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Autonomia(s) no trabalho do enfermeiro na atenção básica. / Authonomy(ies) in the work of primary health care nurses.

Franciele Maia Marciano 22 February 2013 (has links)
Este estudo toma como objeto a autonomia nas práticas de enfermeiros que atuam na atenção básica em um município do interior de Minas Gerais. O referencial teórico metodológico é o processo de trabalho em saúde e tomamos autonomia como um dos elementos desse processo, uma tecnologia leve produzida nos encontros entre trabalhadores e usuários, trabalhadores e trabalhadores e, trabalhadores e gestores. Nosso objetivo foi o de identificar e analisar no processo de trabalho do enfermeiro de atenção básica, a produção de autonomia dos sujeitos envolvidos nas relações de produção em saúde. Com a abordagem qualitativa, realizamos observação participante do cotidiano de trabalho de dois enfermeiros, um de unidade básica de saúde e outro de unidade de saúde da família. Também realizamos doze entrevistas individuais com os enfermeiros de distintas equipes. Os dados foram submetidos a analise de conteúdo, vertente temática, sendo dispostos em dois temas: 1. Concepções de autonomia e 2. Limites e possibilidades para a produção de autonomia no trabalho em saúde. Como concepção predominante está a autonomia como algo centrado em si próprio, relacionada ao poder de fazer e decidir e como objeto que pode ser dado e recebido. Outra concepção é a da autonomia relacional na qual se entende a possibilidade do exercício da autonomia em um processo relacional com a equipe, usuários e gestores, mas de uma forma hierárquica em que a presença da autonomia de um anula ou enfraquece a do outro. Embora tenham sido observadas situações de exercício de autonomia, os sujeitos não as nomina como tal. Construímos a perspectiva da autonomia como exercício a ser considerado no plural; autonomias, que é sempre relacional, podendo conformar-se como autonomia horizontalizada. Nesse sentido a segunda categoria, dos limites e potencialidades, indica a tutela como um primeiro momento desse processo que deve ser superado. A falta de condições de trabalho, a sobrecarga e a relação com a gestão são consideradas como fatores limitantes da autonomia pelos sujeitos. Dialeticamente, são potencialidades para uma outra organização do trabalho e conformam tomadas de decisão e menor controle do trabalho do outro. Destacamos ainda um elemento importante do processo de trabalho que é a finalidade do mesmo. Essa parece não ser clara para os trabalhadores e relaciona-se com a resolução de problemas cotidianos e atendimento de necessidades de saúde segundo uma lógica biomédica. As possibilidades discutidas voltam-se para a cogestão e educação permanente em saúde. Concluímos que sem o vislumbre de um projeto de atenção que supere a lógica que está dada, fica a autonomia como ideal, sendo naturalizada a heteronomia. / This study takes as an object the Autonomy in the practices of nurses that act in primary health care in a municipality of the state of Minas Gerais. The theoretical methodological frame of reference is the work process in health and and we take autonomy as one of the elements of this process, a light technology produced between workers and users, workers and workers, and workers and managers. Our goal was to identify and analyze the work process of the primary health care nurse, producing autonomy of individuals involved in the relations of production in health care. With the qualitative approach, we conducted participant observation of daily work of two nurses, one from a basic health care unit and another from a family health care unit. We also conducted interviews with twelve nurses from different teams. The data were subjected to content analysis, thematic field, being arranged on two themes: 1. Conceptions of autonomy and 2. Limits and possibilities for the production of autonomy in health work. As prevalent conception is the one of autonomy as something self-centered, related to power to do and decide and as an object that can be given and received. Another conception is the one of relational autonomy in which the possibility of the exercise of autonomy in a relational process with staff, users and managers is understood, but in a hierarchical manner in which the presence of an autonomy weakens or cancels the other. Although there have been observed cases of exercise of autonomy, the subjects don\'t name them as such. We have built the prospect of autonomy as an exercise to be considered in the plural; autonomies, which is always relational, and may conform itself as horizontal autonomy. In this sense the second category, of limits and potentials, indicate the tutelage as a first step on this process that must be overcome. The lack of working conditions, overload and relationship with the management team are considered as limiting factors of the autonomy by the subjects. Dialectically, they are potential for another labor organization and shape decision-making and less control of the work of another. We also highlight an important element of the work process that is the purpose of it. This seems to be unclear for employees and relates to the resolution of everyday problems and health care needs according to biomedicine logics. The possibilities discussed turn to co-management and continuing health education. We conclude that without the glimpse of a care project that surpasses given logics, autonomy keeps an ideal, and heteronomy becomes natural.
