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Variables de hipoperfusión tisular y su relación con la mortalidad en pacientes con shock séptico admitidos al Servicio de Cuidados Intensivos del Hospital Nacional Guillermo Almenara Irigoyen durante los meses de enero 2003-abril 2006Malpartida Sialer, Guillermo Angel January 2006 (has links)
Objetivo: Determinar la relación existente entre las variables de hipoperfusión tisular a la admisión y la mortalidad en pacientes con shock séptico atendidos en el servicio de Cuidados Intensivos del Hospital Nacional Guillermo Almenara Irigoyen. Métodos: Estudio retrospectivo, descriptivo y observacional en pacientes mayores de 17 años con diagnostico de shock séptico admitidos al servicio de cuidados intensivos durante el periodo de Enero 2003 a Mayo 2006, que cumplieron con criterios de inclusión y exclusión establecidos. Resultados: Durante el periodo del estudio se hospitalizaron 734 pacientes reclutándose a 75 pacientes, de los cuales 30 constituyeron el grupo de sobrevivientes y 45 el grupo de fallecidos. La edad promedio fue de 63,5 años. El sexo masculino prevaleció sobre el femenino, registrándose 46 varones (61.4 %) y 29 mujeres(38,6 %). Conclusiones: En el presente estudio niveles de lactato superiores a 4 mmol/l, déficit de base por debajo de menos 4, gradiente de CO2 >5 mmHg y una relación ΔPCO2(v-a)/C(a-v)O2 > 1.4, alcanzaron una significativa correlación con la mortalidad (p=0.000). La inclusión del puntaje APACHE II en asociación con las mismas variables alcanzaron mayor significación estadística cuando este superaba los 20 puntos (p=000). En el análisis de correlaciones múltiples se observó que la gradiente de CO2 y la relación ΔPCO2(v-a)/C(a-v)O2 estuvieron fuertemente ligadas con la mortalidad respectivamente (p=0.000).
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Avaliação da função endotelial através de ultrassom braquial no choque sépticoBecker, Leandro Quintana January 2009 (has links)
A despeito da evolução do conhecimento médico e dos tratamentos antibióticos, as infecções ainda representam uma grande causa de morbi-mortalidade. Dados do sistema único de saúde do Brasil mostram que a taxa de mortalidade por sepse encontra-se em torno de 40%. Em condições normais, frente à invasão por qualquer micro-organismo, o hospedeiro desenvolve a reação inflamatória adequada à eliminação deste organismo. Na sepse, por outro lado, esta resposta é claramente exacerbada e potencialmente deletéria ao próprio indivíduo. O sistema cardiovascular em especial é afetado nesta síndrome e o endotélio - como peça fundamental neste sistema – é o foco principal de nosso estudo. O fenótipo da disfunção endotelial na sepse grave é caracterizado por uma superfície celular pró-coagulante e pró-adesiva, desregulação do tônus vasomotor e comprometimento da função de barreira. O uso do ultrassom da artéria braquial como marcador de disfunção endotelial foi primeiramente descrito na década de 90 e baseia-se no princípio da vasodilatação fluxo-mediada (VFM). O aumento do fluxo sanguíneo em uma artéria periférica leva a um maior atrito das células circulantes sobre o endotélio (“shear-stress”) e este estímulo físico por sua vez determina a liberação local de óxido nítrico e, assim, vasodilatação. O índice da função vasomotora endotelial é então descrito como o aumento percentual do diâmetro do vaso póshiperemia reativa em relação ao basal. Os valores de normalidade encontramse em torno de 7-10%. Diversos estudos já comprovaram a utilidade deste método para avaliação da biodisponibilidade de óxido nítrico e assim da integridade endotelial, porém apenas no contexto da aterosclerose e mais recentemente das inflamações crônicas. Em relação à sepse apenas um estudo foi publicado. Em 2008, um grupo de pesquisadores italianos demonstrou pela primeira vez disfunção vasomotora endotelial medida por esta técnica em um grupo de pacientes com sepse por gram-negativo. A VFM média encontrada na chegada ao hospital foi de 8,7 + 3,6% no grupo séptico versus 9,9 + 1,1% nos controles (p< 0,05). O subgrupo de pacientes sépticos com valores em < 7,5% na chegada apresentou pior escore SOFA e pior VFM em reavaliação de 3 dias em comparação com aqueles com valores > 7,5% na chegada. Os autores concluíram que a disfunção vasomotora endotelial antecipou uma disfunção de múltiplos órgãos associada à sepse. Em nosso estudo pesquisamos a utilidade da VFM por ultrassom braquial em 42 pacientes adultos (idade média 51 ± 19 anos, 16 homens) que