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Efeito da metformina no remodelamento miocárdico e renal em ratos obesos com resistência à insulina / Effect of metformin on myocardial and renal remodeling in obese rats with insulin resistance

Adriana Burlá Klajman 03 June 2011 (has links)
Diversas evidências comprovam que a obesidade está associada a alterações estruturais e funcionais do coração em modelos humanos e animais. Outros estudos recentes também demonstram que a obesidade humana está associada com alterações na função e na estrutura vascular, especialmente em grandes e médias artérias. Estudos epidemiológicos têm confirmado que a obesidade é um fator de risco significativo para o aparecimento de proteinúria e de doença renal terminal em uma população normal. Com o objetivo de determinar as alterações morfológicas relacionadas ao remodelamento cardíaco, vascular e renal em um modelo experimental de obesidade induzida pelo glutamato monossódico (MSG) e os efeitos da metformina sobre estes achados, foram estudados 25 ratos divididos em cinco grupos: controle com 16 e 22 semanas (CON-16 e CON-22); obeso com 16 e 22 semanas (MSG-16 e MSG-22) e obeso + metformina (MET-22) 300mg/Kg/dia por via oral. A caracterização da resistência à insulina foi feita através da medida da insulina plasmática e cálculo do índice de HOMA-IR. As análises morfológicas e quantificação do colágeno miocárdico foram feitos pelo sistema de imagem Image Pro Plus analysis. A pressão arterial sistólica foi levemente maior no grupo MSG-22, adquirindo significância estatística quando comparada com o grupo MSG-16 (1222 vs 1082 mmHg, p<0,05). Por outro lado, o grupo MET-22 mostrou níveis mais baixos de pressão arterial (1181 mmHg), sem alcançar diferença significativa. No grupo de animais obesos, foi observado aumento na relação média-lumen com 16 semanas (39,93,7 vs 30,22,0 %, p<0,05) e com 22 semanas (39,81,3 vs 29,51,2%, p<0,05), que foi reduzida com o uso da metformina (31,50,9%). O depósito de colágeno na área perivascular no ventrículo esquerdo foi significativamente maior no grupo MSG-22 (1,390,06 vs 0,830,06 % no CON-22, p<0,01), sendo atenuado pela metformina (1,020,04%). No rim, a área seccional transversa das arteríolas intrarrenais foi semelhante entre os grupos (18,52,2 no CON-16; 19,93,7 no MSG-16; 18,93,1 no CON-22; 21,81,5 no MSG-22; 20,21,4 no MET-22). Foi observado aumento da área glomerular no grupo MSG-22 (141,34,5 vs 129,50,5 m2), mas sem significância estatística. Em conclusão, nos ratos com obesidade induzida pelo MSG, com resistência à insulina, as alterações cardíacas foram mais proeminentes do que as alterações renais. No coração foram observados sinais de remodelamento vascular hipertrófico nas pequenas artérias intramiocárdicas e evidências de fibrose miocárdica mais proeminente na área perivascular, alterações que foram, pelo menos parcialmente, atenuadas com o uso de metformina durante seis semanas, mostrando que esta droga pode ser benéfica na prevenção de complicações cardíacas, vasculares e renais associadas com a obesidade. / Many evidences show that obesity is associated to structural and functional changes in the heart of human and animal models. Recent studies also show that human obesity is associated with vascular structural and functional modifications, specially at large and medium-sized arteries. Epidemiological studies have confirmed that obesity is a significant risk factor for the development of proteinuria and end-stage renal disease in a normal population. With the objective to determinate morphological changes related to cardiac, vascular and renal remodeling in an experimental model of monosodium glutamate (MSG)-induced obesity and the effect of metformin at this finding. Twenty five rats were studied and divided into