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Efeito em curto prazo da corrente interferencial associado a cinesioterapia no tronco de paciente com acidente vascular encefálico

Andrade, Daniela da Costa Maia de 21 February 2018 (has links)
Introduction: Among the main causes of disability associated with stroke, are: impairment of voluntary movements, spasticity, pain and loss of selective activity of muscles responsible for trunk control. The use of interferential current (IFC) in stroke patients has been recently reported in the literature for managing pain and spasticity. Aims: 1. to identify the evidence from studies evaluating the effects of IFC in patients with central neurological diseases (a systematic review); 2. To determine the short-term effect of IF associated with kinesiotherapy on pain of stroke patients; 3. To investigate the short term effects of IFC associated with kinesiotherapy on motor performance and functional gains of the trunk of patients with stroke. Methods: 1) A systematic review of clinical trials on 8 databases (Medline, Scopus, Science Direct, Web of Science, CINAHL, Scielo, Cochrane Central Register and PEDro) was conducted by two investigators by using the following key-words: interferential current OR interferential current therapy OR interferential electrical stimulation OR interferential electrical stimulation therapy OR interferential therapy OR interferential stimulation. The Cochrane collaboration tool was used for methodological quality analysis. 2 and 3) A randomized, double-blinded, placebo-controlled, crossover-type clinical trial was performed. 36 stroke patients were recruited and randomly included in one of two groups: active IFC group (IFC application + kinesiotherapy of trunk) and placebo IFC group (30 minutes of placebo IFC + kinesiotherapy of trunk). Both groups received 10 session of treatment, twice a week, for 60 minutes, with 05 sessions at each treatment group and a washout period of one week between treatments. Results: 1) 2004 studies were found, but only two were included based on the proposed inclusion criteria. After one single session, IFC was effective in reducing pain and spasticity and at improving balance, gait and range of motion of stroke patients. 2 and 3) there was improvement in pain during movement, pain catastrophizing and reaching of the affected member, when comparing pre and post treatment averages. There was no change in fatigue, self-esteem, motivation, trunk control, posture, flexibility and muscle tone in both groups. Conclusion: IFC might have influenced the improvements in trunk control and motor performance of stroke patients when associated with kinesiotherapy. It is recommended that new studies with a higher number of sessions be conducted to better clarify the effects of IFC associated with kinesiotherapy. / Introdução: Entre as principais causas de incapacidades do AVE podemos citar: o comprometimento dos movimentos voluntários, a espasticidade, a dor e a perda da atividade seletiva dos músculos responsáveis pelo controle do tronco. O uso da corrente interferencial (CI) em pacientes com AVE tem sido reportado recentemente na literatura científica, na prática isolada, no tratamento da dor e na espasticidade. Objetivos: 1. Identificar a evidência dos estudos que avaliaram os efeitos da CI em pacientes com doenças neurológicas centrais (revisão sistemática); 2. Determinar o efeito da CI associado a cinesioterapia na dor dos pacientes com AVE; 3. Investigar a performance motora e ganhos funcionais do tronco dos pacientes com AVE após aplicação de CI associado a cinesioterapia. Método: 1) busca sistemática de estudos em 8 bases de dados (Medline, Scopus, Science Direct, Web of Science, CINAHL, Scielo, Cochrane Central Register e PEDro) realizada por dois investigadores, através dos descritores interferential current OR interferential current therapy OR interferential electrical stimulation OR interferential electrical stimulation therapy OR interferential therapy OR interferential stimulation. Para avaliação metodológica desses estudos, foi utilizada a ferramenta da Colaboração Cochrane. 