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Demanda energética e cardiorrespiratória de diferentes exercícios de jiu-jitsu brasileiroSilveira, Felipe Pereira da January 2018 (has links)
Introdução: O Jiu-Jitsu Brasileiro (BJJ, do inglês Brazilian Jiu-Jitsu) é uma modalidade de esporte de combate de característica acíclica, com períodos de esforço de alta intensidade alternados com ações de baixa intensidade. Poucos estudos se voltaram para os aspectos do treinamento físico na modalidade. As evidências disponíveis recomendam, dentre outras condutas, a prática de exercícios intervalados a fim de condicionar atletas de BJJ. Contudo, faltam evidências que suportem essa prática. Até o presente momento, o estudo que avaliou o efeito do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em atletas de BJJ demonstrou melhores resultados em testes funcionais, quando comparado a um grupo que realizou o treinamento da forma tradicional. Entretanto, os autores não caracterizaram os exercícios utilizados durante o treinamento, nem testaram diferente intervalos de esforço Objetivo: Descrever e comparar a demanda cardiorrespiratória (VO2 e FC), a percepção subjetiva de esforço (PSE) e a contribuição dos sistemas energéticos (aeróbio, anaeróbio alático) durante a realização de três intervalos distintos (30 s, 60 s e 90 s) de três exercícios de BJJ (Arm Lock, Entrada de Queda e Passagem de Guarda) realizados em intensidade máxima. Métodos: A amostra foi composta de atletas de BJJ das faixas roxa, marrom e preta, sexo masculino de 20 – 45 anos, com participação em competições de nível nacional. O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e o débito de oxigênio (VO2deb) foram mensurados através de testes em esteira, objetivando a avaliação da capacidade aeróbia máxima e EPOC após esforço supramáximo, respectivamente. Os participantes realizaram três protocolos de diferentes exercícios com distintas durações, todos de maneira all-out. A ordem dos protocolos foi definida por sorteio. O VO2 e a FC foram avaliados ao longo de todo o protocolo de exercício e a PSE foi avaliada após cada exercício. A contribuição dos sistemas energéticos foi calculada através do software GEDAE-Lab que leva em consideração o VO2 durante o exercício e no período de recuperação. Estatística: Para comparação do efeito modo e duração de esforço foram realizados dois testes de análise de variância de uma via (ANOVA-one way), com post-hoc de Tukey. O tamanho de efeito foi calculado através teste d de Cohen. Foi adotado um nível de significância de 5%. Resultados: O VO2 sofreu efeito da manipulação do modo e duração do esforço. A intensidade atingida (VO2esf) em 60 e 90 s foi superior a 30 s. O aumento da duração de esforço gerou incremento progressivo no consumo total de oxigênio (VO2total), conduzido por um aumento da contribuição aeróbia (VO2aer). Contudo, não houve incremento no VO2deb em resposta ao aumento da duração de esforço. Entre os exercícios, o ArmLock (AL) apresentou valores de VO2esf inferiores a Entrada de Queda (EQ) e Passagem de Guarda (PG). O VO2total também foi maior nos exercícios EQ e PG. O VO2deb do exercício EQ foi superior ao AL em 60 s. Conclusão: O consumo de oxigênio de exercícios realizado de pé foi superior ao exercícios realizado em decúbito dorsal. Entretanto, o EPOC entre os exercícios foi semelhante. Além disso, a demanda energética aumentou com incrementos na duração do esfoço. Esse incremento ocorre em paralelo a um incremento na contribuição aeróbia. / Introduction: Brazilian Jiu-Jitsu (BJJ) is an acyclic combat sports modality, with high intensity efforts interspected by low intensity recovery periods. Few studies have looked at the physical training aspects on this modality. Based on the current evidences, guidelines of conditioning for BJJ athletes recomend, among others, the practice of intermittent exercise. However, there is a lack of evidence to support this approach. Until the moment, the study that looked towards the effects of High Intensity Intervaled Training (HIIT) has shown that this type of training resulted in better, physical tests scores than traditional BJJ training. However, the authors did not characterized the exercises that they used during the training. Understanding the physiological demand of each exercise is importante in order to rank them by intensity, helping coaches to apply each exercise on the best moment of training programs. Goals: The aim of this study was to describe the physiological demand (VO2 and HR), the rate of perceived exertion (RPE) and the energy system contribution (aerobic and alactic anaerobic) during the completion of the three different protocols of technical BJJ exercises. Methods: The sample was composed of male BJJ athletes, age 20 – 45 years old, graded as purple, brown and black belt, that competed in national level. Maximal Oxygen Consumption (VO2max) and Oxygen Debt (VO2deb) were measured to determine maximal aerobic and EPOC response to supramaximal effort. The subjects performed three distinct protocols for each exercise, the order was randomly determined. VO2 and HR were measured through the whole protocol, RPE was measured after each exercise interval. The software GEDAE-Lab was used to calculate the energy systems contribution, considering the VO2 during the protocol. Statistics: Two independent ANOVA-one way tests were used to check the effort mode and duration effect, with Tukey test post-hoc. Cohen’s d test was used to analyse the effect size, the alpha was equal or more 0.05. Results: VO2 was affected by mode and duration of exercise. The intensity (VO2esf) reached during 60 and 90 s effort was greater than 30 s. There was a main effect of increasing the duration over the total oxygen consumption (VO2total), driven by the increase of aerobic contribution (VO2aer). However, the VO2deb was similar between the interval durations tested. Between the exercises, Arm Lock (AL) presented lower VO2esf values than Entrada de Queda (EQ) e Passagem de Guarda (PG). The VO2total was also greater in EQ and PG than AL. In 60 s EQ presented greater values than AL for VO2deb. Conclusion: The oxygen consumption on exercises performed in stand positions was higher than exercises perfomed on the ground. However, the EPOC between the exercises was similar. Moreover, the energetic demand increased with increments in exercise duration. This increment was associated with an increase in aerobic contribution.
