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Terapia fotodinâmica antimicrobiana no tratamento da estomatite protética / Photodymanic antimicrobial therapy in the treatment of denture stomatitisAndré Machado de Senna 24 November 2011 (has links)
A estomatite protética (EP), também designada de candidíase atrófica crônica, é a infecção fúngica bucal mais comum em indivíduos portadores de prótese total. Possui etiologia multifatorial, no entanto a presença de Candida spp. no biofilme da prótese é tida como o fator mais importante para o estabelecimento da EP. Este trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento da EP por meio do uso da terapia fotodinâmica antimicrobiana (PDT), mediada pelo azul de metileno. Foram realizados estudos pré-clínicos e clínicos. Protótipos simuladores de prótese total foram confeccionados com polímero de metilmetacrilato, para servir de base para o crescimento do biofilme das seguintes espécies do gênero Candida: C. albicans, C. glabrata, C. dubliniensis, C. krusei, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. guilliermondii. Como fotossensibilizador foi utilizada a solução de azul de metileno em uma concentração de 450μg/mL. Os protótipos com os biofilmes foram irradiados com um laser de comprimento de onda de 660 nm, potência de 100 mW, por um tempo de 80 segundos. Para o estudo clínico, os indivíduos foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo recebeu tratamento convencional, à base do antifúngico Miconazol. O segundo grupo recebeu como tratamento a PDT. Os resultados pré-clínicos mostraram que todas as espécies do gênero Candida foram susceptíveis à PDT, ocorrendo uma redução de colônias que variou de 2,48 a 3,93 log10. Os resultados clínicos foram avaliados tanto quanto à redução de colônias de Candida spp. na mucosa e na prótese, como quanto à melhora do aspecto clínico da mucosa afetada. Tanto a terapia convencional quanto a PDT foram eficientes em tratar a EP. Não houve diferença estatística significante entre os tratamentos instituídos para nenhum dos fatores avaliados. Assim, concluiu-se que a PDT é efetiva no tratamento da estomatite protética. / Denture stomatitis (DS), also called chronic atrophic candidiasis, is the most common oral fungal infection in denture wearers. It has a multifactorial etiology, but the presence of Candida spp. biofilm on the denture is considered the most important factor for the establishment of the DS. This study aimed to evaluate the treatment of DS through the use of photodynamic antimicrobial therapy (PAT), mediated by methylene blue. For this purpose, preclinical studies and clinical trials were performed. Simulators prototypes dentures were made of methyl methacrylate polymer to serve as a basis for biofilm growth of the following species of Candida: C. albicans, C. glabrata, C. dubliniensis, C. krusei, C. tropicalis, C. parapsilosis and C. guilliermondii. Methylene blue solution at a concentration of 450μg/mL was used as a photosensitizer. The prototypes and biofilms were irradiated with a laser of wavelength of 660 nm, potency of 100 mW, for 80 seconds. For the clinical study, subjects were divided into two groups. The first group received conventional treatment based on the use of antifungal Miconazole. The second group received the treatment by PAT. The preclinical results showed that all species of the genus Candida were susceptible to PAT, with a reduction in colonies that ranged from 2.48 to 3.93 log10. Clinical outcomes were evaluated for the reduction of colonies of Candida spp. located in the mucosa and in the prosthesis and relative to the improvement of the clinical aspect of the affected mucosa. Both the conventional therapy and PAT were effective in treating DS. There was no significant statistical difference between PAT and conventional treatment for any of the factors evaluated. Thus, it was concluded that PAT is effective in the treatment of denture stomatitis.
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Avaliação da frequência do polimorfismo nos genes que codificam a lecitina ligadora da manose (MBL) e o antagonista do receptor da interleucina-1 (IL1-Ra) em mulheres portadoras de candidíase vulvovaginal recorrente / Frequency of polymorphisms in the genes coding for mannose binding ligation (MBL) and Interleukin-1 receptor antagonist (IL1- Ra) in women with recurrent vulvovaginal candidiasisMaria Dulce Caoro Horie Wojitani 31 May 2011 (has links)
A candidíase vulvovaginal corresponde a uma das mais frequentes infecções do trato reprodutivo. Estima-se que 75% das mulheres na idade reprodutiva experimentarão pelo menos um episódio de candidíase vulvovaginal durante suas vidas, a maioria evoluirá com episódios infrequentes, entretanto, 5% sofrerão recorrência, ou seja, quatro ou mais episódios de candidíase vulvovaginal comprovadas clínica e laboratorialmente no período de 1ano. Os mecanismos pelos quais as recorrências ocorrem ainda são pouco conhecidos, estando provavelmente relacionados à alterações na imunidade local. O presente estudo teve como objetivo avaliar as associações entre os polimorfismos nos genes que codificam a lecitina ligadora de manose (MBL) e do antagonista do receptor da interleucina 1 (IL1-Ra) com a candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) em mulheres brasileiras. Foram estudadas 100 mulheres portadoras de CVVR atendidas no Serviço de Imunologia Genética e Infecções do Trato Reprodutivo da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Para a análise dos polimorfismos nos genes que codificam para a MBL e o IL1-Ra realizou-se coleta de células bucais que foram enviadas para Division of Immunology and Infectious Diseases of Weill Medical College of Cornell University Resultados: Mulheres com candidíase vulvovaginal recorrente apresentaram maior frequência de polimorfismo no códon 54 do gene que codifica a MBL quando comparadas a mulheres saudáveis. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na frequência do polimorfismo do gene que codifica o IL1-Ra entre os grupos estudados / Vulvovaginal candidiasis is the most common genital infection in women during their childbearing years. About 75% of women suffer at least one syntomatic episode during their lives. Most of them will have infrequent episodes, but 5% will suffer recurrent episode of vulvovaginal candidiasis. The mechanisms responsible for recurrent vulvovaginal candidiasis (RVCC) remain a matter of speculation, although an alteration in local immunity appears to be a major factor. The aim of this study was to assess the correlation between polymorphisms in the genes coding for mannose-binding lectin (MBL) and interleukin-1 receptor antagonist (IL1-Ra) and RVCC in women from São Paulo, Brazil. The study population consisted of 100 women with RVCC, who were seen at Serviço de Infecções do Trato Reprodutivo da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. To analyse for the MBL códon 54 gene polymorphism and for IL1-Ra, buccal cells were obtained with a cotton swabs and shipped to New York at ambient temperature. The polymorphisms were identified in the Division of Immunology and Infectious Diseases of Weill Medical College of Cornell University. Results: Women with RVVC present a high frequency of polymorphisms at codon 54 in the gene coding for MBL; on the other hand there were no differences in polymorphism frequency in the gene coding for IL1-Ra when compared to control women
