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Política e modulações: há vida libertária na internet?

Araújo, Luíza Uehara de 05 June 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:21:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luiza Uehara de Araujo.pdf: 2165115 bytes, checksum: e6859b02cca6b9e5d746a0fcfc4f80ff (MD5) Previous issue date: 2013-06-05 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This work is situated in the transposition of the disciplinary society to the society of control from the emergence of inteligent digital information outflows. It matters to demarcate little wars, dailly struggles that does not seek for a pacification, as Pierre-Joseph Proudhon has shown, in the face of protocolar modulations of the digital information flows and the possible anarchist resistances, questioning the existence of libertarian life in the internet. In this regard, the collaboration software wiki is presented, used by Wikipedia; the knowledge's division in the encyclopedia in portals such as the Portal: Anarchism. The anarchist encyclopedia project had already been done by Sébastien Faure in 1934 and had been written by anarchists from many corners of the planet as a libertarian educational work demarcating a resistance to the government over the life in the disciplinary society. Thus, a wiki conduct is pointed in the digital encyclopedias. Finally, the Anonymous, the cypherpunks and the PirateBay are studied, such as how does their political claims remains in the logic of the reform and the negociation of protocols and its political effects, taken as constitutions of a counterprotocol that destabilises protocols and are quickly captured to maintain its operation. Thus, the upshot of forces in the web is presented, considering the possibilities of an anarchist eruption that could fight an anti-protocol little war in front of the expansion of controls / Este trabalho situa-se na transposição da sociedade disciplinar para a sociedade de controle a partir da emergência de fluxos inteligentes computo-informacionais. Interessa aqui demarcar pequenas guerras, lutas cotidianas que não buscam uma pacificação como mostrou Pierre-Joseph Proudhon, diante das modulações protocolares no fluxo computo-informacional e as possíveis resistências anarquistas, questionando-se se há vida libertária na internet. Para isso, apresenta-se o software colaborativo wiki, utilizado pela Wikipédia; a divisão do conhecimento na enciclopédia em portais sendo um deles o Portal da Anarquia. O projeto de uma enciclopédia anarquista já havia sido realizado por Sébastien Faure em 1934, e foi escrita por anarquistas de vários cantos do planeta enquanto uma obra de educação libertária, e demarcou uma resistência ao governo sobre a vida na sociedade disciplinar. Assim, aponta-se para uma conduta wiki a ser seguida nas enciclopédias digitais. Por fim, estuda-se o Anonymous, os cypherpunks e o PirateBay e quais as suas reivindicações ao permanecerem na lógica da reforma e da negociação de protocolos e seus efeitos políticos enquanto constituição de um contraprotocolo que desestabilizam protocolos e rapidamente são tragados para dar continuidade ao seu funcionamento. Assim, traça-se o embate de forças presente na internet e atenta-se para as possibilidades de uma erupção anarquista que trave uma pequena guerra antiprotocolar diante da expansão de controles
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Política e antipolítica: anarquia contemporânea, revolta e cultura libertária

Júnior, Acácio Augusto Sebastião 13 November 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:21:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Acacio Augusto Sebastiao Junior.pdf: 1898024 bytes, checksum: d6c801c34ba3a505bc65ee9a0f70bfca (MD5) Previous issue date: 2013-11-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Anarchy is a historical practice of confrontation with the established powers, fighting against authority and in opposition to the production of subjectication. Anarchy incites an antipolitics which assures itself by the attitude of revolt. The thesis situates the libertarian culture as a result of the production of the free life that is experienced within the fight as a practice of freedom. One of its points of potency lies in the Stirnerian critical attitude present in the formation of the associations of the unique. However, considering the current context of neoliberal governmentality, and following the analysis made by Michel Foucault, the anti-globalization movement and its inaugural practice of spectacular protests are as technologies of government changing. Among the intense monitoring and communication flows, anarchist practices are captured and incorporated as a way to invigorate the movement. Many of them feed the renewed production of theories and then become metamorphosed into modulations that extend the calls for participation in the society of control. In the agonism of forces they produce counter-spectacles such as the Black Bloc tactics and can be traversed by parresiastic attitudes like the anarchist terrorism from the late 19th century or the Greeks demonstrations from the begging of the 21th century. The fire, arisen, produces and discerns. It cuts through conducts and counter-conducts as an anti-conduct of the libertarian culture including inside the anarchisms. The research emphasized this moving production of freedom and securitizations amid