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Conservação e introdução da bromélia Dyckia distachya Hassler, uma reófita ameaçada de extinção

Zimmermann, Thalita Gabriella January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T03:19:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 295314.pdf: 11770685 bytes, checksum: 86ebdb27459df94f4e66a8459a8609be (MD5) / A bromélia Dyckia distachya Hassler é endêmica da Bacia do Rio Uruguai e seu habitat natural são ambientes rochosos com corredeiras (reófitas). Devido à construção de três usinas hidrelétricas, sete das oito populações conhecidas dessa reófita foram extintas na natureza. Estas populações foram em parte resgatadas e mantidas em coleções ex situ ou destinadas a tentativas de introdução, que tiveram pouco êxito. Atualmente, a única população natural está no Salto Yucumã, na divisa do Brasil com a Argentina. Diante deste contexto, esta espécie apresenta sérios riscos de extinção. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a emergência e a sobrevivência de plântulas em ambientes ex situ e inter situ (com condições semelhantes ao habitat natural), testar metodologias para a introdução de plantas jovens e monitorar a sobrevivência, crescimento e reprodução vegetativa desses indivíduos nas áreas de conservação inter situ. Em local ex situ, a emergência das plântulas foi avaliada na água e em vermiculita. Como a espécie é rupícula, foi testado uso de três substratos de fixação (esponja floral, fibra de xaxim e fibra de coco) para avaliar a emergência e a sobrevivência das plântulas provenientes de 4 coleções ex situ. Em ambiente inter situ, a semeadura ocorreu em frestas rochosas com acúmulo de substrato ou com cobertura de musgo, e o recrutamento também foi avaliado ao redor de plantas reprodutivas de D. distachya relocadas anteriormente. Na introdução das plantas jovens foram utilizados dois métodos de plantio: espaçado e adensado. Em ambiente ex situ, a emergência das plântulas foi maior na água (73,1%) em relação à vermiculita (68,6%). Entre os substratos de fixação, as maiores médias de emergência foram na esponja floral (65,0%) e na fibra de xaxim (55,7%). Após um ano, a média de sobrevivência na fibra de coco (82,2%) foi maior que na esponja floral (72,0%). Houve diferença na emergência, sobrevivência e vigor das plântulas entre as quatro coleções ex situ estudadas. Em ambiente inter situ, após 18 meses, obteve-se um recrutamento de 0,04% entre as sementes introduzidas, enquanto nas sementes naturalmente dispersas ao redor da planta-mãe as taxas foram de 0,08%. Após 15 meses da introdução das plantas jovens, o número total de rosetas em relação ao introduzido foi de 74,2% no plantio adensado e 50,7% no espaçado. A sobrevivência e crescimento das plantas nos dois métodos de plantio diferiu de acordo com a área de relocação. No plantio espaçado, a sobrevivência, produção de folhas e de ramets foi maior nos jovens com maior tamanho. Após 21 meses da introdução, a reprodução vegetativa ocorreu em 19,7% dos jovens no plantio espaçado, que emitiram entre um e 14 ramets. Três indivíduos produziram inflorescências quando tinham quatro anos de idade. Constatou-se que um dos principais obstáculos no programa de introdução desta reótifa é o recrutamento via reprodução sexuada. As propriedades emergentes que podem desencadear os limiares no estabelecimento de novos indivíduos via sementes em populações artificiais dessa reófita são complexos, e envolvem o tamanho das frestas, acúmulo de substrato, umidade, luz e competição interespecífica. Sugere-se que os principais fatores que influenciaram a sobrevivência das plantas jovens tenham sido as enxurradas, a idade e tamanho no momento da introdução, o período do ano em que foi realizado o plantio, a competição interespecífica e a herbivoria. Nas futuras tentativas de relocação recomenda-se a introdução de plantas jovens através do plantio adensado e espaçado e da semeadura direta de sementes, como forma de gerar maiores probabilidades de fundar novas populações desta espécie. Recomenda-se uma política de maior controle das reófitas nos ambientes a serem alagados pelas hidrelétricas