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Investigação da participação do sistema endocanabinóide e células da glia na dor muscular controlada pelo exercício físicoSANTOS, Rafaela Silva dos 23 March 2016 (has links)
A dor muscular afeta cerca de 11 a 24% da população mundial. É de origem multifatorial, podendo ser causada por fatores físicos, emocionais, psicológicos e sociais e é cada vez mais encontrada na prática clínica. Estudos tem demonstrado que o exercício físico é uma atividade que auxilia no controle da dor. Os receptores canabinóides do tipo 2 (CB2), expressos em tecidos periféricos e células inflamatórias, parecem estar envolvidos no controle da dor. Além disso, estudos tem demonstrado que tais receptores também estejam expressos no Sistema Nervoso Central, incluindo células microgliais. Sendo assim, o presente estudo investigou a participação de receptores CB2 e o envolvimento da micróglia espinal no controle da dor muscular por meio do exercício físico. Para isso, foram utilizados camundongos fêmeas da linhagem C57BL/6, pesando entre 20 a 25g. O limiar nociceptivo foi avaliado pelo teste de filamentos de Von frey e pelo teste da placa quente. O modelo de dor muscular foi induzido pela injeção intramuscular de carragenina no músculo gastrocnêmio direito. Para verificar os níveis de citocinas pró-inflamatórias, Il-1β e TNF-α, foi realizado o ensaio de ELISA. A dor muscular pode gerar inflamação com aumento da temperatura local, sendo assim, utilizamos a técnica de termografia para verificar as alterações na temperatura local dos animais. Foram utilizadas as drogas, AM630, para investigar a participação de receptores CB2; o MAFP, para avaliar a participação de endocanabinóides e a minociclina, para investigar o envolvimento da micróglia. Após a terceira semana de natação, os animais apresentaram uma redução da alodínia mecânica e da hiperalgesia térmica induzidas pela carragenina i.m. O AM630, reverteu a antinocicepção induzida pelo exercício, em ambos os testes nociceptivos. O MAFP inibiu a nocicepção muscular nos animais exercitados, apenas no teste da placa quente. A minociclina bloqueou a nocicepção apenas nos animais sedentários com dor muscular. Os resultados do ensaio de ELISA demonstraram que o exercício reduziu os níveis de TNF-α, os quais se encontraram aumentados nos animais com dor muscular que não foram exercitados. Já os níveis basais de IL-1β apresentaram reduzidos apenas nos animais submetidos ao modelo de dor muscular e que realizaram o treinamento físico. Por meio da análise termográfica, foi encontrado uma redução da temperatura local nos animais exercitados com dor muscular. A micróglia parece estar envolvida na termorregulação local dos animais com dor muscular exercitados, pois quando a micróglia foi bloqueada pela minociclina, a temperatura corporal nestes animais foi aumentada. Sendo assim, concluímos que o exercício inibe a dor muscular induzida pela carragenina, os receptores CB2 participam deste controle da dor e a micróglia parece estar envolvida na gênese e manutenção da dor muscular, com a liberação de citocinas pró-inflamatórias. / Muscle pain affects approximately 11-24% of the population. It is of multifactorial origin, which may be caused by physical, emotional, psychological and social factors and is increasingly found in clinical practice. Studies have shown that physical exercise is an activity that helps to control pain. Cannabinoid receptor type 2 (CB2) expressed in peripheral tissues and inflammatory cells, appear to be involved in pain control. In addition, studies have shown that these receptors are also expressed in the central nervous system, including microglial cells. Thus, the present study investigated the participation of CB2 receptors and the involvement of the spinal microglia in the control of muscle pain by exercise. For this, were used C57BL/6 female mice, weighing between 20 and 25g. The nociceptive threshold was measured by Von Frey filaments test and hot plate test. The muscular pain model was induced by intramuscular injection of carrageenan in the right gastrocnemius muscle. To verify the levels of pro-inflammatory cytokines, we performed the ELISA assay. Muscle pain can lead to inflammation with increased local temperature, so we use thermography technique to check for changes in the local temperature of the animals. The following drugs were used, AM630, to investigate the involvement of CB2 receptors, MAFP to evaluate the role of endocannabinoids and minocycline to investigate the role of microglia. After the third week of swimming, the animals showed a reduction in mechanical allodynia and thermal hyperalgesia induced by carrageenan i.m. The AM630, reversed the antinociception induced by exercise in both nociceptive tests. MAFP inhibited muscle nociception in animal exercised only in the hot plate test. Minocycline blocked nociception only in the sedentary animals with muscular pain. The results of the ELISA assay showed that exercise reduced TNF-α levels, which were found in animals with increased muscle pain, which have not been exercised. Basaline levels of IL-1β showed reduced only in animals submitted to muscular pain model and underwent physical training. By thermographic analysis, we find a reduction in the local temperature of trained animals with muscular pain. Microglia appear to be involved in thermoregulation location of animal muscle pain exercised because when the microglia were blocked by minocycline, body temperature was increased in these animals. Thus, we conclude that exercise inhibits muscle pain induced by carrageenan, CB2 receptors participate in this pain control and microglia seems to be involved in the genesis and maintenance of muscle pain, with the release of pro-inflammatory cytokines. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Influência da infusão contínua e central de agonista CB1 sobre o comportamento materno de ratas lactantes e consequências comportamentais nos descendentesCOSTA, Heloísa Helena Vilela 11 March 2013 (has links)