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Caracterização farmacognóstica e avaliação antifúngica das folhas de Chrysobalanus icaco (Lin) em espécies de Candida / Pharmacognostic antifungal and evaluation of leaves Chrysobalanus icaco Lin in Candida speciesPERES, Ana Regina Maués Noronha 12 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Atualmente, a Candidíase tem se destacado dentre as infecções fúngicas, pela sua alta incidência e mortalidade. Paralelamente, há maior registro de resistência microbiana e de falhas terapêuticas apresentadas pelos antifúngicos disponíveis. Chrysobalanus icaco Lin, espécie nativa da Amazônia, tem sido usado popularmente em micoses, sem comprovação científica, por isso a importância de pesquisas que avaliem suas propriedades antifúngicas. A análise farmacognóstica das folhas do C. icaco indicou teores de perda por dessecação, de cinzas totais e de cinzas insolúveis de 12,3%± 0,0288; 4,31%± 0,0001 e 1,67%± 0,0012, respectivamente. A abordagem fitoquímica do extrato hidroalcoólico das folhas de C. icaco (EHCi) revelou a presença de ácidos orgânicos, açúcares redutores, saponinas, catequinas, depsídeos, fenóis, flavonóides, taninos, proteínas, purinas e aminoácidos. Na análise por CLAE, o mesmo apresentou predomínio de flavonóides, com destaque para Miricetina. Sua atividade antifúngica foi testada por microdiluição em caldo frente à cepa ATCC 40175 de Candida albicans e onze isolados clínicos bucais de Candida albicans, C. dubliniensis, C. parapsilosis e C. tropicalis. A CIM variou de maior de 6,25 mg/mL a 1,5 mg/mL e a CFM, quando determinada, foi igual ou maior que 6,25 mg/mL. O EHCi apresentou moderada atividade frente à cepa ATCC 40175 e fraca atividade antifúngica frente aos isolados clínicos bucais. Estes resultados abrem perspectivas para novos estudos que investiguem frações e substâncias de Chrysobalanus icaco com maior atividade frente a espécies de Candida. / Currently, Candidiasis has stood out among fungal infections, due to its high incidence and mortality. In parallel, there is a greater record of microbial resistance and therapeutic failures presented by antifungals available. Chrysobalanus icaco Lin, a species native to the Amazon, has been popularly used in mycoses, without scientific evidence, so the importance of research to evaluate their antifungal properties. The analysis pharmacognostic of leaves of C. icaco indicated levels of loss on drying, total ash and ash insoluble 12.3% ± 0.0288, 4.31% ± 1.67% ± 0.0001 and 0.0012, respectively. Phytochemical screening of the hydroalcoholic extract of the leaves of C.icaco (EHCI) revealed the presence of organic acids, sugars, saponins, catechins, depsídeos, phenols, flavonoids, tannins, proteins, amino acids and purine. In HPLC analysis, it was dominated by the flavonoids, especially Myricetin. Antifungal activity was tested by microdilution opposite strain ATCC 40175 Candida albicans and eleven clinical isolates of oral Candida albicans, C. dubliniensis, C. parapsilosis and C. tropicalis. The MIC ranged from greater than 6.25 mg / mL to 1.5 mg / mL and CFM, when determined, was equal to or greater than 6.25 mg / mL. The EHCI showed moderate activity against the strain ATCC 40175 and the weak antifungal activity against clinical isolates mouth. These results open new perspectives for studies that investigate fractions and substances Chrysobalanus icaco with greater activity against Candida species.
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Efeito da utilização de culturas láticas probióticas na microbiota vaginal de pacientes acometidas por infecções bacterianas e fúngicas / Effect of lactic acid probiotic cultures utilization on the vaginal microbiota of women diagnosed with bacterial and fungal infectionsMartinez, Rafael Chacon Ruiz 11 December 2008 (has links)
A microbiota vaginal saudável é constituída, majoritariamente, por espécies de lactobacilos que representam uma barreira natural contra microrganismos causadores de doenças como a candidíase vulvovaginal (CVV), vaginose bacteriana (VB) e infecções do trato urinário (ITU), que juntas acometem cerca de um bilhão de mulheres no mundo anualmente. Um melhor entendimento da ecologia microbiana vaginal pode ser útil na otimização de tratamentos existentes para as infecções urogenitais, os quais podem destruir parcialmente a microbiota autóctone, predispor a novas infecções, contribuir para a seleção de microrganismos resistentes e causar efeitos colaterais indesejáveis. A utilização de microrganismos certificadamente probióticos, Lactobacillus rhamnosus GR-1 e Lactobacillus reuteri RC-14, representa uma alternativa terapêutica promissora na abordagem de VB e CVV, uma vez que são capazes de colonizar o trato vaginal, apresentam atividade inibitória frente a diversos patógenos do trato urogenital, exibem risco mínimo para a seleção de microrganismos resistentes e podem auxiliar na restauração da microbiota vaginal. Os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar a prevalência de espécies de lactobacilos na microbiota vaginal de mulheres saudáveis e diagnosticadas com infecções vaginais (CVV e VB) da cidade de Ribeirão Preto (São Paulo, Brasil), (ii) avaliar a capacidade de isolados de lactobacilos produzirem peróxido de hidrogênio (H2O2) e (iii) determinar a eficácia da utilização de L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 no tratamento de CVV e VB, quando co-administrados com medicamentos antimicrobianos tradicionais. Participaram deste estudo, 196 pacientes voluntárias, atendidas por médicos ginecologistas de centros de saúde ligados à Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto (64 saudáveis, 68 diagnosticadas com CVV e 64 diagnosticadas com VB) e duas amostras vaginais de cada paciente foram coletadas com o auxílio de zaragatoas esterilizadas. Uma zaragatoa foi utilizada para semeadura em ágar MRS (de Man, Rogosa & Sharpe), os isolados de bactérias láticas obtidos foram analisados através da técnica de PCR-ARDRA (Reação em cadeia da polimerase Análise de restrição do DNA ribossomal amplificado) e a habilidade de Lactobacillus spp. produzir H2O2 foi determinada semi-quantitativamente. A outra zaragatoa foi utilizada para a análise das espécies de lactobacilos da microbiota vaginal pela técnica independente de cultivo PCR-DGGE (Reação em cadeia da polimerase Eletroforese em gel de gradiente de desnaturação). As leveduras do gênero Candida foram obtidas através da semeadura das amostras vaginais provenientes de pacientes saudáveis e com CVV no meio Chromagar® Candida e identificadas através de provas bioquímicas de referência. As pacientes diagnosticadas com CVV participaram de um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado e foram tratadas com dose única de fluconazol (150mg) e suplementação diária durante 28 dias com (i) duas cápsulas contendo os microrganismos probióticos L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 (Urex-Cap-5®) ou (ii) duas cápsulas de placebo. As pacientes com VB também participaram de um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado e foram tratadas com dose única de tinidazol (2g) e suplementação diária com cápsulas do probiótico (Urex-Cap-5®) ou placebo, conforme descrito acima. Todas as pacientes foram reavaliadas ao final do tratamento, no 28º dia. Foram realizados experimentos para averiguar o possível efeito de L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 na modulação in vitro da infecção por Candida albicans em culturas de células epiteliais vaginais humanas (VK2/E6E7) Os resultados mostraram que, pela técnica de PCR-ADRA, L. crispatus foi a espécie mais prevalente nos grupos de pacientes saudáveis (37,0%) e com CVV (35,9%), enquanto que L. gasseri foi predominante no grupo de pacientes com VB (34,6%). De acordo com o método de PCR-DGGE, L. iners foi o microrganismo mais prevalente nos três grupos de pacientes avaliados: saudáveis, com CVV e VB (48,7%, 44,7% e 65,0%, respectivamente). A maioria dos isolados de Lactobacillus spp. obtidos nos grupos de pacientes saudáveis (98,6%) e diagnosticadas com CVV (97,4%) foram capazes de produzir H2O2 (1 a 100mg/L), em comparação a apenas 68,2%, determinado no grupo de pacientes com VB (p<0,05). L. crispatus e L. johnsonii produziram as maiores quantidades médias de H2O2 (30mg/L). A taxa de colonização por leveduras do gênero Candida foi de 26,6% no grupo de pacientes saudáveis (C. albicans correspondeu a 52,4% de todos os isolados), enquanto que no grupo de pacientes com CVV, 89,2% dos isolados leveduriformes foram identificados como C. albicans. Para as análises estatísticas dos dados obtidos com os testes clínicos, foram consideradas 55 pacientes diagnosticadas com CVV (pela presença de sinais e sintomas da infecção e cultura positiva para Candida sp.) e foi observado que a utilização de dose única de