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Impacto do tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo nas comorbidades psiquiátricas no curto e médio prazos / Impact of obsessive compulsive disorder treatment on psychiatric comorbidities in the short and in the mean follow-up

Valerio, Carolina 14 December 2011 (has links)
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno de ansiedade caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões, que interferem no funcionamento cotidiano do indivíduo. Obsessões são pensamentos, imagens, idéias ou impulsos intrusivos, repetitivos, que costumam gerar desconforto. Compulsões são comportamentos repetitivos, realizados em geral em resposta às obsessões, com a função de aliviar o sofrimento causado pelas mesmas. O TOC apresenta alta taxa de comorbidades psiquiátricas, como depressão, transtornos de tiques, e outros transtornos de ansiedade, e existem evidências de que quanto maior o número de comorbidades psiquiátricas, pior é a resposta ao tratamento do TOC. Entretanto, pouco se sabe sobre a repercussão do tratamento do TOC nos demais transtornos psiquiátricos que, com certa freqüência, o acompanham. O objetivo deste estudo foi investigar o impacto dos tratamentos convencionais do TOC sobre as comorbidades psiquiátricas detectadas na entrevista diagnóstica realizada no pré-tratamento. Foram avaliados os pacientes com diagnóstico principal de TOC, admitidos nos projetos de tratamento do Programa Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (PROTOC) do IPq-HC-FMUSP, entre Julho de 2007 e Dezembro de 2009. Os participantes foram avaliados após 3 e 12 meses de tratamento, quanto à resposta ao tratamento do TOC e quanto à melhora dos demais transtornos psiquiátricos comórbidos. Os dados obtidos foram analisados de forma a se verificar possíveis relações entre a resposta ao tratamento do TOC e a evolução das comorbidades no curto e médio prazos. Os resultados mais robustos mostraram associação entre a resposta ao tratamento do TOC e a resposta positiva dos transtornos depressivos e ansiosos, e também dos transtornos de tiques. Interessante notar que para esta amostra, ter comorbidades psiquiátricas não se associou, estatisticamente, a uma pior resposta ao tratamento. Estudos futuros poderiam se prolongar neste tema, e estudar amostras com de maior número e distribuições mais igualitárias entre os tipos de tratamento do TOC (medicação e terapia) e entre os grupos de transtornos psiquiátricos adicionais. / Obsessive-compulsive disorder (OCD) is an anxiety disorder characterized by the presence of obsessions and/or compulsions that cause great impairment in the daily life of patients. Obsessions are thoughts, images, ideas or impulses that are persistent and experienced as intrusive, repetitive and cause anxiety or distress. Compulsions are repetitive behaviors or mental acts executed, in general, in response to obsessions and are intended to prevent or reduce the distress caused by them. OCD is also a chronic disorder that present high rates of psychiatric comorbidities such as depression, tic disorders and other anxiety disorders, and there is some evidence that the higher the number of psychiatric comorbidities, the worse the OCD treatment response. However, little is known about the impact of OCD treatment on the outcome of the psychiatric comorbidities usually present in OCD patients. The aim of this study was to investigate the impact of exclusive, conventional treatments for OCD on the outcome of additional psychiatric disorders of OCD patients detected at baseline. Patients with primary OCD admitted to the treatment protocols of the Obsessive-Compulsive Spectrum Disorders Program (PROTOC - IPq-HC-FMUSP), between July 2007 and December 2009, were evaluated at pre-treatment and after 3 and 12 months, with regard to OCD treatment response and psychiatric comorbidities status. The data were analyzed to verify possible associations between OCD treatment response and the outcome of psychiatric comorbidities. Results showed a significant association between OCD treatment response and improvement of major depression, dysthimia, other anxiety and tic disorders. Further research focusing on the possible mechanisms by which OCD treatment could lead to improvement of these specific disorders is warranted.
