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A realidade da saúde dos sem terra

Córdova, Thiago Alfredo Botelho de 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T05:23:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 282996.pdf: 1476014 bytes, checksum: 045c16abb245484c3ab0057dd9378e29 (MD5) / Esta pesquisa se refere à realidade da saúde da população do campo, enfocando, especificamente, o contingente organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Embora a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) objetive atender às demandas e necessidades de saúde da população brasileira, ainda existe uma grande distância entre o que é preconizado pelo SUS e o que é vivenciado pelas pessoas, na base do sistema, principalmente, na realidade do campo, onde se encontram as maiores iniqüidades, não sendo garantida a estas populações a real efetivação de seu direito constitucional à saúde. A escolha do MST para este estudo deve-se a seu papel estratégico na sociedade brasileira, também destacado no relatório final da 12ª Conferência Nacional de Saúde (2003), que o considerou um dos principais atores a serem articulados para contribuir na construção de políticas públicas que visem superar essas iniqüidades. Considerando isso, nessa pesquisa, objetivamos analisar a realidade da saúde de famílias de trabalhadores rurais vinculados ao MST e sua relação com o SUS. Procuramos concretizar esse objetivo a partir de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado no Assentamento Butiá, localizado no Distrito de Volta Grande, região rural do município de Rio Negrinho, no norte de Santa Catarina. Para tanto, utilizamos como instrumentos de coleta de dados a observação, a entrevista semi-estruturada e a análise documental. Os sujeitos do estudo foram assentados do Assentamento Butiá, profissionais de saúde da Unidade de Saúde de Volta Grande - Saúde da Família (USVG-SF) e gestores do Sistema de Saúde do município de Rio Negrinho. Para o tratamento dos dados levantados, utilizamos uma perspectiva hermenêutico-dialética. Como resultados, apresentamos uma descrição do SUS no município e da dinâmica específica da USVG-SF, o principal meio de assistência à saúde dessa população; identificamos os principais problemas de saúde dos assentados; e analisamos algumas de suas percepções acerca de seus processos de saúde-doença e de sua relação com o SUS, contrastando-as com percepções dos gestores e profissionais de saúde acerca desses temas. Consideramos que seus principais problemas de saúde são aqueles comumente encontrados na realidade do campo, relacionados às precárias condições de vida em que se encontram; no que se refere às suas percepções acerca da assistência que lhes é prestada pelo SUS, identificamos situações que não diferem muito daquelas relatadas na literatura sobre o tema: insatisfações constantes, demonstradas por queixas e críticas sobre determinadas rotinas e sobre a qualidade do atendimento dos profissionais; porém, ficou evidente que o maior problema se relaciona com a distância existente entre o SUS e a realidade específica dos assentados, em que os profissionais e gestores ainda desconhecem grande parte dos problemas vivenciados por essa população em seu cotidiano. Por toda a situação analisada, consideramos que os caminhos à superação dos problemas encontrados devem passar pela construção de relações interpessoais baseadas num verdadeiro diálogo entre as três categorias de sujeitos envolvidas, em uma relação entre iguais, que fortaleça o vínculo entre os sujeitos, a participação e o controle social, pois, só assim, as aspirações dos assentados poderão ser devidamente interpretadas pelos profissionais e gestores, os quais, munidos desse conhecimento, estarão ma
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Etnopedologia e qualidade do solo no assentamento Roseli Nunes, Piraí-RJ