the Greek fire since December 2008 and its aftermath in the contemporary anarchy. It realizes that state terror does not cease, as well terrorisms. Anti-conducts emerge unexpected, imperceptible, minors, as expressions of the libertarian culture taken as revolt / A anarquia é uma prática histórica de confronto com os poderes, luta contra as formas de autoridade e avessa à produção dos assujeitamentos. Provoca a antipolítica que se afirma pela atitude de revolta. A tese situa a cultura libertária como resultante da produção da vida livre que se experimenta na luta como prática de liberdade. Um de seus pontos de potência encontra-se a partir da atitude critica stirneriana pela formação de associações de únicos. Entretanto, no interior do atual quadro da governamentalidade neoliberal, seguindo as análises de Michael Foucault, o movimento antiglobalização e sua inaugural prática de protestos espetaculares, encontra-se, como as tecnologias de governo, em mutação. Em meio aos monitoramentos e os intensos fluxos comunicacionais, as práticas anarquistas são capturadas ou incorporadas como maneira de dinamizar o movimento. Muitas delas alimentam a produção renovada de teorias e se metamorfoseiam em modulações que ampliam as convocações à participação na sociedade de controle. No agonismo das forças, produzem contra-espetáculos, como a tática Black Bloc, e podem ser atravessadas por atitudes parrasiastas, como as do terrorismo anarquista do final do século XIX e dos gregos no começo do século XXI. O fogo, ao sobrevir, produz e discerne. Ele atravessa condutas e contracondutas como a anticonduta da cultura libertária também nos anarquismos. A pesquisa enfatizou essa produção em movimento por liberdades e securitizações, em meio ao fogo grego desde o dezembro de 2008 e seus desdobramentos na anarquia contemporânea. Constata-se que o terror de Estado não cessa, assim como os terrorismos. Anticondutas emergem surpreendentes, imperceptíveis, menores, como expressões da cultura libertária como revolta
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Política e modulações: há vida libertária na internet?

Araújo, Luíza Uehara de 05 June 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:54:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luiza Uehara de Araujo.pdf: 2165115 bytes, checksum: e6859b02cca6b9e5d746a0fcfc4f80ff (MD5) Previous issue date: 2013-06-05 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This work is situated in the transposition of the disciplinary society to the society of control from the emergence of inteligent digital information outflows. It matters to demarcate little wars, dailly struggles that does not seek for a pacification, as Pierre-Joseph Proudhon has shown, in the face of protocolar modulations of the digital information flows and the possible anarchist resistances, questioning the existence of libertarian life in the internet. In this regard, the collaboration software wiki is presented, used by Wikipedia; the knowledge's division in the encyclopedia in portals such as the Portal: Anarchism. The anarchist encyclopedia project had already been done by Sébastien Faure in 1934 and had been written by anarchists from many corners of the planet as a libertarian educational work demarcating a resistance to the government over the life in the disciplinary society. Thus, a wiki conduct is pointed in the digital encyclopedias. Finally, the Anonymous, the cypherpunks and the PirateBay are studied, such as how does their political claims remains in the logic of the reform and the negociation of protocols and its political effects, taken as constitutions of a counterprotocol that destabilises protocols and are quickly captured to maintain its operation. Thus, the upshot of forces in the web is presented, considering the possibilities of an anarchist eruption that could fight an anti-protocol little war in front of the expansion of controls / Este trabalho situa-se na transposição da sociedade disciplinar para a sociedade de controle a partir da emergência de fluxos inteligentes computo-informacionais. Interessa aqui demarcar pequenas guerras, lutas cotidianas que não buscam uma pacificação como mostrou Pierre-Joseph Proudhon, diante das modulações protocolares no fluxo computo-informacional e as possíveis resistências anarquistas, questionando-se se há vida libertária na internet. Para isso, apresenta-se o software colaborativo wiki, utilizado pela Wikipédia; a divisão do conhecimento na enciclopédia em portais sendo um deles o Portal da Anarquia. O projeto de uma enciclopédia anarquista já havia sido realizado por Sébastien Faure em 1934, e foi escrita por anarquistas de vários cantos do planeta enquanto uma obra de educação libertária, e demarcou uma resistência ao governo sobre a vida na sociedade disciplinar. Assim, aponta-se para uma conduta wiki a ser seguida nas enciclopédias digitais. Por fim, estuda-se o Anonymous, os cypherpunks e o PirateBay e quais as suas reivindicações ao permanecerem na lógica da reforma e da negociação de protocolos e seus efeitos políticos enquanto constituição de um contraprotocolo que desestabilizam protocolos e rapidamente são tragados para dar continuidade ao seu funcionamento. Assim, traça-se o embate de forças presente na internet e atenta-se para as possibilidades de uma erupção anarquista que trave uma pequena guerra antiprotocolar diante da expansão de controles