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Efeitos do transporte de carga sobre parâmetros cardiorrespiratórios e na economia de corrida em corredores de aventuraFagundes, Alex de Oliveira January 2013 (has links)
A corrida de aventura (CA) é um esporte multiesportivo que vem adquirindo cada vez mais adeptos no mundo todo. A corrida é uma das etapas da prova de CA, e para tanto os atletas devem transportar mochilas de diferentes massas (kg) com os equipamentos obrigatórios. Entretanto, sabe-se pouco sobre os efeitos da carga transportada nos parâmetros cardiorrespiratórios e economia de corrida (Eco). O objetivo do presente estudo foi verificar e analisar os efeitos do transporte de carga referentes a 0%, 7% e 15% da massa corporal (MC) em parâmetros cardiorrespiratórios: consumo máximo de oxigênio (VO2max), frequência cardíaca (FC) e limiares ventilatórios (LV’s), taxa de troca respiratória (RER), taxa de percepção de esforço (RPE) e Eco, em corredores de aventura. A amostra foi constituída por 12 atletas corredores de aventura que realizaram três testes máximos e submáximos de forma randomizada. Para todos os testes máximos de corrida os indivíduos realizaram aquecimento prévio de 5 minutos em velocidade constante de 6 km.h-1, com incremento de 1 km.h-1 a cada minuto até a exaustão para fins de registro das variáveis cardiorrespiratórias e da velocidade correspondente ao VO2máx, primeiro limiar ventilatório (LV1) e segundo limiar ventilatório (LV2).. Para se obter os valores da Eco foram realizados três testes submáximos na esteira rolante durante 6 minutos, com velocidade constante referente a 10% abaixo do LV2, a partir dos dados dos testes máximos, com cargas referente a 0, 7 e 15% da MC, e o intervalo entre cada teste era de aproximadamente 10 minutos. Para análise estatística foi utilizado o pacote SPSS versão 18.0 com aplicação do teste de ANOVA de medidas repetidas para as variáveis analisadas. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas na maioria das variáveis. No entanto, o teste ANOVA (F, efeito geral da carga) de vLV2, vVO2máx, LV1% e vLV1% apresentam diferenças estatísticas significativas, indicando que os atletas reduziram as velocidades em valores absolutos referente ao LV2 e VO2max e em percentual do LV1 e da velocidade do LV1. Desta forma, os achados desse estudo indicam que os parâmetros cardiorrespiratórios e Eco não foram afetados pelo transporte de carga. / Adventure running (AR) is a multi-sport which has more and more adepts worldwide. Running is one of the steps of the AR competition and the athletes must carry backpacks of different masses (kg) with the required equipment. However, little is known about the effects of the load carried on the cardiorespiratory parameters and running economy (Eco). The aim of this study was to identify and analyze the effects of load transportation with 0%, 7% and 15% of body mass (BM) on cardiorespiratory parameters: maximal oxygen uptake (VO2max), heart rate (HR) and ventilatory thresholds (VT), respiratory exchange ratio (RER), rate of perceived exertion (RPE) and Eco in adventure running athletes. The sample consisted of 12 athletes who performed three submaximal and maximal tests randomly. For all maximal running tests subjects had a warm up on the treadmill for 5 minutes at a constant speed of 6 km.h-1. For the test the speed increased by 1 km.h-1 every one minute and subjects ran until exhaustion to record the cardiorespiratory variables and the speed corresponding to VO2máx, first ventilatory threshold (VT1) and second ventilatory threshold (VT2). To obtain the values of Eco three submaximal tests on the treadmill were performed for six minutes with constant speed corresponding to 10% below the VT2, obtained from the maximum test with load transport corresponding to 0, 7 and 15% BM, and the interval between each test was approximately 10 minutes. For statistical analysis we used SPSS version 18.0 with application of ANOVA test of repeated measures for the variables analyzed. The results showed no statistical differences in most variables. However, the ANOVA (F, overall effect of the load) of sVT2, sVO2max, VT1% and sVT1% presented statistical significant differences, indicating that athletes reduced absolute running speeds for the VT2 and VO2max and percentage of VT1 and sVT1, so the findings of this study indicate that the Eco cardiorespiratory parameters were not affected by transportation load.
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Testes de corrida/caminhada de 6 e 9 minutos: validação e determinantes metabólicos em crianças e adolescentesLorenzi, Thiago Del Corona January 2006 (has links)
O entendimento da aptidão cardiorrespiratória em crianças e jovens é hoje uma estratégia fundamental de controle da saúde em geral. No entanto, avaliar a aptidão cardiorrespiratória, de forma direta, demanda um custo financeiro alto, pessoal especializado e um tempo excessivo. Nesta perspectiva, inúmeros estudos vêm propondo testes que avaliem, de forma indireta, a aptidão cardiorrespiratória de crianças e jovens. Assim, o objetivo geral do estudo foi compreender os testes de corrida/caminhada de 6 e de 9 minutos e as relações que estes estabelecem com o VO2máx, economia de movimento (EM) e limiar anaeróbio (LA). O estudo propõe uma abordagem de validação de técnica de medida. A amostra foi do tipo não aleatória por conveniência, de corte transversal. Foram avaliados 96 sujeitos, sendo 46 do sexo masculino e 50 do sexo feminino, na faixa etária de 10 a 14 anos de idade. O estágio maturacional foi determinado de acordo com a pilosidade púbica através de Tanner (1962). Os testes de corrida/caminha de 6 e de 9 minutos foram avaliados pela maior distância alcançada no tempo determinado de cada teste. Os componentes da aptidão cardiorrespiratória foram obtidos através de um teste em esteira de carga progressiva até a exaustão, acompanhado pelo ergoespirômetro MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems, modelo MGC/CPX-D. O valor médio de VO2 registrado durante o 4° minuto, a uma velocidade constante, foi considerado o valor de EM. VO2máx que foi obtido pelo maior valor alcançado durante o teste. O limiar ventilatório (LV) foi entendido como o VO2 expresso pelo segundo ponto de inflexão na curva de ventilação e do custo ventilatório de CO2 de cada indivíduo. Para todas as análises estatísticas foi utilizado o programa estatístico SPSS for Windows 10.0. O nível de significância adotado foi de 5%. Os principais resultados apontam que os índices alcançados no teste de 9 minutos (r= 0,632) apresentam melhor relação com o VO2máx de simples razão (ml.kg-1.min-1 ou kg-1) do que os mesmos no teste de 6 minutos (r=0,393). No entanto, o valor de r aumenta para 0,704 e 0,728 nos testes de 6 e de 9 minutos, respectivamente, quando os relacionamos com o VO2máx em expoentes alométricos (kg-0,67). Quanto ao comportamento dessas variáveis durante a puberdade, notamos incremento nos dois testes aeróbios e no VO2máx quando expresso em kg-0,67. No VO2máx (kg-1), os valores médios durante a puberdade se mantiveram estáveis. Quanto às diferenças entre os sexos, percebemos que os valores obtidos pelos meninos superam os das meninas em todas as variáveis. No entanto, percebemos que as diferenças são potencializadas quando expressamos o VO2máx em escalas alométricas (kg-0,67). No âmbito dos componentes da aptidão cardiorrespiratória constatamos que o VO2máx (kg-0,67), aliado a EM (%VO2máx) foram as variáveis que apresentaram maior poder preditivo sobre os testes aeróbios de campo analisados neste estudo, representando geralmente mais de 60% da explicação desses. Já o LV não estabeleceu relações suficientemente capazes de ser apontado como variável preponderante no desempenho dos testes de corrida/caminhada de 6 e de 9 minutos. Dessa forma, podemos concluir que os dois testes analisados são válidos para a avaliação da aptidão cardiorrespiratória se assumirmos que o VO2máx é mais bem representado pelo expoente de massa corporal kg-0,67. Além disso, constatamos que a EM, aliado à capacidade aeróbia máxima é fundamental no desempenho de testes de características aeróbias. Sendo assim, podemos sugerir a utilização do teste de corrida de 6 minutos à professores de educação física como parâmetro da aptidão cardiorrespiratória de seus alunos, pois além de ser um teste simples, de fácil compreensão e que permite sua aplicação em diferentes estruturas físicas, apresentou uma alta relação com o consumo máximo de oxigênio (kg-0,67). / The knowledge about the cardiorespiratory fitness in children and adolescents is a basic strategy of control of the health, considering that low indices of this capacity in this period of age can point important associations with hypokinetic disease in the adult age. However, to evaluate the cardiorespiratory fitness by direct methods demand a high financial cost, specialized people and excessively time. In this perspective, innumerable studies has been considering tests that measure by indirect methods the cardiorespiratory fitness of children and adolescents. Thus, the general objective of this study was to understand the of Run/walk in 6 minutes and Run/walk in 9 minutes tests and the relations that these establish with the VO2max. Moreover, we tried to identify the variables capable to determine the performance of both tests in individuals in the period of infancy and adolescence. The study considers an approach of validation of measuring technique. The sample was a not random type for convenience, with transversal cut analysis. 