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Trabalho emancipado : empresas recuperadas pelos trabalhadores : a experiência autogestionária dos metalúrgicos gaúchosMarques, Paulo Lisandro Amaral January 2006 (has links)
A presente dissertação constitui-se de um estudo de experiências de autogestão dos trabalhadores metalúrgicos gaúchos em empresas recuperadas após o processo de falência. Com o advento da avalanche neoliberal que assolou a América Latina, cujo resultado para milhares de trabalhadores na década de 1990 foi à ampliação do desemprego e da exclusão social em patamares nunca vistos, as experiências de autogestão operária, a partir da recuperação de empresas falidas, ressurgem, neste início de século XXI, como estratégia de resistência e alternativa de geração de trabalho e renda. A multiplicação destes casos constituise como um fenômeno social relevante, de um lado porque insere o tema da autogestão e das possibilidades de trabalho emancipado no debate sobre as profundas transformações que ocorrem no chamado “mundo do trabalho” (desregulamentação, novas tecnologias, decadência do modelo taylorista-fordista, inserção de novas formas de acumulação de capital e refluxo do movimento sindical) e de outro lado aponta para o surgimento de um novo ator social, o trabalhador autogestionário nos diferentes países no qual o fenômeno se desenvolve. O presente estudo, realizado a partir de pesquisa bibliográfica sobre o tema e entrevistas com trabalhadores de três empresas metalúrgicas recuperadas da região metropolitana de Porto Alegre, dirigentes sindicais, assessores técnicos de entidades não-governamentais e gestores de políticas públicas busca analisar o significado da prática autogestionária para os trabalhadores assim como as possibilidades que as mesmas apresentam no sentido de efetivar novas relações sociais de produção capazes de superar à lógica do trabalho alienante característico das relações capitalistas de produção.
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Os fios da esperança? : cooperação, genero e educação nas empresas geridas pelos trabalhadoresGalvão, Marisa Nunes 18 February 2004 (has links)
Orientador : Liliana Rolfsen Petrilli Segnini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-03T23:14:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: As mudanças recentes observadas no mundo do trabalho, caracterizadas pela flexibilização, precarização e, sobretudo, pelo desemprego têm estimulado a associação dos trabalhadores em torno da solidariedade buscando diferentes estratégias de sobrevivência, dentre elas, o cooperativismo. O presente estudo enfoca as relações de trabalho numa cooperativa de produção. A análise priorizou a escolarização, a qualificação dos trabalhadores, as relações de gênero e as relações pedagógicas. Ao Indagar em que medida os princípios da cooperação e da autogestão
possibilitam relações de trabalho democráticas e solidárias, constatou-se permanências e continuidades na organização do trabalho, bem como a construção de espaços de mudanças, favorecidos pelo aprendizado cotidiano do cooperativismo e da autogestão, mediado, permanentemente, pelo campo político relevante nessas organizações / Abstract: The changes recently observed in the realm of work, characterized by flexibilization, increasing precariousness and, above all, by unemployment, have stimulated the association of workers towards solidarity, in search of different survival strategies, among which, the cooperativism. This study has focused on work relationships in a cooperative of production. The analysis has prioritized schooling, workers' qualification, as well as gender and pedagogical relations. Investigating in which measure the principles of cooperation and self-management enable democratic and solidary work relations, the permanencies and continuities in the work organization became clear, as much as the construction of spaces for changes, favored by the daily learning of the cooperativism and self-management, permanently mediated by the relevant political field present in these organizations / Doutorado / Ciencias Sociais Aplicadas à Educação / Doutor em Educação
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A organização da escola libertaria como local de formação de sujeitos singulares : um estudo sobre a escola PaideiaKassick, Clovis Nicanor 31 July 2018 (has links)
Orientador : Agueda Bernadete Bittencourt / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-31T21:02:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 / Doutorado
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Autogestão em cooperativas populares: os desafios da práticaCançado, Airton Cardoso January 2004 (has links)
p. 1-134 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-03-19T20:27:59Z
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Previous issue date: 2004 / Este trabalho trata da temática autogestão em cooperativas populares. O objetivo é identificar e