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Política e antipolítica: anarquia contemporânea, revolta e cultura libertária

Sebastião Júnior, Acácio Augusto 13 November 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:54:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Acacio Augusto Sebastiao Junior.pdf: 1898024 bytes, checksum: d6c801c34ba3a505bc65ee9a0f70bfca (MD5) Previous issue date: 2013-11-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Anarchy is a historical practice of confrontation with the established powers, fighting against authority and in opposition to the production of subjectication. Anarchy incites an antipolitics which assures itself by the attitude of revolt. The thesis situates the libertarian culture as a result of the production of the free life that is experienced within the fight as a practice of freedom. One of its points of potency lies in the Stirnerian critical attitude present in the formation of the associations of the unique. However, considering the current context of neoliberal governmentality, and following the analysis made by Michel Foucault, the anti-globalization movement and its inaugural practice of spectacular protests are as technologies of government changing. Among the intense monitoring and communication flows, anarchist practices are captured and incorporated as a way to invigorate the movement. Many of them feed the renewed production of theories and then become metamorphosed into modulations that extend the calls for participation in the society of control. In the agonism of forces they produce counter-spectacles such as the Black Bloc tactics and can be traversed by parresiastic attitudes like the anarchist terrorism from the late 19th century or the Greeks demonstrations from the begging of the 21th century. The fire, arisen, produces and discerns. It cuts through conducts and counter-conducts as an anti-conduct of the libertarian culture including inside the anarchisms. The research emphasized this moving production of freedom and securitizations amid the Greek fire since December 2008 and its aftermath in the contemporary anarchy. It realizes that state terror does not cease, as well terrorisms. Anti-conducts emerge unexpected, imperceptible, minors, as expressions of the libertarian culture taken as revolt / A anarquia é uma prática histórica de confronto com os poderes, luta contra as formas de autoridade e avessa à produção dos assujeitamentos. Provoca a antipolítica que se afirma pela atitude de revolta. A tese situa a cultura libertária como resultante da produção da vida livre que se experimenta na luta como prática de liberdade. Um de seus pontos de potência encontra-se a partir da atitude critica stirneriana pela formação de associações de únicos. Entretanto, no interior do atual quadro da governamentalidade neoliberal, seguindo as análises de Michael Foucault, o movimento antiglobalização e sua inaugural prática de protestos espetaculares, encontra-se, como as tecnologias de governo, em mutação. Em meio aos monitoramentos e os intensos fluxos comunicacionais, as práticas anarquistas são capturadas ou incorporadas como maneira de dinamizar o movimento. Muitas delas alimentam a produção renovada de teorias e se metamorfoseiam em modulações que ampliam as convocações à participação na sociedade de controle. No agonismo das forças, produzem contra-espetáculos, como a tática Black Bloc, e podem ser atravessadas por atitudes parrasiastas, como as do terrorismo anarquista do final do século XIX e dos gregos no começo do século XXI. O fogo, ao sobrevir, produz e discerne. Ele atravessa condutas e contracondutas como a anticonduta da cultura libertária também nos anarquismos. A pesquisa enfatizou essa produção em movimento por liberdades e securitizações, em meio ao fogo grego desde o dezembro de 2008 e seus desdobramentos na anarquia contemporânea. Constata-se que o terror de Estado não cessa, assim como os terrorismos. Anticondutas emergem surpreendentes, imperceptíveis, menores, como expressões da cultura libertária como revolta
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Coquetel Molotov contra o sistema: a construção do arquétipo de um sujeito anarcopunk no documentário Punk Molotov - Rio de Janeiro (1983-1984) / Molotov cocktail against the system: the archetypes construction of anarcho-punk subjectivity in Punk Molotov documentary Rio de Janeiro (1983-1984)

Tokunaga, Larissa Guedes 12 September 2016 (has links)
A presente pesquisa debruçar-se-á sobre o documentário Punk Molotov (1983-1984), dirigido por João Carlos Rodrigues, produção audiovisual que acompanha a expressão musical da banda carioca Coquetel Molotov (1981-1984). Tendo-se como escopo a discussão do modelo de sujeito anarcopunk que tal produção audiovisual constrói em seu enredo, buscar-se-á perquirir como as subjetividades são projetadas pelo diretor, que se apropria intuitivamente de referenciais anarquistas para mostrar a trajetória dos sujeitos no movimento punk da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. A problemática que norteará a investigação pode ser formulada da seguinte forma: como as concepções acerca do visual, musicalidade, esporte e ideologia anarquista desenvolvidas no registro de uma banda punk do Rio de Janeiro podem sinalizar a construção do arquétipo de um sujeito alternativo? Como o processo de formação do sujeito anarcopunk é descrito no bojo do documentário? Tomando-se como referencial o filósofo Félix Guattari e sua