e que haja um programa de proteção dos locais reófilos em que D. distachya foi introduzida, pois caso ocorra a construção de hidrelétricas nas áreas onde houve as introduções, as perdas para esta espécie podem representar sua extinção na natureza. / Rheophytes are species of plants that occur exclusively beside swift-running streams and rivers that experience frequent and sudden floods. The rheophyte Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae) is endemic of the Uruguay River Basin. Due the construction of three hydroelectrics, seven of the eight known natural populations were locally extinct. Nowadays, the only natural population is at Salto Yucumã, localized in the border between Argentina and Brazil. Within this context, this species presents serious risks of becoming extinct. Thus, this study aimed to evaluate the emergency and survival of the seedlings in ex situ and inter situ (with conditions similar to natural habitat) environments, test methodologies to the introduction of young plants and monitor the survival, growth and vegetative reproduction of these individuals in the inter situ conservation areas. In ex situ locals, the emergence was evaluated in water, vermiculite and in three fixation substrates (floral sponge, tree fern fiber and coconut fiber). In inter situ environment, the sowing of the seeds occurred in rock crevices with accumulation of substrate or covered with moss, and recruitment was also evaluated around reproductive adults. In the introduction of the young plants was used two planting methods: sparse and dense. In ex situ environment, the emergency of the seedlings was higher in the water (73.1%) compared to vermiculite (68.6%). Among the fixation substrates, the highest averages of emergency were floral sponge (65.0%) and tree fern fiber (55.7%). After one year, the average of survival in coconut fiber (82.2%) was higher than in the floral sponge (72.0%). There was difference in the emergency, survival and vigor of the seedlings among the four ex situ collections studied. After 18 months, the recruitment of the seeds artificially dispersed in the nature was of 0.04%, and naturally dispersed around the mother plant was of 0.08%. After 15 months of the introduction of the young plants, the number of rosettes in relation to the introduced was higher in the dense planting (74.2%) than in the sparse (50.7%). The survival and growth of the plants in the two methods of planting differed according to the area of relocation. In the sparse planting, the survival, the production of leaves and ramets were higher in the young plants of larger size. After 21 months of introduction, the vegetative reproduction occurred in 19.7% of the young plants in the sparse planting, that emitted among one and 14 ramets. Three individuals reached the reproductive age when were four years old. It was found that one of the main obstacles in the introduction program of this rheophyte is the recruitment of new individuals via sexual reproduction. The emergent properties that can trigger the thresholds in the establishment of new individuals via seeds in artificial populations of this rheophyte are complex and involve the size of the rock crevices, substrate accumulation, humidity, light and interspecific competition. It is suggested that the main factors that influenced the survival of the young plants were the runoffs, the age and size of the plant, the time of the year in which the introduction was done, the interspecific competition, and the herbivory. In the future attempts of relocation of this rheophyte, the introduction of young plants through dense and sparse planting and direct sowing of seeds is recommended, as a way of creating more probabilities to found new populations of this species. A long term monitoring is necessary to follow the process of ormation of these new populations in the areas of inter situ conservation, quantifying the recruitment, in time and space. It is also suggested the inclusion of rheophytes species in the studies of the environmental impact, as a way to conserve this vegetation that is susceptible to habitat loss due the construction of hydroelectrics.
