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A educação e a luta no Araguaia (Mato Grosso) / Education and the struggle in the Araguaia (Mato Grosso)Oliveira, Meire Rose dos Anjos 27 January 2016 (has links)
O presente estudo buscou compreender a relação entre a educação e as lutas desenvolvidas no Araguaia como instrumentos para constituição de poder popular e uma tentativa de elaboração de um modelo educacional popular para a região. Ou seja, uma educação voltada para as características locais a partir de dois projetos, o Inajá, curso de formação em nível médio para professores não habilitados, e as Licenciaturas Plenas Parceladas, formação em nível superior. O Norte-Araguaia se localiza no Leste matogrossense, limitando-se com Goiás, Tocantins e Pará. É uma região de diversos acontecimentos culturais, educacionais e políticos. Na segunda metade do século XX tornou-se polo atrativo para migrantes de algumas áreas brasileiras, sobretudo do Nordeste e do Sul do país. Na época, eram migrantes à procura de terras e oportunidades frutíferas de vida. No processo migratório os indígenas acabam por perder seu território para os posseiros e, logo depois, para as grandes empresas agropecuárias. É, também, por esta razão que o Araguaia viveu um processo intenso de ebulição política e busca de direitos; ainda hoje, há conflitos entre indígenas, posseiros e latifundiários por causa de interesses diferentes do uso da terra e de como se desenvolvem as relações de trabalho. Para a análise delimitamos um período de tempo que vai desde a origem do Inajá ao último ano das primeiras duas turmas das Parceladas, ou seja, de 1987 a 2002. Para compreender o anseio do povo do Araguaia por um processo educacional que valorizasse a história e as relações constituídas, partimos do entendimento de conceitos importantes, como região, migração, territorialidades, educação e poder. Verificamos que os dois projetos se transformaram em instrumentos para o fortalecimento do povo, uma vez que formavam professores a partir da vivência das escolas, do campo e da cidade, e da comunidade onde estavam inseridos. Apesar das experiências estarem localizadas em um período da história do Araguaia, elas ainda ressoam nos encontros e discussões educacionais, o que leva à possibilidade de construções, que talvez não sejam subversivas à ordem estabelecida, mas, ao menos formem cidadãos críticos e que reconheçam qual é a intenção do modelo educacional instituído no estado e no país / This study aims to investigate the relationship between education and the struggles developed at the Araguaia as tools for the constitution of a popular power and an attempt to draw up a popular educational model for the region. That is, an education conducted for the local characteristics from two projects, Inajá, mid-level training course for teachers not qualified and the Undergraduate Plenas Parceled, training at the college level. The North Araguaia is located in the eastern of Mato Grosso limiting with Goiás, Tocantins and Pará. It is a region of diverse cultural events, educational and political. In the second half of the twentieth century it has become attractive hub for migrants from some Brazilian areas, particularly northeast and south of the country. At the time, were migrants demand for land and chances of fruitful life. In the migration process, the indigenous eventually lose their territory to settlers and soon after for big agribusiness companies. It is also for this reason that the Araguaia lived an intense process of political boiling and rights search, even today, there are conflicts between indigenous, squatters and landowners because of different interests in land use and how has developed the work relation. For the analysis it was defined a period of time ranging since the origin of the Inajá to the last year of the first two classes of Parceled, that is, from 1987 to 2002. To understand the yearning of the Araguaia people in search of an educational process that valued the history and established relationships we start from the understanding of important concepts such as region, migration, territoriality, education and power. We verified that both projects became instruments for the strengthening of people, once they have formed teachers since the experience from schools, the countryside and the city, and the community where they were inserted. Although that experiences are located in a period of history do Araguaia, they still resonate in the meetings and educational discussions, that leads to the possibility of constructions, which perhaps aren\'t subversive to the established order, but at least form critical citizens and that they can recognize what is the intention of the educational model established in the state and in the country
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A educação e a luta no Araguaia (Mato Grosso) / Education and the struggle in the Araguaia (Mato Grosso)Meire Rose dos Anjos Oliveira 27 January 2016 (has links)
O presente estudo buscou compreender a relação entre a educação e as lutas desenvolvidas no Araguaia como instrumentos para constituição de poder popular e uma tentativa de elaboração de um modelo educacional popular para a região. Ou seja, uma educação voltada para as características locais a partir de dois projetos, o Inajá, curso de formação em nível médio para professores não habilitados, e as Licenciaturas Plenas Parceladas, formação em nível superior. O Norte-Araguaia se localiza no Leste matogrossense, limitando-se com Goiás, Tocantins e Pará. É uma região de diversos acontecimentos culturais, educacionais e políticos. Na segunda metade do século XX tornou-se polo atrativo para migrantes de algumas áreas brasileiras, sobretudo do Nordeste e do Sul do país. Na época, eram migrantes à procura de terras e oportunidades frutíferas de vida. No processo migratório os indígenas acabam por perder seu território para os posseiros e, logo depois, para as grandes empresas agropecuárias. É, também, por esta razão que o Araguaia viveu um processo intenso de ebulição política e busca de direitos; ainda hoje, há conflitos entre indígenas, posseiros e latifundiários por causa de interesses diferentes do uso da terra e de como se desenvolvem as relações de trabalho. Para a análise delimitamos um período de tempo que vai desde a origem do