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O problema da verdade do conhecimento no racionalismo críticoSchorn, Remi January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / This thesis has as its object of study the conception of truth and its relation with the empirical basis. It investigates whether knowledge can coincide with its object so as to make theories true. The critical rationalism is the context where Popper develops this debate and this thesis analyses the change of Popper’s philosophy from the initial notion in which the terminology of truth and falsity does not appear, going through the acceptance of certainty relative to the falsity of empirical propositions and going as far as the relativization of such concepts. It is marked the risk of falling into skepticism and it is shown that the author makes use of an evolutionary metaphysics as subsidy for his philosophy of science. This study highlights that Popper contradicted himself when he denied induction and retook it in his idea of approaching truth. He was superficial in relation to the teleological regulative idea of truth and he was naïve at conceiving the empirical basis as decisive in a restricted fallibilism. This thesis shows that he accepted his mistakes and corrected them and that he also accepted that the theoretical apprehension of the world is possible only through representations in language. This procedure enabled Popper to overcome Positivism and the antiliberal theses, replacing the grounding aim with the idea of critique. His post-positivist conceptual apparatus allows science to be interpreted as highly dynamic, complex and creative in a universe whose theoretical contradictions are inevitable. His conjectural pluralism allows reality to be unveiled in a more embracing way. / A tese tem como objeto de estudo a concepção de verdade e sua relação com a base empírica. Investiga a possibilidade de o conhecimento coincidir com seu objeto, tornando as teorias verdadeiras. O racionalismo crítico é o contexto no qual Popper desenvolve esse debate. Nossa proposta investiga a transformação da filosofia popperiana, de uma noção inicial em que sequer aparece a terminologia verdade e falsidade, passando pela aceitação da certeza quanto à falsidade de proposições empíricas, até a relativização de tais conceitos. Aponta o risco de ceder integralmente ao ceticismo e faz perceber que o autor lança mão de uma metafísica evolucionária como subsídio para sua filosofia das ciências. O estudo evidencia claro que Popper foi contraditório ao negar a indução e retomá-la em sua idéia de aproximação da verdade; foi superficial relativamente à teleológica idéia regulativa da verdade e; foi ingênuo ao conceber a base empírica como decisiva em um falibilismo restrito. A tese mostra que ele aceitou seus erros e os corrigiu; propôs a verdade e a aproximação da verdade como parâmetros para a crítica e; aceitou que a apreensão teórica do mundo só é possível por representações na linguagem. Com tal procedimento, Popper venceu o positivismo e as teses antiliberais substituindo a meta de fundamentação pela idéia de crítica. Seu instrumental conceitual pós-positivista permite a interpretação da ciência como altamente dinâmica, complexa e criativa, em um universo cujas contradições teóricas são inevitáveis e o pluralismo conjectural permite desvendar a realidade de forma mais abrangente.
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Filosofia do homem todo: o pensamento experiencial de Franz RosenzweigHaefliger, Ernesto José January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / We have proposed the understanding of the existential problem from the point of view of relational multiplicity, starting from the experiential philosophy of Franz Rosenzweig guided by the interpretative analytical method. This paper tries to answer a central issue that is about questioning which rationality comes from experiential reality and how this reality can be understood. Through Rosenweig's intrepretative analysis of experiential thought we have approached the realtional reason as a proposal of the realization of meaning as well as of the understanding of existence. Thus, we our own relational experiences while these realize meaning and the totality of existence. From the answer to this philosophical problem emerges the relevance of this disseration, highlighting its objectives. First of all, it aims to achieve a newepistemological matrix that is able to point out perspectives