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Florística e fenologia reprodutiva de plantas vasculares na restinga do Parque Municipal das Dunas da Lagoa de Conceição, Florianópolis,SC

Guimarães, Thaís de Beauclair January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal. / Made available in DSpace on 2012-10-22T19:14:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 228806.pdf: 5371089 bytes, checksum: 91b381f198b8b07a506ff9623a2a8ebf (MD5)
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Morfo-anatomia foliar de três espécies reófitas arbustivas do Vale do Itajaí, Santa Catarina

Arioli, Tagiani January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pos-Graduação em Biologia Vegetal. / Made available in DSpace on 2012-10-22T19:43:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 228303.pdf: 437517 bytes, checksum: ca62b04671585058c07ac93f53c1c4ac (MD5)
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Restauração ecológica de uma mata ciliar em uma fazenda produtora de Pinus taeda L. no norte do estado de Santa Catarina

Tres, Deisy Regina January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-22T20:12:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 226003.pdf: 620323 bytes, checksum: 5704a49aeaf38fcc4ad012738f0f180f (MD5) / Em comunidades perturbadas, a chuva e o banco de sementes são responsáveis pela restauração ecológica. Este estudo teve como objetivo avaliar o banco e a chuva de sementes de áreas ciliares e implementar técnicas nucleadoras que proporcionem um aumento na capacidade da restauração ecológica dessas áreas, dentre elas a transposição de solo e poleiros artificiais. Na microbacia do Rio Verde foram instalados coletores de sementes em três áreas ciliares: em uma faixa ciliar de 25m de largura aberta devido ao recente corte de Pinus, em uma formação florestal com 5m de largura de faixa em cada lado do rio, em um fragmento florestal com área ciliar. Também foram instalados coletores de sementes sob poleiros artificiais implantados dentro da faixa ciliar de 25m. O material captado pelos coletores foi recolhido, mensalmente, pelo período de um ano e colocado em casa de vegetação para identificação das sementes através da emergência de plântulas. Foram retiradas amostras de solo de 1m2 e profundidade de cerca 10cm, incluindo a serapilheira, em três pontos de coleta localizados dentro das áreas ciliares de 5m. Em cada ponto foram coletadas quatro amostras de solo em épocas distintas ao longo do ano. Amostras de solo foram levadas em casa de vegetação para identificação das sementes através da emergência de plântulas e transpostas na área ciliar de 25m de maneira a formar núcleos. Tanto a chuva quanto o banco de sementes das três áreas ciliares mostraram-se potenciais para a continuidade da sucessão natural da vegetação local. Todas as formas de vida estiveram presentes no banco e na chuva, com predomínio de ervas e arbustos. A chuva de sementes ocorreu durante todo o ano, com uma média de 83 sementes.m-2, sendo composta principalmente por sementes de dispersão anemocórica e zoocórica. A área do fragmento conservado apresentou maior riqueza e densidade de sementes, seguida da área ciliar de 5m. Os poleiros artificiais incrementaram a chuva de sementes de espécies zoocóricas, tanto em riqueza de espécies quanto em densidade de sementes. Registraram-se 115 espécies no banco de sementes, correspondendo a uma média de 2.273 sementes.m-2. Na transposição de núcleos de solo, 36 espécies foram recrutadas. O potencial de restauração local foi representando pela grande riqueza e diversidade de espécies detectada na chuva e no banco de sementes. As técnicas implantadas e distribuídas na paisagem da microbacia mostraram a capacidade de aumentar a conectividade da área degradada com os fragmentos preservados adjacentes, permitindo a manutenção da biodiversidade em todos os seus níveis e dos processos evolutivos e sucessionais intrínsecos de cada comunidade.
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Aspectos ecológicos de Syngonanthus chrysanthus Ruhland (Eriocaulaceae) nas dunas da Praia da Joaquina, Florianópolis, SC

Bento, Lúcia Helena Gütschow January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-23T07:13:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 251263.pdf: 2909147 bytes, checksum: 20a3df885d244ee587604174ed63d9a4 (MD5) / Syngonanthus chrysanthus conhecida como "capipoatinga-dourada" é uma erva rosetada ocorrente na restinga litorânea. Objetivando conhecer aspectos da história de vida desta espécie nas baixadas entre dunas da Praia da Joaquina, Florianópolis, SC, avaliaram-se aspectos fenológicos e de estratégia de reprodução, além da caracterização dos hábitats de ocorrência, densidade, distribuição espacial e demografia. Para o estudo fenológico, quatro parcelas de 0,09m2 foram marcadas em uma baixada entre dunas. Entre novembro/2005 e dezembro/2006, quinzenalmente, contou-se o número de capítulos nas fenofases de emissão de capítulo, capítulos fechados, capítulos