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Revirando malas : entre histórias de bonecas e crianças

Souza, Fernanda Morais de January 2009 (has links)
Esta Dissertação de Mestrado surge da vontade de problematizar/agir/pensar diferente sobre bonecos e bonecas que historicamente fazem parte do brincar infantil. Apresento às crianças bonecos com “corpos diferentes” – negro, de óculos, gordo, cabelo liso, crespo, carapinha etc. Busco, com estes materiais, entender como as crianças operam com os conceitos de corpo, raça e gênero em suas brincadeiras. Inspiro-me em autores pós-estruturalistas e dos Estudos Culturais. Procuro traçar caminhos que cruzam as histórias das infâncias e das bonecas com os modos de ser sujeito infantil. Procuro, através das ‘coisas ditas’, por elas enunciadas, compor um corpus de pesquisa feito de palavras, frases, brincadeiras, ou seja, tento descrever as práticas discursivas que emergiram de nossas conversas para entender como se operavam tais conceitos. Observo como os modos de pensar sobre o se “ter um corpo” estão atrelados a um conjunto de discursos e verdades. Agir com as crianças e observá-las a agir sobre os brinquedos e as imagens proporcionaram a análise de um conjunto de discursos sobre os modos de constituir determinados objetos, neste caso, as/os bonecas/os, utilizadas/os, de certa maneira, para produzir infâncias. / This Master Dissertation emerged from the intention to problematizing/think/act different about the dolls that historically belong to childhood’s play. I introduce, to the children, dolls with “different bodies” – such as black, wearing glasses, fat, straight hair, curled hair, crisp hair, etc. With these materials, I seek after understanding how the children handle with body concepts, race and gender, within their plays. I inspire myself on pos-structuralisms authors and also Cultural Studies. I look for tracing paths, which pass over childhood and dolls stories, as well as the way to be infantile. Through the way “said things” are announced, I seek after composing a corpus research made of words, sentences, entertainments, nevertheless, having to describe discursive practices that emerged from our conversations, in order to comprehend how certain concepts work. I observe the way of thinking about “having a body”, is tied to a set of discourses and truths. Act with children and observe them acting on toys and images provided analysis of a series of speeches on how to set up certain objects, in this case, the dolls, used in a way, to produce childhoods.
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Revirando malas : entre histórias de bonecas e crianças

Souza, Fernanda Morais de January 2009 (has links)
Esta Dissertação de Mestrado surge da vontade de problematizar/agir/pensar diferente sobre bonecos e bonecas que historicamente fazem parte do brincar infantil. Apresento às crianças bonecos com “corpos diferentes” – negro, de óculos, gordo, cabelo liso, crespo, carapinha etc. Busco, com estes materiais, entender como as crianças operam com os conceitos de corpo, raça e gênero em suas brincadeiras. Inspiro-me em autores pós-estruturalistas e dos Estudos Culturais. Procuro traçar caminhos que cruzam as histórias das infâncias e das bonecas com os modos de ser sujeito infantil. Procuro, através das ‘coisas ditas’, por elas enunciadas, compor um corpus de pesquisa feito de palavras, frases, brincadeiras, ou seja, tento descrever as práticas discursivas que emergiram de nossas conversas para entender como se operavam tais conceitos. Observo como os modos de pensar sobre o se “ter um corpo” estão atrelados a um conjunto de discursos e verdades. Agir com as crianças e observá-las a agir sobre os brinquedos e as imagens proporcionaram a análise de um conjunto de discursos sobre os modos de constituir determinados objetos, neste caso, as/os bonecas/os, utilizadas/os, de certa maneira, para produzir infâncias. / This Master Dissertation emerged from the intention to problematizing/think/act different about the dolls that historically belong to childhood’s play. I introduce, to the children, dolls with “different bodies” – such as black, wearing glasses, fat, straight hair, curled hair, crisp hair, etc. With these materials, I seek after understanding how the children handle with body concepts, race and gender, within their plays. I inspire myself on pos-structuralisms authors and also Cultural Studies. I look for tracing paths, which pass over childhood and dolls stories, as well as the way to be infantile. Through the way “said things” are announced, I seek after composing a corpus research made of words, sentences, entertainments, nevertheless, having to describe discursive practices that emerged from our conversations, in order to comprehend how certain concepts work. I observe the way of thinking about “having a body”, is tied to a set of discourses and truths. Act with children and observe them acting on toys and images provided analysis of a series of speeches on how to set up certain objects, in this case, the dolls, used in a way, to produce childhoods.