to solve desagregation problems, and problems of conceptual dialectics between being and thinking, and those of existential loss of enchantment in face of the historical complexity of our modern world. Secondly, to make it possible to consider the constitutive process of moral conscience as directly connected to temporal exiatence, and, therefore, as part of the same factuality of life exeriential reality that becomes the moment which allows us an ethical relationship. This way, if we are our own experiences, then, we realize the meaning of existence through experiencing the present moment as a source of life creation, as a decision-making moment and option for life. Centered in the present experience we can think of a future as mystery and expectation of realizing and understanding life's totality. To know and to understand life in its broader meaning means to know and to understand the reason that lies beneath the experiential relationships from the very daily existence up to the limit of understanding our whole existence. / Partindo da filosofia experiencial de Franz Rosenzweig, orientados pelo método analítico-interpretativo, buscamos compreender a problemática existencial do ponto de vista da multiplicidade relacional, no sentido de responder ao problema central que essa dissertação se põe; ou seja, qual a racionalidade proveniente da realidade experiencial e que dela poderá dar conta enquanto proposta de compreensão dessa mesma realidade existencial. Através da análise interpretativa do pensamento experiencial de Rosenzweig, chagamos a razão relacional como proposta de realização do sentido e da compreensão da existência. Assim, somos nossas experiências relacionais, enquanto essas realizam o sentido e a totalidade da existência. Da resposta a esse problema filosófico emerge a relevância dessa dissertação, destacando os objetivos da mesma, ou seja, alcançar uma nova matriz epistemológica capaz de apontar perspectivas para a solução dos problemas da desagregação, da dialética conceitual entre ser e pensar e do desencantamento existencial diante da complexidade histórica do mundo moderno; bem como a possibilidade de pensar o processo constitutivo da consciência moral diretamente ligada à existência temporal e, assim, integrante da mesma facticidade da realidade experiencial da vida, como instante que permite uma relação ética. Desse modo, se somos nossas experiências, então, realizamos o sentido da existência pela vivência do instante presente como fonte de criação da vida e momento de decisão e opção pela vida. Centrados na vivência do presente podemos pensar um futuro enquanto mistério e expectativa de realização e de compreensão da totalidade da vida, onde conhecer e compreender a vida em seu sentido mais amplo significa conhecer e compreender a razão que permeia as relações experienciais desde a existência mais quotidiana até o limite de compreensão da existência.
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Democracia e justiça social: um argumento a partir da utopia realista de John RawlsDanner, Leno Francisco January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Meu objetivo, neste trabalho, é expor a idéia de democracia igualitária e deliberativa, fundada na inviolabilidade de cada ser humano e na cidadania igual, que se desenha no pensamento de John Rawls. O enfoque que pretendo realizar dirige-se, fundamentalmente, para a questão distributiva, representada pelos dois princípios da justiça como eqüidade e por suas (dos dois princípios) exigências, e, além disso, para a questão da participação popular na elaboração das políticas públicas. Assim, pensar a questão da justiça social, neste autor, se explica pela função formativo- educativa da estrutura básica da sociedade (isto é, o sistema político e econômico). A gênese do indivíduo, em grande medida (ou, talvez, toda ela), é social, no sentido de que o contexto político e econômico em que ele está inserido contribui decisivamente na sua formação. Em última instância, a própria forma de sociabilidade instituída depende da organização do sistema político e econômico. Isso nos possibilita dizer que a violência e a injustiça social são uma conseqüência direta da violência política e econômica. Acabando-se com esta, acabaremos com aquelas. O desenvolvimento integral de cada indivíduo e uma sociabilidade fundada no diálogo, na cooperação e no respeito mútuo passam, portanto, pela construção da justiça social, pela estruturação do sistema político e econômico.