five groups: control with 16 e 22 weeks (CON-16 and CON-22); obese with 16 and 22 weeks (MSG-16 e MSG-22), and obese + metformin (MET-22) 300mg/Kg/day per oral. The characterization of insulin resistance was done through measurement of plasma insulin and calculation of HOMA-IR index. The morphological analysis and the quantification of myocardial collagen were carried out by Image Pro Plus analysis system. The systolic blood pressure was slightly higher in MSG-22 group, reaching statistical significance when compared to MSG-16 group (1222 vs 1082 mmHg, p<0.05). On the other hand, the MET-22 group demonstrated lower blood pressure levels (1181 mmHg), without reaching statistical difference. The obese animals presented increase in media-to-lumen ratio with 16 weeks (39.93.7 vs 30.22.0 %, p<0.05) and with 22 weeks (39.81.3 vs 29.51.2%, p<0.05), which was reduced with use of metformin (31.50.9%). The collagen deposition in perivascular area of left ventricle was significantly greater in MSG-22 group (1.390.06 vs 0.830.06 % in CON-22, p<0.01), and attenuated by metformin (1.020.04%). In the kidney, the media cross-sectional area of intrarenal arterioles was similar among the groups (18.52.2 in CON-16; 19.93.7 in MSG-16; 18.93.1 in CON-22; 21.81.5 in MSG-22; 20.21.4 in MET-22). An increase of glomerular area was observed in MSG-22 group (141.34.5 vs 129.50.5 m2), but without statistical significance. In conclusion, rats with MSG-induced obesity and insulin resistance presented more pronounced cardiac changes than renal alterations. In the heart, there were evidences of hypertrophic vascular remodeling were observed in intramyocardial small arteries and perivascular fibrosis. These findings were, at least partially, attenuated by metformin for six weeks, suggesting that this drug may be beneficial for prevention of cardiac, vascular and renal complications associated with obesity.
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Velocidade da onda de pulso em adultos jovens acompanhados por 18 anos: impacto de variáveis pressóricas, antropométricas, metabólicas, inflamatórias e de função endotelial. Estudo do Rio de Janeiro. / Velocidade da onda de pulso em adultos jovens acompanhados por 18 anos: impacto de variáveis pressóricas, antropométricas, metabólicas, inflamatórias e de função endotelial. Estudo do Rio de Janeiro. / Pulse wave velocity in youngs adults followed for 18 years: impact of blood pressure, anthropometric, inflammatory and endothelial function variables. The Rio de Janeiro study. / Pulse wave velocity in youngs adults followed for 18 years: impact of blood pressure, anthropometric, inflammatory and endothelial function variables. The Rio de Janeiro study.

Oswaldo Luiz Pizzi 29 October 2013 (has links)
Dados sobre a avaliação não invasiva da rigidez vascular e suas relações com variáveis de risco cardiovascular são escassos em jovens. Objetiva avaliar a relação entre a velocidade de onda de pulso (VOP) e a pressão arterial (PA), variáveis antropométricas, metabólicas, inflamatórias e de disfunção endotelial em indivíduos adultos jovens. Foram estudados 96 indivíduos (51 homens) do Estudo do Rio de Janeiro, em duas avaliações, A1 e A2, com intervalo de 17,691,58 anos (16 a 21 anos). Em A1 foram avaliados em suas escolas (10-15 anos - média 12,421,47 anos) e em A2 foram novamente avaliados em nível ambulatorial (26-35 anos - média 30,091,92 anos). Em A1 foram obtidos pressão arterial (PA) e índice de massa corporal (IMC). Em A2 foram obtidos a velocidade da onda de pulso (VOP)-método Complior, PA, IMC, circunferência abdominal (CA), glicose, perfil lipídico, leptina, insulina, adiponectina, o índice de resistência à insulina HOMA-IR, proteína C-Reativa ultrassensível (PCRus) e as moléculas de adesão E-selectina, Vascular Cell Adhesion