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Avaliação da estabilidade da cirurgia de avanço mandibular através da superposição de modelos tridimensionais / Three-dimensional assessment of mandibular advancement 1 year after surgeryFelipe de Assis Ribeiro Carvalho 12 August 2009 (has links)
Embora a cirurgia de avanço mandibular seja considerada um procedimento altamente estável, existem algumas preocupações clínicas em relação a mudanças nos côndilos e nos segmentos proximais, que podem levar a recidiva sagital e abertura de mordida. A avaliação dos resultados da cirurgia através de ferramentas de geração e superposição de modelos virtuais tridimensionais (3D) permite a identificação e quantificação dos deslocamentos e remodelação óssea que podem ajudar a explicar as interações entre os componentes dentários, esqueléticos e de tecido mole que estão relacionados a resposta ao tratamento. Este estudo observacional prospectivo avaliou, através de tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), mudanças na posição/remodelação 3D dos ramos mandibulares, côndilos e mento. Assim, exames CBCT de 27 pacientes foram adquiridos antes da cirurgia (T1), imediatamente após a cirurgia(T2), e 1 ano após a cirurgia(T3). Uma técnica automática de superposição na base do crânio foi utilizada para permitir a avaliação das mudanças ocorridas nas regiões anatômicas de interesse (RAI). Os deslocamentos foram visualizados e quantificados em mapas coloridos 3D através da ferramenta de linha de contorno (ISOLINE). Pelo teste t pareado compararam-se as mudanças entre T1-T2 e T2-T3. O coeficiente de correlação de Pearson verificou se os deslocamentos ocorridos nas RAI foram correlacionados entre si e entre os tempos de avaliação. O nível de significância foi determinado em 0,05. O avanço mandibular médio foi de 6,813,2mm em T2 e 6,363,41mm em T3 (p=0,13). Entre T2 e T3, a posição do mento variou positivamente (≥2mm) em 5 pacientes negativamente em 7. 12% dos pacientes sofreram recidivas ≥4mm. Para todas as outras RAI avaliadas, apenas a porção inferior dos ramos (lado direito - 2,342,35mm e lado esquerdo 2,972,71mm) sofreram deslocamentos médios >2mm com a cirurgia. No acompanhamento em longo prazo, esse deslocamento lateral da porção inferior dos ramos foi mantido (lado direito - 2,102,15mm, p=0,26; e lado esquerdo -2,762,80, p=0,46), bem como todos os outros deslocamentos observados (p>0,05). As mudanças na posição do mento foram correlacionadas a adaptações pós-cirúrgicas nos bordos posteriores dos ramos (esquerdo r=-0,73 e direito r=-0,68) e côndilos (esquerdo r=-0,53 e direito r=-0,46). Os deslocamentos médios sofridos pelas estruturas do lado esquerdo foram suavemente maiores do que no direito. Correlações dos deslocamentos ocorridos entre T1-T2 e T2-T3 mostraram que: os deslocamentos dos côndilos esquerdos com a cirurgia foram negativamente correlacionados às adaptações pós-cirúrgicas destes (r=-0,51); e que o deslocamento da porção superior do ramo esquerdo com a cirurgia foi correlacionado à adaptação pós-cirúrgica ocorrida nos bordos posteriores (r=0,39) e côndilos do mesmo lado (r=0,39). Pode-se concluir que: (1) os deslocamentos causados pela cirurgia foram de modo geral estáveis no acompanhamento de 1 ano, mas identificou-se uma considerável variação individual; (2) as mudanças pós-cirúrgicas na posição do mento foram correlacionadas a adaptações sofridas pelos côndilos e bordos posteriores dos ramos; e que (3) deslocamentos suavemente maiores causados pela cirurgia nas estruturas do lado esquerdo levaram a maiores adaptações pós-cirúrgicas no segmento proximal deste lado. / Although mandibular advancement surgery is considered a highly stable procedure, some clinical concerns have been raised regarding condylar and proximal segment changes that may lead to sagittal relapse and anterior bite opening. Assessment of surgical treatment outcomes using three-dimensional (3D) virtual models and superimposition tools allow the identification and quantification of bone displacement and remodeling that can help explain the interactions between the dental, skeletal and soft tissue components that underpin the response to treatment. This prospective observational study evaluated changes in the 3D position and remodeling of the mandibular rami, condyles and chin at splint-removal and 1 year after mandibular advancement surgery. For that, pre-surgery(T1), splint-removal(T2), and one year post-surgery(T3) cone-beam computed tomography (CBCT) scans of 27 subjects were used. An automatic technique of cranial base superimposition was used to assess changes in the anatomic regions of interest (ROI). Displacements were visually displayed and quantified in three-dimensional color maps by means of a contour line tool (ISOLINE). A paired t-test was used to compare changes between T1-T2 and T2-T3. Pearson correlation coefficients were used to check if displacements at the ROI were correlated within each other and along the evaluated times . The level of significance was set at 0.05. The mean mandibular advancement was 6.813.2mm at T2 and 6.363.41mm at T3 (p =0.13). Between T2 and T3, the chin position was further forward 2mm or more for 5 subjects and relapsed backwards ≥2mm for 7 subjects. 12% of patients showed relapses ≥4mm. For all other evaluated ROI, only the inferior rami (right 2.342.35mm and left 2.972.71mm) had mean displacements >2mm with surgery. In the long-term follow-up, those inferior rami lateral displacements were maintained (right 2.102.15mm, p=0.26 and left 2.762.80,p=0.46), as well as all other observed displacements (p>0.05). Post-surgical movement in the position of the chin was significantly correlated to changes in the posterior borders (left r=-0.73 and right r=-0.68) and condyles (left r=-0.53 and right r=-0.46). Mean displacements of the structures at the left side were slightly greater when comparing to the right side. Correlations of T1-T2 with T2-T3 displacements showed that the displacement of the left condyles with surgery were negatively correlated to its post-surgical adaptations (r=-0.51); and that superior portion of the left ramus surgery displacement was correlated to the post-surgical adaptation at the ramus posterior border (r=0.39) and condyle at the same side (r=0.39). It can be concluded that: (1) surgery changes were generally stable in one year follow up, but with a considerable individual variability; (2) post-surgical changes at the chin position are correlated to adaptations at condyles and rami posterior borders; and that (3) slightly greater displacements with surgery at the left side lead to greater post-surgical adaptations in the proximal segment at this side.