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Rosto e ética no pensamento de Emmanuel LevinasTahim, Demetrius Oliveira January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / This paper aims to describe, from the thought of Emmanuel Levinas (1906-1995), the relationship with the face of others as ethics. The leitmotif of this work is the levinasian reading of the infinity’s idea. The description of the idea of infinite indicates the relationship with something completely outside of that who thinks about the former, as well as affirming a big gap between the thinker and thought. Levinas works in the formal structure of this idea in order to describe the relationship with others. The concreteness of the idea of infinity is produced in the social relationship and is maintained with the face of others. The design of this relationship shows the “I” as welcoming of this face which is described as another. Only the presence of others concerns the “I”, confronting its arbitrary and free movement of ownership and possession. This challenging of the someone’s freedom will be called “ethics” and says the anticipations of justice in relation to freedom and, thus, ethics and pre-ontology. The unfolding of this first relationship - face to face - will be discussed in the text taking as a starting point the history of philosophy emphasizing mainly on the critical key to the ontology proposed by Heidegger. The aim, with this, is to show that the relationship with the face does not include the opening of the being and, moreover, is a source of meaning and is capable of promoting justice in humanity as a host of difference. / O presente trabalho tem por objetivo descrever, a partir do pensamento de Emmanuel Levinas (1906-1995), a relação com o rosto de outrem como ética. O fio condutor deste trabalho é a leitura levinasiana da idéia de infinito na qual é vislumbrada a possibilidade de descrever um evento não pautado na abertura do ser nem como representação do eu transcendental. A descrição da idéia do infinito indica a relação com algo absolutamente exterior àquele que o pensa, assim como atesta uma abissal distância entre o pensador e o pensado. Levinas utiliza-se da estrutura formal desta idéia para descrever a relação com outrem, a concretude da idéia do infinito produz-se na relação social que é mantida com o rosto de outrem. O delineamento dessa relação apresenta o eu como acolhedor deste rosto descrito como absolutamente outro. Apenas a presença de outrem interpela o eu, confrontando o seu livre e arbitrário movimento de apropriação e posse. Esta impugnação da liberdade do eu por outrem será chamada de ética e afirma a anterioridade da justiça em relação à liberdade e, destarte, a ética como anterior à ontologia. Os desdobramentos dessa relação primeira – face a face – serão discutidos no texto tendo como ponto de partida a história da filosofia dando ênfase, principalmente, à crítica a ontologia fundamental proposta por Heidegger. Pretende, com isso, mostrar que a relação com o rosto não se engloba na abertura do ser e, além disso, é fonte de sentido e capaz de promover a justiça na humanidade como acolhimento da diferença.
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O conhecimento sobre Deus nas meditações metafísicas de DescartesBiasoli, Luís Fernando January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Nossa dissertação analisa a concepção de Deus nas Meditações Metafísicas de Descartes. O filósofo critica através de seu ceticismo as formas medievais de fundamentar o conhecimento. Sua preocupação fundamental não era o que é a verdade, mas como podemos justificá-la. A primeira certeza é base da fundamentação de sua teoria do conhecimento. O pensamento ganha uma prioridade sobre os dados do mundo sensível ou do exterior, portanto o que passa a ter valor, indubitavelmente, são as idéias que se tornam a realidade que temos acesso. Procuramos mostrar que as três provas da existência de Deus são necessárias, pois cada uma delas exerce uma função metafísica muito importante para justificar a verdade e não são redundantes. O conhecimento sobre Deus apresentado por Descartes apenas necessita da certeza da verdade da existência do cogito. As verdades que existem no mundo têm sua essência e existência, totalmente, determinadas pela vontade soberana de Deus que livremente as criou. A Metafíca cartesiana é o início da Modernidade filosófica, pois faz do pensamento humano o centro de sua investigação.
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Esclarecimento e dialética negativa: sobre o além-do-conceito em Theodor AdornoPerius, Oneide January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O colapso do sistema hegeliano, última realização grandiosa da razão movida pela vontade de sistema, recoloca para o século XX a questão não resolvida na história do pensamento, qual seja, o outro, que a filosofia pretendeu eliminar, retorna e exige que de alguma forma nos ocupemos dele. Esse outro, não-idêntico, apontará para o que Adorno denomina insuficiência do conceito. No entanto, quando Adorno fala da insuficiência do conceito não fala de uma filosofia não-conceitual. Tal postura conduziria inevitavelmente ao intuicionismo e, por fim, ao irracionalismo. Antes disso, sua teoria é a tentativa de fazer a própria filosofia tomar consciência de que o conceito, sendo instrumento para pensar é, por isso mesmo, outro daquilo que pensa. E mais, a permanência da própria atividade conceitual, do próprio pensamento, depende desta diferença. O pensamento depende, portanto, deste abismo entre a coisa e seu conceito.
