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Avaliação da qualidade de vida em pacientes afásicos com protocolo específico SAQOL-39 / Evaluation of quality of life in aphasic patients with specific protocol- SAQOL-39

Cristiane Ribeiro 14 August 2008 (has links)
Pacientes que sobrevivem a um acidente vascular encefálico (AVE) podem permanecer limitados no plano físico, na comunicação, no humor e no comportamento, levando à dependência de outros para a realização das atividades diárias e por vezes ao isolamento social. Há poucos estudos que avaliam qualidade de vida diretamente a partir das informações de pacientes que sofreram AVE e que permaneceram com dificuldades de linguagem e/ou cognição. Estes acabam sendo excluídos da avaliação e muitos questionários dirigem-se aos cuidadores e familiares. Portanto, este trabalho teve como objetivos: traduzir e adaptar para a língua portuguesa a escala de qualidade de vida específica para afásicos - SAQOL-39 (The Stroke and Aphasia Quality of Life Scale -39-item version - 2003); avaliar a aplicabilidade da escala para pacientes afásicos e seu potencial para identificar diferenças decorrentes da afasia na qualidade de vida. Foram utilizados os processos de tradução e retro-tradução do instrumento SAQOL- 39. Dois grupos foram formados. Para o Grupo de Afásicos (GA) foram selecionados 37 pacientes falantes da língua portuguesa, quadro de afasia decorrente de AVE, tempo de lesão mínimo seis meses; diagnóstico médico de AVE ausência de história psiquiátrica prévia, ausência de depressão, Token Test e Teste de Boston Reduzido. Para o Grupo Controle foram selecionados 30 indivíduos falantes da língua portuguesa, saudáveis, voluntários, gênero, idade e escolaridade similar a do grupo controle, ausência de depressão, ausência de história psiquiátrica, ausência de alterações do SNC, ausência de desordens crônicas severas e independência para as atividades da vida diária. As entrevistas para a coleta dos dados foram realizadas somente pela pesquisadora adaptar o instrumento e medir a sensibilidade dos pacientes portadores de afasia em relação aos quesitos do protocolo. A aplicação do protocolo era realizada individualmente, com cada participante sem presença de cuidador. Resultados: Dos 67 participantes, sete pacientes pertencentes ao Grupo de Afásicos foram excluídos por apresentarem índices maiores do que 5 na escala de depressão Yesavage. Os resultados mostraram menor desempenho para os pacientes do Grupo de Afásicos de faixas etárias mais avançadas para a Nota Geral e Média do SAQOL-39 com p=0,0007 para sujeitos de 36 a 60 anos e p=0,0004 para os maiores de 60 anos. Os pacientes com Afasia Mista apresentaram resultados com significância estatística para o domínio Comunicação com p=0,033. Na avaliação geral de QV com o GA, observou-se desempenho inferior em todos os domínios do SAQOL-39 quando comparados com o GC. Esse estudo confirma que o SAQOL-39 é acessível aos pacientes com quadro de afasia e abrange as dificuldades de compreensão e expressão da linguagem. Os comprometimentos apontados pelos próprios indivíduos afásicos sumarizam o grande impacto que as seqüelas deixadas pelo quadro de AVE trazem para a qualidade de vida de cada um deles. / Patients who survive a stroke remain with physical limitations with communication skills, mood and behavior. These limitations lead to dependence on others to perform the daily activities and sometimes cause social isolation. There is few quality of life studies assessed directly from the information of patients who suffered strokes and remained with language and/or cognition difficulties. They end up being excluded from the evaluation and many questionnaires are directed to the caregivers and families members. The objectives of this study were to adapt and translate into Portuguese the quality of life scale - SAQOL-39 (The Stroke and Aphasia Quality of Life Scale-39-item version - 2003). These assessed the applicability of the scale for aphasic patients and its potential to identify differences arising from aphasia in the quality of life. Translation and back translation process of SAQOL-39 instrument were used. Two groups were formed. For aphasic group (AG) thirty seven Portuguese speaking patients were selected with aphasia caused by stroke in the last six months. The medical diagnosed stroke, with no prior psychiatric history, absence of symptoms of depression, reduced Token and Boston tests. For Control Group (CG) thirty healthy Portuguese speaking individuals were selected. They were all volunteers of age and education similar to control group. They were absent of depressive symptoms, psychiatric history and no CNS change. They were also absent of serious chronic disorders and independence for the daily life activities. Interviews for data collection were performed by researcher to adapt instrument and measuring sensitivity of patients with aphasia in relation to protocol subject. Protocol implementation was performed, individually on each participant without caregiver presence. Results: About sixty seven patients evaluated, seven patients belonged to the aphasic group were excluded by rates higher than 5 on the Yesavage depression scale. Results showed lower performance in aphasic group patients with the most advanced age ranges for the SAQOL-39 overall and average score with p=0.0007 for individuals from 36 to 60 years old and p=0.0004 for older than 60 years old. Patients with Mixed Aphasia had results with statistical significance for the communication domain with p=0.033. In general assessment of QOL with AG showed lower performance in all SAQOL-39 domains compared with the CG. This study confirms that the SAQOL-39 is available for patients with aphasia and includes the understanding of difficulties in language expression. These commitments shown by aphasic individuals themselves summarize the great impact that the sequels left by stroke bring to the quality of life of each one of them.
