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Os Serrados e a sustentabilidade: territorialidades em tensão

Carlos Eduardo Mazzetto Silva 31 March 2006 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O domínio fitogeográfico do Cerrado tem se constituído na área preferencial do território brasileiro para a expansão do complexo do agronegócio de exportação. O possível sucesso desta estratégia, representada pelos superávits da balança comercial, esconde a realidade socioambiental e os efeitos expropriadores e degradadores que esse processo gera. Neste trabalho, procuro desconstruir a ideologia ufanista do agronegócio, demonstrar a riqueza ecológica do Cerrado e seu crucial papel hidrológico, explicando as razões pelas quais o agronegócio leva ao empobrecimento biológico e à desestabilização dessas funções hidrológicas. Procuro apresentar o patrimônio cultural da sociedade sertaneja, em especial de seu campesinato, fruto de uma história de milhares de anos de ocupação por populações originárias e tradicionais. Busco enfatizar que é o encontro no espaço entre as diferentes formas de ocupação das chapadas (tradicional e moderna), que gera a tensão entre as territorialidades locais/camponesas e forasteiras/do agronegócio. Dois sentidos, de habitat e de mercadoria, e estratégias de uso distintas e incompatíveis, se contrapõem na apropriação do território. Discuto aqui, que repercussões essa tensão e esses dois sentidos têm para análise da sustentabilidade ecológica, cultural e social dessa grande região brasileira. Para tanto, utilizo as abordagens críticas sobre o paradigma da modernidade, sobre o funcionamento (entrópico) do modo de produção industrial-capitalista e sobre a ideologia moderna do desenvolvimento (produtivista) - elementos que ancoram a racionalidade do agronegócio global. Articulo a isso ainda, as abordagens atuais que discutem a diferença colonial, a colonialidade do poder e que compreendem a globalização atual como uma expressão contemporânea do colonialismo global, que, como reação, gera a emergência de saberes subalternos e do pensamento liminar, oriundos das margens do sistema-mundo. Articulo esses saberes subalternos ao conhecimento local das populações tradicionais/camponesas oriundas das culturas rústicas constituídas no Brasil. Recoloco o debate conceitual sobre o campesinato dando ênfase para as novas correntes etnoecológica e agroecológica, oriundas de lugares deslocados das formulações eurocêntricas originais. Nesse rumo, este trabalho vai buscar localizar as territorialidades camponesas como potenciais portadores da noção de sustentabilidade e como um desafio de mudança epistemológica na ciência, trazendo à tona noções inovadoras e desafiantes como as de racionalidade ambiental, ecologismo de sobrevivência e território-habitat. Todas as possibilidades, entretanto, dessas noções e do desbloqueio das potencialidades do campesinato estão prenhes de conflito, que tem hoje no complexo e na ideologia do agronegócio global, o seu principal impedimento, adversário e fatorde opressão. O Cerrado, tanto no aspecto material como simbólico, é o bioma privilegiado para análise dessas tensões e dessa disputa. / The Cerrados phytogeographic dominion has constituted the preferential area of Brazilian territory for expansion of the exportations agribusiness complex. The possible success of this strategy, represented for superavits of the trade balance, hides social and environmental reality and the expropriating and degrading effect that this process generates. In this thesis, I look for to dismount the proud agribusiness ideology, to demonstrate the Cerrados ecological wealth and its crucial hydrological function, explaining the reasons why the agribusiness generates the biological impoverishment and the run down of these hydrological functions. I look for present the cultural patrimony of Cerrado traditionals society, in special of its peasants, fruit of a history occupation of thousand of years for originary and traditional populations. I search to emphasize that it is the meeting in space enters the different forms of occupation of plateaus (the traditional and modern), that generates the tension between local peasant territorialities and foreigner agribusiness. Two directions, of habitat and merchandise, two distinct and incompatible strategies of use, opposed in the appropriation of territory. I discuss here, which repercussions this tension and these two senses have for he ecological, cultural and social sustainability analysis of this great one Brazilian region. For in such a way, I use the critical approaches about modernitys paradigm, about the functioning (entropycal) of industrial-capitalist production and the modern ideology of productivist development - elements that anchor the rationality of global agribusiness. I still articulate to this, the current approach that argue colonial difference, powers coloniality which understand the globalization current as an expression contemporary of the global colonialism. In this reaction, it generates the emergency to subordinates knowledge and the liminary thought, deriving of the borders of the worldsystem. I articulate these subordinates knowledge to the traditional and peasant local knowledge, deriving of consisting rustic cultures in Brazil. I aboard the conceptual debate on peasants question, giving emphasis for new etnoecologic and agroecologic chains, deriving of dislocated places of the original eurocentric formularizations. In this route, this thesis goes to search to locate the peasants territorialities as potential carriers of the sustainability notion and as a challenge of epistemological change in science, bringing to superficies innovative and challenging approaches as ambient rationality, survival environmentalism and territory-habitat. All the possibilities, however, of these approaches and the raising of the blockade of the peasants potentialities are pregnant of conflict, that has today in the complex and the ideology of the global agribusiness, its main impediment, adversary and factor of oppression. The Cerrados domain, as much in material aspect as symbolic, is the ecologic region privileged for analysis of these tensions and disputes.