fluconazol e suplementação diária com o probiótico, resultou em taxa de cura mais elevada para a infecção (89,7%) em comparação com aquela verificada no grupo placebo (65,4%) (p<0,05). A utilização de tinidazol em associação com a ingestão diária de Urex-Cap-5® no tratamento de pacientes com VB também resultou em taxa de cura mais elevada para a condição (87,5%), em comparação àquela observada no grupo placebo (50,0%) (p<0,05). A atividade anti-Candida de L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 foi observada através do modelo in vitro para infecção vaginal. Em conclusão, quando as técnicas de PCR-ARDRA e PCR-DGGE foram comparadas entre si, foi observado que ambas apresentaram limitações, evidenciando a importância do emprego de diferentes metodologias para avaliação adequada das espécies de lactobacilos presentes na microbiota vaginal. As espécies de lactobacilos vaginais determinadas nas mulheres saudáveis do presente trabalho foram semelhantes àquelas verificadas em estudos prévios descritos na literatura com pacientes com dieta e localização geográfica notadamente distintas. Os dados do presente trabalho sugerem que a presença de lactobacilos produtores de H2O2, isoladamente, não confere proteção contra CVV, enquanto que a ausência desses microrganismos pode ser um fator contribuinte para VB. Além disso, foi demonstrado que a utilização de medicamentos antimicrobianos tradicionais e suplementação com os microrganismos probióticos L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 foi mais eficiente no tratamento de CVV e VB em comparação com medicamentos clássicos e placebo. Estes resultados podem contribuir para prolongar a vida útil de medicamentos cuja eficácia pode ser comprometida devido à seleção de microrganismos resistentes e também reduzir o tempo de tratamento para pacientes que necessitam de terapias clássicas por períodos prolongados. / The vaginal microbiota is mainly constituted by lactobacilli species, which represent a natural barrier against microorganisms that cause vulvovaginal candidiasis (VVC), bacterial vaginosis (BV), and urinary tract infections (UTI). Together, these conditions afflict each year an estimated one billion women worldwide. A better understanding of the vaginal microbial ecology may be useful to improve the current available treatments for urogenital infections, which can partially destroy the autochthonous microbiota, predispose to other infections, contribute for the selection of resistant microorganisms and cause undesirable collateral effects. The use of microorganisms with demonstrated probiotic properties, Lactobacillus rhamnosus GR-1 and Lactobacillus reuteri RC-14, represents a promising therapeutic alternative for BV and VVC, since they are able to colonize the vaginal tract, present inhibitory against several urogenital pathogens, pose minimal risk for the selection of resistant microorganisms and can help to restore the vaginal microbiota. The objectives of this work were: (i) to evaluate the prevalence of lactobacilli species in the vaginal microbiota of healthy women and those diagnosed with vaginal infections (VVC and BV) in the city of Ribeirão Preto (São Paulo, Brazil), (ii) to evaluate the ability of the lactobacilli isolates to produce hydrogen peroxide (H2O2) and (iii) to determine the efficacy of the use of L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 in the treatment of VVC and BV, in co-administration with traditional antimicrobials. 196 voluntary subjects were examined by the gynecologists team from health centers affiliated with Universidade de São Paulo, campus at Ribeirão Preto (64 healthy, 68 diagnosed with VVC and 64 diagnosed with BV) and two vaginal samples from each patient were collected by the use of two sterile swabs. One swab was cultured in MRS (de Man, Rogosa & Sharpe) agar, the isolates of lactic acid bacteria obtained were analyzed by PCR-ARDRA (Polymerase chain reaction - Amplified ribosomal DNA restriction analysis) and the ability of Lactobacillus spp. to produce hydrogen peroxide was determined semi-quantitatively. The other swab was used for the analysis of lactobacilli species from the vaginal microbiota using the culture-independent PCR-DGGE (Polymerase chain reaction Denaturating gradient gel electrophoresis). The yeasts belonging to Candida genus were obtained also by culturing the vaginal material from healthy and VVC patients in Chromagar® Candida and were identified by standard biochemical tests. VVC patients were enrolled in a randomized, double-blind, placebo-controlled trial and treated with a single dose fluconazole (150mg) and daily supplementation for 28 days with (i) two capsules containing the probiotic microorganisms L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 (Urex-Cap-5®) or (ii) two placebo capsules. BV patients were also enrolled in a randomized, double-blind, placebo controlled trial and treated with a single dose of tinidazole (2g) and supplementation with probiotic capsules (Urex-Cap-5®) or placebo, as described above. All patients were re-evaluated at the end of treatment, on the 28th day. Experiments were also conducted to assess the possible effect of L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 in the in vitro modulation of vaginal infection by Candida albicans on cultures of human vaginal epithelial cells (VK2/E6E7). The results revealed that according to PCR-ADRA, L.crispatus was the most prevalent species in the groups of healthy women (37.0%) and those with VVC (35.9%), while L. gasseri was dominant in BV patients (34.6%). By PCR-DGGE method, L. iners was the most prevalent Lactobacillus species in all the three groups evaluated: healthy, VVC and BV (48.7%, 44.7% and 65.0%, respectively). The majority of the isolates of Lactobacillus spp. from healthy women (98.6%) and those with VVC (97.4%) were able to produce H2O2 (1 to 100mg/L) in comparison with only 68.2% assessed for the BV group (p<0.05). L. crispatus and L. johnsonii produced the highest average levels of H2O2 (30mg/L). Colonization rate by yeasts belonging to Candida genus was 26.6% in the group of healthy patients (C. albicans represented 52.4% of all isolates), whereas in the VVC group, 89.2% of yeast isolates were identified as C. albicans. For the performance of statistical analysis of the results obtained with the clinical trials, 55 patients diagnosed with VVC (by the presence of symptoms and signals of the infection and positive culture for Candida sp.) were taken into consideration and it was observed that the use of a single dose of fluconazole and daily supplementation with probiotics, yielded a higher cure rate (89.7%), in comparison with the placebo group (65.4%) (p<0.05). The use of tinidazole plus probiotic also resulted in higher cure rate of the infection (87.5%), compared to placebo group (50.0%) (p<0.05). An anti-Candida activity of L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 was observed in the in vitro model of vaginal infection. In conclusion, when PCR-ARDRA and PCR-DGGE were compared, it was verified that both presented limitations, which evidences the need of using different techniques for a better knowledge of lactobacilli species present in the vaginal microbiota. The lactobacilli species found in healthy women in this work were similar to those reported in previous studies described in the literature for patients with distinctly different diet and geographic localization. The data of the present work indicate that solely the presence of H2O2-producing isolates does not render protection against VVC, whereas the absence of those microorganisms may be a contributing factor for BV. Moreover, it was demonstrated that the use of classical medicines supplemented with the probiotics L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 was more efficient to treat VVC and BV in comparison with classical medicines plus placebo. These results may contribute to extend the longevity of drugs whose efficacy is compromised due to the selection of resistant microorganisms and also to shorten the length of treatment courses for patients that require long regimens with standard therapy.