Tem sido demonstrado que a administração sistêmica de canabinóides em ratas lactantes prejudica o comportamento materno. Portanto, objetivou-se determinar quais são, especificamente, as alterações provocadas neste cuidado materno mediante infusão crônica central de agonista do receptor CB1 (WIN 55,212-2) nas doses de 10 e 100nmol. As análises do comportamento materno foram realizadas em 4 sessões diárias (3 durante a fase clara e 1 durante a fase escura) de 72 minutos cada, sendo registradas de 3 em 3 minutos totalizando 25 observações por sessão (portanto, 100 observações diárias). O resultado das análises, durante a infusão da droga, indicou diminuição do tempo de lambida e consequente aumento no tempo que as ratas passam alimentando-se. Mesmo após o período de infusão da droga (7 dias), o comportamento materno total permaneceu diminuído. Como interferências sofridas durante o período neonatal que provoquem variações no cuidado materno podem persistir e influenciar o fenótipo dos filhotes, foram verificadas possíveis alterações comportamentais em respostas de ansiedade e medo na prole quando em idade adulta. Para tanto, os filhotes machos e fêmeas (quando completaram 8 semanas de vida), foram submetidos aos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado e medo condicionado ao contexto. Os resultados encontrados mostram que os filhotes machos apresentam menor latência para exibição do primeiro freezing no teste de medo. Por outro lado, as fêmeas apresentaram somente elevação da pressão arterial quando submetidas ao mesmo teste. Em conjunto, os resultados sugerem que canabinóides diminuem o cuidado materno em ratas lactantes, principalmente a lambida, e mesmo após a suspensão da infusão da droga, a redução do comportamento materno total permanece. Essa diminuição do cuidado materno refletiu principalmente nos filhotes machos, aumentando respostas relacionadas ao medo. / It has been demonstrated that systemic administration of cannabinoids in lactating rodents affect maternal behavior. Therefore, the objective was to determine what changes, specifically, in maternal care caused by chronic infusion of central CB1 receptor agonist (WIN 55,212-2) at doses of 10 and 100nmol. Analyses of maternal behavior were performed in 4 sessions daily (3 during the light phase and 1 during the dark phase) of 72 minutes each, being recorded from 3 in 3 minutes totaling 25 observations per session (so 100 daily observations) . The result of the analysis, during infusion of the drug, indicated decreased time to licking and consequent increase in the time that the rat is feeding. Even after the period of drug infusion (7 days), the total maternal behavior remained decreased. How interference occurred during the neonatal period that cause variations in maternal care may persist and influence the phenotype of the offspring, were evaluated possible changes in anxiety and fear responses in the offspring when in adulthood. Therefore, males and females puppies (when completed 8 weeks of life), were tested in the open-field, elevated plus maze and fear conditioning to context. The results show that male offspring have lower latency to display the first freezing in this fear test. Moreover, the females showed only elevated blood pressure when subjected to the same test. Together, the results suggest that cannabinoids decrease maternal care in lactating rats, mainly licking, and even after cessation of drug infusion, the reduction of total maternal behavior remains. This decrease in maternal care reflected mainly in male offspring, increasing responses related to fear. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Efeitos bioquímicos e comportamentais do pré-tratamento com agonista inverso CB1 na sinalização inflamatória desencadeada por LPS em camundongos. / Biochemical and behavioural effects of the pretreatment with the inverse agonist of CB1 in the inflammatory signaling triggered by LPS in mice.Souza, Beatriz Sakashita Logatto de 28 September 2017 (has links)
O sistema canabinóide endógeno tem uma importante função modulatória em muitos processos neurobiológicos, incluindo a neuroproteção, a plasticidade neuronal e a neuroinflamação. Neste estudo nós pré-tratamos os camundongos com um agonista inverso do receptor CB1, para avaliarmos se ocorria a neuroproteção através de respostas adaptativas. Camundongos machos adultos (C57BL/6J) de 3 meses de idade foram pré-tratados durantes 4 dias com injeções diearias de 3 mg/Kg de AM251 (agonista inverso CB1) ou com veículo, intraperitonealmente (i.p.). Vinte e quatro horas depois da última injeção de AM251/Veículo, os animais foram injetados com LPS i.p. (500 µg/kg) ou salina. Foram realizados testes comportamentais e testes bioquímicos com estruturas encefálicas. Nossa hipótese era que o pré-tratamento com o agonista inverso de CB1 iria funcionar como um estressor moderado, levando a uma neuroadaptação. Contudo, o pré-tratamento não ativou vias neuroprotetoras, e sim como atuou como um estresse deletério. / The endogenous cannabinoid system seems to play a modulatory function in many neurobiological processes, including neuroprotection, neuronal plasticity and neuroinflammation. In this study we pretreated the mice with an inverse agonist of the receptor CB1, in order to evaluate this neuroprotection through adaptive responses. Three months-old male mice (C57BL/6J) were pretreated during 4 days with daily injections of 3mg/Kg of AM251 (CB1 inverse agonist) or with vehicle, intraperitoneally (i.p.). Twenty-four hours after the last AM251/Vehicle injection, animals were injected i.p. with LPS (500 µg/kg) or saline. Behavioural and bichoemical assays were performed. Our hypothesis was that the pretreatment with the inverse agonist of CB1 was going to act as a moderate stressor, leading to a neuroadaptation. However CB1 pretreatment potentiated or sensitized the pro-inflammatory signaling pathway. Our pre-treatment worked not as a moderate stressor but as a deleterious stressor.