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Permanência e transformação na agricultura familiar: um estudo de caso sobre a resistência dos agricultores familiares no submédio São Francisco

Costa, Klenio Veiga da 31 January 2014 (has links)
Submitted by Paula Quirino (paula.quirino@ufpe.br) on 2015-03-10T17:50:10Z No. of bitstreams: 1 TESE Klênio Veiga da Costa.pdf: 3919426 bytes, checksum: 0312dd334d20883bedee848008c5dd7c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-10T17:50:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE Klênio Veiga da Costa.pdf: 3919426 bytes, checksum: 0312dd334d20883bedee848008c5dd7c (MD5) Previous issue date: 2014 / CAPES / No Sertão do São Francisco em cada rearranjo nos processos de acumulação econômica e do poder político local, os agricultores familiares da área de sequeiro são levados a se reinventar. Sejam como vaqueiros, meeiros do algodão, colonos ou assalariados na fruticultura, estes agricultores, por secularmente viverem sob severos constrangimentos tiveram de adaptar-se a fim de garantir a relativa autonomia de seu modo de vida camponês. É objetivo desta pesquisa investigar as estratégias empregadas pelos camponeses do Sertão para viabilizar sua existência, buscando compreender os fatores que possibilitam a reprodução social deste campesinato e lhe conferem especificidade neste início de século XXI. Este trabalho se insere na discussão sobre o papel e lugar do campesinato na contemporaneidade, sob a orientação de que a modernização do campo não promoveu o fim do campesinato, mas que este ator social resiste e se recria continuamente. O estudo de caso foi realizado com agricultores camponeses residentes no Sítio Carretão, uma comunidade rural localizada na área de sequeiro do município de Petrolina - PE. Constata-se, com este trabalho, que estes agricultores seguem desenvolvendo práticas sociais para levar adiante os seus projetos de vida. Algumas das estratégias identificadas são, o trabalho familiar na agricultura como o elemento fundamental para a recriação da família e uma habilidosa apropriação das políticas públicas para mitigar os efeitos das crises produtivas desencadeadas pelas secas e a pobreza.
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Considerações sobre o campesinato no Século XXI: graus de campesinidade e agroindustrialização na comunidade de Sítio Palmeiras, Chã Grande - Pernambuco

CAPORAL, Ladjane de Fátima Ramos 06 December 2013 (has links)
Submitted by (lucia.rodrigues@ufrpe.br) on 2016-12-07T12:21:25Z No. of bitstreams: 1 Ladjane de Fatima Ramos Caporal.pdf: 1038505 bytes, checksum: 19191e3d0e689e3d66da4ecb64352ad2 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-07T12:21:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ladjane de Fatima Ramos Caporal.pdf: 1038505 bytes, checksum: 19191e3d0e689e3d66da4ecb64352ad2 (MD5) Previous issue date: 2013-12-06 / In this study, there was a need to understand and characterize the contemporary peasant through the reading of classic studies, Brazilian studies and the contemporary studies of the farm laborers. Also, an empirical research was done in a community located in Chã Grande, at the Zona da Mata Norte of Pernambuco, aiming at the identification of typologies and degrees of peasant moral order and agroindustrialization in the rural area as a mean to establish types of peasants and agroindustrial or modern producers. On the other hand, contributions were made to differentiate the farm laborers in a wide social segment that is under the family agriculture umbrella, therefore being very used in public policies and by some academic studies. Therefore, this study aimed at characterizing and identify the presence of the farm laborers in the contemporary rural world, in a way to contribute to the creation of different public policies, as in improving the knowledge of the different ways of life that assure the existence of a farm laborer, even when it was expected that the peasants had succumbed facing the modernization force imposed during the Green Revolution. / Neste estudo se buscou compreender e caracterizar o camponês contemporâneo a partir de leitura dos estudos clássicos, dos estudos do brasileiro e dos estudos contemporâneo sobre campesinato. Além disto, realizou-se pesquisa empírica em uma comunidade localizada em Chã Grande, município da Zona da Mata Norte de Pernambuco com o intuito de identificar tipologias e graus de campesinidade e agroindustrialização no meio rural como método que permitesse estabelecer tipos de camponeses e produtores agroindustrial ou modernizado. Por outro lado, buscou-se contribuir para marcar as diferenciações do campesinato dentro de um segmento social amplo que está abrigado sob a nomeação de agricultores familiares e que tem sido amplamente utilizado pelas politicas públicas e por alguns estudos academicos. Assim sendo, este estudo objetivou caracterizar e evidenciar a presença do campesinato no mundo rural contemporâneo, de forma a contribuir para a formulação de políticas públicas diferenciadas, como para o avanço do conhecimento sobre dos diferentes modos de vida que asseguram a existência de um campesinato, mesmo quando era de se esperar que todos os camponeses houvessem sucumbido diante da força da modernização imposta ao campo no período da Revolução Verde.