Silva, Nivia Regina da 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T05:32:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 289911.pdf: 1829466 bytes, checksum: 56ba33c75201dad6aaca610dafd220e6 (MD5) / Os diferentes ciclos econômicos marcaram fortemente o ambiente das fazendas de café do vale Paraíba do Sul, RJ onde se encontra o Assentamento Roseli Nunes e se verifica os efeitos da modernização conservadora da agricultura sobre a realidade sócio-econômica e ecológica, e consequente empobrecimento e a degradação do solo. A agricultura moderna de resultados, com o seu enfoque reducionista, limitou o entendimento da fertilidade do solo ao conceito mineralista, considerando-o como um substrato para as plantas se fixarem. Boa parte das pesquisas científicas desenvolvidas na área da ciência do solo ainda tem uma abordagem positivista, utilizam metodologias quantitativas e sem o envolvimento de agricultores. A agroecologia considera que os agricultores são sujeitos importantes nesse processo ao valorizar a inter-relação entre conhecimento científico e o conhecimento empírico. Desta forma, a utilização de metodologias e instrumentos de avaliação local da qualidade do solo podem se transformar numa em ferramenta importante de fortalecimento da organização social dos agricultores e transformação do ambiente, já que valorizam sua trajetória e sua cultura. O objetivo deste trabalho foi implementar com as famílias uma metodologia de avaliação das terras do assentamento, construindo o conceito de qualidade do solo com base nos princípios da etnopedologia, sob ponto de vista da prática agrícola realizada pelos assentados e a necessidade de recuperação dos solos. Como resultado foi possível realizar a avaliação dos solos do assentamento, de acordo com os conceitos e parâmetros dos assentados; sistematizar o conceito de qualidade do solo a partir da descrição e mapeamento realizado pelos agricultores, apontando os termos-chave utilizados para descrevê-la; verificar se o método se concretizou como ferramenta na avaliação do solo; validar os pressupostos da metodologia participativa da qualidade do solo e os indicadores atribuídos; e realizar a estratificação e as categorias diferenciadas de ambientes. As mudanças que ocorreram no solo pelo manejo e práticas agrícolas foram detectadas pelo método de Avaliação e monitoramento da qualidade do solo.
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Questão agrária e hegemonia

Moura, Luiz Henrique Gomes de 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T11:14:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 290256.pdf: 3936112 bytes, checksum: 332b36cb8d8aceec0d129b8b6ea46431 (MD5) / A questão agrária brasileira foi absorvida pelo discurso hegemônico do êxito do agronegócio, por um lado, e pela perspectiva da resolução de problemas sociais, materializando uma política de assentamentos no campo brasileiro. A crise deste modelo reformista resultou em uma materialidade específica: o pré-assentamento. Este é um não-lugar criado pelo aparato burocrato-institucional para inviabilizar a conquista das famílias, formando um hiato espaço-temporal entre o acampamento e o assentamento. O manejo da agrobiodiversidade em um pré-assentamento da reforma agrária é baseado em uma situação contraditória: as famílias conquistam o acesso a terra, porém a não-regularização do assentamento as priva de acessar qualquer política pública, como assistência técnica, crédito agrícola e programas de agroindustrialização e comercialização. Este manejo é também estruturado a partir do processo de alienação ser humano - natureza, base da falha metabólica da sociedade. Esta dissertação utilizou a análise-diagnóstico dos sistemas agrários para sistematizar os diferentes manejos da agrobiodiversidade realizados pelos trabalhadores rurais do pré-assentamento Oziel Alves II, em Planaltina (DF). A partir desta análise observou-se como a hegemonia da classe dominante, principalmente em seu viés tecnológico-produtivo, adentra a conquista da classe trabalhadora e conforma o novo território à sua lógica. A compreensão dos movimentos hegemônicos e suas debilidades são fundamentais para a construção da autonomia camponesa do futuro assentamento e de um bloco contra-hegemônico e emancipatório. Três eixos se apresentam como prioritários para alcançar esse objeto: a cooperação, a agroecologia e a comercialização solidária. Ao estruturar estes eixos, será possível iniciar um real enfrentamento territorial à hegemonia dominante.