abertos em botão, capítulos abertos em flor, capítulos em frutificação e capítulos em dispersão. Para a caracterização dos indivíduos reprodutivos, em março/2006, julho/2006 e novembro/2006 foram avaliadas todas as rosetas presentes em três parcelas de 0,01m2 coletadas em duas baixadas úmidas e uma alagada, totalizando nove quadrados amostrados por período. Dados referentes ao número de rosetas isoladas e agrupadas; número de escapos e folhas; diâmetro de rosetas e de capítulos abertos e a altura dos escapos florais foram registrados. O hábitat de ocorrência e as espécies co-ocorrentes foram avaliados através de duas transecções de 300m de comprimento paralelas à linha de praia, demarcadas a uma distância de aproximadamente 500m e 800m do mar. Nestas transecções, cem quadrados de 1m2, foram marcados de três em três metros, totalizando 200 quadrados amostrais. Para avaliar a densidade e distribuição espacial foram demarcados 30 quadrados de 0,09m2 em três baixadas entre dunas, totalizando 90 quadrados amostrais (8,1m2). Em cada avaliação (março/2006, julho/2006 e novembro/2006) foram contados o número de rosetas em cada quadrado. Os censos demográficos foram feitos em julho/2005, maio/2006 e novembro/2006 em 14 quadrados de 0,09m2 no entorno de um lago. As rosetas foram mapeadas com auxílio de uma transparência e dados referentes ao estádio reprodutivo, sobrevivência, mortalidade, natalidade foram observados. Mediu-se o diâmetro das rosetas e avaliou-se a origem de novos indivíduos, por germinação ou propagação vegetativa. Sugere-se que S. chrysanthus seja uma planta perene iterópara que inicia o período reprodutivo através da emissão de escapos em agosto. A floração apresenta-se correlacionada positivamente com a pluviosidade e o fotoperíodo, e a frutificação com a temperatura. A dispersão anemocórica ocorre ao longo de todo o ano. Os picos de floração foram registrados em novembro e dezembro e de frutificação em janeiro e fevereiro. Possui alta capacidade de reprodução vegetativa através de rizomas, podendo formar touceiras com até 32 rosetas. Cada roseta é capaz de emitir até seis escapos florais, estimando-se uma média de 13,8 escapos florais por touceira. O número de folhas variou de três a 179. O diâmetro de rosetas vegetativas variou de 1cm a 9,0cm e de capítulos abertos de 0,5cm a 8,0cm. A altura dos escapos florais variou de 2,5cm a 14,5cm. S. chrysanthus tem ampla ocorrência nas baixadas entre dunas, preferencialmente na encharcada (66,6%), seguido da baixada úmida (64,3%) e alagada (38,1%), não ocorrendo no hábitat de dunas. O número de rosetas variou de zero a 142 por quadrado amostral (n=90). A densidade foi de 312,6 rosetas/m2, 290 rosetas/m2 e 239 rosetas/m2 nas amostragens de março/2006, julho/2006 e novembro/2006, respectivamente. A densidade e a distribuição espacial agregada são influenciadas pelo grau de umidade do solo e cobertura vegetal. O censo demográfico mostrou que trata-se de uma espécie anfíbia, apresentando capacidade de tolerar tanto condições de alagamentos temporários quanto períodos de redução hídrica, sendo este último o principal fator de mortalidade. Apesar desse fator a população apresentou capacidade de recrutamento, tanto através da reprodução sexuada quanto pelo brotamento vegetativo.
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A influência da variação do nível de água sobre a estrutura e composição de macrófitas aquáticas na lagoa da baixada do Maciambú, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Palhoça, SC, Brasil

Alves, Jonatha Alexandre Andrade January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-23T17:31:42Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O estudo avalia a influência da variação do nível de água sobre a estrutura e composição de macrófitas aquáticas na Lagoa da Baixada do Maciambú (Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Palhoça, SC, Brasil). No período de agosto 2006 a agosto 2007, foram realizados levantamento e caracterização (formas biológicas) da composição florística. Amostras da cobertura vegetal (Domin transformado) e profundidade foram registradas mensalmente em um quadro de 0,25m², estabelecido a cada 1m em três transectos, sentido margem-centro. Declividade, profundidade máxima e o nível médio de água, também foram registrados. A estimativa de parâmetros fitossociológicos, riqueza, diversidade e equitabilidade, assim como, testes de correlação, regressão, DCA, histogramas e análise de agrupamento, foram utilizados para determinar os padrões espaciais e temporais da comunidade. Foram reconhecidas 29 famílias, 43 gêneros e 59 espécies, sendo 47 formas biológicas puras e 12 em combinações com duas ou mais formas. A composição florística da lagoa revela uma alta riqueza de espécies, representadas pela ocorrência de táxons inéditos, tanto para área, quanto para o Estado. No estudo quantitativo registrou-se 35 espécies, com uma maior riqueza nas zonas mais rasas da lagoa, onde o gradiente e a variação do nível de água criam uma diversidade