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Pesquisa de calcificações em tecidos moles na região cervical por meio das técnicas radiográficas panorâmica e telerradiografia / Research on calcifications in soft tissues in the cervical region by means of panoramic radiographic and teleradiographic techniques

Rosangela Sayuri Saga Kamikawa 28 September 2009 (has links)
A literatura tem alertado para a presença de imagens radiopacas em radiografias panorâmicas, adjacentes à coluna cervical, indicativas de calcificações na bifurcação da artéria carótida, representando indícios da presença de ateromas. Diferentes imagens radiopacas podem ser observadas na região cervical (anatômicas e patológicas), cujas características devem ser conhecidas. Existem, no entanto, considerações a serem feitas em relação a diferentes constituições físicas entre sexos, raças, e mesmo relacionadas ao tipo físico do indivíduo, que podem produzir projeções diferenciadas nas radiografias panorâmicas. A interpretação dessas radiografias requer uma compreensão da formação das imagens, já que a radiografia panorâmica é um sistema rotacional que resulta na formação de uma zona de nitidez dentro da qual as estruturas aparecem em foco e as que estivem para fora aparecerão borradas. O objetivo do trabalho foi avaliar a contribuição das telerradiografias, nas normas lateral e frontal, na identificação e localização de calcificações em tecidos moles, quando comparado com as observadas em radiografia panorâmica. Referências radiopacas em guta percha foram posicionadas unilateralmente, em três cabeças de cadáveres, procurando manter sempre no mesmo nível da bifurcação da artéria carótida comum, em diferentes estruturas, sítios de possíveis calcificações e foram obtidas três incidências radiográficas para cada peça anatômica. Assim, a amostra deste estudo foi composta por 27 radiografias panorâmicas, 27 telerradiografias em norma lateral e 27 telerradiografias em norma frontal, totalizando 81 radiografias. Estas imagens foram avaliadas por 05 examinadores para que identificassem qual a localização mais provável da referência radiopaca e se as telerradiografias em norma lateral e frontal auxiliaram no diagnóstico diferencial das calcificações, quando observadas na radiografia panorâmica. Os resultados obtidos apontaram que as telerradiografias em norma lateral e frontal não contribuem eficazmente na identificação e localização de radiopacidades na região cervical, e que a conformação anatômica interfere na observação da presença de radiopacidade na região cervical. / The literature has warned about the presence of radiopaque images in panoramic radiographs, adjacent to the spine, indicative of calcifications in the bifurcation of the carotid artery, representing signs of the presence of atheromas. Different radiopaque images can be observed in the cervical region (anatomic and pathologic), whose characteristics should be known. There are, however, considerations to be made with regard to the different physical constitutions between sexes, races, and even related to the physical type of the individual, which may produce differentiated projections in panoramic radiographs. Interpretation of these radiographs requires an understanding of the formation of the images, since the panoramic radiograph is a rotational system that results in the formation of a zone of nitidity within which the structures appear in focus and those that are outside of it appear blurred. The aim of the study was to evaluate the contribution of lateral and frontal teleradiographs to the identification and location of calcifications in soft tissues, when compared with those observed in panoramic radiographs. Radiopaque references in gutta percha were placed unilaterally on the heads of three cadavers, endeavoring at all times to keep to the same level as the bifurcation of the common carotid artery in different structures, sites of possible calcifications, and three radiographic incidences were obtained for each anatomic part. Thus, the sample of this study was composed of 27 panoramic radiographs, 27 lateral teleradiographs and 27 frontal teleradiographs, totaling 81 radiographs. These images were evaluated by 05 examiners so that they could identify which the most probable location of the radiopaque reference would be, and whether the lateral and frontal teleradiographs were a help in the differential diagnosis of the calcifications, when observed in the panoramic radiograph. The results obtained showed that the lateral and frontal teleradiographs did not contribute efficiently to the identification and location of radiopacities in the cervical region, and that the anatomic conformation interferes in the observation of the presence of radiopacity in the cervical region.
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O acidente vascular cerebral na área de abrangência do hospital universitário da USP / The stroke in the coverage area of the USP\'s university hospital

Iara Rosa da Silva Bustos 31 July 2009 (has links)
O acidente vascular cerebral é considerado problema crítico de saúde pública no Brasil, tendo sido, em 2005, a principal causa de morte no país, seguido pela doença coronariana. Esta dissertação integra a etapa 2 do projeto Vigilância Epidemiológica da Doença Cerebrovascular. The WHO STEPwise approach to stroke surveillance aplicado no Distrito de Saúde Escola do Butantã, São Paulo (SP), Brasil. Foram analisadas as taxas de mortalidade e os anos potenciais de vida perdidos em decorrência do acidente vascular cerebral no período de 1997 a 2007 por sexo, faixa etária e acima de 35 anos nos seis distritos administrativos da área de abrangência do Hospital Universitário, totalizando 2 036 óbitos. Utilizou-se também a área técnica de detecção de aglomerados (cluster) por acidente vascular cerebral nos 489 setores censitários. Foram analisados 645 casos de acidente vascular cerebral no período de julho de 2004 a dezembro de 2007, utilizando como covariáveis sexo e faixas etárias acima de 35 anos de idade. Foi proposto e aplicado um questionário a fim de caracterizar os domicílios das pessoas que faleceram de acidente vascular cerebral em 53 domicílios entre julho de 2004 a junho de 2005. As taxas de mortalidade em decorrência do acidente vascular cerebral seguiram as tendências de queda na área de abrangência do Hospital Universitario de 1997 a 2007. A utilização da técnica de detecção de aglomerados (cluster) puramente espacial, puramente temporal e espaço-temporal foi estatisticamente significativa, principalmente para setores censitários dos distritos Raposo Tavares e Rio Pequeno, sendo um importante instrumento de vigilância epidemiológica. Considerando o acidente vascular cerebral uma questão de saúde pública importante, sugere-se incorporar a análise das condições de habitação para identificar as características do ambiente dos pacientes prevalentes para, futuramente, verificar o impacto social da doença. / Stroke is considered a critical public health problem in Brazil, it was in 2005 the main death cause in Brazil followed for coronary disease. This dissertation is part of step 2 project Vigilância Epidemiológica da Doença Cerebrovascular. The WHO STEPwise approach to stroke surveillance aplicado no Distrito de Saúde Escola do Butantã, São Paulo (SP), Brasil. We analyzed the mortality taxes and years of potential life lost for stroke from 1997 to 2007 per gender and age strata above 35 years old in the six districts from Hospital Universitário area, totalizing 2036 deaths. We also used cluster detection technical of stroke inside the 489 census area. We analyzed 645 stroke cases of death from 2004 July to 2007 December using as covariates gender and age strata above 35 years old. We suggested and applied a questionnaire to describe the patientss houses who died from stroke in the area, in 53 patientss houses who died from 2004 July and 2005 June. The mortality taxes of stroke followed the fall tendency in the Hospital Universitário area from 1997 to 2007. The cluster technical use as purely spatial, purely temporal and space time was statistically meaningful specially to some census area of Raposo Tavares and Rio Pequeno districts and it represents a important approach surveillance. Considering stroke as a important public health problem we suggest include the housing conditions analyzes to identify the environment characteristics of prevalent patients to in the future verify the social disease impact.