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Influência da candidíase vulvovaginal recorrente na qualidade de vida / Influence of recurrent vulvovaginal candidiasis on quality of lifeFukazawa, Eiko Ines 06 December 2018 (has links)
Introdução: A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) afeta aproximadamente 138 milhões de mulheres mundialmente. Motivo frequente de consultas em ginecologia, é definida como a ocorrência de quatro ou mais episódios em um período de 12 meses. Manifesta-se por sintomas extremamente desagradáveis como prurido, corrimento, irritação vulvovaginal, dor, comprometendo as atividades diárias e laborais, vida sexual e relacionamentos sociais. Objetivo: Avaliar a influência da candidíase vulvovaginal recorrente na qualidade de vida de mulheres com essa afecção, comparativamente à mulheres saudáveis. Método: O estudo foi realizado no Setor de Imunologia, Genética e Infecções do Trato Reprodutivo do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de Julho de 2016 à dezembro de 2017, após aprovação pelo comitê de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa do Hospital das Clínicas da FMUSP. Foram avaliadas 100 mulheres com diagnóstico de candidíase vulvovaginal recorrente, confirmado clínica e laboratorialmente (grupo estudo) e 101 mulheres saudáveis (grupo controle), em um estudo transversal analítico caso controle. Para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário validado World Health Quality of Life Abbreviated Assessment (WHOQOL-bref), autoadmininstrado, em ambos os grupos. Tal questionário é constituído por quatro domínios (físico, psicológico, social e meio ambiente) e contem 26 questões. A consistência interna foi avaliada pelo coeficiente de alfa de Cronbach. Para a análíse estatística foram utilizados o teste qui-quadrado e o teste T de Student. Resultados: As médias etárias das mulheres com candidíase vulvovaginal recorrente e das do grupo controle foram 34,0 e 32,2 anos respectivamente. Os escores médios das dimensões do WHOQOL-bref para a percepção da qualidade de vida (59,7), satisfação com a saúde (46,7), físico (54,4), psicológico (56,8), social (51,5), meio ambiente (43,5) para mulheres com candidíase vulvovaginal recorrente foram menores do que os do grupo controle: qualidade de vida (71,3), satisfação com a saúde (67,1), físico (68,5), psicológico (65,8), social (69,1) e meio ambiente (57,4).O coeficiente alfa de Cronbach resultou maior do que 0,8 para as questões gerais e maior do que 0,65 para questões específicas, indicando uma consistência interna quase perfeita e substancial respectivamente. Assim, a percepção da qualidade de vida e a satisfação com a saúde estiveram muito reduzidas nas mulheres com CVVR (p < 0,001). No domínio físico a percepção de dor, falta de energia, problemas com o sono, redução da atividade diária, dependência de medicações ou tratamentos apresentaram-se aumentados em mulheres com candidíase vulvovaginal recorrente (p < 0,001). No domínio psicológico tais mulheres referiram pouca afetividade, baixa autoestima, dificuldade na cognição e depreciação da imagem corporal (p < 0,001). Todos os aspectos sociais, incluindo atividade sexual também se mostraram reduzidos. No domínio meio ambiente apresentaram menor satisfação em seu local de moradia, poucos recursos financeiros, menos atividades recreativas e alto índice de desemprego (p < 0,001). Conclusão: Candidíase vulvovaginal recorrente impactou de maneira negativa múltiplos aspectos do bem-estar das mulheres afetadas. Mulheres com esta condição merecem especial atenção dos profissionais de saúde e também o incentivo de novas pesquisas, que possam melhor elucidar aspectos de susceptibilidade, prevenção e tratamento / Background: Recurrent vulvovaginal candidiasis (RVVC) affects about 138 million women annually worldwide. A frequent reason for gynecologist consults, RVVC is defined as four or more episodes of culture positive symptomatic episodes in a 12 month period. Vulvovaginal itching, irritation, pain, discharge and problems with their sexual and emotional relationships are frequent complaints. We evaluated the influence of RVVC on aspects of quality of life in affected women in comparison to a control group. METHODS: This study was conducted at University of Sao Paulo Hospital of Medicine between July 2016- December 2017. The study was approved by Ethical Committee of University Sao Paulo Medical School. The cross sectional study consisted of 100 women with RVVC and 101 epidemiologically healthy matched women with no history of RVVC. Each subject completed a selfadministrated validated World Health Organization Quality of Life Abbreviated Assessment (WHOQOL-bref) questionnaire, consisting of four domains (physical, psychological, social relations, environment) and composed of 26 questions. Internal consistency of responses was evaluated by Cronbach alpha. Data was analyzed by Chi square and student T test. RESULTS: The mean age of women with RVVC and controls was 34,0 years and 32,2 years, respectively. The mean WHOQOL-bref dimension scores for general health (59,7), life satisfaction (46,7), physical well being (54,5), social relations (51,5), psychological (56,8) and environment (43,5) for women with RVVC were all lower than in the control group: general health (71,3), life satisfaction (67,1), physical (68,5), social relations (69,1),psychological (65,8), and environment (57,4). Cronbach alpha coefficient was > 0.8 for general questions and > 0.65 for specific questions, indicating almost perfect and substantial internal consistency, respectively. In total, perception of quality of life and satisfaction with their health was greatly reduced in the RVVC group (p < 0.001). In the physical dominion, perception of pain, lack of energy, sleep problems, reduced daily activity, reliance on medications or treatments was increased in women with RVVC (p < 0.001). Psychologically, RVVC patients reported lowered affection, cognition, self-esteem and body image (p < 0.001). All aspects of social relations including sexual activity were also reduced (p < 0.001). Patients reported a less satisfactory home environment, lower financial resources, lower frequency of recreational activities and higher unemployment (p < 0.001). CONCLUSION: RVVC affects multiple aspects of affected women\'s well being. Women with this condition deserve serious attention from clinicians and research into susceptibility, prevention and treatment of this infection should receive much greater support
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Prospecção químico-biológica de extratos hidroetanólicos das folhas de Astronium urundeuva na investigação do potencial antifúngico /Bonifácio, Bruna Vidal. January 2018 (has links)