Inajá ao último ano das primeiras duas turmas das Parceladas, ou seja, de 1987 a 2002. Para compreender o anseio do povo do Araguaia por um processo educacional que valorizasse a história e as relações constituídas, partimos do entendimento de conceitos importantes, como região, migração, territorialidades, educação e poder. Verificamos que os dois projetos se transformaram em instrumentos para o fortalecimento do povo, uma vez que formavam professores a partir da vivência das escolas, do campo e da cidade, e da comunidade onde estavam inseridos. Apesar das experiências estarem localizadas em um período da história do Araguaia, elas ainda ressoam nos encontros e discussões educacionais, o que leva à possibilidade de construções, que talvez não sejam subversivas à ordem estabelecida, mas, ao menos formem cidadãos críticos e que reconheçam qual é a intenção do modelo educacional instituído no estado e no país / This study aims to investigate the relationship between education and the struggles developed at the Araguaia as tools for the constitution of a popular power and an attempt to draw up a popular educational model for the region. That is, an education conducted for the local characteristics from two projects, Inajá, mid-level training course for teachers not qualified and the Undergraduate Plenas Parceled, training at the college level. The North Araguaia is located in the eastern of Mato Grosso limiting with Goiás, Tocantins and Pará. It is a region of diverse cultural events, educational and political. In the second half of the twentieth century it has become attractive hub for migrants from some Brazilian areas, particularly northeast and south of the country. At the time, were migrants demand for land and chances of fruitful life. In the migration process, the indigenous eventually lose their territory to settlers and soon after for big agribusiness companies. It is also for this reason that the Araguaia lived an intense process of political boiling and rights search, even today, there are conflicts between indigenous, squatters and landowners because of different interests in land use and how has developed the work relation. For the analysis it was defined a period of time ranging since the origin of the Inajá to the last year of the first two classes of Parceled, that is, from 1987 to 2002. To understand the yearning of the Araguaia people in search of an educational process that valued the history and established relationships we start from the understanding of important concepts such as region, migration, territoriality, education and power. We verified that both projects became instruments for the strengthening of people, once they have formed teachers since the experience from schools, the countryside and the city, and the community where they were inserted. Although that experiences are located in a period of history do Araguaia, they still resonate in the meetings and educational discussions, that leads to the possibility of constructions, which perhaps aren\'t subversive to the established order, but at least form critical citizens and that they can recognize what is the intention of the educational model established in the state and in the country
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Análise das condições de sustentabilidade da produção agropecuária em dois assentamentos rurais de Conceição do Araguaia – ParáArraz, Rafael Miranda 12 1900 (has links)
Submitted by FERNANDA DA SILVA VON PORSTER (fdsvporster@univates.br) on 2016-07-26T19:16:00Z
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Previous issue date: 2016-07 / O modo de vida dos produtores de Assentamentos da Reforma Agrária em relação ao desenvolvimento rural no campo, como é o caso das Unidades Familiares de Produção (UFP) do município de Conceição do Araguaia/Pará, são reflexos diretos das condições de sustentabilidade. Este trabalho teve como objetivo analisar as condições de sustentabilidade nos assentamentos rurais Pe. Josimo Tavares e Canarana no município de Conceição do Araguaia/Pará. O método é exploratório, com abordagem qualitativa e de coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas, levantamento bibliográfico, diários de campo, gravações e registros fotográficos, os quais foram analisados considerando as três dimensões da sustentabilidade (Ambiental, Econômica e Sociocultural). Foram utilizados os atributos da sustentabilidade: produtividade, entendida como a eficiência do sistema produtivo, estabilidade, verificando a fragilidade das UFP e a resiliência como o entendimento do equilíbrio do sistema. Na dimensão ambiental, atributo produtividade, constatou-se que os produtores familiares não realizam práticas conservacionistas. O atributo estabilidade indica que os assentados não respeitam a destinação legal dos espaços de APP e RL. No atributo resiliência, o indicador diversificação da produção demonstra que é reduzida e limitada ao plantio de mandioca e da criação de bovinos. Na dimensão econômica o atributo produtividade indica que em oito das dez propriedades não se faz uso de atividades mais sustentáveis para minimização dos impactos ambientais. No atributo estabilidade, o indicador alternativas econômicas demostra que os produtores são reféns dos atravessadores para venda de seus produtos e que a maioria dos assentados só consegue se manter nas UFP com a obtenção de uma renda extra. No atributo resiliência, o indicador tecnologias produtivas aponta para uma falta de assistência técnica e da utilização pela maioria dos produtores de insumos quimícos como o agrotóxico. Na dimensão sociocultural, atributo produtividade, identificou-se que todos produtores tem participação comunitária em atividades como as de suas associações, cooperativas entre outras. No atributo estabilidade, o indicador qualidade de vida apontou que o atendimento à saúde é inexistente, que a alimentação é satisfatória, mas que o lazer é pouco aproveitado pela maioria dos produtores. O atributo resiliência, por meio do indicador capacitação, aponta que a participação em cursos de aperfeiçoamento somente foi identificada em duas UFP. O acesso à informação pelos produtores se reduz à Tv e rádio. Constata-se, por fim, que a sustentabilidade nos assentamentos analisados é fragilizada e de difícil obtenção. / The livelihoods of producers settlements of