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Acidente vascular cerebral isquêmico: fatores preditores de mortalidade hospitalar e incapacidade / Ischemic stroke: independent predictors for hospital mortality and disability.

Ítalo Souza Oliveira Santos 23 May 2013 (has links)
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a maior causa de morte no Brasil e um dos maiores responsáveis por incapacitação e invalidez. Existem informações insuficientes quanto aos principais fatores associados à ocorrência de óbito nos pacientes vítimas desta enfermidade. Alguns escores preditores foram desenvolvidos porém não foram validados em população brasileira até o momento. Uma das ações mais importantes na redução do ônus do AVC é o atendimento sistematizado destes pacientes de forma mulltidisciplinar em Unidades de AVC (UAVC) com potencial aumento do uso da terapia trombolítica, além da estratificação dos pacientes, possibilitando decisões terapêuticas mais precoces. Este estudo traz informações sobre o perfil epidemiológico dos pacientes admitidos na UAVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), bem como identifica fatores preditores de mortalidade e incapacidade até a alta hospitalar e busca validar o Escore de Risco do Registro da Rede Canadense de AVC (IScore), possibilitando a utilização desta ferramenta na estratificação de risco de morte e incapacidade em uma população distinta daquela originalmente realizada. Objetivos: avaliar perfil clínico-epidemiológico dos pacientes e identificar fatores preditores independentes de mortalidade e incapacidade (primários); validar o iScore para morte ou incapacidade e desenvolver um escore na amostra para morte e incapacidade (secundários). Métodos: Foram selecionados pacientes consecutivos admitidos na Unidade de AVC do HGF entre novembro de 2009 até maio de 2012 com diagnóstico clínico de AVC isquêmico. Os dados foram coletados por equipe treinada e através de um formulário específico. Foi realizada análise univariada (método do quiquadrado) e análise multivariada (com regressão logística, stepwise forwardbackward) para descrição das características e identificação dos fatores associados ao desfecho. Teste de correlação de Pearson e curva ROC foram utilizados para medidas de correlação e desempenho dos escores prognósticos. Resultados: no período entre novembro de 2009 e maio de 2012 foram elegíveis 1433 pacientes, sendo 780 analisados. Houve predomíno do sexo masculino e a média de idade (± desvio padrão) foi de 66,1 anos (± 15,44). A forma de apresentação mais comum foi a fraqueza muscular (653 pacientes, 83,6%). O desfecho combinado ocorreu em 423 pacientes (45,8%) e 40 pacientes (5,1%) morreram. Foram identificados 8 fatores preditores independentes para o desfecho. O iScore apresentou bom desempenho, com AUC de 0,797 e Correlação de Pearson de 0,989. Conclusão: Pacientes com AVCi tem altas taxas de incapacidade ou morte até a alta de uma unidade de AVC. Medidas populacionais de informação tem potencial para reduzir a ocorrência dos desfechos. Foram identificados oito fatores preditores de mortalidade ou incapacidade. O iScore apresentou bom desempenho na amostra e pode ser utilizado com acurácia na população brasileira como ferramenta prognóstica. / Intoduction: Stroke is the leading cause of death and one of the most important disease associated with disability in Brazil. There is insufficient information about factors associated with death in stroke patients. Some death risk score has been developed, but none of them were applied in the Brazilian population yet. One of the most important actions to be done to reduce the burden of the stroke is the multidisciplinary assessment of the patients in stroke units (UAVC), with the potential to improve the thrombolytic therapy utilization and the early stratification of patients, allowing earlier treatment decisions. The present study, provides information on the epidemiological profile of patients admitted to the stroke unit in the Hospital Geral de Fortaleza (HGF), identifies predictors of in-hospital mortality and disability and seeks to validate the IScore, allowing the use of this tool to stratify the risk of death and disability in a population different from that which was originally derived. Objectives: to evaluate patient epidemiologic and clinical patterns and factors independently associated with death and disability at hospital discharge (primary objectives); to validate the iScore fitness to predict mortality and/or disability and to develop a new risk score to predict mortality and disability at discharge (secondary objectives). Methods: all consecutive patients admitted to the Hospital Geral de Fortaleza Stroke Unit since November 2009 until May 2012 were elegible. Data were collected by a trained team and by using a specific clinical research form. Univariable analysis (by chi-square test) followed by multivariable analysis (with logistic regression) were performed to identify and establish the variables associated with the outcome (death or disability at hospital discharge). Additionally, Pearson correlation test and ROC curve to measure the iScore correlation and discrimination ability were conducted. Results: a total of 1433 patients were selected and 781 considered eligible were included for the analysis. Male gender were more frequent; mean age was 66,1 (± 15,44). The most common clinical pattern at hospital arrival was \"weakness\" (653 pacientes, 83,6%). Outcome occurred in 423 patients (58,6%) and 40 patients (5,1%) had died. Eight factors were independently associated with outcome. The iScore had good performance, with AUC of 0,797 and Pearson Correlation Test of 0,985. Conclusion: Stroke patients have substantial rate of death or disability at hospital discharge. Populationbased strategies to inform about the signs and symptoms of stroke have potential to decrease this rate. Eight factors were identified as predictors of death or disability and might be used to support patient risk stratification. The iScore had a good performance in the sample and can be used with accuracy as a prognostic tool in Brazil.