de habitats. A profundidade, em escala espacial e temporal, pôde ser considerada um bom preditor da diversidade e da riqueza de espécies, aumentando com a maior disponibilidade de recursos ou reduzindo com a contração dos habitats aquáticos. As espécies possuem uma amplitude de ocorrência espacial, tendendo a desenvolver maior cobertura em profundidades preferenciais. A análise temporal da estrutura fitossociológica, demonstra que a abundância das espécies se modifica com a variação do nível de água, reconhecida pela troca na seqüência da composição na lagoa. Durante períodos de maior retenção de água, as macrófitas submersas foram dominantes. A precipitação pluvial pode determinar os agrupamentos florísticos semelhantes na comunidade. Variação no nível de água <60cm de profundidade proporcionou modificações na abundância das espécies, enquanto que variações >1m, precedida de uma estação árida e baixos níveis de água, iniciou um processo sucessional entre as macrófitas submersas. Chara zeylanica Klein ex Willd demonstrou ser uma espécie pioneira e facilitadora para o desenvolvimento de outras espécies. Níveis de água mais estáveis resultaram na sobreposição de nichos, aumentando a competição interespecífica, enquanto que, uma maior amplitude na variação do nível, aumentou a disponibilidade de recursos e a heterogeneidade do habitat, reduzindo a competição. C. usbyana Howe foi co-ocorrente com Potamogeton lucens L. e, a competição entre essas espécies resultou na dominância da Characeae. A anfíbia Enydra sessilis (Sw.) DC., demonstrou ser altamente adaptada a variação no nível de água, dominando frequentemente a composição das macrófitas. A profundidade, o tempo de retenção, a amplitude e a variação do nível de água, foram fatores que influenciaram nos processos de seleção, substituição e distribuição, espacial e temporal na estrutura e composição das macrófitas aquáticas da lagoa. This study evaluates the influence of changes in the level of water on the structure and composition of aquatic macrophytes in Lagoa da Baixada do Maciambú (Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Palhoça, SC, Brazil). From August 2006 to August 2007, survey and characterization (biological forms) of floristic composition were conducted. Samples of cover (Domin transformed) and depth vegetation were recorded monthly in a square of 0.25m², set 1m each in three transects in the margin-center sense. Slope, maximum and average depth of water, were also recorded. The estimation of parameters such as phytosociological, richness, diversity and evenness, as well as tests of correlation, regression, DCA, histograms and cluster analysis were used to determine the spatial and temporal patterns of the community. Twenty nine families, 43 genera and 59 species were recognized, 47 are pure biological forms and 12 in combination with two or more forms. The floristic composition of the pond shows high species richness, represented by the occurrence of taxa not previously described, neither in the area or in the State. In quantitative study 35 species were recorded, with greater wealth in most areas of shallow pond, where the gradient and changes in the level of water creates a diversity of habitats. The depth in the spatial and temporal scale, could be considered a good indicator of diversity and richness of species, increasing with the greater availability of resources or reducing with the contraction of aquatic habitats. The species occurs in a range of spaces, tending to develop in depth more preferential coverage. The temporal analysis of plant structure, shows that the abundance of species changes with the fluctuation of water level, recognized by the exchange in the sequence of composition in the pond. During periods of increased water retention, the submerged macrophytes were dominant. The rainfall may determine the floristic similar groups in the community. Change the water level <60cm of depth provided changes in the abundance of species, while variations> 1m, preceded by a dry season and low levels of water, initiated a succession process between the submerged macrophytes. Chara zeylanica Klein ex Willd proved to be a pioneer species and facilitator for the development of other species. Levels of water more stable resulted in overlapping niches, increasing the inter-specific competition, while a amplitude variation in the level, increased the availability of resources and heterogeneity of habitat, reducing the competition. C. rusbyana Howe was co-occurrant with Potamogeton lucens L. and the competition between these species resulted in the dominance of the Characeae. The amphibious Enydra sessilis (Sw.) DC., proved to be highly adapted to changes in water level, often dominating the composition of macrophytes. The depth, the retention time, the magnitude and variation of water level, were factors that influenced the procedures for selection, replacement and distribution, the spatial and temporal structure and composition of the aquatic macrophytes in lake.