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A metanandamida, um agonista canabinóide, protege a linhagem de neuroblastoma neuro2A da morte celular induzida por peróxido de hidrogênio. / The methanandamide, a cannabinoid agonist, protect the lineage of neuro 2A cell death induced by hydrogen peroxide.Auad, Luciana Gonzalez 02 July 2012 (has links)
As doenças neurodegenerativas são desordens progressivas que afetam determinadas populações neuronais do sistema nervoso central, levando a morte neuronal. Vários fatores contribuem para o desenvolvimento das doenças neurodegenerativas, dentre eles o aumento da formação de radicais livres e/ou estresse oxidativo. O sistema canabinóide vem sendo sugerido como um importante sistema neuroprotetor em diversos modelos de neurodegeneração. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a participação do sistema canabinóide em um modelo de morte celular in vitro induzida pelo peróxido de hidrogênio. O modelo celular utilizado foi a linhagem Neuro 2A. Realizamos os tratamentos conjugados para verificar a possível função neuroprotetora do sistema canabinóide. Obtivemos resultados de neuroproteção da Metanandamida revertendo o quadro de morte celular induzido pelo peróxido de hidrogênio. Acreditamos que esta neuroproteção seja via CB1 que inibe os canais de cálcio dependentes de voltagem talvez contribuindo para a redução da progressão da excitotoxicidade. / Neurodegenerative diseases are progressive disorder affecting specific neuronal populations in the central nervous system, leading to neuronal death. Several factors contribute to the development of neurodegenerative diseases, including increased free radical formation and / or oxidative stress. The cannabinoid system has been suggested as an important system neuroprotective in several models of neurodegeneration. The objectives of this study were to evaluate the involvement of the cannabinoid system in a model of in vitro cell death induced by hydrogen peroxide. The model used was the cell line Neuro 2A. Performed the treatments combined to verify the possible neuroprotective effects of the cannabinoid system. We obtained results of neuroprotection Methanandamide reversing the framework of cell death induced by hydrogen peroxide. We believe that this is via neuroprotection CB1 that inhibits calcium channels of voltage-dependent perhaps contributing to the reduction of the progression of excitotoxicity.
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Tratamento repetido com canabidiol reverte alterações comportamentais observadas em um modelo de esquizofrenia baseado no antagonismo dos receptores NMDA: possível envolvimento dos receptores 5-HT1A e CB1 / Repeated cannabidiol treatment reverses behavioral changes in a model of schizophrenia based on antagonism of NMDA receptors: possible involvement of 5-HT1A and CB1 receptorsSilva, Naielly Rodrigues da 24 January 2017 (has links)
Dados pré-clínicos e clínicos indicam que o canabidiol (CBD), um composto não-psicotomimético presente na planta Cannabis sativa, induz efeitos tipoantipsicóticos sem produzir efeitos extrapiramidais. Estudos realizados pelo nosso grupo mostram que o tratamento repetido com CBD atenuou as alterações comportamentais induzidas pelo tratamento repetido com MK-801, uma antagonista dos receptores NMDA, nos testes de reconhecimento de objeto (RO), utilizado no estudo de funções cognitivas, e teste de interação social (IS), utilizado para o estudo dos sintomas negativos da esquizofrenia quando ambas as drogas foram administradas concomitantemente. Estudos mostram que as alterações induzidas por antagonistas NMDA foram observadas até 6 semanas após o tratamento, sendo essas alterações revertidas por antipsicóticos atípicos como clozapina e aripripazol, mas não pelo haloperidol, um antipsicótico típico. Apesar das evidências indicarem o possível efeito tipo-antipsicótico do CBD o mecanismo de ação pelo qual ele exerce este efeito ainda não está elucidado, acredita-se que o sistema endocanabinoide e/ou o sistema serotoninérgico possam estar evolvidos. Assim, no presente estudo, nós avaliamos se o tratamento repetido por 7 dias com CBD seria capaz de reverter as alterações nos testes de IS e RO após o fim do tratamento com MK-801 por 14 dias. Além disso, foi avaliado se o efeito do canabidiol em reverter os prejuízos nos testes de IS e RO seria bloqueado pelo tratamento com AM251, um antagonista dos receptores CB1, e/ou WAY100635, um antagonista dos receptores 5-HT1A. Foi observado que o CBD (15 e 30 mg/kg) atenuou os prejuízos nos testes de IS e RO induzidos por MK- 801 e este efeito foi bloqueado pelo WAY100635 mas não pelo AM251. Estes dados reforçam a proposta de que o CBD tem propriedades antipsicóticas e indicam que o CBD poderia ser uma interessante alternativa para o tratamento de sintomas negativos e cognitivos de pacientes com esquizofrenia. / Preclinical and clinical data indicate that cannabidiol (CBD), a nonpsychotomimetic compound in the Cannabis sativa plant, induces antipsychoticlike effects without producing extrapyramidal effects. Studies conducted by our group show that repeated treatment with CBD attenuated the behavioral changes induced by repeated treatment with MK-801, an NMDA receptor antagonist, in the object recognition (RO) test, used in the study of cognitive functions, and social interaction test (IS), used to study the negative symptoms of schizophrenia when both drugs were administered concomitantly. Studies show that changes induced by NMDA antagonists have been observed up to 6 weeks after treatment, and these changes are reversed by atypical antipsychotics such as clozapine and aripiprazole, but not by haloperidol, a typical antipsychotic. Although the evidence indicates the possible antipsychotic-like effect of CBD, the mechanism of action by which it exerts this effect has not yet been elucidated, it is believed that the endocannabinoid system and / or the serotoninergic system may be involved. Thus, in the present study, we evaluated whether repeated 7-day treatment with CBD would be able to reverse changes in IS and RO tests after the end of MK-801 treatment for 14 days. In addition, it was assessed whether the effect of cannabidiol on reversing impairments in the IS and RO tests would be blocked by treatment with AM251, a CB1 receptor antagonist, and / or WAY100635, a 5-HT1A receptor antagonist. CBD (15 and 30 mg / kg) was observed to attenuate the impairments in the IS and RO tests induced by MK-801 and this effect was blocked by WAY100635 but not by AM251. These data reinforce the proposal that CBD has antipsychotic properties and indicate that CBD could be an interesting alternative for the treatment of negative and cognitive symptoms of patients with schizophrenia.
