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Avaliação dos efeitos citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos de efluentes de refinaria de petróleo, por meio dos sistemas testes de Allium cepa e Oreochromis niloticus /Hoshina, Márcia Miyuki. January 2005 (has links)
Orientador: Maria Aparecida Marin-Morales / Banca: César Koppe Grisolia / Banca: Carmem Silvia Fontanetti Christofoletti / Resumo: Atualmente, a degradação dos recursos hídricos é uma das maiores preocupações do homem, uma vez que pode causar danos diretos ou indiretos à biota associada, bem como à saúde e à sobrevivência desses organismos expostos. Um dos fatores que contribui para a alteração da qualidade das águas é a emissão de efluentes, seja ela industrial, doméstica ou de outra origem. Dentre os processos industriais que são considerados preocupantes para o meio ambiente, temos a indústria petrolífera, ligadas ao refino de petróleo. Os efluentes destas indústrias podem causar drásticas alterações nos recursos hídricos, devido à emissão de hidrocarbonetos, podendo comprometer corpos dþágua que são utilizados em abastecimento de muitas cidades. O presente estudo teve como objetivo investigar os possíveis efeitos citotóxico, genotóxico e mutagênico de efluentes de refinaria de petróleo, que são lançados no rio Atibaia, município de Paulínia/SP. Para isso, foram coletadas amostras de água de seis pontos distintos: 1) Montante do Rio Jaguarí (acima da captação da água utilizada pela refinaria); 2) Entrada da lagoa de estabilização da REPLAN; 3) Saída da lagoa de estabilização (água destinada aos despejos no Rio Atibaia); 4) 1Km a montante do ponto 3, no Rio Atibaia; 5) 1 Km a jusante do ponto 3; 6) Após o tratamento físicoquímico e antes do tratamento bacteriológico. Foram empregadas as metodologias de aberrações cromossômicas e de Corantes Vitais em Allium cepa (cebola) e teste de micronúcleo e ensaio de cometa em Oreochromis niloticus (tilápia). A partir dos dados obtidos, pode-se inferir que as águas do ponto 1 apresentaram baixo potencial citotóxico, genotóxico e mutagênico. O ponto 6 apresentou o mais alto índice de citotoxicidade, genotoxicidade e de mutagenicidade... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The degradation of the hydric resources is one of the man's main preoccupation, because it can cause direct or indirect damages to health and to the survival of the exposed organisms. One factor that can contribute for the alteration of the water quality is the effluents emissions, such as industrial, domestic or of other origin. These effluents can cause drastic alterations in the hydric resources, due to the emission of hydrocarbons, which can compromise the water that is used in the supplying of many cities. The present work had the objective to investigate the possible citotoxic, genotoxic and mutagenic effects of these petroleum refinery effluents, that are discharged in the Atibaia river, municipality of Paulínia/SP. Water samples were collected in six different sites: 1) Jaguarí river upstream (above the site were the water is collected by the industry); 2) entrance of the stabilization lake of REPLAN; 3) exit of the stabilization lake (water that is destined to be discharged in the Atibaia river); 4) 1 Km upstream of site 3, in the Atibaia river; 5) 1 Km downstream of site 3; 6) after the physic-chemical treatment and before the biological treatment. The methodologies of chromosome aberrations, and vital staining were used in the Allium cepa (onion) and the micronucleus test and comet assay were applied in Oreochromis niloticus (tilápia). From the results observed, we can suggest that the waters of site 1 has low citotoxic, genotoxic and mutagenic potentials. Site 6 had shown the highest citotoxic, genotoxic and mutagenic rates. The waters from sites 2 and 3 presented inferior levels from those observed in the site 6. It has been observed that the effluent that is discharged in the Atibaia river (site 3) had a lower level when compared with sites 4, 5 and 6, wich means that... (Complete abstract, click electronic access below) / Mestre
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Citotoxicidade e genotoxicidade do Listerine em culturas de Escherichia coli e plamídios / Citotoxicity and genotoxicity of Listerine on Escherichia coli cultures and plasmidsMonique Amorim Guerra 21 December 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A utilização de testes de biocompatibilidade de materiais odontológicos é necessária para avaliar a segurança dos mesmos. Listerine é um enxaguatório comercial usado para a prevenção e tratamento da gengivite. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos citotóxico e genotóxico do Listerine em culturas de Escherichia coli e plasmídios. Na avaliação da citotoxicidade, culturas de E. coli AB1157 e BW9091 foram incubadas com Listerine (10, 50 e 100%) e o crescimento acompanhado pela densidade óptica (DO) em 600nm por 7 horas(h). Para avaliar a sobrevivência, culturas de E. coli AB1157, em fase exponencial, foram centrifugadas, ressuspensas em solução salina (NaCl 0,9%) e incubadas (1h, 37C) com Listerine (10, 50, 100%, 1h, 37 C). Alíquotas foram semeadas em placas de Petri contendo meio nutritivo nos tempos 0, 30 e 60 minutos e armazenadas em estufa bacteriológica (18h, 37 C). As unidades formadoras de colônias contadas e as frações de sobrevivência (FS) calculadas. Como controles, culturas tratadas salina ou etanol (21,6%). Para genotoxicidade, plasmídios pBSK foram incubados com Listerine (10, 50 e 100%) e com etanol (2,16%, 10,8% e 21,6%), associados ou não ao SnCl2(200g/mL, 30 minutos, temperatura ambiente), realizada eletroforese em gel de agarose (0,8%, 8V/cm), observados por transiluminação UV e obtido o percentual da forma superespiralada (%SE). Os resultados indicam que o enxaguatório Listerine foi capaz de inibir o crescimento bacteriano de culturas de E. coli na maior concentração utilizada. O enxaguatório, na maior concentração, diminuiu a sobrevivência das culturas bacterianas testadas. Listerine não modificou o perfil eletroforético do plasmídios, indicando ausência de efeito genotóxico e também foi capaz de proteger os plamídios da ação do SnCl2. Além disso, o etanol, na mesma concentração presente no Listerine, não alterou o perfil eletroforético dos plasmídios, sendo capaz de protegê-lo da ação do SnCl2. Os resultados indicaram que o Listerine apresentou efeito citotóxico em culturas de E. coli e ausência de potencial genotóxico em plamídios, sendo capaz de protegê-los, bem como o etanol, dos efeitos genotóxicos do SnCl2. / The uses of biocompatibility tests to evaluate dentistry materials are necessary to assess safety. Listerine is a commercial mouthwash used to prevent and treat gingivitis. The aim of this study was to evaluate the citotoxic and genotoxic effects of Listerine on Escherichia coli cultures and bacterial plasmids. To citotoxicity tests, E.coli cultures AB1157 and BW9091 was incubated with Listerine (10, 50 and 100%) and de growth observed by optic density at 600nm for 7 hours. To cellular survival tests, E.coli AB1157 cultures, in exponential phase, was centrifuged, ressuspended in saline solution (NaCl 0.9%) and incubated (1h, 37 C) with Listerine (10, 50 and 100%). Aliquots were spread on Petri dishes with nutritive medium at 0, 30 and 60 minutes and incubated (18h, 37 C). The colony-forming units were counted and survival fractional (SF), calculated. As controls, cultures treated with saline and ethanol (21.6%). In genotoxicity assays, plasmids pBSK were incubated with Listerine (10, 50 and 100%) and ethanol (2.16%, 10.8% and 21.6%) in presence or absence of SnCl2 (200g/mL, 30 minutes, room temperature), electrophoresis agarose gel (0.8%, 8V/cm) was performed and plasmid forms were observed. Data indicated that Listerine is capable to inhibit bacterial growth of E. coli cultures at the highest concentrations used. The mouthwash, at the higher concentration used, decreased the survival of bacterial cultures tested. Listerine didnt modify the electrophoretic profile of plasmids indicating no genotoxic effect but this mouthwash could protect plasmids from action of SnCl2. In addition, ethanol, at concentration present in Listerine, didnt alter the electrophoretic profile of plasmids but was capable of protect plasmid from action of SnCl2. The results indicated that Listerine could present citotoxic effect on E. coli cultures, absence of genotoxic potential on plasmids but it could protect, similar to ethanol, plasmids from genotoxic effect of SnCl2.