Agrarian Reform in relation to rural development in the field, as is the case of the Family Units of production (PFU) the municipality of the Conceição do Araguaia/PA, they are direct reflections of the sustainability conditions. This study aimed to analyze the sustainability conditions in rural settlements Pe. Josimo Tavares and Canarana in the municipality of Conceição do Araguaia / Para. The method is exploratory, with approach qualitative and data collection through semi-structured interviews, revision the literature, field journals, recordings and photographic records, which were analyzed considering the three dimensions of sustainability (Environmental, Economic and Sociocultural). The attributes of sustainability were used: Productivity, defined as the efficiency of the productive system, stability by checking the fragility of UFP and resilience as the understanding of the system equilibrium. In the environmental dimension, productivity attribute, it was found that family farmers do not hold conservationists practice. The stability attribute indicates that the settlers do not respect the legal legislation of APP and RL spaces. The resilience attribute , the diversification indicator of production shows which is reduced and planting cassava and cattle. In the economic dimension, the attribute of productivity, indicates that in eight of the ten properties does not make use of more sustainable activities to minimize environmental impacts. The attribute stability the alternative economic indicator demonstrates that producers are hostages of middlemen to sell its products the most settlers only manage to stay on UFP when obtain an extra income. The attribute of resilience, on indicator the productive technologies, points to a lack of technical assistance and the use by most producers chemical inputs such as pesticides. The sociocultural dimension, on productivity attribute, it was identified that all producers It has a community participation in activities such as their associations, cooperative among thers. The attribute of stability, by indicator on quality of life, pointed out that the health service is non-existent, alimentation is satisfactory, but that leisure is little advantage by most producers. The resilience attribute, through the training indicator, points out that participation in training courses they have only been identified in two UFP. Access to information by producers are reduced to TV and radio. It is noted, finally, that sustainability in the settlements analyzed it's fragile and difficult to obtain.
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Migração e configuração das territorialidades no Vale do Araguaia - MT / Migration and configuration of territorialities in the Araguaia Valley. - MTQuinquiolo, Livia 23 June 2016 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-12-01T18:37:45Z
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Previous issue date: 2016-06-23 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Esta pesquisa buscou analisar a existência de territorialidades formadas durante os fluxos migratórios desde a década de 1940 no Vale do Araguaia, localizado no estado do Mato Grosso. O conceito de territorialidades explica que eles são formados a partir das relações de poder, da maneira que o indivíduo se apropria ou domina determinado espaço. A apropriação trata-se da simbologia, identidade e cultura inserida no local por seus habitantes, enquanto que a dominação refere-se ao modo como os atores sociais utilizam o território, de um ponto de vista econômico. Essas relações de poderes acabam por produzir identidades, que podem ser temporárias ou permanentes. Outro conceito destacado nesta pesquisa foi o entrelaçamento entre a migração e a formação de redes, pois o processo migratório para o Araguaia teve grande influência das redes familiares e contatos pessoais, que acabam por fornecer informações seguras sobre o local de destino. As redes também se destacaram pois formaram uma divisão cronológica e identitária dos fluxos migratórios, o que acabou gerando as territorialidades. O Araguaia também é conhecido por Vale dos Esquecidos devido aos seus problemas socioeconômicos como: conflitos fundiários e desigualdades regionais. A região é dividida em três sub-regiões o Alto, 0 Médio e o Baixo Araguaia, sendo que o Alto concentra os migrantes sulistas e apresenta os maiores índices de desenvolvimento e também a produção agrícola da região, 0 Médio concentra os migrantes do Sudeste e Centro-Oeste e a produção pecuária e o Baixo concentra os migrantes do nordeste e norte do país e os maiores índices de desigualdades e problemas relacionados a conflitos. A pesquisa pode ser caracterizada por explicativa-descritiva, com relação a abordagem do problema foi de natureza qualitativa e quantitativa. Quanto aos procedimentos metodológicos para a realização do estudo foi escolhido o município de Barra do Garças, por ter sido a base da colonização do Vale do Araguaia e pela maior diversidade de grupos de migrantes. A coleta de dados foi realizada a partir da narrativa de entrevistas em profundidade, que aproxima-se de uma conversa com os entrevistados, onde foi questionado aos migrantes sua história de vida referente a migração para o Araguaia. A amostra da pesquisa foi escolhida por seleção racional, ou seja, a partir dos objetivos e a hipótese da pesquisa. A população entrevistada caracterizou-se por migrantes idosos, das cinco regiões do Brasil sendo um total de trinta e cinco entrevistados. Os dados foram analisados a partir do software Alceste que realiza uma análise de discurso estatística através da distribuição das formas lexicais. Para a análise do estudo levou-se em consideração as dimensões socioeconômicas e socioeculturais. Conclui-se que ainda existem territorialides no Araraguaia, que são principalmente aquelas relacionados à atividade econômica. A partir da análise as características dos grupos de migrantes foi de que que quanto maior o capital social: as regras, normas, solidariedade e o sentimento de pertencimento desenvolvido por determinado grupo, maior será a tendência a formação de territorialidades, ainda que temporários, em um determinado espaço. / The concept of territorialities explains that they are formed from the power relations, the way that the individual appropriates or