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Estimativa do tempo de reparo ósseo em dentes com lesão periapical tratados endodonticamente utilizando modelagem matemática / Estimation of bone repair time in teeth with periapical lesion treated endodontically using mathematical modelingUngaro, Daniela Maria de Toledo [UNESP] 15 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-15 / Os objetivos deste estudo foram avaliar, com a ajuda de um modelo matemático, o tempo estimado para ocorrer reparo ósseo em dentes com lesão periapical tratados endodonticamente e comparar o volume da lesão periapical (em mm3) após a utilização de dois tipos de medicação intracanal. Para isso, foram selecionados 34 dentes unirradiculares com lesão periapical de pacientes da Disciplina de Endodontia do ICT/SJC-UNESP que necessitavam de tratamento endodôntico. Após a seleção dos dentes, foram obtidas radiografias periapicais (RP) e tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) antes de iniciar o tratamento endodôntico (T0). Os dentes foram divididos em dois grupos de acordo com a medicação intracanal utilizada (n=17): G1 – Hidróxido de cálcio associado à Clorexidina Gel 2% e G2 – Ultracal XS®. Foram obtidas novas radiografias periapicais e tomografias (TCFC) após o término do tratamento endodôntico (T1), sendo outras após 3 meses (T2) e também após 6 meses (T3). Os arquivos das tomografias foram exportados no formato DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) para avaliar a volumetria das lesões pré e pós tratamento (em voxel/mm3) pelo processo de segmentação semiautomático em todos os períodos de tempo pré-estabelecidos (T0, T1, T2 e T3), por meio do software de livre acesso ITK-SNAP1.4.1 (University of North Carolina, Chapel Hill, NC, USA). Após a análise da volumetria das lesões periapicais em todos os períodos de tempo, os dados obtidos foram utilizados para construir um modelo matemático que foi empregado para estimar o tempo de reparo ósseo das lesões. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelo Teste t - Student de amostras independentes (p<0,05). Houve diminuição do volume da lesão periapical nos casos tratados endodonticamente e a medicação intracanal utilizada, seja Hidróxido de cálcio + Clorexidina gel 2% ou Ultracal®, não apresentou diferença significativa no tempo de reparo ósseo nem no volume da lesão periapical nos períodos pré-determinados. Não houve diferença na estimativa de tempo de reparo ósseo entre os grupos avaliados, sendo, em média, 249 dias para o G1 e 245 dias para o G2. A utilização de um modelo matemático para estimativa de reparo ósseo pode ser uma alternativa viável na previsão do tempo de reparo dos casos tratados endodonticamente. / The objectives of this study were to evaluate the estimated time for bone repair in teeth with periapical lesions treated endodontically and to compare the volume of the periapical lesion (in mm3) with the help of a mathematical model after the use of two types of intracanal medication. For this, 34 single rooted teeth with periapical lesion were selected from patients of the Endodontic Discipline of the ICT/SJC-UNESP who needed endodontic treatment. After the teeth were selected, periapical radiography (RP) and cone-beam computed tomography (CBCT) were obtained before starting the endodontic treatment. The teeth were divided into two groups according to the intracanal medications used (n=17): G1 - Calcium hydroxide associated with 2% chlorhexidine gel and G2 – Ultracal XS®. New periapical radiographs and tomographys (CBCT) were obtained after endodontic treatment (T1), others after 3 months (T2) and after 6 months (T3). The files of CBCT were exported in DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) format to evaluate the volumetry of pre and post-treatment lesions (voxel/mm3) by the semi-automatic segmentation process at all the pre-established time periods (T0, T1, T2, T3) through the free access software ITK SNAP-1.4.1 (University of North Carolina, Chapel Hill, NC, USA). After the analysis of the periapical lesion volume in all time periods, the data were used to construct a mathematical model that was used to estimate the bone repair time of the lesion. The data obtained were statistically analyzed by Student's t - test of independent samples (p <0.05). ). There was a decrease in the volume of the periapical lesion in endodontically treated cases and the intracanal medication used, whether calcium hydroxide + chlorhexidine gel 2% or Ultracal®, did not present a significant difference in bone repair time nor in the periapical lesion volume in the predetermined periods. There was no difference in the estimated bone repair time between the groups evaluated, being, on average, 249 days for G1 and 245 days for G2. The use of a mathematical model for estimation of bone repair may be a viable alternative in predicting the repair time of endodontically treated cases.
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Anquilose dentária: desafios no diagnóstico utilizando exame de tomografia computadorizada de feixe cônico / Diagnosis of dental ankylosis: challenges using cone beam computed tomographyRege, Inara Carneiro Costa 09 April 2018 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2018-06-21T12:03:10Z
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Previous issue date: 2018-04-09 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Dental ankylosis is the fusion of dental tissue (dentin and cementum) to alveolar bone
without the presence of the periodontal ligament (PDL), which can progress to
replacement resorption. Cone-beam computed tomography (CBCT) has been
prescribed for the evaluation of unerupted teeth, and ankylosis is an important
characteristic to be observed in the analysis of these teeth. The objective of this
research was to establish diagnostic criteria, using pixel intensity in CBCT and
associate with clinical and demographic factors. The pixel intensity value was
performed by two analyzes. The first (analyze 1) evaluated the mean pixel intensity in
different regions of the dento-alveolar complex in normal and ankylosis areas. The
second (analyze 2) was observed the variation of pixel intensity values in two normal
areas and one of ankylosis. Data were analyzed statistically by means of absolute and
relative frequency measurements; odds ratio, Chi-square. The t-test was used to
compare the means of pixel intensity. One hundred and fifty-seven CBCT exams of
individuals with unerupeted or partially erupted teeth with suspected ankylosis were
evaluated, totaling 206 teeth. Fifty-seven teeth (27.6%) had a presumptive diagnosis
of ankylosis and were evaluated using pixel intensity value. In analysis 1, it was
observed that the values of alveolar bone in the normal and ankylosis areas,