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A metarrepresentação na brincadeira de faz-de-conta : uma investigação da teoria da mente

Carraro, Luciane January 2003 (has links)
A Teoria da Mente é uma área de estudo que investiga a compreensão da mente pelas crianças pequenas. Uma das questões centrais nesta investigação refere-se a quando a criança começa a entender a mente em sua dimensão metarrepresentativa. Neste estudo, examinou-se o status metarrepresentativo da brincadeira de faz-de-conta, considerada como uma das atividades que indicam a presença de uma teoria da mente, e a sua relação com o nível representativo apresentado nas tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, e no emprego de termos mentais. Os dados foram obtidos através de testagem, entrevista e de uma sessão de observação, em que cada um dos sete participantes, com seis anos de idade, foi observado por vinte minutos. As crianças foram filmadas interagindo com colegas e brinquedos e suas falas gravadas, utilizando-se um microfone de lapela. Os resultados mostraram que todas as crianças do estudo resolveram as tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, indicando a presença de uma teoria da mente e da capacidade de metarrepresentação. Quanto à brincadeira de faz-de-conta, houve predomínio de episódios categorisados como de brinquedo não-metarrepresentativo, apesar de seis crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo. Quanto ao uso de termos mentais, cinco crianças, em suas conversações, empregaram termos mentais considerados metarrepresentativos. Apesar das crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo, de resolverem corretamente as tarefas e de empregarem termos mentais que requerem metarrepresentação para serem compreendidos, não parece haver uma relação linear entre esses indicadores. Os resultados confirmam a hipótese de alguns autores de que a brincadeira de faz-de-conta metarrepresentativa ocorre mais tardiamente no desenvolvimento, estando estreitamente relacionada à compreensão da sintaxe do termo mental fazer de conta.
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As relações entre deficiência visual congênita, condutas do espectro do autismo e estilo materno de interação

Souza, Ana Delias de January 2003 (has links)
Este estudo examinou a presença das condutas do espectro do autismo em crianças portadoras de deficiência visual congênita (DVC), sobretudo, comprometimentos da habilidade de atenção compartilhada (AC) e estereotipias motoras. O estilo de interação das mães ao tentar engajar os seus filhos em brincadeiras, também foi investigado, bem como, a qualidade do brinquedo dessas crianças. Participaram do estudo 8 díades mãe-criança distribuídas em dois grupos, com DVC e com desenvolvimento típico (DT). Foram realizadas entrevistas com as mães e sessões de brinquedo livre. As informações sobre dados sociodemográficos e de desenvolvimento da criança, contidas nas entrevistas realizadas com as mães, foram utilizadas na caracterização da amostra. Os vídeos das sessões de observação foram utilizados para a codificação dos comportamentos maternos e infantis. Os resultados mostraram que 2 das crianças com DVC apresentaram uma freqüência maior de AC comparadas às crianças com DT. Da mesma forma, 2 das crianças com DVC apresentaram estereotipias motoras, porém as freqüências foram bastante baixas. Apenas uma das mães das crianças com DVC apresentou maior freqüência de diretividade materna comparada à mãe da criança com DT, contrariando a expectativa inicial. Notou-se também a ocorrência de brinquedo simbólico no grupo das crianças com DVC. Esses resultados, que contrariaram algumas das expectativas da literatura apontam para a idéia de que as crianças com DVC podem não estar em risco para desenvolver condutas do espectro do autismo na medida em que forem estimuladas apropriadamente pelos cuidadores sensíveis às suas pistas e necessidades.