internaram na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico, com até 24h de evolução. Parâmetros clínicos, laboratoriais e a vasodilatação VFM foram medidos na admissão e após 24 e 72h e comparada com um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis pareados para sexo e grupo etário. Os pacientes foram acompanhados até a alta hospitalar ou morte. A VFM encontrada em pacientes sépticos foi significativamente menor do que nos controles saudáveis (1,5 ± 7% contra 6 ± 4%;p < 0,001). Após 72h a VMF foi significativamente menor nos pacientes que evoluíram para óbito em relação àqueles que sobreviveram (5,2 ± 4% contra -3,3 ± 10%;p < 0,05). A conclusão do estudo foi que a VFM braquial encontra-se precocemente alterada em pacientes sépticos com instabilidade hemodinâmica, estando a piora da disfunção endotelial após 72h do início do quadro associada a mortalidade intra-hospitalar.
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Avaliação da função endotelial através de ultrassom braquial no choque sépticoBecker, Leandro Quintana January 2009 (has links)
A despeito da evolução do conhecimento médico e dos tratamentos antibióticos, as infecções ainda representam uma grande causa de morbi-mortalidade. Dados do sistema único de saúde do Brasil mostram que a taxa de mortalidade por sepse encontra-se em torno de 40%. Em condições normais, frente à invasão por qualquer micro-organismo, o hospedeiro desenvolve a reação inflamatória adequada à eliminação deste organismo. Na sepse, por outro lado, esta resposta é claramente exacerbada e potencialmente deletéria ao próprio indivíduo. O sistema cardiovascular em especial é afetado nesta síndrome e o endotélio - como peça fundamental neste sistema – é o foco principal de nosso estudo. O fenótipo da disfunção endotelial na sepse grave é caracterizado por uma superfície celular pró-coagulante e pró-adesiva, desregulação do tônus vasomotor e comprometimento da função de barreira. O uso do ultrassom da artéria braquial como marcador de disfunção endotelial foi primeiramente descrito na década de 90 e baseia-se no princípio da vasodilatação fluxo-mediada (VFM). O aumento do fluxo sanguíneo em uma artéria periférica leva a um maior atrito das células circulantes sobre o endotélio (“shear-stress”) e este estímulo físico por sua vez determina a liberação local de óxido nítrico e, assim, vasodilatação. O índice da função vasomotora endotelial é então descrito como o aumento percentual do diâmetro do vaso póshiperemia reativa em relação ao basal. Os valores de normalidade encontramse em torno de 7-10%. Diversos estudos já comprovaram a utilidade deste método para avaliação da biodisponibilidade de óxido nítrico e assim da integridade endotelial, porém apenas no contexto da aterosclerose e mais recentemente das inflamações crônicas. Em relação à sepse apenas um estudo foi publicado. Em 2008, um grupo de pesquisadores italianos demonstrou pela primeira vez disfunção vasomotora endotelial medida por esta técnica em um grupo de pacientes com sepse por gram-negativo. A VFM média encontrada na chegada ao hospital foi de 8,7 + 3,6% no grupo séptico versus 9,9 + 1,1% nos controles (p< 0,05). O subgrupo de pacientes sépticos com valores em < 7,5% na chegada apresentou pior escore SOFA e pior VFM em reavaliação de 3 dias em comparação com aqueles com valores > 7,5% na chegada. Os autores concluíram que a disfunção vasomotora endotelial antecipou uma disfunção de múltiplos órgãos associada à sepse. Em nosso estudo pesquisamos a utilidade da VFM por ultrassom braquial em 42 pacientes adultos (idade média 51 ± 19 anos, 16 homens) que internaram na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico, com até 24h de evolução. Parâmetros clínicos, laboratoriais e a vasodilatação VFM foram medidos na admissão e após 24 e 72h e comparada com um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis pareados para sexo e grupo etário. Os pacientes foram acompanhados até a alta hospitalar ou morte. A VFM encontrada em pacientes sépticos foi significativamente menor do que nos controles saudáveis (1,5 ± 7% contra 6 ± 4%;p < 0,001). Após 72h a VMF foi significativamente menor nos pacientes que evoluíram para óbito em relação àqueles que sobreviveram (5,2 ± 4% contra -3,3 ± 10%;p < 0,05). A conclusão do estudo foi que a VFM braquial encontra-se precocemente alterada em pacientes sépticos com instabilidade hemodinâmica, estando a piora da disfunção endotelial após 72h do início do quadro associada a mortalidade intra-hospitalar.