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Fronteiras agrárias intermitentes e processos de territorialização do campesinato na Amazônia: uma análise comparativa de projetos de assentamento no Sudeste e Sudoeste do Pará

BRINGEL, Fabiano Oliveira 26 June 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-05-24T18:21:37Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese_Fabiano_Oliveira_Bringel.pdf: 12318229 bytes, checksum: c2743ae837dcff0173a9f79e396facbe (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-24T18:21:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese_Fabiano_Oliveira_Bringel.pdf: 12318229 bytes, checksum: c2743ae837dcff0173a9f79e396facbe (MD5) Previous issue date: 2015-06-26 / CNPQ / Os sujeitos do grande capital em articulação com Estado brasileiro elegeram a Amazônia como uma grande “fronteira de acumulação”. Desde a década de 1960 vemos o processo de ocupação da região se intensificar e com eles os conflitos, em várias dimensões. Surgiu, então, a ideia de estudar a organização dos camponeses em diferentes tempos e espaços da fronteira a partir de sua lógica de territorialização. Nossa pergunta inicial é: qual a relação entre a fronteira capitalista e as territorialidades camponesas na Amazônia paraense? Nossa hipótese para essa questão é que as frentes de expansão da fronteira capitalista na Amazônia paraense tendem a desterritorializar as sociedades camponesas. Porém, sua organização e resistência podem contribuir para um empate/recuo da fronteira permanecendo seus modos de vida e/ou de trabalho transformados, agora, em novas territorialidades (ou uma nova campesinidade). Fazemos essa análise a partir de quatro características da história de vida desses assentados. Chamaremos aqui essas características de clivagens territoriais – trabalho, migração, família e saberes. Investigamos esses quatro elementos estruturantes do território convictos de que eles têm relação com as dimensões desse mesmo território. Trabalho/migração mais vinculados à dimensão político-econômica e família/saberes mais relacionada à dimensão cultural/ambiental. O estudo tem como lócus o PA Palmares II no Sudeste do Pará e o PDS Esperança na sua porção Sudoeste. Desenvolvemos aí uma comparação entre os assentamentos e os diferentes tempos e espaços da fronteira. São novas plasticidades do trabalho camponês que são resultados de sua relação complexa com novas lógicas de acumulação e com sua ambiência na Amazônia. / The agents of the big capitalists, in conjunction with the brazilian government, chosen Amazon as their great accumulation frontier. Since 1960's we see the proccess of colonization of the land intensifying and, combined, multidimensional conflicts for which the region is famous. Then came the idea of a research about the landsmen organizations in different periods and spaces, from it's own logic of territorialization. Our inaugural question is: which is the relationship between the capitalist borderland in Amazon and the landsmen territorialization in Amazonian state of Pará? Our hypothesis is that the expansion trenches in the capitalist border tends to deterritorialise the peasantsocieties. Nevertheless, it's own organization and resistance may contribute to a step back in the frontier, remaining their transformed but still traditional ways of life, new territorialities or a new rurality. We offer this analysis through four aspects of the life history of these settlers. We name this aspects as territorial cleavages: work, migration, family and knowledge. We investigate this four structuring elements of the territory with the conviction that they have relationship with the dimensions of the same territory. Work and migration more linked to the political-economic dimension and family and knowledge more connected to cultural-environmental dimension. The loci of the study is the Palmares II settlement in the southeast region of Pará and the Esperança settlement, in its southwestern region. We developed a parallel between the settlements, and between the different historical times in border areas. We approach the new plasticity of peasant labor that are the result of his complex relationship with the logic of accumulation and its environment in the Amazon.