teoria sobre a micropolítica, pretende-se questionar em que medida o modelo de sujeito proposto pelo diretor se coaduna a uma valorização da ação direta, microscópica, no cotidiano da contemporaneidade. A interpretação do documento audiovisual ocorrerá por meio do cotejo dos discursos, músicas e imagens nele contidos e parte da teoria desenvolvida por autores pós-estruturalistas. / This research will investigate the Punk Molotov (1983-1984) documentary, directed by João Carlos Rodrigues, audiovisual production about the musical expression of Coquetel Molotov (1981-1984) band. Having as scope to discussion of the anarcho-punk archetype such audiovisual production builds on its plot, will be sought as to assert subjectivities are designed by the director, who intuitively appropriates anarchists referentials to show the trajectory of the subjects on the move Punk north of the city. The issues that will guide the research can be formulated as follows: how conceptions of visual, musicality, sports and anarchist ideology developed in the record of a punk band from Rio de Janeiro may signal the construction of the archetype of an alternative subject? As the process of \"formation\" of the subject is described anarcho-punk in the wake of the documentary? Taking as reference the philosopher Félix Guattari and his theory of micropolitics, we intend to question to what extent the subject model proposed by the director in line with a recovery of direct, microscopic action in the contemporary everyday. The interpretation of audiovisual document will occur through the collation of speeches, music and images contained therein and part of the theory developed by poststructuralist authors.
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Roberto Freire: tesão e anarquia

Simões, Gustavo Ferreira 08 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:20:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gustavo Ferreira Simoes.pdf: 26632165 bytes, checksum: ab38215424bd678db9b9d98e6ea5409e (MD5) Previous issue date: 2011-06-08 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / The emergence of the author function in the 19th century, as pointed out by Michel Foucault, was characterized by the investment in organizing, affiliating and homogenizing the diffusion of discourses from previous centuries. The author signature has risen as an existence entitled with a different status from those that used the word ordinarily at the same time that it was identified as the possible danger to be fought. Considering Foucault s suggestions, I have followed Roberto Freire s writings, with no intent of explaining it, while articulating it with his life experiences since the liberation of DOPS s dungeons, in 1965, a year after the military coup of 1964, until the publication of his last writings in the end of the 20th century. Freire s writings update the exercise of social literature undertaken by some libertarians in the beginning of the 20th century in Brazil. However, his books are not inspired by the thought of the socalled classical anarchists, but by the practices that have emerged with the protests, particularly those connected to customs, triggered by the events of 1968. Freire, dissociating himself from the projects of revolution, began to value, in the 1970s, through his books and life, certain experiences with the body, in the present, associating it to an anarchist sensualization of the existence. The analysis of his journey since 1960 when he was an activist in Ação Popular and through his experiences with The Living Theater, Wilhem Reich and the anarchism in the 1980 and 1990 was possible given the distance he kept from the notion of author. Freire s writings have been developed in movement. Therefore, one cannot impose on it a unity or explanatory restrain. Freire has dangerously sailed with his literature in the late 20th century. The navigation, according to Michel Foucault, was a privileged metaphor to those immersed in an ethical and aesthetical life in the Hellenistic and Roman antiquity. By affirming this navigation, this existence, he moved like a libertarian pilot, like an anarchist pirate / A emergência da função autor , no século XIX, como salientou Michel Foucault, caracterizava-se pelo investimento em organizar, filiar e homogeinizar a dispersão dos discursos oriunda dos séculos anteriores. A assinatura do autor irrompia como existência que possuía um status distinto daqueles que utilizavam a palavra ordinariamente, ao mesmo tempo, em que era identificada como um possível perigo a ser combatido. Seguindo as sugestões de Foucault, observei a escrita de Roberto Freire visando não explicar mas acompanhá-la em seu movimento, articulando-a às experiências da vida de Freire, desde a liberação no porão do DOPS, em 1965, um ano após o golpe militar de 1964, até a publicação de seus últimos escritos no final do século XX. A escritura de Freire atualiza o exercício da literatura social empreendida por certos libertários do início do século XX, no Brasil. Entretanto, seus livros não são animados pela reflexão dos anarquistas considerados clássicos, mas pelas práticas que irromperam com as contestações, sobretudo as ligadas aos costumes, detonadas pelos acontecimentos de 1968. Afastando-se ao longo da vida dos projetos de revolução, Freire passou a valorizar a partir da década de 1970, em seus livros e na vida, certas experiências com o corpo, no presente, associando-as a uma sensualização anarquista da existência. A análise do percurso traçado por ele desde a década de 1960, quando ainda militava na Ação Popular, passando pela descoberta do Living Theater, Wilhem Reich e afirmação do anarquismo nas décadas de 1980 e 1990, foram possíveis precisamente por um afastamento da noção de autor. A escrita de Freire se desenhou em movimento. Portanto, não há como lhe impor uma unidade, um travão explicativo. Freire navegou, junto com sua literatura, durante a segunda metade do século XX, perigosamente. A navegação, segundo Michel Foucault, era metáfora privilegiada para aqueles que se ocupavam com a vida ética e esteticamente na antiguidade helenística e romana. Afirmando essa navegação, a existência, ele deslizou como um piloto libertário, um pirata anarquista
