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Autogestão e racionalidade substantivaDorneles, Simone Bochi January 2003 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Administração. / Made available in DSpace on 2012-10-21T05:43:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
198622.pdf: 591005 bytes, checksum: 23cb489398f008ab081ab8f1188d0df0 (MD5) / O presente estudo buscou analisar a racionalidade em uma organização autogestionária. Alguns estudos desenvolvidos sugerem que neste tipo de organização ocorre o predomínio da racionalidade substantiva sobre a racionalidade instrumental. Esta última é o tipo de racionalidade encontrado nas burocracias, tipo de organização social que caracteriza a sociedade capitalista. A organização escolhida para o estudo foi a Bruscor - Indústria e Comércio de Cordas e Cadarços Ltda. Uma pequena indústria que atua no setor têxtil em Brusque, no estado de Santa Catarina. Para tanto, partiu do questionamento: Qual o tipo de racionalidade predominante nos processos de interação na organização autogestionária Bruscor? O objetivo principal do estudo foi interpretar os padrões de interação dos membros da organização autogestionária Bruscor, para conhecer o tipo de racionalidade nela predominante. Como objetivos específicos foram definidos os seguintes: analisar os processos de interação da organização em estudo; comparar os processos de interação encontrados com as dimensões de uma organização autogestionária; identificar o tipo de racionalidade subjacente nas dimensões estudadas; e, verificar o tipo de racionalidade predominante na organização. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa, realizada através de um estudo de caso, cuja principal técnica de coleta de dados foi a observação direta, seguida de entrevistas e análise documental. As onze categorias de estudo- autoridade/tomada de decisão, normas, controle social, relações sociais, recrutamento e promoção, estrutura de incentivos, estratificação social, diferenciação, educação, atuação social/reflexões sobre a organização, comunicação- permitiram responder os pressupostos da pesquisa. Embora tenha sido identificada a presença da razão instrumental, seu nível foi médio em apenas três das categorias estudadas. A racionalidade substantiva apresentou-se entre muito forte e forte em oito das categorias analisadas. O estudo permitiu concluir que a Bruscor caracteriza-se como uma organização autogestionária e nela é predominante a racionalidade substantiva
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Autogestão e relações de trabalhoKorosue, Aline January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação / Made available in DSpace on 2013-07-16T03:17:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
247041.pdf: 1203639 bytes, checksum: cf68cb238abdfc6890c9f33bfb43242e (MD5) / O presente estudo trata da análise de teses e dissertações do "Banco de Teses - Portal CAPES" que abordam o tema da Autogestão na perspectiva de transformações nas relações de trabalho, perseguindo o objetivo de compreender de que forma a "autogestão" repercute nas relações de trabalho dos envolvidos nas experiências estudadas. Para tanto nos propusemos a resgatar as bases teóricas da autogestão no socialismo utópico, no anarquismo e na crítica marxista e identificar, nas teses e dissertações selecionadas, os pressupostos teóricos, a concepção de autogestão, a prática da autogestão nas experiências estudadas e a relação entre autogestão e relações de trabalho. Foram analisadas uma tese de doutorado e sete dissertações de mestrado que tratam de experiências concretas de autogestão e discutem as relações de trabalho. As experiências analisadas nas produções acadêmicas revelam relações distintas a partir da forma como foi constituída, ou seja, a sua origem. Identificamos a origem dos empreendimentos a partir de falência de empresas, iniciativa pessoal, apoio de Incubadora Popular e por meio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. A maior parte das experiências estudadas, nas produções acadêmicas analisadas, diz respeito a cooperativas originadas a partir de falência de empresas. Nessa forma especifica de empreendimento autogestionário, verificamos que se mantém as condições precárias do trabalho explorado das organizações capitalistas. Consideramos que a precarização nas condições de trabalho e de vida que afetam os trabalhadores envolvidos de tais organizações, relaciona-se com o fato de estarem submetidos às condições impostas pelo capital. Percebemos, porém, que nos empreendimentos em que a motivação de sua constituição é outra, constatam-se elementos de melhoria nas relações de trabalho, no que se refere ao ambiente interno da organização e ao significado desta experiência coletiva para os trabalhadores envolvidos no projeto autogestionário, principalmente, pelo sentido de estar reproduzindo sua vida a partir do trabalho coletivo, ao invés da condição degradante de impossibilidade de reprodução da vida por que passam os desempregados.