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Trabalho e teoria social na saúde coletiva: uma análise da interpretação marxista sobre o trabalho em saúde / Work and social theory in collective health: an analysis of the Marxist interpretation on health work

Souza, Helton Saragor de 11 June 2019 (has links)
A presente tese refere-se à pesquisa teórica acerca das principais obras de autores da corrente de interpretação marxista clássica do trabalho e da teoria social em saúde. Nesse sentido, os elementos centrais dessa corrente são abordados com referência a bibliografia de autores dos contextos intelectuais, francês e italiano. Depreende-se da pesquisa que a incorporação de outros meios intelectuais possibilitou o desenvolvimento de uma teoria social em saúde original a partir de associações pluriparadigmáticas de teorias críticas de modernidade, na qual as contradições oriundas do domínio racional da natureza corpórea e seu meio na sociabilidade capitalista são elemento centrais do processo social de medicalização e mercantilização. A hipótese interpretativa desenvolvida aponta que duas principais teses da Escola de Frankfurt, a crítica ao progresso de Walter Benjamim e a crítica a racionalidade técnica instrumental de Adorno e Horkheimer, são basilares na elaboração da teoria social em saúde constituidora do campo interdisciplinar da saúde coletiva. Na perspectiva de balanço crítico da interpretação marxista, destacamos a transição analítica da prática médica à teoria do processo de trabalho em saúde com identificação de contribuições e limites para a apreensão do trabalho das ocupações em saúde no processo contemporâneo de complexificação do trabalho e da relação social em saúde. / The present thesis refers to the theoretical research about the main works of authors of the current of classic Marxist interpretation of work and social theory in health. In this sense, the central elements of this chain are approached with reference to the bibliography of authors from the intellectual contexts, French and Italian. It follows from the research that the incorporation of other intellectual means enabled the development of an original health social theory from pluriparadigmatic associations of critical theories of modernity, in which the contradictions stemming from the rational domain of corporeal nature and its environment in capitalist sociability are central elements of the social process of medicalization and commodification. The interpretative hypothesis developed suggests that two main theses of the Frankfurt School, the criticism of Walter Benjamim\'s progress and the critique of instrumental technical rationality of Adorno and Horkheimer, are fundamental in the elaboration of the social health theory that constitutes the interdisciplinary field of collective health. From the perspective of a critical balance of Marxist interpretation, we highlight the analytical transition from medical practice to the theory of the health work process with the identification of contributions and limits for the apprehension of the work of occupations in health in the contemporary process of work and social relationship in health.
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A abordagem da questão do trabalho no campo da Saúde Coletiva e no Sistema Único de Saúde: limites e desafios / The approach to the issue of work in the field of Collective Health and in the Brazilian Unified Health System: limits and challenges

Cunha, Francisco Mogadouro da 18 September 2019 (has links)
A partir do referencial teórico marxista e da centralidade do trabalho, estudamos como o campo da Saúde Coletiva e o Sistema Único de Saúde (SUS) vêm abordando a questão do trabalho. Partimos da hipótese de que o trabalho é fator central na determinação social da saúde, mas que a atuação estatal sobre essa questão é precária e insuficiente; ao mesmo tempo, entendemos que o campo da Saúde Coletiva vem se afastando do debate sobre o trabalho em uma perspectiva emancipatória. Realizamos revisão narrativa de 53 artigos publicados em três periódicos do campo, sendo 34 propriamente teóricos e 19 referentes a políticas públicas. Apresentamos o debate organizado por categorias, seguido de balanço crítico. Identificamos que é pouco abordada a relação entre o campo denominado Saúde do Trabalhador e o campo da Saúde Coletiva. Notamos a relativa ausência do debate sobre a determinação social da saúde, ao mesmo tempo que o termo determinantes sociais da saúde aparece com frequência. Constatamos que as obra de Marx e da Sociologia do Trabalho são relativamente pouco citadas, embora possam contribuir para a compreensão do trabalho em perspectiva emancipatória. Avaliamos que o debate sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador aparece nos artigos de forma descritiva, abordando pouco a precariedade e a insuficiência da atenção à saúde dos trabalhadores no SUS. O papel da Atenção Primária à Saúde é mencionado sem levar em conta que a população trabalhadora já é atendida por esses serviços, como se as questões de Saúde do Trabalhador constituíssem uma nova atribuição. Os desafios estruturais do SUS são abordados de forma fragmentada e superficial. A atuação desarticulada dos setores do Estado sobre a questão do trabalho é retratada, mas não se analisa as contradições de forma mais ampla. Consideramos que é necessário retomar a articulação entre a Reforma Sanitária Brasileira e a perspectiva revolucionária de superação do capitalismo, ao menos em termos teóricos. / Based on the Marxist theory and on the theoretical reference of the centrality of work, we study how the field of Collective Health and the Brazilian Unified Health System (UHS) have been approaching the issue of work. We start from the hypothesis that work is a central factor in the social determination of health, but that state action on this issue is precarious and insufficient. At the same time, we understand that the field of Collective Health has been moving away from the debate about work in an emancipatory perspective. We carried out a narrative review of 53 articles published in three journals of the field, 34 of which are theoretical and 19 are related to public policies. We present the debate organized by categories, followed by critical review. We identify that the relationship between the field called Occupational Health and the field of Collective Health is little discussed. We note the relative absence of the debate on the social determination of health, while the term social determinants of health appears frequently. We find that the work of Marx and the Sociology of Work are relatively little cited, although they may contribute to the understanding of work in an emancipatory perspective. We evaluate that the debate about the National Network of Integral Attention to Workers\' Health appears in the articles in a descriptive way, addressing little the precariousness and insufficiency of health care of workers in the UHS. The role of Primary Health Care is mentioned without taking into account that the working population is already served by these services, as if Workers\' Health issues constituted a new assignment. The structural challenges of UHS are addressed in a fragmented and superficial way. The disjointed performance of the state sectors on the issue of work is portrayed, but contradictions are not analyzed more broadly. We consider that it is necessary to resume the articulation between the Brazilian Sanitary Reform and the revolutionary perspective of overcoming capitalism, at least in theoretical terms.