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O brincar na diversidade das famílias: análise da narrativa de familiares sobre o brincar / Play on the diversity of families: analysis of the narrative of families about play

Valeria de Oliveira Macedo Sitta 18 February 2014 (has links)
O presente trabalho na área de Psicologia e Educação tem como objeto de estudo a família na educação da criança pequena, abordando o brincar como o eixo do processo que estabelece vínculos entre as crianças e os membros familiares. O objetivo foi identificar os brinquedos e brincadeiras que as crianças usam nos contextos familiares; compreender por meio das narrativas familiares quais as preferências das brincadeiras das crianças (objetos usados e sujeitos que participam) e identificar como a diversidade das famílias interfere na escolha de brinquedos e brincadeiras. A metodologia adotada fundamenta-se no paradigma qualitativo, que analisa um fenômeno específico que se refere ao brincar no âmbito familiar. O método aplicado foi o estudo de caso, que envolveu vinte famílias entrevistadas, com filhos de idades entre 0 a 10 anos. As famílias foram selecionadas conforme a diversidade que compõem, a etnia, religião, profissão e nível de escolaridade. Neste contexto, os dados foram coletados a partir da narrativa de membros familiares, de encontros com grupos de mães e pais, da criação de grupo de e-mails, entrevistas nas casas com as famílias e contato com as crianças, para registro de fotos dos ambientes lúdicos disponíveis. A partir dos dados coletados, verificou-se os tipos de mediações existentes no ambiente familiar, propondo uma reflexão sobre as formas de brincar na diversidade das famílias. Tais reflexões sustentaram-se em referências teóricas, tais como Vygotski (1978), Melhuish (2010), Vandenbroeck (2009), Wertsch (1988) e Daniels (2003). As considerações finais indicam que a família exerce uma grande importância na escolha dos brinquedos e brincadeiras das crianças pequenas e, no brincar, notam-se relacionamentos mais estreitos entre a criança e os membros familiares. A análise das narrativas mostra, também, que a diversidade das famílias participantes influencia nas decisões a respeito das diferentes formas de brincar. / The present work in Psychology and Education field has as object of study the family on young children education, covering play as the axis of the process that establishes connections between children and family members. The aim was to identify toys and games that children use in familiar contexts, understanding through the family narratives which are the preferences of the childrens play (the objects that are used and the subjects involved) and identify how the diversity of families interfere in the choice of toys and games. The methodology adopted is based on the qualitative paradigm that analyzes a specific phenomenon, which refers to the play in family scope. The applied method was the case study, which involved twenty interviewed families with children aged 0 to 10 years old. Families were selected according to the diversity that compose, ethnicity, religion, occupation and education level. In this context, data were collected from the narrative of the familiar members, meetings with groups of mothers and fathers, the creation of the e-mail group, interviews at the families homes and contacts with children, for registration of pictures of available ludic environments. From the data collected, types of existing mediations on familiar environment were verified, proposing a reflection about the ways of play in the diversity of families. Such reflections were supported on theoretical references, such as Vygotski (1978), Melhuish (2010), Vandenbroeck (2009), Wertsch (1988) and Daniels (2003). Final considerations indicates that family exert a great importance in the selection of toys and plays for young children and, in the play, are noticed closer relationships between the child and family members. The analysis of the narratives also indicates that the diversity of the participating families influence the decisions about different ways of playing.