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Antinocicepção induzida pelo estresse de restrição no peixe Leporinus macrocephalus / Restraint stress-induced antinociception in the fish Leporinus macrocephalusWolkers, Carla Patricia Bejo 26 March 2014 (has links)
A atribuição da percepção da dor pelos peixes é um assunto controverso no meio científico. Alguns autores associam a percepção da dor a estruturas neocorticais que estão ausentes em peixes. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado que os peixes são capazes de perceber e responder a estímulos nocivos de maneira semelhante ao que é observado em mamíferos, sendo estas respostas sensíveis à administração de morfina. Além disso, estudos pioneiros de nosso laboratório demonstraram a existência de um sistema analgésico endógeno em peixes. O objetivo deste estudo foi avaliar se este sistema analgésico endógeno pode ser ativado pelo estresse. A natureza neuroquímica deste sistema e a participação de uma região telencefálica, o telencéfalo dorsomedial (Dm), na modulação da antinocicepção também foram investigados. Nossos dados demonstram que o estresse de restrição de 3 e 5 minutos de duração inibe a resposta comportamental à injeção subcutânea de formalina a 3% na região da nadadeira adiposa no peixe Leporinus macrocephalus, sugerindo que este procedimento é capaz de ativar um sistema antinociceptivo endógeno. Além disso, a antinocicepção induzida pelo estresse de restrição de 3 e 5 min é de curta duração, sendo observada apenas por 5 min após o término da restrição. A análise da natureza neuroquímica da antinocicepção induzida pelo estresse de restrição revelou participação do sistema opióde e canabinoide na modulação desta resposta. O tratamento prévio com injeção intraperitoneal de naloxona (30 mg.kg-1), um antagonista opioide não seletivo, bloqueou a antinocicepção induzida pela restrição de 3 min de duração, mas não foi capaz de inibir a antinocicepção induzida pela restrição de 5 min de duração. Já o tratamento prévio com injeção intraperitoneal de AM251 (3 mg.kg-1), um antagonista de receptores canabinoides tipo 1, bloqueou a antinocicepção induzida pelo estresse de restrição de 3 e 5 min de duração, sugerindo que o sistema canabinoide desempenha um papel fundamental na antinocicepção induzida por esta modalidade de estresse na espécie estudada. Nosso estudo também demonstrou que a região do telencéfalo dorsomedial está envolvida na modulação da antinocicepção induzida pelo estresse de restrição no peixe L. macrocephalus. A microinjeção de midazolan (40 e 80 nmol), um agonista de receptores benzodiazepínicos, no telencéfalo Dm bloqueou a antinocicepção induzida pela restrição de 3 e 5 min de duração. Além disso, o tratamento prévio com flumazenil (80 e 160 nmol), um antagonista específico de receptores benzodiazepínicos, inibiu os efeitos do tratamento com midazolan, demonstrando que o bloqueio da antinocicepção promovido pelo midazolan ocorre pela ativação específica dos receptores benzodiazepínicos. Juntos estes resultados trazem novas perspectivas acerca do entendimento sobre a percepção nociceptiva em peixes. Este é o primeiro trabalho que traz evidências acerca da existência de um sistema de modulação da dor ativado pelo estresse e demonstra a participação de uma região encefálica específica na modulação desta antinocicepção. Estes resultados indicam que as vias analgésicas endógenas em peixes são ativadas de maneira semelhante aos mamíferos, sugerindo que estes animais possuem um processamento complexo da informação nociceptiva. / The assignment of pain perception by fish is controversial among scientists. Some authors associate the pain perception to neocortical structures that are absent in fish. However, recent studies have shown that fish are able to perceive and respond to noxious stimuli, similar to observed in mammals, and this responses are sensitive to morphine administration. Furthermore, pioneering studies from our laboratory have demonstrated the existence of an endogenous analgesic system in fish. This study aimed to evaluate if this endogenous analgesic system can be activated by stress, the neurochemical nature of this system and involvement of a telencephalic region, the dorsomedial (Dm) telencephalon, in the antinociception modulation. Our data demonstrate that 3 and 5 min of restraint stress inhibits the behavioral response to subcutaneous injection of formalin 3 % in the adipose fin in the fish Leporinus macrocephalus, suggesting that this procedure can activate an endogenous antinociceptive system. Furthermore, stress-induced antinociception induced by 3 and 5 min of restraint is short, with the antinociceptive effects being observed only for 5 min after the restriction. The analysis of the neurocheamical nature of antinociception induced by restraint stress revealed the involvement of opioid and cannabinoid systems in the modulation of this response. The pre-treatment with intraperitoneal injection of naloxone (30 mg.kg-1), a non-selective opioid receptors antagonist, blocked the