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Transferência do aprendizado motor após treinamento em ambiente virtual em pacientes com sequelas crônicas de membro superior após acidente vascular cerebral / Motor learning transfer after training in a virtual reality environment in patients with upper limb chronic sequelae after a stroke

Joyce Xavier Muzzi de Gouvea 29 November 2016 (has links)
Alterações motoras e cognitivas são frequentes em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC). As sequelas após o AVC comprometem o movimento voluntário do membro superior parético (MSP), impactando na funcionalidade e qualidade de vida do indivíduo. O treino em realidade virtual (RV) tem sido proposto como uma ferramenta útil no processo de reabilitação, oferecendo condições favoráveis para a aprendizagem motora. Embora diversos estudos tenham mostrado resultados positivos com esse tipo de treinamento, a transferência dos ganhos obtidos em RV para movimentos similares realizados em ambiente real (AR) em pacientes com AVC ainda não foi satisfatoriamente comprovada. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a transferência dos possíveis ganhos motores obtidos após o treinamento do MSP em RV, para movimentos similares realizados em AR em pacientes com sequelas crônicas de AVC. Para isso foi realizado um estudo experimental controlado, aleatorizado, simples cego, a fim de comparar o desempenho motor do MSP em AR antes e depois de um treinamento em RV com quatro jogos do sistema Nintendo Wii (NW), entre grupo experimental (GE - n=22), e grupo controle (GC - n=19) que não realizou treino motor e recebeu orientações em relação aos cuidados gerais nas atividades de vida diária (AVDs). As demandas motoras dos jogos envolveram movimentos de flexão de ombros e cotovelos em velocidade e amplitude variáveis, e, de forma menos ativa, a abdução do ombro. A transferência dos dois grupos foi avaliada por meio dos testes de precisão e velocidade de movimentos sequenciais em AR e pela mensuração da amplitude de movimento por meio da goniometria; os testes avaliaram o desempenho dos movimentos de flexão e abdução de ombro e flexão de cotovelo do MSP. Os testes foram realizados antes do treinamento / orientações (AT), depois do treinamento / orientações (DT), 48 horas após o início do treinamento / orientações (48DT) e 7 dias após o primeiro treinamento / orientações (7DT). Para analisar os resultados, foram realizadas análises de variância de medidas repetidas. Para os efeitos que alcançaram nível de significância, foi realizado o Teste Pós Hoc de Tukey para a verificação de eventuais diferenças entre eles. Os resultados indicam que os pacientes com AVC foram capazes de melhorar o seu desempenho nos quatro jogos e manter os ganhos até 7 dias após o início do treinamento. Os testes de transferência de precisão motora e velocidade que avaliaram flexão de ombro e cotovelo, mostraram que os participantes do GE aumentaram a velocidade desses movimentos. Já a mensuração da amplitude de movimento de flexão de ombro e cotovelo, indicaram um aumento no grau de amplitude de movimento no GE. Não observou-se transferência para as avaliações de abdução do ombro. Pacientes com sequelas crônicas de AVC apresentaram uma aprendizagem motora significativa após treinamento com RV e transferiram o ganho obtido para a função motora do MSP. Com base nessas evidências, o treinamento em RV utilizando NW pode ser considerado uma estratégia útil para melhorar a amplitude de movimento articular e velocidade de movimento do MSP, mesmo em pacientes com AVC crônico / Motor and cognitive changes are common in patients with stroke. The sequelae after a stroke affect the paretic´s upper limb (PUL), impacting the functionality and individual life quality. Virtual Reality (VR) training has been proposed as a useful tool in a rehabilitation process, offering favourable conditions for the motor learning process. Although several studies have shown positive results with this type of training, the gain transfer in VR for similar movements performed in real environment (RE) in patients with stroke have not yet been satisfactorily proven. Therefore, the objective of this study was to evaluate the transfer of possible motor gains after the PUL training in VR for similar movements performed in RE in patients with chronic post stroke sequelae. For this, there have been conducted a blind randomized clinical trial to compare the PUL motor performance in RE before and after training in VR based on four Nintendo Wii gaming system (NW), conducted by the experimental group (EG - n = 22), with the performance of a control group (CG - n = 19). The control group performed no motor training, but received guidance on the general care in activities of daily living (ADLs). Games motor demands involved shoulder and / or elbow flexion in different speed and amplitude, and less actively, shoulder abduction. The transfer of the two groups was evaluated by testing the accuracy and speed of sequential movements in RE and the measurement of motion amplitude using a goniometer; this tests evaluated the performance of flexion and shoulder abduction and elbow flexion PUL. The tests were performed before training / orientation (BT), after training / orientation (AT), 48 hours after the start of training / orientation (48AT) and 7 days after the first training / orientation (7AT). To analyze the results, there was performed repeated measures analysis of variance. For the effects that reached statistical significance, it was performed Tukey\'s post hoc test to check for any differences between them. The results indicate that patients with stroke were able to improve their performance in the four games, and to maintain the gains up to 7 days after start training. The motor precision transfer and speed test that evaluated shoulder and elbow flexion showed that participants in the experimental group increased speed of these movements. And the measurement of the amplitude of shoulder flexion and elbow, indicated an increase in range of motion degree in experimental group. It was not observed positive transfer to the shoulder abduction assessments. Patients with chronic stroke´s sequelae showed a significant motor learning after training with VR and more importantly, they transferred the gain for the motor function of the PUL. Based on this evidence, training in VR using NW can be considered a useful strategy to improve range of joint motion and movement speed of the PUL, even in patients with chronic stroke
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Efeito da diminuição da velocidade no treino de marcha robótica em indivíduos com acidente vascular cerebral crônico: ensaio clínico controlado e randomizado / Novel locomotor training with robotic gait orthosis in stroke: a randomized controlled trial

Thaís Amanda Rodrigues 12 September 2016 (has links)