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Roberto Freire: tesão e anarquia

Simões, Gustavo Ferreira 08 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:53:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gustavo Ferreira Simoes.pdf: 26632165 bytes, checksum: ab38215424bd678db9b9d98e6ea5409e (MD5) Previous issue date: 2011-06-08 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / The emergence of the author function in the 19th century, as pointed out by Michel Foucault, was characterized by the investment in organizing, affiliating and homogenizing the diffusion of discourses from previous centuries. The author signature has risen as an existence entitled with a different status from those that used the word ordinarily at the same time that it was identified as the possible danger to be fought. Considering Foucault s suggestions, I have followed Roberto Freire s writings, with no intent of explaining it, while articulating it with his life experiences since the liberation of DOPS s dungeons, in 1965, a year after the military coup of 1964, until the publication of his last writings in the end of the 20th century. Freire s writings update the exercise of social literature undertaken by some libertarians in the beginning of the 20th century in Brazil. However, his books are not inspired by the thought of the socalled classical anarchists, but by the practices that have emerged with the protests, particularly those connected to customs, triggered by the events of 1968. Freire, dissociating himself from the projects of revolution, began to value, in the 1970s, through his books and life, certain experiences with the body, in the present, associating it to an anarchist sensualization of the existence. The analysis of his journey since 1960 when he was an activist in Ação Popular and through his experiences with The Living Theater, Wilhem Reich and the anarchism in the 1980 and 1990 was possible given the distance he kept from the notion of author. Freire s writings have been developed in movement. Therefore, one cannot impose on it a unity or explanatory restrain. Freire has dangerously sailed with his literature in the late 20th century. The navigation, according to Michel Foucault, was a privileged metaphor to those immersed in an ethical and aesthetical life in the Hellenistic and Roman antiquity. By affirming this navigation, this existence, he moved like a libertarian pilot, like an anarchist pirate / A emergência da função autor , no século XIX, como salientou Michel Foucault, caracterizava-se pelo investimento em organizar, filiar e homogeinizar a dispersão dos discursos oriunda dos séculos anteriores. A assinatura do autor irrompia como existência que possuía um status distinto daqueles que utilizavam a palavra ordinariamente, ao mesmo tempo, em que era identificada como um possível perigo a ser combatido. Seguindo as sugestões de Foucault, observei a escrita de Roberto Freire visando não explicar mas acompanhá-la em seu movimento, articulando-a às experiências da vida de Freire, desde a liberação no porão do DOPS, em 1965, um ano após o golpe militar de 1964, até a publicação de seus últimos escritos no final do século XX. A escritura de Freire atualiza o exercício da literatura social empreendida por certos libertários do início do século XX, no Brasil. Entretanto, seus livros não são animados pela reflexão dos anarquistas considerados clássicos, mas pelas práticas que irromperam com as contestações, sobretudo as ligadas aos costumes, detonadas pelos acontecimentos de 1968. Afastando-se ao longo da vida dos projetos de revolução, Freire passou a valorizar a partir da década de 1970, em seus livros e na vida, certas experiências com o corpo, no presente, associando-as a uma sensualização anarquista da existência. A análise do percurso traçado por ele desde a década de 1960, quando ainda militava na Ação Popular, passando pela descoberta do Living Theater, Wilhem Reich e afirmação do anarquismo nas décadas de 1980 e 1990, foram possíveis precisamente por um afastamento da noção de autor. A escrita de Freire se desenhou em movimento. Portanto, não há como lhe impor uma unidade, um travão explicativo. Freire navegou, junto com sua literatura, durante a segunda metade do século XX, perigosamente. A navegação, segundo Michel Foucault, era metáfora privilegiada para aqueles que se ocupavam com a vida ética e esteticamente na antiguidade helenística e romana. Afirmando essa navegação, a existência, ele deslizou como um piloto libertário, um pirata anarquista