dominates certain space. The appropriation it is the symbolism, identity and culture inserted in place for its inhabitants, while the domination refers to how social actors use the territory, from an economic point of view. These power relations end up producing identities, which can be temporary or permanent. Another concept highlighted in this research was the intertwining of migration and the formation of networks in this process since the migration process for the Araguaia had great influence of family and personal contacts networks, which ultimately provide reliable information about the destination. Networks were also important because formed a chronological division and identity of migratory flows, which has generated the territorialities. The Araguaia is also known as Valley of the Forgotten because of their socio-economic problems such as land disputes and regional inequalities. The region is divided into three sub-regions Upper, Middle and Lower Araguaia. The Upper Araguaia presents a high concentration of southerners migrants and has the highest development indexes and also the agricultural production in the region, the Middle concentrates migrants from Southeast and Midwest and livestock production and Lower focuses northeast migrants and north of the country and the highest rates of inequality and problems related to conflicts. The research may be characterized by explanatory descriptive, regarding the problem of approach was qualitative and quantitative. Regarding the methodological procedures for the study was the city of Barra do Garças chosen because it was the basis for the colonization of the Araguaia Valley and the greater diversity of migrant groups. The Data collection was conducted from in-depth interviews narrative, approaching a conversation with respondents, which was asked to migrants your life story regarding coming to the Araguaia, from the narratives the questions are direcionadosbaseados with the research objectives. The survey sample was chosen by rational selection, based on the objectives and hypothesis of the research. The population interviewed was characterized by elderly migrants, from the five regions of Brazil with a total of 35 people. The data were analyzed using the software ALCESTE which performs a statistical analysis of speech through the lexical forms of the distribution. For the analysis of the study took into account the socioeconomic and socioeculturais dimensions. It was concluded that there are still territorialides in Araraguaia, which are mainly those related to economic activity. From the analysis of the characteristics of migrant groups was that the greater the social capital: rules, standards, solidarity and a sense of belonging developed by certain group, the greater the tendency to formation of territoriality, albeit temporary, in a given space.
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De frente para o passado: anistia política e reparação dos militantes da Guerrilha do AraguaiaSimoni, Mariana Yokoya 25 February 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade Brasília, Instituto de Ciências Sociais, 2012. / Submitted by Gabriela Botelho (gabrielabotelho@bce.unb.br) on 2012-07-11T17:25:25Z
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2012_MarianaYokoyaSimoni.pdf: 18375682 bytes, checksum: e0cd633559dd5caf4bba7ce04e46ea58 (MD5) / A anistia política brasileira de 1979 e os programas de reparação referentes às violações de direitos humanos no período entre 1946 e 1988 são duas temáticas controversas no seio da academia e da sociedade brasileira. O presente estudo enfoca-se nos processos de anistia política de militantes que participaram da chamada “Guerrilha do Araguaia” para buscar melhor compreender a memória e os sentidos de anistia política e de reparação que permeiam esses documentos. Com base em 50 processos de anistia, concluídos entre 2001 e 2011, no âmbito da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, desenvolve-se uma análise sobre a memória da guerrilha do Araguaia e sobre as mudanças de significado da anistia política de 1979. Essas discussões são de grande importância para se compreender o processo reparatório brasileiro e as múltiplas dimensões nele implicadas, como a reparação econômica, a moral e a histórica. O estudo conclui que houve transformações no sentido de anistia política e de reparação ao longo da transição política brasileira. Essas transformações ocorreram no sentido de incorporar conceitos do campo de estudo da “justiça de transição” e dos direitos humanos, que passaram a conviver com os referenciais clássicos de anistia política no Brasil. Essa aproximação entre campos conceituais diferentes permitiu não somente complementar noções pretéritas, mas também colocar novos desafios na agenda de transição brasileira. _________________________________________________________________________ ABSTRACT / Brazilian political amnesty of 1979 and the reparation programs concerned human rights’ violations between the years of 1946 and 1988 are two controversial topics in the academy and in the Brazilian society. This study focuses on the political amnesty of militants that participated in the so-called “Guerrilha do Araguaia” (1966-1975). The objective is to understand the memory and the meanings of political amnesty and reparations that underlies these documents. Based on 50 processes of amnesty, finished between 2001 and 2011, in the Brazilian Amnesty Commission, the study develops an analysis on the memory of the “Guerrilha do Araguaia” and on the changes of meaning of the 1979’s political amnesty. These discussions are of great importance in order to understand the Brazilian reparatory process and the various dimensions involved in it – such as economic, moral and historic reparation. The study concludes that there have being some transformations in the meaning of political amnesty and reparation in the course of Brazilian political transition. These transformations are signaling to the incorporation of concepts from the field of “transitional justice” and human rights. Such concepts are coexisting with traditional references of political amnesty in Brazil. This approximation between two different conceptual fields allowed not only to complement past notions, but also to put new challenges in the Brazilian transitional agenda.