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A dinâmica do milho (Zea mays L.) nos agroecossistemas indígenas

Pedri, Marta Adriana January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas / Made available in DSpace on 2012-10-22T15:36:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 233620.pdf: 2762661 bytes, checksum: d4482162cde4ce6105d55f06502935ea (MD5) / O crescimento da população indígena e a regularização de suas terras trazem demandas para o restabelecimento de práticas agrícolas tradicionais. O manejo tradicional do milho (Zea mays L.) em comunidades indígenas dos estados de Roraima e Santa Catarina apresenta um cenário de erosão genética e cultural. Nesse contexto, o presente trabalho busca compreender a relação histórica e cultural existente entre os grupos indígenas e o cultivo do milho. Foram utilizadas ferramentas de etnobotânica para entender a dinâmica do milho nos agroecossistemas indígenas. Em registros arqueológicos na América do Sul, a difusão inicial do milho coincide com a expansão da agricultura de grupos Jê. Uma segunda onda difundiu a tecnologia que permitiu a intensificação do milho e a complexificação social, coincidindo com a expansão Aruak e Tupi-Guarani. O cultivo do milho em aldeias Wapixana (Aruak), Macuxi, Taurepang, Waimiri Atroari (Karib), Kaingang, Xokleng (Jê) e Guarani (Tupi-Guarani) apresenta diferentes estágios do declínio da importância do milho. A perda de população e redes de troca de sementes, acréscimo de novas culturas como a banana, e o abandono de práticas religiosas tradicionais contribuem para esse declínio. Os Guarani mantem métodos tradicionais de manejo do milho, associados às práticas religiosas e cosmologia do grupo. A base genética deste manejo, deduzida de práticas observadas em Santa Catarina e registradas na literatura, consiste no manejo de populações de milho com cores diferentes no pericarpo e aleurona das sementes. Essas cores permitem visualizar as atividades de transposons- usinas moleculares de mutações- que geram diversidade alélica. Permitem ainda segregar e gerenciar a taxa de mutação em diferentes populações. A "religião do milho" dos Guarani pode ter sido a base tecnológica da intensificação do milho observado nos registros arqueológicos. The growth of indigenous population and the regularization of their lands bring demands for the reestablishment of traditional agriculture practices. The traditional management of maize (Zea mays L) by indigenous societies in Roraima and Santa Catarina states presents a scenario of cultural and genetic erosion . This work tries to understand the historical and cultural relationship between indigenous societies and the maize farm. I use ethnobotany methods to understand maize dynamics in indigenous agroecosystems. In archeological records in South America, the initial diffusion of maize coincides with Jê agriculture expansion. A second wave a technological change that permitted maize intensification and the social complexification, coinciding with the Aruak and Tupi-Guarani expansion. Maize farming in Wapixana (Aruak), Macuxi, Taurepang, Waimiri Atroari (Karib), Kaingang, Xokleng (Jê) e Guarani (Tupi-Guarani) villages represents different stages of decline in the importance of maize. The loss of population and seed exchange networks, inclusion of new crops like banana, and the erosion of traditional religious practices contribute to this decline. The Guarani people maintain traditional methods of maize management, associated with their religious practices and cosmology. The genetic basis of this management, deduced from practices observed in Santa Catarina and recorded in the literature, consists in the management of maize populations with different colors in the pericarp and aleurone of maize kernels. This colors permit visualization of transposons (molecular generators of mutations that create allelics diversity). This management permits the segregation of populations and management of mutation rate in different populations. The #maize religion# of the Guarani may be the technological basis of maize intensification observed in the archeological register.