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Das im-permanências do povo de rua à produção do comum: o Consultório na Rua como extituição / On the im-permanence of street people for the common production: street health care as an extitution

Silva, Mario Cesar da 29 April 2019 (has links)
Neste trabalho, problematizamos o desafio da implantação da Política Nacional para a Popu-lação em Situação de Rua (2009), por meio da análise da produção do cuidado a esta popula-ção pelos consultórios na rua vinculados à atenção básica no município de São Paulo. Esta política foi um avanço na consolidação de um dos princípios mais importantes do Sistema Único de Saúde (SUS) que é a universalidade do acesso aos serviços de saúde a toda popula-ção em território nacional. Ela é baseada nos princípios propostos pelo movimento da Refor-ma Sanitária Brasileira, em relação ao direito à saúde, inclusão desta população aos princípios da universalidade do acesso, integralidade da assistência e equidade. Além disto, esta política baseia-se na perspectiva da Redução de Danos como tecnologia de cuidado. O objetivo é car-tografar vetores que favorecem ou interferem nesta produção de cuidado pelos agentes de saúde no campo das políticas públicas intersetoriais e das políticas sobre substâncias psicoati-vas. / In this research we bring into perspective the challenge related to the implantation of the National Policy for People living in the streets, created in 2009. The main focus stands in the analysis of the production of care of this population by Street Consultation Offices which are part of the primary care attention in the city of São Paulo. This policy was a breakthrough in the consolidation of one of the most important principles of the Brazilian National Health System which is the universality of the access to health services by all the population in national territory. It is based on the principles proposed by the National Sanitary Reform which are university of the access, integrality of the assistance and equity. Mainly, it is based on the Harm Reduction perspective as a care technology. The purpose of this research is to cartograph vectors that improve or interfere in this production of care by health agents in the intersectoral public policies field and in the policies of psychoactive substances.
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A formação social dos transtornos do humor / The social formation of mood disorders

Almeida, Melissa Rodrigues de 02 March 2018 (has links)
Submitted by MELISSA RODRIGUES DE ALMEIDA null (melissa.r.almeida@gmail.com) on 2018-04-02T15:04:41Z No. of bitstreams: 1 A formação social dos transtornos do humor - Melissa Rodrigues de Almeida VERSÃO FINAL.pdf: 3103492 bytes, checksum: c10d02848c8dd0d6a91600675e710589 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Pizzani null (luciana@btu.unesp.br) on 2018-04-03T12:40:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 almeida_mr_dr_bot.pdf: 3103492 bytes, checksum: c10d02848c8dd0d6a91600675e710589 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-03T12:40:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 almeida_mr_dr_bot.pdf: 3103492 bytes, checksum: c10d02848c8dd0d6a91600675e710589 (MD5) Previous issue date: 2018-03-02 / O objetivo deste trabalho foi analisar os processos compreendidos na formação social dos transtornos do humor, com base no acúmulo teórico-prático de dois campos do conhecimento, a Saúde Coletiva e a Psicologia Histórico-Cultural, ambos fundamentados no materialismo histórico-dialético. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os transtornos do humor, com destaque para a depressão, estão entre as principais causas de incapacitação no mundo hoje. Não à toa a saúde mental vem ganhando cada vez mais destaque tanto nos estudos científicos como na demanda por políticas públicas que atendam às necessidades das pessoas em sofrimento psíquico. Entretanto, a produção de conhecimento e de práticas está hegemonizada por concepções biológicas, pautadas na lógica produtivista do capital. Esta pesquisa se soma aos esforços de análise do sofrimento psíquico expressos como depressão e bipolaridade em suas determinações mais profundas, tendo em vista que o processo saúde-doença consiste de uma expressão particular do processo geral da vida social. Para isso, foi realizada uma investigação teórica conjugada com pesquisa de campo, com observação participante, grupos focais e entrevistas com quinze pessoas diagnosticadas com depressão e bipolaridade, vinculadas a um serviço da rede pública de saúde. Com isso, buscou-se entender, por meio da dialética singular-particular-universal, a determinação social na constituição da depressão e da bipolaridade nas histórias de vida. A análise teve como ponto de partida a caracterização psiquiátrica da depressão e da bipolaridade, seguida de uma argumentação em favor da adoção do termo sofrimento psíquico. Fundada nos aportes da teoria da determinação social do processo saúde-doença, seguiu-se avaliando como os transtornos do humor sobressaíram no perfil epidemiológico como resultado dos modos de vida na atual fase de acumulação capitalista. Para entender