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Do argumento do desígnio: David HumeLaux, Evelise Rosane Treptow January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / This study we proposed an investigation of the criticisms of David Hume about 'Argument from Design', existing in his book Dialogues Concerning Natural Religion. These criticisms are aimed to point out the weaknesses of that argument, as the foundation of the theory that advocates the creation of the world from God. We also aim to clarify the dialectical and argumentative Humean way, which, from an empiricist perspective, proposes that all knowledge can, only, comes from a sensitive experience. Hume is unable or refute and destroy this argument, if propose an alternative to replace, is what we examine in the present. The book is composed by four chapters, and we begin by presenting the 'Argument from Design', in the form that became known. Then, we will effectively contact the book Dialogues Concerning Natural Religion, going through approach the construction of the criticisms developed by Hume (Philo) to finally demonstrate that, despite appearing to have Philo, has failed in dialogue - a feat that only confirms the mastery of language Hume - ratified under a veil of discretion, the position taken throughout the dialogue. / Neste estudo nos propusemos a uma investigação das críticas de David Hume ao ‘Argumento do Desígnio’, existente em seu livro Diálogos sobre a Religião Natural. Críticas essas que têm por finalidade apontar as fragilidades do referido argumento, como fundamento da teoria que defende a criação do mundo a partir de Deus. Objetivamos também, explicitar o caminho dialético e argumentativo humeano, que a partir de uma perspectiva empirista, propõe que todo o conhecimento pode, somente, provir da experiência sensível. Se Hume consegue ou não refutar e destruir esse argumento e, se propõe ou não alguma alternativa para substituição, é o que examinaremos no presente. De um total de quatro capítulos, começaremos por apresentar o ‘Argumento do Desígnio’, na forma em que ficou conhecido. A seguir entraremos, efetivamente em contato com o livro Diálogos sobre a Religião Natural, passando então à abordagem da construção das críticas elaboradas por Hume (Filo) para, finalmente demonstrarmos que, apesar de parecer ter Filo, sido vencido no diálogo - num feito que só corrobora a maestria linguística humeana - ratifica, sob um véu de discrição, a posição assumida durante todo o diálogo.
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O republicanismo kantianoCapitani, Renato January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / The present dissertation has two central objectives: The first one is to introduce a Kantian solution to the following issues regarding the political philosophy: (a) the issue involving the need of a State and, (b) the issue involving the definition of the best structure of government, i. e., how should a State be organised to apply its innate power. The second objective is to analyse the defence of the ethical concept of autonomy in a Kantian legal-political theory. Based on these objectives, it is necessary to structure the dissertation in 4 (four) chapters. The first delimits the purpose of the study and introduces the reading keys which are underlying to the understanding of the legal-political Kantian thought, i. e., the argumentative outlooks of respublica noumenon (rational level) and of respublica phaenomenon (phaetic/effective level). On the second chapter, “The Rationale of the State”, it is explained the answer of Kant to the problem of the relevance of a State. It is then put forward the Kantian transformation of the traditional concepts of contractualism, i. e., the state of nature and original contract. On the third chapter, “The State of the Reason”, it is introduced the best structure of government, on how power must be exercised. This chapter explores the following subjects: types of sovereignty (Formen der Beherrschung) and types of government (Formen der Regierung), typical republicanism principles, distinction of powers, the definition of sovereignty and representation principles. The forth chapter, “The Republican Citizen”, scrutinises the autonomy under the legal-political views of Kant’s. The examination is held from the perspectives of respublica noumenon and of respublica phaenomenon. Under the first perspective, it is studied Kant’s liberalism, based on the dichotomy between ethics and law. It is demonstrated in this perspective that, despite the laws demand only what is legal, the “legal morality” is the most appropriate possible conduct for a republican citizen. Based on this interpretation lies the understanding of the practical Kantian philosophy in terms of human endeavour, for which both ethics and law are counterparts. On the second perspective, the Kantian veto to