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Avaliação da função endotelial através de ultrassom braquial no choque sépticoBecker, Leandro Quintana January 2009 (has links)
A despeito da evolução do conhecimento médico e dos tratamentos antibióticos, as infecções ainda representam uma grande causa de morbi-mortalidade. Dados do sistema único de saúde do Brasil mostram que a taxa de mortalidade por sepse encontra-se em torno de 40%. Em condições normais, frente à invasão por qualquer micro-organismo, o hospedeiro desenvolve a reação inflamatória adequada à eliminação deste organismo. Na sepse, por outro lado, esta resposta é claramente exacerbada e potencialmente deletéria ao próprio indivíduo. O sistema cardiovascular em especial é afetado nesta síndrome e o endotélio - como peça fundamental neste sistema – é o foco principal de nosso estudo. O fenótipo da disfunção endotelial na sepse grave é caracterizado por uma superfície celular pró-coagulante e pró-adesiva, desregulação do tônus vasomotor e comprometimento da função de barreira. O uso do ultrassom da artéria braquial como marcador de disfunção endotelial foi primeiramente descrito na década de 90 e baseia-se no princípio da vasodilatação fluxo-mediada (VFM). O aumento do fluxo sanguíneo em uma artéria periférica leva a um maior atrito das células circulantes sobre o endotélio (“shear-stress”) e este estímulo físico por sua vez determina a liberação local de óxido nítrico e, assim, vasodilatação. O índice da função vasomotora endotelial é então descrito como o aumento percentual do diâmetro do vaso póshiperemia reativa em relação ao basal. Os valores de normalidade encontramse em torno de 7-10%. Diversos estudos já comprovaram a utilidade deste método para avaliação da biodisponibilidade de óxido nítrico e assim da integridade endotelial, porém apenas no contexto da aterosclerose e mais recentemente das inflamações crônicas. Em relação à sepse apenas um estudo foi publicado. Em 2008, um grupo de pesquisadores italianos demonstrou pela primeira vez disfunção vasomotora endotelial medida por esta técnica em um grupo de pacientes com sepse por gram-negativo. A VFM média encontrada na chegada ao hospital foi de 8,7 + 3,6% no grupo séptico versus 9,9 + 1,1% nos controles (p< 0,05). O subgrupo de pacientes sépticos com valores em < 7,5% na chegada apresentou pior escore SOFA e pior VFM em reavaliação de 3 dias em comparação com aqueles com valores > 7,5% na chegada. Os autores concluíram que a disfunção vasomotora endotelial antecipou uma disfunção de múltiplos órgãos associada à sepse. Em nosso estudo pesquisamos a utilidade da VFM por ultrassom braquial em 42 pacientes adultos (idade média 51 ± 19 anos, 16 homens) que internaram na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico, com até 24h de evolução. Parâmetros clínicos, laboratoriais e a vasodilatação VFM foram medidos na admissão e após 24 e 72h e comparada com um grupo de indivíduos aparentemente saudáveis pareados para sexo e grupo etário. Os pacientes foram acompanhados até a alta hospitalar ou morte. A VFM encontrada em pacientes sépticos foi significativamente menor do que nos controles saudáveis (1,5 ± 7% contra 6 ± 4%;p < 0,001). Após 72h a VMF foi significativamente menor nos pacientes que evoluíram para óbito em relação àqueles que sobreviveram (5,2 ± 4% contra -3,3 ± 10%;p < 0,05). A conclusão do estudo foi que a VFM braquial encontra-se precocemente alterada em pacientes sépticos com instabilidade hemodinâmica, estando a piora da disfunção endotelial após 72h do início do quadro associada a mortalidade intra-hospitalar.