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Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano

AMORIM, Lucas Oliveira do 11 March 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-09-16T13:13:15Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdf: 15565181 bytes, checksum: 379869bce0807cb4732ec2e2839e6b31 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-16T13:13:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdf: 15565181 bytes, checksum: 379869bce0807cb4732ec2e2839e6b31 (MD5) Previous issue date: 2016-03-11 / CNPq / Esta pesquisa partiu da hipótese de que os agricultores camponeses do Alto Sertão Sergipano, que utilizam as sementes crioulas, contribuem para a construção da agroecologia, uma vez, que o uso destas variedades, remete a um conjunto de práticas agrícolas tradicionais e relações sociais que contradizem o modelo imposto pelo agronegócio. O debate sobre a construção de um modelo de desenvolvimento rural pautado na sustentabilidade e no respeito aos conhecimentos tradicionais, passa centralmente pela valorização das sementes crioulas, pois estas se constituem como um elemento essencial para uma agricultura resiliente, além de nos auxiliar na compreensão da racionalidade camponesa, uma vez que aglutina outros aspectos importantes dos sistemas camponeses de produção. Esta pesquisa foi desenvolvida no Território do Alto Sertão Sergipano, mais especificamente em comunidades camponesas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe. A orientação metodológica se deu a partir da perspectiva dialética, uma vez que esta permite à agroecologia transformar o objeto de pesquisa em sujeito da mesma, reconhecendo o saber popular como válido e base para a construção de um conhecimento novo e transformado. Para tanto, se fez necessário o uso de metodologias participativas, que permite uma diversidade de atores como participantes ativos de um processo interação criativa e proporciona o protagonismo de atores tradicionalmente excluídos do processo de pesquisa. Observou-se que os camponeses possuem um grande acervo genético, composto por 18 variedades de feijão de arranque, 16 de milho, 15 de fava, 8 de feijão de corda e andu cada um. Estas sementes são armazenadas, nos Bancos de Sementes Familiares, em toneis, silos de zinco, garrafas PET, entre outros recipientes. As médias de quantidade de variedades de sementes dos camponeses cujos sistemas de produção prevalecem o uso de práticas convencionais, foi significativamente inferior aqueles que mantem as práticas tradicionais. Isso corrobora a afirmação de que a modernização da agricultura no Alto Sertão e a conformação da bacia leiteira, interferiram negativamente da manutenção da diversidade genética deste território. A partir dos resultados e das discussões realizadas ao longo desta dissertação, observou-se que de fato, o uso das variedades crioulas, potencializaram a agricultura tradicional camponesa neste território, que por sua vez traz uma enorme contribuição para a construção do conhecimento agroecológico. Mas por outro lado, a manutenção destas práticas, por aqueles agricultores alheios a modernização, também está diretamente relacionada com a conservação da agrobiodiversidade no território estudado. Portanto, há uma relação dialética entre a agricultura camponesa e o uso das sementes crioulas. / The hypothesis of this study is that the peasants from Alto Sertão Sergipano who cultivate landrace seeds contribute to the construction of Agroecology since the use of these varieties involves a set of traditional agricultural practices and social relations that opposes the hegemonic agribusiness model. The debate over the construction of a sustainable rural development model based on respect for the traditional knowledge centrally involves the recovery of landrace seeds since that constitute an essential element for a resilient agriculture, and support us to understand the peasant rationality because brings together others important aspects of peasant production systems. This research was conducted on the Territory of Alto Sertão Sergipano, specifically in rural communities in the municipalities of Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha and Monte Alegre from estate of Sergipe. The method was based on the dialectical perspective and this allows the agroecology transform the research object in the research subject recognizing the popular knowledge as a valid basis for building a new and transformed knowledge. Therefore, it was necessary use participatory methodologies, allowing a diversity of actors as active participants of a creative interaction process and provides the role of actors traditionally excluded from the scientific research process. We observed that the peasants of the research has a large genetic reserve composed of 18 varieties of common bean, 15 varieties of broad bean, 16 varieties of corn and 8 varietes of cowpea and of pigeon pea. These seeds are stored in the "Family Seed Banks", in vats, zinc silos, PET bottles, and other containers. The average amount of seed varieties of peasants who mostly adopted conventional practices in the production system was significantly lower than those peasants who maintained their traditional practices. This fact corroborate the affirmation that agricultural modernization and the implementation of the dairy production on the Alto Sertão Sergipano interfered negatively on the maintenance of genetic diversity of this territory. From the results and discussions held throughout this dissertation we observed that the use of landrace varieties leveraged the traditional peasant agriculture in the territory which brings a huge contribution to the construction of agroecological knowledge. In addition, the maintenance of these traditional practices by those peasants that are on the margins of Modernization is also directly related to the conservation of agrobiodiversity in the studied area. Therefore there is a dialectical relation between peasant agriculture and the use of landrace seeds.