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O “mito” da destruição total de documentos : um estudo dos arquivos relacionados à Guerrilha do Araguaia à luz de princípios e noções arquivísticasCarvalhêdo, Shirley do Prado January 2012 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-10-01T14:15:00Z
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2012_ShirleydoPradoCarvalhedo.pdf: 3298937 bytes, checksum: 3692290b403ef81d84983f4493d70cd0 (MD5) / A partir de 2004, a imprensa brasileira intensificou a produção de reportagens a respeito da possível existência de documentos arquivísticos relacionados à guerri-lha do Araguaia (1972-1975), movimento armado promovido pelo Partido Comu-nista do Brasil contra o Regime Militar (1964-1985), contrariando o discurso oficial então esposado, segundo o qual todos os documentos teriam sido destruídos há tempos: trata-se da tese da destruição total. No presente trabalho, essa tese será examinada à luz de princípios e noções arquivísticas, especialmente os de fundo e de proveniência. O exame da questão, com base nesses princípios e noções, revelou a existência de noção arquivística, “a ramificação”, definição preliminar que será proposta ao longo deste trabalho. Na perspectiva referencial de Muller, Feith e Fruin; Jenkinson; Casanova; Schellenberg; Duchein; Lodolini; Nesmith; Cook e Duranti, as seguintes indagações foram postuladas para nortear a presen-te pesquisa: Os conceitos de fundo e de proveniência contribuiriam para o enten-dimento do fluxo, logo para o mapeamento, dos documentos de arquivo relaciona-dos à Guerrilha do Araguaia? A tese da destruição total dos documentos arquivís-ticos relacionados a determinado evento histórico é sustentável? Se a resposta for negativa, por que é insustentável? A noção arquivística de ramificação dos docu-mentos de arquivo poderia explicar a insustentabilidade de tal tese? A pesquisa realizada foi qualitativa, descritiva e explicativa. Os procedimentos metodológicos adotados foram o levantamento bibliográfico e o documental. Foi verificado o conteúdo dos documentos arquivísticos localizados nos fundos das instituições vi-sitadas e dos questionários respondidos por seus funcionários. A identificação de bibliografias, cujos temas centrais focalizavam a Guerrilha do Araguaia, possibi-litou o mapeamento das instituições participantes da eliminação daquele movi-mento. Foram aí incluídas muitas daquelas tradicionalmente consideradas alheias ao universo das instituições de repressão, conjunto esse ampliado a partir das re-flexões do Grupo de Trabalho da Unesco sobre os arquivos de regimes repressi-vos. Esse mapeamento contribuiu para desvelar a complexa teia de relações inter e transinstitucionais desenvolvidas sob a tutela de missão única e abrangente: o desmantelamento da Guerrilha do Araguaia. Atrelados a essa missão, os fundos das instituições de Estado passavam a comunicar-se entre si (embora não se misturassem), estabelecendo um elo entre eles aqui denominado de ramificação. Essa noção de ramificação serviu de apoio para demonstrar a impossibilidade de destruição, de maneira completa e absoluta, de todos os documentos arquivís-ticos relacionados a um evento histórico – neste caso, os documentos arquivís-ticos da Guerrilha do Araguaia. Os resultados ora apresentados, portanto, contra-riam as afirmações de que inexistem, nos dias de hoje, documentos arquivísticos relacionados àquele evento histórico. A pesquisa realizada aponta, igualmente, para a necessidade de redefinir o próprio conceito de arquivos de repressão e de realizar mudanças na legislação de acesso às informações a fim de regular as persistentes práticas de sigilo, bem como rever a tradição de opacidade informacional do Estado brasileiro. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Starting in 2004, the press in Brazil intensified its coverage about the archival documents related to the Araguaia Guerrilla (1972-1975), an armed movement promoted by the Communist Party of Brazil against the Military Regime (1964-1985), and the possibility that some of these documents did still exist. These press reports went counter to the official discourse then espoused, according to which all the documents had been destroyed long ago: this may be defined as "the total destruction hypothesis". In the present work, this hypothesis was examined in light of archival concepts, especially those of fonds and provenance. The examination revealed the existence of the archival notion of “ramification”, a definition of which was here presented. Taking into account the theoretical references of Muller, Feith e Fruin; Jenkinson; Casanova; Schellenberg; Duchein; Lodolini; Nesmith; and Cook and Duranti, the following questions were postulated in order to guide the research: Do the concepts of fonds and provenance contribute to the understanding of the processing flow of the Araguaia Guerrilla archival documents? Is the total destruction of archival documents relating to a determined historical event sustainable as a hypothesis? If not, why is it unsustainable? Could the notion of “ramification” of archival documents explain the unsustainability of such a hypothesis? The research performed was qualitative, descriptive and explicative in nature. The methodological procedures included bibliographical and documental surveys. The content of the archival documents located at the institutions visited as well as of the questionnaires filled out by their respective employees was analysed. Through the consultation of literary and academic works whose main theme focused on the Araguaia Guerrilla it was possible to map the institutions which participated in the elimination of that movement. Some of these were not traditionally considered part of the “institutions of repression”, a label which began to encompass many other institutions after taking into account Plathe's (1998) considerations. This mapping helped reveal a complex network of inter- and trans-institutional relations which grew under the aegis of a single and overarching mission: the dismantling of the Araguaia Guerrilla. Undergirded by this mission, the fonds of State institutions began to communicate with each other (although they did not intermingle), thus establishing a unifying link between themselves here defined as “ramification”. This theoretical instrument was used as support in order to demonstrate the impossibility of the complete and absolute destruction of all the archival documents related to a historical event – in this case, the Araguaia Guerrilla. The results of this research, therefore, contradict the affirmations according to which archival documents related to that historical event no longer exist. The research also points to the need for redefining the concept of “archives of repression” and for making changes in laws regarding information, so as to attenuate both the persistant practice of confidentiality and the tradition of informational opacity of the Brazilian State.