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Comorbidades psiquiátricas associadas com transtornos de ansiedade em uma amostra de crianças e adolescentes

Silva Júnior, Estácio Amaro January 2010 (has links)
Introdução: Os transtornos de ansiedade na infância e adolescência são prevalentes e geralmente se mantêm até a vida adulta. Podem também ser considerados como fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos. Portanto, a avaliação, o diagnóstico e o tratamento da ansiedade nesta faixa etária, assim como a detecção de comorbidades associadas, têm uma importância significativa para o alívio do sofrimento e para a prevenção de transtornos mentais em futuras etapas do ciclo vital. Objetivos: Avaliar, em uma amostra comunitária de crianças e adolescentes, a presença de comorbidades nos distintos transtornos de ansiedade em comparação ao grupo controle. Métodos: Em um delineamento de caso-controle, entre agosto de 2008 e dezembro de 2009 foram avaliadas, sucessivamente, 242 crianças e adolescentes pertencentes a escolas estaduais que estão dentro da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A triagem realizada nas escolas faz parte de um projeto de pesquisa no qual foram aplicados instrumentos de avaliação de ansiedade e outros sintomas psiquiátricos com o objetivo de averiguar possíveis casos (ansiosos) e controles, para um amplo estudo sobre transtornos de ansiedade na infância e adolescência. Os indivíduos selecionados, através da triagem escolar, foram posteriormente avaliados através do K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children – Present and Lifetime Version Diagnostic Interview), aplicado aos participantes da pesquisa, juntamente com seus pais, por psiquiatras treinados. Resultados: A amostra final foi composta por 138 casos e 104 controles. Entre os casos, 95 (68,8%) preencheram critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada (TAG), 57 (41,3%) para transtorno de ansiedade social (TAS), 49 (35,5%) para transtorno de ansiedade de separação (TASep) e nove (6,5%) preencheram os critérios diagnósticos para transtorno de pânico (TP). Os ansiosos apresentaram alta taxa de comorbidade, ao longo da vida, estatisticamente significativa em comparação ao grupo controle, entre os transtornos de ansiedade: transtorno de ansiedade de separação com fobia específica - FE (51%) e TAG (59,2%); transtorno de ansiedade generalizada com TAS (36,8%), FE (52,6%) e transtorno do estresse pós-traumático - TEPT (8,5%); transtorno de ansiedade social com FE (59,6%) e TAG (61,4%). Também apresentaram mais comorbidade com depressão: com TAG (29,3%) e com TAS (30,9%), e enurese com TASep (22,4%). Conclusão: Houve, na amostra comunitária, uma alta prevalência de transtornos de ansiedade, principalmente transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social e transtorno de ansiedade de separação. Evidenciou-se maior comorbidade com os demais transtornos de ansiedade, depressão e enurese entre os ansiosos em comparação ao grupo controle. Observou-se que possuir a comorbidade aumenta o risco de ter o desfecho (transtorno de ansiedade). É importante a realização de pesquisas similares com um maior número amostral, e de estudos caso-controle em amostras clínicas, para confirmação dos nossos resultados. / Introduction: Anxiety disorders in childhood and adolescence are prevalent, often remain until adulthood and may also be considered as a risk factor for developing other psychiatric disorders. Therefore, assessment, diagnosis and treatment of anxiety in this age group as well as the detection of comorbidities have a significant importance for the relief of suffering and the prevention of mental disorders in future stages of the lifecycle. Objectives: To evaluate the presence of comorbidities in the different anxiety disorders compared to controls in a community sample of children and adolescents. Methods: 242 children and adolescents were evaluated successively in the state schools which are within the area covered by the primary care unit of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) in a randomized case-control study, between August 2008 and December 2009. The screening conducted in schools is part of a research project in which instruments were used to evaluate anxiety and other psychiatric symptoms in order to investigate possible cases (anxious) and controls for an extensive study of anxiety disorders in childhood and adolescence. Those selected through the school screening, were subsequently evaluated using the K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children - Present and Lifetime Version Diagnostic Interview), applied to the research participants, along with their parents by trained psychiatrists. Results: The final sample included 138 cases and 104 controls. Among cases, 95 (68.8%) met diagnostic criteria for generalized anxiety disorder (GAD), 57 (41.3%) for social anxiety disorder (SAD), 49 (35.5%) for separation anxiety disorder (SepAD) and nine (6.5%) met the diagnostic criteria for panic disorder (PD). The forward had a high rate of comorbidity in lifetime, statistically significant compared to the control group, among the anxiety disorders: separation anxiety disorder with specific phobia - SP (51%) and GAD (59.2%); generalized anxiety disorder with SAD (36.8%), SP (52.6%) disorder and posttraumatic stress disorder - PTSD (8.5%), social anxiety disorder with PS (59.6%) and GAD (61.4%). There was also more comorbidity between depression with GAD (29.3%) and SAD (30.9%) and enuresis with SepAD (22.4%). Conclusion: There was a high prevalence of anxiety disorders, particularly generalized anxiety disorder, social anxiety disorder and separation anxiety disorder in the community sample. There has been a higher comorbidity with other anxiety disorders, depression and enuresis among anxious compared to control group and it has been observed that having the comorbidity increases the risk of the outcome (anxiety disorder). It is extremely relevant and important to conduct similar research with a larger sample and case-control studies in clinical samples to confirm the results.