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Características clínico- laboratoriais e reposta terapêutica do choque séptico em crianças com câncer admitidos na unidade de terapia intensiva pediátrica oncológica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando FigueiraABREU, Cláudia Betânia Rodrigues de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / O choque séptico está relacionado a uma alta mortalidade na população pediátrica,
principalmente entre os pacientes imunodeprimidos. As novas descobertas para
diagnóstico e tratamento do choque séptico em crianças têm reduzido a mortalidade,
porém a maioria dos estudos que chegaram a estas conclusões excluíram os pacientes
portadores de doenças oncológicas ou os incluíram em pequeno número. Estas
descobertas foram extrapoladas para a população de imunodeprimidos, porém nesta
população a mortalidade por choque séptico ainda é considerada mais alta. Este trabalho
tem o objetivo de caracterizar melhor o choque séptico nos pacientes portadores de
doenças oncológicas em relação às alterações clínicas e laboratoriais e, também, em
relação ao tratamento proposto pelo American College of Critical Care Medicine
(ACCM) e comparar os seus resultados com o que já se conhece sobre este tema entre os
pacientes pediátricos não portadores de doenças oncológicas. Métodos e resultados: Foi
realizado um estudo descritivo, prospectivo, tipo série de casos na Unidade de Terapia
Intensiva Pediátrica Oncológica de um Hospital escola, Brasil, de 18 de abril de 2010 a
08 de janeiro de 2011. As variáveis clínicas, laboratoriais e relacionadas ao tratamento
foram observadas ao diagnóstico e após seis e 24 horas do início do tratamento. A
análise foi realizada pelo Epi info 6.04: freqüência das variáveis categórica, medidas de
tendência central para as contínuas. Foram estudados 22 pacientes, a maioria com
tumores de origem hematológica e acima de seis anos de idade. A mediana do Pediatric
Risk of Mortality III(PRISMIII) foi 17,5(6-29). Choque frio ocorreu em 77,3% dos
pacientes ao diagnóstico e o quente foi reconhecido em um tempo três vezes maior que
o frio. A maioria dos pacientes (16/72,3%) preencheu mais de dois critérios para
síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS), porém em 13(59%) o diagnóstico
de choque séptico só foi dado após o surgimento de hipotensão. Houve melhora dos
parâmetros macrovasculares nas primeiras seis horas do tratamento, porém a
microcirculação, avaliada pelo clearence do lactato e saturação venosa central de
oxigênio, permaneceu em disóxia. Mortalidade em 28 dias foi 68,2% e maior entre os
que desenvolveram disfunção de órgãos 3 nas primeiras 24horas. Dois (10,5%)
pacientes apresentaram valor alterado da troponina I ao diagnóstico e após 24horas
6/16(37,5%). Entre os pacientes com troponina I alterada após 24 horas, 83,3% tinham
menos de 13 anos, Pediatric Risk of Mortality III (PRISMIII)>10, maior escore de
drogas vasoativas, 80% tinham hipocalcemia, mais de 80% tinham tumores
hematológicos e usaram drogas cardiotóxicas. Todos os pacientes com troponina I
alterada não sobreviveram. Conclusões: a mortalidade foi elevada, os critérios para
definição de choque séptico utilizados hoje para crianças não oncológicas foram
adequados também para os pacientes oncológicos, quando identificados. A recuperação
da oxigenação ao nível da microcirculação foi o parâmetro mais adequado para definir
resposta terapêutica. A troponina I é um exame que se altera numa baixa freqüência
entre os pacientes pediátricos oncológicos com choque séptico, parece ter valor
prognóstico
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Impacto da aplicação de medidas assistenciais pré-definidas em pacientes com sepse grave e choque sépticoWawrzeniak, Iuri Christmann January 2009 (has links)