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TOXICIDADE DE NANOTUBOS DE CARBONO DE PAREDES MÚLTIPLAS EM MACRÓFAGOSMüller, Betina 23 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-23 / Carbon nanotubes (CNT) have unique properties that are of great interest to the biotechnology area. The idea of using CNTs as carriers of drugs, adjuvants for vaccines and biosensors, is attracting great interest from the scientific community. However, the biocompatibility and toxicity in vitro and in vivo of these structures need to be investigated. Thus, the aim of this study was to investigate the cytotoxicity caused by carbon nanotubes multi-walled (MWCNT) in peritoneal macrophages isolated from C57BL/6 mice and the secondary line RAW 264.7. To perform the in vitro test, cultured cells were treated with concentrations of 1 mg/mL and 5mg/mL MWCNT and 1μg/mL of lipopolysaccharide (LPS). The control group of cells with culture medium were cultured in DMEM medium supplemented with 10% fetal bovine serum (FBS) and the negative control at 100 mϻ hydrogen peroxide. The cells remained in treatments for periods of 24 and 48 hours. Then was determined cell viability through the exclusion method using trypan blue, which remained around 70%. After the biochemical cytotoxicity tests were conducted using the release of lactate dehydrogenase (LDH) in the cell supernatant, allowing to note that the concentrations of MWCNT were unable to cause any damage to the cell membrane, as well as any cytotoxic effect. These results confirm the microscopic images, which do not show cell death caused by MWCNT at these concentrations. The citotoxicity caused by MWCNT was evaluated by the measurement of nitric oxide (NO) and the gene expression of TNF-α and IL-1β. In these tests it was revealed that the toxicity was present in cells treated with the secondary line MWCNT, which did not have an increase in NO production and gene expression of cytokines analyzed. / Os nanotubos de carbono (NTC) apresentam propriedades exclusivas que são de grande interesse para a área de biotecnologia. A idéia de se utilizar NTCs como carreadores de fármacos, adjuvantes para vacinas e biosensores, vem despertando grande interesse da comunidade científica. No entanto, a biocompatibilidade e toxicidade in vitro e in vivo dessas estruturas precisam ser investigadas. Com isso, o objetivo desse trabalho foi investigar a citotoxicidade causada pelos nanotubos de carbono de paredes múltipla (NTCPM) em macrófagos peritoneais isolados de camundongos C57BL/6, e macrófagos da linhagem secundária RAW 264.7. Para a realização dos testes in vitro, as células tratadas foram cultivadas com as concentrações de 1mg/mL e 5mg/mL de NTCPM, e 1μg/mL de lipopolissacarídeo (LPS). As células do grupo controle com meio de cultura foram cultivadas com meio de cultura DMEM suplementado a 10% de soro bovino fetal (SBF), e o controle negativo com 100 mϻ de peróxido de hidrogênio. As células permaneceram em tratamentos pelos períodos de 24 e 48 horas. Em seguida foi determinado a viabilidade celular, através do método de exclusão pelo azul tripan, a qual permaneceu em torno de 70%. Após foram conduzidos os testes bioquímicos de citotoxicidade através da liberação da enzima lactato desidrogenase (LDH) no sobrenadante celular, o que possibilitou observar que as concentrações dos NTCPM utilizadas não foram capazes de causar nenhum dano na membrana celular, assim como nenhum efeito citotóxico. Estes resultados confirmam as imagens microscópicas, as quais não mostram a morte celular causada pelos NTCPM nestas concentrações. A toxicidade causada pelos NTCPM foi avaliada através da dosagem do óxido nítrico (NO) e pela expressão gênica das citocinas TNF-α e IL-1β. Nesses testes foi possível perceber que a citotoxicidade não se fez presente nas células da linhagem secundária tratadas com NTCPM, as quais não tiveram um aumento da produção de NO e na expressão gênica das citocinas analisadas.
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TOXICIDADE DE NANOTUBOS DE CARBONO FUNCIONALIZADOS E NÃO FUNCIONALIZADOS IN VITROMenezes, Patrick Flôres 29 August 2016 (has links)
Submitted by MARCIA ROVADOSCHI (marciar@unifra.br) on 2018-08-17T11:45:57Z
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Previous issue date: 2016-08-29 / Carbon nanotubes (CNT) are structures of a few centimeters in length, and with a
nanometer radius. The application of CNT has been diverse, from nanosensors to drug
carriers, and therefore its toxicological evaluation is of great importance. Among the
various properties of CNT, the most worrying in toxicological terms is its great
insolubility. The insolubility in aqueous medium is one of the factors that decrease the
biocompatibility, reducing cell viability in vitro. Functionalization techniques of
nanostructures can be used to increase the solubility of CNT, thus increasing their
biological compatibility. The objective of this work was to investigate the cytotoxicity
caused by nonfunctionalized and functionalized multiple-walled carbon nanotubes
(MWCNT) through a chemical method and subsequent purification. For the in vitro
tests, the treated cells (RAW 264.7 and VERO cells) were cultured with various
concentrations of CNT described in the literature for comparison (5, 10, 25, 50 and 100
μg / ml). Cells from the control group with culture medium were cultured with DMEM
culture medium supplemented with 10% fetal bovine serum (FBS), and the positive
control for cell damage with 100 mM of hydrogen peroxide. Cells remained in
treatments for the 24 hour periods. Cell viability was then determined by the tripan blue
exclusion method, which remained around 70%. Biochemical tests for cytotoxicity were
carried out by the release of the enzyme lactate dehydrogenase (LDH) in the cell
supernatant, nitric oxide in the macrophages, MTT, and a cell count of the supernatant
after treatment. The results showed no significant difference in cytotoxicity of the
samples, so the experiment was repeated using a VERO cell line, and concentrations
were increased (100, 250, 500, 1000 and 5000 μg / ml). The MTT, LDH, neutral red and
tripan blue counts were again performed. This second result demonstrated that
functionalization decreases the cytotoxic effect of the MWCNT used. The methodology
used was easy to apply and could be used for future analyzes of cytotoxicity using these
nanomaterials. / Nanotubos de carbono (NTC) são estruturas de comprimento de poucos centímetros, e
com um raio nanométrico. A aplicação dos NTC tem sido diversa, de nanosensores a
carreadores de fármacos, e por isso sua avaliação toxicológica é de grande importância.
Entre as diversas propriedades dos NTC, a mais preocupante em termos toxicológicos é
a sua grande insolubilidade. A insolubilidade em meio aquoso é um dos fatores
determinantes que diminuem a biocompatibilidade, diminuindo a viabilidade celular in
vitro. Técnicas de funcionalização de nanoestruturas podem ser utilizadas, para
aumentar a solubilidade dos NTC, aumentando assim sua compatibilidade biológica.
Com isso, o objetivo desse trabalho foi investigar a citotoxicidade causada pelos
nanotubos de carbono de paredes múltipla (NTCPM) não funcionalizados e
funcionalizados, através de um método químico e posterior purificação. Para a
realização dos testes in vitro, as células tratadas (RAW 264.7 e Células VERO) foram
cultivadas com diversas concentrações de NTC descritas na literatura a fim de
comparação (5, 10, 25, 50 e 100 μg/ml). As células do grupo controle com meio de
cultura foram cultivadas com meio de cultura DMEM suplementado a 10% de soro
bovino fetal (SBF), e o controle positivo para dano celular com 100 mM de peróxido de
hidrogênio. As células permaneceram em tratamentos pelos períodos de 24 horas. Em
seguida foi determinado a viabilidade celular, através do método de exclusão pelo azul
tripan, a qual permaneceu em torno de 70%. Em seguida foram conduzidos os testes
bioquímicos de citotoxicidade através da liberação da enzima lactato desidrogenase
(LDH) no sobrenadante celular, óxido nítrico na linhagem de macrófagos, MTT e uma
contagem celular do sobrenadante celular após tratamento. Os resultados não
demonstraram diferença significativa na citotoxicidade das amostras, sendo assim, o
experimento foi repetido utilizando uma linhagem celular de células VERO, e as
concentrações foram aumentadas (100, 250, 500, 1000 e 5000 μg/ml). Foram realizados
novamente os ensaios do MTT, LDH, vermelho neutro e a contagem com azul tripan.