Molecule-1(VCAM-1) e Intercellular Adhesion Molecule-1 (ICAM-1). Foram obtidos, ainda, a variação da PA e do IMC entre as 2 avaliações. Em A2 os indivíduos foram estratificados segundo o tercil da VOP para cada sexo. Como resultados temos: 1) Os grupos foram constituídos da seguinte forma: Tercil 1:homens com VOP < 8,69 m/s e mulheres com VOP < 7,66 m/s; Tercil 2: homens com VOP &#8805; 8,69 m/s e < 9,65m/s e mulheres com VOP &#8805; 7,66 m/s e < 8,31m/s;Tercil 3:homens com VOP &#8805; 9,65 m/s e mulheres com VOP &#8805; 8,31 m/s. 2) O grupo com maior tercil de VOP mostrou maiores médias de PA sistólica (PAS) (p=0,005), PA diastólica (PAD) (p=0,007), PA média (PAM) (p=0,004), variação da PAD (p=0,032), variação da PAM (p=0,003), IMC (p=0,046), variação do IMC (p=0,020), insulina (p=0,019), HOMA-IR (p=0,021), E-selectina (p=0,032) e menores médias de adiponectina (p=0,016), além de maiores prevalências de diabetes mellitus/intolerância à glicose (p=0,022) e hiperinsulinemia (p=0,038); 3) Houve correlação significativa e positiva da VOP com PAS (p<0,001), PAD (p<0,001), PP (p=0,048) e PAM (p<0,001) de A2, com a variação da pressão arterial (PAS, PAD e PAM) (p<0,001) entre as duas avaliações, com o IMC de A2 (p=0,005) e com a variação do IMC (p<0,001) entre as duas avaliações, com CA (p=0,001), LDLcolesterol (p=0,049) e E-selectina (p<0,001) e correlação negativa com HDLcolesterol (p<0,001) e adiponectina (p<0,001); 4)Em modelo de regressão múltipla, após ajuste do HDL-colesterol, LDLcolesterol e adiponectina para sexo, idade, IMC e PAM, apenas o sexo masculino e a PAM mantiveram correlação significativa com a VOP. A VOP em adultos jovens mostrou relação significativa com variáveis de risco cardiovascular, destacando-se o sexo masculino e a PAM como importantes variáveis no seu determinismo. Os achados sugerem que a medida da VOP pode ser útil para a identificação do acometimento vascular nessa faixa etária. / Data on non-invasive evaluation of vascular stiffness in the young and its relationship with cardiovascular (CV) risk variables are scarce. Objective to assess the relationship between pulse wave velocity (PWV) and blood pressure (BP), anthropometric, metabolic, inflammatory and endothelial dysfunction variables in young adults. Ninety-six individuals (51 males) from The Rio de Janeiro Study cohort were studied in two evaluations, A1 and A2, with an interval of 17.69 1.58 years (16-21 years). In A 1 they were evaluated at their schools (10-15 years average 12.42 1.47 years) and in A2 they were all re-evaluated as outpatients (26-35 years - average 30.09 1.92 years). In A1 BP and body mass index (BMI) were obtained. In A2 pulse wave velocity (PWV) by Complior method, BP, BMI, waist circumference (WC), glucose, lipid profile, leptin, insulin, adiponectin, the HOMA-IR insulin resistance index, high sensitive C-Reactive protein (CRPhs) and E-selectin, Vascular Cell Adhesion Molecule 1 (VCAM-1) and Intercellular Adhesion Molecule 1 (ICAM-1) adhesion molecules were obtained. The BP and BMI variation over the time interval between the two evaluations were also obtained. Subjects were stratified according to tertile of PWV for each sex in A2. As results: 1) The groups were constituted as follows: Tertile 1: males with PWV <8.69 m/s and females with PWV <7.66 m/s; Tertile 2: males with PWV &#8805; 8.69 m/s and <9.65 m/s and females with PWV &#8805; 7.66 m/s and <8.31 m/s; Tertile 3: males with PWV &#8805; 9.65 m/s and females with PWV &#8805; 8.31 m/s 2) The group with the highest PWV tertile showed higher values of systolic BP (SBP) (p=0.005), diastolic BP (DBP) (p=0.007), mean BP (MBP) (p=0,004), DBP variation (p=0,032), MBP variation (p=0.033), BMI (p=0.046), BMI variation (p=0.020), insulin (p=0.019), HOMA-IR (p=0.021), E-Selectin (p=0.032) and