A sepse é considerada uma doença complexa e frequentemente associada à disfunção de múltiplos órgãos e sistemas[1]. A sua apresentação clínica é muito heterogênea, com muitos sinais e sintomas que podem nos levar a outros diagnósticos de origem não infecciosa[2]. Muitos casos são reconhecidos tardiamente e os pacientes são frequentemente tratados de forma heterogênea e errônea, principalmente quando tratados fora do ambiente da UTI. Devido às altas taxas de mortalidade e dos custos hospitalares principalmente em pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico, foi elaborado um guia para diagnóstico e tratamento em 2004 e atualizado em 2008, denominado “Surviving Sepsis Campaign (SSC) Guidelines for Management of Severe Sepsis and Septic Shock”[3, 4]. O objetivo desse guia era reduzir a mortalidade em 25% em cinco anos. Os seus idealizadores orientavam a formulação de protocolos ou pacotes clínicos baseados nas suas recomendações[3-5]. O presente estudo visa responder se o emprego de medidas assistenciais pré-definidas contidas no pacote da abordagem da sepse grave e choque séptico podem acarretar em uma melhora no tratamento e consequentemente nos custos e no prognóstico desse grupo de pacientes.
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Função e reatividade cardíaca in situ na sepse em ratos: diferenças entre gêneros e modelos experimentaisGonçalves, Ronald Paiva Moreno January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:10:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / A sepse representa a principal causa de mortes em unidades de terapia intensiva. A disfunção cardíaca induzida pela sepse, ou miocardiopatia séptica (MIS), é considerada um fator de risco importante para a piora do prognóstico do paciente, pois favorece o surgimento do choque séptico. O tratamento do choque séptico é feito pela administração de drogas vasopressoras e inotrópicas positivas, principalmente a noradrenalina e dobutamina, as quais possuem elevada recomendação, porém reduzidas evidências científicas para o seu uso. Adicionalmente, observa-se que não há distinção de gênero no tratamento do choque séptico, a despeito de trabalhos demonstrarem evoluções divergentes nas miocardiopatias entre homens e mulheres. Sendo assim, no qual utilizamos um cateter de medida pressão-volume, inserido diretamente no ventrículo esquerdo dos animais anestesiados, demonstramos que ratos machos e fêmeas, submetidos ao modelo de sepse induzida pelo LPS, apresentam disfunções cardíacas discrepantes, pois apenas os machos tiveram um déficit contrátil sustentado. Ainda, encontramos que essa diferença pode ser, pelo menos em parte, explicada pela redução na expressão de receptores de rianodina, observada somente nos ratos machos. Na segunda parte deste estudo, avaliamos o perfil da função cardíaca e da resposta cardíaca de ratos sépticos submetidos à cirurgia de ligadura e perfuração de ceco (CLP), aos fármacos noradrenalina e dobutamina. Diferente do observado nos animais endotoxêmicos, apesar da hipotensão arterial e da morte de 50% dos animais após 48 h da cirurgia de CLP, não observamos alterações cardíacas substanciais nos mesmos, ao menos nos tempos analisados (24 e 48 h). Ambas as drogas, noradrenalina e dobutamina, corrigiram a pressão arterial, porém a dobutamina o fez às custas do aumento na frequência cardíaca, e da fração de ejeção, dP/dtmax e do trabalho sistólico, o que poderia favorecer maiores taxas de mortalidade. Finalmente, na terceira parte de nosso trabalho, comparamos o perfil de resposta cardíaca à administração de dobutamina em ratos com sepse induzida pelos modelos de LPS e CLP, bem como exploramos a relação das diferenças encontradas com a expressão de proteínas cardíacas responsáveis pela cinética do íon cálcio. A capacidade da dobutamina em elevar a frequência cardíaca, o débito cardíaco e a fração de ejeção mostrou-se reduzida no modelo LPS, quando comparada às respostas observadas em animais do grupo CLP. Tais divergências estiveram associadas à diminuição na expressão dos receptores de rianodina e da proteína SERCA nos animais LPS, e aumentos de rianodina, RhoA e receptor de IP3 somente nos animais CLP. Portanto, neste estudo demonstramos diferenças do perfil cardíaco de acordo com o gênero e modelo de sepse utilizado. Pela primeira vez observamos que as diferenças encontradas, em ambos os casos, ocorreram concomitantemente à mudanças na expressão de proteínas carreadoras do íon cálcio no coração. Esses resultados permitem especular que algumas inferências da literatura possam estar pautadas em resultados enviesados devido ao modelo e gênero utilizado para o estudo da MIS.