Este segundo resultado demonstrou que a funcionalização diminui o efeito citotóxico
dos NTCPM utilizados. A metodologia utilizada, mostrou-se de fácil aplicabilidade e
passível de ser utilizada para futuras análises de citotoxicidade utilizando estes
nanomateriais.
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Caracterização da DNase da peçonha da serpente Bothrops alternatus : comparação com a DNase acida de mamiferos envolvida em apoptose / Characterization of a Dnase from Bothrops alternatus snake venom : comparision with mamalian acid Dnases involved in apoptosisNascimento, Juliana Minardi 29 February 2008 (has links)
Orientadores: Stephen Hyslop, Carla Beatriz Collares-Buzato / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T23:21:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: As peçonhas de serpentes Bothrops são responsáveis por diversos danos locais (na região da mordida) e sistêmicos durante o envenenamento. Dentre as manifestações sistêmicas, a insuficiência renal aguda e um dos mais importantes efeitos tóxicos causados por acidentes botropicos. Esta tese teve como objetivos: 1) investigar a ação da peçonha bruta de B. alternatus em células epiteliais renais MDCK; 2) proceder a purificação e caracterização de uma DNase acida presente nesta peçonha; e 3) determinar a possível ação apoptotica desta DNase sobre células MDCK em cultura. Com relação as ações in vitro do peçonha bruta de B. alternatus, observamos modificações no citoesqueleto, nas junções intercelulares e sobre a morte celular das células MDCK tratadas com 10 ou 100 µg/mL de peçonha bruta. Dentre as modificações observadas, houve uma diminuição da resistência transpitelial, uma redistribuição de algumas proteínas associadas as junções intercelulares acompanhada por um desarranjo do citoesqueleto envolvendo as fibras de estresse na superfície basal e adesão focal associada a F-actina na região de contato celula-matriz. A analise morfometrica mostrou uma diminuição do numero de células entrando em mitose e um aumento do numero de células com núcleos picnoticos ou morfologicamente alterados apos tratamento com o peçonha. Microscopia eletrônica de varredura revelou uma densidade de microvilosidades diminuída, assim como a alteração da morfologia celular normal, de poliédrico para um formato fusiforme, nas células tratadas. O tipo principal de morte celular induzido pelo tratamento com o peçonha bruta foi a necrose, com uma freqüência pequena de indução de apoptose. O pré-tratamento das células MDCK com catalase, superoxido dismutase e L-NAME inibiu os efeitos sobre morte celular causados pelo peçonha bruta, indicando o envolvimento de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio nos danos causados pelo envenenamento pela peçonha de B. alternatus. As peçonhas ofídicas possuem uma grande variedade de enzimas que degradam ácidos nucléicos e seus constituintes. As desoxirribonucleases (DNases) são endonucleases presentes em peçonhas de serpentes que hidrolisam acido desoxirribonucleico (DNA). Sua ação no envenenamento ocorre em conjunto com outras enzimas que quebram ligações fosfato (ATPases, 5¿-nucleotidases, fosfodiesterases, ribonucleases). Vários estudos sobre endonucleases em mamiferos sugerem que a DNase II (DNase acida) seria responsável pela fragmentacao do DNA durante a apoptose. E também conhecido que peçonhas são capazes de induzir apoptose em células. Através de uma combinação de cromatografias de troca iônica, gel filtração, afinidade e HPLC, foi purificada uma DNase da peçonha de B. alternatus, com atividade especifica de 3.489 unidades/mg (atividade especifica da peçonha: 65 unidades/mg) e fator de purificação de ~54 vezes. As características bioquímicas desta enzima são: uma massa molecular de ~31 kDa, ausência de subunidades, pI de 4,4-5,2, pH otimo de atividade de 4,7, termo estabilidade ate 40oC. O Km e Vmax são 10.1 µg/mL e 352.5 U/mg, respectivamente. A enzima degrada preferencialmente DNA de dupla fita, com atividade menor sobre DNA desnaturado; também degrada DNA circular (dos plasmideos pGEM e pBR322) mas não degrada RNA ou poly A. E inibida por altas concentrações (100 mM) de cations (Ca2+, Mg2+ e Zn2+), e também por N-etilmaleimida, iodoacetamida, acido aurintricarboxilico e DTT, mas não por EDTA. A enzima e reconhecida por IgG antibotropica em Western blot e no ELISA e por anti-DNase II humana no Western blot. Em celulas MDCK, a DNase produz alterações morfologicas como vacuolacão do citoplasma, retração e destacamento das celulas em monocamada, presença de núcleos condensados e/ou fragmentados. Através de ensaios de viabilidade e citotoxicidade, verificamos que a DNase e citotoxica as células MDCK em doses a partir de 400 U/mL (~20 µg/mL). Alem disso, causa fragmentação de DNA e um aumento no numero de células apoptoticas, em menor proporção, de células em necrose. A via de apoptose estimulada pela enzima envolve a ativação das caspases 3, 8 e 9, e uma diminuição na expressão da proteína anti-apoptotica Bcl-2. Estes resultados mostram que a peçonha de B. alternatus e citotoxica as células MDCK, com parte desta toxicidade mediada pela DNase II. Esta enzima induz apoptose que poderia contribuir para a toxicidade geral da peçonha / Abstract: Bothrops snake venoms are cytotoxic to a variety of cells (endothelial, smooth muscle, renal and inflammatory cells), and may cause cell death by apoptosis. The venom components implicated in apoptosis include metalloproteinases and L-amino acid oxidase. In contrast, although acidic deoxyribonucleases (DNase II) have been implicated in DNA fragmentation during apoptosis in mammals, nothing is known of the involvement of venom deoxyribonucleases in this phenomenon. In this thesis, we 1) investigated the cytotoxicity of Bothrops alternatus venom in Madin-Darby canine kidney (MDCK) epithelial cells, 2) purified and characterized an acidic DNase from this venom, and 3) assessed the apoptotic activity of this DNase in MDCK cells. Treatment with B. alternatus venom (10 and 100 µg/mL) markedly decreased the transepithelial electrical resistance of cultured cells, and caused redistribution of some junctional proteins followed by cytoskeletal rearrangement involving stress fibers at the basal cell surface and focal adhesion-associated F-actin in the cell-matrix contact region. There was a decrease in the number of mitotic cells and an increase in the number of cells with pycnotic or morphologically altered nuclei. Scanning electron microscopy revealed a decrease in microvillar density and alteration in the normal cell morphology from polyhedric to fusiform. Staining with annexin V-FITC and electrophorese of cellular DNA suggested that cell death was predominantly by necrosis. Pretreating the cells with catalase, superoxide dismutase or L-NAME significantly attenuated the venom-induced cell death, indicating the possible involvement of reactive oxygen and nitrogen species in this phenomenon. DNase II was purified from B. alternatus venom by a combination of ion exchange and gel filtration chromatographies (specific activity = 1.9x103 units/mg vs. 36.1 units/mg for venom, purification factor = 51.2, with a protein yield of 1.75%). The molecular mass of 26.4 kDa (SDS-PAGE) was unaffected by dithiothreitol or i-mercaptoethanol, indicating a single-chain protein. Immunoblotting with affinity-purified IgG from commercial bothropic antivenom also yielded a single protein band with the same molecular mass. The enzyme was also recognized by antibothropic IgG in ELISA and crossreacted with anti-human DNase II in western blots. The isoelectric point determined by 2Dgel electrophoresis was ~5.0. DNase II cleaved double-stranded DNA, denatured DNA and circular DNA (from the plasmids pGEM and pBR 322), but there was no degradation of RNA. The enzyme was active in the pH range of 4.5-5.5, with an optimum at 4.7; activity was lost at >50oC. The Km and Vmax were 10.1 µg/mL and 352.5 U/mg, respectively. Enzymatic activity was inhibited by aurintricarboxylic acid (25 µM), iodoacetamide (1 mM), DTT (1 mM) and Ca2+, Mg2+ and Zn2+ (100 mM), but not by EDTA (5 mM). In MDCK cells, DNase II produced cytoplasmic vacuolization, cell shrinkage and cell detachment from the substrate, as well as condensed and/or fragmented nuclei. DNase was cytotoxic to MDCK cells at > 400 U/mL (~20 µg/mL), caused DNA fragmentation, and increased the proportion of apoptotic cells. The apoptotic pathway stimulated by this enzyme involved the activation of caspases 3, 8 and 9, and a decrease in the expression of the anti-apoptotic protein Bcl2. These results show that B. alternatus venom is cytotoxic to MDCK cells, with part of this toxicity probably being mediated by DNase II. This enzyme induces apoptosis that could contribute to the general cytotoxicity of the venom / Doutorado / Bioquimica / Doutor em Biologia Funcional e Molecular