practically have the same variability of pixel intensity value (t-test = 0.07). When
comparing the density of normal PDL with the ankylosis area, a higher density is
observed (t-test p <0.001). When compared to the alveolar bone interface with PDL
and alveolar bone with ankylosis area, it is observed that the intensity of the pixels in
the ankylosis region is greater than in the normal area (t-test p <0.001). In analysis 2, it
was observed that there was a marked reduction of pixel intensity value in the PDL
area, which did not occur in the ankylosis areas. Considering the clinical and
demographic factors, the occurrence in individuals over 20 years old was 72.5%, and
less or equal to 20 years was 27.5% (odds ratio 1.8 95% CI 0.87-3.73), and 77.2% (n
= 44) were in the upper arch. The mesioangular inclination was observed in 49.1% (n
= 28), and the association between impaction and dental ankylosis was not observed
(p = 0.44 Chi-square). The cervical and middle thirds of root were the most affected,
38.6% and 35.1%, respectively. It was possible to observe ankylosis in 22 teeth
(38.6%) in three multiplanar reconstructions. In summary, the results suggest that the
CBCT examination allows the diagnosis of ankylosis and the analysis of the pixel
intensity values and their variability are an important digital tool for the interpretation
and diagnosis process. / Anquilose dentária constitui uma desordem, em que ocorre a fusão total ou parcial
do cemento ou dentina ao osso alveolar, pela ausência do ligamento periodontal
(LPD), podendo evoluir para a reabsorção por substituição. O exame de tomografia
computadorizada por feixe cônico (TCFC) tem sido prescrito para a avaliação de
dentes não irrompidos, sendo a anquilose uma característica importante a ser
observada na análise desses dentes. O objetivo desta pesquisa foi estabelecer
critérios de diagnóstico, utilizando intensidade de pixel em TCFC e associar com
fatores clínicos e demográficos. A análise de intensidade de pixel foi realizada por
meio de duas análises. A primeira (análise 1) avaliou a média de intensidade de
pixel em diferentes regiões do complexo dento-alveolar em áreas normais e de
anquilose. A segunda (análise 2) observou a variação dos valores de intensidade de
pixel em duas áreas normais e uma de anquilose. Os dados foram analisados
estatisticamente por meio de medidas de análise de frequência absoluta e relativa;
odds ratio, Qui-quadrado. O teste-t foi utilizado para comparação das médias de
intensidade de pixel. Cento e cinquenta e sete exames TCFC de indivíduos com
dentes não irrompidos ou parcialmente irrompidos e com suspeita de anquilose,
foram avaliados, totalizando 206 dentes. Cinquenta e sete dentes (27,6%) possuíam
diagnóstico presuntivo de anquilose, e foram avaliados por meio da intensidade de
pixel. Na análise 1, observou-se que os valores de osso alveolar na área normal e
de anquilose, possuem praticamente a mesma variabilidade de intensidade de cinza
(Teste-t p=0,07). Quando comparado a densidade do LPD normal com a área de
anquilose, observa-se uma maior densidade (Teste-t p<0,001). Quando comparado
a interface osso alveolar com LPD e osso alveolar com área de anquilose, observase
que a intensidade dos pixels na região da anquilose é maior do que da área
normal (Teste-t p<0,001). Na análise 2, observou-se que havia uma redução
acentuada da intensidade de pixel na área do LPD, o que não ocorreu nas áreas de
anquilose. Considerando os fatores clínicos e demográficos, a ocorrência em
pacientes acima de 20 anos foi de 72,5%, e menor ou igual a 20 anos foi de 27,5%
(Odds ratio 1,8 IC95% 0,87-3,73), sendo que 77,2% (n=44) foi localizada na arcada
superior. A inclinação mesioangular foi observada em 49,1% (n=28), e não foi
constatada a associação entre impacção e anquilose dentária (p=0,44 Quiquadrado).
Os terços cervical e médio radiculares foram os mais acometidos, 38,6%
e 35,1%, respectivamente. Foi possível observar anquilose em 22 dentes (38,6%),
em três reconstruções multiplanares. Em síntese, os resultados sugerem que o
exame de TCFC permite o diagnóstico de anquilose e a análise dos valores de pixel
e sua variabilidade, constituem uma ferramenta auxiliar importante para o processo
de interpretação e diagnóstico.
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Desenvolvimento de um modelo experimental de crioablação vertebral em suínos guiada por tomografia computadorizada de feixe cônico / Development of an experimental model of cone beam computed tomography guided vertebral cryoablation in swineRicardo Miguel Costa de Freitas 29 October 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A criocirurgia (crioablação) percutânea em tecidos ósseos próximos da medula espinhal e sistema nervoso periférico tem sido feita na prática clínica, porém sem estudos experimentais que provem sua segurança e eficácia. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um modelo experimental suíno in vivo de crioablação vertebral guiada por tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Um estudo preliminar de morfometria da coluna vertebral suína por imagens de TCFC foi realizado. Um protocolo específico de crioablação foi criado para adaptar a bola de gelo às dimensões da vértebra suína e testado em modelos in vitro, ex vivo e in vivo. MÉTODOS: O comitê institucional de cuidados com os animais aprovou este estudo. Dezesseis parâmetros anatômicos foram medidos em 36 vértebras lombares suínas e comparados às medidas aferidas nas imagens de TCFC e TC multidetectores (TCMD). Três simuladores in vitro / ex vivo foram desenvolvidos para o posicionamento de sensores de temperatura (termopares) em volta de uma sonda de congelamento. As isotermas foram obtidas durante um protocolo duplo de congelamento-descongelamento de 2-8 minutos. Vinte e duas crioablações vertebrais guiadas por TCFC foram realizadas em oito suínos, mediante termometria e dissecção por dióxido de carbono (CO2) no espaço epidural a fim de proteger os nervos. O seguimento clínico foi realizado até seis dias antes da eutanásia. Os dados clínicos e radiológicos foram correlacionados com o estudo histopatológico à microscopia de luz (n=20) ou eletrônica de transmissão (n=2). RESULTADOS: Na avaliação anatômica da coluna lombar suína a TCFC se mostrou um método de imagem comparável à TCMD e ao estudo anatômico, com correlação significativa (p < 0,05) em todas as variáveis, exceto aquelas que incluiu o tecido cartilaginoso dos planaltos vertebrais. As isotermas registradas foram mais frias no modelo ex vivo imerso em gel (-34 °C e -2 °C; -30 °C e 3 °C; -10 °C e 13 °C, respectivamente), do que nos modelos in vitro (-23 °C e 3 °C; -7 °C e 10 °C; 1 °C e 16 °C) ou ex vivo sem gel (-30 °C e 28 °C). No estudo in vivo, a demonstração das sondas de congelamento no corpo vertebral e do CO2 epidural pelas imagens