as alterações na dinâmica da personalidade envolvidas na depressão e na bipolaridade, retomou-se as contribuições da Psicologia Histórico-Cultural sobre o desenvolvimento humano, a formação da personalidade e suas respectivas alterações patológicas. Por fim, com a articulação das trajetórias singulares de vida em um nível maior de generalização, sustentamos a tese segundo a qual a gênese da depressão e da bipolaridade está radicada nos processos críticos da vida social, como expressão das crescentes exigências psíquicas e resistência às constrições pelo capital, e se desenrola na forma de alterações na personalidade centradas na esfera afetivo-volitiva da atividade. / The aim of this paper was to analyze the processes comprised in the social formation of mood disorders, based on the theoretical and practical accumulation of two fields of knowledge, Collective Health and Historic-Cultural Psychology, both grounded in historical-dialectical materialism. According to the World Health Organization, mood disorders, especially depression, are today among the leading causes of disability worldwide. Not for nothing, mental health has been gaining increasing prominence both in scientific studies and in the claim for public policies suited for people in psychic suffering. However, biological conceptions, based on the productivist logic of capital, are hegemonic in the production of knowledge and practices. This research joins the efforts of analyzing psychic suffering expressed as depression and bipolar disorder in its deeper determinations, given that the health-illness process consists of a particular expression of the general process of social life. For this purpose, a theoretical investigation was conducted in conjunction with a field research, with participant observation, focus groups and interviews with fifteen people diagnosed with depression and bipolar disorder who benefited from a service from the public health system. Thus, we sought to understand, through the singular-particular-universal dialectic, the social determination in the constitution of depression and bipolar disorder in life stories. The analysis had its starting point in the psychiatric characterization of depression and bipolar disorder, followed by an argumentation in favor of adopting the term psychic suffering. Based on the contributions of the theory of social determination of the health-illness process, we continued by evaluating how mood disorders stood out in the epidemiological profile as a result of the lifestyles of the current phase of capitalist accumulation. To understand the changes in personality dynamics that are involved in depression and bipolar disorder, we retrieved the contributions of Historic-Cultural Psychology about human development, personality formation and its respective pathological alterations. Lastly, by articulating the singular trajectories of life in a greater level of generalization, we supported the thesis that the genesis of depression and bipolar disorder is rooted within critical processes of social life, as an expression of increasing psychic demands and resistance to the restrains of capital, unfolding in the form of personality changes centered on the affective-volitional sphere of activity.
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Acesso e efetividade à Atenção Primária à Saúde O IDSUS e a perspectiva dos gestores /

Bassetto, Jamile Gabriela Bronzato January 2018 (has links)
Orientador: Regina Stella Spagnuolo / Resumo: Introdução: O Sistema Único de Saúde visa garantir o acesso aos serviços de forma integral, igualitária e com qualidade, promovendo a melhoria de vida dos indivíduos e sua coletividade. O acesso pode ser definido como o ato de chegar, ou entrar ou ser acessível. Na saúde, envolve a capacidade de produzir serviços úteis, aliados ao planejamento e organização do sistema, abarcando aspectos geográficos, econômicos, funcionais e socioculturais. A efetividade é um instrumento que mensura o desempenho dos serviços de saúde, avaliando o cumprimento dos objetivos, metas e ações programáticas. Juntos, garantem a qualidade e a resolubilidade dos problemas da população por ações provindas de uma intervenção nos campos da saúde Objetivo: Conhecer o acesso e a efetividade da atenção primária à saúde na Região de Saúde do Pólo Cuesta – São Paulo por meio Índice do Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) e compará-los com a visão dos gestores municipais. Método: Estudo qualitativo e analítico, cujos dados foram coletados por meio eletrônico do IDSUS e por entrevistas semi-estruturadas aos gestores municipais de saúde do ano de 2016. Os discursos foram analisados na vertente representacional temática, tendo como referencial teórico a Política Nacional de Atenção Básica e o Manual Instrutivo do IDSUS. Resultados: Participaram nove gestores com idade média de 50 anos, sendo 77,78% do sexo feminino. A região de saúde apresentou quatro subdivisões em grupos homogêneos, sendo a maioria aloca... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: The Unified Health System aims to guarantee access to services in an integral, egalitarian and quality way, promoting the improvement of the life of individuals and their community. Access can be defined as the act of arriving, or entering, or being accessible. Health involves the ability to produce useful services, allied to the planning and organization of the system, encompassing geographic, economic, functional and socio-cultural aspects. Effectiveness is an instrument that measures the performance of health services, evaluating the fulfillment of the objectives, goals and programmatic actions. Together, both guarantee the quality and the resolution of the population's problems with actions in the health field. Objective: To know the access and effectiveness of primary health care in the Health Region of Cuesta - São Paulo by using the Performance Index of the Unified Health System (IDSUS) and compare them with the vision of municipal managers. Method: Qualitative and analytical study whose data were collected by electronic means from IDSUS and by semi-structured interviews with the municipal health managers of the year 2016. The discourses were analyzed in the thematic representational section having as theoretical reference the National Policy of Basic Attention (PNAB) and the IDSUS Instructional Manual. Results: Nine managers participated, with a mean age of 50 years, 77.78% were female. The health region had four subdivisions in homogeneous groups, being... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Práticas pedagógicas na saúde : o apoio matricial e a interconsulta integrando a saúde mental à saúde pública

Silveira, Elaine Rosner January 2011 (has links)
Esta Tese se desenvolve dentro da linha de pesquisa de Estudos Culturais em Educação, articulando-a com autores da área de Saúde Coletiva e da Psicanálise, e aborda as práticas da Interconsulta e do Apoio Matricial, propostas pela Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre e pelo Ministério da Saúde brasileiro, respectivamente, que sugerem encontros interdisciplinares nos quais os profissionais dos serviços especializados orientam os profissionais da rede básica, no caso desta pesquisa o foco se dá sobre a área de saúde mental. Abordo o papel que têm sido atribuído a essas práticas nas políticas de saúde contemporâneas para atuarem na descontrução da dissociação entre saúde mental e saúde, tomada em um sentido mais amplo, situação ainda encontrada corriqueiramente nas ações da saúde. Discuto como esta dissociação foi construída culturalmente, ao longo do tempo, com o surgimento da ciência, valendo-me de autores tais como Luz (1988) e Veiga-Neto (1996b), referindo, também, ser ela criticada em Documentos nacionais, organizados pelo Ministério da Saúde, e em documentos internacionais, organizados, por exemplo, pela Organização Mundial da Saúde. O estudo compreendeu duas etapas principais: a análise de documentos do Ministério da Saúde sobre o Apoio Matricial e da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre/RS sobre a Interconsulta; e a análise de entrevistas realizadas com doze profissionais de serviços da rede básica e de serviços de saúde mental pertencentes à Secretaria Municipal da Saúde. Abordei o Apoio Matricial e a Interconsulta como práticas pedagógicas que atuam no governamento (FOUCAULT, 1993) de novas formas de ver, dizer e julgar (LARROSA, 2002) a saúde mental e a saúde, e de (re) estruturá-las, bem como na produção de novas subjetivações para os profissionais da saúde, diferentes das subjetivações operadas a partir do modelo biomédico e científico dominantes. Ressalto que estas práticas objetivam a inclusão da saúde mental nos atendimentos realizados na saúde, bem como incentivam a interdisciplinaridade e a intersetorialidade, visando produzir formas mais coletivas e horizontais de organizar o trabalho, os fluxos entre os serviços e a gestão da saúde. Destaco como estas práticas se inserem num contexto de discursos na saúde que valorizam a Atenção Primária à Saúde, inclusive como parte do atendimento à saúde mental, a inclusão do doente mental na comunidade, e a idéia de um conceito ampliado de saúde que leva em conta não somente os determinantes biológicos, mas também os psíquicos e os sociais, que se relaciona ao discurso da integralidade, bastante presente nos documentos e práticas. Destaco, também, que essas práticas na saúde estão em consonância com a forma de organização social contemporânea, que tende a reconhecer a pluralidade e as divergências existentes no social e que propõe que se assumam decisões mais negociadas entre os pares, de forma democrática, em vez de impostas através de ações de uma autoridade vertical, anteriormente garantida pelo modelo patriarcal preponderante, tal como assinalou Lebrun (2009a), que também se efetivou na saúde no modelo biomédico, conforme apontou Capra (1982). / This Thesis develops within the research line of Cultural Studies in Education, articulating with authors from the area of Collective Health and Psychoanalysis, and addresses the practices of Interconsulta and Matrix Support, proposed by Municipal Secretary of Health of Porto Alegre and by the Ministry of Health, respectively, which suggest interdisciplinary meetings in which the professionals of the