lower values of adiponectin (p=0.016), besides higher prevalence of diabetes mellitus/glucose intolerance (p=0.022) and hyperinsulinemia (p=0.038); 3) There were a significant positive correlation of PWV with SBP (p<0,001), DBP (p<0,001), PP (p=0,048) and MBP (p<0,001) from A2, variation in blood pressure (SBP, DBP, and MBP) (p<0,001) between the two assessments, BMI (p=0.005) and BMI variation between the two evaluations (p<0,001), WC (p=0.001), LDL-cholesterol (0.049), and E-selectin (p<0,001) and negative correlation with HDL-cholesterol (p<0,001) and adiponectin (p<0,001); 4) In the multiple regression model, HDL-cholesterol, LDL-cholesterol and adiponectin lost statistical significance after adjustment for sex, age, BMI and MBP, only the male gender and MBP remained significantly correlated with PWV. PWV in young adults showed a significant association with CV risk variables, highlighting the male gender and MBP as important variables in its determining. The findings suggest that measurement of PWV can be useful for the identification of vascular impairment in this age group.
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Efeito da metformina no remodelamento miocárdico e renal em ratos obesos com resistência à insulina / Effect of metformin on myocardial and renal remodeling in obese rats with insulin resistance

Adriana Burlá Klajman 03 June 2011 (has links)
Diversas evidências comprovam que a obesidade está associada a alterações estruturais e funcionais do coração em modelos humanos e animais. Outros estudos recentes também demonstram que a obesidade humana está associada com alterações na função e na estrutura vascular, especialmente em grandes e médias artérias. Estudos epidemiológicos têm confirmado que a obesidade é um fator de risco significativo para o aparecimento de proteinúria e de doença renal terminal em uma população normal. Com o objetivo de determinar as alterações morfológicas relacionadas ao remodelamento cardíaco, vascular e renal em um modelo experimental de obesidade induzida pelo glutamato monossódico (MSG) e os efeitos da metformina sobre estes achados, foram estudados 25 ratos divididos em cinco grupos: controle com 16 e 22 semanas (CON-16 e CON-22); obeso com 16 e 22 semanas (MSG-16 e MSG-22) e obeso + metformina (MET-22) 300mg/Kg/dia por via oral. A caracterização da resistência à insulina foi feita através da medida da insulina plasmática e cálculo do índice de HOMA-IR. As análises morfológicas e quantificação do colágeno miocárdico foram feitos pelo sistema de imagem Image Pro Plus analysis. A pressão arterial sistólica foi levemente maior no grupo MSG-22, adquirindo significância estatística quando comparada com o grupo MSG-16 (1222 vs 1082 mmHg, p<0,05). Por outro lado, o grupo MET-22 mostrou níveis mais baixos de pressão arterial (1181 mmHg), sem alcançar diferença significativa. No grupo de animais obesos, foi observado aumento na relação média-lumen com 16 semanas (39,93,7 vs 30,22,0 %, p<0,05) e com 22 semanas (39,81,3 vs 29,51,2%, p<0,05), que foi reduzida com o uso da metformina (31,50,9%). O depósito de colágeno na área perivascular no ventrículo esquerdo foi significativamente maior no grupo MSG-22 (1,390,06 vs 0,830,06 % no CON-22, p<0,01), sendo atenuado pela metformina (1,020,04%). No rim, a área seccional transversa das arteríolas intrarrenais foi semelhante entre os grupos (18,52,2 no CON-16; 19,93,7 no MSG-16; 18,93,1 no CON-22; 21,81,5 no MSG-22; 20,21,4 no MET-22). Foi observado aumento da área glomerular no grupo MSG-22 (141,34,5 vs 129,50,5 m2), mas sem significância estatística. Em conclusão, nos ratos com obesidade induzida pelo MSG, com resistência à insulina, as alterações cardíacas foram mais proeminentes do que as alterações renais. No coração foram observados sinais de remodelamento