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Um sertão de águas: mulheres camponesas e a reapropriação social da natureza no Pajeú

FUNARI, Juliana Nascimento 05 August 2016 (has links)
Submitted by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-06-07T22:41:24Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Juliana Nascimento Funari.pdf: 5055062 bytes, checksum: b63ac9dd91f9bf1d8262fc26a0e4542c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-07T22:41:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Juliana Nascimento Funari.pdf: 5055062 bytes, checksum: b63ac9dd91f9bf1d8262fc26a0e4542c (MD5) Previous issue date: 2016-08-05 / Essa pesquisa traz um olhar complexo na perspectiva da Agroecologia, da Ecologia Política e do Ecofeminismo sobre as relações das mulheres camponesas do Sertão do Pajeú com a água. No Semiárido Brasileiro a problemática da água se engendra em meio aos conflitos socioambientais e se torna ainda mais crítica no contexto da pobreza rural. Isso não se dá apenas pelas características naturais da região e sim através de processos sociopolíticos bases do modelo de desenvolvimento, como a concentração histórica de terras e águas nas mãos de poucos, a forma hegemônica de uso e ocupação do território e a implementação de políticas de combate à seca. Dentro de um sistema capitalista-patriarcal-racista, as mulheres camponesas enfrentam esse contexto hostil de forma específica e diferente. Nosso objetivo foi analisar as contribuições das mulheres camponesas para a gestão da água no território do Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Para tanto, foi preciso analisar suas práticas de gestão da água nos trabalhos produtivos nos agroecossistemas e também nos trabalhos reprodutivos e de cuidados; identificar os espaços políticos de gestão da água nos quais estão inseridas no território; e investigar suas percepções sobre as dinâmicas sociais da gestão da água. Na direção da pesquisa participante nossos instrumentos de pesquisa foram entrevistas semiestruturadas, observação participante na Caravana em Defesa do Rio Pajeú, caminhadas exploratórias nos sítios, mapas participativos da propriedade com foco nos fluxos das águas. Observamos que as mulheres camponesas, a partir das condições sociais impostas e de uma outra racionalidade, têm desenvolvido saberes e fazeres, holísticos e complexos, com a água. Estes são estreitamente atrelados às suas experiências como mulheres nos ciclos de estiagens e nos processos de organização social, bem como às formas ecológicas de cultivo de seus agroecossistemas que envolvem práticas de conservação da água e da Caatinga. Para além das diversas opressões vividas por essas mulheres, elas vêm se fortalecendo como sujeitos políticos a partir da auto-organização em grupos, associações, redes e do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR), em uma verdadeira construção feminista, ecológica e popular. Essa prática política também modifica a gestão da água realizada por elas, já que intensifica as trocas de conhecimentos de agricultora para agricultora e o diálogo com outros saberes, bem como permite o fortalecimento da sua luta por justiça ambiental. As mulheres camponesas têm construído novos processos de gestão da água como parte das mobilizações sociais para o desenvolvimento rural, realizadas por diversos sujeitos do campo da Agroecologia, Feminismo e Convivência com o Semiárido, organizados na Articulação do Semiárido Brasileiro. Entretanto, mesmo confluindo para um projeto político comum, existem muitas disputas de poder que precisam ser travadas pelas mulheres na construção dessa proposta de gestão da água e desenvolvimento rural. Valorizar e aprender com as experiências das mulheres camponesas do Pajeú é fundamental para a construção de uma convivência com o semiárido emancipatória para as mulheres e de fato transformadora da sociedade. / This research brings a complex view from the perspective of Agroecology, Political Ecology and Ecofeminism on the peasant women's social and environmental relations with water. In the Brazilian Semiarid Region the water issues are engendered among the social-environmental conflicts and becomes even more critical in the context of rural poverty. This doesn't happen just by the region's natural characteristics, but through social and political processes bases the development model as the historical concentration of land and water in a few hands, the hegemonic way of use and occupation of the territory, and the implementation of Fight Against Drought policies. Within a patriarchal hegemonic system the rural women face this hostile context on specific and different way. Our objective was to analyze the contributions of peasant women to water management in the territory of the Pajeú in Pernambuco. Therefore, it was necessary to analyze their water management practices in the productive work carried out in agroecosystems and also in the reproductive and care work; identify the political spaces of water management in which they have participated in the territory; and investigate their perceptions of the social dynamics of water management. Towards the participative research approach our instruments were semi-structured interviews, participative observation in the Caravan in Defense of Pajeú River, exploratory walk into the agroecosystems, participative maps of the rural property with the focus on water flows. We observed that the peasant women, from the imposed social conditions and another rationality, have developed holistic and complex knowledge and practices with water. These are closely related to their experiences as women in the cycles of droughts and social organization process as well as the ecological ways of cultivation of their agroecosystems that involve the conservation of the water and Caatinga. Beyond the oppressions experienced by the women, they have been strengthened as political subjects from the self-organization on groups, associations, networks and on the Rural Women Workers of the Northeast Movement (MMTR), in a legitimate feminist, ecological and popular construction. This political practice also transform the water management held by them since it intensifies the farmer to farmer exchanges, the knowledge dialogue, and also strengthens their struggle for social-environmental justice. Peasant women have built new water management processes as part of the social mobilization for rural development, carried out by various subjects in the political field of Agroecology, Feminism and Semiarid Region Coexistence, organized on the Articulation of the Brazilian Semiarid. However, even converging to a common political project there are many power disputes that must be waged by women on this construction process of water management and of rural development proposals. Make visible and learn from the peasant women experiences is critical to building a semiarid region coexistence model emancipatory for women and with transformational potential of society.