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DIVERGÊNCIAS ENTRE O CIMI E A FUNAI NA REGIÃO DO ARAGUAIATOCANTINS ENTRE 1972-1985.Sales, Orlando Silva 13 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-13 / The present work discusses the of perception changes about indigenist policies over
the twentieth century. Therefore, follow an objective by the changes that have
occurred in the religious middle starting from middle of last century.Trail by stroked
paths since the II Vatican Council that strongly have influenced the Episcopal
Conferences in Latin America. Parallel, provides an analysis of of governmental
indigenist policies during the beginning of the republican regime in Brazil which
defined the modality of the tutelage with the indigenous peoples. For this, crosses the
long path performed by the to the Indians Protection Service (SPI), and the
sustaining arms that indigenist policies, also known as "rondoniano Indigenism". Is
sought at work show The ways, both by the Catholic Church, as by the Brazilian
State in the structuring of speech in defense of the indigenous cause. We seek to
understand the results of a whole process of taking a position in the area of indigenist
policies. On one side, the religious were structuralized around the Indigenist
Missionary Council - CIMI and kept a position for renewal of missionary practices. On
the other hand, the Brazilian political system that has, to suffer hardening with the
advent of civil-military dictatorship, has put in the shock positions defended by the
State, hereinafter represented by FUNAI, successor to the SPI and organ
responsible for indigenous and CIMI tutelage. This latest has become over the
second decade of 1970, the spokesperson of Indian pastoral of the Catholic Church.
The clash between them was felt in the mass media and especially the Parliamentary
Committee of Inquiry - CPI s Indian and of earth, the National Congress. Lastly the
paper will analyze as happened the involvement of the "Church of the Gospel"
together with indigenous issues in the Araguaia-Tocantins region. Thus, will be trying
to understand the structure of regional CIMI with the indigenous peoples and forms of
resistance held in the region on of the border of the expansion fronts. / O presente trabalho discorre sobre as mudanças de concepção acerca da política
indigenista ao longo do século XX. Para tanto, envereda-se pelas transformações
que ocorreram no meio religioso a partir de meados do século passado. Trilha pelos
caminhos traçados desde o Concílio Vaticano II que influenciaram fortemente as
Conferências Episcopais na América Latina. Paralelamente, desenvolve uma análise
da política indigenista governamental durante o início do regime republicano no
Brasil que definiu a modalidade da tutela junto aos povos indígenas. Para isso,
percorre o longo trajeto desempenhado pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI), e
os braços de sustentação dessa política indigenista, também conhecida por
indigenismo rondoniano . Procura-se no trabalho demonstrar os caminhos trilhados,
tanto pela Igreja Católica, quanto pelo Estado Brasileiro na estruturação do discurso
em defesa da causa indígena. Busca-se compreender os resultados de todo um
processo de tomada de posição no campo da política indigenista. De um lado, os
religiosos se estruturaram em torno do Conselho Indigenista Missionário CIMI e
mantiveram uma posição de renovação das práticas missionárias. De outro lado, o
sistema político brasileiro que, ao sofrer um enrijecimento com o advento da ditadura
civil-militar, colocou em choque as posições defendidas pelo Estado, doravante
representado pela FUNAI, órgão sucessor do SPI e responsável pela tutela indígena
e o CIMI. Este último se tornou ao longo da segunda década de 1970, o porta-voz da
pastoral indigenista da Igreja Católica. O embate entre ambos foi sentido nos meios
de comunicação e, principalmente nas Comissões Parlamentares de Inquérito
CPI s do Índio e da Terra, no Congresso Nacional. Por fim, o trabalho irá analisar
como se deu o envolvimento da Igreja do Evangelho junto às questões indígenas
na região do Araguaia-Tocantins. Dessa forma, buscar-se-á entender a estruturação
dos regionais do CIMI junto aos povos indígenas e as formas de resistência travadas
na região diante das frentes de expansão da fronteira.