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Planejamento, síntese e avaliação do potencial antitumoral de compostos arilsulfonil-hidrazônicos / Design, synthesis and antitumor evaluation of arylsulfonylhydrazone compounds.Thais Batista Fernandes 18 September 2015 (has links)
A capsaicina é um componente pungente das pimentas do gênero capsicum que possui atividade antitumoral. Na busca por compostos antineoplásicos mais eficazes e seletivos em relação aos disponíveis atualmente, foi desenvolvido um análogo sulfonamídico sintético da capsaicina, o RPF101, que apresentou atividade citotóxica superior em linhagens de adenocarcinoma de mama. Face ao exposto, o objetivo deste trabalho foi otimizar a atividade do RPF101 a partir da síntese de análogos sulfonil-hidrazônicos planejados por bioisosterismo. Treze análogos foram sintetizados em três etapas, baseando-se na reação entre cloreto de sulfonila e hidrato de hidrazina para obtenção do intermediário sulfonil-hidrazida; oxidação do álcool piperonílico para obtenção do piperonal; e reação de adição nucleofílica entre sulfonil-hidrazida e piperonal ou vanilina, que apresentaram rendimentos entre 23 e 85%. Os compostos foram caracterizados por metodologias de RMN 1H/13C, faixa de fusão e análise elementar e avaliados quanto sua capacidade citotóxica em células de adenocarcinoma de mama (MDA-MB-231 e MCF-7) pelo método do MTT. Dois análogos mostraram-se ativos nas duas linhagens, dos quais o mais promissor, RPF906 (IC50 em MDA-MB-231 = 104,6 µM) foi submetido a estudos de elucidação mecanística, onde observou-se indução de apoptose, causando interrupção do ciclo celular na fase G0/G1. Os resultados obtidos mostraram que o grupo benzodioxol favorece a atividade biológica quando comparado ao grupo metilcatecol. Estudos de modelagem molecular sugerem que uma maior hidrofilicidade esteja relacionada com uma atividade superior. Embora menos ativas que seu protótipo, as sulfonil-hidrazonas apresentaram efeito biológico e mostram-se promissoras no desenvolvimento de compostos com potencial antitumoral. Novas modificações moleculares devem ser planejadas com o intuito de otimizar a atividade e seletividade destes compostos. / Capsaicin is a primary pungent compound in red peppers, which has antitumor activity. In view of demand for more selective and less toxic anticancer agents, our group reported a synthetic sulfonamide capsaicin-like analogue, RPF101, which presents higher cytotoxicity in adenocarcinoma cell line than its prototype. Thus, the aim of this work is to optimize RPF101 activity by the synthesis of sulfonylhydrazone analogues, using the bioisosterism as molecular modification strategy. Thirteen analogues were synthesized in three reaction steps: oxidation of piperonyl alcohol to the piperonyl aldehyde; nucleophilic substitution reaction between sulfonyl chloride and hydrazine hydrate to obtain the intermediate sulfonylhydrazide; nucleophilic addition reaction between sulfonylhydrazide and piperonal of vanilin to obtain sulfonylhydrazones, which showed yields between 23 and 85%. All compounds were characterized by NMR 1H/13C, melting point and elemental analisys and evaluated for their cytotoxic activity in breast tumor cell lines (MDA-MB-231 and MCF-7). Two analogues showed cytotoxic effect although RPF906 (IC50 in MDA-MB-231= 104.6 µM) had been the most promising and was further evaluated about its mechanistic properties. This compound induced apoptosis and cell cycle arrest at the G0/G1 phase. Results showed that the introduction of benzodioxol group increases cytotoxicity. Molecular modeling studies suggests that superior hydrophilicity is related to superior activity. Sulfonyl-hydrazone analogues were less cytotoxic than their prototype, but they are still promising compounds. Molecular modifications strategies should be done to optimize the activity and selectivity of these compounds.
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Avaliação do potencial anticâncer in vitro de óleos essenciais de plantas do gênero EugeniaAranha, Elenn Suzany Pereira 15 April 2014 (has links)
Submitted by Kamila Costa (kamilavasconceloscosta@gmail.com) on 2015-07-23T20:59:50Z
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Previous issue date: 2014-04-15 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Cancer is one of the most causes of death in the world. The research of natural products is
strategy to develop anticancer agents. The aim this research was to identify chemical
components, to investigate the anticancer potential in vitro and genotoxicity of Eugenia
genus´s essential oil. For this, were used the cytotoxicity assay of Alamar blue and the
hemolytic potential in erythrocytes of mice, as initial screening for selection of samples with
cytotoxic potential, from the determination of the samples IC50. After the samples selection,
we attemped to evaluate anticancer effect of the essential oil and its genotoxicity. Nine
essential oils were tested, in a single concentration (50 μg/mL) which only two- Eugenia
cuspidifolia (1) e Eugenia tapacumensis (3)- were selected for later tests. The IC50, in 72
hours, obtained to these samples varied between 4,69 to 24,35 μg/mL and 6,22 to 26,17
μg/mL, respectively, among tumor cell lines. For non-tumor cell line, in 72 hours, the values
for the IC50 were 25,51 μg/mL to E. cuspidifolia and 36,12 μg/mL to E. tapacumensis besides
they didn´t cause hemolysis to mice erythrocytes. The species E. cuspidifolia and E.
tapacumensis were more active to colorectal line (HCT 116) and ovary (ES-2), and the HCT
116 line was chosen to be used for later tests, because it´s one of the most frequent kind of
cancer in diagnostics and in deaths worldwide at a world level . The chemical constitution of
E. cuspidifolia and E. tapacumensis essential oils was investigated through gas
chromatography. A total 26 constituents were identified for both samples. The majority
components were caryophyllene oxide, α-copaene, hepoxid of humulene II and cis-nerolidol.
The essential oils in concentrations 7,5, 15 and 30 μg/mL, were tested in the clonogenic assay
and they significantly reduced the number of colonies (p<0,05), in the 7,5 and 15 μg/mL
concentrations, when compared with DMSO (0,2%). In the wound-healing assay, 24 and 48
hours, the essential oils reduced the migration in vitro (p<0,05) only on the concentration 30
μg/mL, at 48h. The inhibitor potential of metalloproteinase MMP-2 and MMP-9 was
evaluated through of zymography method. In the results, the better inhibition effect was from
the E. tapacumensis essential oil, that reduced the enzymatic activity (p<0,05) in the
concentrations 15 and 30 μg/mL, in both treatments times (24 and 48h). Genotoxicity was
evaluated by comet assay, using two versions, alkaline pH, which detects any damage caused
to DNA, and neutral pH, specific to double-stranded breaks in DNA. Through damage index
analisis, the results in alkaline pH assay were similar to the neutral pH. Only E. tapacumensis
(30 μg/mL) caused damage DNA (p<0,05) in the alkaline version. At the neutral pH version,
all concentrations tested (p<0,05) caused DNA damage. Thus, is concluded that E.