O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de dois protocolos de intervenção para o treino de marcha robótica no Lokomat em indivíduos pós acidente vascular cerebral crônico. O primeiro protocolo foi estabelecido com a diminuição progressiva da velocidade da marcha e da assistência do robô durante o treino de marcha. O outro protocolo foi estabelecido com o aumento progressivo da velocidade da marcha e a diminuição progressiva da assistência do robô durante o treino de marcha. Este é um ensaio clínico duplo cego, controlado e randomizado realizado no Instituto de Reabilitação Lucy Montoro em São Paulo com indivíduos em regime de internação. Participaram deste estudo 18 individuos com apenas um episódio de acidente vascular cerebral crônico acima de 06 meses de lesão, classificados com escore 1-2 pela Escala de Deambulação Funcional EDF. Os participantes foram randomizados no grupo experimental (N= 10): com o protocolo da diminuição progressiva da velocidade da marcha e da assistência do robô e no grupo controle (N=08): com o protocolo do aumento progressivo da velocidade da marcha e a diminuição progressiva da assistência do robô. Cada sujeito realizou 30 sessões de treino de marcha robótica, 5 dias por semana, com duração de 30 minutos cada treino, por 6 semanas. As medidas de avaliação foram: Time Up and Go (TUG), teste de caminhada de 6 minutos (6M), teste de caminhada de 10 metros (10M), escala de equilíbrio de Berg (EEB), Fugl-Meyer de função motora de extremidade de membros inferiores (FMMI), Escala de Deambulação Funcional (EDF) e medida de independência funcional (MIF) com escore total e item locomoção. A análise estatística foi realizada com o teste MANOVA e Wilcoxon por meio da comparação dos dados inicias e finais e as diferenças entre os grupos. Posteriormente foi realizado um pós teste para comparar a diferença entre os grupos com aplicação do teste Anova e Ancova. Foram analisados 18 indivíduos e, ao final deste estudo, houve diferença estatistica do grupo experimental para as - 8 - mensurações EDF (p=0,004), TUG (p=0,03), 6M (p=0,04), EEB(p<0,0001), FMMI(p=0,02), MIF (p=0,01) e MIF item Locomoção (p=0,04). Já no grupo controle observou-se diferenças nas mensurações EEB (p=0,02), MIF (p= 0,0002) e MIF item Locomoção (p=0,04). Os resultados demostram que o grupo experimental pode mostrar maiores benefícios do que o grupo controle, porém estudos com maior número de participantes e diferentes instrumentos de avaliação são necessários para estabelecer evidências conclusivas para o treino de marcha robótica. Este estudo teve suporte de financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES / The aim of this study was to compare the effects of two intervention protocols for robotic gait training in Lokomat with individuals chronic stroke: novel versus conventional protocol. The Novel protocol was established with the progressive decrease in gait velocity and assistance robot for gait training and the Conventional protocol was established with the progressive increase in gait velocity and the progressive decrease of robot assistance during gait training. This is a clinical double-blind, randomized controlled trial conducted at Lucy Montoro Rehabilitation Institute in São Paulo with inpatients. The study included 18 subjects with only one episode of chronic stroke above 06 months of injury, classified by the score 1-2 Functional Ambulation Category FAC. Subjects were randomized in the Novel group (N = 10) and Conventional group ( N = 08). Each subject performed 30 robotic gait training sessions, 5 days a week, lasting 30 minutes each training for 6 weeks. The initial and final evaluation measures were: Time Up and Go (TUG), 6-minute walk test (6MWT), 10 meter walk test (10MWT), Berg Balance Scale (BBS), Fugl-Meyer motor function of the lower limbs (FM), Functional ambulation category (FAC) and Functional Independence Measure (FIM ) with total score and locomotion item. Statistical analysis was performed with the MANOVA and Wilcoxon test comparing the initial and final data and differences between groups, after this was performed a post-test comparing the difference between the groups with application of Anova and ANCOVA test. In all were analysed 18 individuals in this study, there was statistical difference in the Novel group for measurements: FAC (p = 0.004), TUG (p = 0.03) , 6MWT (p = 0.04) , BBS (p < 0.0001), FM (p = 0.02), MIF (p = 0.01) and MIF Locomotion item (p = 0.04). In the conventional group was observed differences in measurements: BBS (p = 0.02), MIF (p = 0.0002) and MIF Locomotion item (p = 0.04). The results show that the Novel group can show greater benefits than the Conventional group, but studies with larger numbers of participants and different - 10 - evaluation tools are needed to establish conclusive evidence for the robotic gait training . This study was funded support by Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Excitabilidade do córtex motor em indivíduos com infarto cerebelar na fase crônica e em controles saudáveis / Asymmetry in cortical excitability of patients with cerebellar infarcts and healthy subjects

Suzete Nascimento Farias da Guarda 29 July 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Há evidências de modulação da excitabilidade do córtex motor por informações cerebelares, em animais e humanos. O objetivo deste estudo foi comparar a assimetria inter-hemisférica de excitabilidade cortical entre indivíduos com infarto cerebelar na fase crônica e controles saudáveis, através de estimulação magnética transcraniana. MÉTODOS: Foram incluídos sete indivíduos com infarto cerebelar (> 4 meses pós-infarto) e sete controles saudáveis. Cada participante foi submetido a uma sessão de estimulação magnética transcraniana do córtex motor no hemisfério direito e no hemisfério esquerdo, para a realização de medidas de excitabilidade e a determinação de assimetrias entre os hemisférios cerebrais. Os seguintes parâmetros de excitabilidade cortical foram avaliados: limiar motor de repouso, facilitação intracortical, inibição intracortical, relação entre amplitudes de potenciais evocados motores e amplitudes de ondas M, com intensidade de estimulação correspondendo ao limiar motor de repouso, a 130% do limiar motor de repouso, e a 100% da capacidade máxima do estimulador. RESULTADOS: Houve diferença significante na assimetria inter-hemisférica da inibição intracortical entre os grupos (teste de Mann-Whitney, p=0,048). Em todos os indivíduos com infartos cerebelares, a inibição intracortical foi menor no córtex motor primário contralateral ao infarto cerebelar, em comparação ao córtex motor ipsilateral. Houve ainda correlação significante entre o tempo de ocorrência do infarto cerebelar e a assimetria da inibição intracortical (r=0,91, p=0,004). Os demais parâmetros avaliados não apresentaram diferença significante entre os dois hemisférios em ambos os grupos. CONCLUSÕES: Estes resultados indicam que, em indivíduos com infarto cerebelar na fase crônica, ocorre desinibição do córtex motor contralateral. Avaliados em conjunto com estudos realizados em indivíduos com infartos cerebelares na fase subaguda, apoiam a hipótese de que alterações na inibição intracortical passam por modificações dinâmicas em diversas fases após um infarto cerebelar / INTRODUCTION: There is evidence of modulation of excitability of the motor cortex by cerebellar and somatosensory input in animals and humans. The goal of this study was to compare the inter-hemispheric asymmetry of cortical excitability in humans with cerebellar infarcts and healthy controls. METHODS: In order to evaluate inter-hemispheric asymmetry, seven individuals with cerebellar infarcts (> 4 months post-infarct) and seven healthy subjects were evaluated. There were no significant differences in age or gender between the groups. Each participant was submitted to one session of transcranial magnetic stimulation of the motor cortex of the right and left hemispheres, to determine asymmetries in excitability between the cerebral hemispheres. The following parameters of cortical excitability were evaluated: resting motor threshold, intracortical facilitation, intracortical inhibition, the relationship between motor evoked potential amplitudes and M-wave amplitudes. Three stimulation intensities were used: resting motor threshold, 130% of the resting motor threshold, and the stimulator\'s maximum output. RESULTS: There was a significant difference in inter-hemispheric asymmetry of intracortical inhibition between the groups (Mann-Whitney test, p=0.048). For all individuals with cerebellar infarcts, intracortical inhibition was lower in the primary motor cortex contralateral to the cerebellar infarction, compared to the ipsilateral motor cortex. There was also a significant correlation between the time elapsed since the cerebellar infarction and asymmetry of intracortical inhibition (r=0.91, p=0.004). The other variables evaluated were not significantly different between the two hemispheres in either group. CONCLUSIONS: These results indicate that disinhibition of the contralateral motor cortex occurs in individuals with chronic cerebellar infarcts. Taken together with studies performed in individuals with cerebellar infarcts in the subacute phase, these results support the hypothesis that changes in intracortical inhibition undergo dynamic changes over time, after a cerebellar infarct