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Uma tentativa de implatação de uma cooperativa autogerida:: o desafio da participação na Cooperativa dos Trabalhadores Têxteis de Confecção e Vestuário de Pernambuco LTDACABRAL, Guilherme Alberto Eulálio January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / O presente trabalho teve como objetivo analisar de que forma os trabalhadores, de uma
cooperativa, participam da tomada de decisões e verificar que fatores influenciam essa
participação. A pesquisa foi realizada na Coopetex, empresa de tecelagem situada no
município de Moreno, Pernambuco, a qual modificou, há alguns anos, seu perfil
organizacional, na tentativa de implementar um modelo autogestionário. Na primeira parte
da dissertação, é feita uma fundamentação teórica sobre a Autogestão e os conceitos de
Poder e Empoderamento. Na segunda parte, são apresentados alguns exemplos históricos
sobre experiências autogestionárias no Mundo, bem como experiências ocorridas
recentemente no Brasil. Por fim, foram analisados os dados, coletados a partir de
entrevistas com 13 participantes da referida cooperativa. Observou-se uma tendência dos
cooperados em delegar suas decisões aos membros da direção da entidade. Conclui-se que
o Empoderamento é fator importante nessa tendência, percebendo-se que ainda há uma
grande distância entre a prática de participação no presente caso e uma proposta
autogestionária
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Empowerment sob a percepção dos novos ingressantes nos ambientes de produção e serviços da região metropolitana do Recife: um estudo multicasosSALES, Iris Rafaelle Bispo 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As necessidades de produtividade e eficiência da economia atual exigem o uso de novas
formas de relações de trabalho. Para tanto, há necessidade de maior velocidade das respostas e
maior envolvimento e comprometimento por parte dos envolvidos. Dar o poder da tomada de
decisão aos executores das atividades de produção constitui-se uma alternativa eficaz para as
empresas que buscam a excelência operacional. Esta pesquisa objetivou caracterizar a
compreensão e a opinião que os potenciais formadores de equipe e líderes têm a respeito da
delegação do poder de decisão. Trata-se de um estudo de múltiplos casos, com enfoque
quantitativo-descritivo, no qual foi utilizada a técnica de aplicação de questionário e
categorização da análise de conteúdo. Estudaram-se aspectos sobre equipes de trabalho,
autogestão e empowerment, sob o ponto de vista dos alunos dos cursos de Administração,
Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção que estudam ou trabalham na região
metropolitana do Recife. Os resultados evidenciam que os entrevistados compreendem o
conteúdo do empowerment, mesmo sem ter familiaridade com o termo, e que, em geral, são
adeptos às práticas de delegação de atividades, mas com algumas ressalvas. Os resultados
encontrados corroboraram com a importância dessa pesquisa, visto que foram identificadas
distorções entre as opiniões e o entendimento dos alunos entrevistados, ainda que todos, em
geral, são preparados para exercer o mesmo tipo de prática: a liderança de equipes
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Autogestão: um caminho para a emancipação do trabalhador nas cooperativas de produção?Schuster, Henrique Arlindo Franzmann 13 September 2004 (has links)
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Previous issue date: 13 / Nenhuma / Temos observado uma retomada do movimento cooperativista, tanto como alternativa ao grande número de desempregados da atualidade, como uma alternativa de resgate do cooperativismo autêntico com uma nova roupagem da Economia Solidária. Se num primeiro momento, os trabalhadores se organizam para garantir um emprego, num segundo momento, eles desenvolvem uma capacidade de reorganizar a sua relação com o trabalho, e esta transformação pode transcender as preocupações de dentro da fábrica. Ou seja, a partir do momento em que os cooperados têm que resolver questões de gestão empresarial não ficam mais no nível simples de responsabilidade administrativa e produtiva. Necessariamente têm de reorganizar suas preocupações cotidianas para um pensamento e um saber estratégico e administrativo-gerencial, que vai mais além do que as suas antigas preocupações de realização de trabalho para outrem. A autogestão os leva a realizar e a pensar a sua própria gestão, da sua empresa e de seu trabalho. Ainda que esta preocupação não / Lately we have observed a retaking of the cooperative movement, both as an alternative to the present great number of unemployed, as well as an alternative to the liberation of the authentic cooperativism, with a new appearance of Solidary Economy. If, at first moment, the a thought and knowledge, which goes beyond their former preoccupations with carrying out labor for somebody else. Self/management leads them to carry out and think their own management, of their enterprise and their labor. Although this preoccupation is not an awareness that is becoming concrete by all, the same way and at the same time, at the beginning of this attempt, we have observed, in field researches, there are great indicia of these self/managerial manifestations in the majority of the members of these cooperatives, although in differentiated degrees. The continuing of this process, without great ruptures, formalizing self/management, will lead the laborers involved to an inedited experience of definite emancipation of all members