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Mulheres de Santa Luzia da Ilha do Baixio: modo de vida na várzea do Baixo Solimões

Bocchini, Ana Gouvêa 30 August 2013 (has links)
Submitted by Elaine Lucia (lucia.elaine@live.com) on 2015-07-03T18:50:22Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Ana Gouvêa Bocchini.pdf: 11443105 bytes, checksum: f080707b04a4f83e87b66ed8eb845e17 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-03T19:03:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Ana Gouvêa Bocchini.pdf: 11443105 bytes, checksum: f080707b04a4f83e87b66ed8eb845e17 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-03T19:05:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Ana Gouvêa Bocchini.pdf: 11443105 bytes, checksum: f080707b04a4f83e87b66ed8eb845e17 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-03T19:05:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - Ana Gouvêa Bocchini.pdf: 11443105 bytes, checksum: f080707b04a4f83e87b66ed8eb845e17 (MD5) Previous issue date: 2013-08-30 / CNPq - Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The peasant woman has gained more visibility in various parts of the Amazon through its participation in the struggle for land, in defense of the forest and natural resources. The way of life of the Amazonian peasants, and especially Women, has a close relationship with the river, where the floodplain is part important in your life that is closely linked to the movement of water. In this perspective, from an ethnographic study conducted in 2011 and 2012, the Santa Luzia community of Shoal Island - municipality of Iranduba, Lower floodplain Solimões, Amazonas State - This paper aims to reflect as articulates the notion of sustainability with the perception that women floodplain Amazon has on their way of life. Thus, the first chapter - "My diaa day It is very busy ": the peasant women of Santa Luzia the Bog Island - deals with "Ethnographic experience" (Clifford, 1998), presenting women's way of life peasant of Santa Luzia the Bog Island from descriptions and analyzes of community of family and work. The second chapter - "Women are neither men ": gender relations in social organizations of the Island - analyzes the relationship power expressed in gender notion, from the dynamics of social organizations that stand out on the island. Finally, the third chapter - "And they're talking about both environment ... ": connections between Santa Luzia the Bog Island and sustainability - make a brief critical analysis of the concept of sustainable development and, Therefore, we seek to understand the possible connections between the peasant and the Baixio the notion of sustainability, especially through the social organization process of the women. The notion of sustainability presented by Santa dwellers Luzia the Bog Island and particularly by women during the ethnography, seeks to incorporate this holistic view of society. Their concerns are very more in education and health, but also questioned details of the daily, involving the quality of water and food and the problem of garbage disposal. / A mulher campesina tem conquistado mais visibilidade em vários pontos da Amazônia através de sua participação na luta por terras, em defesa da floresta e dos recursos naturais. O modo de vida dos camponeses amazônicos, e de modo especial das mulheres, possui uma relação estreita com os rios, onde a várzea é parte importante da sua vida que é intimamente ligada ao movimento das águas. Nesta perspectiva, a partir de um estudo etnográfico realizado em 2011 e 2012, na comunidade Santa Luzia da Ilha do Baixio - município de Iranduba, várzea do Baixo Solimões, estado do Amazonas – este trabalho tem o objetivo de refletir como se articula a noção de sustentabilidade com a percepção que as mulheres da várzea amazônica têm sobre seu modo de vida. Desta forma, o primeiro capítulo – “Meu diaa-dia é muito corrido”: a mulher camponesa de Santa Luzia da Ilha do Baixio –, trata da “experiência etnográfica” (Clifford, 1998), apresentando o modo de vida das mulheres camponesas de Santa Luzia da Ilha do Baixio a partir de descrições e análises da comunidade da família e do trabalho. O segundo capítulo – “As mulheres são que nem os homens”: relações de gênero nas organizações sociais da Ilha – analisa as relações de poder expressas na noção de gênero, a partir da dinâmica das organizações sociais que mais se destacam na ilha. Por fim, no terceiro capítulo – “E estão falando tanto em meio ambiente...”: conexões entre Santa Luzia da Ilha do Baixio e sustentabilidade – fazemos uma breve análise crítica do conceito de desenvolvimento sustentável e, com isso, procuramos compreender as conexões possíveis entre as camponesas do Baixio e a noção de sustentabilidade, principalmente através do processo de organização social das mulheres. A noção de sustentabilidade apresentada pelos moradores de Santa Luzia da Ilha do Baixio e em especial pelas mulheres, durante a etnografia realizada, procura incorporar essa visão holística da sociedade. Suas preocupações estão muito mais no campo da educação e da saúde, mas também questionam elementos sobre o cotidiano, que envolvem a qualidade da água e dos alimentos e o problema da destinação do lixo.