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As relações entre deficiência visual congênita, condutas do espectro do autismo e estilo materno de interação

Souza, Ana Delias de January 2003 (has links)
Este estudo examinou a presença das condutas do espectro do autismo em crianças portadoras de deficiência visual congênita (DVC), sobretudo, comprometimentos da habilidade de atenção compartilhada (AC) e estereotipias motoras. O estilo de interação das mães ao tentar engajar os seus filhos em brincadeiras, também foi investigado, bem como, a qualidade do brinquedo dessas crianças. Participaram do estudo 8 díades mãe-criança distribuídas em dois grupos, com DVC e com desenvolvimento típico (DT). Foram realizadas entrevistas com as mães e sessões de brinquedo livre. As informações sobre dados sociodemográficos e de desenvolvimento da criança, contidas nas entrevistas realizadas com as mães, foram utilizadas na caracterização da amostra. Os vídeos das sessões de observação foram utilizados para a codificação dos comportamentos maternos e infantis. Os resultados mostraram que 2 das crianças com DVC apresentaram uma freqüência maior de AC comparadas às crianças com DT. Da mesma forma, 2 das crianças com DVC apresentaram estereotipias motoras, porém as freqüências foram bastante baixas. Apenas uma das mães das crianças com DVC apresentou maior freqüência de diretividade materna comparada à mãe da criança com DT, contrariando a expectativa inicial. Notou-se também a ocorrência de brinquedo simbólico no grupo das crianças com DVC. Esses resultados, que contrariaram algumas das expectativas da literatura apontam para a idéia de que as crianças com DVC podem não estar em risco para desenvolver condutas do espectro do autismo na medida em que forem estimuladas apropriadamente pelos cuidadores sensíveis às suas pistas e necessidades.
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A metarrepresentação na brincadeira de faz-de-conta : uma investigação da teoria da mente

Carraro, Luciane January 2003 (has links)
A Teoria da Mente é uma área de estudo que investiga a compreensão da mente pelas crianças pequenas. Uma das questões centrais nesta investigação refere-se a quando a criança começa a entender a mente em sua dimensão metarrepresentativa. Neste estudo, examinou-se o status metarrepresentativo da brincadeira de faz-de-conta, considerada como uma das atividades que indicam a presença de uma teoria da mente, e a sua relação com o nível representativo apresentado nas tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, e no emprego de termos mentais. Os dados foram obtidos através de testagem, entrevista e de uma sessão de observação, em que cada um dos sete participantes, com seis anos de idade, foi observado por vinte minutos. As crianças foram filmadas interagindo com colegas e brinquedos e suas falas gravadas, utilizando-se um microfone de lapela. Os resultados mostraram que todas as crianças do estudo resolveram as tarefas de crença falsa e de aparência-realidade, indicando a presença de uma teoria da mente e da capacidade de metarrepresentação. Quanto à brincadeira de faz-de-conta, houve predomínio de episódios categorisados como de brinquedo não-metarrepresentativo, apesar de seis crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo. Quanto ao uso de termos mentais, cinco crianças, em suas conversações, empregaram termos mentais considerados metarrepresentativos. Apesar das crianças apresentarem episódios de faz-de-conta metarrepresentativo, de resolverem corretamente as tarefas e de empregarem termos mentais que requerem metarrepresentação para serem compreendidos, não parece haver uma relação linear entre esses indicadores. Os resultados confirmam a hipótese de alguns autores de que a brincadeira de faz-de-conta metarrepresentativa ocorre mais tardiamente no desenvolvimento, estando estreitamente relacionada à compreensão da sintaxe do termo mental fazer de conta.