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Presença e tipos de dormência em sementes de espécies arbóreas da floresta ombrófila densa

Torres, Izabel Christina January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-23T18:52:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 259880.pdf: 285639 bytes, checksum: 0eb21004d28a5989e22db43c886c2afd (MD5) / Este trabalho, sobre a dormência em sementes de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, procurou verificar a eventual associação entre presença e tipo de dormência e família, ambiente de luz e grupo ecológico de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa. Um levantamento bibliográfico estabeleceu um banco de dados sobre 162 espécies pertencentes a 53 famílias. Dentre as espécies presentes no banco de dados, 37% apresentaram sementes dormentes. Entre as espécies apresentando dormência de sementes, 41% ocorrem em ambiente ensolarado, 17% em ambiente sombreado e 35% ocorrem tanto em ambiente ensolarado quanto sombreado. Entre as espécies com dormência, 39% eram não climácicas e 29% eram climácicas. Com relação ao tipo de dormência, do total de espécies com sementes dormentes, 58% apresentaram dormência física, 35% apresentaram dormência fisiológica e 7% apresentaram dormência física+fisiológica. As espécies de ambiente sombreado não apresentaram dormência física, a qual ocorreu em 62% das espécies de ambiente ensolarado e em 58% das espécies de ambiente ensolarado/sombreado. A dormência física foi encontrada em 60% das espécies não climácicas e em 50% das climácicas. A dormência física+fisiológica não foi encontrada em espécies de ambiente ensolarado, mas ocorreu em 33% das espécies de ambiente sombreado e em 25% das espécies de ambiente ensolarado/sombreado. Quatro por cento das não climácicas e 20% das climácicas apresentaram dormência física+fisiológica. Nos exemplos de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa constantes do banco de dados observou-se que a porcentagem de espécies apresentando ou não dormência de sementes não é dependente do ambiente de luz ou do grupo ecológico; que a dormência física tende a ocorrer em maior proporção em espécies de ambiente ensolarado que no sombreado; e que a dormência física+fisiológica tende a ocorrer em maior proporção em espécies de ambiente sombreado que no ensolarado e nas climácicas em relação às não climácicas.
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Aspectos ecológicos da formação em um manguezal em área de aterro hidráulico (via expressa sul, Fpolis, SC), através de mapeamento

Melo, Anderson Tavares de January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-23T20:31:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 260679.pdf: 5535160 bytes, checksum: bc52889ace768249338fb534378f5361 (MD5) / A execução do aterro hidráulico da Via Expressa Sul, localizado no setor centro-sul do distrito sede de Florianópolis, Ilha de Santa Catarina, teve início no ano de 1995, e foi finalizado em 1997 (aterro bruto). Seu objetivo principal foi buscar a melhoria da rede viária em direção ao sul da Ilha. No entanto, o aterro propiciou à vegetação de manguezal, e comunidade biótica associada, um novo ambiente de colonização. Com efeito, este ecossistema, em que a vegetação é o principal representante, desenvolveu-se rapidamente, em um curto intervalo de tempo. Com o propósito de entender os aspectos ecológicos atuantes no desenvolvimento rápido deste tipo vegetacional ao longo do aterro hidráulico, e sua expansão ao longo do mesmo, o presente trabalho buscou mapear diferentes fases da ocupação da vegetação, em cinco anos diferentes (1994, 1997, 2002, 2004 e 2007). Em complemento, foram feitas coletas de informações em campo, mediante observação direta da vegetação e levantamento fotográfico, e medições biométricas e do ambiente físico, em campo, através de 02 estações de coleta de dados, necessários a uma caracterização e compreensão da dinâmica ocorrente neste ambiente. Enquanto o mapeamento permite demonstrar a evolução da vegetação, desde ano posterior à execução do aterramento (1994), até uma situação atual, os dados complementares (observação direta, biometria e parâmetros do meio físico) possibilitam, de uma maneira geral, o conhecimento da estrutura da comunidade vegetal do manguezal propriamente dito, e as características do meio físico em que está inserida. Assim, os dados reunidos, especialmente os oriundos do mapeamento, revelam que houve, de maneira geral, um aumento na cobertura vegetal sobre a área de estudo. The implementation of hydraulic landfill south of Via Express, located in central-southern sector of the district headquarters of Florianopolis, Ilha de Santa Catarina, began in 1995 and was completed in 1997 (landfill gross). Its main goal was to seek improvement of road network toward the south of the island. However, the landfill provided the vegetation of mangrove and associated biotic community, a new environment of colonization. Indeed, this ecosystem, where the vegetation is the main representative, has grown rapidly in a short period of time. In order to understand the ecological aspects working in the rapid development of this type vegetation along the embankment hydraulic, and its expansion over the same, this work sought map different stages of the occupation of vegetation in different five years (1994, 1997, 2002, 2004 and 2007). In addition, collections were made in the field of information through direct observation of vegetation and photographic survey, and biometric measurements and the physical environment, in the field, through 02 stations for data collection, required a characterization and understanding of the dynamics in this environment. While the mapping allows demonstrate the evolution of vegetation, since years after the implementation of the grounding (1994), to a current situation, the additional data (direct observation, biometrics and parameters of physical environment) allow, in general, knowledge of structure of the mangrove plant community itself, and the characteristics of the physical environment in which it is inserted. Thus, the data gathered, especially those from the survey show that there was, in general, an increase in vegetation cover over the area of study.