96 subjects had been evaluated, being 46 masculine and 50 feminine, with ages between 10 and 14 years old. The maturational status was determined by pubic hair according to Tanner (1962). The tests of Run/walk in 6 minutes and Run/walk in 9 minutes had been understood by the biggest distance reached in the definitive time of each test. The components of the cardiorespiratory fitness were gotten through a gradual load test in treadmill until the exhaustion, measured through a gas meter model (MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems – MGC/CPX-D). The average value of VO2 registered during the 4th minute, in a constant speed, was considered the value of movement economy (ME). The VO2max was gotten by the highest value reached during the test. The ventilatory threshold was understood as the VO2 expressed for the second point of inflection in the curve of ventilation and CO2 ventilatory cost for each individual. For all the statistical analyses the statistical program SPSS for Windows 10.0 was used. The level of significance adopted for all the analyses was of 5%. The main results point that the indices reached in the test of 9 minutes (r = 0,632) present better relationship with the VO2max of simple reason (ml.kg-1.min-1 or kg-1) than the same ones in the test of 6 minutes (r=0,393). However, the value of r increases for 0,704 and 0,728 in the tests of 6 and 9 minutes, respectively, when we relate them with the VO2max in allometric exponents (kg-0,67). About the behavior of these variables during the puberty, we notice an increment in the two aerobic tests and in the VO2max expressed in kg-0,67. In the VO2max (kg-1), the average values during the puberty remained steady. About the differences between sexes, we perceive that the values gotten for the boys surpass of the girls in all variables. However, we perceive that the differences are powered when we express the VO2max in allometric scales (kg-0,67). About the components of the cardiorespiratory fitness, we evidence that the VO2max (kg-0,67), ally to the ME (%VO2max) had been the variables that had presented greater predictive power on the field aerobic tests analyzed in this study, representing generally more than 60% of the explanation of these. However, the ventilatory threshold did not establish relationships capable enough to be pointed as the preponderant variable in the performance of Run/walk in 6 minutes and Run/walk in 9 minutes tests. This way, we can conclude that the two analyzed tests are valid for the evaluation of the cardiorespiratory fitness if we assume that the VO2max is better represented by the allometric scales. Moreover, we evidence that the movement economy, ally to the maximum aerobic capacity is basic in the performance of aerobic characteristics tests. Thus, we can suggest the use of the Run/walk in 6 minutes test to any physical education teacher as a parameter of the cardiorespiratory fitness of his students, therefore it is a simple test, of easy understanding, that allows its application in different physical structures and it shows excellent relationship with the maximum oxygen consumption (kg-0,67).
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Custo energético durante a prática do Kendō e proposição de protocolo específico para avaliação da aptidão aeróbia em praticantes / Energy expenditure during Kendō practice and a specific protocol as proposal to the assessment of practitioner’s aerobic conditionSancassani, Andrei [UNESP] 06 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-06 / Enquanto luta, o Kendō apresenta movimentos dinâmicos e estáticos, com manejo da espada em diferentes planos e amplitudes articulares, além do deslocamento vertical e horizontal do corpo. Este estudo teve por objetivo quantificar o custo energético (Ė) durante a prática do Kendō, bem como analisar a aptidão aeróbia de seus praticantes (consumo máximo de oxigênio (V̇O2max), limiar de permuta gasosa (LPG) e ponto de compensação respiratória (PCR)) e propor um protocolo progressivo máximo com técnicas do Kendō para a avaliação específica da aptidão aeróbia. Dez participantes homens (29,0 ± 7,6 anos, 82,0 ± 14,2 kg, 174,4 ± 7,5 cm) foram submetidos à (1) avaliação da composição corporal pelo DXA, (2) teste progressivo em esteira para avaliação cardiorrespiratória, (3) protocolo de desempenho: 11 exercícios de aquecimento e 31 de waza, aplicando técnicas de Kendō e (4) protocolo específico para o Kendō. Parâmetros ventilatórios foram amostrados respiração-a-respiração, usando uma unidade portátil (K4b2, COSMED®). O Ė (kcal×min-1) foi obtido pela equação: Ė = 3,941 × V̇O2 + 1,106 × V̇CO2. Para cada fase do protocolo (aquecimento e waza) foram considerados: ĖPico (ĖPicoAquec e ĖPicoWaza, em kcal×min-1), ĖMédia (ĖMédiaAquec e ĖMédiaWaza, em kcal×min-1) e ĖTotal (ĖTotalAquec, ĖTotalWaza e ĖTotalProt, em kcal). A transformação em equivalente metabólico (MET) foi realizada com o emprego da constante 4.184 (kJ×kg-1×h-1) a partir do V̇O2 de repouso (avaliado na posição sentada durante 10 minutos). A quantidade (gramas) e taxa (gramas∙min-1) de oxidação de carboidratos (CHO) e gorduras (FAT) foi determinada por: CHO = 4,585 V̇CO2 – 3,226 V̇O2 e FAT = 1,695 V̇O2 – 1,701 V̇CO2. O coeficiente de Pearson analisou as correlações entre as variáveis do custo energético e da composição regional e corporal. Em todas as análises adotou-se ≤ 0,05. Os valores de ĖTotal foram: 76,2 ± 13,2 kcal (ĖTotalAquec) e 142,2 ± 26,5 kcal (ĖTotalWaza). Os valores de pico foram: 13,5 ± 2,7 kcal×min-1 (ĖPicoAquec) e 14,3 ± 2,9 kcal×min-1 (ĖPicoWaza). Em METs, os valores alcançaram picos de 6,9 ± 1,4 e 7,7 ± 1,8 kJ×kg-1×h-1 durante a execução do aquecimento e waza, respectivamente. As quantidades de CHO e FAT utilizadas foram 21,5 7,4 gramas e 2,0 1,1 gramas (aquecimento) e 52,0 6,4 gramas e 0,1 0,2 gramas (waza). A massa total e área regional e corporal não diferem quanto à influência sobre as variáveis de Ė e oxidação de substratos, porém a massa isenta de gordura regional (MIG) é mais influente sobre as variáveis de Ė, quando comparada à MIG corporal. Assim, a demanda energética durante a execução das técnicas do Kendō está associada à área e à quantidade de tecido regional metabolicamente ativo. / As fighting, the Kendō is a combination of dynamic and static movements handling the sword in different plans and range of motion, as well as vertical and horizontal body displacement. This study aimed to quantify the energy cost during the practice of Kendō, and also analyze the aerobic level of the practitioners (maximal oxygen consumption (V̇ O2max), gas exchange threshold (GET) and respiratory compensation point (RCP)), and finally propose a progressive protocol from Kendō techniques to the specific assessment of aerobic condition. Ten male participants (29.0 ± 7.6 years, 82.0 ± 14.2 kg, 174.4 ± 7.5 cm) were underwent (1) assessing body composition by DXA, (2) progressive treadmill test for cardiac evaluation, (3) Performance protocol: 11 warm-up exercises and 31 waza, applying techniques Kendō, and (4) specific Kendō