de TCFC foi bem sucedida em todos os procedimentos. A taxa de complicação maior foi de 4,5%. A distância entre a sonda de congelamento e o canal vertebral (Cp-Sc) foi o parâmetro mais eficiente para categorizar as temperaturas do canal vertebral inferiores a 19 °C à análise do modelo de regressão logística (p < 0,004). Nenhum infiltrado inflamatório perineural foi identificado à microscopia de luz. O suíno cujas vertebras foram submetidas a análise ultraestrutural não apresentou déficit neurológico, embora tenha sido evidenciada a ruptura da bainha de mielina em algumas fibras neurais maiores. CONCLUSÕES: A TCFC foi validada como método de imagens para a análise de vértebras suínas. O modelo ex vivo em gel caracterizou melhor a preservação do frio no tecido ósseo. A combinação de um protocolo específico de congelamento associado a medidas de proteção epidural tornou viável e exequível a crioablação vertebral suína guiada por TCFC. A análise ultraestrutural mostrou modificações precoces das fibras nervosas, sem correlação clínica / INTRODUCTION: Percutaneous spine cryosurgery (cryoablation) close to nerves and spinal cord has been performed in the clinical practice, however without experimental studies proving its safety and efficacy. The aim of this work was to develop an experimental swine model of in vivo cone beam computed tomography (CBCT) guided vertebral cryoablation. A preliminary morphometric study of the porcine spine by CBCT imaging was carried out. A specific cryoablation protocol was proposed to adapt the \"ice ball\" to the swine vertebrae dimensions. Subsequently, the protocol was tested in in vitro, ex vivo and in vivo models. METHODS: The institutional animal care committee approved this study. Sixteen anatomical parameters were measured in 36 lumbar swine vertebrae and compared to the same measurements of the CBCT and multidetector CT (MDCT). Three models of in vitro / ex vivo studies were developed for the positioning of thermocouples around the cryoprobe. Isotherms were obtained from measured temperatures for each minute during a 2-8 minutes double freezing-thawing protocol. Twenty -two CBCT-guided vertebral cryoablations were performed in eight pigs. Epidural thermocouples registered the temperatures while carbon dioxide (CO2) was injected in the epidural space to protect nerves. The clinical follow-up was carried out until six days before euthanasia. Clinical and radiologic data were correlated to the histopathology study with light microscopy (n=20) or electron transmission microscopy (n=2). RESULTS: CBCT was proven to be a comparable imaging method to MDCT with significant correlation (p < 0.05) in all variables, except in those including the cartilaginous tissue of the vertebral plateau. The registered isotherms were colder in the ex vivo model embedded in gel (-34 °C and -2 °C; -30 °C and 3 °C; -10 °C and 13 °C, respectively) than in the in vitro model (-23 °C and 3 °C; -7 °C and 10 °C; 1 °C and 16 °C) or the ex vivo model without gel (-30 °C and 28 °C). In the in vivo study the CBCT imaging was well succeeded to demonstrate the cryoprobes inserted in the vertebral body and the epidural CO2 in all procedures. The major complication rate was 4.5%. The distance between the cryoprobe and the spinal canal (Cp-Sc) was the most efficient parameter to categorize the vertebral canal temperatures below 19 °C in the logistic regression model analysis (p < 0.004). Perineural inflammatory infiltrate was not identified in the light microscopy analysis. One swine did not present neurological deficits, although the ultra-structural analysis has evidenced myelin sheath disruption in some large neural fibers. CONCLUSIONS: The CBCT imaging was validated as an imaging method for the swine vertebrae analysis. The ex vivo model embedded in gel featured better the cold preservation in the bone tissue. The combination of a specific freezing protocol associated with epidural protective measures allowed the feasibility of the CBCT-guided vertebral cryoablation in the swine model. The ultra-structural analysis showed early modifications of the nerve fibers
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Estudo comparativo entre radiografia panorâmica e tomografia computadorizada por feixe cônico no diagnóstico de ameloblastoma, tumor odontogênico queratocístico e cisto dentígero / Comparative study between panoramic radiography and cone beam-computed tomography in the diagnosis of ameloblastoma, odontogenic keratocyst tumor, and dentigerous cystLyzete Berriel Cardoso 06 August 2015 (has links)
Entre as lesões odontogênicas não mineralizadas, o ameloblastoma, o tumor odontogênico queratocístico e o cisto dentígero podem apresentar-se indistinguível na imagem radiográfica. A dificuldade na interpretação da imagem e elaboração do diagnóstico destas lesões é tema abordado em vários estudos que utilizaram exames de imagem avançados, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, para definir como podem colaborar na diferenciação, na avaliação da extensão e no planejamento cirúrgico das mesmas. Com a recente introdução da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) como recurso auxiliar de diagnóstico, o presente trabalho foi elaborado tendo em vista descobrir como o diagnóstico pode ou não ser influenciado por essa nova tecnologia por meio da comparação das hipóteses de diagnóstico obtidas em imagens das radiografias panorâmicas e em TCFC, em casos de ameloblastoma, tumor odontogênico queratocístico e cisto dentígero; e também definir as características observadas nas imagens de TCFC que podem auxiliar no diagnóstico diferencial. Foram selecionados 5 casos de cada lesão. As radiografias panorâmicas e os exames de TCFC foram analisados por 15 cirurgiões-dentistas - 4 especialistas em Radiologia, 4 Mestres e 7 Doutores em Estomatologia e Radiologia - para a formulação das hipóteses de diagnóstico. Na primeira etapa foram analisadas as radiografias panorâmicas e na segunda, após um intervalo de pelo menos 30 dias, os exames de TCFC. Dois examinadores, capacitados e calibrados, fizeram a análise e mensuração das características qualitativas e quantitativas das lesões observadas nos exames de TCFC, utilizando o programa i-CAT® Vision. Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante na média total dos acertos de diagnóstico entre radiografia panorâmica e TCFC, porém houve diferença significante na média de acerto no diagnóstico de ameloblastoma com o uso de TCFC (77,33% ± 21,20%) em comparação à radiografia panorâmica (61,33% ± 23,26%). Os mestres (85,00% ± 19,15%) e doutores (65,75% ± 9,76%) obtiveram uma média de acerto maior no diagnóstico de tumor odontogênico queratocístico com o uso da radiografia panorâmica em relação aos especialistas (35,00% ± 19,15%), com diferença significante. A análise das características quantitativas observadas nas imagens de TCFC revelou que o ameloblastoma mostrou-se maior em tamanho e em expansão comparado ao tumor odontogênico queratocístico e ao cisto dentígero, com diferença estatisticamente significante. De todas as características qualitativas avaliadas, apenas o número de lóculos da lesão (multilocular ou unilocular) mostrou diferença significante, o ameloblastoma apresentou uma maior incidência do aspecto multiloculado comparado ao tumor odontogênico queratocístico e ao cisto dentígero. Não houve diferenças significantes entre as características quantitativas e qualitativas do tumor odontogênico queratocístico e do cisto dentígero. / Among the non-mineralized odontogenic lesions, ameloblastomas, odontogenic keratocystic tumors and dentigerous cysts may present as radiographically indistinguishable. The difficulty in radiographic diagnosis of these lesions is the subject addressed in several studies using advanced imaging, such as magnetic resonance imaging and computed tomography, to define how these technologies can help in differentiating among these lesions, in assessing the extent and surgical planning. Cone-beam computed tomography (CBCT) is a recent diagnostic aid resource and this study was prepared in order to determine how the diagnosis may or may not be influenced by this new technology, comparing the diagnostic hypotheses obtained using images of panoramic radiographs and CBCT in cases of ameloblastoma, odontogenic keratocystic tumor, and dentigerous cyst - and to define the features observed in CBCT images that can help the differential diagnosis. Five cases were selected for each lesion. Panoramic radiographs and CBCT scans were analyzed by 15 dentists - 4 specialists in Radiology, 4 masters and 7 PhD in Stomatology and Radiology - for the formulation of the diagnostic hypotheses. In the first stage the panoramic radiographs were analyzed, and in the second, after an interval of at least 30 days, the CBCT images. Two observers, trained and calibrated, performed the analyses and measurement of qualitative and quantitative features of the lesions evaluated in the CBCT images using the i-CAT® Vision program. The results showed that there was no statistically significant difference in correct diagnostic average between panoramic radiography and CBCT, but there was a significant difference in correct diagnostic average in the diagnosis of ameloblastoma using CBCT (77.33% ± 21.20%) compared to panoramic radiography (61.33% ± 23.26%). Masters (85.00% ± 19.15%) and PhD-level observers (65.75% ± 9.76%) had greater correct diagnostic average in the diagnosis of odontogenic keratocystic tumor using panoramic radiograph compared to specialists (35.00% ± 19.15%), with a significant difference. The analysis of quantitative features observed in the CBCT images revealed that the ameloblastomas were greater in size and expansion compared to the odontogenic keratocystic tumors and the dentigerous cysts, with statistically significant difference. Of all the qualitative features evaluated, only the number of loci of the lesion (multilocular or unilocular) showed significant differences; ameloblastomas showed a higher incidence of multiloculated aspects compared to odontogenic keratocystic tumors and dentigerous cysts. There were no significant differences between quantitative and qualitative features of odontogenic keratocystic tumors and dentigerous cysts.
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Análise de medidas lineares da mandíbula em modelos tridimensionais reformatados a partir da tomografia computadorizada de feixe cônico / Mandibular linear measurements on 3D CBCT modelsMarcelo Lupion Poleti 10 December 2012 (has links)
Objetivo: Avaliar a precisão e a acurácia de medidas lineares da mandíbula em modelos tridimensionais gerados a partir da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) em dois programas (Dolphin®. Material e Métodos: Dez mandíbulas com marcadores de sílica foram submetidas à TCFC seguindo o protocolo de voxel 0,3 mm do aparelho i-CAT Classic®. Vinte medidas lineares foram realizadas duas vezes, de maneira aleatória, nos modelos tridimensionais nos programas Dolphin®, nos filtros Translúcido e Sólido-1, e InVesalius®. As medidas físicas foram realizadas com um paquímetro digital diretamente nas mandíbulas por um segundo examinador. Análise de variância para medidas repetidas (ANOVA), coeficiente de correlação intraclasse, teste de Bland-Altman e erro absoluto e percentual foram utilizados para avaliar a precisão e a acurácia (p<0,05). Resultados: Alta precisão foi encontrada no programa Dolphin®, filtro Translúcido e Sólido-1 e InVesalius®, com diferença máxima entre as mensurações de 0,27; 0,26 e 0,17 mm, respectivamente. Com relação à acurácia, 10 variáveis no filtro Translúcido; oito no filtro Sólido-1 e 13 no programa inVesalius® foram diferentes estatisticamente em relação as medidas físicas. Porém, 95%, 100% e 90% das medidas apresentaram valores abaixo do valor considerado clinicamente relevante (1 mm) nos filtros Translúcido e Sólido-1 e no programa InVesalius®, respectivamente. Conclusão: Os modelos tridimensionais com marcadores hiperdensos, gerados pelos programas Dolphin®, filtro Translúcido e Sólido-1, e InVesalius® podem ser utilizados com precisão e acurácia para a obtenção de medidas lineares. / Objective: The purpose of this study was to determine the accuracy and reliability of mandibular linear measurements obtained from 3-dimensional cone-beam computed tomography (CBCT) scans of dry human mandibles using different software (Dolphin® and InVesalius®). Methods: Ten dry human mandibles were scanned at voxel size of 0.3 mm (i-CAT Classic®). Twenty measurements were made twice, randomized, on 3D model generated by the software Dolphin (filter Translucent and Solid-1) and InVesalius. Subsequently, physical measurements were made using a digital caliper. Analysis of variance for repeated measures (ANOVA), Intraclass correlation (ICC) BlandAltman, absolute and percentage mean error were used for evaluating accuracy and reliability (p<0.05). Results: Excellent reliability values were found for linear measurements from CBCT volume rendering images in all methods (Dolphin Translucent, Solid-1 and InVesalius), with the mean measurement of 0.27; 0.26 and 0.17 mm, respectively. Ten measurement errors for Dolphin Translucent, eight for Solid-1 and 13 for InVesalius were statistically significant different from physical measurements; however, 95%, 100% and 90% of the measurements were, respectively, below the value clinically relevant (1 mm). Conclusion: Linear measurements on 3D model generated by the software Dolphin (Translucent and Solid-1) and InVesalius are reliable and accurate and can be used for linear measurements.