2 e 3) Ensaio clínico randomizado, controlado por placebo e duplamente encoberto, do tipo crossover. Foram recrutados 36 pacientes com AVE, que foram aleatoriamente incluídos em um dos dois grupos de estudo: grupo CI Ativa (aplicação de CI por 30 minutos + cinesioterapia de tronco) e grupo CI Placebo (placebo da CI + cinesioterapia de tronco). Ambos os grupos receberam intervenção por 10 sessões, duas vezes por semana, 60 minutos, sendo 05 sessões para cada forma de tratamento e um período de washout de uma semana. Resultados: 1) Foram encontrados 2004 estudos, porém apenas dois artigos foram incluídos por seguirem os critérios de inclusão propostos. Após administração única, a CI mostrou-se eficaz na redução da dor, da espasticidade e na melhora do equilíbrio, da marcha e da amplitude de movimento de ombro de pacientes pós AVE. 2 e 3). Houve melhora na dor em movimento, catastrofização da dor e no alcance para o lado acometido quando comparadas as médias pré e pós-tratamento. Não houve alteração da fadiga, da autoestima, da motivação, do controle de tronco, da postura, da flexibilidade e do tônus em ambos os grupos. Conclusão: A CI pode ter influenciado a melhora do tronco e performance motora de pacientes pós AVE associado a cinesioterapia. Recomenda-se, assim, a realização de novos estudos com um maior número de sessões para melhor esclarecer os efeitos da CI associada a cinesioterapia. / São Cristóvão, SE
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Efeito neuromuscular das técnicas fisioterapeuticas bandagem funcional e corrente interferencial na síndrome tensional cervical / Neuromuscular effect of spair tape and interferencial current as a physiotherapic intervention on cervical tension

Moura, Melissa Luiza 16 August 2018 (has links)
Orientador: Antonio Carlos de Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física / Made available in DSpace on 2018-08-16T13:36:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Moura_MelissaLuiza_M.pdf: 5391341 bytes, checksum: 1aaa11b5c3366a4040a0fe7a901723f9 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: A síndrome tensional cervical (STC) é a tensão no músculo trapézio decorrente de atividades repetitivas e aumento da carga muscular estática associados à postura inadequada da cintura escapular. O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia da bandagem funcional (BF) e da corrente interferencial (CI) no alívio da dor da STC através da escala visual analógica da dor (EVA) e, confrontar as respostas dos sinais eletromiográficos do músculo trapézio descendente antes e após cada intervenção. 30 voluntárias do sexo feminino, com hipótese diagnóstica de STC foram avaliadas, com média de idade, estatura e massa corpórea de 28,2 anos, 1,61 m e 59,2 kg, respectivamente. Foram divididas em três grupos, com 10 indivíduos cada: Grupo Bandagem Funcional (GBF) - intervenção de 24 horas com bandagem funcional no músculo trapézio superior; Grupo Corrente Interferencial (GCI) - três dias consecutivos (GCI dia 1, 2 e 3) com intervenção de eletroterapia de 30 minutos cada dia; Grupo Controle (GC) - 30 minutos em repouso. Antes e após as intervenções foram mensuradas as respostas subjetivas da dor através da EVA e, as respostas da atividade elétrica da musculatura. Utilizou-se estatística descritiva para caracterização da amostra, apresentando valores referentes às variáveis selecionadas no estudo. Para os valores expressos em RMS e FM foi utilizado o teste de normalidade Shapiro-Wilk. Utilizou-se a análise de variância (ANOVA) one way, para análise entre os tratamentos no momento após. O teste t foi utilizado para análise intragrupos, comparando antes e após de cada grupo, e antes do GCI dia 1 com o após do GCI dia 3. Para a análise da EVA foi utilizado o teste de normalidade Shapiro-Wilk. Para a comparação das variações da EVA (antes e após as intervenções) utilizou-se o teste não paramétrico de Mann Whitney e quando normal, teste t. O nível de significância adotado foi de 5%. Os valores subjetivos da dor indicados pelas voluntárias através da EVA antes de iniciar o teste, com ou sem intervenção, foram maiores do que após o mesmo, indicando um quadro álgico doloroso. A variação percentual entre antes e após a intervenção da dor foi significativamente maior em GBF (70,75%) e GCI dia 3 (81,45%), em relação ao GC (5,83%) (p<0,05), representando diminuição significativa da dor com a intervenção. Já quanto à variação eletromiográfica em RMS e em FM não apresentou diferença estatisticamente significativa em nenhuma intervenção. Os resultados demonstram que a utilização de intervenções como BF e/ou CI em procedimentos fisioterapêuticos são alternativas igualmente eficazes para diminuição da percepção subjetiva da dor. Já através da EMG há aumento no recrutamento muscular para exercer contração isométrica voluntária máxima após intervenção de ambos os recursos avaliados. / Abstract: Cervical tension syndrome (CTS) is the tension in the trapezius muscle due to repetitive activities and increased static muscle load associated with bad posture of the shoulder girdle. The aim of this study was to compare the effectiveness of taping (BF) and interferential current (IC) in relieving the pain of CTS by the visual analogue scale (VAS), and compare the electromyographic responses (EMG) of the upper trapezius muscle before and after each intervention. 