vascular hipertrófico nas pequenas artérias intramiocárdicas e evidências de fibrose miocárdica mais proeminente na área perivascular, alterações que foram, pelo menos parcialmente, atenuadas com o uso de metformina durante seis semanas, mostrando que esta droga pode ser benéfica na prevenção de complicações cardíacas, vasculares e renais associadas com a obesidade. / Many evidences show that obesity is associated to structural and functional changes in the heart of human and animal models. Recent studies also show that human obesity is associated with vascular structural and functional modifications, specially at large and medium-sized arteries. Epidemiological studies have confirmed that obesity is a significant risk factor for the development of proteinuria and end-stage renal disease in a normal population. With the objective to determinate morphological changes related to cardiac, vascular and renal remodeling in an experimental model of monosodium glutamate (MSG)-induced obesity and the effect of metformin at this finding. Twenty five rats were studied and divided into five groups: control with 16 e 22 weeks (CON-16 and CON-22); obese with 16 and 22 weeks (MSG-16 e MSG-22), and obese + metformin (MET-22) 300mg/Kg/day per oral. The characterization of insulin resistance was done through measurement of plasma insulin and calculation of HOMA-IR index. The morphological analysis and the quantification of myocardial collagen were carried out by Image Pro Plus analysis system. The systolic blood pressure was slightly higher in MSG-22 group, reaching statistical significance when compared to MSG-16 group (1222 vs 1082 mmHg, p<0.05). On the other hand, the MET-22 group demonstrated lower blood pressure levels (1181 mmHg), without reaching statistical difference. The obese animals presented increase in media-to-lumen ratio with 16 weeks (39.93.7 vs 30.22.0 %, p<0.05) and with 22 weeks (39.81.3 vs 29.51.2%, p<0.05), which was reduced with use of metformin (31.50.9%). The collagen deposition in perivascular area of left ventricle was significantly greater in MSG-22 group (1.390.06 vs 0.830.06 % in CON-22, p<0.01), and attenuated by metformin (1.020.04%). In the kidney, the media cross-sectional area of intrarenal arterioles was similar among the groups (18.52.2 in CON-16; 19.93.7 in MSG-16; 18.93.1 in CON-22; 21.81.5 in MSG-22; 20.21.4 in MET-22). An increase of glomerular area was observed in MSG-22 group (141.34.5 vs 129.50.5 m2), but without statistical significance. In conclusion, rats with MSG-induced obesity and insulin resistance presented more pronounced cardiac changes than renal alterations. In the heart, there were evidences of hypertrophic vascular remodeling were observed in intramyocardial small arteries and perivascular fibrosis. These findings were, at least partially, attenuated by metformin for six weeks, suggesting that this drug may be beneficial for prevention of cardiac, vascular and renal complications associated with obesity.
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Velocidade da onda de pulso em adultos jovens acompanhados por 18 anos: impacto de variáveis pressóricas, antropométricas, metabólicas, inflamatórias e de função endotelial. Estudo do Rio de Janeiro. / Velocidade da onda de pulso em adultos jovens acompanhados por 18 anos: impacto de variáveis pressóricas, antropométricas, metabólicas, inflamatórias e de função endotelial. Estudo do Rio de Janeiro. / Pulse wave velocity in youngs adults followed for 18 years: impact of blood pressure, anthropometric, inflammatory and endothelial function variables. The Rio de Janeiro study. / Pulse wave velocity in youngs adults followed for 18 years: impact of blood pressure, anthropometric, inflammatory and endothelial function variables. The Rio de Janeiro study.