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Trabalho emancipado : empresas recuperadas pelos trabalhadores : a experiência autogestionária dos metalúrgicos gaúchosMarques, Paulo Lisandro Amaral January 2006 (has links)
A presente dissertação constitui-se de um estudo de experiências de autogestão dos trabalhadores metalúrgicos gaúchos em empresas recuperadas após o processo de falência. Com o advento da avalanche neoliberal que assolou a América Latina, cujo resultado para milhares de trabalhadores na década de 1990 foi à ampliação do desemprego e da exclusão social em patamares nunca vistos, as experiências de autogestão operária, a partir da recuperação de empresas falidas, ressurgem, neste início de século XXI, como estratégia de resistência e alternativa de geração de trabalho e renda. A multiplicação destes casos constituise como um fenômeno social relevante, de um lado porque insere o tema da autogestão e das possibilidades de trabalho emancipado no debate sobre as profundas transformações que ocorrem no chamado “mundo do trabalho” (desregulamentação, novas tecnologias, decadência do modelo taylorista-fordista, inserção de novas formas de acumulação de capital e refluxo do movimento sindical) e de outro lado aponta para o surgimento de um novo ator social, o trabalhador autogestionário nos diferentes países no qual o fenômeno se desenvolve. O presente estudo, realizado a partir de pesquisa bibliográfica sobre o tema e entrevistas com trabalhadores de três empresas metalúrgicas recuperadas da região metropolitana de Porto Alegre, dirigentes sindicais, assessores técnicos de entidades não-governamentais e gestores de políticas públicas busca analisar o significado da prática autogestionária para os trabalhadores assim como as possibilidades que as mesmas apresentam no sentido de efetivar novas relações sociais de produção capazes de superar à lógica do trabalho alienante característico das relações capitalistas de produção.
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Autogestão e heterogestãoCorrêa, Fernanda Zanin Mota January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Administração. / Made available in DSpace on 2012-10-21T10:59:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
207388.pdf: 941747 bytes, checksum: dff72df01e401190ecf1e714f1f8d056 (MD5) / O presente estudo contempla uma análise comparativa das relações de trabalho em duas organizações com formas de gestão distintas (uma com características autogestionárias e outra heterogestionária), do setor têxtil de Santa Catarina, na perspectiva de identificar suas semelhanças e diferenças. Analisamos as condições de trabalho; a política de pessoal adotada; as relações de poder; as formas de controle sobre o trabalho; a organização do trabalho e as modalidades de vinculação institucional presentes. Procedemos a um estudo empírico e exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. Coletamos os dados em entrevistas semi-estruturadas, questionários, observação livre, diário de campo e análise documental. O conteúdo dos dados foi analisado através de leitura vertical e horizontal. As organizações estudadas são bastante semelhantes no que se refere às condições de trabalho, a diferença reside no fato de que na autogerida, os trabalhadores possuem o controle sobre o processo de trabalho e, por serem os proprietários, são responsáveis pelas condições a que estão expostos (isso não ocorre na heterogerida). Em relação ao recrutamento, no caso da autogerida, critérios relacionados à competência e habilidades técnicas são importantes, mas não representam fator primordial e a avaliação do desempenho ocorre em debates entre os membros, enquanto que na heterogerida, é realizada pelo proprietário. Na organização autogerida, por não existirem diferenças hierárquicas, a autoridade reside no conjunto dos membros, enquanto que na heterogerida, esta autoridade está vinculada ao cargo. As organizações diferem quanto ao processo decisório, pois na autogerida, a tomada de decisões (principalmente estratégicas) é um processo coletivo, por meio da participação direta e na heterogerida quem decide é o proprietário. O controle sobre o trabalho na autogerida é exercido pelo grupo e na heterogerida, pela figura do supervisor e de regulamentos organizacionais. Na autogerida, percebemos evidentes sinais de que a alienação é, de alguma forma, superada. Seu processo de produção é essencialmente taylorista (como na heterogerida), no entanto, a grande diferença reside no controle que os trabalhadores têm sobre a gestão e no sentido que dão ao trabalho. A organização autogerida representa um importante salto de qualidade nas relações de vida e de trabalho, comparativamente ao funcionamento da heterogerida. Trata-se uma forma superior de organizar homens e mulheres no espaço produtivo.