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Coquetel Molotov contra o sistema: a construção do arquétipo de um sujeito anarcopunk no documentário Punk Molotov - Rio de Janeiro (1983-1984) / Molotov cocktail against the system: the archetypes construction of anarcho-punk subjectivity in Punk Molotov documentary Rio de Janeiro (1983-1984)

Larissa Guedes Tokunaga 12 September 2016 (has links)
A presente pesquisa debruçar-se-á sobre o documentário Punk Molotov (1983-1984), dirigido por João Carlos Rodrigues, produção audiovisual que acompanha a expressão musical da banda carioca Coquetel Molotov (1981-1984). Tendo-se como escopo a discussão do modelo de sujeito anarcopunk que tal produção audiovisual constrói em seu enredo, buscar-se-á perquirir como as subjetividades são projetadas pelo diretor, que se apropria intuitivamente de referenciais anarquistas para mostrar a trajetória dos sujeitos no movimento punk da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. A problemática que norteará a investigação pode ser formulada da seguinte forma: como as concepções acerca do visual, musicalidade, esporte e ideologia anarquista desenvolvidas no registro de uma banda punk do Rio de Janeiro podem sinalizar a construção do arquétipo de um sujeito alternativo? Como o processo de formação do sujeito anarcopunk é descrito no bojo do documentário? Tomando-se como referencial o filósofo Félix Guattari e sua teoria sobre a micropolítica, pretende-se questionar em que medida o modelo de sujeito proposto pelo diretor se coaduna a uma valorização da ação direta, microscópica, no cotidiano da contemporaneidade. A interpretação do documento audiovisual ocorrerá por meio do cotejo dos discursos, músicas e imagens nele contidos e parte da teoria desenvolvida por autores pós-estruturalistas. / This research will investigate the Punk Molotov (1983-1984) documentary, directed by João Carlos Rodrigues, audiovisual production about the musical expression of Coquetel Molotov (1981-1984) band. Having as scope to discussion of the anarcho-punk archetype such audiovisual production builds on its plot, will be sought as to assert subjectivities are designed by the director, who intuitively appropriates anarchists referentials to show the trajectory of the subjects on the move Punk north of the city. The issues that will guide the research can be formulated as follows: how conceptions of visual, musicality, sports and anarchist ideology developed in the record of a punk band from Rio de Janeiro may signal the construction of the archetype of an alternative subject? As the process of \"formation\" of the subject is described anarcho-punk in the wake of the documentary? Taking as reference the philosopher Félix Guattari and his theory of micropolitics, we intend to question to what extent the subject model proposed by the director in line with a recovery of direct, microscopic action in the contemporary everyday. The interpretation of audiovisual document will occur through the collation of speeches, music and images contained therein and part of the theory developed by poststructuralist authors.
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Anarquismos e governamentalidade

Avelino, Gilvanildo Oliveira 06 August 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:22:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gilvanildo Oliveira Avelino.pdf: 2355229 bytes, checksum: 894b1a10a41195989ffde666e985951a (MD5) Previous issue date: 2008-08-06 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This is an study of the French anarchist's Pierre-Joseph Proudhon reflections (1809 -1865) and of the Italian anarchist Errico Malatesta (1853 -1932) on the government's exercise using an approach of the governmentality studies that tries to demonstrate the existence of a problem "anarchy and governmentality" described as a positioning critical front to the power in which the government's analysis is taken starting from government's practices and in which the politician's intelligibility is analyzed in terms of relationships of force and the government in technology terms. Looks for not only to approximate the anarchical conception of the governmentality studies, but to point the possibility of an origin relationship among the governmentality studies and the anarchy sketched by Proudhon in the century XIX. Demonstrates as the notion of force had for the anarchy a breaking effect with the classic interpretations of the theory of the sovereignty right and with his operation in the political rationality of the century XVII and in the socialisms of the centuries XIX and XX. Retakes the inaugural configuration given by Proudhon in that it analyzes the government starting from the exercise of the government power, showing as his reflection took as larger problem, in the second half of the century XIX, the one of turning evident the rationality of the power and the practices of the authority beginning crystallized in domains of objects of the political economy. Retakes the reflection of Malatesta and the problem of the dominance, of the organization and of the government and affirms the need to move away his conception about the conceptions liberal's dominance and Marxist, noticing as, for Malatesta, the problem put in the end of the century XIX and beginning of the century XX was it of the beginning of the organization and of their connections with the dominance. It proposes another physiognomy to the revolution in the anarchism out of the model of the French Revolution. It approaches a dimension agonic