Orientador: Taís Maria Bauab / Resumo: Apesar do grande avanço tecnológico direcionado à indústria farmacêutica, os micro-organismos continuam adquirindo cada vez mais resistência aos fármacos convencionalmente utilizados e, pesquisadores de diversas áreas buscam novas fontes antimicrobianas de origem natural, a exemplo das plantas medicinais. Dentre as infecções fúngicas, destacam-se aquelas causadas por leveduras do gênero Candida sp. a exemplo da a candidíase vulvovaginal (CVV). A planta Astronium urundeuva (Allemao) Engl. apresenta uma série de propriedades biológicas, incluindo a atividade antifúngica. Este trabalho teve como objetivo aprofundar os estudos direcionados a atividade antifúngica dessa planta medicinal de modo a investigar as substâncias responsáveis por esta propriedade biológica através do fracionamento biomonitorado. Dentre os componentes majoritários identificados no extrato (ácido gálico, galato de metila e galato de etila), pode-se observar que as substâncias galato de etila e galato de metila são responsáveis por grande parte da atividade antifúngica contra a espécie C. glabrata enquanto que a atividade contra a espécie C. albicans parece estar relacionada a um efeito sinérgico dos componentes do extrato, incluindo os minoritários. Os resultados do ensaio in vivo confirmaram a atividade antifúngica exibida pelo extrato, mas, além disso, mostrou uma melhor atividade do extrato incorporado na microemulsão (ME), confirmando o efeito fungicida in vitro apresentado por este. Os ensaios de citot... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Despite the great technological advances directed to the pharmaceutical industry, microorganisms continue to acquire more and more resistance to the drugs conventionally used in the therapy, and researchers from several areas keep searching new natural antimicrobial sources, such as medicinal plants. Among fungal infections, we highlight those caused by yeasts from the genus Candida sp., for example vulvovaginal candidiasis (VVC). Astronium urundeuva (Allemao) Engl. plant has various biological properties, including antifungal activity. This work aimed to improve the researches directed to the antifungal activity of this medicinal plant in order to investigate the substances responsible for this biological property using bioassay-guided fractionation technique. Among the major components identified in the extract (gallic acid, methyl gallate and ethyl gallate), we could observe that the substances ethyl gallate and methyl gallate are responsible a large part of the antifungal activity against C. glabrata species whereas the activity against C. albicans species seems to be related to a synergistic effect of the components of the extract, including the minority ones. The in vivo results confirmed the antifungal activity exhibited by the extract, but, in addition, showed a better activity of the extract loaded into a microemulsion (ME), confirming the in vitro fungicidal effect presented by it. The cytotoxicity assays (IC50) performed for VERO, MRC5 and HaCaT cell lines showed t... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Efeito da utilização de culturas láticas probióticas na microbiota vaginal de pacientes acometidas por infecções bacterianas e fúngicas / Effect of lactic acid probiotic cultures utilization on the vaginal microbiota of women diagnosed with bacterial and fungal infectionsRafael Chacon Ruiz Martinez 11 December 2008 (has links)
A microbiota vaginal saudável é constituída, majoritariamente, por espécies de lactobacilos que representam uma barreira natural contra microrganismos causadores de doenças como a candidíase vulvovaginal (CVV), vaginose bacteriana (VB) e infecções do trato urinário (ITU), que juntas acometem cerca de um bilhão de mulheres no mundo anualmente. Um melhor entendimento da ecologia microbiana vaginal pode ser útil na otimização de tratamentos existentes para as infecções urogenitais, os quais podem destruir parcialmente a microbiota autóctone, predispor a novas infecções, contribuir para a seleção de microrganismos resistentes e causar efeitos colaterais indesejáveis. A utilização de microrganismos certificadamente probióticos, Lactobacillus rhamnosus GR-1 e Lactobacillus reuteri RC-14, representa uma alternativa terapêutica promissora na abordagem de VB e CVV, uma vez que são capazes de colonizar o trato vaginal, apresentam atividade inibitória frente a diversos patógenos do trato urogenital, exibem risco mínimo para a seleção de microrganismos resistentes e podem auxiliar na restauração da microbiota vaginal. Os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar a prevalência de espécies de lactobacilos na microbiota vaginal de mulheres saudáveis e diagnosticadas com infecções vaginais (CVV e VB) da cidade de Ribeirão Preto (São Paulo, Brasil), (ii) avaliar a capacidade de isolados de lactobacilos produzirem peróxido de hidrogênio (H2O2) e (iii) determinar a eficácia da utilização de L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 no tratamento de CVV e VB, quando co-administrados com medicamentos antimicrobianos tradicionais. Participaram deste estudo, 196 pacientes voluntárias, atendidas por médicos ginecologistas de centros de saúde ligados à Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto (64 saudáveis, 68 diagnosticadas com CVV e 64 diagnosticadas com VB) e duas amostras vaginais de cada paciente foram coletadas com o auxílio de zaragatoas esterilizadas. Uma zaragatoa foi utilizada para semeadura em ágar MRS (de Man, Rogosa & Sharpe), os isolados de bactérias láticas obtidos foram analisados através da técnica de PCR-ARDRA (Reação em cadeia da polimerase Análise de restrição do DNA ribossomal amplificado) e a habilidade de Lactobacillus spp. produzir H2O2 foi determinada semi-quantitativamente. A outra zaragatoa foi utilizada para a análise das espécies de lactobacilos da microbiota vaginal pela técnica independente de cultivo PCR-DGGE (Reação em cadeia da polimerase Eletroforese em gel de gradiente de desnaturação). As leveduras do gênero Candida foram obtidas através da semeadura das amostras vaginais provenientes de pacientes saudáveis e com CVV no meio Chromagar® Candida e identificadas através de provas bioquímicas de referência. As pacientes diagnosticadas com CVV participaram de um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado e foram tratadas com dose única de fluconazol (150mg) e suplementação diária durante 28 dias com (i) duas cápsulas contendo os microrganismos probióticos L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 (Urex-Cap-5®) ou (ii) duas cápsulas de placebo. As pacientes com VB também participaram de um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado e foram tratadas com dose única de tinidazol (2g) e suplementação diária com cápsulas do probiótico (Urex-Cap-5®) ou placebo, conforme descrito acima. Todas as pacientes foram reavaliadas ao final do tratamento, no 28º dia. Foram realizados experimentos para averiguar o possível efeito de L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 na modulação in vitro da infecção por Candida albicans em culturas de células epiteliais vaginais humanas (VK2/E6E7) Os resultados mostraram que, pela técnica de PCR-ADRA, L. crispatus foi a espécie mais prevalente nos grupos de pacientes saudáveis (37,0%) e com CVV (35,9%), enquanto que L. gasseri foi predominante no grupo de pacientes com VB (34,6%). De acordo com o método de PCR-DGGE, L. iners foi o microrganismo mais prevalente nos três grupos de pacientes avaliados: saudáveis, com CVV e VB (48,7%, 44,7% e 65,0%, respectivamente). A maioria dos isolados de Lactobacillus spp. obtidos nos grupos de pacientes saudáveis (98,6%) e diagnosticadas com CVV (97,4%) foram capazes de produzir H2O2 (1 a 100mg/L), em comparação a apenas 68,2%, determinado no grupo de pacientes com VB (p<0,05). L. crispatus e L. johnsonii produziram as maiores quantidades médias de H2O2 (30mg/L). A taxa de colonização por leveduras do gênero Candida foi de 26,6% no grupo de pacientes saudáveis (C. albicans correspondeu a 52,4% de todos os isolados), enquanto que no grupo de pacientes com CVV, 89,2% dos isolados leveduriformes foram identificados como C. albicans. Para as análises estatísticas dos dados obtidos com os testes clínicos, foram consideradas 55 pacientes diagnosticadas com CVV (pela presença de sinais e sintomas da infecção e cultura positiva para Candida sp.) e foi observado que a utilização de dose única de fluconazol e suplementação diária com o probiótico, resultou em taxa de cura mais elevada para a infecção (89,7%) em comparação com aquela verificada no grupo placebo (65,4%) (p<0,05). A utilização de tinidazol em associação com a ingestão diária de Urex-Cap-5® no tratamento de pacientes com VB também resultou em taxa de cura mais elevada para a