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A interação humano-animal e o uso de homeopatia em bovinos de leite

Honorato, Luciana Aparecida January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-22T18:41:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 230078.pdf: 6258185 bytes, checksum: ca9f07aec64f6e0517690449547e7342 (MD5) / Um fator importante para o bem-estar de animais de produção é a forte interação humano-animal decorrente do processo de produção, que por sua vez, é norteada pelas atitudes dos humanos em relação aos animais. O objetivo deste trabalho foi estudar aspectos da interação humano-animal que possam ser influenciados pelo uso de homeopatia em bovinos de leite, a sua influência sobre a saúde e bem-estar animal e as motivações dos agricultores para adotar ou não a homeopatia. Para este estudo foram escolhidos 20 estabelecimentos de agricultores familiares envolvidos na atividade leiteira nos municípios de Antonio Prado e Ipê- RS, sendo que 9 desses produtores usavam medicamentos homeopáticos no seu rebanho e 11 não usavam. A metodologia adotada envolveu observações do comportamento humano (nomear e falar com os animais, contatos positivos e negativos com os mesmos, uso de maneias na ordenha e uso de objetos e de cachorro na condução dos animais), entrevistas com 27 manejadores dos animais para verificar suas atitudes em relação aos animais, e observações do comportamento (teste de docilidade e distância de fuga das vacas em lactação) e exames clínicos dos animais. As condições de saúde dos animais estavam semelhantes nos dois grupos; porém, pôde-se verificar diferenças comportamentais nos animais: a distância de fuga média dos rebanhos sob uso de homeopatia foi de 0,94 metros e do rebanho convencional foi de 1,94 metros (p=0,04). Houve também uma tendência à maior docilidade nos animais sob uso de homeopatia, onde o escore médio foi de 1,33, e de 1,69 para os que não usavam homeopatia (p=0,08). Uma das possíveis explicações para a diferença encontrada seria que, com o uso de medicamentos homeopáticos na alimentação, o que exige uma menor movimentação para fins tratamentos veterinários e procedimentos dolorosos e de contenção, as interações negativas dos tratadores com os animais seriam reduzidas, evitando assim o estresse dos animais. Houve uma tendência (p=0,13) a haver menos comportamentos negativos dos manejadores que usavam homeopatia do que os que não usavam. Além disso, os medicamentos homeopáticos, apesar de administrados visando o combate de doenças específicas, podem ter agido também no comportamento dos animais. Não houve diferença estatística entre os dois grupos quanto às atitudes dos entrevistados com relação aos animais nem correlação entre as atitudes e os comportamentos dos mesmos. Porém, na análise de conteúdo, algumas opiniões sobre características positivas das vacas tiveram correspondência com comportamentos positivos dos manejadores. A partir destes resultados é possível sugerir que a omeopatia, por sua aplicação menos aversiva e seu efeito terapêutico, em combinação com o comportamento dos manejadores, tenham atuado sobre o bem-estar dos animais reduzindo o estresse, num processo de retroalimentação positiva.
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Diversidade de aves e pequenos mamíferos na lavoura de arroz irrigado

Beltrame, Matheus de Almeida January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-22T18:57:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 228289.pdf: 1746388 bytes, checksum: ec553e11a269ed138c04c94f3d250e7e (MD5)
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Agroflorestas e agentes agroflorestais indígenas no Acre

Bianchini, Paola Cortez January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas / Made available in DSpace on 2012-10-22T21:30:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 241374.pdf: 16131811 bytes, checksum: 178b9e4e20016e4ee96395314a00541c (MD5) / Os Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs) são jovens e adultos de todas as etnias indígenas do estado do Acre escolhidos em suas aldeias, para atuarem na implantação de sistemas agroflorestais e na gestão ambiental e territorial de suas terras indígenas, após receber a formação da Comissão Pró-índio do Acre (CPI/AC). Os AAFIs constituem uma nova categoria social nas TIs. Um dos objetivos do trabalho do AAFI é a segurança alimentar e a autonomia indígena. É objetivo deste trabalho descrever os Sistemas Agroflorestais (SAFs) e os roçados da Terra Indígena Kaxinawá do rio Humaitá (TIRH), analisar a atuação dos AAFI nas aldeias e a relação existente entre a formação dos AAFIs e os SAFs. As metodologias utilizadas em campo foram a observação participante e as entrevistas abertas. Assim, a pesquisa foi realizada com dados primários e dados secundários, a partir da sistematização de relatórios da CPI/AC. Os SAFs na TIRH, foram implantados em quintais, capoeiras e roçado de um ano. Nestes SAFs as espécies foram classificadas quanto à origem e percentual nos sistemas. De maneira geral há predominância de espécies nativas (65%) nos diferentes tipos de sistemas agroflorestais na TIRH. Nos quintais agroflorestais encontrou-se o maior número de plantas exóticas, principalmente laranja, que estão incorporados nos sistemas produtivos e alimentares dos indígenas. As espécies encontradas em maior percentagem nos sistemas agroflorestais são: o açaí touceira (Euterpe oleraceae), a graviola (Anona muricato), a laranja (Citrus aurantium), o abacaxi (Ananas comosus), o patoá (Oenocarpus bataua), a pupunha (Bactris gasipaes), o açaí solteiro (Euterpe precatoria), o maracujá (Passiflora sp.), o buriti (Mauritia flexuosa) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum). Observou-se grande interesse na criação de quelônios na TIRH, alimentados com produtos dos SAFs. Os Agentes Agroflorestais Indígenas são considerados pelas lideranças tradicionais, como mensageiros. Os conhecimentos tradicionais são fundamentais nas ações dos AAFIs, que os confrontam e conjugam aos conhecimentos científicos, ou de "fora", transformando-se no que eles chamam de conhecimento híbrido. Assim, pode-se dizer que os atuais SAFs indígenas são reflexo das ações tradicionais e de outras incorporadas recentemente.