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Avaliação por meio de tomografia computadorizada por feixe cônico dos efeitos dento-esqueléticos da expansão de maxila cirurgicamente assistida em pacientes adultos / Analysis of the dento-skeletal effects using cone beam computed tomography (CBCT) after surgically assisted maxillary expansion in adult patientsVictor Tieghi Neto 28 March 2013 (has links)
A deficiência transversal de maxila caracteriza-se por mordida cruzada posterior uni ou bilateral, dentes apinhados e/ou rotacionados, além de palato ogival; seu tratamento, em indivíduos adultos, é a expansão cirurgicamente assistida de maxila (EMCA). Tal procedimento possui efeitos não somente esqueléticos, mas também nos dentes (especialmente os que servem de apoio do aparelho expansor), cavidade e espaço aéreo nasal, lábio e demais tecidos moles circunjacentes. O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), as alterações dento-esqueléticas de indivíduos portadores atresia de maxila e submetidos à expansão cirurgicamente assistida de maxila. Para isso, 14 indivíduos foram submetidos à TCFC pré e pós (15, 60 e 180 dias) expansão cirurgicamente assistida de maxila pela técnica da osteotomia Le Fort I subtotal, e nestas realizamos mensurações da espessura da cortical óssea vestibular e palatina, além de angulação do longo eixo dos dentes posteriores superiores (1oM, 2oM, 1oPM e 2oPM). Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente. Os resultados mostraram alterações na espessura óssea vestibular e palatina nas áreas analisadas, o que permitiu concluir que nos procedimentos de EMCA, mesmo realizando a disjunção pterigomaxilar, ocorre movimentação dentária no sentido do movimento expansivo, e que a movimentação dentária pode ser traduzida por deslocamento e inclinação vestibular. Além disso, concluiu-se que quando o deslocamento e inclinação dentária vestibular ocorreram, estas parecem ter sido acompanhadas por reabsorção da cortical vestibular e neoformação óssea na cortical palatina. / Maxillary transversal deficiency is characterized by unilateral or bilateral posterior cross-bite, crammed and rotated teeth, and narrow palate, and its treatment is surgically assisted maxillary expansion for adult patients. This procedure affects not only bones, but also the teeth (especially the post of the expander device), nasal cavity and air space, lips, and surrounding soft tissues. The aim of the present study was to evaluate dento-skeletal alterations of patients presenting atrophic maxilla who underwent surgically assisted maxillary expansion using cone beam computed tomography (CBCT). For this, 14 patients underwent CBCT before and after (15, 60 and 180 post-operative days) surgically assisted maxillary expansion by subtotal Le Fort I osteotomy,and the thickness of buccal and palatal cortical bones and the angulation of the long axis of the upper posterior teeth (1 M, 2 M, 1 PM and 2 PM) were measured. Data were statistically analyzed. Results showed changes in thickness of buccal and palatal cortical areas analyzed, which allowed us to conclude that EMCA, even though using surgical techniques, teeth can be translated by displacement and buccal inclination. Furthermore, it was concluded that when the shift occurred and buccal tooth inclination, these seem to have been accompanied by buccal cortical bone resorption and bone formation in the cortical palate.
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Identificação de dois canais radiculares em incisivos inferiores com imagens radiográficas, tomográficas e microtomográficas / Identification of two root canals in mandibular incisors using radiographic, tomographic and microtomographic imagesLuciana Maria Paes da Silva Ramos Fernandes 06 June 2014 (has links)
Os dentes incisivos inferiores apresentam, em sua maioria, canal radicular único, que pode ter conformações distintas. De acordo com a literatura científica, a presença de um segundo canal radicular pode ser constatada em 10 a 40% dos casos. A não-detecção do segundo canal é um importante fator para o insucesso do tratamento endodôntico. Esta pesquisa foi realizada com os seguintes objetivos: 1) comparar a eficácia na identificação de padrões anatômicos internos em incisivos inferiores permanentes extraídos com uso de imagem radiográfica periapical digital e de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC); e 2) determinar a prevalência de 2 canais radiculares em incisivos inferiores em imagens de TCFC de um banco de dados de exames previamente realizados, associando com localização do dente, gênero e idade do paciente. Na primeira etapa da pesquisa, 40 dentes incisivos inferiores foram submetidos a escaneamento em microtomógrafo computadorizado da FOB-USP (Skyscan 1074) para estabelecer o padrão ouro do tipo anatômico interno de cada dente. Os dentes foram então classificados em: Tipo I (1 canal radicular regular, n=12), Tipo Ia (1 canal radicular oval, n=12) e Tipo III (2 canais radiculares, n=16). Em seguida, os dentes foram divididos em 10 grupos de 4 dentes e posicionados em alvéolos de uma mandíbula humana para exposição radiográfica periapical digital direta com duas tomadas variando o ângulo horizontal de incidência (Schick CDR) e para escaneamento em 3 tomógrafos (Kodak 9000 3D, Veraviewepocs 3De e NewTom 5G) da Universidade de Loma Linda, CA, EUA. Dois examinadores treinados classificaram o tipo anatômico de cada dente e suas respostas foram comparadas ao padrão ouro estabelecido por microtomografia. Para descrição dos resultados, utilizou-se a porcentagem (%) de respostas certas / erradas. Aplicou-se o teste do qui-quadrado (X2), com nível de significância estatística de 5%, para verificação da associação entre variáveis. As concordâncias inter e intraexaminador foram determinadas por teste de kappa. Na segunda etapa da pesquisa, foram interpretadas imagens de incisivos inferiores de 100 pacientes, cujos exames estavam disponíveis no banco de dados do tomógrafo i-CAT Classic da FOB-USP. Dois examinadores avaliaram a anatomia interna de incisivos inferiores, em reconstruções axiais, sagitais e coronais, classificando-a de acordo com o número de canais radiculares. A prevalência de 2 canais radiculares foi relacionada à localização do dente e ao gênero e idade do paciente. Para descrição dos dados coletados, utilizou-se a porcentagem (%). Para verificar a associação entre variáveis, utilizou-se o teste do qui-quadrado (X2), com nível de significância estatística de 5%. Para a concordância intra e interexaminador, utilizou-se o teste de kappa. Como resultado da primeira etapa da pesquisa, obteve-se alto índice de detecção de tipos anatômicos para todos