condição (87,5%), em comparação àquela observada no grupo placebo (50,0%) (p<0,05). A atividade anti-Candida de L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 foi observada através do modelo in vitro para infecção vaginal. Em conclusão, quando as técnicas de PCR-ARDRA e PCR-DGGE foram comparadas entre si, foi observado que ambas apresentaram limitações, evidenciando a importância do emprego de diferentes metodologias para avaliação adequada das espécies de lactobacilos presentes na microbiota vaginal. As espécies de lactobacilos vaginais determinadas nas mulheres saudáveis do presente trabalho foram semelhantes àquelas verificadas em estudos prévios descritos na literatura com pacientes com dieta e localização geográfica notadamente distintas. Os dados do presente trabalho sugerem que a presença de lactobacilos produtores de H2O2, isoladamente, não confere proteção contra CVV, enquanto que a ausência desses microrganismos pode ser um fator contribuinte para VB. Além disso, foi demonstrado que a utilização de medicamentos antimicrobianos tradicionais e suplementação com os microrganismos probióticos L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14 foi mais eficiente no tratamento de CVV e VB em comparação com medicamentos clássicos e placebo. Estes resultados podem contribuir para prolongar a vida útil de medicamentos cuja eficácia pode ser comprometida devido à seleção de microrganismos resistentes e também reduzir o tempo de tratamento para pacientes que necessitam de terapias clássicas por períodos prolongados. / The vaginal microbiota is mainly constituted by lactobacilli species, which represent a natural barrier against microorganisms that cause vulvovaginal candidiasis (VVC), bacterial vaginosis (BV), and urinary tract infections (UTI). Together, these conditions afflict each year an estimated one billion women worldwide. A better understanding of the vaginal microbial ecology may be useful to improve the current available treatments for urogenital infections, which can partially destroy the autochthonous microbiota, predispose to other infections, contribute for the selection of resistant microorganisms and cause undesirable collateral effects. The use of microorganisms with demonstrated probiotic properties, Lactobacillus rhamnosus GR-1 and Lactobacillus reuteri RC-14, represents a promising therapeutic alternative for BV and VVC, since they are able to colonize the vaginal tract, present inhibitory against several urogenital pathogens, pose minimal risk for the selection of resistant microorganisms and can help to restore the vaginal microbiota. The objectives of this work were: (i) to evaluate the prevalence of lactobacilli species in the vaginal microbiota of healthy women and those diagnosed with vaginal infections (VVC and BV) in the city of Ribeirão Preto (São Paulo, Brazil), (ii) to evaluate the ability of the lactobacilli isolates to produce hydrogen peroxide (H2O2) and (iii) to determine the efficacy of the use of L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 in the treatment of VVC and BV, in co-administration with traditional antimicrobials. 196 voluntary subjects were examined by the gynecologists team from health centers affiliated with Universidade de São Paulo, campus at Ribeirão Preto (64 healthy, 68 diagnosed with VVC and 64 diagnosed with BV) and two vaginal samples from each patient were collected by the use of two sterile swabs. One swab was cultured in MRS (de Man, Rogosa & Sharpe) agar, the isolates of lactic acid bacteria obtained were analyzed by PCR-ARDRA (Polymerase chain reaction - Amplified ribosomal DNA restriction analysis) and the ability of Lactobacillus spp. to produce hydrogen peroxide was determined semi-quantitatively. The other swab was used for the analysis of lactobacilli species from the vaginal microbiota using the culture-independent PCR-DGGE (Polymerase chain reaction Denaturating gradient gel electrophoresis). The yeasts belonging to Candida genus were obtained also by culturing the vaginal material from healthy and VVC patients in Chromagar® Candida and were identified by standard biochemical tests. VVC patients were enrolled in a randomized, double-blind, placebo-controlled trial and treated with a single dose fluconazole (150mg) and daily supplementation for 28 days with (i) two capsules containing the probiotic microorganisms L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 (Urex-Cap-5®) or (ii) two placebo capsules. BV patients were also enrolled in a randomized, double-blind, placebo controlled trial and treated with a single dose of tinidazole (2g) and supplementation with probiotic capsules (Urex-Cap-5®) or placebo, as described above. All patients were re-evaluated at the end of treatment, on the 28th day. Experiments were also conducted to assess the possible effect of L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 in the in vitro modulation of vaginal infection by Candida albicans on cultures of human vaginal epithelial cells (VK2/E6E7). The results revealed that according to PCR-ADRA, L.crispatus was the most prevalent species in the groups of healthy women (37.0%) and those with VVC (35.9%), while L. gasseri was dominant in BV patients (34.6%). By PCR-DGGE method, L. iners was the most prevalent Lactobacillus species in all the three groups evaluated: healthy, VVC and BV (48.7%, 44.7% and 65.0%, respectively). The majority of the isolates of Lactobacillus spp. from healthy women (98.6%) and those with VVC (97.4%) were able to produce H2O2 (1 to 100mg/L) in comparison with only 68.2% assessed for the BV group (p<0.05). L. crispatus and L. johnsonii produced the highest average levels of H2O2 (30mg/L). Colonization rate by yeasts belonging to Candida genus was 26.6% in the group of healthy patients (C. albicans represented 52.4% of all isolates), whereas in the VVC group, 89.2% of yeast isolates were identified as C. albicans. For the performance of statistical analysis of the results obtained with the clinical trials, 55 patients diagnosed with VVC (by the presence of symptoms and signals of the infection and positive culture for Candida sp.) were taken into consideration and it was observed that the use of a single dose of fluconazole and daily supplementation with probiotics, yielded a higher cure rate (89.7%), in comparison with the placebo group (65.4%) (p<0.05). The use of tinidazole plus probiotic also resulted in higher cure rate of the infection (87.5%), compared to placebo group (50.0%) (p<0.05). An anti-Candida activity of L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 was observed in the in vitro model of vaginal infection. In conclusion, when PCR-ARDRA and PCR-DGGE were compared, it was verified that both presented limitations, which evidences the need of using different techniques for a better knowledge of lactobacilli species present in the vaginal microbiota. The lactobacilli species found in healthy women in this work were similar to those reported in previous studies described in the literature for patients with distinctly different diet and geographic localization. The data of the present work indicate that solely the presence of H2O2-producing isolates does not render protection against VVC, whereas the absence of those microorganisms may be a contributing factor for BV. Moreover, it was demonstrated that the use of classical medicines supplemented with the probiotics L. rhamnosus GR-1 and L. reuteri RC-14 was more efficient to treat VVC and BV in comparison with classical medicines plus placebo. These results may contribute to extend the longevity of drugs whose efficacy is compromised due to the selection of resistant microorganisms and also to shorten the length of treatment courses for patients that require long regimens with standard therapy.