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Crescimento inicial de Colubrina glandulosa Perkins var. Reitzii (M.C. Johnston) M.C. Johnston, em campo e viveiro, sob diferentes intensidades de luz

Oliveira, Ricardo Alexandre Messias de January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-23T20:37:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 255050.pdf: 562048 bytes, checksum: a90ffd2c5294e55e45dc8a25105c40a7 (MD5) / O trabalho teve como objetivo obter dados sobre Colubrina glandulosa Perkins var. reitizi (M.C. Johnson) M.C. Johnson em relação à influência da intensidade de luz e fertilidade do substrato no crescimento inicial de plantas cultivadas em viveiro sob 100, 50 e 20% da luz solar total e o comportamento desta em semeadura direta em ambientes de Floresta Ombrófila Densa Submontana e Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas. Em viveiro plantas crescidas a pleno sol apresentaram valores menores em biomassa total, biomassa de raiz e biomassa de caule, que plantas crescidas a 20% de luz solar plena. Plantas sob 50% de luz solar total (LST) apresentaram valores intermediários, não diferindo estatisticamente entre plantas a pleno sol e 20% de luminosidade. A altura do caule foi maior quanto menor a intensidade de luz. A razão massa seca do caule pela altura do caule (MSC/AC) indica que a maior altura do caule foi acompanhada por crescimento de massa seca por centímetro das plantas sob 20% de luminosidade. Em viveiro com substrato de planície litorânea, plantas sob luz solar plena apresentaram menores valores de biomassa de raiz, caule e folhas, que plantas sob 20% e 50% de luz solar total. A taxa de crescimento relativo, número de folhas, diâmetro do coleto e área foliar, também foi menor a pleno sol. A altura do caule foi menor, quanto maior a intensidade de luz, mas a razão MSC/AC não indica a ocorrência de estiolamento. Comparação entre plantas sob uma mesma intensidade luminosa, mas em substratos diferentes, mostra que o substrato de planície litorânea foi menos favorável ao acúmulo de biomassa, área foliar, número de folhas e altura de plantas. Em plantas a pleno sol a TCR foi bem menor em substrato de planície em relação ao substrato comercial. A semeadura direta em ambiente de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas não apresentou a emergência de nenhum indivíduo mostrando uma não adaptação da espécie a este ambiente em decorrência das freqüentes inundações. Em ambiente de Floresta Ombrófila Densa Submontana a espécie teve um ótimo desenvolvimento nas parcelas com maior luminosidade. As plantas que cresceram nas parcelas recebendo menor intensidade de luz mostraram menor altura e menor diâmetro à altura do colo que plantas crescendo em parcelas com intensidade mais alta de luz.