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Modelando parentes: sobre as redes de relações da ritxo(k)o entre os Karajá / Shaping Kinspeople: about the ritxo(k)o relationships networks among the Karaja

Joana Silva de Araujo Farias 16 December 2014 (has links)
A ritxo(k)o tem sido citada na bibliografia etnográfica desde a primeira expedição que chegou ao Araguaia em 1887. Desde então tem sido traduzida como \"boneca karajá\" e muitas etnografias sugerem seu papel como brinquedo de criança. O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre essa tradução, tentando entender quais as redes de relações que a ritxo(k)o engendra e participa. Mostrarei que a ritxo(k)o está inserida nas redes de relações de parentesco, ao mesmo tempo que constitui algumas dessas relações, em especial aquelas entre avós e netas. Também ressaltarei seu lugar de importância nas relações com os tori (os não indígenas). O parentesco é aqui abordado como processo de produção de corposparentes, portanto, além de explorar a produção das relações entre os parentes, também me voltarei para o corpo que se visa construir nesse processo. Irei sugerir que este corpo é produzido através de processos que se assemelham aos utilizados na produção de objetos, como a ritxo(k)o. Por último apresentarei uma reflexão sobre a questão do brinquedo nas sociedades ameríndias. / The bibliography has mentioned the ritxo(k)o since the first expedition which took place in Araguaia in 1887. From this time forward, the researchers chose to translate it as karaja doll and suggest its place as a childrens toy. The present research aim to discuss this translation, based on the relation networks in which ritxo(k)o participates and produce. I will demonstrate that the ritxo(k)o participates in relation networks between kin and at the same time is constitutive of some of this relations, especially those between grandmother and granddaughter. Also, I will remark its important place among the relations with the tori (nonindigenous). I talk about kinship as a process that produces kin-bodies. This approach requires not only an exploration of the production process of kin relations, but of the body that is constituted in this process as well. I will suggest that this body is produced through process that resemble those used to produce objects. In the conclusion, I will present a discussion about the matter of toys among the Amerindians.
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Examinando os processos de assimilação, transformação, construção e compartilhamento de cultura entre crianças de dois anos no ambiente de creche

Maria Ferreira de Lucena, Juliana 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo744_1.pdf: 2838749 bytes, checksum: 5efcfd4fa87bbaf959cac3398e1186c2 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Esse estudo discute os processos de assimilação, transformação, construção e transmissão culturais entre crianças de um grupo de creche, em situação de brincadeira livre, processos que potencializam a constituição de uma microcultura naquele grupo de brinquedo, tal como caracterizado na literatura da Psicologia do Desenvolvimento Infantil. A investigação está apoiada nos estudos realizados por Bruner e por Tomasello, e na teoria de Wallon. Esses três autores reconhecem a espécie humana como biologicamente sociocultural com adaptações precoces para essa especificidade, por exemplo, a necessidade de interações sociais desde o início da vida. Em diálogo com a Sociologia da infância, utiliza-se o conceito de peer culture cunhado por Corsaro e Molinari: um conjunto estável de atividades ou rotinas, artefatos, valores e interesses que as crianças produzem e compartilham em interação com seus pares de idade . Participaram da pesquisa 20 crianças de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), que agrega creche e pré-escola, da cidade do Recife, com idade média de dois anos e dois meses, pertencentes ao mesmo agrupamento etário (Grupo 1). As crianças foram observadas nas suas próprias salas de convivência ou em outros espaços de lazer da instituição, com a presença das professoras e auxiliares. A videogravação foi utilizada como recurso para o registro das observações e estas ocorreram em situação de brincadeira livre, por 24 minutos em média, duas vezes por semana, durante um período de quarenta e cinco dias, perfazendo um total de 11 sessões videogravadas. Os dados foram tratados por meio da análise microgenética: cada sessão foi observada atentamente, várias vezes, e 56 episódios foram identificados, recortados e transcritos em detalhe. Esses episódios