protocol. Ventilatory parameters were sampled breath-by-breath using a portable unit (K4b2 , Cosmed). The Ė (kcal×min-1 ) was obtained from: Ė = 3.941 × 1.106 × V̇ O2 + V̇ CO2. For each phase of the protocol (warm-up and waza) were considered: ĖPeak (ĖPeakWarm and ĖPeakWaza, in kcal×min-1 ), ĖMean (ĖMeanWarm and ĖMeanWaza, in kcal×min-1 ), and ĖTotal (ĖTotalWarm, ĖTotalWaza and ĖTotalProt, in kcal). The metabolic equivalent (MET) was obtained by the constant 4.184 (kJ× g-1 ×h-1 ) from the rest V̇ O2 (measured in sited position for 10 minutes). The amount (grams) and rate (grams×min-1 ) for carbohydrate (CHO) and fat (FAT) oxidation were measured from CHO = 4,585 V̇ CO2 – 3,226 V̇ O2 e FAT = 1,695 V̇ O2 – 1,701 V̇ CO2. The Pearson’s coefficient analyzed the correlation between the variables of energy cost and regional/whole body composition. The level of significance was set at ≤ 0.05. The values for ĖTotal were: 76.2 ± 13.2 kcal (ĖTotalAquec) and 142.2 ± 26.5 kcal (ĖTotalWaza). The peak values were: 13.5 ± 2.7 kcal×min-1 (ĖPeakWarm) and 14.3 ± 2.9 kcal×min-1 (ĖPeakWaza). The MET values reached peaks at 6.9 ± 1.4 and 7.7 ± 1.8 kJ×kg-1 ×h-1 during the warm-up and waza, respectively. The amount of CHO and FAT oxidized were 21.5 7.4 grams and 2.0 1.1 grams (warm-up), and 52.0 6.4 grams and 0.1 0.2 grams (Waza). The regional and whole-body total mass and area had no different for the influence on the expenditure of Ė and substrate, although regional FFM exerted greater influence on Ė variables than whole-body FFM have presented. Thus, the energy demand during Kendō performance is related to the area and the amount of regional tissue metabolically active.
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O treinamento concorrente com séries simples nos parâmetros imunológico, virológico, cardiorrespiratório e muscular de indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1Lazzarotto, Alexandre Ramos January 2007 (has links)
As investigações sobre exercício físico com indivíduos HIV positivo têm enfatizado fatores de estudo isolados como, por exemplo, o treinamento aeróbio ou muscular com séries múltiplas, evidenciando-se desta forma, lacunas no conhecimento sobre a associação destes fatores em vários desfechos. Sendo assim, desenvolveu-se um estudo com o objetivo de avaliar o treinamento concorrente com séries simples nos parâmetros imunológico, virológico, cardiorrespiratório e muscular dos indivíduos infectados pelo HIV-1. O estudo caracterizou-se um ensaio experimental não-controlado, com a participação, via consentimento informado, de 6 homens 1 mulher que faziam uso da TARV. As avaliações ocorreram antes da primeira sessão de treinamento na primeira semana e após o final da quarta, oitava e décima segunda semanas. O parâmetro imunológico foi avaliado pela técnica de citometria de fluxo no Sistema BD FACSCalibur, o virológico pelo teste HIV-1 RNA 3.0 (bDNA), o cardiorrespiratório através do protocolo de rampa e o muscular pelo teste de 15 repetições máximas nos exercícios voador, roldana alta, pressão de pernas, roscas bíceps e tríceps. Para avaliar a resistência do abdome realizou-se o teste que consistiu em executar o maior número possível de flexões de tronco em 1 minuto. O treinamento foi desenvolvido 3 vezes por semana (12 semanas: 36 sessões), observando-se um intervalo entre 24 e 48 horas nas sessões. Para a determinação da intensidade do treinamento aeróbio observou-se o consumo de oxigênio do participante obtido no Protocolo de rampa e se adequou posteriormente para uma intensidade constante no cicloergômetro, sendo monitorada pela freqüência cardíaca através do cardiotacômetro da marca Polar, modelo FS1. O treinamento aeróbio iniciou a 60% do pico de consumo de oxigênio (VO2pico), sendo realizado o incremento na quarta (75%) e oitava (85%) semanas e mantido em 85% até o final da décima segunda semana. O treinamento da resistência muscular foi desenvolvido em séries simples de 15 repetições para os exercícios voador, roldana alta, pressão de pernas, roscas bíceps e tríceps. O abdome foi treinado a uma intensidade de 50% do número máximo de repetições obtido no teste de flexão de tronco. O tratamento estatístico foi desenvolvido por procedimentos descritivos e o teste não-paramétrico T de Wilcoxon (p<0,05) no programa SPSS for Windows, versão 13.0. No parâmetro imunológico durante o treinamento, houve aumento do principal marcador da resposta imunológica: o número de linfócitos T CD4+ (p=0,0034). No parâmetro virológico ocorreu a diminuição da carga viral em 2 participantes (495 para 51 cópias/mm3 e 72 para indetectável-(<50 cópias/mm3) e 5 a mantiveram indetectável. No cardiorrespiratório houve o aumento nas variáveis VO2pico absoluto (p=0,028 ) e carga máxima de trabalho (Watt) no cicloergômetro (p=0,015). A carga de trabalho aumentou na função muscular de todos os exercícios avaliados: voador (p=0,018), roldana alta (p=0,017), pressão de pernas (p=0,018), roscas bíceps (p=0,016) e tríceps (p=0,017) e no número máximo de abdominais em 1 minuto (p=0,018). O treinamento concorrente com séries simples melhorou os parâmetros cardiorrespiratório e muscular e não causou efeitos deletérios ao imunológico e virológico dos participantes do estudo. / Investigation on physical exercising in HIV/AIDS subjects have been emphasizing isolated study factors, such as aerobic or muscular training with multiple sets; showing, thus, lacks in the knowledge about association of these factors in several outcomes. Therefore, a research aiming at assessing concurrent training with single sets in the immunological, virological, cardiorespiratory and muscular parameters of HIV-1 infected individuals was carried out. This non-controlled trial study had the participation, via informed consent, of 6 men and 1 woman who used HAART. Assessments occurred before the first training session on the first week and after the end of the fourth, eighth and twelfth weeks. The immunological parameter was assessed by the BD FACSCalicur flow cytometry technique, the virological assessment was performed by the HIV-1 RNA 3.0 (bDNA) test, the cardiorespiratory assessment was performed by the ramp protocol, and the muscular parameter was assessed by 15 maximum repetitions in peck deck, latissimus dorsi pull down, leg press, arm curl and elbow flexion. In order to assess abdominal resistance, a test consisting of performing the highest number of abdominal in one minute. Training was developed 3 times a week (12 weeks: 36 sessions), keeping an interval of 24 and 48 hours between sessions. In order to determine the intensity of aerobic training, the participant’s oxygen consumption obtained from the ramp protocol was observed and was later suited to a constant intensity in the cycloergometer, monitored by heart rate through a Polar cardiotacometer, FS1 model. Aerobic training started at 60% peak oxygen consumption (VO2peak), increasing on the fourth (75%) and eighth weeks (85%) and kept at 85% up to the end of the twelfth week. Resistance training was developed into single sets of 15 repetitions for peck deck, latissimus dorsi pull down, leg press, arm curl and elbow flexion. Abdomen was trained at 50% intensity of the maximum number of repetitions obtained in the abdominal test. Statistical analysis was developed through descriptive procedures and the non-parametric Wicoxon T test (p<0.05) on the SPSS software for Windows, version 13.0. In the immunological parameter, the main marker for immunological response increased during the training: the number of lymphocytes T CD4+ (p=0.0034). In the virological parameter, the viral load was reduced in 2 participants (495 for 51 copies/mL and 72 for undetectable-(<50 copies/mL) and 5 kept it undetectable. In the cardiorespiratory parameter, there was increase in the absolute VO2peak (p=0.028 ) and maximum work load (Watt) in the cycloergometer (p=0.015) variables. Work load increased in the muscular function of all exercises assessed: peck deck, (p=0.018), latissimus dorsi pull down (p=0.017), leg press (p=0.018), arm curl (p=0.016) and elbow flexion (p=0.017) and in the maximum number of abdominals in 1 minute (p=0,018). The study showed that concurrent training with single sets improved cardiorespiratory and muscular parameters and did not cause delete effects in immunological and virological ones.