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Perspectivas de produtores de ovinos em Santana do Livramento/RS

Pereira, Lícia de Lima January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-23T00:21:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 245529.pdf: 1742414 bytes, checksum: 703984c63e14872eace5433d12e76516 (MD5) / A ovinocultura é atividade tradicional na Campanha Central do Rio Grande do Sul. O Município de Santana do Livramento tem um rebanho ovino de 400 mil animais e 1.467 produtores. A atividade tem um importante papel socioeconômico e cultural, mas passa por dificuldades para sua sustentação. A maneira de produzir e conduzir a atividade é passada de geração a geração. A questão norteadora deste trabalho é: Como melhorar a atividade da ovinocultura em Santana do Livramento?. Além de caracterizar uma realidade local, este trabalho discute procedimentos de encaminhamento de melhoria da situação. Valorizando procedimentos sistêmicos, o trabalho é desenvolvido com dois grupos de produtores: A) pequenos produtores denominados Pecuaristas Familiares; B) grandes produtores autodenominados Juntos para competir. O grupo A caracteriza-se por propriedades com áreas de terra de 1 a 100 ha, que possuem entre 10 e 110 animais e utilizam mão-de-obra exclusivamente familiar. Todos nesse grupo têm escolaridade dentro do ensino fundamental e residem no campo. Já o grupo B, Juntos para Competirr, caracteriza-se por proprietários de áreas de terra que variam de 600 a 3.000 ha, com rebanho ovino de 400 a 3.000 animais por proprietário, que possuem ensino superior completo e têm empregados. Através de ferramenta participativa - Chuva de idéias - os dois grupos apresentaram aspectos/propostas para melhorar a atividade da ovinocultura. Partindo dessas propostas, o método do Indicador de Solvência de Sistemas de Interesses ISOS foi aplicado para que todos e cada um dos interessados pudessem situar o grau de convergência/divergência entre seus interesses e o interesse mais representativo dos demais interessados. O ISOS revelou-se compreensível e promotor de reflexão entre os interessados. Todavia, a reflexão promovida somente produziu revisão de interesses entre interessados do Grupo A, confirmando o forte conteúdo tradicionalista na orientação do fazer do grande ovinocultor da Campanha Gaúcha. Sheep raising is the traditional activity of Rio Grande do Sul#s Country Region. Santana do Livramento Municipality has an ovine flock of 400 thousands animals and 1.467 producers. The activity has an important socio-economic and cultural role, although is undergoing difficulties of sustaining. The way to produce and conduct the activity is passed from generation to generation. The guide question of this work is: How to improve the sheep raising activity in Santana do Livramento?. This work characterizes a local reality and discusses the procedures towards the improvement of the situation. Appreciating systemically procedures, the work is developed with two groups of producers: A) small farmers called family farmers; B) larger farmers selfcalled Juntos para competir. Group A is characterized by landholding areas about 1 to 100 ha, which has between 10 e 110 animals and uses family workforce exclusively. All the members of this Group have basic education schooling and reside in the Country Region. On the other hand, Group B, Juntos para Competir, is characterized by landholding areas varying from 600 a 3.000 ha, with an ovine flock of 400 a 3.000 animals by each owner, which have a complete superior education, and have employees. Through the participatory tool Brain storm the two Groups presented aspects/proposals to improve the sheep raising activity. Starting from these proposals, The Sustenance System Interests the most representative interest of all the rest of the- interested. The ISOS revealed comprehensive and promoter of reflection between the interested. Still, the promoted reflection only produced interests revision between interested from Group A, confirming the strongest traditionalist content of the bigger sheep farmer orientation task in the Gaúcha Country Region.