antinociception induced by 3 min of restraint, but was not able to inhibit the antinociception induced by 5 min of restraint. The pre-treatment with intraperitoneal injection of AM251 ( 3 mg.kg-1), a type 1 cannabinoid receptors antagonist, blocked the stress-induced antinociception promoted by 3 and 5 min of restraint, suggesting that the cannabinoid system plays a critical role in this type of stress-induced antinociception in the studied species. Our study also showed that the dorsomedial telencephalon is involved in the modulation of stress-induced antinociception in fish L. macrocephalus. The microinjection of midazolan (40 and 80 nmol), a benzodiazepine receptors agonist, in the Dm blocked the stress-induced antinociception promoted by 3 and 5 min of restraint. Furthermore, pre-treatment with flumazenil (80 and 160 nmol), a benzodiazepine receptors selective antagonist, inhibited the effects of the midazolan treatment, demonstrating that the antinociception blockade by midazolan is promoted by specific activation of benzodiazepine receptors. Together these results provide new insights on the understanding of nociceptive perception in fish. This is the first study that demonstrates evidence for the existence of a pain modulation system activated by stress in fish and demonstrates the involvement of a specific brain region in the modulation of this antinociception. These results indicate that the endogenous analgesic pathways in fish are activated in a similar manner to mammals, suggesting that these animals have a complex processing of nociceptive information.
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Tratamento repetido com canabidiol reverte alterações comportamentais observadas em um modelo de esquizofrenia baseado no antagonismo dos receptores NMDA: possível envolvimento dos receptores 5-HT1A e CB1 / Repeated cannabidiol treatment reverses behavioral changes in a model of schizophrenia based on antagonism of NMDA receptors: possible involvement of 5-HT1A and CB1 receptorsNaielly Rodrigues da Silva 24 January 2017 (has links)
Dados pré-clínicos e clínicos indicam que o canabidiol (CBD), um composto não-psicotomimético presente na planta Cannabis sativa, induz efeitos tipoantipsicóticos sem produzir efeitos extrapiramidais. Estudos realizados pelo nosso grupo mostram que o tratamento repetido com CBD atenuou as alterações comportamentais induzidas pelo tratamento repetido com MK-801, uma antagonista dos receptores NMDA, nos testes de reconhecimento de objeto (RO), utilizado no estudo de funções cognitivas, e teste de interação social (IS), utilizado para o estudo dos sintomas negativos da esquizofrenia quando ambas as drogas foram administradas concomitantemente. Estudos mostram que as alterações induzidas por antagonistas NMDA foram observadas até 6 semanas após o tratamento, sendo essas alterações revertidas por antipsicóticos atípicos como clozapina e aripripazol, mas não pelo haloperidol, um antipsicótico típico. Apesar das evidências indicarem o possível efeito tipo-antipsicótico do CBD o mecanismo de ação pelo qual ele exerce este efeito ainda não está elucidado, acredita-se que o sistema endocanabinoide e/ou o sistema serotoninérgico possam estar evolvidos. Assim, no presente estudo, nós avaliamos se o tratamento repetido por 7 dias com CBD seria capaz de reverter as alterações nos testes de IS e RO após o fim do tratamento com MK-801 por 14 dias. Além disso, foi avaliado se o efeito do canabidiol em reverter os prejuízos nos testes de IS e RO seria bloqueado pelo tratamento com AM251, um antagonista dos receptores CB1, e/ou WAY100635, um antagonista dos receptores 5-HT1A. Foi observado que o CBD (15 e 30 mg/kg) atenuou os prejuízos nos testes de IS e RO induzidos por MK- 801 e este efeito foi bloqueado pelo WAY100635 mas não pelo AM251. Estes dados reforçam a proposta de que o CBD tem propriedades antipsicóticas e indicam que o CBD poderia ser uma interessante alternativa para o tratamento de sintomas negativos e cognitivos de pacientes com esquizofrenia. / Preclinical and clinical data indicate that cannabidiol (CBD), a nonpsychotomimetic compound in the Cannabis sativa plant, induces antipsychoticlike effects without producing extrapyramidal effects. Studies conducted by our group show that repeated treatment with CBD attenuated the behavioral changes induced by repeated treatment with MK-801, an NMDA receptor antagonist, in the object recognition (RO) test, used in the study of cognitive functions, and social interaction test (IS), used to study the negative symptoms of schizophrenia when both drugs were administered concomitantly. Studies show that changes induced by NMDA antagonists have been observed up to 6 weeks after treatment, and these changes are reversed by atypical antipsychotics such as clozapine and aripiprazole, but not by haloperidol, a typical antipsychotic. Although the evidence indicates the possible antipsychotic-like effect of CBD, the mechanism of action by which it exerts this effect has not yet been elucidated, it is believed that the endocannabinoid system and / or the serotoninergic system may be involved. Thus, in the present study, we evaluated whether repeated 7-day treatment with CBD would be able to reverse changes in IS and RO tests after the end of MK-801 treatment for 14 days. In addition, it was assessed whether the effect of cannabidiol on reversing impairments in the IS and RO tests would be blocked by treatment with AM251, a CB1 receptor antagonist, and / or WAY100635, a 5-HT1A receptor antagonist. CBD (15 and 30 mg / kg) was observed to attenuate the impairments in the IS and RO tests induced by MK-801 and this effect was blocked by WAY100635 but not by AM251. These data reinforce the proposal that CBD has antipsychotic properties and indicate that CBD could be an interesting alternative for the treatment of negative and cognitive symptoms of patients with schizophrenia.