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Comparação das respostas cardiorrespiratórias, neuromusculares e cinemáticas de um exercício de hidroginástica executado em diferentes cadências com e sem equipamento / Cardiorespiratory, neuromuscular and kinematic responses to a water exercise performed at different cadences with and without equipmentPinto, Stephanie Santana January 2009 (has links)
O objetivo do presente estudo foi comparar as respostas cardiorrespiratórias, neuromusculares e cinemáticas durante o exercício de corrida estacionária com a flexão e extensão de cotovelo em diferentes cadências com e sem equipamento. A amostra desse estudo foi composta por 15 mulheres jovens que realizaram o exercício nas situações sem equipamento (SEM), com equipamento flutuante em ambos os membros (FLU-MSs/MIs) e com equipamento resistivo em ambos os membros (RES-MSs/MIs), nas cadências de 80 bpm, 100 bpm e no máximo esforço. Para as cadências submáximas o exercício foi realizado durante 4 min em cada situação e no máximo esforço o mesmo foi realizado durante 15 s. Utilizou-se ANOVA de 2 e 3 fatores, com post-hoc de Bonferroni (p < 0,05) (SPSS vs 15.0). Os resultados da frequência cardíaca e do consumo de oxigênio mostraram haver diferenças significativas entre as situações FLUMSs/ MIs e RES-MSs/MIs em comparação a SEM, com valores significativamente maiores para as situações de exercício com equipamento. Além disso, houve diferença entre as cadências de 80 e 100 bpm, com valores maiores e significativos para a cadência de 100 bpm. Para as variáveis de amplitude de movimento houve diferenças entre as cadências, com valores maiores de amplitude de movimento do quadril e joelho, conforme o incremento da cadência. Todavia, para a amplitude de movimento do cotovelo com o incremento da cadência houve uma diminuição da amplitude de movimento. Em relação a velocidade angular média de movimento do cotovelo, quadril e joelho houve diferenças significativas entre as cadências, com valores maiores para o máximo esforço. A velocidade angular média do quadril foi menor nas situações FLUMSs/ MIs e RES-MSs/MIs em comparação a SEM. Para as variáveis neuromusculares, não houve diferenças entre as situações, com exceção do percentual da contração isométrica voluntária máxima (%CVM) do tríceps braquial, que foi maior na situação FLU-MSs/MIs. Entre as diferentes cadências submáximas não houve diferenças para todos os músculos analisados, todavia entre essas e o máximo esforço houve diferenças, com maiores %CVM para o máximo esforço. O %CVM do bíceps femoral foi o único que demonstrou diferenças entre todas as cadências testadas nesse estudo. Entre as fases de movimento não houve diferença, com exceção do %CVM do reto femoral, o qual foi maior na fase de extensão. Em suma, o exercício de corrida estacionária com a flexão e extensão de cotovelo apresentou maiores respostas cardiorrespiratórias com o uso de equipamento (flutuante e resistivo) e também com o aumento da cadência de execução. Todavia, as respostas neuromusculares não diferiram entre as cadências submáximas, mas essas foram significativamente maiores no máximo esforço. / The purpose of the present study was to compare the cardiorespiratory, neuromuscular and kinematic responses during the stationary running with the elbow flexion/extension in different cadences with and without equipment. The sample was consisted of fifteen young women that performed the exercise without equipment (NO-E), with floating equipment in upper and lower limbs (FLO-LLs/ULs) and with resistive equipment in upper and lower limbs (RES-LLs/ULs) at three cadences (80 bpm, 100 bpm and maximal effort). For submaximal cadences the exercise was performed during 4 min and during 15 s at maximal effort in each situation. The results were analyzed using repeated measures ANOVA (factors: cadence, situation, phase of movement) with the Bonferroni correction for post-hoc comparisons (p < 0,05) (SPSS vs 15.0). The heart rate and oxygen uptake showed significant differences between FLO-LLs/ULs and RES-LLs/ULs compared with NO-E and higher values of these variables was found in the situations with equipment. In addition, the results for cardirespiratory responses demonstrated significant difference between submaximal cadences (80 and 100 bpm) with higher values of heart rate and oxygen uptake at 100 bpm. For the range of motion significant differences between cadences was showed with higher values of this variable for hip and knee according to the increment of the cadence. However, the range of motion for elbow decreased with the increment of the cadence. The angular velocity for elbow, hip and knee presented significant differences between cadences with higher values at maximal effort. Besides, the angular velocity for hip was minor in the situations FLU-LLs/Uls and RES-LLs/ULs compared with NO-E. For neuromucular responses no significant differences were showed between situations, except the percentage of maximal voluntary contraction (%MVC) for triceps brachii that was major in FLO-LLs/ULs. Between the different submaximal cadences no significant differences was found for all muscles analyzed, however, between these submaximal cadences and maximal effort were found significant differences with higher values of the %MVC at maximal effort. The unique %MVC that demonstrated significant differences between all cadences analyzed in this study was for biceps femoris. Between the phases of movement (flexion and extension) no significant difference was showed for all muscles investigated, except for the %MVC for rectus femoris that was higher in extension phase. In conclusion, the stationary running with the elbow flexion/extension presented higher cardiorespiratory responses with equipment (floating and resistive) and also with the enhance at the cadence of execution. Nevertheless, neuromuscular responses showed no significant difference between submaximal cadences, but these responses were significantly higher at maximal effort.