the right of resistance is brought to light and its ever-defended emphasis on the need of enlightenment. The second perspective also exploits the last pieces of writing of Kant’s, and it is understood finally that the notion of enlightenment, under a respublica phaenomenon perspective is linked to the “abstract autonomy” supported under a respublica noumenon stance. / A presente dissertação tem dois objetivos centrais: o primeiro é apresentar a solução kantiana aos seguintes problemas da filosofia política: a) o problema da fundamentação da necessidade do Estado e b) o problema da definição e justificação da melhor forma de governo, ou seja, de como o Estado deve organizar-se para exercer o poder que lhe é inerente. O segundo objetivo é analisar a mantença do conceito ético de autonomia no contexto do pensamento jurídico-político kantiano. Diante desses objetivos, fez-se necessário estruturar a dissertação em quatro capítulos. O primeiro delimita o objeto de estudo e apresenta a chave de leitura sem a qual compreende-se que é impossível entender o pensamento jurídico-político kantiano, a saber, as perspectivas argumentativas da respublica noumenon (plano racional) e da respublica phaenomenon (plano fático ou efetivo). No segundo capítulo, “A fundamentação racional do Estado”, expõe-se a resposta de Kant ao problema da fundamentação da necessidade do Estado. Apresenta-se a transformação kantiana dos conceitos tradicionais do contratualismo, a saber, estado de natureza e contrato originário. No terceiro capítulo, “O Estado da razão”, apresenta-se a solução ao problema da melhor forma de governo, de como o poder deve ser exercido. Esse capítulo explora os seguintes temas: formas de soberania (Formen der Beherrschung) e formas de governo (Formen der Regierung), princípios fundamentais do republicanismo, distinção dos poderes, conceito de soberania e princípio de representação. O quarto capítulo, “O cidadão republicano”, analisa o conceito de autonomia no contexto do pensamento jurídico-político kantiano. A análise é feita desde as perspectivas da respublica noumenon e da respublica phaenomenon. Na primeira perspectiva, explora-se o problema do liberalismo kantiano, a partir da distinção entre ética e direito. Procura-se demonstrar que, embora o direito exija apenas a legalidade, a “moralidade jurídica” é a possibilidade de conduta mais apropriada ao cidadão republicano. Na base dessa interpretação está a compreensão da filosofia prática kantiana como um projeto de emancipação humana, em que ética e direito são âmbitos que se complementam. Na segunda perspectiva, trata-se de expor o veto kantiano ao direito de resistência e sua reiterada ênfase na necessidade do esclarecimento. Exploram-se os últimos escritos de Kant e entende-se que a noção de esclarecimento, no âmbito da respublica phaenomenon, é o correlato da “autonomia abstrata” do plano da respublica noumenon.
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Esclarecimento e estado: o aufgeklärter kritiker como condição de possibilidade da reforma e evolução do estado na filosofia de Immanuel KantBresolin, Keberson January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / This thesis aims to show what an enlightened individual (aufgeklärter Kritiker) is and how he can contribute to the improvement of the State. In addition, our thesis seeks to highlight the fact that Kantian education is directed to moral, that is, discipline, cultivate, civilize and moralize aim the moral formation of men. However, education doesn’t guarantee that individuals will become enlightened since the enlightenment (Aufklärung) is an internal process that each individual must reach himself. There is not any external requirement able to make someone enlightened, it is contradictory, because the only motive strong enough to make the individual undergo the process of Aufklärung comes from the internal and is expressed as a categorical commandment: you must become enlightened, use the reason as the only criteria of action. The moral law, expressed in the categorical imperative, offers a strong commandment to force individuals to move from the “state of underage”. So, to move from the underage status and to pass to the Mündigkeit is what we name process of the Aufklärung and it calls the individual to assume himself as a rational subject owning his life and decisions. However, the process of Aufklärung can only happen in a situation where there is a certain social harmony, otherwise the people would concern with the defense of property and life than with leaving of underage. The State, through public laws, must guarantee the freedom and legal equality. Furthermore, it must allow the use of public reason by which the individual who performed the process of Aufklärung can publicly criticize the actions and decisions of the State. Thus, the State faces a continuous and evolutionary reform