interacionais apresentavam indícios de construção de uma rotina de brincadeira e/ou a criação de significados incomuns para os objetos da própria instituição que as crianças fazem uso (brinquedos, cadeiras, mesas, carteiras, etc.). Além dessas características, antecipava-se que a atividade recortada tinha potencial para persistir e se estender no grupo. A análise dos episódios foi realizada em três grandes tópicos de discussão: 1) trazendo conhecimentos produzidos na macrocultura para a microcultura do grupo de brinquedo; 2) construindo e transformando significações durante a brincadeira; 3) transmitindo as significações compartilhadas para outras crianças do mesmo agrupamento etário com potencial de transformarem-se em microcultura daquele grupo de brinquedo. Os dados revelaram que, mesmo sem a ocorrência de linguagem verbal, ou apenas com seu uso incipiente, o processo de significação em que as crianças se envolvem pode ser inferido por meio de suas ações, gestos, sons, mímica e outros movimentos de seu corpo. As brincadeiras se desenrolam considerando-se regras claramente definidas por elas que as orientam e sugerem do que‟ e como‟ brincarem, por exemplo, imitando as ações do colega para compartilhar com ele um roteiro base de brincadeira. A reprodução da ação também é interpretada pela criança, que a re-significa e a incrementa durante a brincadeira. Repetindo e adicionando variações a um tema de brincadeira que persiste no grupo, as crianças, cooperativamente, consolidam uma estrutura de participação identificável de brincadeira e constroem uma microcultura compartilhada
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Validação ergonômica, situada e multiprofissional de brinquedo educativo: um estudo de caso do LOPU

Gonçalves , Shirley Belém 31 August 2015 (has links)
Submitted by Leonardo Cavalcante (leo.ocavalcante@gmail.com) on 2018-06-05T12:00:32Z No. of bitstreams: 1 Arquivototal.pdf: 10042444 bytes, checksum: 6385694012e97e267fc17c6de8804ce3 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-05T12:00:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arquivototal.pdf: 10042444 bytes, checksum: 6385694012e97e267fc17c6de8804ce3 (MD5) Previous issue date: 2015-08-31 / The objective of this research was to validate the educational toy LOPU as its contribution to the motor, social and intellectual development of children with typical and atypical development. For this validation, we used the ergonomic methodology to set and multi validation of educational toys (Saldanha, 2013, 2015) conducted by Participatory ergonomics (Hendrick, Kleiner, 2006; Saldanha, 2004), associated with the method of the Ergonomic Analysis of work- AET (Wisner, 1987; Guérin et al, 2001; Vidal, 2003), through a systematic process of social construction (Daniellou, 1988 Saldanha, 2004) and consists of the following steps: Education demand and social construction with institutions and participants; Adjustments in the design and construction of the toy prototype full-scale; Validation located and multi-use of educational toy for children with typical development and / or atypical, through designed plays, implemented and evaluated by specialized professionals; Tabulation and analysis of results for the toy contribution to the development of children's skills, the potential and limitations of the toy and improvement proposals for the toy design. Validation of LOPU occurred in basic education school in a federal university and a foundation to support people with disabilities. Validation was attended by 22 professionals (teachers, educators, speech therapists, psychologists, occupational therapists and rehabilitation), 60 children of typical development between the ages of 2 and 6 years, and 30 children and adolescents from atypical development (people with Down syndrome, intellectual disabilities , autistic, hearing impaired, visually impaired and cerebral palsy) aged 3 to 16 years. According to the school teachers, in 23 different games (25 applications) conducted with 60 children 2-6 years of typical development, LOPU contributed to the development of the following skills: Motor: locomotion (78%); gross motor coordination (48%) and fine (35%); balance (4%). Social interpretation (95%); response command (91%), communication (56%). Intellectual: visual perception (100%), and tactile (74%); association of ideas (95%); shape recognition (60%), numbers (48%), color (39%), letters (22%) animals (17%), senses and organs (9%), and transportation means (4%); Space concept and vocabulary (35%); counting (30%); writing (17%). In 23 games (32 applications) held with 30 children