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Trombólise intravenosa para o acidente vascular cerebral isquêmico agudo em um hospital brasileiro, público e acadêmico: caracterização de casuística / Intravenous thrombolysis for acute ischemic stroke at a brazilian, public and academic hospital

Pedro Telles Cougo Pinto 19 April 2013 (has links)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS. O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade no mundo, e é a principal causa de morte no Brasil. Atualmente, o único tratamento clínico para o AVC é a trombólise intravenosa com o ativador de plasminogênio tecidual recombinante. Este tratamento não é isento de complicações, e é necessária a adesão rigorosa a protocolos de tratamento. Por isso, sua disseminação no mundo foi condicionada à realização de estudos de fase 4 em diversos países, especialmente voltados para averiguar desfechos eficácia e segurança. Recentemente, tem havido esforços para disseminar o uso de terapia trombolítica para o AVC no Brasil. Entretanto, são escassos os dados sobre a aplicação deste tratamento no nosso país. Este estudo pretendeu relatar a experiência com este tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto um hospital terciário, público, universitário, que recebe pacientes encaminhados por um sistema de regulação médica do Sistema Único de Saúde , e comparar nossa casuística com aquela do um dos maiores estudos de fase 4 sobre este tema (Safe Implementation of Thrombolysis for Stroke, SITS). MÉTODOS. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, baseado em revisão de registros hospitalares, da casuística de pacientes com AVC tratados com trombólise intravenosa no nosso hospital. O desfecho primário de interesse foi a ocorrência de transformação hemorrágica sintomática (THS). Foram descritas características demográficas, comorbidades, uso prévio de medicações, gravidade clínica do AVC e períodos entre início dos sintomas, admissão e tratamento. RESULTADOS. Estudamos 209 pacientes com AVC tratados em nosso centro. Verificamos que estes pacientes apresentaram elevada frequência de comorbidades e défices neurológicos mais graves, e receberam tratamento mais tardiamente quando comparados à população do estudo SITS. A pontuação mediana na escala National Institutes of Health Stroke Scale foi de 14 (intervalo interquartil: 9 a 19), e a mediana do período entre o início dos sintomas e o tratamento foi de 200 minutos (intervalo interquartil: 165 a 247). Ao longo dos anos observamos um aumento do número de pacientes tratados em janelas tardias e da proporção de pacientes tratados em até 60 minutos da admissão. Observamos 16 THS (7,7%), frequência similar àquela descrita no ensaio SITS (4,7%; P=0,09). Na análise univariada, a ocorrência de THS esteve associada à gravidade clínica do AVC, ao período sintoma-agulha e ao uso prévio de estatinas. Em análise multivariada, a gravidade clínica do AVC e o uso prévio de estatinas foram preditores independentes de THS. CONCLUSÕES. A trombólise intravenosa para o AVC foi aplicada de forma segura em um hospital brasileiro, público e acadêmico, embora em uma casuística de pacientes com elevada frequência de comorbidades, quadros clínicos mais graves e janelas terapêuticas mais tardias em comparação com aquelas descritas em casuísticas de países desenvolvidos. São necessários aprimoramentos do fluxo de encaminhamento de pacientes com AVC agudo, com qualificação do atendimento pré-hospitalar e do sistema e regulação médica, com o objetivo de reduzir o tempo para chegada ao hospital e de ampliar o acesso à terapia trombolítica para todo o espectro de pacientes com AVC. A gravidade clínica do AVC e o uso prévio de estatinas parecem estar associados a maior chance de transformação hemorrágica sintomática relacionada à trombólise intravenosa. / BACKGROUND AND AIMS. Stroke is one of the leading causes of disability in the world, and is the leading cause of death in Brazil. Intravenous thrombolysis with tissue plasminogen activator is the only treatment for stroke with proved benefit. Intravenous thrombolysis is associated with significant risks, and strict adherence to treatment protocols is necessary. The dissemination of this treatment has been conditioned in many countries to the conduction of phase 4 studies, specifically designed to verify safety outcome measures. Recently, there has been important initiatives for the national dissemination of intravenous thrombolysis in Brazil. Nevertheless, there is scarce data about the use of this treatment in our country. This study aimed to describe one decade of experience with intravenous thrombolysis for stroke in our institution, and to compare our sample with one of the largest international phase 4 stroke registry on stroke thrombolysis (Safe Implementation of Thrombolysis for Stroke, SITS). METHODS. This is an observational, retrospective study, involving all patients treated with intravenous thrombolysis for acute stroke at our hospital. The primary endpoints were symptomatic intracranial hemorrhage and in-hospital death. We also describe the demographics, medical history, clinical severeness and the timeline from symptom onset to treatment. RESULTS. We studied 209 patients with acute stroke treated with intravenous thrombolysis at our institution. We found a severe clinical profile, with more frequent comorbidities, more severe neurological deficits and a rather late treatment window, when compared with the SITS registry. Median NIHSS score was 14 (interquartile range: 9 a 19). Median onset-to-treatment time was 200 minutes (interquartile range: 165 a 247). Through the study period, the number of patients receiving thrombolysis in later treatment windows increased, and the there was an increase of the proportion of patients treated within 60 minutes of hospital admission. There were 16 symptomatic intracranial hemorrhage (7.7%), which was similar to the global cohort of the SITS registry (4.8%; P=0.09). In univariate analysis, symptomatic intracranial hemorrhage was associated with admission clinical severeness, prior use of statins, and onset-to-treatment. In multivariate analysis, clinical severeness and statin use were independently associated with symptomatic hemorrhage. CONCLUSIONS. Intravenous thrombolysis was safely performed in a brazilian, public, academic hospital, in spite of a severe clinical profile and a rather late treatment window. More efforts are necessary to improve stroke recognition, dispatch and delivery of acute stroke patients in Brazil, in order to decrease time to hospital arrival and to improve access to intravenous thrombolysis. Patients with more severe strokes and with prior use of statin therapy may have increased risk of symptomatic intracranial hemorrhage after thrombolysis for acute stroke.
