longo da história da filosofia, os intentos de diversos filósofos em explicitar o sentido da totalidade. Tal sentido último recebe a denominação de "Absoluto" na filosofia hegeliana. Como um profundo conhecedor da história da filosofia e autor de um complexo sistema filosófico que se propõe a abarcar o todo, Hegel vê nos esforços de filósofos que se sucederam ao longo do tempo o desenvolvimento de uma única Filosofia, cujo objeto é o Absoluto, apreendido temporalmente em uma História do Pensar pelas diversas filosofias. Hegel considera que o Absoluto também pode ser apreendido em uma História interior própria, cujos graus lógicos originam-se uns dos outros tais quais as diferentes filosofias se sucederam ao longo do tempo. Nesse sentido, cada grau lógico possibilita uma definição do Absoluto, que também foi assim apreendido ao longo da história da filosofia em algum momento de seu desenvolvimento. No primeiro capítulo desta dissertação, justificamos a escolha da Enciclopédia como obra principal a ser analisada, indicamos quais são as definições presentes e as suas respectivas localizações no corpo do texto, e explicitamos a compreensão que Hegel tem acerca da definição, questionando o sentido e propondo uma solução à possibilidade de várias definições acerca do mesmo objeto. Além disso, indicamos a definição ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Our objects of inquiry are the definitions of the Absolute as elaborated by Hegel in the Encyclopaedia of Philosophical Sciences in Compendium (1830). Throughout the history of philosophy we can observe the attempts of various philosophers to make explicit the meaning of the totality. This ultimate meaning is called the "Absolute" in Hegel's philosophy. As a profound connoisseur of the history of philosophy and author of a complex philosophical system which proposes to embrace the whole, Hegel sees in the efforts of philosophers who have succeeded in the course of time the development of a single Philosophy whose object is the Absolute, which was temporarily seized in a History of Thinking by the various philosophies. Hegel considers that the Absolute can also be apprehended in an internal History of its own, whose logical degrees originate from each other such that different philosophies have succeeded each other over time. In this sense, each logical degree enables a definition of the Absolute, which was also thus apprehended throughout the history of philosophy at some point in its development. In the first chapter of this dissertation, we justify the choice of the Encyclopaedia as the main work to be analyzed, we indicate the present definitions and their respective locations in the body of the text, and we explain Hegel's understanding of the definition, questioning the meaning and proposing a solution to the possibility of various definitions about the same Absolute. In... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Experiencia y absolutoSisto, Horacio Martín January 2007 (has links) (PDF)
Los estudios de esta tesis doctoral muestran la relación estrecha que existe en la Fenomenología del Espíritu entre el concepto hegeliano de experiencia, su concepción del absoluto y el impacto que tiene en ambos el desafío del escepticismo. La tesis general sostenida es que la confrontación de Hegel con el escepticismo es la clave de lectura más importante para la comprensión de la Introducción a la Fenomenología y por lo tanto del programa original de la obra. Más específicamente, se sostiene que la Introducción a la <i>Fenomenología del Espíritu</i> se encuentra filosóficamente constituida en atenta referencia a las objeciones que Gottlob Schulze había dirigido al incipiente idealismo de Jena en sus escritos de 1803 (<i>Aforismos sobre lo Absoluto</i>) y de 1805 (<i>Los momentos principales del modo escéptico de pensar acerca del conocimiento humano</i>). Se afirma aquí que Hegel revalorizó el escepticismo de Schulze, a tal punto que: a) los desafíos de Schulze son la principal provocación para un cambio de rumbo en los planes filosóficos de Hegel, esto es, el de comenzar por el problema del conocimiento antes de presentar su <i>Lógica</i>; b) las objeciones de Schulze constituyen los motivos decisivos que generan la ruptura entre Schelling y Hegel; c) a raíz de tales objeciones, Hegel relativiza en la Fenomenología la distinción