os métodos avaliados (p <0,05). Para dentes com Tipo I (1 canal radicular regular), as imagens de TCFC foram superiores em comparação à radiografia periapical digital com dupla exposição (RP= 67% de acerto; TCFC= 98% de acerto, p <0,05). Considerando os 3 aparelhos de TCFC, não houve diferença estatística significante entre eles para identificação do Tipo I. Já para dentes com Tipo Ia (1 canal radicular oval), houve diferença estatística significante somente entre radiografia periapical digital com dupla exposição e o tomógrafo NewTom (RP= 44% de acerto; TCFC NewTom= 88% de acerto). Não houve diferença significante entre os outros 2 tomógrafos e radiografia periapical ou entre os 3 tomógrafos. Considerando dentes com Tipo III (2 canais radiculares), não houve diferença estatística significante entre nenhum dos métodos. Todos os métodos apresentaram números de respostas certas semelhantes para o Tipo III, sugerindo que a radiografia periapical com dupla angulação é suficiente para identificação de 2 canais radiculares em incisivos inferiores. A concordância intraexaminador para radiografia periapical foi regular (kappa=0,40 a 0,66) e de boa a excelente para os aparelhos de TCFC (kappa=0,62 a 0,85). A concordância interexaminador para radiografia periapical foi de ruim a regular (kappa=0,25 a 0,32) e de boa a excelente para os aparelhos de TCFC (kappa=0,62 a 0,92). Na segunda etapa da pesquisa, o total de 386 incisivos inferiores foi avaliado, sendo 192 incisivos centrais e 194 incisivos laterais. A prevalência de 2 canais radiculares constatada no total de dentes foi de 16,5%, sendo de 13% em incisivos centrais e de 20% nos incisivos laterais (p >0,05). Não houve diferença estatisticamente significante entre gêneros e idades. A concordância intra e interexaminador foi regular (kappa intra=0,60; kappa inter=0,57). Como conclusão da primeira etapa da pesquisa, observou-se que a identificação do número de canais radiculares foi efetiva em todos os métodos. No entanto, limitações foram encontradas para a diferenciação da forma do canal radicular. Na segunda etapa da pesquisa, concluiuse que a presença de 2 canais radiculares em incisivos inferiores de pacientes da região de Bauru é de aproximadamente 20% e não depende da localização do dente ou de gênero e idade do paciente. / Mandibular incisors most commonly have a single root canal, which can present with different anatomic configurations. According to the literature, the presence of a second root canal can be observed in 10 - 40% of the teeth. Difficulty in detecting the second root canal is an important factor for the endodontic treatment failure. The aim of this research was: 1) to compare the efficacy of digital periapical radiography (PA) with double exposure and cone beam computed tomography (CBCT) in the identification of internal anatomic patterns in mandibular incisors, and 2) to determine the prevalence of 2 root canals in mandibular incisors using cone beam computed tomographic images of a patient database, comparing to tooth position and patients gender and age. In the first part of this research, 40 extracted mandibular incisors underwent microcomputed tomographic (micro-CT) scanning (Skyscan 1074) in order to establish the gold standard for internal anatomic pattern. The teeth were classified according to: Type I (1 regular root canal, n=12), Type Ia (1 oval root canal, n=12), and Type III (2 root canals, n=16). Then, the teeth were divided into 10 groups of 4 teeth and placed in a preserved human mandible for direct digital periapical radiographic double exposure (Schick CDR) and CBCT scans using Kodak 9000 3D, Veraviewepocs 3De and NewTom 5G. Two blinded examiners classified the anatomic pattern of each tooth and their answers were compared to the gold standard (microtomographic images). Percentage (%) of right / wrong answers was used for the statistical analysis of the results. Chi-square test (X2) was used to verify the association between variables (p <.05). Inter and intraexaminer agreements were determined using kappa values. In the second part of this research, CBCT images of a 100 patients database from FOB-USP were examined. Two examiners assessed the internal anatomy of mandibular incisors in axial, sagittal and coronal reconstructions and classified the teeth according to the number of root canals. The prevalence of 2 root canals was related to the tooth location and patients gender and age. Percentage (%) was used to describe the collected data. Chi-square test (X2) was used to verify the association between variables (p <.05). Inter and intraexaminer agreements were determined using kappa values. The results of the first part of the research showed a high level of identification of anatomic patterns for all the methods (p <0.05). Considering Type I (1 regular root canal), CBCT images were better in comparison to PA (PA= 67%; CBCT= 98%, p <0.05). There was no significant difference between the 3 CBCT scanners. For Type Ia (1 oval root canal), there was a significant difference between PA and CBCT imaging using the NewTom unit only (PA= 44%, NewTom CBCT= 88%). No significant differences were found between the other 2 CBCT units and PA or between the 3 CBCT units. Considering Type III (2 root canals), there was no significant difference between the various methods. All the methods presented similar corrected answers index for Type III, which may suggest that PA with double exposure is sufficient for the identification of 2 root canals in mandibular incisors. The intraexaminer agreement was fair for PA (kappa=0.40 to 0.66) and good to very good for the CBCT units (kappa=0.62 to 0.85). The interexaminer agreement was poor to fair for PA (kappa=0.25 to 0.32) and good to very good for CBCT units (kappa=0.62 to 0.92). In the second part of this research, the total amount of 386 mandibular incisors was assessed in CBCT images (192 mandibular central incisors and 194 mandibular lateral incisors). The overall prevalence of 2 root canals was 16.5%, and 13% in mandibular central incisors and 20% in mandibular lateral incisors (p >0.05). There was no significant difference between gender and age. The intra and interexaminer agreement was fair (kappa intra=0.60; kappa inter=0.57). For the first part of this research, it is possible to conclude that the identification of the number of root canals was effective using all the methods. However, limitations were found in differentiating the shape of the root canal. As a conclusion of the second part of this research, the presence of 2 root canals in mandibular incisors of Bauru region patients is approximately 20% and it does not depend on tooth location or patients gender and age.