discutir os desafios à autogestão em cooperativas populares. Partimos da premissa de que a
heterogestão (gestão hierarquizada de diferentes ou desiguais) é o modo hegemônico de
organização do trabalho na sociedade capitalista, desta maneira a autogestão seria uma novidade
e por isso apresentaria desafios na sua efetivação. Entende-se autogestão como a não separação
entre trabalho manual e intelectual, em que a posse dos meios de produção é coletiva e
caracterizada como um processo em construção na organização. O objeto de pesquisa foi a
Cooperativa Juvenil de Serviços Turísticos de São Bartolomeu – COOPERTUR, incubada pelo
PANGEA – Centro de Estudos Sócio-ambientais e localizada no Subúrbio Ferroviário de
Salvador. Foram utilizados os níveis de consciência de Paulo Freire para tentar identificar o grau
de maturidade do grupo e os níveis de participação de Bordenave para perceber a atuação da
diretoria e a transparência nas informações na cooperativa. Constatou-se, na pesquisa que a
autogestão só se torna viável quando os cooperados se percebem no nível de consciência crítica
(Paulo Freire), que pode ser caracterizado pela capacidade do indivíduo de se afastar da sua
realidade objetiva e problematizá-la. No caso da COOPERTUR, foi identificada a situação a que
se denominou autogestão funcional, caracterizada por cooperados em diferentes níveis de
consciência, em que mesmo com os instrumentos de participação disponíveis, um grupo de
cooperados opta por não participar, delegando aos demais as tomadas de decisão. A autogestão
funcional seria, então, uma fase pela qual a organização passa para chegar à autogestão plena
(estado ótimo). A autogestão funcional é um ponto de inflexão na trajetória da organização rumo
à autogestão, e a cooperativa pode, a partir deste momento, evoluir ou retroceder (ou, ainda,
deixar de existir) na construção da autogestão, dependendo dos desdobramentos desta fase,
intimamente ligada ao nível de consciência dos cooperados. Quanto à atuação da diretoria,
percebeu-se que a “inércia participativa” de um grupo de cooperados faz com que a cooperativa
possa ser classificada no nível de participação denominado “consulta obrigatória”. Outro
problema identificado na cooperativa está relacionado ao processo de comunicação, sendo
identificados problemas para que a informação possa chegar até aos cooperados. / Salvador
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Auto gestão: possibilidade de organização da força de trabalho na construção civil e suas implicações / Self management: possibility of organization of the work force in construction and their implicationsEwbank, Eduardo Galli 29 June 2007 (has links)
O presente estudo tem por objeto a organização do trabalhador do setor habitacional da Construção Civil em cooperativas de trabalho. Partimos dos pressupostos do cooperativismo - constituição democrática, autogestão, vantagens fiscais em relação a outros tipos de empresa e predileção do Estado prevista em lei -, para compreender quais características do modo de produção capitalista do setor interferem na formação, organização do trabalho e inserção no mercado das cooperativas de trabalhadores. Para tanto, buscamos compreender as razões da formação e da manutenção de uma base manufatureira de produção no setor - pautada na divisão intelectual e na precarização do trabalho e suas possíveis influências e distorções na organização do trabalho no sentido original de uma cooperativa. Também analisamos a atual organização do mercado de trabalho - marcada pela sub-contratação, terceirização de serviços e conseqüente suspensão de direitos trabalhistas adquiridos - buscando entender como o capital tem se utilizado das cooperativas e de seus princípios organizacionais. Por fim, levantamos possibilidades emancipadoras do trabalhador cooperativado na Construção Civil, bem como o papel que caberia ao arquiteto nesse processo. / The object of this study is the organization of the labour force of the house building sector in cooperatives. We started with the principles of cooperative work democratic constitution, self management, lower taxes than in other enterprises, and State support established by law -, to understand which characteristics of the capitalist mode of production interfere with the formation and the organization of labour and the insertion of the cooperatives in the market. To this effect, we sought to understand the reasons of the formation and upkeep of a production basis in manufacture of this sector based on the intectual division and precarious nature of labour and their eventual influences and distortions in labour organization in the original sense of a cooperative. We also analised the current organization of the labour market wrought by sub-contracting, outsourcing and consequent suspension of labour rights trying to understand how capital uses the cooperatives and its principles. Finally, we surveyed the emancipatory possibilities of cooperative work in the building industry, as well as the role Architects in this process.