tajante que había establecido entre antiguo y nuevo escepticismo en su escrito de 1802 (<i>Relación del escepticismo con la filosofía</i>); d) Hegel no sólo considera las objeciones del escéptico sino que se apropia y reformula algunas de sus ideas.En síntesis: los estudios que se exponen en esta tesis reconstruyen una polémica entre Hegel y Schulze. Esta reconstrucción puede aclarar la teoría de la experiencia que se encuentra en el texto de la Introducción a la <i>Fenomenología</i>. En cuanto al orden de la exposición, este trabajo doctoral comienza con una presentación de la concepción de Kant acerca de la experiencia, del límite del conocimiento humano y del absoluto, tal como aparecen en la <i>Crítica de la Razón Pura</i>, mostrando cómo ya en aquella obra el escepticismo juega un rol determinante (capítulo 1). A continuación, se exponen las ideas y los argumentos fundamentales del escrito hegeliano de 1802 sobre el escepticismo (capítulo 2). En el tercer capítulo se muestra la incertidumbre que tuvieron los lectores académicos, entre ellos Schulze, acerca de la autoría de la <i>Revista Crítica de Filosofía</i>, la cual era editada por Schelling y Hegel sin especificar la autoría de cada artículo, y en la que había sido publicado el escrito de Hegel. A esta situación se debe -según la presente tesis- que Schulze haya dirigido sus críticas a Schelling y no a Hegel. En los capítulos cuarto y quinto se exponen las tesis fundamentales que Schulze sostiene en los escritos mencionados de 1803 y 1805. El capítulo central, el sexto, consiste en un comentario de toda la Introducción a la <i>Fenomenología</i> a la luz del debate velado con Schulze y en atención particular al concepto hegeliano de experiencia. El último capítulo examina a grandes rasgos, a partir de lo demostrado, la concepción de Hegel sobre el escepticismo y sobre el concepto de experiencia en el resto de la <i>Fenomenología del Espíritu</i>. Se distingue un escepticismo estructural, que forma parte de la dinámica de la experiencia, de un escepticismo histórico que constituye una figura puntual del itinerario de la experiencia que hace la conciencia. En el mismo capítulo se considera el destino que tuvo el concepto de experiencia en el resto de la obra de Hegel y se concluye que sigue de cerca el destino de la Fenomenología y se indagan los motivos. También se examina sucintamente el papel del escepticismo en la <i>Ciencia de la Lógica</i> y en las <i>Lecciones de Historia de la Filosofía</i>. En las Conclusiones Finales de este trabajo doctoral se retoman en forma comparada y sintética las concepciones de Kant, de Schulze y de Hegel acerca de la experiencia, el límite, el absoluto y la libertad. / This doctoral work shows the strained relationship existing in Phenomenology of Spirit between the Hegelian concept of experience, his conception of the Absolute and the impact on both of the challenge of Scepticism. The thesis broadly maintains that Hegel's confrontation with Scepticism is the major key to understanding the Introduction to Phenomenology and, for that matter, the original scheme of the work. More specifically, it maintains that the Introduction to Phenomenology of Spirit finds itself philosophically based on specific references to the objections that Gottlob Schulze had directed toward the early idealism of Jena in his work of 1803 (Aphorisms about the Absolute) and of 1805 (The principal moments of the sceptic mode of thinking about human knowledge). This thesis strongly suggests that Hegel, revalued the scepticism of Schulze, to such a point that: a) the challenges of Schulze are the principal motivation for a change of direction in the philosophical stages of Hegel, suggesting that he began with the problem of knowledge before presenting his Logic; b) the objections of Schulze constitute the main reasons generating the rupture between Schelling and Hegel; c) at the root of such objections, Hegel revises in Phenomenology the clear cut distinction that he had established between ancient and new scepticism in his work of 1802 (On the relationship of scepticism to philosophy) ; d) Hegel not only considers the objections to scepticism but also he appropriates and reformulates some of Schulze's ideas. In synthesis: this thesis attempts to reconstruct a polemic between Hegel and Schulze. This reconstruction may clarify the