<br> / Abstract : Sepsis is the leading cause of deaths in intensive care units. Sepsis-induced cardiac dysfunction or septic cardiomyopathy (SIC) is considered an important risk factor for the worsening of patient's prognosis. The treatment of septic shock is accomplished by administration of positive inotropic and vasopressor drugs, mainly norepinephrine and dobutamine which are highly recommended, despite reduced scientific evidence for benefices or risks. Additionally, gender distinction in the treatment of septic shock has not been addressed in previous experimental studies, although it has been demonstrated relevant difference in cardiomyopathies between men and women. Thus, using a pressure-volume catether inserted in the left ventricle chamber of anesthetized rats, in the first part of our study we demonstrated that male and female rats subjected to the LPS model of sepsis, showed distinct cardiac dysfunction, with a more prolonged cardiac depression in males. Such difference may be explained by reduced expression of ryanodine receptors, observed only in male rats. We also, evaluated the basal function and cardiac responses to dobutamine and norepinephrine in septic male rats subjected to CLP. CLP presented hypotension 48 h after CLP surgery, but unlike endotoxemic rats CLP-induced sepsis did not generate exacerbated cardiac abnormalities, at least in the periods evaluated. Both norepinephrine and dobutamine were able to increase blood pressure to control levels. However, only dobutamine increased heart rate, ejection fraction, dP/dtmax and stroke work, which could favor higher mortality rates. Finally, we compared the cardiac responses to dobutamine in animals subjected to LPS and CLP models, as well as the possible correlation with the expression of cardiac proteins involved in calcium traffic. LPS rats displayed diminished increase in heart rate, cardiac output and ejection fraction in response to dobutamine than animals subjected to the CLP model. We also found reduced expression of ryanodine receptors and SERCA protein in LPS animals, and increased ryanodine, IP3 receptor and RhoA protein in CLP animals. Therefore, in this study we were able to demonstrate differences in the cardiac profile accordingly to gender and model of sepsis evaluated. This is the fisrt study suggesting that the differences in gender responses to sepsis, may be associated with differential changes in the expression of calcium regulatory proteins in the heart. These results allow us to speculate that some conclusions found in the literature regarding the MIS may be based on biased results obtained accordingly with the gender or the experimental model implemented.
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Impacto da aplicação de medidas assistenciais pré-definidas em pacientes com sepse grave e choque sépticoWawrzeniak, Iuri Christmann January 2009 (has links)
A sepse é considerada uma doença complexa e frequentemente associada à disfunção de múltiplos órgãos e sistemas[1]. A sua apresentação clínica é muito heterogênea, com muitos sinais e sintomas que podem nos levar a outros diagnósticos de origem não infecciosa[2]. Muitos casos são reconhecidos tardiamente e os pacientes são frequentemente tratados de forma heterogênea e errônea, principalmente quando tratados fora do ambiente da UTI. Devido às altas taxas de mortalidade e dos custos hospitalares principalmente em pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico, foi elaborado um guia para diagnóstico e tratamento em 2004 e atualizado em 2008, denominado “Surviving Sepsis Campaign (SSC) Guidelines for Management of Severe Sepsis and Septic Shock”[3, 4]. O objetivo desse guia era reduzir a mortalidade em 25% em cinco anos. Os seus idealizadores orientavam a formulação de protocolos ou pacotes clínicos baseados nas suas recomendações[3-5]. O presente estudo visa responder se o emprego de medidas assistenciais pré-definidas contidas no pacote da abordagem da sepse grave e choque séptico podem acarretar em uma melhora no tratamento e consequentemente nos custos e no prognóstico desse grupo de pacientes.