30 female volunteers with the diagnosis of CTS were evaluated, mean age, height and body mass index of 28.2 years, 1.61 m and 59.2 kg, respectively. Were divided into three groups, with 10 subjects each: Group Taping (GBF) - 24-hours of taping intervention on upper trapezius muscle, Group Interferential Current (GCI) - three consecutive days (GCI days 1, 2 and 3) with 30 minutes each day of electrotherapy intervention; Control Group (GC) - 30 minutes lying. Before and after the interventions were measured the subjective responses of pain by VAS, and the responses of the electrical activity of muscles. We used descriptive statistics to characterize the sample, with values on the variables selected in this study. The values expressed in EMG was used the normality test Shapiro-Wilk. We used analysis of variance (ANOVA) one way for analysis between treatments at the time after it. The t test was used for intragroup analysis, comparing before and after each group, and before the first day with the GCI with the GCI after the third day. For the analysis of VAS was used the normality test Shapiro-Wilk. For comparison of changes in VAS (before and after the interventions) used the Mann Whitney non parametric test and when normal, t test. The level of significance was 5%. Subjective values of pain indicated by the volunteers through the VAS before starting the test, with or without intervention, were higher than after the same, indicating painful. The percentage change between before and after the intervention of pain was significantly higher in the GBF (70.75%) and GCI day 3 (81.45%) compared to CG (5.83%) (p <0.05), representing a significant decrease in pain with the intervention. For the EMG variation in RMS and FM the statistics were not significant in any intervention. The results demonstrate that the use of interventions such as BF and/or IC in physical therapy procedures are equals effective alternative to reduce the subjective perception of pain. Already there is an increase over the EMG of muscle recruitment to exert maximal voluntary isometric contraction. / Mestrado / Ciencia do Desporto / Mestre em Educação Física
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O efeito antinociceptivo da corrente interferencial não é mediado por receptores opioides mu e delta espinhais e supraespinhais em ratos artríticos

Cruz, Kamilla Mayara Lucas da 04 April 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Interferential Current therapy (IFC) has been widely used to manage different pain conditions in clinical practice. However, to this date, no studies have investigated the neurobiological mechanisms of action of this analgesic current. This study aimed to investigate the effects of IFC on hypernociception caused after joint inflammation induction and whether the opioid system is involved in the nociception produced at the rostral ventral medulla (RVM) and spinal cord. Were utilized 63 wistar rats, split into three experimental series: Behavioral serie: Interferential current; Morphine; Control. Spinal blockade serie: IFC+Naltrindole; IFC+Naloxone; IFC+Vehicle; Inactive IFC. Supraspinal blockade serie: IFC+Naltrindole; IFC+Naloxone; IFC+Vehicle; Inactive IFC. Intracerebral surgery was carried 3 to 5 days before joint inflammation induction. Injection of ì and ä opioid receptor antagonists intrathecally (naloxone 20 ìg/10 ìL; natrindole 5 ìg/10 ìL) and intracerebrally (naloxone 20 ìg/1 ìL; natrindole 5 ìg/1 ìL) was performed 15 minutes before treatment. Electrical stimulation was applied 24 hours after inflammation induction. Mechanical sensitivity (Von Frey) and grip strength (Grip Strengh Meter) Tests were performed before, 24 hours after inflammation induction and after IFC application. ANOVA test was used to analyze intergroup samples and two-way ANOVA test was used to evaluate repeated measures, followed by Bonferroni test for multiple comparisons. P values < 0,05 were considered significant. Animals treated with IFC showed significant greater mechanical threshold for paw withdrawal compared to pretreatment (p<0.001) and to control group (p<0.002). After pharmacological blockade of ì and ä opioid receptors either intrathecally and intracerebrally, IFC promoted significant increase in mechanical threshold (p<0.002), promoting antinociceptive effect without significant decrease in grip strength in any experimental group. IFC promoted antinociceptive effect in an animal model of inflammatory pain and its action was not mediated by spinal or supraespinal ì and ä opioid receptors. / A corrente interferencial (CI) tem sido amplamente utilizada para controle de diversas condicoes dolorosas na pratica clinica. Entretanto, nenhum estudo investigou o mecanismo de acao neurobiologica dessa corrente analgesica ate o momento. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da CI na hipernocicepcao causada apos inducao de inflamacao articular e se o sistema opioidergico esta envolvido no mecanismo de acao para producao de antinocicepcao na regiao rostoventromedial do bulbo (RVM) e na medula espinhal. Foram utilizados 63 ratos Wistar, divididos em tres series experimentais: Serie comportamental, subdivida nos grupos Interferencial, Morfina e Controle; Serie para bloqueio espinhal, subdivida em CI+Naltrindole, CI+Naloxona, CI+Salina e CI inativa; e a serie para bloqueio supraespinhal, subdivida em CI+Naltrindole, CI+Naloxona, CI+Salina e CI inativa. A cirurgia intracerebral foi realizada de 3 a 5 dias antes da inducao da inflamacao articular. A injecao de antagonistas dos receptores opioide mu e delta por via intratecal (naloxona 20 Êg/10 ÊL; natrindole 5 Êg/10 ÊL) e intracerebral (naloxona 20 Êg/1 ÊL; natrindole 5 Êg/1 ÊL) foi realizada 15 minutos antes da administracao do tratamento. A estimulacao eletrica foi aplicada 24 horas apos a inducao da inflamacao. Os testes de sensibilidade mecanica (von Frey) e forca de preensao (grip strengh meter) foram realizados antes, 24 horas apos a inducao da inflamacao e apos aplicacao da CI. Foi utilizado o teste ANOVA para avaliar as diferencas intergrupo e teste ANOVA bicaudal para analisar medidas repetidas, seguidos pelo teste de Bonferroni para multiplas comparacoes. Os valores de p<0,05 foram considerados significativos. Os animais tratados com CI apresentaram limiar mecanico de retirada da pata significativamente maior em relacao ao pre-tratamento (p<0,001) e ao grupo controle (p<0,002). Apos o bloqueio farmacologico dos receptores opioides mu e delta, tanto por via intratecal como intracerebral, a CI promoveu aumento significativo do limiar mecanico (p<0,002), promovendo efeito antinociceptivo sem que houvesse diminuicao significativa da forca de preensao em nenhum dos grupos estudados. A CI demonstrou efeito antinociceptivo em modelo animal de dor inflamatoria e sua acao nao foi mediada por receptores opioides mu e delta espinhais e supraespinhais.
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Efeito da corrente interferencial na fibromialgia : ensaio clínico randomizado / Effect of interferential current on fibromyalgia : randomized clinical trial

Araújo, Fernanda Mendonça 27 February 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fibromyalgia (FM) is a syndrome characterized by chronic widespread musculoskeletal pain and hyperalgesia, especially in specific points called |tender points|. Furthermore, this syndrome is associated with psychosomatic disorders, such as chronic fatigue, depression, anxiety and sleep disorders. Interferential current (IFC) is a non-pharmacological and non-invasive treatment commonly used in promoting the symptomatic relief of pain. However, there is little evidence to support the effective use of IFC in patients with FM and little is known about the optimal parameters of stimulation by IFC. Thus, the present study had, as objective, to investigate the effects of different intensities of stimulation with IFC in pain relief and the other disorders present in individuals with FM. This study is a randomized, placebo-controlled and double-blind clinical trial. To assess the effects of IFC before and after treatment, the following outcomes were measured (with their respective instruments) in each session of application by IFC: pressure pain threshold (PPT: digital algometry), cutaneous sensory threshold (CST: von Frey filaments) and pain intensity at rest (11-point numeric rating scale). In addition, were also measured in the first and last day of treatment: impact of fibromyalgia (Fibromyalgia Impact Questionnaire), depression level (Beck Depression Inventory), anxiety (State-Trait Anxiety Inventory), functional capacity (Sitting-Rising and Timed Up and Go tests), fear to move (Tampa Scale of Kinesiophobia), pain catastrophizing (Pain Catastrophizing Scale), characterization of pain (McGill Pain Questionnaire), quality of life (Short Form Health Survey 36), temporal summation (temporal summation test), conditioned pain modulation (conditioned pain modulation test) and fatigue intensity (11-point numeric rating scale). Twenty nine women with FM were recruited and allocated to three groups: Motor (n=10; IFC was applied at high intensity, with motor contraction), Sensory (n=10; high intensity, but without motor contraction) and placebo (n=9). Patients allocated into the motor and sensory groups were stimulated at an amplitude-modulated frequency of 100 Hz, for 30 minutes. In the placebo group, the current was released only in the first 40 seconds of stimulation. Ten treatment sessions were performed and the electrodes were applied to the paravertebral region. The t Student test, Wilcoxon and ANOVA for repeated measures were used to compare the results found, intra-group, before and after treatment. In