theory of experience found in the Introduction to Phenomenology. This doctoral work is presented in the following order: it begins with an overview of Kant's notion of experience, from the limit of human knowledge and the absolute, which appears in the Critique of Pure Reason, showing how, already present in that work, Scepticism plays a determining role (Chapter One). Following this, the next chapter demonstrates the ideas and fundamental arguments of Hegelian writing from 1802 about Scepticism (Chapter Two). The third chapter discusses the uncertainty that scholars had, among them Schulze, about the authorship of the Critical Journal of Philosophy, which, even though edited by Schelling and Hegel, and containing the latter's writings, had no specific authorship ascribed to its contents. It was owing to this situation - argues this thesis - that Schulze would have directed his criticisms to Schelling and not to Hegel. Chapters Four and Five demonstrate the fundamental theses that Schulze sustained in his aforementioned work of 1803 and 1805. The central Chapter Six consists of a commentary on the Introduction to Phenomenology in the light of this veiled debate with Schulze, paying special attention to the Hegelian concept of experience. The last chapter outlines, from what has been shown, Hegel's ideas about Scepticism and the notion of experience in the rest of Phenomenology of Spirit. A structural scepticism, that forms part of the dynamic of experience, is here distinguished, from an historical scepticism that constitutes an identifiable component of the experience that makes the conscience. The same chapter considers the aim of the concept of experience in the rest of Hegel's works, and concludes that it closely follows the aim in Phenomenology, citing the reasons for this. Also explored, succinctly, is the role of Scepticism in Science of Logic, and Lectures on the History of Philosophy. The Final Conclusions of this doctoral work synthesise and compare the views of Kant, Schulze, and Hegel, on experience, the limit, the Absolute, and freedom.
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Fichte e o primado da prática / Fichte and the primacy of practiceGaspar, Francisco Augusto de Moraes Prata 18 May 2009 (has links)
Trata-se de compreender como se articula um sistema de filosofia que, emerso da Crítica kantiana, não pode nem fazer apelo aos objetos da metafísica especial, nem pressupor qualquer positividade, como a lógica e a coisa em si, constituindo-se, pois, como uma doutrina-da-ciência. Ao nosso ver, essa articulação tem seu núcleo central em um primado da prática: a Fundação da Ciência do Prático, terceira parte da Fundação de toda a Doutrina-da-Ciência, tem seu lugar no sistema ao solucionar as contradições e limites que o saber teórico deixou e que, como mera teoria, é incapaz de dar conta , mostrando que é apenas a partir do primado da faculdade prática, fundada na exigência do eu absoluto de realizar a infinitude e na lei do eu de refletir sobre si mesmo como realizando tal idéia, que se funda o sistema do saber humano e, portanto, a representação. Parece-nos que este momento da exposição da doutrina-daciência de 1794 permite a descrição do idealismo transcendental de Fichte como um idealismo crítico, herdeiro da filosofia kantiana. / Our aim is to understand how Fichte´s system of philophy is articulated, provided that it, coming from Kant´s Critic, cannot make appeal either to the objects of special metaphysics or pressuposes any positivity like logics or the thing in itself and therefore arrives at a Doctrine of Science (Wissenschaftslehre). In our interpretation, this articulation is centered on the primacy of practice: the \"Foundation of the Science of Practice\", third part of the Foundation of the Entire Doctrine of Science, fits in the system as it solves the contradictions and limits of the theoretical knowledge by showing that only the primacy of the practical faculty, grounded in the necessity of the realization of infinity by the absolute I and in the law of self-reflection as the realization of this idea, can found the system of human knowledge and hence the representation. It seems that this moment of the exposition of 1794´s Doctrine of Science allows the description of Fichte´s transcendental idealism as a critic idealism, heir of kantian philosophy.