cuspidifolia and E. tapacumensis essential oils are cytotoxic in tumor cell lines, and they have
anticancer potencial in HCT 116 cell line acting as cytotoxic and cytostatic depending on the
time and the tested concentration. Only E. tapacumensis is genotoxic, in non-tumor cell line,
however more specific studies are needed to determine whether this genotoxicity is reversible
or if the mechanism of cytotoxic action of essential oil is related to the cell DNA damage. / O câncer é uma das maiores causas de morte no mundo. A pesquisa de produtos naturais
constitui uma estratégia para o desenvolvimento de agentes anticancerígenos. Objetivou-se
nessa pesquisa identificar os componentes químicos, investigar o potencial anticâncer in vitro
e a genotoxicidade de óleos essenciais do gênero Eugenia. Para isso, foram utilizados os
ensaios de citotoxicidade do alamar blue e o potencial hemolítico em eritrócitos de
camundongos, como triagem inicial para a seleção das amostras com potencial citotóxico, a
partir da determinação da CI50 das amostras. Posteriormente a seleção das amostras, buscouse
avaliar o efeito anticâncer dos óleos essenciais e a sua genotoxicidade. Foram testados nove
óleos essenciais, em concentração única (50 μg/mL) dos quais apenas dois - Eugenia
cuspidifolia (1) e Eugenia tapacumensis (3)- foram selecionados para os testes posteriores. A
CI50, em 72 horas, obtida para essas duas amostras variou entre 4,69 a 24,35 μg/mL e 6,22 a
26,17 μg/mL, respectivamente, entre as linhagens tumorais. Para a linhagem não tumoral, em
72 horas, os valores de CI50 foram de 25,51μg/mL para E. cuspidifolia (1) e 36,12 μg/mL para
E. tapacumensis (3), além de não causarem hemólise a eritrócitos de camundongos. As
espécies E. cuspidifolia (1) e E. tapacumensis (3) foram mais ativas para as linhagens de
colorretal (HCT 116) e ovário (ES-2), e escolheu-se para os testes posteriores utilizar a
linhagem HCT 116, por ser um dos tipos de câncer mais frequentes em diagnósticos e
também em mortes a nível mundial. A constituição química dos óleos essenciais de E.
cuspidifolia (1) e E. tapacumensis (3) foi investigada através de cromatografia gasosa. Foram
identificados um total de 26 constituintes para as duas amostras. Os componentes majoritários
foram óxido de cariofileno, α-copaeno, hepóxido de humuleno II e cis-nerolidol. Os óleos nas
concentrações de 7,5, 15 e 30 μg/mL, foram testados no ensaio clonogênico e reduziram
significativamente o número de colônias (p<0,05) na concentração de 7,5 e 15 μg/mL,
quando comparado ao controle DMSO (0,2%). No ensaio de motilidade celular, nos tempos
de 24 e 48 horas, os óleos essencias reduziram a migração (p<0,05) somente na concentração
de 30 μg/mL, no tempo de 48h. O potencial inibidor de metaloproteinases MMP-9 e MMP-2
foi avaliado através de método zimográfico. Nos resultados obtidos, o melhor efeito inibitório
foi do óleo essencial de E. tapacumensis (3), o qual reduziu a atividade enzimática (p<0,05)
nas concentrações de 15 e 30 μg/mL, nos dois tempos de tratamento (24 e 48h). A
genotoxicidade foi avaliada pelo ensaio do cometa, usando duas versões, a de pH alcalino, o
qual detecta qualquer dano causado ao DNA, e a de pH neutro, específico para quebras da fita
dupla de DNA. Através da análise do Índice de dano, os resultados no ensaio em pH alcalino
foram semelhantes ao do pH neutro. Somente E. tapacumensis (3) (30 μg/mL) causou dano ao
DNA (p<0,05) na versão alcalina. Na versão em pH neutro todas as concentrações causaram
dano (p<0,05). Assim, conclui-se que os óleos essenciais de E. cuspidifolia (1) e E.
tapacumensis (3) são citotóxicos nas linhagens tumorais, tem potencial anticâncer na
linhagem HCT116 agindo como citotóxico e citostático dependendo do tempo e da
concentração testada e somente a E. tapacumensis (3) é genotóxica, em células não
neoplásicas, , entretanto estudos mais específicos precisam determinar se essa genotoxicidade
é reversível ou se o mecanismo de ação citotóxica do óleo está relacionada a lesão do DNA
das células.
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Desenvolvimento e caracterização de sistemas nanoestruturados contendo ácido ursólico: investigação da atividade citotóxica, antioxidante, anti-degradação da matriz celular, toxicidade e permeação cutânea ex-vivo e in vivo / Development and characterization of nanostructured systems containing ursolic acid: investigation of cytotoxic activity, antioxidant, anti degradation cellular matrix, toxicity and skin permeation ex-vivo and in vivoResende, Erika Crispim 28 June 2013 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2014-12-15T16:02:18Z
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Previous issue date: 2013-06-28 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / O ácido ursólico (AU) é um composto triterpenoide pentacíclico que ocorre em grande variedade de plantas do Cerrado. Apresenta atividades anti-inflamatória, antioxidante, antitumoral e ação inibidora de enzimas responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. Devido à sua reduzida hidrossolubilidade, a incorporação do AU em produtos de uso tópico representa um desafio farmacotécnico. Neste sentido, a produção de nanossistemas pode ser considerada uma alternativa promissora. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar sistemas nanoestruturados contendo AU, investigar a atividade citotóxica, antioxidante, antidegradação da matriz celular, toxicidade, avaliar o efeito de permeação cutânea ex vivo e in vivo do AU e verificar a eficácia no tratamento de manchas cutâneas e prevenção de rugas. Inicialmente o AU foi submetido aos ensaios de citotoxicidade em células B16-F10 e Balb/c 3T3 por MTT e em Balb/c 3T3 pela captação do corante vermelho neutro. A morfologia das células B16-F10 tratadas com AU foi avaliada através de coloração de Giemsa. A atividade antioxidante celular (AAC) do AU foi realizada em células NIH-3T3 pelo método de diclorofluoresceína. A capacidade do AU em inibir enzimas (elastase, colagenase e tirosinase) foi avaliada por métodos espectrofotométricos. Os Lipossomas (LPs, obtidos pelo método de hidratação do filme lipídico), nanopartículas poliméricas (NPs, preparadas através da técnica de precipitação do polímero pré-formado) e as microemulsões (MEs, obtidas por emulsificação espontânea) foram caracterizados quanto à distribuição do tamanho, índice de polidispersão (PdI), pH, potencial zeta e teor do AU incorporado. Com a finalidade de veicular as MEs, uma emulsão (EM) foi formulada. O índice de refração (IR) foi determinado para os componentes das MEs e das EMs. A estabilidade física foi por observação visual e testes de centrifugação. Métodos cromatográficos com detector ultravioleta e de massas (CLAE-UV e CLAE-EM/EM) foram desenvolvidos e validados para quantificar o AU nas formulações e nos ensaios de permeação. Os testes pré-clínicos da EM com ME (AU 0,02%) e da ME (AU 0,2%) envolveram ensaios de contagem de micro-organismos totais, toxicidade oral aguda em ratos, irritação ocular e cutânea primária em coelhos, sensibilização cutânea em cobaias, toxicidade dermal aguda em ratos, mutagenicidade in vitro e micronúcleo em camundongos. Foram realizadas permeações cutâneas ex-vivo (utilizando células de Franz e pele de orelha de porco) e in vivo (pela técnica de tape stripping em antebraços de voluntários sadios). Nos estudos ex-vivo uma solução receptora de lauril sulfato de sódio a 2,5% (pH 7,4, 37°C a 300rpm) foi utilizada atendendo as condições sink. Após 24 horas, a solução receptora, o estrato córneo e a epiderme viável foram analisados quanto à presença do AU. A permeação in vivo teve a finalidade de obter informações sobre o tempo de exposição na pele de voluntários sadios à dose de AU presente nas formulações. O estudo clínico foi mono-cêntrico, aberto, prospectivo com dois tratamentos em um período utilizando-se quatro voluntários masculinos sadios (18–28 anos). Os parâmetros dermofarmacocinéticos da área sob a curva do perfil de penetração de AU ao longo das fitas (ASC0-t) e do tempo necessário para que o AU atingisse a metade do efeito máximo predito ET50 foram avaliados. A integridade cutânea dos voluntários foi monitorada pela perda de água transepidermal. As formulações (60mg) foram aplicadas em 5 sítios (2,0 cm2) em cada antebraço ficando em contato com a pele por 30 minutos, 1 h, 2 h, 4 h e 6 h (sítios 1 ao 5, respectivamente). Decorrido o tempo de cada sítio, a técnica de tape stripping foi realizada e o AU quantificado. 32 mulheres (35-63 anos) foram instruídas a utilizar a ME contendo AU por 30 dias em um estudo de eficácia clínica dermatológica de aceitabilidade cutânea e de apreciabilidade cosmética. Após o tratamento, as voluntárias fizeram avaliação clínica final para comparação do aspecto do rosto (D30) com o início do tratamento (D0). A eficácia clínica foi analisada quanto à uniformidade do tom da pele, manchas, linhas de expressão e rugas. Já a