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Testes de corrida/caminhada de 6 e 9 minutos: validação e determinantes metabólicos em crianças e adolescentesLorenzi, Thiago Del Corona January 2006 (has links)
O entendimento da aptidão cardiorrespiratória em crianças e jovens é hoje uma estratégia fundamental de controle da saúde em geral. No entanto, avaliar a aptidão cardiorrespiratória, de forma direta, demanda um custo financeiro alto, pessoal especializado e um tempo excessivo. Nesta perspectiva, inúmeros estudos vêm propondo testes que avaliem, de forma indireta, a aptidão cardiorrespiratória de crianças e jovens. Assim, o objetivo geral do estudo foi compreender os testes de corrida/caminhada de 6 e de 9 minutos e as relações que estes estabelecem com o VO2máx, economia de movimento (EM) e limiar anaeróbio (LA). O estudo propõe uma abordagem de validação de técnica de medida. A amostra foi do tipo não aleatória por conveniência, de corte transversal. Foram avaliados 96 sujeitos, sendo 46 do sexo masculino e 50 do sexo feminino, na faixa etária de 10 a 14 anos de idade. O estágio maturacional foi determinado de acordo com a pilosidade púbica através de Tanner (1962). Os testes de corrida/caminha de 6 e de 9 minutos foram avaliados pela maior distância alcançada no tempo determinado de cada teste. Os componentes da aptidão cardiorrespiratória foram obtidos através de um teste em esteira de carga progressiva até a exaustão, acompanhado pelo ergoespirômetro MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems, modelo MGC/CPX-D. O valor médio de VO2 registrado durante o 4° minuto, a uma velocidade constante, foi considerado o valor de EM. VO2máx que foi obtido pelo maior valor alcançado durante o teste. O limiar ventilatório (LV) foi entendido como o VO2 expresso pelo segundo ponto de inflexão na curva de ventilação e do custo ventilatório de CO2 de cada indivíduo. Para todas as análises estatísticas foi utilizado o programa estatístico SPSS for Windows 10.0. O nível de significância adotado foi de 5%. Os principais resultados apontam que os índices alcançados no teste de 9 minutos (r= 0,632) apresentam melhor relação com o VO2máx de simples razão (ml.kg-1.min-1 ou kg-1) do que os mesmos no teste de 6 minutos (r=0,393). No entanto, o valor de r aumenta para 0,704 e 0,728 nos testes de 6 e de 9 minutos, respectivamente, quando os relacionamos com o VO2máx em expoentes alométricos (kg-0,67). Quanto ao comportamento dessas variáveis durante a puberdade, notamos incremento nos dois testes aeróbios e no VO2máx quando expresso em kg-0,67. No VO2máx (kg-1), os valores médios durante a puberdade se mantiveram estáveis. Quanto às diferenças entre os sexos, percebemos que os valores obtidos pelos meninos superam os das meninas em todas as variáveis. No entanto, percebemos que as diferenças são potencializadas quando expressamos o VO2máx em escalas alométricas (kg-0,67). No âmbito dos componentes da aptidão cardiorrespiratória constatamos que o VO2máx (kg-0,67), aliado a EM (%VO2máx) foram as variáveis que apresentaram maior poder preditivo sobre os testes aeróbios de campo analisados neste estudo, representando geralmente mais de 60% da explicação desses. Já o LV não estabeleceu relações suficientemente capazes de ser apontado como variável preponderante no desempenho dos testes de corrida/caminhada de 6 e de 9 minutos. Dessa forma, podemos concluir que os dois testes analisados são válidos para a avaliação da aptidão cardiorrespiratória se assumirmos que o VO2máx é mais bem representado pelo expoente de massa corporal kg-0,67. Além disso, constatamos que a EM, aliado à capacidade aeróbia máxima é fundamental no desempenho de testes de características aeróbias. Sendo assim, podemos sugerir a utilização do teste de corrida de 6 minutos à professores de educação física como parâmetro da aptidão cardiorrespiratória de seus alunos, pois além de ser um teste simples, de fácil compreensão e que permite sua aplicação em diferentes estruturas físicas, apresentou uma alta relação com o consumo máximo de oxigênio (kg-0,67). / The knowledge about the cardiorespiratory fitness in children and adolescents is a basic strategy of control of the health, considering that low indices of this capacity in this period of age can point important associations with hypokinetic disease in the adult age. However, to evaluate the cardiorespiratory fitness by direct methods demand a high financial cost, specialized people and excessively time. In this perspective, innumerable studies has been considering tests that measure by indirect methods the cardiorespiratory fitness of children and adolescents. Thus, the general objective of this study was to understand the of Run/walk in 6 minutes and Run/walk in 9 minutes tests and the relations that these establish with the VO2max. Moreover, we tried to identify the variables capable to determine the performance of both tests in individuals in the period of infancy and adolescence. The study considers an approach of validation of measuring technique. The sample was a not random type for convenience, with transversal cut analysis. 96 subjects had been evaluated, being 46 masculine and 50 feminine, with ages between 10 and 14 years old. The maturational status was determined by pubic hair according to Tanner (1962). The tests of Run/walk in 6 minutes and Run/walk in 9 minutes had been understood by the biggest distance reached in the definitive time of each test. The components of the cardiorespiratory fitness were gotten through a gradual load test in treadmill until the exhaustion, measured through a gas meter model (MedGraphics Cardiorespiratory Diagnostic Systems – MGC/CPX-D). The average value of VO2 registered during the 4th minute, in a constant speed, was considered the value of movement economy (ME). The VO2max was gotten by the highest value reached during the test. The ventilatory threshold was understood as the VO2 expressed for the second point of inflection in the curve of ventilation and CO2 ventilatory cost for each individual. For all the statistical analyses the statistical program SPSS for Windows 10.0 was used. The level of significance adopted for all the analyses was of 5%. The main results point that the indices reached in the test of 9 minutes (r = 0,632) present better relationship with the VO2max of simple reason (ml.kg-1.min-1 or kg-1) than the same ones in the test of 6 minutes (r=0,393). However, the value of r increases for 0,704 and 0,728 in the tests of 6 and 9 minutes, respectively, when we relate them with the VO2max in allometric exponents (kg-0,67). About the behavior of these variables during the puberty, we notice an increment in the two aerobic tests and in the VO2max expressed in kg-0,67. In the VO2max (kg-1), the average values during the puberty remained steady. About the differences between sexes, we perceive that the values gotten for the boys surpass of the girls in all variables. However, we perceive that the differences are powered when we express the VO2max in allometric scales (kg-0,67). About the components of the cardiorespiratory fitness, we evidence that the VO2max (kg-0,67), ally to the ME (%VO2max) had been the variables that had presented greater predictive power on the field aerobic tests analyzed in this study, representing generally more than 60% of the explanation of these. However, the ventilatory threshold did not establish relationships capable enough to be pointed as the preponderant variable in the performance of Run/walk in 6 minutes and Run/walk in 9 minutes tests. This way, we can conclude that the two analyzed tests are valid for the evaluation of the cardiorespiratory fitness if we assume that the VO2max is better represented by the allometric scales. Moreover, we evidence that the movement economy, ally to the maximum aerobic capacity is basic in the performance of aerobic characteristics tests. Thus, we can suggest the use of the Run/walk in 6 minutes test to any physical education teacher as a parameter of the cardiorespiratory fitness of his students, therefore it is a simple test, of easy understanding, that allows its application in different physical structures and it shows excellent relationship with the maximum oxygen consumption (kg-0,67).