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O absoluto em mim e contra mim - Sobre a dialética da imaginação em Schelling: efetividade e ideal da razão / The absolute inside me and against me - On Schellings dialectics of imagination: reality and ideal of reasonPacheco, Marilia Batista Cota 12 March 2010 (has links)
Através da noção de Abfall, de Schelling, apresentada no texto Filosofia e Religião (1804), esta tese procura mostrar a integralidade da fundamentação objetiva para a reconstrução do mundo ideal, ou do ideal da razão enquanto organismo vivo. Para tanto, num primeiro momento, reconstruiremos o caminho para o Sistema do Idealismo Transcendental e, com isso, apresentaremos a dialética da imaginação como forma sistemática do Eu enquanto princípio. Num segundo momento, mostraremos como essa forma sistemática é ampliada enquanto princípio ou como uma forma formante de sujeito e objeto no Absoluto. Num terceiro e conclusivo momento, mostraremos a fundamentação da essência da identidade alma-Absoluto na intuição intelectual, entendida como princípio e conhecimento que supera infinitamente toda determinação conceitual e, ao mesmo tempo, efetiva o princípio transcendental e a causa imanente da equipossibilidade volitiva e cognitiva do puro sujeitoobjeto. / Through Schellings notion of Abfall as presented in Philosophy and Religion (1804), this thesis seeks to show the integrality of the objective foundation of the ideal world\'s reconstruction or of the ideal of reason as a living organism, so that the finite, as it exists in the limitated and temporal world, presents itself in a way somehow infinite. It aims at the difficult that pervades the author\'s whole philosophy of identity: the problem of the sense of finitude and time sense in a philosophy where the Absolute does not go out of itself. Our thesis is that: if the reason ideal is the most distant of what can be determined, and if it realises itself just in individuo, then such realization is necessarily something universal in two vectors of only one action: on the one hand ideas are determined in individuo if and only if in the unity of the ideal of reason; on the other hand, ideas are determined in individuo by absolute freedom, because the Absolute refers to the producing individual through the eternal concept of individual; in other words, through the soul understood as a Potenz, that is protected inside subject of individual conscience. As a Potenz, the soul is unconditional freedom and as such the source of the concepts of class. Therefore well reconstruct the route to the System of Transcendental Idealism to show the dialectics of imagination as a systematic form of I as a principle. Secondly, well show how that systematic form is extended as a principle or a form forming the subject and object in the Absolute. Thirdly, we\'ll show the fundaments of the essence of the soul-Absolute identity on intellectual intuition understood as transcendental principle and knowledge that infinitely overcomes all temporal determination and, at the same time, realises the transcendental principle, and the immanent cause of the pure subject- object\'s volitive and cognitive equipossibility.
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A \"miragem\" do absoluto - Sobre a contraposição de Schopenhauer a Hegel: crítica, especulação e filosofia da religião / The mirage of the Absolute. On the contraposition of Schopenhauer and Hegel: Critique, Speculation and the Philosophy of ReligionRamos, Flamarion Caldeira 30 January 2009 (has links)
Esta tese procura reconstruir a crítica de Schopenhauer a Hegel, para além das invectivas e juízos sumários. Embora não escreva um texto específico sobre esse tema, a posição crítica de Schopenhauer em relação a Hegel é formulada em vários momentos de sua obra. Nosso trabalho consiste, em um primeiro momento, em reconstruir a crítica de Schopenhauer, comparando-a com as posturas críticas de Schelling e Feuerbach. Trata-se de expor e analisar os argumentos de Schopenhauer de modo a construir uma imagem crítica da filosofia de Hegel e, ao mesmo tempo, mostrar em que sentido essa mesma crítica pode ser relativizada do ponto de vista da filosofia hegeliana. Nesse sentido, o presente trabalho procura refletir sobre a dificuldade implicada na tarefa de construir uma crítica da filosofia de Hegel, já que como mostrou Gérard Lebrun, Hegel oferece menos uma filosofia que um discurso que é mal compreendido sempre que tentamos julgá-lo a partir de nossos pressupostos discursivos. Num segundo momento, examinamos os pontos comuns da abordagem especulativa presente em ambas as filosofias e investigamos temas tais como a questão da determinação das coisas finitas em relação à realidade substancial, a tarefa da filosofia e o problema da exposição da verdade filosófica. Num terceiro e conclusivo momento, procuraremos contrapor a filosofia da religião de ambos os autores, pois como pretendemos mostrar, o tema da fronteira entre a filosofia e a religião é fundamental para estabelecer a oposição entre os autores sobre a questão central da exposição do absoluto e dos limites do conhecimento. Por fim, ofereceremos ainda alguns textos paralelos a essa tese que procuram refletir sobre as interpretações de autores como Lukács e