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Atividade antifúngica de óleos essenciais frente à Candida albicans isoladas de pacientes HIV positivos / Antifungal activity of essential oils against Candida albicans isolated from HIV-positive patients.Almeida, Leopoldina de Fátima Dantas de 23 November 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-11-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The use of natural products as potent antimicrobial compound has been studied by Dentistry, especially in combating diseases caused by oral biofilms such as dental caries and oral candidiasis. The aim of this study was to evaluate the antifungal activity of essential oils from Ocimum basilicum L (basil), Cymbopogon martinii Motia (palmarosa), Cyperus articulatus L. (piprioca), Thymus vulgaris (thyme) and Cinnamomum cassia L (cinnamom) against strains of Candida albicans isolated from HIV-positive patients, and pattern strain PC (ATCC 76485). The Clinical Mycology Laboratory from Federal University of Paraiba provided fifteen clinical samples of C. albicans (C1-C15), which were kept in Sabouraud Dextrose agar. The assays to determine the antifungal actions were: screening to select oils with antifungal activity, and the determination of Minimum Inhibitory Concentration (MIC), by microdilution technique, of essential oils from O. basilicum, C. martinii, T. vulgaris and C. cassia, with concentrations ranging between 1024 μg/mL to 4μg/mL. After, the effect of essential oil from C. cassia on the microbial death curve was determined by kinetics assay, against samples C-02 and PC, at concentrations CIM, 2xCIM and 4xCIM, and times 0, 0.5, 1, 2, 3, and 24 hours. Furthermore, the micro-morphological changes caused by essential oil from C. cassia, at concentrations CIM, 2xCIM and 4xCIM, was accessed by determination of presence of blastoconides, clamidoconides and pseudohyphae. Controls were performed for yeast growth but also to standard antifungal nystatin and miconazole (50μg/mL). After screening, it was observed that the values of inhibition zones caused by essential oils from O. basilicum, C. martinii, T. vulgaris and C. cassia ranged between 27 and 30mm. The essential oil from C. articulatus showed no activity against the strains. Regarding the MIC, against PC, the essential oil from C. cassia inhibited at concentration 64μg/mL, and C. martini at concentration 1024μg/mL. For the clinical strains, the MIC of essential oil from C. cassia varied between 64 and 128μg/mL. For 66.6% of clinical samples, the MIC of C. martinii was 612μg/mL. The other oils showed no effect against the yeasts growth. Regarding the kinetics assay, the essential oil from C. cassia presented antifungal activity at all times and concentrations analyzed (MIC, 2xMIC and 4xMIC). Considering the morphological changes observed to C. albicans, the absence of pseudohyphae and presence of rare clamidoconides was found after application of essential oil from C. cassia at MIC concentration. The essential oils from C. cassia and C. martini showed antifungal activity, at different concentrations, against yeasts of Candida albicans isolated from HIV-positive patients, and pattern strain PC (ATCC 76485). The essential oil from C. cassia presented effect on the microbial death curve, as well as changed the morphology of clinical and pattern samples. / A utilização de produtos de origem natural como agentes antimicrobianos tem sido estudada na área odontológica, sobretudo no combate à doenças orais causadas por biofilmes como a cárie dentária e a candidose oral. Asssim, objetivou-se avaliar a atividade antifúngica dos óleos essenciais de Ocimum basilicum L (manjericão), Cymbopogon martinii Motia (palmarosa), Cyperus articulatus L. (piprioca), Thymus vulgaris (tomilho) e Cinnamomum cassia L (canela) sobre cepas de Candida albicans isoladas de pacientes HIV positivos e cepa padrão- CP (ATCC 76485). Foram cedidas, pelo laboratório de Micologia Clínica da Universidade Federal da Paraiba, 15 amostras clínicas de C. albicans (C1-C15), as quais foram mantidas em ágar Sabouraud Dextrose. Os testes de atividade antifúngica realizados foram: triagem para selecionar os óleos com atividade antifúngica, além da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), pela técnica da microdiluição, dos óleos essenciais de O. basilicum, C. martinii, T. vulgaris e C. cassia, com concentrações variando entre 1024 μg/mL à 4 μg/mL. Após, determinou-se o efeito do óleo essencial de C. cassia sobre a curva de morte microbiana, por meio do ensaio de cinética, sobre as amostras C-02 e CP, nas seguintes concentrações: CIM, 2xCIM e 4xCIM, nos tempos de 0, 0,5, 1, 2 e 24 horas. Além disto, determinou-se por meio do teste das alterações da micromorfologia fúngica a atividade do óleo essencial de C. cassia, nas concentrações: CIM, 2xCIM e 4xCIM, quanto a presença de blastoconídeos, clamidoconídeos e pseudohifas. Foram realizados controles para o crescimento das leveduras como também para antifúngicos padrão nistatina e miconazol (50 μg/mL).Para os resultados do screening, observou-se que os valores dos halos de inibição dos óleos essenciais de O. basilicum, C. martinii, T. vulgaris e C. cassia frente as amostras clínicas e padrão de C. albicans variaram entre 27 e 30mm. O óleo essencial de C. articulatus não apresentou atividade frente às cepas. Já em relação à CIM constatou-se que frente a CP, a CIM do óleo essencial de C. cassia foi de 64 μg/mL, entretanto para óleo de e C. martinii foi de 1024 μg/mL. Para as cepas clínicas, verificou-se que a CIM do óleo essencial de C. cassia variou entre 64 μg/mL a 128 Observou-se que para 66,6% das amostras clínicas, a CIM de C. martinii foi de 612 μg/mL. Os demais óleos não apresentaram efeitos sobre o crescimento das leveduras. Quanto ao ensaio de cinética, verificou-se em todos os tempos ação antifúngica de C. cassia nas concentrações CIM, 2xCIM e 4xCIM. Em relação às alterações morfológicas observadas nas cepas de C. albicans, constatou-se a ausência de pseudohifas e presença de clamidoconídeos raros, à partir do uso do óleo essencial de C. cassia na CIM. Constatou-se atividade antifúngica dos óleos essenciais de C. cassia e C. martinii sobre cepas de C. albicans isoladas de pacientes HIV positivos e cepa padrão (ATCC 76485), em diferentes concentrações. O óleo essencial de C. cassia apresentou efeito sobre a curva de morte das leveduras, bem como alterou a micromorfologia das amostras de C. albicans padrão e clínica.