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Efeitos do 2-AG, através da inibição da monoacilglicerol lipase, em um modelo murino de inflamação pulmonar aguda induzida por LPS / Effects of 2-AG, through monoacylglicerol lipase inhibition, in a murine modelo f acute lung injury LPS-inducedCarolina Costola de Souza Pavani 27 November 2014 (has links)
A sinalização por endocanabinóides é finalizada por meio de hidrólise enzimática; um processo que para o endocanabinóide 2-Arachidonoylglycerol (2-AG) é mediado pela lipase monoacilglicerol (MAGL). O JZL184, é um fármaco que apresenta alta seletividade na inibição da MAGL. Assim, o JZL184 aumenta os níveis de 2-AG que, por sua vez, atua sobre os receptores canabinóides CB1 e CB2 produzindo diversos efeitos como, por exemplo, o anti-inflamatório. A inflamação pulmonar aguda (ALI) e a sua forma mais grave, a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), em humanos, são doenças pulmonares, caracterizadas por infiltrado pulmonar bilateral com acúmulo de neutrófilos. A sepse é a causa mais comum da ALI/SDRA; aproximadamente 40% de pacientes com sépsis, também apresentam ALI ou ARDS e a ALI/ARDS são síndromes graves associadas com mortalidade superior a 40%. Considerando que não há cura para a ARDS / ALI, foi utilizado um modelo murino de ALI para averiguar se a inibição da MAGL seria capaz de aliviar os sintomas inflamatórios ou, até mesmo, promover a cura do processo. Para isso, foram analisados fatores que promovem a migração de leucócitos para o pulmão e o dano tecidual. Ainda, para avaliar se os LPS e/ou o JZL184 promoveram mudanças no sistema nervoso central, foram avaliados a atividade locomotora no campo aberto (CA), a ansiedade no labirinto (LCE), a capacidade de adaptação em CA e os níveis de glicocorticóides séricos, assim como os níveis hipotalâmicos de citocinas. Assim, o JZL184, foi administrado por via intraperitoneal (i.p.) e 60 minutos depois o LPS foi instilado por via intranasal. As análises foram realizadas 6, 24 e/ou 48 horas após a indução da ALI. Observou-se que a inibição MAGL diminuiu a migração de leucócitos para os pulmões, bem como a permeabilidade vascular e o dano tecidual. O JZL184 também reduziu os níveis de citocinas e quimiocinas e o extravasamento vascular no lavado bronco alveolar (LBA), a atividade de MPO no tecido pulmonar e a expressão da molécula de adesão no sangue e no LBA. Os receptores CB1 e CB2 foram considerados como envolvidos nos efeitos anti-inflamatórios produzidos pelo JZL184 porque o AM281, um antagonista seletivo do receptor CB1, e o AM630, um antagonista seletivo do receptor CB2, reduziram ou bloquearam os efeitos anti-inflamatórios para JZL184. O LPS e o JZL184 não promoveram comportamento doentio e tampouco alteraram os parâmetros de ansiedade. Entretanto, o LPS e/ou o JZL184 aumentaram a expressão gênica de citocinas hipotalâmicas. Concluiu-se que a inibição MAGL produziu efeitos anti-inflamatórios no modelo murino de ALI induzida por LPS, uma descoberta que foi considerada uma consequência da ativação dos receptores canabinóide CB1 e CB2. A inibição da MAGL pode ser, no futuro, uma ferramenta terapêutica relevante para o tratamento de inflamações pulmonares / Endocannabinoid signaling is terminated by enzymatic hydrolysis, a process that, for 2-Arachidonoylglycerol (2-AG), is mediated by monoacylglycerol lipase (MAGL). The JZL184, is a drug that inhibits MAGL and presents high potency and selectivity. Thus, JZL184 increases the levels of 2-AG, an endocannabinoid that acts on the CB1 and CB2 cannabinoid receptors, and has shown anti-inflammatory effects. Acute lung injury (ALI) and its most severe form the acute respiratory distress syndrome (ARDS), in humans, are lung diseases, characterized by bilateral pulmonary infiltrate with neutrophils accumulation. The sepsis is the most common cause of ALI / ARDS; approximately 40% of patients with sepsis have also ALI or ARDS. ALI and ARDS are severe syndromes associated with mortality 40% exceeding rates. Considering that there is no cure for ARDS/ALI, we used a ALI murine model to evaluate if the MAGL inhibition was able to alleviating the inflammatory symptoms or even promote the cure. For this, factors that promote migration of leukocytes into the lungs and the tissue damage were analyzed. Still, to assess whether LPS and / or JZL184 promoted changes in the central nervous system, the locomotor activity and ability to adapt were evaluated in the open field end the anxiety in the plus maze. Were also evaluated the glucocorticoid levels in the serum, and the hypothalamic levels of cytokines. Thus, the JZL184 was used intraperitoneally, 60 minutes after LPS was intranasally instilled and 6, 24 and/or 48 hours, after induction of ALI, analyzes were performed. It was observed that the MAGL inhibition decreased the leukocyte migration into the lungs as well as the vascular permeability and the lung damage. JZL184 also reduced the cytokine and chemokine levels and the vascular