in the anarchism that always does an activity of the government dangerous through which reverse-values some themes of the debate. It studies the propaganda by the deed, they evolution for the anarco-terrorism and the elaboration of Malatesta about the uses of the violence and his opposition to the terror as principle. It treats of the labor movement and of the syndicalism proposing the pauperism as reality on which rests the political subversion and the anarchy as tension element that impels the labor movement for the revolution. It retakes the problem of the fascism as inseparable to the problem of the First War, approaching the controversy that put in opposed fields Kropotkin and Malatesta. Studies the phenomenon of the fascism through the indistinguishable critic, of the analytical point of view, that Malatesta accomplished of the democracy and of the dictatorship, with which rejected the liberal strategy of checking assertiveness to the right State, it denounced in the dictatorship the effectiveness in waking up democracy desires, and he saw in the democracy the element that turned it more dangerous and more liberticidal than the dictatorship: it continues it capacity of strategic renewal of the authority beginning / Estudo das reflexões do anarquista francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) e do anarquista italiano Errico Malatesta (1853-1932) sobre o exercício do governo utilizando uma abordagem dos estudos em governamentalidade que procura demonstrar a existência de uma problemática anarquia e governamentalidade descrita como um posicionamento crítico frente ao poder no qual a análise do governo é tomada a partir das práticas de governo e no qual a inteligibilidade do político é analisada em termos de relações de força e o governo em termos de tecnologia. Busca não somente aproximar a concepção anárquica dos estudos em governamentalidade, mas apontar a possibilidade de uma relação de procedência entre os estudos em governamentalidade e a anarquia esboçada por Proudhon no século XIX. Demonstra como a noção de força teve para a anarquia um efeito de rompimento com as interpretações clássicas da teoria do direito de soberania e com o seu funcionamento na racionalidade política do século XVII e nos socialismos dos séculos XIX e XX. Retoma a configuração inaugural dada por Proudhon em que analisa o governo a partir do exercício do poder governamental, mostrando como sua reflexão tomou como problema maior, na segunda metade do século XIX, o de tornar evidente a racionalidade do poder e as práticas do princípio de autoridade cristalizados em domínios de objetos da economia política. Retoma a reflexão de Malatesta e o problema da dominação, da organização e do governo e afirma a necessidade de afastar sua concepção sobre a dominação das concepções liberal e marxista, percebendo como, para Malatesta, o problema colocado no final do século XIX e começo do século XX foi o do princípio da organização e de suas conexões com a dominação. Propõe uma outra fisionomia à revolução no anarquismo fora do modelo da Revolução Francesa. Aborda uma dimensão agônica no anarquismo, que faz do governo uma atividade sempre perigosa por meio da qual re-valoriza alguns temas do debate. Estuda a propaganda pelo fato, sua evolução para o anarco-terrorismo e a elaboração de Malatesta sobre os usos da violência e sua oposição ao terror como princípio. Trata do movimento operário e do sindicalismo, propondo o pauperismo como realidade sobre a qual repousa a subversão política e a anarquia como elemento de tensão que impulsiona o movimento operário para a revolução. Retoma o problema do fascismo como indissociável ao problema da Primeira Guerra, abordando a polêmica que colocou em campos opostos Kropotkin e Malatesta. Estuda o fenômeno do fascismo através da crítica indistinta, do ponto de vista analítico, que Malatesta realizou da democracia e da ditadura, com a qual rejeitou a estratégia liberal de conferir positividade ao Estado de direito, denunciou na ditadura a eficácia em despertar desejos de democracia, e viu na democracia o elemento que a tornava mais perigosa e mais liberticida que a ditadura: a contínua capacidade de renovação estratégica do princípio de autoridade
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Anarquismos e governamentalidade

Avelino, Gilvanildo Oliveira 06 August 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gilvanildo Oliveira Avelino.pdf: 2355229 bytes, checksum: 894b1a10a41195989ffde666e985951a (MD5) Previous issue date: 2008-08-06 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This is an study of the French anarchist's Pierre-Joseph Proudhon reflections (1809 -1865) and of the Italian anarchist Errico Malatesta (1853 -1932) on the government's exercise using an approach of the governmentality studies that tries to demonstrate the existence of a problem "anarchy and governmentality" described as a positioning critical front to the power in which the government's analysis is taken starting from government's practices and in which the politician's intelligibility is analyzed in terms of relationships of force and the government in technology terms. Looks for not only to approximate the anarchical conception of the governmentality studies, but to point the possibility of an origin relationship among the governmentality studies and the anarchy sketched by Proudhon in the century XIX. Demonstrates as the notion of force had for