specialized services guide professionals of the Primary Health Care services, in the case this research the focus is on the area of mental health. I turn the role that have been allocated to these practices in the health politics to act in contemporary to dissolve dissociation between mental health and health, in a broader sense, situation that is still found currently in the actions of health. I discuss how this dissociation was built culturally, over time, with the emergence of science, using authors such as Luz (1988) and Veiga-Neto (1996b), referring, also, be it criticized in national documents, organised by the brazilian Ministry of Health, and in international documents, organised, for example, by World Health Organization. The study involved two main stages: the analysis of documents of the Ministry of Health on the Matrix Support and of the Municipal Department of Health of Porto Alegre/RS on Interconsulta; and analysis of interviews with 12 professionals involved in services of Primary Health Care and mental health services belonging to the Department of Health of Porto Alegre. I considered the Matrix Support and Interconsulta pedagogical practices as operating in governamment (FOUCAULT, 1993) and education of new forms of see, say and judge (LARROSA, 2002) the mental health and health, and (re)structure-them, as well as in the production of new subjectivation in the professionals that work at health services, different from biomedical model and scientific dominant in subjectivation. I emphacize that these practices aim at the inclusion of mental health in the attention carried out in health, as well as encourage interdisciplinarity and intersectoriality, producing more collective and horizontal ways to organise the work, flows between the services and management of health. I detach how these practices are part of a context of speeches in health that value the Primary Health Care, including as part of mental health care, the inclusion of the mentally ill in the community, and the idea of a concept accrued to health which takes into account not only biological determinants, but also the psychological and social, that relates to the speech regarding the integrality, very present in the documents and practices. These practices in health also come into line with the form of contemporary social organization, that tends to recognize the plurality and the differences in the social field and proposes decisions more negotiated between pairs, democratic, instead of just imposed by a vertical authority previously guaranteed by the patricarcal model preponderant, as notes Lebrun (2009a), that also enforced in health on the biomedical model, as pointed out Capra (1982).
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Brutas cidades sutis : espaço-tempo da diferença na contemporaneidade

Costa, Luis Artur January 2007 (has links)
Este trabalho é constituído por quatro ensaios que se encadeiam de forma lógica constituindo uma linha argumentativa a qual busca problematizar o conceito de contemporaneidade e suas relações para com a diferença. Ao pensar tal relação pretende-se apresentar uma cartografia de algumas rupturas estratégicas das práticas para com o desviante (principalmente “o louco”), a qual finda por visibilizar a rede de sutis microcapturas que constituem as operações da máquina capitalística contemporânea. Pretende-se assim, a partir da questão do espaço, da diferença e dos hábitos, apresentar uma minuciosa carta dos arranjos de forças que constroem isso que alguns denominam Sociedade de Controle, em oposição à Sociedade Disciplinar que deu origem aos espaços asilares. A linha de argumentação inicia por uma definição da estilística temporal do contemporâneo e da sua relação com a pesquisa em ciências humanas, conceituando e justificando a escolha do método genealógico, logo após se define o conceito de coro cartógrafo, diferenciando-o de outras perspectivas epistêmicas. O terceiro ensaio apresenta uma genealogia das relações entre a cidade de Porto Alegre e a loucura, desde a fundação do núcleo urbano até nossos dias, tal construção serve para complexificar as reflexões sobre o atual momento da reforma psiquiátrica. Por fim, no quarto ensaio, parte-se das questões apresentadas pela genealogia para uma problematização e definição da sociedade de controle e suas micro capturas domésticas, utilizando o acontecimento da reforma psiquiátrica para visibilizar certas práticas cotidianas. / This work is made by four essays linked forming on argumentative logical line that searches to problem contemporany concept and its relations whit difference. By thinking this relation it is tried to present one cartography of some strategical ruptures from the practices with the divergent, making the madman, that finishes by making visible subtle microcapture nets that constitute the contemporany capitalism machine operations. It is the intention them, from the space questions, the difference and the habits, present one detailed letter of the force arrangements that construct this, that some denominate Control Society, in in opposition to the Disciplinarization Society that gave origin to the asylum spaces.