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Os impactos do agronegócio dos agrocombustíveis sobre o campesinato dem Goiás

BUNDE, Altacir 03 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T14:44:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Altacir texto final.pdf: 3869826 bytes, checksum: a4dc5b6f2c2d12bc0b090e9d9d458625 (MD5) Previous issue date: 2011-06-03 / A presente pesquisa versa sobre os impactos causados pelo agronegócio dos agrocombustíveis sobre o campesinato no estado de Goiás. É na etapa agrícola, na produção da cana-de-açúcar, que são mais visíveis as características capitalistas desta atividade econômica, os danos sócio-ambientais que causa e suas contradições. O capitalismo, a partir de e devido a condições históricas e econômicas, se desenvolveu primeiramente no campo brasileiro no sistema de plantation. A evolução (modernização) do plantation chegou ao que se tem atualmente: o agronegócio, que, no período atual, mesmo impactando de forma brutal o campesinato, dada a violência posta e imposta sobre ele, não foi capaz de eliminá-lo. A luta e a resistência do campesinato determinaram a sua presença na história como sujeito social, nos dias atuais, em alguns locais com mais e em outros com menos força. A expansão da área plantada de cana-de-açúcar em Goiás vem ocorrendo devido ao aumento da demanda do mercado externo e interno por açúcar, ao aumento do consumo interno de etanol e a sua adição na gasolina, em proporções que podem chegar a 25%. O discurso de defesa do aumento da produção de etanol tem se baseado em dois argumentos: substituir os combustíveis fósseis e reduzir as emissões de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera. Este setor vem passando por um processo de concentração e centralização de capital na produção e na comercialização que leva à formação de monopólios e oligopólios. O Brasil e o estado de Goiás, a fim de atrair o agronegócio dos agrocombustíveis, vêm afrouxando ao máximo a regulamentação e a fiscalização ambiental, trabalhista, social etc. e, ao mesmo tempo, vem blindando política e juridicamente empresas do setor, acobertando os crimes por elas cometidos contra as famílias camponesas com e/ou sem terras e sendo, em muitos casos, o próprio agente da violência. Comprova-se, assim, que o Estado é um dos principais fomentadores do setor. Para tanto, outra maneira de o Estado agir é com a transferência do erário público ao capital privado, nacional e internacional, na forma de incentivos e isenções fiscais. Em Goiás, nas frações do território onde já se produz e para onde se expande a cana é que se desenvolvem os mais intensos conflitos. A produção da cana-de-açúcar em grande escala traz sérias consequências principalmente para as famílias camponesas que vivem nestes territórios, coloca-se em risco a produção de alimentos e degrada-se os recursos naturais e a biodiversidade do Cerrado.