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Associação entre função executiva e sintomas depressivos em pacientes com acidente  vascular cerebral isquêmico / Association between depressive symptoms and executive functions in ischemic stroke patients: a cross-sectional study

Matildes de Freitas Menezes Sobreiro 29 May 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Associação entre sintomas depressivos e prejuízos cognitivos após o acidente vascular cerebral isquêmico tem sido descrito em vários estudos. Estudos recentes tem focado a associação de sintomas depressivos com a função executiva. A hipótese Depression Executive dysfunction tem sido investigada em pacientes com AVC e não se sabe se essa associação ocorre com algum grupo de sintomas depressivos específico. Portanto, o principal objetivo desse estudo, foi o de investigar a associação entre função executiva e grupos de sintomas depressivos no primeiro mês após o acidente vascular cerebral isquêmico e como objetivo secundário investigar a associação entre função executiva e grupos de sintomas depressivos em adultos jovens. MÉTODOS: Foram triados consecutivamente 343 pacientes admitidos na enfermaria da neuroclínica do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fizeram parte o estudo 87 pacientes que preencheram os critérios de inclusão e exclusão e foram incluídos no estudo. Eles foram submetidos aos testes neuropsicológicos que consistiu em: teste Fluência verbal fonêmica para as letras (F.A.S.), Dígitos Ordem Direta e Ordem Inversa, subteste da Escala Weschler de Inteligência para Adultos (WAIS-III-R) e as 03 partes do Stroop Teste. A avaliação psiquiátrica consistiu na entrevista estruturada para o diagnóstico pelo DSM-IV, no manual estruturado para entrevista da Escala Hamilton para Depressão, na versão 31 itens. Nós usamos o Índice de Barthel, para avaliar o comprometimento nas atividades de vida diária e o grau de gravidade do acidente vascular cerebral foi mensurado pela escala para acidente vascular cerebral do Natitonal Institutes of Health.A média do intervalo de tempo entre o AVC e as avaliações foi de 12,4; (dp±3,8) dias. Equações de regressão linear múltipla foram montadas usando os sete domínios dos sintomas depressivos da HAM-D-31 como variável independente e os testes neuropsicológicos como variável dependente. Os resultados foram ajustados para idade sexo e grau de instrução. RESULTADOS: Nós encontramos associação inversa entre o grupo de sintomas depressivos de retardo e o teste de fluência verbal (t=-3,46; p=0,001; IC 95% -4,46:-0,81), e associação positiva com as três partes do Stroop, SR (t=3,32; p=0,002; IC 95% 1,63:6,72), SP(t=3,05; p=0,004; IC 95% 1,68:8,21) e SC (t=3,01; p=0,005; IC 95% 3,22:16,39). Para a subamostra de pacientes com idade 60 anos foi encontrada associação inversa entre o teste de fluência verbal fonêmica (FAS) com o grupo de sintomas retardo ( t= -3,13; p= 0,003; IC 95% -4,72: -1,27). CONCLUSÃO: Nossos resultados suportam a hipótese que a disfunção executiva depressiva descrita para idosos pode ocorrer em pacientes com idade 60 anos e é uma associação específica da função executiva e o grupo de sintomas depressivos de retardo / BACKGROUD: The association between depressive symptoms and cognitive impairment after ischemic stroke has been described in several studies. Recently, studies have focused on the association of depressive symptoms and executive function. Actually, the hypothesis of a Depression Executive dysfunction in stroke patients has been investigated. However, it is not known whether such association occurs with any specific depressive group of symptoms and also if it occurs among the non elderly. Thus, the main objective this study is to investigate the association between executive function and domains of depressive symptoms in the first month after an ischemic stroke. As a secondary objective we investigated whether this association existed for those with below 60 years old. METHODS: We screened 343 patients consecutively admitted to the neurological unit of the Clinics Hospital of the University of São Paulo School of Medicine. Eight seven patients satisfied the inclusion and exclusion criteria and were included in the study. They were submitted to neuropsychological tests including the Phonemic Verbal Fluency for letters (F.A.S.); digits forwards and backwards, the subtest of the Weschler Adult Intelligence Scale (WAIS-III-R) and 3 parts of the Stroop Test. The psychiatric evaluation included the structured Clinical Interview for DSM-IV and the 31-item version of the Hamilton Rating Scale for Depression. We used the Barthel Indices to assess the impairment in activities of daily living and the severity of the stroke was assessed with the stroke Scale of the National Institutes of Health. The mean time interval between the stroke and the assessments were 12.4 (SD±38) days. Equations of multiple linear regression were performed using the seven domains of depressive symptoms of the HAM-D-31 as independent variable and the neuropsychological tests as the dependent variable. Results were adjusted for age, gender and educational level. RESULTS: We found an inverse association between the retardation domain of depressive symptoms and the verbal fluency test FAS (t = -3.46; p = 0.001; 95%CI -4.46, - 0.81) and a positive association with the three parts of the stroop test SR (t = 3.32; p= 0.002; 95%CI 1.63:6.72) SP (t = 3.05; p=0.004; 95% CI 1.68:8.21) and SC (t = 3.01; p = 0.005; 95%CI 3.22:16.39). For the subsample of patients with age 60 years old we found an inverse association between the verbal fluency test (FAS) with the domain of depressive symptoms retardation (t = -3.13; p = 0.003; 95%CI -4 .72: -1.27). CONCLUSION: Our results support the hypothesis that executive depressive dysfunction described for the elderly also occur for stroke survivors with age < 60 years old and that there is a specific association of executive function with the depressive domain of retardation
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Disfagia no acidente vascular cerebral: diagnóstico, preditores e desfechos associados / Dysphagia in stroke: diagnosis, predictors and associated outcomes

Aline Cristina Pacheco 19 September 2017 (has links)