women allocated to the motor group, there was a significant increase PPT, measured in the conditioned pain modulation test (p≤0.03), and significant reduction in amplification of pain intensity in temporal summation (p=0.03) after the end of treatment. None of the studied group showed significant change in the PPT and CST values in 18 tender points specific to FM, and pain intensity each treatment session with IFC (p>0.05). However, only the motor group had a significant reduction in the impact of the disease (p=0.01), depression (p=0.006), anxiety state (p=0.01), kinesiophobia (p=0.002), catastrophizing (p=0.008), pain rating index (p=0.04), fatigue (p=0.02) and number of tender points (p=0.04), and increased quality of life (p=0.006). Thus, the results, obtained in this study, provide strong evidence that the IFC, only when applied in high intensities of stimulation, is an effective treatment in reducing pain and psychosomatic disorders present in patients with FM / A fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada por dor musculoesquelética crônica generalizada e hiperalgesia, principalmente em pontos específicos, chamados tender points . Além disso, essa síndrome está associada a alterações psicossomáticas, como fadiga crônica, depressão, ansiedade e distúrbios do sono. A corrente interferencial (CI) é um tratamento não-farmacológico e não-invasivo comumente utilizado na promoção do alívio sintomático da dor. Apesar disso, há pouca evidência que suporte o uso efetivo da CI em pacientes com FM e pouco se conhece sobre os parâmetros ideais de estimulação por meio da CI. Sendo assim, o presente estudo teve, como objetivo, investigar os efeitos de diferentes intensidades de estimulação com CI no alívio da dor, bem como das demais alterações presentes em indivíduos com FM. Este trabalho trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo e duplamente encoberto. Para avaliação dos efeitos da CI antes e após o tratamento, foram medidos os seguintes desfechos (com seus respectivos instrumentos) em cada sessão de aplicação da CI: limiar de dor por pressão (LDP: algometria digital), limiar sensitivo cutâneo (LSC: filamentos de von Frey) e intensidade de dor em repouso (Escala Numérica de 11 pontos). Além disso, foram também mensurados, no primeiro e no último dia de atendimento: impacto da fibromialgia (Questionário de Impacto da Fibromialgia), nível de depressão (Inventário de Depressão de Beck), ansiedade (Inventário de Ansiedade Traço-Estado), capacidade funcional (testes de Sentar e Levantar e Timed Up and Go), medo de movimentar-se (Escala de Cinesiofobia de Tampa), catastrofização da dor (Escala de Catastrofização da Dor), caracterização da dor (Questionário de Dor McGill), qualidade de vida (Short Form Health Survey 36), somação temporal (Teste de Somação Temporal), modulação condicionada da dor (Teste de Modulação Condicionada da Dor) e intensidade de fadiga (Escala Numérica de 11 pontos). Foram recrutadas 29 mulheres com FM, que foram alocadas em três grupos de estudo: Motor (n=10; a CI foi aplicada em alta intensidade, com contração motora), Sensorial (n=10; alta intensidade, porém sem contração motora) e Placebo (n=9). As pacientes alocadas nos grupos motor e sensorial foram estimuladas com uma frequência de amplitude modulada em 100 Hz, durante 30 minutos. Já no grupo placebo, a corrente foi liberada apenas nos primeiros 40 segundos de estimulação. Foram realizadas 10 sessões de tratamento e os eletrodos foram aplicados na região paravertebral. Os testes t de Student, Wilcoxon e ANOVA para medidas repetidas foram utilizados para comparação dos resultados encontrados, intra-grupo, antes e após o tratamento. Nas mulheres alocadas no grupo motor, foi observado aumento significativo do LDP, mensurado no teste de modulação condicionada da dor (p≤0,03), além de redução significativa na amplificação da intensidade de dor da somação temporal (p=0,03) após o término do tratamento. Nenhum dos grupos de estudo apresentou alteração significativa dos valores de LDP e LSC nos 18 tender points específicos para FM, e na intensidade de dor a cada sessão de tratamento com CI (p>0,05). No entanto, apenas o grupo motor apresentou redução significativa no impacto da doença (p=0,01), depressão (p=0,006), estado de ansiedade (p=0,01), cinesiofobia (p=0,002), catastrofização (p=0,008), índice de classificação da dor (p=0,04), fadiga (p=0,02) e quantidade de tender points (p=0,04), além do aumento da qualidade de vida (p=0,006). Dessa forma, os resultados encontrados, no presente estudo, fornecem fortes evidências de que a CI, apenas quando aplicada em altas intensidades de estimulação, é um tratamento eficaz na redução da dor e alterações psicossomáticas presentes em indivíduos com FM.

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