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A produção da vida como política no cotidiano: A união de terras, trabalho e panelas no \"Grupo Coletivo 14 de Agosto\", em Rondônia / Production of politics in everyday life: the union of land, labor and pans in the \"Grupo Coletivo 14 de Agosto\", in RondôniaNobrega, Juliana da Silva 05 December 2013 (has links)
Este estudo foi realizado junto a um grupo de nove famílias de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Rondônia. Estas famílias organizam o trabalho e a vida de forma coletiva há mais de dez anos, em torno do Grupo Coletivo 14 de Agosto. Teve como objetivo compreender as vicissitudes do processo organizativo cotidiano desta experiência e os sentidos de trabalho e de vida que vem sendo construídos a partir dela. De inspiração etnográfica, essa pesquisa tomou o cotidiano como horizonte de visibilidade que permitiu entender o processo de coletivização. O cotidiano é entendido enquanto o espaço onde se dá a vida e a ação social (SATO & SOUZA, 2001; SPINK, 2008). Composto basicamente por militantes do MST e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), já nos primeiros anos de acampamento estas famílias começaram a desenvolver práticas de cooperação agrícola e reciprocidade. Depois de significativos experimentos, o grupo resolveu coletivizar definitivamente a terra e trabalhar em sistema de autogestão em todos os setores de produção agrícola. Para dar concretude a essa proposta, sentiram necessidade de coletivizar também parte do trabalho doméstico, passando a ter uma cozinha coletiva. Orientados por uma matriz camponesa e agroecológica, terras, trabalho e cozinha (enquanto espaço de sociabilidade e de trabalho) compõem o tripé que sustenta diariamente a existência do Grupo Coletivo 14 de Agosto. Terras para trabalhar, trabalho livre e associado e a reorganização da vida em torno de uma sociabilidade construída a partir de uma vivência coletiva anticapitalista. Trata-se, nesse sentido, de uma experiência contra-hegemônica que disputa os sentidos da vida e do trabalho na sociedade capitalista por meio de um projeto político profundamente enraizado no cotidiano / This study was carried out among a group of nine families of a settlement of the Movement of Landless Rural Workers (MST ), in Rondônia. These families organize work and life collectively for over ten years around the \"Group Collective August 14\". Aimed at understanding the vicissitudes of everyday organizational process this experience and ways of work and life has been built from it. Inspired in ethnography, this research took everyday life as a horizon of visibility that allowed to understand the process of collectivization. Everyday life is understood as the space where life and social action happens ( SATO & SOUZA , 2001; SPINK , 2008) . Composed primarily by MST militants and the Small Farmers Movement (MPA), since early in camp these families have begun to develop practical agricultural cooperation and reciprocity. After significant experimentations, the group decided definitely collectivize the land and work on self-management in all sectors of work. To give concreteness to this proposal, also felt the need to collectivize domestic work, going to have a collective kitchen. Guided by a matrix and agroecological peasant, land, work and kitchen (as a space of sociability and work) make up the tripod that supports the daily existence of the \"Group Collective August 14\". Lands to work, free and associated labor and the reorganization of life around a sociability constructed from an anti-capitalist collective experience. It is, accordingly, an experience counter-hegemonic that fights the way of life and work in capitalist society through a political project deeply rooted in the everyday life
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A subjetividade na teoria e gestão organizacionais no contexto da contemporaneidadeHeerdt, Mauri Luiz January 2008 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduaçào em Engenharia de Produção / Made available in DSpace on 2012-10-23T17:05:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
252691.pdf: 1679009 bytes, checksum: b2d6d66a142c45e5ab600bdcf07db130 (MD5) / A pesquisa faz uma análise da contemporaneidade e suas implicações para a teoria/epistemologia e gestão organizacionais, pautada especificamente na compreensão de subjetividade e sua relação com a organização e o entorno (condições sociais, econômicas, políticas e culturais). A contemporaneidade diz respeito a um conjunto próprio de idéias da história recente e da atualidade que se diferenciam da modernidade clássica. Os conteúdos teóricos são analisados de forma mais concreta pelo estudo dos Mini-Projetos Alternativos (MPAs), empreendimentos autogestionários que existem desde 1989 em Santa Catarina e que atualmente estão integrados num movimento mais amplo: a economia solidária. Estes projetos valorizam a subjetividade e demonstram como a subjetividade, a intersubjetividade, a gestão e o entorno em que estão inseridos impactam-se reciprocamente, sendo todas estas dimensões capazes de transformações. As temáticas principais - contemporaneidade e subjetividade - se relacionam porque, embora não como tendência predominante, há sinais de valorização da subjetividade no contexto da epistemologia e da gestão organizacionais. Os procedimentos metodológicos seguem uma abordagem multidisciplinar de pesquisa qualitativa e estudo de caso, com a utilização dos métodos fenomenológico e hermenêutico. Desta forma, a pesquisa espera oportunizar contribuições para o avanço da teoria científica em geral e para a teoria e a gestão organizacionais, mas, especialmente, para a gestão dos empreendimentos de MPAs e de economia solidária.