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Investigação da Atividade Antifúngica do Óleo Essencial de Eugenia caryophyllata Thunb. sobre cepas de Candida tropicalis / Investigation of Antifungal Activity of Essential oil Eugenia caryophyllata Thunb. on strains of Candida tropicalis.Mendes, Juliana Moura 13 December 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-12-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The candidiasis is a fungal opportunistic infections involving Candida. In Brazil, the specie C. tropicalis is the second most commonly isolated after C. albicans. The emergence of strains resistant to conventional antifungal agents has increased the search for new alternatives from natural products, especially essential oils. This study investigated the activity of essential oil (EO) Eugenia caryophyllata Thunb.(clove) on strains of C. tropicalis by Minimum Inhibitory Concentration (MIC), Minimum Fungicidal Concentration (MFC), Micromorphology, fungal viability (time-kill) and checkerboard. The CIM and CFM were respectively 512 and 1024 μg/mL for the essential oil and 2 μg/mL for amphotericin B. When we evaluated the action of OE and amphotericin B on the morphology of the clinical strain, we observed inhibition of the formation of hyphae and pseudohyphae, which are important virulence factors in the development of candidiasis. There was also the essential oil has a concentration-dependent antifungal activity and that the association of OE and amphotericin B demonstrated effect additive. Given this, it is concluded that the essential oil of E. caryophyllata showed a strong inhibitory activity against C.tropicalis and thus can be considered as a potential product with antifungal properties, especially for the treatment of candidiasis. / As candidíases são infecções fúngicas de caráter oportunista, envolvendo leveduras do gênero Candida. No Brasil, a espécie C. tropicalis é a segunda mais comumente isolada após C. albicans. O surgimento de cepas resistentes aos antifúngicos convencionais tem aumentado a busca por novas alternativas provenientes de produtos naturais, em especial os óleos essenciais. Este trabalho investigou a atividade do óleo essencial (OE) de Eugenia caryophyllata Thunb. (cravo-da-índia) sobre cepas de C. tropicalis, através da Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), da Concentração Fungicida Mínima (CFM), do efeito sobre micromorfologia, da viabilidade fúngica (time-kill) e ensaio de sinergismo (checkerboard). A CIM e CFM foram 512 e 1024 μg/mL, respectivamente, para o óleo essencial e 2 μg/mL para anfotericina B. Quando foi avaliada a ação do OE e da anfotericina B sobre a micromorfologia da cepa clínica, observou-se inibição da formação das hifas e pseudohifas, que são fatores de virulência importantes no desenvolvimento das candidíases. Observou-se também o óleo essencial tem atividade antifúngica dependente da concentração e do tempo, e que a associação do OE e anfotericina B demonstrou efeito aditivo.Dessa forma, pode-se concluir que o óleo essencial de E. caryophyllata apresenta forte atividade antifúngica, podendo ser objeto para estudos mais aprofundados acerca dessa atividade.
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Sistemas precursores de cristais líquidos mucoadesivos para administração vaginal de hipericina associados à terapia fotodinâmica no tratamento da candidíase vulvovaginal / Mucoadesive liquid crystal precursor systems for vaginal administration of hypericin associated with photodynamic therapy in the treatment of vulvovaginal candidiasisAraújo, Patricia Rocha de 20 September 2018 (has links)
Submitted by Patricia Rocha de Araújo (patriciarocha39@hotmail.com) on 2018-10-15T01:56:34Z
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Previous issue date: 2018-09-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma doença causada por espécies do gênero Candida spp. no trato genital inferior feminino que afeta um grande número de mulheres em todo mundo. Porém o uso sistêmico de fármacos causa muitas reações adversas e as formulações tópicas possuem um baixo tempo de retenção na mucosa vaginal devido à diluição dos sistemas na cavidade vaginal. Esse estudo propõe uma terapia antifúngica alternativa empregando sistemas precursores de cristais líquidos mucoadesivos (SPCLM) para a liberação de hipericina (HIP), um potente fotossensibilizador isolado de plantas do gênero Hipericum com e sem o emprego da terapia fotodinâmica (TFD). O sistema visa aumentar o tempo de permanência da formulação, bem como reduzir o número de aplicações e a quantidade de fármaco empregada. O emprego da TFD, por sua vez, se faz como uma forma de diminuir a resistência pelos microrganismos. Observou-se a formação de sistemas isotrópicos no sistema constituído por 30% da fase oleosa constituída por ácido oleico e colesterol na razão de 7:1, 40% de Procetyl AWS como tensoativo e 30% de uma dispersão de poloxamer à 16% empregando as técnicas de microscopia de luz polarizada e espalhamento de raios-X a baixo ângulo. Após a introdução de três diferentes concentrações de fluido vaginal simulado FVS (30, 50 e 100%), as formulações resultantes passaram a apresentar anisotropia e picos característicos de fase lamelar. Análises das propriedades mecânicas, reológicas e mucoadesivas das formulações indicaram que a organização e a mucoadesão dos sistemas aumentaram à medida que a quantidade de FVS aumentou. Os ensaios de validação da metodologia analítica para quantificação de HIP indicaram que o método é aceitável segundo agências regulatórias. Os testes de liberação in vitro demonstraram perfil de liberação sustentada da HIP provavelmente devido à sua alta afinidade pelos componentes da fase oleosa dos sistemas de liberação. Além disso, os SPCLM causaram aumento da retenção e baixa permeação da HIP em mucosa suína. Ensaios microbiológicos indicaram que a HIP é um agente eficaz para inativação das leveduras de Candida albicas com emprego da TFD, porém os SPCLM com HIP não potencializaram a ação antifúngica deste composto, possivelmente devido ao longo período necessário para sua liberação. Os testes de citotoxicidade indicaram que todas as formulações apresentam baixa toxicidade, porém os sistemas com hipericina incorporada apresentaram maior toxicidade para células tumorais L292. Ensaios in vivo do sistema em modelo de CVV são necessários para comprovar a viabilidade do sistema desenvolvido. / Vulvovaginal candidosis (VVC) is a disease induced by Candida strains in the female genital tract that affects a great number of women worldwide. However, systemic drugs cause many adverse reactions. Also, currently employed topical dosage forms present low retention times due to their dilution in vaginal fluids. This study proposes an alternative antifungal therapy through the development of liquid crystalline precursor systems (LCPS) for hypericin release, a potent photosensitizer isolated from Hipericum plants with and without photodynamic inactivation (PDI). The developed system aims to increase the residence time of the formulations, as well as decrease the number of applications and the amount of drug. Photodynamic therapy was used to reduce microorganism resistance. Polarized light microscopy and Small-Angle X-Ray Scattering confirmed the formation of an isotropic system composed of 30% of oil phase containing oleic acid and cholesterol in (ratio of 7:1). After addition of three different concentrations of simulated vaginal fluid -SVF (30, 50 and 100%), the resultant formulations presented anisotropy and characteristic peaks of lamellar phases. Mechanical, rheological and mucoadhesive assays indicated the formation of long-range ordering systems as the amount of SVF increased. Drug validation assays indicated that the method is aceptable for hypericin quantification according to regulatory agencies. In vitro drug release assays exhibited a sustained release profile probably due to the high affinity between HIP and the oily phase components. In addition, the LCPS lead to poor permeability and enhanced retention of HIP in the porcine mucosa. Microbiological assays pointed out that HIP effectively inactivated Candida albicans yeasts with PTD, however the HIP loaded LCPS did not potentiate the antifungal activity of HIP, probably due to the long period for HIP release. Cytotoxic tests indicated that all formulations presented low toxicity, however the HIP loaded presented higher toxicity to L292 tumor cells. In vivo assays should be performed to confirm the viability of the developed system. / 001
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