Este estudo foi realizado com os seguintes objetivos: identificar a frequência e os preditores de disfagia em pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC); avaliar o impacto da disfagia quanto aos desfechos dependência funcional e óbito em três meses após o AVC; e validar o teste de rastreio para disfagia Toronto Bedside Swallowing Screening Test (TOR-BSST©) em pacientes com AVC de um hospital público no Brasil. Participaram do estudo pacientes admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e incluídos no Registro de Acidente Vascular Encefálico (REAVER) no período de abril de 2015 a setembro de 2016, maiores de 18 anos, com diagnóstico de AVC agudo (<10 dias entre o AVC e a admissão hospitalar) confirmado por exames de neuroimagem. Foram excluídos pacientes com ataque isquêmico transitório, hemorragia subaracnóidea, trombose venosa cerebral, ictus antigo, AVC hemorrágico de causa secundária ou aqueles que não concordaram em participar do estudo. As características demográficas e clínicas foram coletadas de forma prospectiva pelos coordenadores de pesquisa do REAVER. A deglutição foi avaliada na primeira semana da admissão hospitalar à beira do leito, por três fonoaudiólogas, com um protocolo de avaliação clínica utilizando as consistências pastosa e líquida. Os pacientes foram avaliados com o teste TORBSST© e com a videofluoroscopia após a alta hospitalar. A escala modificada de Rankin, o Índice de Barthel e a Medida de Independência Funcional (MIF) foram utilizados para avaliar os desfechos funcionais de três meses após o AVC. No período do estudo foram admitidos 831 pacientes com AVC, sendo que 353 pacientes foram excluídos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Dos pacientes elegíveis, 53 foram removidos das análises por receberem alta antes da avaliação da deglutição, portanto, foram incluídos 425 pacientes. Dentre os pacientes incluídos, 28,2% não apresentaram condições para avaliação clínica da deglutição e foram considerados no grupo de disfagia presumida. Desta forma, foram examinados com avaliação clínica da deglutição 305 pacientes, sendo que 45,2% foram diagnosticados com disfagia. Idade (p=0,017), história médica conhecida de apneia obstrutiva do sono (p=0,003) e gravidade do AVC na admissão hospitalar (p<0,001) se associaram independentemente com disfagia. Os pacientes disfágicos apresentaram maior tempo de internação (p=0,001), maior frequência de reabilitação (p<0,001) e uso de sonda para alimentação (p<0,001) dentro de três meses após o AVC. A presença de disfagia detectada na avaliação clínica da deglutição foi independentemente associada com dependência funcional ou óbito em três meses após o AVC (p<0,001). O teste TORBSST© apresentou sensibilidade de 85% para detectar disfagia comparado a videofluoroscopia, e concordância moderada entre os avaliadores (K=0,44). Portanto, neste estudo, disfagia foi diagnosticada em quase metade dos pacientes (45,2%). Idade, história médica conhecida de apneia obstrutiva do sono e gravidade do AVC foram preditores de disfagia, sendo esta independentemente associada com morte ou dependência funcional em três meses após o AVC. O teste de rastreio para disfagia TOR-BSST© apresentou alta sensibilidade para detectar disfagia em pacientes com AVC comparado ao padrão ouro. / This study was carried out with the following objectives: to identify the frequency and the predictors of dysphagia in stroke patients; to assess the impact of dysphagia on outcomes functional dependence and death at three months post-stroke; and to validate the Toronto Bedside Swallowing Screening Test (TOR-BSST©) screening test in stroke patients from a public hospital in Brazil. All consecutive eligible patients newly admitted to the Emergency Unit of the Hospital Clinics of School of Medicine of Ribeirao Preto - University of São Paulo (HCFMRP-USP) and captured by REAVER (an institution based prospective registry for stroke patients) between April 2015 and September 2016 were approached and consented. Eligible patients were those that met the following criteria: age>18 years and medical diagnosis of acute stroke (<10 days between stroke and hospital admission) confirmed from neuroimage exams. Patients with transient ischemic attack, subarachnoid hemorrhage, cerebral venous thrombosis, not acute stroke, hemorrhagic stroke with secondary cause or those who did not agree to participate in the study were excluded. The demographic and clinical characteristics were prospectively collected by REAVER research coordinators. Swallowing was evaluated by three Speech and Language Pathologists in the first week of hospital admission at the bedside with clinical assessment using paste and liquid consistency. Patients were assessed with TOR-BSST© and with videofluoroscopy after discharge from hospital. Modified Rankin scale, Barthel Index and Functional Independence Measure (FIM) were used to assess functional outcomes three months after stroke. In the period of the study, 831 stroke patients were admitted, 353 patients were excluded according to the inclusion and exclusion criteria. Of the eligible patients, 53 were removed because they were discharged before clinical assessment of swallowing, therefore 425 patients were included in this study. Among the included patients, 28.2% did not present conditions for clinical swallowing assessment and were considered in the presumed dysphagia group. Thus, 305 patients were examined with clinical swallowing assessment and 45.2% of them had dysphagia. Age (p=0.017), known medical history of obstructive sleep apnea (p=0.003) and stroke severity at hospital admission (p<0.001) were independently associated with dysphagia. Dysphagic patients had longer length of stay (p=0.001), higher frequency of rehabilitation (p<0.001) and higher frequency of use of tube feeding (p<0.001) within three months after stroke. The presence of dysphagia detected in clinical swallowing assessment was independently associated with functional dependence or death within three months after stroke (p<0.001). The TORBSST© showed sensitivity of 85% to detect dysphagia compared to videofluoroscopy and moderate agreement among the screeners (K=0.44). Therefore, in this study, dysphagia was diagnosed in almost half of the patients (45.2%). Age, known medical history of obstructive sleep apnea and stroke severity were predictors of dysphagia, which was independently associated with death or functional dependence at three months post-stroke. The TOR-BSST© presented high sensitivity to detect dysphagia in stroke patients compared to the gold standard.

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