The research analyzes the contemporarity and its implications to the theory/epistemology and organizational management, based specifically in the comprehension of subjectivity and its relation with the organization and the environment (social, economic, politic and cultural conditions). The contemporarity, also called post-modernity by some authors, says respect to a proper set of ideas from the recent history and the present time that are differentiated of classic modernity. The theorical contents are analyzed in a more concrete way by the study of Mini-alternative projects (MPAs), self-managed enterprises that exists since 1989 in Santa Catarina and that currently are integrated in a wider movement: the solidary economy. These projects values the subjectivity and demonstrates with subjectivity, the inter- subjectivity, the management and the environment that they are inserted impacting reciprocally, being all these dimensions capable of transformations. The main themes - contemporarity and subjectivity - relate because, although not as a predominant trend, there are signs of subjectivity valuation in the context of epistemology and organizational management. The methodology procedures follows a multidisciplinary approach of qualitative research and study case, using the fenomenology and hermeneutic methods. In this way, the research expects to opportunize contributions to the advance of scientific theory in general and for the theory and the organizational management, as well as for the management of MPAs enterprises and the solidary economy, specially, and for all organizations that need to incorporate more participative characteristics in its management processes.
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Por uma administração do cotidiano : um estudo ator-rede sobre autogestãoCamillis, Patrícia Kinast de January 2011 (has links)
Na tentativa de compreender como ocorre um processo de autogestão no cotidiano, este estudo parte da abordagem metodológica da Teoria Ator-Rede para acompanhar as atividades de uma cooperativa de trabalho. Sem definições prévias, nem quadro teórico pré-estabelecido, descreve como a autogestão se constrói e é construída nas práticas do dia-a-dia e como é enactada através da articulação de diversos elementos heterogêneos. Considerando humanos e não-humanos como actantes na apresentação de uma experiência autogestionária em que movimentações, relações, tensões, híbridos estão em um constante organizando. Para a Teoria Ator-Rede realidades são enactadas no limite da noção de rede, sendo assim, pode-se questionar: qual a participação da Administração nessa construção? / In order to understand how the process of autogestion happens, this research, in agreement with the methodological approach of the Actor-Network Theory, follows the activities of a work cooperative. Without previous definitions neither a predetermined theory framework, the research describes how the autogestion is constructs and is constructed within day-to-day practices and how is enacted through the articulation of different heterogeneous elements. Considering humans and nohumans as actants in an autogestionary experience in which movements, relations, tensions and hybrids are in constantly organizing. Actor-Network Theory suggests that realities are enacted in the bound of network concept, so, it is possible to ask: what is the participation of the Management in this construction?
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Entre o chão e a gestão da fábrica: as trajetórias dos trabalhadores da FACIT / Between the ground and the office: trajectories their workers from the FACITRaquel de Aragão Uchôa Fernandes 12 September 2012 (has links)
A recuperação de fábricas falidas pelos próprios trabalhadores, que assumem de alguma maneira os meios de produção e retomam as atividades da empresa, é um fenômeno que se tornou recorrente no Brasil a partir década de 90, no contexto de abertura do mercado e crise econômica. Esta investigação parte da experiência da FACIT, em Juiz de Fora/MG, considerando-a no decorrer de sua história, antes e depois da autogestão, em busca dos significados atribuídos pelos trabalhadores à experiência que vivenciaram e suas trajetórias profissionais e de grupo. A compreensão dessa experiência referencia-se na história mais geral do trabalho e de suas transformações no capitalismo contemporâneo, bem como das experiências de autogestão e autonomia dos trabalhadores no interior desse modo de produção. Considera-se o trabalho categoria central na estruturação das trajetórias e identidade dos trabalhadores, sendo a iniciativa de retomarem a produção de empresas falidas uma saída que se impôs com a crise da sociedade salarial, enquanto tentativa de conquista coletiva dos meios de vida. Nesta nova situação, quando se veem proprietários das instalações e reiniciam a produção sem os antigos patrões ou seus representantes imediatos, os trabalhadores trazem consigo suas trajetórias pretéritas forjadas no reino da heterogestão, dificultando a compreensão precisa do que representa a autogestão da empresa. Habituados ao chão-da-fábrica, lugar que até então podiam ocupar na divisão do trabalho da empresa, encontram-se frente à tarefa de assumirem também a gestão da empresa. Entre o chão e a gestão da fábrica, uma nova trajetória