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Inibição da síntese de óxido nítrico reduz termogênese durante a inflamação sistêmica induzida por LPS em pintainhosDantonio Junior, Valter 29 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-29 / Universidade Federal de Sao Carlos / Low and high LPS doses (endotoxin) have been used as models to study fever and endotoxic shock, respectively. In rats, systemic nitric oxide (NO) directly affects thermogenesis, but does not mediate those responses. Even though few studies in birds suggest NO as a pyrogenic signalling to brain, there is not enough evidence for confirming this suggestion. We hypothesise that, compared to mammals, systemic NO presents similar thermogenic action during endotoxin challenge in birds, even in early life. As precocial birds, chickens have a developed thermoregulatory capacity immediately after hatching, which constitutes an interesting model to study thermoregulation in early life. Thus, we investigated the role of NO in LPS-induced fever and endotoxic shock in 5-day-old chicks. The doses of 2 (LPS2) and 10 g kg-1 of LPS induced fever 3-5 hours after intramuscular (IM) injection, while 50 and 100 (LPS100) g kg-1 decreased Tc within the first hour followed by fever at 4-5 hours postinjection. Plasma nitrate levels increased 4 hours, but not 1 hour, after treatment with LPS2 and LPS100 (higher increase). There was no correlation between plasma nitrate concentrations and Tc at both LPS doses. L-NAME (non-selective NOS inhibitor; 50 mg kg-1; IM) inhibited LPS2- and LPS100-induced fever and increased the magnitude of the fall in Tc caused by LPS100. In contrast, no effect of L-NAME was observed in LPS-treated chicks in warm conditions. L-NAME decreased oxygen consumption in LPS2- and LPS100-treated chicks, but the response was more pronounced with LPS100. Moreover, LPS-induced huddling (heat conservation behaviour) was accentuated by LNAME. Our results seem to indicate that, like in rats, systemic NO is not a mediator of fever and endotoxic shock in chicks, but does affect thermogenesis in these animals, which may constitute a common effect of NO in the endothermic vertebr. / Doses baixas e altas de LPS (endotoxina de bactéria Gram negativa) são utilizadas como modelo para o estudo da febre e do choque endotoxêmico, respectivamente. Em ratos, o óxido nítrico (NO) sistêmico afeta diretamente a termogênese, mas não constitui um mediador da resposta febril. Alguns poucos estudos em aves, sugere uma sinalização pirogênica do NO no encéfalo, mas não há evidencias suficientes para confirmar essa sugestão. Nossa hipótese é que, em comparação com os mamíferos, o NO sistêmico apresenta ação termogênica similar durante desafio com endotoxinas em aves, mesmo no início da vida Sendo aves de desenvolvimento precoce, os frangos têm capacidade termorreguladora por mecanismos comportamentais e autonômicos imediatamente após a eclosão, o que constitui um modelo interessante para estudar a termorregulação no início da vida. Desse modo, nós investigamos o papel do NO na febre e no choque endotoxêmico induzidos por LPS em pintainhos de 5 dias de idade. LPS nas doses de 2 (LPS-2) e 10 g kg-1 induziu febre 3-5 horas após a injeção, enquanto que 50 e 100 (LPS-100) g kg-1 de LPS causaram queda da Tc na primeira hora seguida por febre 4-5 horas após a injeção. A menor (LPS-2; induz febre) e a maior (LPS-100; induz queda de Tc seguida por febre) doses de LPS foram escolhidas para a realização dos protocolos seguintes. As concentrações plamáticas de nitrito + nitrato aumentaram 4 horas, mas não 1 hora, após as injeções de LPS-2 e LPS-100 (maior aumento com a dose mais elevada). Não houve correlação entre os aumentos de Tc e as concentrações de nitrato nas duas doses de LPS. Injeções intramusculares de 50 mg/kg de L-NAME (inibidor não seletivo de NOS) inibiu a febre induzida por LPS-2 e LPS- 100, e aumentou a magnitude da queda de Tc provocada pelo LPS-100. L-NAME reduziu o consumo de oxigênio dos animais tratados com LPS-2 e LPS-100, sendo a queda mais acentuada nesse último grupo. Além disso, o comportamento de agrupamento (redução da perda de calor) induzido por LPS-100 foi acentuado pelo pre-tratamento com L-NAME. Por outro lado, nos pintainhos mantidos em ambiente quente, que não interferiu com a Tc dos animais, os efeitos do LPS-2 e LPS- 100 sobre a TC não foram afetados pelo L-NAME. Juntos esses resultados indicam que o NO parece não ser um mediador de febre e choque endotóxêmico em pintainhos, mas afeta a termogênese nesses animais, o que pode constituir um efeito comum do NO nos vertebrados endotérmicos.
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Atividade enzimática, cinética e modelagem matemática da decomposição de Ultricularia breviscapa da lagoa do Óleo (Estação Ecológica de Jataí, Luiz Antônio - SP).Santino, Marcela Bianchessi da Cunha 10 October 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-10-10 / Universidade Federal de Minas Gerais / This work approached the enzymatic activities, kinetics and mathematical modeling of the decomposition of Utricularia breviscapa from ºleo lagoon (21° 36' S and 47° 49' W), Luiz Antonio, SP. The experiments described the decomposition in function of temperature, availability of oxygen and carbon source. Samples of this macrophyte and water were collected in the oleo lagoon; incubations were prepared and maintained in controlled conditions. The results allow us to conclude that: (i) the U. breviscapa detritus are a heterogeneous substrata and presented two fractions: a labile/soluble (COPLS » 23.5%) and a refractory (COPR » 76.5%). The mass losses coefficients of the labile/soluble fractions (kT = 1.5 day-1) were higher than the refractory fractions (309 times in the aerobic condition and 469 times in the anaerobic condition). The increasing temperature and the dissolved oxygen concentrations favored the mineralization of the refractory fractions. The COPR mineralization in the aerobic conditions was faster than in the anaerobic conditions (1.5 times); (ii) the enzymatic activities of the cellulase presented a temporal pattern that was affected by the temperature, availability of oxygen and carbon source; (iii) stoichiometric ratio (O/C) varied in function of temperature and time; (iv) the oxygen uptake coefficients (kd) presented low variation in function of increasing temperature; (v) the increment on temperature favored the CH4 formation in the anaerobic decomposition of U. breviscapa and its emissions tended to occur earlier; (vi) probably, the enzymatic degradation of the cellulose in the anaerobic strata of sediments contributed to methanogenesis in the oleo lagoon; (vii) the simulations indicated that heterotrophic potentials of the oleo lagoon presents low variations during the year; the favorable period for detritus cycling is in the spring (October - November), in this period increments in mineralization occurs as function of increasing temperature and high availability of oxygen. / Neste trabalho foram abordadas as atividades enzimáticas, cinéticas e modelagem matemática da decomposição de Utriculária breviscapa da lagoa do óleo (21° 36' S e 47° 49' W), Luiz Antônio, SP. Os experimentos descreveram a decomposição em função da temperatura, da disponibilidade de oxigênio e da fonte de carbono. Para tanto, amostras da macrófita aquática e de água foram coletadas na lagoa do óleo. Em seguida, prepararam-se incubações que foram mantidas em condições controladas. Os resultados permitiram concluir que: (i) os detritos de U. breviscapa apresentaram-se
como um substrato heterogêneo, constituindo-se de fracões lébeis/solúveis (COPLS » 23,5%) e refratárias (COPR » 76,5%). Os coeficientes de perda de massa das fracões lébeis/solúveis (kT = 1,5 dia-1) foram mais elevados que os de oxidação das fracões refratárias: de » 309 (condição aeróbia) a 469 (condição anaerobia) vezes. Os incrementos da temperatura e das concentrações de oxigênio dissolvido favoreceram as mineralizações das fracões refratárias. As mineralizações do COPR na condição aeróbia foram mais rápidas que os na condição anaerobia (1,5 vezes); (ii) as atividades enzimáticas da celulase apresentaram um padrão temporal que foi afetado pela temperatura, disponibilidade de oxigênio e fonte de carbono; (iii) as relações estequiométricas (O/C) variaram em função da temperatura e do tempo; (iv) os coeficientes de consumo de
oxigênio (kd) apresentaram baixa variação em função do incremento da temperatura; (v) o incremento da temperatura favoreceu a formação de CH4 na decomposição anaerobia de U. breviscapa e abreviou o inıcio das emissões deste gás, (vi) possivelmente, a degradação enzimática da celulose nos estratos anaeróbios do sedimento contribui para a metanogenese da lagoa do óleo; (vii) os potenciais de heterotrofia da lagoa do óleo variam pouco durante o ano, a época mais
favorável para a ciclagem dos detritos é a primavera (outubro - novembro), pois neste
perıodo ocorre o aumento da temperatura e uma maior disponibilidade de oxigênio.