Oswaldo Luiz Pizzi 29 October 2013 (has links)
Dados sobre a avaliação não invasiva da rigidez vascular e suas relações com variáveis de risco cardiovascular são escassos em jovens. Objetiva avaliar a relação entre a velocidade de onda de pulso (VOP) e a pressão arterial (PA), variáveis antropométricas, metabólicas, inflamatórias e de disfunção endotelial em indivíduos adultos jovens. Foram estudados 96 indivíduos (51 homens) do Estudo do Rio de Janeiro, em duas avaliações, A1 e A2, com intervalo de 17,691,58 anos (16 a 21 anos). Em A1 foram avaliados em suas escolas (10-15 anos - média 12,421,47 anos) e em A2 foram novamente avaliados em nível ambulatorial (26-35 anos - média 30,091,92 anos). Em A1 foram obtidos pressão arterial (PA) e índice de massa corporal (IMC). Em A2 foram obtidos a velocidade da onda de pulso (VOP)-método Complior, PA, IMC, circunferência abdominal (CA), glicose, perfil lipídico, leptina, insulina, adiponectina, o índice de resistência à insulina HOMA-IR, proteína C-Reativa ultrassensível (PCRus) e as moléculas de adesão E-selectina, Vascular Cell Adhesion Molecule-1(VCAM-1) e Intercellular Adhesion Molecule-1 (ICAM-1). Foram obtidos, ainda, a variação da PA e do IMC entre as 2 avaliações. Em A2 os indivíduos foram estratificados segundo o tercil da VOP para cada sexo. Como resultados temos: 1) Os grupos foram constituídos da seguinte forma: Tercil 1:homens com VOP < 8,69 m/s e mulheres com VOP < 7,66 m/s; Tercil 2: homens com VOP &#8805; 8,69 m/s e < 9,65m/s e mulheres com VOP &#8805; 7,66 m/s e < 8,31m/s;Tercil 3:homens com VOP &#8805; 9,65 m/s e mulheres com VOP &#8805; 8,31 m/s. 2) O grupo com maior tercil de VOP mostrou maiores médias de PA sistólica (PAS) (p=0,005), PA diastólica (PAD) (p=0,007), PA média (PAM) (p=0,004), variação da PAD (p=0,032), variação da PAM (p=0,003), IMC (p=0,046), variação do IMC (p=0,020), insulina (p=0,019), HOMA-IR (p=0,021), E-selectina (p=0,032) e menores médias de adiponectina (p=0,016), além de maiores prevalências de diabetes mellitus/intolerância à glicose (p=0,022) e hiperinsulinemia (p=0,038); 3) Houve correlação significativa e positiva da VOP com PAS (p<0,001), PAD (p<0,001), PP (p=0,048) e PAM (p<0,001) de A2, com a variação da pressão arterial (PAS, PAD e PAM) (p<0,001) entre as duas avaliações, com o IMC de A2 (p=0,005) e com a variação do IMC (p<0,001) entre as duas avaliações, com CA (p=0,001), LDLcolesterol (p=0,049) e E-selectina (p<0,001) e correlação negativa com HDLcolesterol (p<0,001) e adiponectina (p<0,001); 4)Em modelo de regressão múltipla, após ajuste do HDL-colesterol, LDLcolesterol e adiponectina para sexo, idade, IMC e PAM, apenas o sexo masculino e a PAM mantiveram correlação significativa com a VOP. A VOP em adultos jovens mostrou relação significativa com variáveis de risco cardiovascular, destacando-se o sexo masculino e a PAM como importantes variáveis no seu determinismo. Os achados sugerem que a medida da VOP pode ser útil para a identificação do acometimento