and adolescents with atypical development in Support Disabled Foundation, the professionals found that LOPU contributed to the development of the following skills: Motor: gross motor coordination (69%) and thin ( 39%); Locomotion (69%) and balance (48%). Social: Response command (74%), construction (69%) and communication (48%). Intellectuals: tactile and visual perception (95%), association of ideas (65%), space notion (53%), vocabulary (43%), count (26%), writing (4%), color recognition (48% ), numbers (30%), and forms fruit (22%); animals (17%) and transportation means (9%). The main positive features of the toy were playful aspect, arouse the attention and interest of children's learning, ease of interpretation and assembled by professionals, able to work various aspects of child development. The analysis of the weaknesses, difficulties, limitations and suggestions for improvements, possible adjustments in the final design of LOPU. / O objetivo desta pesquisa foi validar o brinquedo educativo LOPU quanto a sua contribuição para o desenvolvimento motor, social e intelectual de crianças com desenvolvimento típico ou atípico. Para esta validação, foi utilizada a metodologia ergonômica para validação situada e multiprofissional de brinquedos educativos (Saldanha, 2013, 2015), conduzida através da Ergonomia Participativa (Hendrick, Kleiner, 2006; Saldanha, 2004) em associação ao método da Análise Ergonômica do Trabalho-AET (Wisner, 1987; Guérin et al, 2001; Vidal, 2003), mediante um processo sistemático de Construção Social (Daniellou, 1988, Saldanha, 2004). A pesquisa foi composta pelas seguintes etapas: instrução da demanda e construção social junto às instituições e aos participantes; ajustes no projeto e construção do protótipo do brinquedo em escala real; validação situada e multiprofissional da utilização do brinquedo educativo por crianças com desenvolvimento típico e/ou atípico, através de brincadeiras concebidas, implementadas e avaliadas por profissionais especializados; tabulação e análise dos resultados referentes à contribuição do brinquedo para o desenvolvimento de habilidades de crianças e às potencialidades e limitações do brinquedo, e propostas de melhoria para o projeto do brinquedo. A validação do LOPU ocorreu em uma escola de educação básica de uma universidade federal e em uma fundação de apoio a portadores de deficiências. Participaram da validação 22 profissionais (professores, pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeuta ocupacional e reabilitadores), 60 crianças de desenvolvimento típico com idade entre dois e seis anos, e 30 crianças e adolescentes de desenvolvimento atípico (deficientes intelectuais, autistas, deficientes auditivos, deficientes visuais, com síndrome de Down e com paralisia cerebral) com idade entre três e 16 anos. De acordo com os professores da escola, nas 23 diferentes brincadeiras (25 aplicações) realizadas com as 60 crianças de desenvolvimento típico, o LOPU contribuiu para o desenvolvimento das seguintes habilidades: Motoras – locomoção (78%), coordenação motora grossa (48%) e fina (35%) e equilíbrio (4%); Sociais – interpretação (95%); resposta a comando (91%) e comunicação (56%); Intelectuais – percepção visual (100%) e tátil (74%), associação de ideias (95%), reconhecimento de formas (60%), números (48%), cores (39%), letras (22%), animais (17%), órgãos e sentidos (9%) e meios de transporte (4%), noção espacial e vocabulário (35%), contagem (30%) e escrita (17%). Nas 23 brincadeiras (32 aplicações) realizadas com as 30 crianças e adolescentes com desenvolvimento atípico na fundação de apoio ao deficiente, os profissionais especializados constataram que o LOPU contribuiu para o desenvolvimento das seguintes habilidades: Motoras – coordenação motora grossa (69%) e fina (39%), locomoção (69%) e equilíbrio (48%). Sociais – resposta a comando (74%), interpretação (69%) e comunicação (48%). Intelectuais: percepção tátil e visual (95%), associação de ideias (65%), noção espacial (53%), vocabulário (43%), contagem (26%), escrita (4%) e reconhecimento de cores (48%), números (30%), formas e frutas (22%), animais (17%) e meios de transporte (9%). As principais características positivas do brinquedo foram: aspecto lúdico, desperta a atenção e o interesse de aprendizagem das crianças, de fácil interpretação e montagem para os profissionais, possibilidade de trabalhar diversos aspectos do desenvolvimento da criança. A análise dos pontos negativos, dificuldades, limitações e das propostas de melhoria possibilitou ajustes no projeto final do LOPU.

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