extravasation in the BAL, the MPO activity in the lungs and adhesion molecule expression in the blood and BAL. The CB1 and CB2 receptors were considered involved in the anti-inflammatory effects of JZL184 because the AM281, a selective CB1 receptor antagonist, and the AM630, a selective CB2 receptor antagonist, reduced or blocked the anti-inflammatory effects previously described for JZL184. The LPS and the JZL184 did not promote unhealthy behavior and did not change the parameters of anxiety. However, LPS and/orJZL184 increased gene expression of hypothalamic cytokines. It was concluded that MAGL inhibition produced anti-inflammatory effects in a murine model of LPS-induced ALI, a finding that was considered a consequence of the activation of the CB1 and CB2 cannabinoid receptors. The MAGL inhibition in the future may be a therapeutic tool for the pulmonary inflammation treatment
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Antinocicepção induzida pelo estresse de restrição no peixe Leporinus macrocephalus / Restraint stress-induced antinociception in the fish Leporinus macrocephalusCarla Patricia Bejo Wolkers 26 March 2014 (has links)
A atribuição da percepção da dor pelos peixes é um assunto controverso no meio científico. Alguns autores associam a percepção da dor a estruturas neocorticais que estão ausentes em peixes. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado que os peixes são capazes de perceber e responder a estímulos nocivos de maneira semelhante ao que é observado em mamíferos, sendo estas respostas sensíveis à administração de morfina. Além disso, estudos pioneiros de nosso laboratório demonstraram a existência de um sistema analgésico endógeno em peixes. O objetivo deste estudo foi avaliar se este sistema analgésico endógeno pode ser ativado pelo estresse. A natureza neuroquímica deste sistema e a participação de uma região telencefálica, o telencéfalo dorsomedial (Dm), na modulação da antinocicepção também foram investigados. Nossos dados demonstram que o estresse de restrição de 3 e 5 minutos de duração inibe a resposta comportamental à injeção subcutânea de formalina a 3% na região da nadadeira adiposa no peixe Leporinus macrocephalus, sugerindo que este procedimento é capaz de ativar um sistema antinociceptivo endógeno. Além disso, a antinocicepção induzida pelo estresse de restrição de 3 e 5 min é de curta duração, sendo observada apenas por 5 min após o término da restrição. A análise da natureza neuroquímica da antinocicepção induzida pelo estresse de restrição revelou participação do sistema opióde e canabinoide na modulação desta resposta. O tratamento prévio com injeção intraperitoneal de naloxona (30 mg.kg-1), um antagonista opioide não seletivo, bloqueou a antinocicepção induzida pela restrição de 3 min de duração, mas não foi capaz de inibir a antinocicepção induzida pela restrição de 5 min de duração. Já o tratamento prévio com injeção intraperitoneal de AM251 (3 mg.kg-1), um antagonista de receptores canabinoides tipo 1, bloqueou a antinocicepção induzida pelo estresse de restrição de 3 e 5 min de duração, sugerindo que o sistema canabinoide desempenha um papel fundamental na antinocicepção induzida por esta modalidade de estresse na espécie estudada. Nosso estudo também demonstrou que a região do telencéfalo dorsomedial está envolvida na modulação da antinocicepção induzida pelo estresse de restrição no peixe L. macrocephalus. A microinjeção de midazolan (40 e 80 nmol), um agonista de receptores benzodiazepínicos, no telencéfalo Dm bloqueou a antinocicepção induzida pela restrição de 3 e 5 min de duração. Além disso, o tratamento prévio com flumazenil (80 e 160 nmol), um antagonista específico de receptores benzodiazepínicos, inibiu os efeitos do tratamento com midazolan, demonstrando que o bloqueio da antinocicepção promovido pelo midazolan ocorre pela ativação específica dos receptores benzodiazepínicos. Juntos estes resultados trazem novas perspectivas acerca do entendimento sobre a percepção nociceptiva em peixes. Este é o primeiro trabalho que traz evidências acerca da existência de um sistema de modulação da dor ativado pelo estresse e demonstra a participação de uma região encefálica específica na modulação desta antinocicepção. Estes resultados indicam que as vias analgésicas endógenas em peixes são ativadas de maneira semelhante aos mamíferos, sugerindo que estes animais possuem um processamento complexo da informação nociceptiva. / The assignment of pain perception by fish is controversial among scientists. Some authors associate the pain perception to neocortical structures that are absent in fish. However, recent studies have shown that fish are able to perceive and respond to noxious stimuli, similar to observed in mammals, and this responses are sensitive to morphine administration. Furthermore, pioneering studies from our laboratory have demonstrated the existence of an endogenous analgesic system in fish. This study aimed to evaluate if this endogenous analgesic system can be