vascular nessa faixa etária. / Data on non-invasive evaluation of vascular stiffness in the young and its relationship with cardiovascular (CV) risk variables are scarce. Objective to assess the relationship between pulse wave velocity (PWV) and blood pressure (BP), anthropometric, metabolic, inflammatory and endothelial dysfunction variables in young adults. Ninety-six individuals (51 males) from The Rio de Janeiro Study cohort were studied in two evaluations, A1 and A2, with an interval of 17.69 1.58 years (16-21 years). In A 1 they were evaluated at their schools (10-15 years average 12.42 1.47 years) and in A2 they were all re-evaluated as outpatients (26-35 years - average 30.09 1.92 years). In A1 BP and body mass index (BMI) were obtained. In A2 pulse wave velocity (PWV) by Complior method, BP, BMI, waist circumference (WC), glucose, lipid profile, leptin, insulin, adiponectin, the HOMA-IR insulin resistance index, high sensitive C-Reactive protein (CRPhs) and E-selectin, Vascular Cell Adhesion Molecule 1 (VCAM-1) and Intercellular Adhesion Molecule 1 (ICAM-1) adhesion molecules were obtained. The BP and BMI variation over the time interval between the two evaluations were also obtained. Subjects were stratified according to tertile of PWV for each sex in A2. As results: 1) The groups were constituted as follows: Tertile 1: males with PWV <8.69 m/s and females with PWV <7.66 m/s; Tertile 2: males with PWV &#8805; 8.69 m/s and <9.65 m/s and females with PWV &#8805; 7.66 m/s and <8.31 m/s; Tertile 3: males with PWV &#8805; 9.65 m/s and females with PWV &#8805; 8.31 m/s 2) The group with the highest PWV tertile showed higher values of systolic BP (SBP) (p=0.005), diastolic BP (DBP) (p=0.007), mean BP (MBP) (p=0,004), DBP variation (p=0,032), MBP variation (p=0.033), BMI (p=0.046), BMI variation (p=0.020), insulin (p=0.019), HOMA-IR (p=0.021), E-Selectin (p=0.032) and lower values of adiponectin (p=0.016), besides higher prevalence of diabetes mellitus/glucose intolerance (p=0.022) and hyperinsulinemia (p=0.038); 3) There were a significant positive correlation of PWV with SBP (p<0,001), DBP (p<0,001), PP (p=0,048) and MBP (p<0,001) from A2, variation in blood pressure (SBP, DBP, and MBP) (p<0,001) between the two assessments, BMI (p=0.005) and BMI variation between the two evaluations (p<0,001), WC (p=0.001), LDL-cholesterol (0.049), and E-selectin (p<0,001) and negative correlation with HDL-cholesterol (p<0,001) and adiponectin (p<0,001); 4) In the multiple regression model, HDL-cholesterol, LDL-cholesterol and adiponectin lost statistical significance after adjustment for sex, age, BMI and MBP, only the male gender and MBP remained significantly correlated with PWV. PWV in young adults showed a significant association with CV risk variables, highlighting the male gender and MBP as important variables in its determining. The findings suggest that measurement of PWV can be useful for the identification of vascular impairment in this age group.