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Os protagonistas do Araguaia: trajetórias, representações e práticas de camponeses, militantes e militares na guerrilha (1972-1974)Mechi, Patricia Sposito 18 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-18 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The guerrilla occurred between 1972 and 1974 in the southern states of Para
and Maranhão, and the northern state of Goiás (now Tocantins). It involved
about 70 activists of the Communist Party of Brazil, which organized it, and
some residents who have joined the movement. Both groups were repressed by
the military, who acted in the region arresting, torturing and murdering peasants
and guerrillas.
This research aims to study the representations and practices of social groups
who staged this event: peasants, militants PC do B and the military. The
intention was to understand the way that each group walked to get to the
Araguaia and the region, which were the goals that were intended to fulfill and
the practices adopted to achieve them.
The research has as sources the testimonies of the peasants of the region, the
documentation produced by the Communist Party of Brazil on guerrilla warfare,
and military records on transactions, are official records and reports and books
written by some of the army officers involved in the repression / A Guerrilha do Araguaia ocorreu entre 1972 e 1974, na região sul dos
estados do Pará e do Maranhão, além do norte do estado de Goiás (atual
Tocantins). Envolveu cerca de 70 militantes do Partido Comunista do Brasil,
partido que a organizou, e algumas dezenas de moradores que se
incorporaram ao movimento. Ambos os grupos foram reprimidos pelas Forças
Armadas, que prendeu, torturou e assassinou guerrilheiros e camponeses.
Esta pesquisa tem como objeto de estudo as trajetórias, representações
e práticas dos grupos sociais que protagonizaram este evento: camponeses,
militantes do PC do B e os militares. A intenção foi a de compreender o
caminho que cada grupo trilhou para chegar ao Araguaia e na região, quais
eram os objetivos que tinham a intenção de cumprir e as práticas que adotaram
para atingi-los.
A investigação teve como fontes os depoimentos dos camponeses da
região, a documentação produzida pelo Partido Comunista do Brasil sobre a
guerrilha, além de registros militares sobre as operações, sejam os registros
oficiais ou relatos e livros produzidos por alguns dos oficiais do Exército
envolvidos na repressão
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Memória Social e Guerrilha do Araguaia / Social memory and Araguaia GuerrilhaReis, Naurinete Fernandes Inácio 21 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Araguaia region, historically characterized by social and land conflicts, is today marked by the memory of the Guerrilla (1972-1975), since the changes occurring on the Araguaia lands as a result of this movement have wrought the need for organization of peasant movements who seek knowledge and recognition of historical experiences. The peasants of Araguaia, involved in a gunfight between The Communist Party of Brazil (PC do B) militants, who allegedly fought against the military dictatorship in the country and for the construction of a popular revolutionary government, and the military, who were supported by the ideological discourse of national defense and the ensuring of law and order, had their daily lives changed. In this sense, the present work has as its theme the social memory of the Araguaia Guerrilla, triggered at the boundaries of the regions of south and southeast of Pará, north of Tocantins (at the time, state of Goiás) and west of Maranhão and analyzes, through social memory, the perception of those involved, especially the peasants, on the Araguaia guerrilla and on the intervention of the same in peasant life. In this perspective, this study is aimed at understanding the fundamental elements of peasants‘ social memory on the Guerrilla as well as answering the following questions: What is the perception that the peasants had/have about the Guerrilla, about the armed forces in confrontation and their strategic political projects for the region and for the people? What motivations led the peasants to "contribute" to the Guerrilla or to fight against it? And how the memory of the Guerrilla works in peasants‘ everyday life? The methodological procedures used in this study consisted, besides the literature and documents, mainly on interviews with those who lived in the context of the Guerrilla. As a theoretical frame work we consider the assumption that the memory is socially constructed as a result of historical and social processes, being thus an active, selective, reflective and continuously constructed process. We were supported by the contributions of authors like Maurice Halbwachs, Frederic Charles Bartlett, Michael Pollak, Jacques Le Goff, Fernando Rosas and NildoViana, among others. Assuming that social memory should be analyzed taking into consideration its relationship with the historical and social conditions in which it is produced, the social memory was critically analyzed, which enabled us to confirm the hypothesis that the construction of memory on the Araguaia Guerrilla undergoes a process of dispute and conflict involving several forces and agents, and therefore that the perception of peasants on the Guerrilla is constructed from social determinations, as well as individual values and socially constituted feelings. Thus, it is configured as a space of contestation, resistance, meaning construction and class struggle. / A região do Araguaia, historicamente caracterizado pelos conflitos sociais e fundiários, é hoje marcada pela memória da Guerrilha (1972 a 1975), pois as transformações