the anarchy a breaking effect with the classic interpretations of the theory of the sovereignty right and with his operation in the political rationality of the century XVII and in the socialisms of the centuries XIX and XX. Retakes the inaugural configuration given by Proudhon in that it analyzes the government starting from the exercise of the government power, showing as his reflection took as larger problem, in the second half of the century XIX, the one of turning evident the rationality of the power and the practices of the authority beginning crystallized in domains of objects of the political economy. Retakes the reflection of Malatesta and the problem of the dominance, of the organization and of the government and affirms the need to move away his conception about the conceptions liberal's dominance and Marxist, noticing as, for Malatesta, the problem put in the end of the century XIX and beginning of the century XX was it of the beginning of the organization and of their connections with the dominance. It proposes another physiognomy to the revolution in the anarchism out of the model of the French Revolution. It approaches a dimension agonic in the anarchism that always does an activity of the government dangerous through which reverse-values some themes of the debate. It studies the propaganda by the deed, they evolution for the anarco-terrorism and the elaboration of Malatesta about the uses of the violence and his opposition to the terror as principle. It treats of the labor movement and of the syndicalism proposing the pauperism as reality on which rests the political subversion and the anarchy as tension element that impels the labor movement for the revolution. It retakes the problem of the fascism as inseparable to the problem of the First War, approaching the controversy that put in opposed fields Kropotkin and Malatesta. Studies the phenomenon of the fascism through the indistinguishable critic, of the analytical point of view, that Malatesta accomplished of the democracy and of the dictatorship, with which rejected the liberal strategy of checking assertiveness to the right State, it denounced in the dictatorship the effectiveness in waking up democracy desires, and he saw in the democracy the element that turned it more dangerous and more liberticidal than the dictatorship: it continues it capacity of strategic renewal of the authority beginning / Estudo das reflexões do anarquista francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) e do anarquista italiano Errico Malatesta (1853-1932) sobre o exercício do governo utilizando uma abordagem dos estudos em governamentalidade que procura demonstrar a existência de uma problemática anarquia e governamentalidade descrita como um posicionamento crítico frente ao poder no qual a análise do governo é tomada a partir das práticas de governo e no qual a inteligibilidade do político é analisada em termos de relações de força e o governo em termos de tecnologia. Busca não somente aproximar a concepção anárquica dos estudos em governamentalidade, mas apontar a possibilidade de uma relação de procedência entre os estudos em governamentalidade e a anarquia esboçada por Proudhon no século XIX. Demonstra como a noção de força teve para a anarquia um efeito de rompimento com as interpretações clássicas da teoria do direito de soberania e com o seu funcionamento na racionalidade política do século XVII e nos socialismos dos séculos XIX e XX. Retoma a configuração inaugural dada por Proudhon em que analisa o governo a partir do exercício do poder governamental, mostrando como sua reflexão tomou como problema maior, na segunda metade do século XIX, o de tornar evidente a racionalidade do poder e as práticas do princípio de autoridade cristalizados em domínios de objetos da economia política. Retoma a reflexão de Malatesta e o problema da dominação, da organização e do governo e afirma a necessidade de afastar sua concepção sobre a dominação das concepções liberal e marxista, percebendo como, para Malatesta, o problema colocado no final do século XIX e começo do século XX foi o do princípio da organização e de suas conexões com a dominação. Propõe uma outra fisionomia à revolução no anarquismo fora do modelo da Revolução Francesa. Aborda uma dimensão agônica no anarquismo, que faz do governo uma atividade sempre perigosa por meio da qual re-valoriza alguns temas do debate. Estuda a propaganda pelo fato, sua evolução para o anarco-terrorismo e a elaboração de Malatesta sobre os usos da violência e sua oposição ao terror como princípio. Trata do movimento operário e do sindicalismo, propondo o pauperismo como realidade sobre a qual repousa a subversão política e a anarquia como elemento de tensão que impulsiona o movimento operário para a revolução. Retoma o problema do fascismo como indissociável ao problema da Primeira Guerra, abordando a polêmica que colocou em campos opostos Kropotkin e Malatesta. Estuda o fenômeno do fascismo através da crítica indistinta, do ponto de vista analítico, que Malatesta realizou da democracia e da ditadura, com a qual rejeitou a estratégia liberal de conferir positividade ao Estado de direito, denunciou na ditadura a eficácia em despertar desejos de democracia, e viu na democracia o elemento que a tornava mais perigosa e mais liberticida que a ditadura: a contínua capacidade de renovação estratégica do princípio de autoridade

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