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Vasopressina como terapia de resgate em choque séptico refratário à catecolaminas em pediatriaDalcin, Tiago Chagas January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Importance: In 2012, worldwide, there were more than 3. 8 million deaths related to infectious diseases in children younger than five years old. The major concern is that pediatric infections often can evolve into septic shock, defined as infection in the presence of cardiovascular dysfunction. The treatment of septic shock has been based on antibiotic therapy, volume resuscitation and cardiocirculatory support by catecholamines. However, a proportion of patients develop refractoriness to catecholamines, with higher morbidity and mortality. Recently, vasopressin has been used as vasopressor in pediatric catecholamine-refractory septic shock. It is important the evaluation of the current state of evidence for the use of vasopressin in the pediatric septic shock, as well as the addition of new experiences with the use of vasopressin as a rescue-therapy in pediatric catecholamine-refractory septic shock. Objectives: The current dissertation has as objective i) summarize the evidences relating the use of vasopressin in the pediatric septic shock and ii) describe the experience of a Pediatric Intensive Care Unit (PICU) with the use of vasopressin as a rescue-therapy in catecholamine-refractory septic shock. Methods: Using MEDLINE, a review of the medical literature was made to find the scientific articles published in English (1966-August 2013), using vasopressin as vasopressor with septic shock patients included in the sample. Secondly, the five years of experience of a PICU with the use of vasopressin as rescue-therapy in children with catecholamine-refractory septic shock (norepinephrine ≥ 1μg/kg/min with variable doses of other inotropic/vasopressors) were evaluated. Using paired Student’s t test, the blood pressure means and the modified vasoactive score means of the two hours prior (T-2) the use of vasopressin were compared with the means of the first 10 hours with (T10) vasopressin. Results: In the literature review, 16 case reports/series and one randomized controlled trial were found, with a total of 259 patients, from which 35,5% had septic shock. In all studies, vasopressin was related with the increase in blood pressure levels. Additionally, in the majority, it was related with the reduction of other vasopressors. The only benefit reported in the randomized controlled trial was the increase of mean blood pressure in the first hour of vasopressin use. The evaluation of the experience with vasopressin as rescue-therapy in refractory septic shock resulted in 16 patients, with a median initial dose of vasopressin of 0. 0005 U/kg/min ([IQR] 0. 00024-0. 00168). The mean blood pressure and diastolic blood pressure increased with the use of vasopressin (p=0,0267; p=0,0194, respectively). An increase in the modified vasoactive scores was observed, which was unrelated to the blood pressure alterations. Conclusions: Currently, the evidences of the use of vasopressin in pediatric septic shock are scarce, suggesting its prudent use as rescue therapy in catecholamine-resistant shock with low systemic vascular resistance and high cardiac index. Specifically in the studied PICU, vasopressin increased the blood pressures, however without a spare effect on catecholamines. / Importância: Em 2012, mundialmente, ocorreram mais de 3,8 milhões de óbitos em menores de 5 anos devido à causas infecciosas. A preocupação maior é que infecções em crianças frequentemente podem evoluir para choque séptico, definido como infecção associada com disfunção cardiovascular. Além da terapia antibiótica e ressuscitação volumétrica, o tratamento principal do choque séptico é baseado no suporte cardiocirculatório das catecolaminas. Entretanto, uma parcela dos pacientes desenvolve refratariedade às catecolaminas, apresentando maior gravidade e mortalidade. Recentemente, a vasopressina tem sido utilizada como vasopressor no choque séptico refratário à catecolaminas pediátrico. É importante a avaliação do estado atual