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Qualidade e boas práticas de fabricação em um contexto de agroindústrias rurais de pequeno porte

Cruz, Fabiana Thomé da January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-23T03:35:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 241211.pdf: 1590084 bytes, checksum: c9b78ef9403bb74fc08dd2c387db4873 (MD5) / A estratégia de agregação de valor, via agroindustrialização, é apontada como importante meio de geração de renda e de melhoria nas condições de vida das famílias rurais. Há, porém, dificuldades enfrentadas por grande parte dos pequenos empreendimentos rurais frente às exigências da legislação sanitária. Este trabalho buscou levantar as visões dos agricultores familiares sobre qualidade dos alimentos e avaliar em que medida os aspectos mencionados respondem às exigências presentes na legislação sanitária. A pesquisa foi desenvolvida na Associação dos Agricultores Familiares das Encostas da Serra Geral (AGRECO), sediada em Santa Rosa de Lima, Santa Catarina. Os cursos e a implantação de boas práticas de fabricação, que conferiram ao trabalho o caráter de pesquisa-ação, somados às entrevistas com agricultores da Associação, constituíram-se nos principais dados para atingir os objetivos da pesquisa. As motivações pessoais, a satisfação da família e o retorno financeiro promovido pela atividade de agroindustrialização são condições importantes para o envolvimento e dedicação necessários à produção de alimentos de qualidade. A higiene durante todo o processamento dos alimentos foi ressaltada pelos agricultores, que atribuem a qualidade sanitária principalmente ao processo, contrariamente à legislação sanitária, em que os critérios de qualidade estão baseados sobretudo em estrutura e instalações. As visões de qualidade dos agricultores em relação a seus produtos remetem a produtos naturais, à promoção da saúde, ao sabor e à tradição. O acompanhamento da produção e a utilização de métodos participativos para a construção do conhecimento sobre boas práticas de fabricação demonstraram ser ferramentas importantes para melhorias no processamento e para garantia da qualidade dos alimentos. O estudo indica que atividades de capacitação envolvendo a qualidade dos produtos de agroindústrias rurais de pequeno porte devem considerar as motivações dos agricultores, as especificidades do sistema produtivo e as características da agricultura familiar. Tais atividades devem também ser estruturadas de forma a estimular a participação e o envolvimento dos agricultores, com o objetivo de torná-los responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos. Por fim, estudos baseados na qualidade vinculada ao processo produtivo podem representar um importante avanço para o reconhecimento da qualidade sanitária de produtos da agricultura familiar, colaborando para que a agroindustrialização contribua, de fato, para a geração de renda e para melhorias no meio rural. Adding value to farm products by processing, is a strategy to generate income and to improve living standards of rural families. Many small rural processing operations face difficulties due to the requirements of sanitary legislation. This work aims to understand the visions of small farmers concerning food quality and evaluate in what ways these visions coincide with the requirements of sanitary legislation. This research was conducted with the Associação dos Agricultores Familiares das Encostas da Serra Geral (AGRECO), located in Santa Rosa de Lima, Santa Catarina State. The training and implementation of good manufacturing practices, together with farmer interviews, are the main sources of data, conferring a research-action character to the research. It was observed that personal motivation, family satisfaction and financial return promoted by the value-added by processing are important conditions for the involvement and dedication into quality food. The hygiene during all the processing was highlighted by the farmers, who attribute the sanitary quality mainly to the process, as opposed to the sanitary legislation with emphasis on physical structures facilities. The farmers' views of quality regarding their products are linked to agroecology, health promotion, taste, and tradition. Production follow-up and use of participatory methods to build knowledge of manufacturing practices are important tools for improving food processing and to guarantee food quality. This study indicates that the training for improvement of product quality in small rural industries should consider farmer motivations, the specificities of the production system and the characteristics of family farming. Such training should, moreover, be structured to stimulate farmer participation and involvement, making them responsible for the assurance of product quality. Finally, studies based on quality linked to the productive pro can represent an important step to establish the sanitary quality of products of family agriculture, contributing to income generation and improvements in rural areas.