apreciabilidade cosmética foi feita por meio de um questionário. Os resultados dos ensaios da concentração inibitória CI50 de AU para B16-F10 foi de 15,70μM e de 22,09 μM para 3T3. A CI50 de AU em células de melanoma confirmou a capacidade antitumoral do AU. Ocorreram alterações na morfologia das células B16-F10 quando tratadas com AU próximo ao valor da CI50 sugerindo apoptose. O AU exibiu atividade antioxidante celular inibindo cerca de 65% a oxidação da quercetina, mas não foi possível observar esta atividade quando o AU foi submetido a ensaios in vitro com reações radicalares (DPPH•). Nos ensaios enzimáticos, o AU inibiu ±25% da colagenase, ±22% da tirosinase e ±11% da elastase. O método CLAE-EM/EM foi validado sendo linear com R>0,99. Apresentou precisão e exatidão com desvio padrão relativo (DPR%) abaixo de 10% e recuperação variando de 93,3 a 103,4%. Os LPs e as NPs apresentaram instabilidade com vazamento de AU e baixa encapsulação. As MEs apresentaram pH dentro da faixa aceitável para aplicação tópica e maior incorporação de AU do que os sistemas de LPs e NPs. A ME incorporada à emulsão apresentou estabilidade a temperatura ambiente. A ME e a emulsão contendo AU demonstraram perfis reológicos semelhantes evidenciando ausência de propriedade tixotrópica. Os IRs variaram de 1,3388 para emulsão sem ME a 1,4700 para os tensoativos. As MEs apresentaram valores intermediários de IR concluindo eram do tipo água em óleo (A/O). Não foi observada degradação do AU analisado por CLAE-EM/EM mesmo após um ano de preparação da ME e na emulsão contendo ME. Ensaios pré-clínicos de toxicidade demonstraram que a EM contendo 10% de ME (0,02% de AU) e a microemulsão (0,2% de AU) não apresentaram toxicidade oral, não foram irritantes para os olhos nem para a pele e não foram mutagênicas. Nos estudos de permeação ex-vivo, cerca de 1,5 vezes mais AU permeou a pele quando incorporado na ME, já na emulsão contendo AU disperso (não microencapsulado), o AU ficou mais retido no estrato córneo, cerca de 5,3 vezes mais que ao valor encontrado na epiderme. Na ME, a concentração do AU na epiderme viável foi aproximadamente 7 vezes maior quando comparado ao AU livre (emulsão). Na ME veiculada na emulsão cerca de 7% de AU foi quantificado no estrato córneo e cerca de 32% foi encontrado na epiderme viável. Nos estudos de permeação in vivo, não foi verificada nenhuma ocorrência de reação adversa. A metade do efeito máximo predito (ET50) para a formulação de emulsão contendo AU disperso foi alcançada em aproximadamente 49 minutos após a aplicação do produto na pele, já a formulação de emulsão contendo microemulsão demonstrou um perfil de duração da dose do AU independentemente do tempo de exposição sendo que o efeito máximo predito para a absorção permaneceu constante ao longo do tempo. A avaliação clínica após tratamento com a ME mostrou eficácia de 3% em relação à uniformidade do tom da pele, 16% de eficácia em relação às manchas, 66% em relação às linhas de expressão e 59% de eficácia contra as rugas. Já a avaliação da opinião das voluntárias, 44% perceberam melhora na sensação de pele mais jovem, 41% perceberam melhora na sensação de pele mais bela e 61% referiram gostar do produto. Diante dos resultados obtidos pode-se concluir que a microemulsão contendo AU é uma forte candidata a agente terapêutico tópico podendo veicular o AU para camadas mais profundas da pele. Além disto, foi verificado que o AU é capaz de prevenir o aparecimento de rugas, inibir a ação de enzimas que degradam as proteínas estruturais da pele, agir contra células de melanoma e como antioxidante. / O ácido ursólico (AU) é um composto triterpenoide pentacíclico que ocorre em grande variedade de plantas do Cerrado. Apresenta atividades anti-inflamatória, antioxidante, antitumoral e ação inibidora de enzimas responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. Devido à sua reduzida hidrossolubilidade, a incorporação do AU em produtos de uso tópico representa um desafio farmacotécnico. Neste sentido, a produção de nanossistemas pode ser considerada uma alternativa promissora. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar sistemas nanoestruturados contendo AU, investigar a atividade citotóxica, antioxidante, antidegradação da matriz celular, toxicidade, avaliar o efeito de permeação cutânea ex vivo e in vivo do AU e verificar a eficácia no tratamento de manchas cutâneas e prevenção de rugas. Inicialmente o AU foi submetido aos ensaios de citotoxicidade em células B16-F10 e Balb/c 3T3 por MTT e em Balb/c 3T3 pela captação do corante vermelho neutro. A morfologia das células B16-F10 tratadas com AU foi avaliada através de coloração de Giemsa. A atividade antioxidante celular (AAC) do AU foi realizada em células NIH-3T3 pelo método de diclorofluoresceína. A capacidade do AU em inibir enzimas (elastase, colagenase e tirosinase) foi avaliada por métodos espectrofotométricos. Os Lipossomas (LPs, obtidos pelo método de hidratação do filme lipídico), nanopartículas poliméricas (NPs, preparadas através da técnica de precipitação do polímero pré-formado) e as microemulsões (MEs, obtidas por emulsificação espontânea) foram caracterizados quanto à distribuição do tamanho, índice de polidispersão (PdI), pH, potencial zeta e teor do AU incorporado. Com a finalidade de veicular as MEs, uma emulsão (EM) foi formulada. O índice de refração (IR) foi determinado para os componentes das MEs e das EMs. A estabilidade física foi por observação visual e testes de centrifugação. Métodos cromatográficos com detector ultravioleta e de massas (CLAE-UV e CLAE-EM/EM) foram desenvolvidos e validados para quantificar o AU nas formulações e nos ensaios de permeação. Os testes pré-clínicos da EM com ME (AU 0,02%) e da ME (AU 0,2%) envolveram ensaios de contagem de micro-organismos totais, toxicidade oral aguda em ratos, irritação ocular e cutânea primária em coelhos, sensibilização cutânea em cobaias, toxicidade dermal aguda em ratos, mutagenicidade in vitro e micronúcleo em camundongos. Foram realizadas permeações cutâneas ex-vivo (utilizando células de Franz e pele de orelha de porco) e in vivo (pela técnica de tape stripping em antebraços de voluntários sadios). Nos estudos ex-vivo uma solução receptora de lauril sulfato de sódio a 2,5% (pH 7,4, 37°C a 300rpm) foi utilizada atendendo as condições sink. Após 24 horas, a solução receptora, o estrato córneo e a epiderme viável foram analisados quanto à presença do AU. A permeação in vivo teve a finalidade de obter informações sobre o tempo de exposição na pele de voluntários sadios à dose de AU presente nas formulações. O estudo clínico foi mono-cêntrico, aberto, prospectivo com dois tratamentos em um período utilizando-se quatro voluntários masculinos sadios (18–28 anos). Os parâmetros dermofarmacocinéticos da área sob a curva do perfil de penetração de AU ao longo das fitas (ASC0-t) e do tempo necessário para que o AU atingisse a metade do efeito máximo predito ET50 foram avaliados. A integridade cutânea dos voluntários foi monitorada pela perda de água transepidermal. As formulações (60mg) foram aplicadas em 5 sítios (2,0 cm2) em cada antebraço ficando em contato com a pele por 30 minutos, 1 h, 2 h, 4 h e 6 h (sítios 1 ao 5, respectivamente). Decorrido o tempo de cada sítio, a técnica de tape stripping foi realizada e o AU quantificado. 32 mulheres (35-63 anos) foram instruídas a utilizar a ME contendo AU por 30 dias em um estudo de eficácia clínica dermatológica de aceitabilidade cutânea e de apreciabilidade cosmética. Após o tratamento, as voluntárias fizeram avaliação clínica final para comparação do aspecto do rosto (D30) com o início do tratamento (D0). A eficácia clínica foi analisada quanto à uniformidade do tom da pele, manchas, linhas de expressão e rugas. Já a