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Limites e possibilidades de uma proposta de gestão coletiva: cursinho popular da UNESP-FrancaCarvalho, Vitor Hugo Costa [UNESP] 29 August 2014 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2014-08-29Bitstream added on 2015-04-09T12:47:44Z : No. of bitstreams: 1
000816288.pdf: 941094 bytes, checksum: b794e170d5624364c88097f6d398ec93 (MD5) / A presente pesquisa pretende aferir os limites e possibilidades da relação existente entre o cursinho popular dos discentes da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP de Franca (Serviço de Extensão Universitária – SEU) e a proposta de autogestão coletiva. Para isso, procuramos retomar o dito conceito tomando como base teórica a proposta anarquista, recuperando os principais conceitos da pedagogia libertária no intuito de construir um modelo ideal que venha a servir de parâmetro comparativo para as demais tentativas de colocar a autogestão em prática. A partir do molde estabelecido, primeiramente vão ser apontados exemplos de seis instituições escolares que, mesmo com condições completamente distintas, operacionalizam a autogestão em seus limites e possibilidades, enfrentando contradições e apresentando pontos de distanciamento em relação à proposta ácrata, que serão ressaltados assim como os pontos de contato. Já em um segundo momento, após uma breve explanação que envolve o momento de criação e expansão dos cursinhos privados e alternativos no Brasil, o cursinho de Franca vai ser mais bem detalhado, no intuito de permitir que seja conhecida a maior riqueza de detalhes possível no que diz respeito a toda a história e atividades protagonizadas por ele. A ideia é a de que, através de tais informações, seja possível criar categorias explicativas que possam evidenciar quais foram os mecanismos encontrados pelos membros do SEU para permitir que seus respectivos alunos pudessem vivenciar experiências democráticas que viessem a se aproximar ou se distanciar da proposta libertária / The current research aims to gauge the boundaries and possibilities of the existing relation between the popular preparatory course (preps) from UNESP UNIVERSITY in Franca – SP, Brazil – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Unesp, Franca (University Extension Program – Serviço de Extensão Universitária – SEU) and the collective self-management proposal. For such reason, we aimed to recapture the aforementioned concept using the anarchist proposal as theoretical basis, recovering the main concepts of the libertarian pedagogy aiming to build an ideal standard that will serve as a comparator for the other attempts to put self-management into practice. Firstly, from the established pattern, we will point out examples of six educational institutions which, even with completely distinct conditions, make usage of the self-management in its boundaries and possibilities, facing contradictions and showing points of detachment concerning the anarchist proposal, which will be highlighted as well as the attachment points. Secondly, after a brief explanation that involves the moment of creation and expansion of the private and alternative preparatory courses in Brazil, the preparatory course from Franca, SP will be widely explained, in order to allow people to know the greatest profusion of details concerning the whole history and activities performed by such course. The idea is that, through such information, it is possible to create explanatory categories that might evince the mechanisms used by the members of the University Extension Program to allow the students to experience democratic experiments that might attach or detach from the libertarian proposal
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Trabalho emancipado : empresas recuperadas pelos trabalhadores : a experiência autogestionária dos metalúrgicos gaúchosMarques, Paulo Lisandro Amaral January 2006 (has links)
A presente dissertação constitui-se de um estudo de experiências de autogestão dos trabalhadores metalúrgicos gaúchos em empresas recuperadas após o processo de falência. Com o advento da avalanche neoliberal que assolou a América Latina, cujo resultado para milhares de trabalhadores na década de 1990 foi à ampliação do desemprego e da exclusão social em patamares nunca vistos, as experiências de autogestão operária, a partir da recuperação de empresas falidas, ressurgem, neste início de século XXI, como estratégia de resistência e alternativa de geração de trabalho e renda. A multiplicação destes casos constituise como um fenômeno social relevante, de um lado porque insere o tema da autogestão e das possibilidades de trabalho