Horkheimer sobre a contraposição entre Hegel e Schopenhauer. / This thesis seeks to reconstruct Schopenhauer\'s criticism of Hegel, beyond invective and brief judgment. Though he does not write on the theme specifically, Schopenhauer\'s critical position with regards to Hegel is formulated at several moments of his oeuvre. This work consists of reconstructing Schopenhauer\'s criticism at first, by comparing it to the criticism of Schelling and Feuerbach. It aims at exposing and analyzing Schopenhauer\'s arguments so as to build a critical image of the philosophy of Hegel, and simultaneously demonstrate how this very criticism can be relativized from a Hegelian point of view. Therefore, this work seeks to reflect upon the difficulty implied in the task of constructing a criticism of the philosophy of Hegel, since Hegel, as Gérard Lebrun has demonstrated, offers less of a philosophy than a discourse which is misunderstood whenever we attempt to judge it from the perspective of our discursive presuppositions. Secondly, we shall examine the common points in the speculative approach present in both philosophies, and investigate themes such as the question of the determination of the finite in relation to the substantial reality, the task of Philosophy and the problem of the exposure of the philosophical truth. Thirdly, we\'ll attempt to counterpose the philosophy of religion of both authors, for, as we intend to demonstrate, the theme of the frontier between Philosophy and Religion is crucial to establish the opposition between the authors on the central issue of exposure of the Absolute and of the limits of knowledge. Finally, we shall look into a few other texts parallel to this thesis which aim at reflecting upon the interpretations of authors such as Lukács and Horkheimer about the counterposition between Hegel and Schopenhauer.
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Hegel e a relação entre ceticismo e filosofia. Ceticismo e o problema da autodeterminação no idealismo alemão / Hegel and the relationship of skepticism to philosophy. Skepticism and the problem of self-determination in German IdealismMachado, Lucas Nascimento 18 December 2014 (has links)
Neste trabalho, desenvolvemos uma discussão sobre a relação entre ceticismo e filosofia no idealismo alemão, notadamente em Hegel. Em particular, no interessa o papel que essa relação desempenha no problema da autodeterminação racional, problema que, a nosso ver, é central para o projeto de filosofia moderna adotado pelos autores do idealismo alemão, e de grande importância para a sua compreensão. Pretendemos mostrar como a confrontação dos autores deste período com os céticos, em particular com Hume, Schulze, Maimon e Sexto Empírico, desempenha um papel central na formação de suas concepções sobre a filosofia, sobre tarefa desta e sobre como ela poderia realizar essa tarefa apenas pela incorporação do ceticismo. Mais do que isso, visamos a mostrar como a confrontação com o ceticismo será fundamental para o desdobramento da concepção que os idealistas alemães têm da autodeterminação racional já que seria como resposta ao ceticismo que eles veriam a necessidade de desenvolver mais profundamente essa concepção do que os seus predecessores haviam o feito o que ajudaria a explicar porque, de um projeto crítico baseado na determinação dos limites do entendimento humano, passamos para filosofias segundo as quais toda filosofia tem que e só pode começar pelo absoluto. Esperamos contribuir para a compreensão desses importantes filósofos do idealismo alemão, bem como para a compreensão do ceticismo, mostrando como essas duas formas de filosofia podem se enriquecer mutuamente por meio do debate em torno do problema da autodeterminação racional. / In this work, we attempt to discuss the relationship between skepticism and philosophy in german idealism, specially in Hegel. We are particularly interested in the role this relationship plays in the problem of rational self-determination, which, as we see it, lies at the core of the project of modern philosophy adopted by the authors of german idealism, and is of great importance for their comprehension. We aim to show how the confrontation of authors of this period with the skeptics, in particular with Hume, Schulze, Maimon and Sextus Empiricus, has an important role in the constitution of their conceptions of philosophy, its task and how it could accomplish said task. Moreover, we will attempt to show that the confrontation with skepticism is fundamental for the development of the conception of rational self-determination held by the german idealists, since it is as an answer to skepticism that they find it necessary to develop this conception further than it had been done by their predecessors which would help explain why, from a critical project of determining the limits of human understanding, we go to philosophies to which all philosophies must start with the absolute. We hope to contribute to the comprehension of these important philosophers of german idealism, as well as to the comprehension of skepticism, by showing how these two forms of philosophy can mutually enrich each other through the debate around the rational self-determination problem.
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