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Qualidade do sono em portadores de doença arterial coronariana crônica / Sleep Quality in Patients with Chronic Coronary Artery Disease

Espinheira, Patrícia Farias Sá 20 September 2013 (has links)
Background: Sleep disorders have been considered risk factors for cardiovascular disease, including coronary artery disease (CAD). Therefore, poor sleep quality should be frequent complaint in patients with coronary disease. However, in patients with CAD, the prevalence of poor sleepers and factors associated were not properly investigated. Objectives: To evaluate the frequency and the factors associated with poor sleepers in patients with chronic CAD. Method: We used validated questionnaires to examine sleep quality (Pittsburgh Sleep Quality Index; PSQI), high risk of obstructive sleep apnea (Berlin Questionnaire; BQ), excessive sleepiness (Epworth Sleepiness Scale; ESS), angina-related health status (Seattle Angina Questionnaire; SAQ) and quality of life (Medical Outcomes Study 36-item Short Form; SF-36) in 257 volunteers with stable CAD, mean age 62.5 ± 10.5 years. We categorized and compared good and poor sleepers, according to PSQI global score. Subsequently, adjusted analysis was performed to investigate the factors associated with poor sleepers and demographics, clinical characteristics, risk for obstructive sleep apnea, excessive sleepiness, angina-related health status and quality of life. Results: The majority of CAD patients (75.1%) were poor sleepers. The adjusted analysis indicated that older patients (OR 1.05, 95% CI 1.02 to 1.09; p = 0.004), women gender (OR 3.09, 95% CI 1.48 to 6.45; p = 0.003), lower ejection fraction (OR 1.04, 95% CI 1.01 to 1.06; p = 0.015), lower physical limitation (OR 1.03, 95% CI 1.00 to 1.05; p = 0.020), lower angina stability (OR 1.02, 95% CI 1.00 to 1.04; p = 0.027), worse angina-related quality of life (OR 1.03, 95% CI 1.01 to 1.05; p = 0.002) and lower vitality (OR 1.02, 95% CI 1.00 to 01.03; p = 0.042) were associated with poor sleepers. Conclusion: Poor sleepers were highly frequency in chronic CAD patients. Patients with chronic CAD and poor sleepers present higher age, women gender, lower ejection fraction, higher physical limitation, lower angina stability, lower angina-related quality of life and lower vitality. / Introdução: Distúrbios do sono têm sido considerados fatores de risco para doença cardiovascular, inclusive para doença arterial coronariana (DAC). Portanto, qualidade do sono ruim deve ser queixa frequente em portadores de doença coronariana. Entretanto, em portadores de DAC, a prevalência de qualidade do sono ruim e os fatores associados não foram devidamente investigados. Objetivos: Avaliar a prevalência e investigar os fatores associados à qualidade do sono ruim em pacientes portadores de DAC crônica. Métodos: Foram utilizados questionários validados para examinar a qualidade do sono (Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh; PSQI), o alto risco para apneia obstrutiva do sono (Questionário de Berlim; QB), a sonolência excessiva (Escala de Sonolência de Epworth; ESE), o status funcional relacionado à angina (Questionário de Seattle sobre Crise de Angina; QSA) e a qualidade de vida relacionada à saúde (Questionário de Qualidade de Vida SF-36; SF-36), em 257 voluntários com DAC crônica, com idade média de 62,5 ± 10,5 anos. Os pacientes foram categorizados em dois grupos, boa qualidade do sono e qualidade do sono ruim, de acordo com a pontuação global do PSQI. Posteriormente, foi realizada a análise multivariada para investigar a associação entre qualidade do sono ruim e fatores demográficos, características clínicas gerais, risco para apneia obstrutiva do sono, sonolência excessiva, status funcional relacionado à angina e qualidade de vida relacionada à saúde. Resultados: A maioria dos pacientes com DAC crônica (75,1%) apresentaram qualidade do sono ruim. A Análise multivariada indicou que pacientes com idade avançada (OR 1.05, IC 95% 1.02 - 1.09; p = 0,004), gênero feminino (OR 3.09, IC 95% 1.48 - 6.45; p = 0,003), menor fração de ejeção (OR 1.04, IC 95% 1.01 - 1.06; p = 0,015), maior limitação física (OR 1.03, IC 95% 1.00 - 1.05; p = 0,020), menor estabilidade da angina (OR 1.02, IC 95% 1.00 - 1.04; p = 0,027), pior qualidade de vida relacionada à angina (OR 1.03, IC 95% 1.01 - 1.05; p = 0,002) e menor vitalidade (OR 1.02, IC 95% 1.00 - 1.03; p = 0,042), foram associados à qualidade do sono ruim. Conclusão: Qualidade do sono ruim foi altamente frequente em pacientes com DAC crônica. Pacientes portadores de DAC crônica e pior qualidade do sono apresentam maior probabilidade de serem mais idosos, do gênero feminino, apresentarem menor fração de ejeção, maior limitação funcional, menor estabilidade da angina, pior qualidade de vida relacionada à angina e menor vitalidade.

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