de evidências sobre o uso da vasopressina em choque séptico pediátrico, bem como o acréscimo de novas experiências com o uso da vasopressina como terapia de resgate em choque séptico refratário à catecolaminas. Objetivos: A presente dissertação teve como objetivos i) sumarizar as evidências existentes relacionando o uso de vasopressina no choque séptico pediátrico e ii) relatar a experiência de uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) com o uso de vasopressina como terapia de resgate em choque séptico refratário à catecolaminas.Métodos: Utilizando a ferramenta de pesquisa MEDLINE, realizou-se uma revisão dos artigos científicos publicados em língua inglesa (1966 - Agosto de 2013), que utilizaram a vasopressina como vasopressor e que incluíram pacientes com choque séptico na amostra. Em um segundo momento, avaliou-se a experiência de cinco anos de uma UTIP com o uso de vasopressina como terapia de resgate em crianças com choque séptico refratário à catecolaminas (noradrenalina ≥ 1μg/kg/min associada com doses variáveis de outros inotrópicos/vasopressores). Através do teste t de Student pareado, comparou-se as médias das pressões arteriais e escores vasoativos modificados no período de duas horas antes (T-2) do uso da vasopressina com as médias do período de 10 horas com o uso (T10) da vasopressina. Resultados: Na revisão de literatura, encontrou-se 16 relatos/séries de casos e um ensaio clínico randomizado, somando um total de 259 pacientes. Destes, 35,5% tinham choque séptico. Em todos os estudos a vasopressina associou-se com o aumento dos níveis de pressão arterial. Além disso, na maioria, associou-se com redução da dose de outros vasopressores. O único benefício encontrado no ensaio clínico foi aumento da pressão arterial média na primeira hora de uso da vasopressina. A avaliação da experiência do uso de vasopressina como terapia de resgate em choque séptico refratário resultou em 16 pacientes, com uma dose inicial de vasopressina de 0,00055 U/kg/min ([AIQ] 0,00024-0,00168). As pressões arteriais médias e as pressões arteriais diastólicas aumentaram com o uso da vasopressina (p=0,0267; p=0,0194, respectivamente). Observou-se ainda aumento dos escores vasoativos modificados, não relacionado com as alterações na pressão arterial dos pacientes. Conclusões: Até o momento, as evidências do uso de vasopressina em choque séptico pediátrico são escassas e sugerem seu uso cauteloso como terapia de resgate em choque resistente à catecolaminas com baixa resistência vascular sistêmica e alto índice cardíaco. Especificamente na UTIP estudada, a vasopressina aumentou as pressões arteriais, porém sem um efeito poupador de catecolaminas.
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Impacto da aplicação de medidas assistenciais pré-definidas em pacientes com sepse grave e choque sépticoWawrzeniak, Iuri Christmann January 2009 (has links)
A sepse é considerada uma doença complexa e frequentemente associada à disfunção de múltiplos órgãos e sistemas[1]. A sua apresentação clínica é muito heterogênea, com muitos sinais e sintomas que podem nos levar a outros diagnósticos de origem não infecciosa[2]. Muitos casos são reconhecidos tardiamente e os pacientes são frequentemente tratados de forma heterogênea e errônea, principalmente quando tratados fora do ambiente da UTI. Devido às altas taxas de mortalidade e dos custos hospitalares principalmente em pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico, foi elaborado um guia para diagnóstico e tratamento em 2004 e atualizado em 2008, denominado “Surviving Sepsis Campaign (SSC) Guidelines for Management of Severe Sepsis and Septic Shock”[3, 4]. O objetivo desse guia era reduzir a mortalidade em 25% em cinco anos. Os seus idealizadores orientavam a formulação de protocolos ou pacotes clínicos baseados nas suas recomendações[3-5]. O presente estudo visa responder se o emprego de medidas assistenciais pré-definidas contidas no pacote da abordagem da sepse grave e choque séptico podem acarretar em uma melhora no tratamento e consequentemente nos custos e no prognóstico desse grupo de pacientes.
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