toward the idea of Republican State. Therefore, the relationship between the enlightened critic (aufgeklärter Kritiker) and the State is crucial, because while the State guarantees the harmonious coexistence between the subjects and allows the freedom to use the public reason, the aufgeklärter Kritiker uses the public reason to criticize the decisions, rules and laws of the State with the intention of improving it. The aufgeklärter Kritiker’s critique aims at the public improvement and doesn’t promote private interests or communitarian ideas, as well as it doesn’t incite the population to rebel. / A presente tese busca mostrar o que é um indivíduo esclarecido (aufgeklärter Kritiker) e como ele pode contribuir para o aprimoramento do Estado. Além disso, nossa tese busca evidenciar que a educação kantiana direciona-se para a moral, ou seja, disciplinar, cultivar, civilizar e moralizar visam a formação moral do homem. No entanto, a educação não garante que os indivíduos se tornarão esclarecidos, visto ser o esclarecimento (Aufklärung) um processo interno, o qual cada indivíduo deve por si mesmo fazê-lo. Não existe uma obrigação exterior capaz de tornar alguém esclarecido, visto ser isso contraditório, pois o único motivo suficientemente forte para obrigar o indivíduo a fazer o processo da Aufklärung provém do foro interno e se expressa como um mandamento categórico: tu deves tornar-te esclarecido, usar a razão como critério único do agir. A lei moral, expressa no imperativo categórico, oferece um mandamento forte o suficiente para obrigar os indivíduos a sair da menoridade. Assim, sair da menoridade e passar à maioridade é o que chamamos de processo da Aufklärung e convoca o indivíduo a assumir-se verdadeiramente como um sujeito racional dono de sua própria vida e decisões. No entanto, o processo da Aufklärung só pode acontecer em uma situação onde já reina certa harmonia social, pois do contrário os indivíduos preocupar-se-iam muito mais com a defesa de sua propriedade e de sua vida do que com a saída na menoridade. O Estado, através das leis públicas, precisa garantir a liberdade e a igualdade legal. Além disso, ele deve permitir o uso da razão pública, através da qual o indivíduo que realizou o processo da Aufklärung pode criticar publicamente as medidas e decisões do Estado. Desta forma, o Estado sofre uma contínua e evolutiva reforma em direção à ideia de Estado Republicano. Portanto, a relação entre o crítico esclarecido (aufgeklärter Kritiker) e o Estado é fundamental, pois enquanto o Estado garante a convivência harmônica entre os súditos e permite a liberdade de usar publicamente a razão, o aufgeklärter Kritiker vale-se da razão pública para criticar as decisões, regras, normas e leis do Estado com o intuito de melhorá-lo. A crítica do aufgekläter Kritiker visa o melhoramento público e não promove interesses privados ou ideias comunitaristas, assim como não incita a população a se rebelar.
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Insuficiência, necessidade e possibilidade do sentido do ser: Heidegger e a superação da metafísicaPantaleoni, Cássio Eduardo Duarte January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Starting from the fundamental critic to traditional ontology developed in the Introduction of Being and Time, were considered the aspects of insufficiency, necessity and possibility of sense of being in order to draw Martin Heidegger’s project to overcome metaphysics. Metaphysical abyss, jump into metaphysics and sense of being’s possibility are examined trough the consideration of the question of being, hermeneutical phenomenology, essence and possibility of metaphysics and through existenciary structures of da-sein. The possibility of sense is explicated from the reconsideration of notions like ontological difference, temporality and hermeneutical circularity. It’s concluded, in that way, that metaphysic’s overcoming, on Heidegger, reaches its intent due to existential analytics, understood as fundamental ontology. / A partir da crítica fundamental às ontologias da tradição elaborada na Introdução de Ser e Tempo, consideraram-se os aspectos de insuficiência, necessidade e possibilidade do sentido do ser para delinear o projeto de superação da metafísica de Martin Heidegger. Abismo metafísico, salto (adentramento) na metafísica e possibilidade do sentido do ser são examinados pelas vias da consideração da questão do ser, da fenomenologia hermenêutica, da essência e possibilidade da metafísica e pelas estruturas existenciárias do da-sein. A possibilidade do sentido é explicitada pela reconsideração das noções de diferença ontológica, temporalidade e circularidade hermenêutica. Conclui-se, assim, que a superação da metafísica, em Heidegger, alcança seu intuito a partir da analítica existencial, entendida como ontologia fundamental.
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