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Sistemas agroflorestais pecuários

Caporal, Daiane Soares January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas / Made available in DSpace on 2012-10-23T15:38:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 244732.pdf: 5453104 bytes, checksum: 246b3a2ae220ec6c0fa01bd82c688af4 (MD5) / Este estudo é fruto de uma demanda de agricultores membros do Grupo do Pasto, em São Bonifácio, SC, relacionada à necessidade de incorporar o elemento arbóreo em áreas de Pastoreio Racional Voisin (PRV). Esta demanda suscitou a possibilidade de discutir a construção participativa de Sistemas Agroflorestais Pecuários (SAFPs), visando a melhoria do bem-estar dos animais e, ao mesmo tempo, o uso e a conservação de espécies nativas da Mata Atlântica. O objetivo deste trabalho é investigar a possibilidade de integração do elemento arbóreo ao sistema de produção pecuária existente nas propriedades familiares de agricultores membros do Grupo do Pasto. Para isso, são analisadas as características socioeconômicas e culturais de 12 famílias de agricultores parceiras deste estudo. É investigado também o conhecimento destes agricultores acerca das espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, buscando identificar possíveis espécies para compor tais sistemas. Este trabalho tem como base o enfoque teórico da Etnobotânica e da Pesquisa Participativa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, apoiada em diversos instrumentos e procedimentos metodológicos, tais como: observação direta; entrevistas com as famílias agricultoras; turnê-guiada e oficina com agricultores. A interpretação dos dados foi realizada de maneira qualitativa, pela busca de padrões que contrastou as informações obtidas através dos diferentes instrumentos metodológicos citados, com dados apontados em um diário de campo, e com gravações e imagens realizadas por aproximadamente 17 meses de trabalho a campo. Os resultados mostram que há possibilidade de construção de tais sistemas nas propriedades familiares estudadas. Primeiro, porque a família, proprietária dos meios de produção, e a principal força de trabalho e de decisão sobre as formas de manejo dos recursos na propriedade, mantém relativa dependência destes recursos, sendo a preservação uma das preocupações apontadas. Ainda, há agricultores jovens, que dirigem as propriedades agrícolas e nela trabalham, muitos dos quais passaram a adotar uma tecnologia alternativa para a atividade pecuária, através do PRV, o que indica a possibilidade de congregar outras tecnologias alternativas. Segundo, porque os agricultores familiares possuem um saber ecológico fundamental de ser incorporado no processo de construção participativa de SAFPs. Foi possível identificar um conjunto de espécies nativas da Mata Atlântica com potencial de uso como recursos florestais madeireiros e não-madeireiros, permitindo a sua reintrodução e conservação em propriedades agrícolas familiares. Como processo, este trabalho permitiu experimentar diferentes tipos de participação, tendo, a Etnobotânica papel primordial para a incorporação do saber relativo às plantas no debate acerca dos SAFPs, o que possibilitou revelar um conhecimento, transmitido através das gerações e compartilhá-lo com o grupo. No que diz respeito aos desenhos de Sistemas Agroflorestais Pecuários, desde a seleção de espécies até a formatação de arranjos para estas espécies, este trabalho mostra que é possível adotar métodos de experimentação e pesquisa participativa nas propriedades dos agricultores do Grupo do Pasto, na medida em que foi possível associar o conhecimento ecológico dos agricultores familiares ao conhecimento produzido pela academia no que diz respeito à SAFPs.

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