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Formação de sanitaristas : cartografias de uma pedagogia da educação em saúde coletiva

Armani, Teresa Borgert January 2006 (has links)
A tese estabelece uma cartografia da formação em saúde pública, explorando uma pedagogia da Educação em Saúde Coletiva como potência de composição de cenários de ensino e aprendizagem da formação de sanitaristas. A cartografia abarca 26 Cursos de Especialização em Saúde Pública, realizados pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, no período de 1975 a 2004, o que também configura os 30 anos de educação em saúde coletiva no estado do Rio Grande do Sul. É um estudo mobilizado pelas inquietudes de um fazer educacional e pela construção de uma política pública de formação na perspectiva de uma agenda pública do setor da saúde. Trata-se de um exercício de pensamento sobre esta formação de sanitaristas e sobre a Educação em Saúde Coletiva, explorando os contornos e potencialidades dessa experiência no contexto da Reforma Sanitária brasileira. A formação dos sanitaristas surge na produção de subjetividade e na problematização de conhecimentos, orientados para o Sistema Único de Saúde (ou para a Saúde Coletiva) – uma escolha ético-estético-política do processo de formação. A cidadania e a alteridade surgem como os fios tecedores e reconciliadores da saúde pública com a atenção à saúde. Um processo educativo que descobre a integralidade. É ético: modificação de si, trabalho de sentidos e orientação pelo e para o conhecimento que dignifique a vida individual e coletiva em sociedade. É estético: escultura de tempo, configuração de cenários de aprendizagem e configuração das exposições ao aprender. É político: escolhas de mundo, construção de relações, aposta em modos de vida, em modos de ensino-aprendizagem e em modos de avaliação. Considera a educação como atividade finalística do Sistema Único de Saúde, com proposta de novos perfis ocupacionais e profissionais dos trabalhadores e das equipes de saúde com uma prática de escuta sensível às necessidades de saúde da população, como expressão de subjetividade sanitarista. A tese está alicerçada em uma trama de vozes de autores (incluindo literatura, filmes e poesia) e de dados agrupados em diferentes bases: das políticas de saúde, dos acontecimentos no cenário nacional e estadual; do controle social por meio das Conferências de Saúde; do projeto político-pedagógico; da estrutura docente (dirigentes, coordenadores e professores); das monografias de conclusão de curso e o inventário de 26 CSP de um período de 30 anos, além de vozes de informantes qualificados na complementação de dados. Explora história, potências ou micropotências e ruídos em 26 cursos de formação de sanitaristas, um acúmulo de 1.905 candidatos inscritos, 882 alunos matriculados, 788 sanitaristas generalistas certificados e 191 monografias. Abre possibilidades para a compreensão da formação de sanitaristas como um projeto de profissionalização, como um processo educativo na transversalidade das políticas públicas que têm em vista o sistema de saúde nacional, permitindo um campo de dinâmicas e de possibilidades inéditas, estimulando a construção de territórios sempre outros. Uma educação que pode ser obra transformadora e operadora de cruzamentos criativos e inventivos na constituição de indivíduos e instituições por meio de coletivos organizados para a produção da saúde. Explora uma formação de sanitaristas, não como prescrição de um perfil ou identidade por competências, mas a exploração das suas convocações ao pensar saúde e suas operações de subjetivação, para constituir um trabalhador dedicado a coordenar, avaliar e participar do ordenamento de ações, serviços e sistemas de saúde orientados pela defesa da vida em tudo que esta contempla de afirmativo do viver intensamente e com o máximo de direito à saúde. / The thesis establishes a cartography of public health exploring a pedagogy of Education in Collective Health as the composition power of the scenery of sanitarians’ teaching and learning formation. The cartography includes twenty six Specialization Courses in Public Health, carried out by the Rio Grande do Sul State Public Health School from 1975 to 2004, which also represents the 30 years of education in collective health in Rio Grande do Sul state. It is a study marked by the anxieties of “doing” education and by the construction of a public health within the perspective of a public agenda of the health. It is a thinking exercise on the sanitarians’ formation and Education in Collective Health exploring the contours and potentialities of this experience within the Brazilian Sanitary Reform. The sanitarians’ formation arises with the subjectivity production and knowledge problematization, aiming at the Sistema Único de Saúde (Brazilian Health System) (or Collective Health) – a political, aesthetical and ethical choice of the formation process. Citizenship and alterity arise as the spinning and reconciling threads of public health aiming at the health care. An educative process finding out the integrality. It is ethic: modification in itself, work of senses and orientation by and for the knowledge dignifying the individual and collective life within the society. It is aesthetic: time sculpture, configuration of learning sceneries and configuration of the expositions to learning. It is political: world choices, relationship construction, bets on ways of life, teaching and learning and evaluation modalities. It considers education as a finalistic activity of the Sistema Único de Saúde, with proposals of new occupational and professional profiles of health workers and teams, sensitive to the health needs of the population as an expression of sanitary subjectivity. The thesis is base on the authors voices plot (including literature, movies, and poetry) and data divided into different bases: health policies, national and state happenings; social control through Health Conferences; political and pedagogical Project; teaching body structure (directors, coordinators and teachers) the conclusion Works and the 30-year inventory of 26 CSPs as well as the voices of informers with qualification for data completion. It explores the history, power and micropower and noises within the 26 sanitary courses, 1.905 enrolled candidates, 882 registered students, 788 certified generalist sanitarians and 191 monographies. It opens possibilities to understand the sanitarian formation as a profissionalization process, an educational process within the public policies transversality aiming at the national health system, allowing a field of dynamics and original possibilities, stimulating the construction of other territories. An education which can be work which changes and operates creative and inventive crossings in the individual and institutional constitution through collective organized for the health production. It explores the sanitarian formation, not as profile prescription or competences identity but the exploration of its invitations for health thinking and its subjectivation operations for the constitution of a worker devoted to the coordination, evaluation and participation in the arrangement of health actions, services and systems oriented for life defense of every affirmative aspects of living intensively and with the maximum right to health.