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Estrutura demográfica e fenologia reprodutiva de Cereus Hildmannianus K. Schum. (Cactaceae), em uma restinga arbustiva do município de Jaguaruna, Santa Catarina

Pereira, Jader Lima 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T08:03:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 275496.pdf: 12870539 bytes, checksum: a436d3d8084512d155bc0433c6d4d0e6 (MD5) / (Estrutura demográfica e fenologia reprodutiva de Cereus hildmannianus K. Schum. (cactaceae), em uma restinga arbustiva do municipio de Jaguaruna, Santa Catarina). A família Cactaceae caracteriza-se por apresentar gêneros endêmicos do continente americano, distribuindo-se, principalmente, em ambientes áridos e semi-áridos. Porém, não se restringem apenas a estes ambientes, podendo ser encontradas habitando diferentes ecossistemas desde o nível do mar até mais de 5000 metros de altitude, do Canadá até a Argentina. A espécie de estudo, Cereus hildmannianus K. Schum., caracteriza-se por apresentar ampla distribuição, estendendo-se desde o sudeste do Brasil até o Rio Grande do Sul, ocupando os mais diferentes habitats, desde o litoral, onde ocupa ambientes como a restinga, até os planaltos. Além disso, a espécie pode ser encontrada difundida em florestas semi-úmidas e úmidas, subtropicais e tropicais do planalto leste do Chaco no sudeste da América do Sul. O presente trabalho tem como objetivo principal avaliar a distribuição espacial e a fenologia reprodutiva de Cereus hildmannianus em uma restinga arbustiva. Para tanto, foram traçados quatro transectos de 200 m de comprimento, onde foram registrados todos os indivíduos de Cereus hildmannianus que se encontravam até 5 m de distancia da linha central do transecto, com o objetivo de caracterizar a estrutura da população. Para avaliar a fenologia foram marcados 30 indivíduos e estes monitorados durante um ano (dez/2007 até nov/2008). Para cada um dos indivíduos observou-se o número de estruturas reprodutivas (flores e frutos) produzidas, além do registro de dados referentes ao tamanho dos indivíduos, como diâmetro a altura do peito (DAP) e altura. Os dados de fenologia foram correlacionados com as variáveis climáticas do período de estudo e com os dados relativos ao tamanho dos indivíduos. Foram registrados 164 indivíduos (205 ind.ha-1) nos quatro transectos de amostragem (0,8 ha), obtendo-se uma média de 41 (desvio padrão = ±19,78) indivíduos por transecto. A população apresentou reduzida proporção de indivíduos considerados plântulas e juvenis, que pode ser um reflexo do baixo aporte de sementes, mas também pelas restrições ambientais ao estabelecimento das plântulas. Dentre as espécies arbustivo-arbóreas presentes nesta restinga, análises de vizinhos mais próximos mostraram que Dodonea viscosa (U = 21,00; p = 0,0002), Eugenia catharinae (U = 17,00; p = 0,037), Guapira opposita (U = 89,50; p = < 0,0001), Ilex theezans (U = 2,50; p = 0,033), Ocotea pulchella (U = 15,00; p = 0,04), Sebastiania serrata (U = 183,50; p = < 0,0001) e Siphoneugena reitzii (U = 0,00; p = 0,0007) tenderam a ocorrer mais próximas a Cereus hildmannianus do que observado em amostragem ao acaso. Destas, entretanto, apenas Sebastiania serrata mostrou ocorrência mais frequente junto a esta Cactaceae, o que pode sugerir uma evidência de associação entre as duas espécies. Esta tendência de associação pode ser o resultado de interações positivas com plantas-berçário. Neste sentido é possível sugerir que Sebastiania serrata é uma espécie facilitadora de Cereus hildmannianus em ambientes de restinga onde estas espécies ocorrem naturalmente. O período de produção de flores teve início durante dez/2007 e se estendeu até jul/2008, apresentando seu pico de atividade e intensidade durante os meses de fev/2008 e jan/2008, respectivamente. A frutificação foi mais curta, tendo iniciado em jan/2008 até jun/2008, com pico em fev/2008 e mar/2008, para os índices de atividade e intensidade, respectivamente. A população apresentou correlação positiva significativa entre as variáveis DAP e número de ramos e o número de flores produzidas por indivíduo (rs = 0,471; p = 0,008 e rs = 0,501; p = 0,005, respectivamente). Não foi encontrada correlação entre os eventos fenológicos e a precipitação. Houve correlação positiva significativa entre temperatura e a fenofase de floração, indicando a possibilidade de tais eventos biológicos estarem relacionados com esta variável.

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