apreciabilidade cosmética foi feita por meio de um questionário. Os resultados dos ensaios da concentração inibitória CI50 de AU para B16-F10 foi de 15,70μM e de 22,09 μM para 3T3. A CI50 de AU em células de melanoma confirmou a capacidade antitumoral do AU. Ocorreram alterações na morfologia das células B16-F10 quando tratadas com AU próximo ao valor da CI50 sugerindo apoptose. O AU exibiu atividade antioxidante celular inibindo cerca de 65% a oxidação da quercetina, mas não foi possível observar esta atividade quando o AU foi submetido a ensaios in vitro com reações radicalares (DPPH•). Nos ensaios enzimáticos, o AU inibiu ±25% da colagenase, ±22% da tirosinase e ±11% da elastase. O método CLAE-EM/EM foi validado sendo linear com R>0,99. Apresentou precisão e exatidão com desvio padrão relativo (DPR%) abaixo de 10% e recuperação variando de 93,3 a 103,4%. Os LPs e as NPs apresentaram instabilidade com vazamento de AU e baixa encapsulação. As MEs apresentaram pH dentro da faixa aceitável para aplicação tópica e maior incorporação de AU do que os sistemas de LPs e NPs. A ME incorporada à emulsão apresentou estabilidade a temperatura ambiente. A ME e a emulsão contendo AU demonstraram perfis reológicos semelhantes evidenciando ausência de propriedade tixotrópica. Os IRs variaram de 1,3388 para emulsão sem ME a 1,4700 para os tensoativos. As MEs apresentaram valores intermediários de IR concluindo eram do tipo água em óleo (A/O). Não foi observada degradação do AU analisado por CLAE-EM/EM mesmo após um ano de preparação da ME e na emulsão contendo ME. Ensaios pré-clínicos de toxicidade demonstraram que a EM contendo 10% de ME (0,02% de AU) e a microemulsão (0,2% de AU) não apresentaram toxicidade oral, não foram irritantes para os olhos nem para a pele e não foram mutagênicas. Nos estudos de permeação ex-vivo, cerca de 1,5 vezes mais AU permeou a pele quando incorporado na ME, já na emulsão contendo AU disperso (não microencapsulado), o AU ficou mais retido no estrato córneo, cerca de 5,3 vezes mais que ao valor encontrado na epiderme. Na ME, a concentração do AU na epiderme viável foi aproximadamente 7 vezes maior quando comparado ao AU livre (emulsão). Na ME veiculada na emulsão cerca de 7% de AU foi quantificado no estrato córneo e cerca de 32% foi encontrado na epiderme viável. Nos estudos de permeação in vivo, não foi verificada nenhuma ocorrência de reação adversa. A metade do efeito máximo predito (ET50) para a formulação de emulsão contendo AU disperso foi alcançada em aproximadamente 49 minutos após a aplicação do produto na pele, já a formulação de emulsão contendo microemulsão demonstrou um perfil de duração da dose do AU independentemente do tempo de exposição sendo que o efeito máximo predito para a absorção permaneceu constante ao longo do tempo. A avaliação clínica após tratamento com a ME mostrou eficácia de 3% em relação à uniformidade do tom da pele, 16% de eficácia em relação às manchas, 66% em relação às linhas de expressão e 59% de eficácia contra as rugas. Já a avaliação da opinião das voluntárias, 44% perceberam melhora na sensação de pele mais jovem, 41% perceberam melhora na sensação de pele mais bela e 61% referiram gostar do produto. Diante dos resultados obtidos pode-se concluir que a microemulsão contendo AU é uma forte candidata a agente terapêutico tópico podendo veicular o AU para camadas mais profundas da pele. Além disto, foi verificado que o AU é capaz de prevenir o aparecimento de rugas, inibir a ação de enzimas que degradam as proteínas estruturais da pele, agir contra células de melanoma e como antioxidante.
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Estudo das alteraÃÃes hematolÃgicas, bioquÃmicas e genotÃxicas induzidas por agrotÃxicos em agricultores do estado do Piauà / STUDY OF POSSIBLE GENETIC CHANGES INDUCED BY PESTICIDES IN FARMERS IN THE STATE OF PIAUÃTatiana Vieira Souza Chaves 26 September 2011 (has links)
nÃo hà / A exposiÃÃo aos agrotÃxicos representa um risco em potencial para a saÃde humana. AlÃm das intoxicaÃÃes, estes compostos podem interagir com o DNA, causando doenÃas degenerativas e cÃncer. A avaliaÃÃo de riscos aos agrotÃxicos foi realizada em 97 agricultores dos municÃpios de Picos, Piripiri, Barras e Josà de Freitas, tendo como grupo nÃo exposto 55 trabalhadores administrativos da capital, Teresina, como uma proposta de continuidade dos estudos anteriormente realizados nos municÃpios: Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro GonÃalves e UruÃuÃ, regiÃo sul do PiauÃ. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os possÃveis efeitos tÃxicos e genotÃxicos/mutagÃnicos da exposiÃÃo ocupacional Ãs misturas complexas de agrotÃxicos, com o uso de biomarcadores hematolÃgicos, enzimÃticos e genotÃxicos/mutagÃnicos. Aplicou-se um questionÃrio recomendado pela International Comission for Protection Against Environmental Mutagens and Carcinogens-ICPEMC, e coletou-se material biolÃgico, para as anÃlises hematolÃgicas, bioquÃmicas, genotÃxicas e mutagÃnicas. A populaÃÃo exposta aos agrotÃxicos apresentou uma mÃdia de idade de 40,37 anos e tempo de trabalho de 19,32 anos, com carga horÃria de 41,38 h/semanas e apenas 50,5% usam EPIs, e 33% sÃo fumantes; 59,8% consomem Ãlcool; 34% utilizam medicamentos prescritos; 54,6% foram vacinados nos Ãltimos 6 meses; 68% nÃo consomem vegetais, e 96,9% comem carne. Os agricultores utilizam 13 diferentes tipos de ingredientes ativos, sendo 53,5% de herbicidas. Quanto aos parÃmetros hematolÃgicos apenas 39% apresentaram leucopenia e 10% diminuiÃÃo na sÃrie vermelha. Quanto as variÃveis bioquÃmicas: ureia, proteÃnas totais e fraÃÃes, Gama GT nÃo ocorreram alteraÃÃes significantes, entretanto nas dosagens de creatinina, TGO, TGP e fosfatase alcalina, houve significÃncia (p< 0,05) em relaÃÃo ao grupo controle. Foi observado para a butilcolinesterase inibiÃÃo no percentual de cerca de 4%, dado nÃo significante. Foi evidenciada genotoxicidade nos agricultores expostos pelo significante (p < 0,001) aumento do Ãndice de Dano (45,85 vs 12,51) e FrequÃncia de Dano (29,41 vs 9,98), em mucosa bucal, e em linfÃcitos com Ãndice de Dano (33,27 vs 10,12) e FrequÃncia de Dano (21,44 vs 9,38), avaliados pelo teste do cometa. A avaliaÃÃo mutagÃnica pelo aumento do nÃmero (4,95  2,81 vs 0,72  1,20) e frequÃncia (0,24  0,14 vs 0,03  0,06) de MN em mucosa bucal foi estatisticamente significante (p< 0,001) nos expostos em relaÃÃo aos nÃo expostos. A mutagenicidade em linfÃcitos avaliados com o teste de MicronÃcleo (MN) com bloqueio de citocinese foi significante (p< 0,01) nos agricultores expostos (9,38 Â1,05), em relaÃÃo ao nÃo exposto (5,50  0,84). Aumento significante (p<0,001) do percentual de aberraÃÃes cromossÃmicas dos expostos em relaÃÃo aos nÃo expostos 3,24  0,44 vs. 0,40  0,07) foram observados, com significÃncia (p<0,001) para os tipos de AC: cromossomos dicÃntricos, anÃis, tricÃntricos, anel acÃntrico, deleÃÃo terminal, deleÃÃo intersticial. Indicativo significante (p<0,001) para apoptose foi encontrado em cÃlulas de mucosa bucal e em linfÃcito, com bloqueio de citocinese. CorrelaÃÃes positivas significantes (p<0,01; p<0,05) de danos ao DNA, em cÃlulas de mucosa bucal foram evidenciadas para idade, tabagismo, etilismo e tempo de trabalho, no entanto, essas correlaÃÃes nÃo foram observadas para a os micronÃcleos. Em cÃlulas de mucosa bucal a apoptose e cÃlulas binucleadas foram significantemente (p<0,01) correlacionadas com a idade do trabalhador. Em relaÃÃo aos MN em linfÃcitos, percentual de AC e apoptose foram observadas correlaÃÃes positivas com o etilismo (p<0,01). MN em linfÃcitos foi correlacionado de maneira significativa (p<0,05) com o baixo consumo de micronutrientes e com o uso de EPI. Os parÃmetros de genotoxicidade e de mutagenicidade foram indicativos de instabilidade genÃtica, que podem sugerir riscos de neoplasias. Assim, se faz necessÃrio o biomonitoramento desses agricultores, como uma estratÃgia de vigilÃncia em saÃde, com prevenÃÃo e promoÃÃo da saÃde ocupacional no Estado do PiauÃ. / Exposure to pesticides represents a potential risk to human health. In