emancipado no debate sobre as profundas transformações que ocorrem no chamado “mundo do trabalho” (desregulamentação, novas tecnologias, decadência do modelo taylorista-fordista, inserção de novas formas de acumulação de capital e refluxo do movimento sindical) e de outro lado aponta para o surgimento de um novo ator social, o trabalhador autogestionário nos diferentes países no qual o fenômeno se desenvolve. O presente estudo, realizado a partir de pesquisa bibliográfica sobre o tema e entrevistas com trabalhadores de três empresas metalúrgicas recuperadas da região metropolitana de Porto Alegre, dirigentes sindicais, assessores técnicos de entidades não-governamentais e gestores de políticas públicas busca analisar o significado da prática autogestionária para os trabalhadores assim como as possibilidades que as mesmas apresentam no sentido de efetivar novas relações sociais de produção capazes de superar à lógica do trabalho alienante característico das relações capitalistas de produção.
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Limites e possibilidades de uma proposta de gestão coletiva : cursinho popular da UNESP-Franca /Carvalho, Vitor Hugo Costa. January 2014 (has links)
Orientador: Ricardo Ribeiro / Banca: Vânia de Fátima Martins / Banca: Dulce Whitaker / Resumo: A presente pesquisa pretende aferir os limites e possibilidades da relação existente entre o cursinho popular dos discentes da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP de Franca (Serviço de Extensão Universitária - SEU) e a proposta de autogestão coletiva. Para isso, procuramos retomar o dito conceito tomando como base teórica a proposta anarquista, recuperando os principais conceitos da pedagogia libertária no intuito de construir um modelo ideal que venha a servir de parâmetro comparativo para as demais tentativas de colocar a autogestão em prática. A partir do molde estabelecido, primeiramente vão ser apontados exemplos de seis instituições escolares que, mesmo com condições completamente distintas, operacionalizam a autogestão em seus limites e possibilidades, enfrentando contradições e apresentando pontos de distanciamento em relação à proposta ácrata, que serão ressaltados assim como os pontos de contato. Já em um segundo momento, após uma breve explanação que envolve o momento de criação e expansão dos cursinhos privados e alternativos no Brasil, o cursinho de Franca vai ser mais bem detalhado, no intuito de permitir que seja conhecida a maior riqueza de detalhes possível no que diz respeito a toda a história e atividades protagonizadas por ele. A ideia é a de que, através de tais informações, seja possível criar categorias explicativas que possam evidenciar quais foram os mecanismos encontrados pelos membros do SEU para permitir que seus respectivos alunos pudessem vivenciar experiências democráticas que viessem a se aproximar ou se distanciar da proposta libertária / Abstract: The current research aims to gauge the boundaries and possibilities of the existing relation between the popular preparatory course (preps) from UNESP UNIVERSITY in Franca - SP, Brazil - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Unesp, Franca (University Extension Program - Serviço de Extensão Universitária - SEU) and the collective self-management proposal. For such reason, we aimed to recapture the aforementioned concept using the anarchist proposal as theoretical basis, recovering the main concepts of the libertarian pedagogy aiming to build an ideal standard that will serve as a comparator for the other attempts to put self-management into practice. Firstly, from the established pattern, we will point out examples of six educational institutions which, even with completely distinct conditions, make usage of the self-management in its boundaries and possibilities, facing contradictions and showing points of detachment concerning the anarchist proposal, which will be highlighted as well as the attachment points. Secondly, after a brief explanation that involves the moment of creation and expansion of the private and alternative preparatory courses in Brazil, the preparatory course from Franca, SP will be widely explained, in order to allow people to know the greatest profusion of details concerning the whole history and activities performed by such course. The idea is that, through such information, it is possible to create explanatory categories that might evince the mechanisms used by the members of the University Extension Program to allow the students to experience democratic experiments that might attach or detach from the libertarian proposal / Mestre
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