ocorridas nas terras do Araguaia em decorrência desse movimento têm forjado a necessidade de organização de movimentos camponeses visando o conhecimento e reconhecimento de experiências históricas. Os camponeses do Araguaia, envolvidos numa luta armada entre militantes do PC do B, que supostamente lutavam contra a ditadura militar no país e pela construção de um governo popular e revolucionário, e as Forças Armadas, respaldadas no discurso ideológico da defesa nacional e da garantia da lei e da ordem, tiveram seu cotidiano alterado. Neste sentido, o presente trabalho tem como tema a memória social da Guerrilha do Araguaia, deflagrada nos limites territoriais das regiões do sul e sudeste do Pará, norte do estado do Tocantins (à época, estado de Goiás) e oeste do Maranhão e analisa, através da memória social, a percepção dos envolvidos, notadamente dos camponeses, sobre a guerrilha do Araguaia, sobre a intervenção da mesma na vida camponesa. Nesta perspectiva, este estudo é direcionado para a compreensão dos elementos fundamentais da memória social camponesa da Guerrilha, bem como das seguintes questões: Qual a percepção que os camponeses tinham/têm da Guerrilha, das forças armadas em confronto, bem como dos respectivos projetos políticos estratégicos para a região e para a população? Quais motivações levaram os camponeses a ―contribuir‖ com a Guerrilha ou com o combate à mesma? E, de que forma a memória da Guerrilha atua no cotidiano dos camponeses hoje? Os procedimentos metodológicos utilizados nesse estudo consistiram, além da pesquisa bibliográfica e documental, principalmente, na realização de entrevistas com os que viveram e conviveram no contexto da Guerrilha. Como referencial teórico, parte-se do pressuposto de que a memória é construída socialmente, como resultados de processos históricos e sociais, consequentemente um processo ativo, seletivo, reflexivo e em contínua construção. Lançamos mão das contribuições de alguns autores, dentre o quais: Maurice Halbwachs, Frederic Charles Bartlett, Michael Pollak, Jacques Le Goff, Fernando Rosas, Nildo Viana, entre outros. Partindo do pressuposto de que a memória social deve ser analisada levando-se em consideração sua relação com as condições históricas e sociais na qual é produzida, a memória social foi analisada criticamente, o que nos possibilitou confirmar a hipótese de que a construção da memória sobre a Guerrilha do Araguaia passa por um processo de disputa e conflitos envolvendo diversas forças e agentes e, por conseguinte, a percepção camponesa da Guerrilha é construída a partir de determinações sociais, bem como de valores e sentimentos individuais constituídos socialmente. Dessa forma, a mesma se configura como espaço de contestação, de resistência, de construção de significados e de luta de classes.
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Em algum lugar das selvas amazônicas : as memórias dos guerrilheiros do Araguaia (1966-1974)Corrêa, Carlos Hugo Studart 20 February 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, 2013. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-06-02T18:18:04Z
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2013_CarlosHugoStudartCorrea_Parcial.pdf: 6916958 bytes, checksum: 09fc071dbbdff14f05b7d216d2891bf5 (MD5) / Esta pesquisa tem como objetivo reconstruir as memórias dos guerrilheiros do Araguaia, um grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil que, entre 1966 e 1974, estiveram em uma região remota da floresta amazônica com o objetivo de deflagrar uma insurreição revolucionária em aliança com os camponeses. Para reconstruir suas memórias no tempo presente, foram utilizados de documentos remanescentes da guerrilha, como diários e cartas, ou documentos oficiais militares, bem como de narrativas orais dos sobreviventes, ex-guerrilheiros e camponeses. O episódio é analisado a partir da hipótese de que esse grupo, a maioria jovens universitários, pegou em armas motivado pelo sonho de construir país justo e igualitário. A proposta desta pesquisa é buscar os sentidos do objeto através dos pressupostos epistemológicos que presidem a análise da História Cultural, em diálogo preferencial com a obras de Walter Benjamin e de Paul Ricoeur. A narrativa dos acontecimentos, por sua vez, foi interpretada e analisada à luz do pensamento de Hannah Arendt, em especial, como também de Ernest Bloch e Norbert Elias. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research aimed to rebuild the Memories of Araguaian Guerrilla, a group of militants of the Communist Party of Brazil who, from 1966 and 1974, have been in a remote region/area in the Amazon Rain Forest with the objective to spark a revolutionary upheaval in alliance with the local peasants. For rebuilding their memories in the present time, they were used the guerrillas remaining documents, such as diaries and letters, or official military documents as well as oral narratives of survivors, former guerrillas and peasants. The event is studied from the hypothesis that this group, university students in its majority, took up arms and guns in the dream for a more egalitarian and fairer country. The purpose of this research is to seek the meanings of the researched object through the epistemological assumptions that underpin the analysis of cultural history. The purpose of this research is to seek the directions of the object through the epistemological assumptions that preside the analysis of Cultural History in preferred dialogue with the works of Walter Benjamin and Paul Ricoeur. The narrative of events, on the other hand, was interpreted and analyzed in the light of the thoughts of Hannah Arendt, in particular, as well as of Ernest Bloch and Norbert Elias.
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