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Rebeldia e barbárie: conflitos socioterritoriais na região do Bico do Papagaio / Rebellion and barbarism: socialterritorial conflict in the Bico do Papagaio region

Patricia Rocha Chaves 11 December 2015 (has links)
Escrever sobre esta região, chamada Bico do Papagaio é escrever sobre conflitos e sobre os mais variados sujeitos que a luta pela terra configurou. Nesta tese parte-se da premissa que o conflito social nesta região é resultado das políticas de ocupação capitalista, e da concentração dos recursos nas mãos de determinadas classes sociais. A região é dessa forma, fundamento histórico da luta de classes antagônicas pelo território ou pela terra. Classes sociais que possuem lógicas de apropriação do território opostas. Esta luta de classes em maioria das vezes é travada entre as várias frações do campesinato e o grandes proprietários de terra, que podem ser fazendeiros e latifundiários ou empresas de várias modalidades. Dentro do contexto da luta pelo território estão os povos indígenas e quilombolas. Cada um desses sujeitos constroem suas estratégias de permanência ou de conquista da terra e/ou território. Os camponeses e indígenas por serem as principais vítimas da expropriação e do desempossamento na região, no momento da resistência entram em confronto com a classe dos grandes proprietários sofrendo as mais variadas violências. A Comissão Pastoral da Terra há mais de trinta anos acompanha o campesinato e os povos indígenas nesses processos. Há trinta anos começou a publicar os registros de conflitos no campo. Esses registros mostram até certo ponto o avanço e o retrocesso da luta pela terra entre as classes e sociedades antagônicas. Nosso objetivo foi compreender como se deu esses processos durante esses trinta anos nesta região através dos registros de conflitos no campo Os quais, dentro da perspectiva geográfica denominamos conflitos sociespaciais e conflitos socioterritoriais, afim de contribui na construção de uma geografia das lutas camponesas. / Write about this region, called Parrot\'s Beak is writing about conflict and about the most varied subjects that the struggle for land set. In this thesis, it starts from the premise that the social conflict in this region is the result of capitalist occupation policies, and the concentration of resources in the hands of certain social classes. The region is thus historical foundation of the struggle of antagonistic classes by territory or by land. Social classes that have logics of appropriation of the opposing territory. This class struggle in most cases is fought between the various fractions of the peasantry and the property owners, who may be farmers and landowners or companies of various forms. Within the context of the struggle for territory is indigenous and maroon peoples. Each of these individuals build their permanence strategies or conquest of the land and / or territory. Peasants and indigenous people because they are the main victims of expropriation and take ownership in the region at the time of resistance clash with the class of large landowners suffering the most varied violence. The Pastoral Land Commission for over thirty years came with the peasantry and indigenous peoples in these processes. Thirty years ago, he began publishing the records of conflicts in the field. These records show to some extent the advance and retreat of the struggle for land between classes and antagonistic societies. Our goal was to understand how these processes occurred during those thirty years in this region through the conflicts of records in the field, which, within the geographical perspective call social space conflicts and socio-territorial conflicts in order to contribute in building a geography of peasant struggles.
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Uma irmandade em redefinição: impasses da organização do assentamento da Comunidade Cafuza (SC) em torno da proposta de trabalho coletivo. / A brotherhood in redefinition: conflict between peasant way of living and colective organization of work. A case study of the Cafuzos of José Boiteux city, State of Santa Catarina.

Alessandra Schmitt 26 January 1999 (has links)
Este trabalho apresenta um estudo sobre a Comunidade Cafuza, cujo objetivo é compreender a organização do grupo em torno de um projeto de produção coletiva de erva-mate, elaborado pelos Cafuzos em conjunto com várias pessoas que lhes prestam assessoria.Os Cafuzos estão assentados há seis anos no município de José Boiteux, em Santa Catarina. Totalizam 180 pessoas e constituem um grupo familiar extenso cuja origem é o casamento de um negro e uma índia no final do século passado. Viveram e sobreviveram à Guerra do Contestado, no início deste século, após a qual migraram do Planalto Catarinense para o Vale do Itajaí, onde, mais uma vez, foram expulsos da terra. Para compreender os impasses que surgiram na condução do projeto coletivo se busca a história do segmento populacional do qual este grupo faz parte, o campesinato aqui denominado brasileiro, e suas relações com outros segmentos e classes sociais. Também se considerou a relação interétnica conflitiva que têm com os colonos da região e a forma como se constrói a identidade étnica do grupo. Todo este conjunto é, então, confrontado com as diretrizes do projeto coletivo e consegue perceber-se como os Cafuzos as reinterpretaram adaptando-as aos valores e às contradições que elaboraram ao longo de sua história. / This study about the Cafuzo Community aims a comprehension of the project of organization of the group to produce collectively "erva-mate" (Ilex paraguaiensis). The Cafuzo Community, settled by the government in the years of 1992 on a land in the city of José Boiteux, state of Santa Catarina. They are na extense family group originated with the union of na african-descendant man and an indigenous woman at the end of the 1800’s. They lived and survived to the War of Contestado, migrating, thereafter, to the Highlands of Santa Catarina. To comprehend the conflicts and tensions aroused by the collectivization of the work, we considered the cultural characteristics of the wider segment they take part called brazilian peasantry in the south region of Brazil. I show the tension between the Cafuzo tradition, which is peasant, and the new organizational guidelines, as well as the tension between this group and the involving society. The theory used for interpretation was the one about the tension between two ideal society types: communitary and societary.

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