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Errâncias de usuários de saúde mental : quando o cuidado se tece nas itinerâncias

Protazio, Mairla Machado January 2015 (has links)
Esta dissertação destina-se a problematizar a produção de cuidado no sistema único de saúde brasileiro, investigando como as itinerâncias de usuários de saúde mental e suas errâncias nos seus territórios de vida podem constituir uma rede de cuidados, a fim de identificar quais saberes produtores de saúde são legitimados nessas trajetórias. Lançando mão de modos de fazer uma clínica itinerante, descortina-se uma perspectiva de cuidado territorializado, relacionada aos percursos que os usuários traçam e às suas errâncias, ao modo de estar e ocupar este território, aos afetos e encontros que nele e com ele se estabelecem. A cartografia foi utilizada como método neste estudo que se caracteriza como uma pesquisa-intervenção: contrariando tradicionais percursos investigativos em que as metas são pré-definidas, na cartografia é o próprio processo da pesquisa que vai delineando seus rumos e desdobramentos no campo. O estudo se concentrou na interface Saúde Mental – Atenção Básica, incluindo-se em uma pesquisa maior que investigou as práticas e ações de cuidado em saúde mental na atenção básica na região Macrometropolitana do Rio Grande Sul. Além deste cenário de práticas exercidas nos seis municípios incluídos na região da pesquisa maior, compuseram o campo desta pesquisa de mestrado outras cenas relacionadas ao cuidado que se tece em rede no SUS, registradas em diários de campo realizados entre 2011 e 2014, período em que a pesquisadora atuou como Agente Redutora de Danos em outro município do nordeste do país. As narrativas colocam em análise um modo de cuidar que a desinstitucionalização inaugura: um cuidado territorializado que promove autonomia E protagonismo e busca uma “grande saúde”, no sentido trágico do termo, definido a partir da filosofia de Nietzsche. Com isto, problematiza-se certa produção de cuidado em rede que esteja para além de uma rede de cuidado instituída e provoca-se o olhar para aquilo que está, muitas vezes, invisível no cotidiano dos serviços de saúde. Entre os resultados desta pesquisa, identificou-se que a articulação mais estreita a ser costurada entre a saúde mental e a atenção básica pôde-se apresentar como uma potente alternativa para favorecer um cuidado em rede que envolva todos os atores da saúde de um território. Dessa forma, pode-se romper com uma lógica de cuidado centrada na doença para um cuidado que amplie a vida e desnaturalize os modos de subjetivação regulamentados, característicos da biopolítica. A aposta indicada ao final desta pesquisa é de que, ao trazer para as equipes da atenção básica um debate antes restrito ao campo da Reforma Psiquiátrica, experimentam-se novas perspectivas de cuidar das singularidades, amplia-se a concepção de clínica e inventam-se novas saúdes. / This master's dissertation is dedicated to problematize care production in the brazilian unified healthcare system (SUS), investigating how mental health user's roaming and wandering through life's territories can constitute a caring network in order to identify which health producing knowledges are legitimated in these trajectories. Resorting to ways of making a roaming clinic unveils a perspective of territorialized care related to the routes that the users set and their wanderings, to the way of being in and occupying this territory, to the affections and encounters that are stablished in it and with it. Cartography was used as a method in this study that is characterized as an intervencional research: counteracting tradicional investigative routes in which the goals are pre-stablished, in cartography, it's the research process itself that outlines it courses and field unfoldings. The study focused at the Mental Health/Basic Care interface, being part of a broader research that investigated about the mental health practices and actions of care in basic care at the macrometropolitan region of Rio Grande do Sul. Besides this scenario of exerted practices at the six municipalties included in the broader research region, part of this research field is composed of other scenes related to the care that are woven in a network in SUS, registered in field diaries between 2011 and 2014, period in which the researcher worked as a harm-reduction agent in another municipalty of the country's northeastern region. The narratives put in analysis a way of taking care that started with the disinstitutionalization: a territorialized care that promotes autonomy, protagonization and seeks for a “great health”, in the tragic sense of the word defined by Nietzsche's philosophy. With that, is problematized a certain networked care production that is beyond an established care network and arouses the viewing to that which is, most of the time, invisible in healthcare services everyday’s life. Among the outcomes of this research it was identified that the narrower articulation between mental health and basic care to be done was able to present itself as a powerful alternative to favor a networked care that implicates all health actors of a territory. This way, it is possible to break with an illness-centered way of conceiving care, in the direction of a care conception that magnifies life and denaturalizes the regulated modes of subjectivation typical of biopolitics. The bet that this research indicates at its ending is that, by bringing a debate to the basic care work groups, formerly restricted to the field of Psychiatric Reform, new perspectives on how to take care of singularities are experimented, the conception of clinic is enlarged and new health modes are invented.

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