addition to poisoning, these compounds may interact with DNA, causing degenerative diseases, including cancer. The risk assessment for pesticides was conducted in the municipalities of Picos, Piripiri, Barras and Josà de Freitas with farm workers (exposed group) and 55 administrative officers from Teresina (Capital) as unexposed group. It was as a proposal for the continuation of studies previously performed in other cities of Piauà (Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro GonÃalves and UruÃuÃ). The purpose of this study was to evaluate the toxicity and genotoxicity/mutagenicity effects of occupational exposure to complex mixtures of pesticides by using hematologic, enzymatic and genotoxic/mutagenic biomarkers. Initially, a questionnaire recommended by the International Commission for Protection Against Environmental Mutagens and Carcinogens-ICPEMC was applied, then biological material was collected for the hematological, biochemical, genotoxic and mutagenic analysis.The population exposed to pesticides (n = 97) had a mean age of 40.37 years and a mean working time of 19.32 years, with a schedule of 41.38 hours per week. 50.5% of the farmers use personal protective equipment (PPE). About their lifestyle, 33% were smokers; 59.8% consume alcohol; 34% use prescription drugs; 54.6% were vaccinated in the last 6 months; 68% do not consume vegetables, and 96.9% eat meat. They use 13 different types of active ingredients, 53.5% are herbicides. As for hematological parameters of the 97 workers exposed, only 39% presented leucopenia, and only 10% presented low red blood cell count. The biochemical variables: urea, total proteins and fractions, Gamma GT, there were no significant changes. However, the dosages of creatinine, AST, ALT and alkaline phosphatase, showed significant changes (p <0.05) compared to the control group. It was also observed that butilcolinesterase inhibition was a non-significant data. Genotoxicity was observed on the exposed farmers (p <0.001), as seen in the damage index (45.85 vs 12.51) and the damage frequency (29.41 vs. 9.98) in exfoliated cells. We found a high damage index (33.27 vs. 10.12) and frequency of damage (21.44 vs. 9.38) in the lymphocytes of the exposed farmers, when assessed by the comet test. The mutagenic evaluation by the increase of micronuclei (MN) in oral mucosa was also statistically significant (p <0.001) in the exposed farmers (4.95  2.81) compared to those not exposed (0.72  1.20), as well as the increase in the frequency of MN (0.24  0.14 vs. 0.03  0.06). Similarly, mutagenicity in the lymphocytes evaluated by the MN test with cytokinesis block was observed (p <0.01) in the farmers (p <0.001) when compared to the unexposed group (9.38  1.05 vs. 5.50  0.84). Significant increase (p <0.001) in the percentage of chromosomal aberrations (CA) in exposed workers compared to the unexposed (3.24  0.44. vs. 0.40  0.07) were observed, with significance (p <0.001) for the types of AC: dicentric chromosomes, rings, tricentrics, acentric ring, terminal deletion and interstitial deletion. Significant evidence (p <0.001) for apoptosis was found in oral mucosa cells and lymphocytes, with cytokinesis blocking. Positive correlations (p <0.01, p <0.05) of DNA damage in oral mucosa cells were found for age, smoking, drinking and working time. However, these correlations were not observed for the micronuclei. In oral mucosa cells, apoptosis and binucleated cells were significantly (p <0.01) correlated with the age of the worker. Regarding the MN in lymphocytes, the percentage of AC and apoptosis, positive correlations with the alcohol consumption (p <0.01) was observed. MN in lymphocytes was also significantly correlated (p <0.05) with the low intake of micronutrients and the use of PPE. The parameters of genotoxicity and mutagenicity were indicative of genetic instability, which may suggest the risk of cancer. Thus, the biomonitoring of these farmers is necessary as a strategy for health surveillance, prevention and promotion of occupational health in the state of Piaui.
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Avaliação da inativação de cisplatina, doxorrubicina e paclitaxel utilizando soluções de asepto 75® 0,5%, hipoclorito de sódio 10% e tiossulfato de sódio 10% / Evaluation of inativation of cisplatin, doxorubicin and paclitaxel using solutions of 0,5% asepto 75, 10% sodium hypochlorite and 10% sodium thiosulfateFernanda dos Santos Scaramel 15 October 2009 (has links)
Os agentes antineoplásicos são considerados drogas de risco, ou seja, aquelas que podem ocasionar efeitos como genotoxicidade, carcinogenicidade , teratogenicidade ou alteração na fertilidade e a exposição dos profissionais de saúde constitui-se em grande preocupação do ponto de vista de saúde ocupacional. Precedendo o seu emprego na terapia oncológica, estes medicamentos devem ser submetidos a análises físicas, químicas e biológicas para avaliação da qualidade, sendo que estes testes geram considerável volume de resíduos que também requerem tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de diferentes métodos de inativação para as moléculas de cisplatina, doxorrubicina e paclitaxel em solução injetável, utilizando cromatografia líquida de alta eficiência (avaliação química) e teste de citotoxicidade in vitro (avaliação biológica). Foram avaliados os inativantes Asepto 75® (solução a 0,5%), hipoclorito de sódio (solução a 10%) e tiossulfato de sódio (solução a 10%). Os ativos ficaram expostos aos inativantes por períodos que variaram de 0 a 6 horas. Os resultados demonstraram que o asepto 75 é eficiente para a inativação química e biológica dos três ativos, sendo o tempo de exposição fator determinante para a degradação química da cisplatina. Os graus de citotoxicidade variaram de nenhum a leve (IZ= 0 a 1). O hipoclorito de sódio possui um grau de citotoxicidade por si só, porém foi eficaz na inativação química dos três ativos. Já o inativante tiossulfato de sódio se mostrou eficaz na in ativação química da cisplatina, não tendo efeito sobre a doxorrubicina ou sobre o paclitaxel. Os resultados da avaliação in vitro mostraram-se compatíveis com os da avaliação química. Conclui-se que a inativação dos princípios ativos previamente ao descarte é eficaz para reduzir os riscos ocupacionais e ambientais das drogas citotóxicas. / The anti-neoplastic agents are considered risk drugs, that is, the ones that can cause effects, such as genotoxicity, carcinogenicity, teratogenicity or change in fertility. Because of these factors, the exposure of the health care professionals are a great concern of occupational health. Before the use of the oncological therapy, these drugs should be undergone to the physical, chemical and biological tests for the quality evaluation, considering that these test also produce a considerable amount of waste which also demand treatment. The aim of this work is to evaluate the efficacy oh the different methods of inactivation for the cisplatine molecules, doxorubicine and paclitaxel in injection solutions. Using high performance liquid chromatography (chemical evalution) and in vitro citotoxity test (biological evaluation). It has been evaluated Asepto 75 degradant (aqueous solution at 0,5%), sodium hypochlorite (aqueous solution at 10%) and sodium thyosulfate (aqueous solution at 10%). The drugs were exposed to the degradants in periods that ranged from 0 to 6 hours. The results have been demonstrated that asepto 75 is efficient for the chemical and biological inativation of the drugs, and the time of exposition is determinant for the chemical degradation of cisplatin. The citotoxicity grades have ranged from \"none\" to \"slight\". The sodium hypochlorite has a toxicity grade for itself, although it was effective in the chemical degradation of the three drugs. Yet the sodium thiosulfate degradant has demonstrated to be effective in the chemical inativation of cisplatin, not having effects over doxorubicin or paclitaxel. The results of in vitro evaluation have been compatible with the chemical evaluation. It concludes that the inactivation of the drugs before the waste is effective to reduce the occupational and environmental risks of citotoxic drugs.
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