activated by stress, the neurochemical nature of this system and involvement of a telencephalic region, the dorsomedial (Dm) telencephalon, in the antinociception modulation. Our data demonstrate that 3 and 5 min of restraint stress inhibits the behavioral response to subcutaneous injection of formalin 3 % in the adipose fin in the fish Leporinus macrocephalus, suggesting that this procedure can activate an endogenous antinociceptive system. Furthermore, stress-induced antinociception induced by 3 and 5 min of restraint is short, with the antinociceptive effects being observed only for 5 min after the restriction. The analysis of the neurocheamical nature of antinociception induced by restraint stress revealed the involvement of opioid and cannabinoid systems in the modulation of this response. The pre-treatment with intraperitoneal injection of naloxone (30 mg.kg-1), a non-selective opioid receptors antagonist, blocked the antinociception induced by 3 min of restraint, but was not able to inhibit the antinociception induced by 5 min of restraint. The pre-treatment with intraperitoneal injection of AM251 ( 3 mg.kg-1), a type 1 cannabinoid receptors antagonist, blocked the stress-induced antinociception promoted by 3 and 5 min of restraint, suggesting that the cannabinoid system plays a critical role in this type of stress-induced antinociception in the studied species. Our study also showed that the dorsomedial telencephalon is involved in the modulation of stress-induced antinociception in fish L. macrocephalus. The microinjection of midazolan (40 and 80 nmol), a benzodiazepine receptors agonist, in the Dm blocked the stress-induced antinociception promoted by 3 and 5 min of restraint. Furthermore, pre-treatment with flumazenil (80 and 160 nmol), a benzodiazepine receptors selective antagonist, inhibited the effects of the midazolan treatment, demonstrating that the antinociception blockade by midazolan is promoted by specific activation of benzodiazepine receptors. Together these results provide new insights on the understanding of nociceptive perception in fish. This is the first study that demonstrates evidence for the existence of a pain modulation system activated by stress in fish and demonstrates the involvement of a specific brain region in the modulation of this antinociception. These results indicate that the endogenous analgesic pathways in fish are activated in a similar manner to mammals, suggesting that these animals have a complex processing of nociceptive information.
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A metanandamida, um agonista canabinóide, protege a linhagem de neuroblastoma neuro2A da morte celular induzida por peróxido de hidrogênio. / The methanandamide, a cannabinoid agonist, protect the lineage of neuro 2A cell death induced by hydrogen peroxide.Luciana Gonzalez Auad 02 July 2012 (has links)
As doenças neurodegenerativas são desordens progressivas que afetam determinadas populações neuronais do sistema nervoso central, levando a morte neuronal. Vários fatores contribuem para o desenvolvimento das doenças neurodegenerativas, dentre eles o aumento da formação de radicais livres e/ou estresse oxidativo. O sistema canabinóide vem sendo sugerido como um importante sistema neuroprotetor em diversos modelos de neurodegeneração. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a participação do sistema canabinóide em um modelo de morte celular in vitro induzida pelo peróxido de hidrogênio. O modelo celular utilizado foi a linhagem Neuro 2A. Realizamos os tratamentos conjugados para verificar a possível função neuroprotetora do sistema canabinóide. Obtivemos resultados de neuroproteção da Metanandamida revertendo o quadro de morte celular induzido pelo peróxido de hidrogênio. Acreditamos que esta neuroproteção seja via CB1 que inibe os canais de cálcio dependentes de voltagem talvez contribuindo para a redução da progressão da excitotoxicidade. / Neurodegenerative diseases are progressive disorder affecting specific neuronal populations in the central nervous system, leading to neuronal death. Several factors contribute to the development of neurodegenerative diseases, including increased free radical formation and / or oxidative stress. The cannabinoid system has been suggested as an important system neuroprotective in several models of neurodegeneration. The objectives of this study were to evaluate the involvement of the cannabinoid system in a model of in vitro cell death induced by hydrogen peroxide. The model used was the cell line Neuro 2A. Performed the treatments combined to verify the possible neuroprotective effects of the cannabinoid system. We obtained results of neuroprotection Methanandamide reversing the framework of cell death induced by hydrogen peroxide. We believe that this is via neuroprotection CB1 that inhibits calcium channels of voltage-dependent perhaps contributing to the reduction of the progression of excitotoxicity.
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