se ensaia, com suas contradições e ambiguidades. / The recovery of the bankrupted factories by their workers that take over the means of production and restarted the company activities is a phenomenon, which has become recurring throughout the nineties while the opening of the market and economic crisis. This study departed from the FACIT situation in Juiz de Fora/MG and analyzed it throughout its history before and after the self management process always aiming at finding the meaningful professional experiences the workers had. The understanding of such experience is shown in the general history of labour and its transformation processes in the contemporary capitalism as well as the self-management and autonomy experiences of the workers in the core of the means of production. The work is considered as the central activity in the development of the workers journey and identity and the initiative of restarting the production in the bankrupted companies was the way the workers found in the salary crises scenario as well as a group attempt for the means of life. In the new situation in which the workers are the facilities owners and the production is restarted without the previous bosses or their representatives, the workers own experiences from the hetero management context make the understanding of what self-management is more difficult. The workers who were used to be on the ground of the factory, the place they were allowed to be according to the company organization, are now supposed to run it. Between the ground and the office, a new history is built with its contradictions and ambiguities.
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A educação em Minas é uma grande empresa : reforma curricular, avaliação e subjetividade docente.Lima, Gabriela Pereira da Cunha January 2015 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by giuliana silveira (giulianagphoto@gmail.com) on 2015-12-09T19:02:11Z
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Previous issue date: 2015 / Neste trabalho, problematizamos os efeitos das políticas educacionais neoliberais sobre a subjetividade docente, especialmente por meio dos dispositivos curriculares e de avaliação. De modo mais específico, analisamos a reforma educacional promovida no estado de Minas Gerais (2003 – 2014), nos atentando aos discursos e práticas curriculares e avaliativas que se dirigem aos professores e intentam controlar suas condutas. No primeiro capítulo justificamos o emprego da noção foucaultiana de governamentalidade como ferramenta teórico-metodológica, o que nos possibilitou compreender os mecanismos e as estratégias postos em ação pela reforma mineira como exercícios de poder ao mesmo tempo disciplinadores e performativos. No segundo apresentamos o programa de reforma do Estado instituído pelo governo de Minas Gerais a partir do ano de 2003, intitulado Choque de Gestão, apontando os aspectos da governamentalidade neoliberal que lhe serviram de base, bem como seus
desdobramentos para a educação. O terceiro capítulo trata dos impactos da reforma curricular empreendida no contexto do Choque sobre a subjetividade docente, que instituiu os Conteúdos Básicos Comuns para toda a rede estadual. O quarto e último capítulo analisa o
dispositivo avaliativo articulado em torno do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública, com foco nas estratégias e tecnologias de controle e conduta do trabalho docente. Concluímos reforçando a importância de uma crítica atenta e permanente às reformas educacionais neoliberais, que agem no sentido de transformar a docência em um fazer pautado pelos preceitos da utilidade, da eficiência e da competitividade. _________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT : In this work, we inquiry the effects of neoliberal educational policies on teacher's subjectivity, especially through the curriculum and assessment devices. More specifically, we analyze the educational reform promoted in the State of Minas Gerais (2003 - 2014), considering the speeches, curriculum and assessment practices that address the teachers that intend to control their conduct. In the first chapter we justify the use of Foucault's notion of governmentality as a theoretical and methodological tool, which enabled us to understand the mechanisms and strategies put into action by the “mineira” reform as an exercise of power and at the same time disciplinary and performative. The second shows the State reform program instituted by the government of Minas Gerais since 2003, entitled `Management of Shock`, pointing aspects of neoliberal governmentality that served as its basis, as well as its consequences for education. The third chapter deals with the impact of curriculum reform undertaken in the context of Shock on the subjectivity, through which were instituted Common Basic Contents for the entire State system. The fourth and final chapter analyzes the evaluation device articulated around the “Mineiro Assessment System of Public Education”, focusing on strategies of control and conduct of teaching. We conclude reinforcing the
importance of a close and permanent critique of neoliberal educational reforms, which act to transform teaching guided by the principles of utility, efficiency and competitiveness.
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