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Avaliação da influência do septo nasal na expansão de maxila cirurgicamente assistida por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico / Evaluation of the influence of the nasal septum in surgically assisted maxillary expansion using cone computed tomographyThais Feitosa Leitão de Oliveira 02 June 2014 (has links)
A expansão da maxila cirurgicamente assistida (EMCA) é um procedimento cirúrgico indicado para a correção da atresia maxilar em pacientes que já atingiram a maturação óssea. Os efeitos da EMCA são observados não só nos arcos dentários, maxilas e mandíbula, mas também na cavidade nasal, já que o septo nasal encontra-se localizado no centro do assoalho nasal, apoiado sobre a sutura palatina mediana. O objetivo deste estudo foi identificar a posição do septo nasal antes e após a separação cirúrgica das maxilas e avaliar sua influência na movimentação da maxila do lado que foi deslocado. Foram avaliadas 56 tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) adquiridas no tomográfo i-CAT Classic®, com voxel de 0,3mm, de 14 indivíduos submetidos à EMCA nos períodos préoperatório e pós-operatório de 15, 60 e 180 dias. Inicialmente, as imagens pósoperatórias foram visualizadas nas reformatações multiplanares, para identificar a qual maxila, direita ou esquerda, o septo nasal permaneceu ligado após a EMCA. Numa segunda etapa, foram realizadas medidas lineares nas imagens correspondentes aos períodos pré e pósoperatórios. Essas medidas foram realizadas na reformatação axial imediatamente acima do aparelho expansor, de forma padronizada para cada paciente, e consistiram da distância entre uma linha de referência central, que passava na espinha nasal anterior e no centro do forame incisivo, dividindo o paciente em lado direito e esquerdo, até os caninos e molares direitos e esquerdos. O índice kappa intraexaminador foi > 0,9. Para comparar as diferenças entre as médias dos dois grupos (lado ligado ao septo nasal e não ligado ao septo nasal) foi utilizado o teste t. Em 78,6% dos pacientes o septo nasal permaneceu ligado à maxila esquerda e em 21,4%, ligado à maxila direita. Em relação às medidas lineares, tanto na região de caninos como na região de molares, observouse que, no período pré-operatório, não havia diferença entre os lados direito e esquerdo. Após a EMCA, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05), observando que houve menor movimentação da maxila a qual o septo nasal permaneceu ligado. Portanto, podese concluir que a expansão maxilar ocorre de forma assimétrica, pois a maxila que permanece ligada ao septo nasal, após a EMCA, movimenta-se menos do que a maxila não ligada ao septo nasal. / The Surgically assisted rapid palatal expansion (SARPE) is a surgical procedure indicated for the correction of maxillary constriction in adult patients. The effects of EMCA are observed not only in dental, maxillary, and mandibular arches, but also in the nasal cavity, since the septum is located in the center of the nasal floor and rests on the median palatine suture. The purpose of this study the position of the nasal septum before and after surgical separation of the maxillary, was to identify and evaluate their influence on the movement of the jaw which remained attached. Fifty six cone beam computed tomography (CBCT) scanner acquired i-CAT Classic, with 0.3 mm voxel. Fourteen individuals submitted to SARPE in the preoperative and postoperative periods of 15, 60, and 180 days which were evaluated. Initially, postoperative images were visualized using multiplanar reformatting to identify which jaw, right or left, the nasal septum remained bound after the SARPE. In a second step, linear measurements in the images corresponding to the pre- and postoperative periods were performed. These measurements were performed in the axial immediately above the expander reformatting, standardized form for each patient, and consisted of the distance from a central reference line, passing the anterior nasal spine and the center of the incisive foramen, dividing the patient\'s right side and left to the canines and molars on the right and left. The intraobserver kappa index was > 0.9. To compare the differences between the means of two groups (side connected to the nasal septum and not connected to the nasal septum) a t test was used. In 78.6% of patients, the nasal septum remained attached to the left maxilla and 21.4% on right jaw. Regarding linear measurements, both in the region of canines as in the molar region, it was observed that, in the preoperative period, there was no difference between the right and left sides. After the SARPE, a statistically significant difference (p < 0.05) was observed, noting that there was less movement of the maxilla which the nasal septum remained connected. Therefore, it can be concluded that the expansion jaw is asymmetrical because the jaw remains on the nasal septum after SARPE and moves less than maxilla not connected to the nasal septum.
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Avaliação tridimensional das vias aéreas de pacientes submetidos à expansão maxilar cirurgicamente assistida / Tridimensional assessment of airway in patients submitted to surgically assisted rapid maxillary expansionVitor Hugo Leite de Oliveira Rodrigues 27 February 2014 (has links)
Neste estudo comparamos o volume dos seios maxilares dos pacientes submetidos à expansão rápida de maxila cirurgicamente assistida (EMCA), por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foram avaliados 10 pacientes submetidos a expansão rápida de maxila cirurgicamente assistida (EMCA) pela técnica da osteotomia Le Fort I subtotal, que possuíam tomografias pré e pós-operatórias de 180 dias. As imagens foram analisadas utilizando software Dolphin Imaging® (versão 11.0.03.32) que permite a avaliação do espaço aéreo, delimitando-se áreas de interesse e realizando o calculo do volume correspondente. As imagens dos seios maxilares direito (SMD) e esquerdos (SME) foram analisadas nas tomografias pré e pós-operatórias. A média das medidas de volume foi de 13,760mm³ para o SMD e 14,499mm³ no SME, nas imagens pré-operatórias e de 14,779mm³ para o SMD e 14,435mm³ para o SME, nas pós-operatórias. Os volumes pré e pós-operatórios foram avaliados estatisticamente através do teste t pareado para significância maior que 0,05. Após as cirurgias, a média de volume dos SMD apresentou um aumento significante. Este aumento também foi observado nos SME, porem não foi estatisticamente significante. A partir destes resultados, é possível concluir que existe influencia da EMCA sobre o volume dos seios maxilares. / The aim of this study was to compare the volume of the maxillary sinuses of patients undergoing surgically assisted rapid maxillary expansion (SARME), by cone beam computed tomography (CBCT). Were evaluated 10 patients submitted to surgically assisted rapid maxillary expansion (SARME) by the technique of subtotal Le Fort I osteotomy, which had pre and postoperative CT scans of 180 days. The images were analyzed using Dolphin Imaging® (version 11.0.03.32) software that enables the assessment of airspace, delimiting up areas of interest and performing the calculation of the corresponding volume. The images of the right maxillary sinus (RMS) and left (LMS) were analyzed in the pre -and postoperative CT scans. The average measure of volume was 13.760mm³ for the RMS and 14.49mm³ in the LMS, for the preoperative images and 14.779mm³ for the RMS and 14.435mm³ for the LMS, in postoperative. The pre-and postoperative volumes were evaluated statistically by the \"t\" test. After surgery, the mean volume of RMS showed a significant increase. This increase was also observed in LMS, however it was not statistically significant. From these results, we conclude that there SARME influence on the volume of the maxillary sinuses.
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