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Influência do regime alimentar sobre o metabolismo, excreção e osmorregulação de jovens de Tubarão Bambu (Chiloscyllium punctatum) em diferentes salinidades. / The influence of fasting and feeding on nitrogen excretion and metabolism in captivity brownbanded bamboo shark (Chiloscyllium punctatum) at different salinities.Santos, Rafael Silva dos 30 January 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-01-30 / Elasmobrânquios marinhos são reconhecidamente ureotélicos, ou seja, sintetizam, retém e excretam preferencialmente ureia como produto do metabolismo do nitrogênio, mantendo os seus fluídos corpóreos iso-osmóticos, ou ligeiramente hiper-osmóticos, em relação ao meio externo. Assim, o alto requerimento por nitrogênio nesses animais, tanto para o crescimento quanto para a manutenção de sua estratégia ureosmótica, pode tornar os elasmobrânquios limitados pela disponibilidade de alimento. O presente estudo buscou avaliar o efeito do regime de alimentação e da aclimatação a salinidade reduzida sobre respostas fisiológicas e bioquímicas relacionadas ao metabolismo e excreção de nitrogênio em jovens de tubarão bambu (Chiloscyllium punctatum). Para tanto, foram determinados as formas preferenciais de excreção de nitrogênio (amônia_N e ureia_N), consumo de oxigênio, coeficiente de nitrogênio, níveis plasmáticos de compostos nitrogenados (amônia e ureia), principais osmólitos (proteínas totais, [Na+], [Cl-]; osmolaridade total) e glicose em jovens C. punctatum aclimatados em salinidade 32 e 20ppm, e mantidos sob regime regular de alimentação (2-3% da biomassa) e privação alimentar por 7 dias. Nossos resultados evidenciaram que a ureia é a principal excreta nitrogenada nos jovens de tubarão bambu mantidos em ambos os regimes de alimentação e em ambas as salinidades testadas. Após a alimentação os animais em 32ppm aumentam significativamente a excreção de nitrogênio na forma de amônia, efeito não observado nos animais mantidos à 20ppm. No entanto, nos animais aclimatados a salinidade reduzida houve um aumento quantitativo na excreção total de nitrogênio dos animais, particularmente nos jovens C. punctatum mantidos em jejum, como visto pelas taxas aumentadas de excreção de amônia e ureia. Tanto o regime de alimentação quanto a aclimatação a baixa salinidade não influenciaram a taxa de consumo de oxigênio dos animais. O coeficiente de nitrogênio evidenciou que o metabolismo aeróbico dos jovens de tubarão bambu, em ambas as salinidades testadas, é altamente dependente da oxidação de proteínas e aminoácidos, tal como observado para outras espécies de elasmobrânquios. Nos animais em 32ppm foi observado um aumento do catabolismo de proteínas relacionados a estratégia de conservação de nitrogênio pelos animais, particularmente para síntese de amônia, enquanto em 20ppm foi observado um aumento do anabolismo associado a síntese proteica e de ureia pelos animais. A aclimatação a salinidade reduzida promoveu a redução da osmolaridade e das concentrações de ureia e cloreto plasmático nos jovens de C. punctatum, sugerindo que esses animais apresentam a capacidade de regular a concentração desses osmólitos nos fluidos internos a fim de manterem seu equilíbrio osmótico com relação ao meio externo. Em conjunto nossos resultados indicam que em menores salinidades os jovens de C. punctatum são fortemente limitados pelo aporte de nitrogênio via alimentação para a manutenção de sua estratégia ureosmótica, e que longos períodos sob privação alimentar em salinidades baixas podem influenciar negativamente a capacidade osmorregulatória e a retenção de nitrogênio pelos animais. / Marine elasmobranchs are ureothelic organisms which synthesize, retain, and excretes preferentially urea as the end-product of nitrogen metabolism, maintaining their internal body fluids iso-osmotic or slightly hyperosmotic relative to the external marine environment. The high requirement for nitrogen in these animals for both growth and maintenance of their ureosmotic strategy, might make elasmobranchs limited by the availability of food. Thus, the present study aimed to evaluate the effect of feeding regime and acclimation to lowered salinity on physiological and biochemical responses associated to nitrogen metabolism and excretion in juvenile of brownbanded bamboo shark (Chiloscyllium punctatum). For this purpose, we determine the rates of waste excretion of the main nitrogen end-products (ammonia_N and urea_N), oxygen consumption, nitrogen quotient, and levels of nitrogen compounds (ammonia and urea), osmolality, major ions (Na+ and Cl-), total protein and glucose in plasma of juvenile C. punctatum acclimated to both 32 and 20ppm, and kept on regular feeding regime (2-3% of body weight) or fasting for 7 days. Our results showed that urea is the main nitrogen product excreted by brownbanded bamboo shark kept at both fasting and feeding regime, at both salinities tested. After feeding, sharks at 32ppm significantly increased ammonia excretion, an effect not seen in animals acclimated to 20ppm. However, at lower salinity, animals quantitatively increased the total nitrogen excretion, particularly fasted sharks, as seen by the increased ammonia and urea excretion rates in comparison with animals maintained at 32ppm. Oxygen consumption was not affect by either fasting or feeding regime at both salinities tested. The nitrogen coefficient showed that the aerobic metabolism of brownbanded bamboo shark acclimated to both 32 and 20ppm is highly dependent on the oxidation of proteins and amino acids, as already reported to other elasmobranchs species. At 32ppm, sharks displayed an increase in catabolism of proteins related to the strategy of nitrogen conservation, particularly related to ammonia synthesis, while an increase in anabolism associated with synthesis of both urea and protein was seen in animals acclimated to 20ppm. The acclimation to lowered salinity resulted in decreases in plasmatic osmolarity, as well as in both urea and chloride levels of juveniles of C. punctatum, suggesting that these animals have the ability to regulate the concentration of these osmolytes in their internal fluids, in order to maintain their osmotic balance with the external marine environment. Overall, our results indicate that in lowered salinities the juveniles of brownbanded bamboo shark are strongly limited by the nitrogen acquired through feeding in order to maintain their ureosmotic strategy, and that fasting for prolonged periods at low salinities can negatively disturb their osmoregulatory homeostasis and affect the retention of nitrogen by the animals
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