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Estudo de alelos variantes do gene da tirosina kinase B (NTRK2) na epilepsia do lobo temporal

Torres, Carolina Machado January 2015 (has links)
Introdução O gene NTRK2 codifica um receptor pertencente a família de neurotrofinas Tirosina Kinase, conhecido como TrkB. O TrkB é um receptor de membrana com propriedades relacionadas a sinalização e diferenciação celular que tem sido envolvido em transtornos neuropsiquiátricos. Objetivo Estudar as freqüências de alelos variantes do gene NTRK2 em pacientes com epilepsia do lobo temporal (ELT) comparado a controles sem epilepsia. O impacto desses polimorfismos em variáveis clínicas e psiquiátricas dos pacientes com ELT também foi analisado. Métodos Inicialmente, realizamos estudo de caso-controle comparando as freqüências dos polimorfismos do TrkB em 198 pacientes Brasileiros com origem Européia com ELT e 200 controles sem epilepsia. Na segunda parte, foi avaliado o impacto das variantes alélicas em características clínicas e eletroencefalográficas dos pacientes com epilepsia. Os seguintes polimorfismos foram avaliados: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. Por fim, 163 pacientes com ELT foram avaliados com uma entrevista psiquiátrica (SCID-I) para detecção de transtornos psiquiátricos ao longo da vida e esses achados foram analisados em relação aos polimorfismos do gene NTRK2. Resultados Pacientes com epilepsia do lobo temporal evidenciaram um aumento significativo de Timina em homozigose no SNP rs10868235 do gene NTRK2 quando comparados ao grupo controle (O.R.=1.90; 95%IC=1.17-3.09; p= 0.01). Não foram encontradas outras diferenças entre pacientes e controles. Pacientes com Adenina em homozigose no SNP rs1443445 do gene NTRK2 tiveram uma média de idade de início de crises mais baixa quando comparados aos demais pacientes (p<0.01). Também observamos que a presença de Timina foi significativamente mais freqüente no SNP rs3780645 do gene NTRK2 em pacientes que necessitam politerapia para o controle de crises se comparados aos que estão em monoterapia. Esse achado pode significar uma maior dificuldade em obter o controle das crises nesse grupo de pacientes (O.R.= 4.13; 95%IC= 1.68-10.29; p= 0.001). Após essa análise, estudamos 163 pacientes com ELT em relação a presença ou não de comorbidades psiquiátricas. A avaliação psiquiátrica foi realizada através da aplicação do SCID-I (Entrevista Clínica Estruturada para Detecção de Transtornos Psiquiátricos de Eixo I do DSM-IV). Setenta e seis pacientes (46.6%) apresentaram transtornos de humor. Sexo feminino, transtorno de ansiedade, genótipo A/A no SNP rs1867283 e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 foram todos fatores independentemente associados com transtornos de humor nesses pacientes Transtornos depressivos foram os que mais contribuíram para esses resultados. Após a regressão logística, fatores de risco independentes para transtornos depressivos em pacientes com ELT foram sexo feminino (OR=2.54; 95%IC=1.18- 5.47; p=0.017), presença de transtorno de ansiedade concomitante (OR=3.30; 95%IC=1.58-6.68; p=0.001), genótipo A/A no SNP rs1867283 do gene NTRK2 (OR=2.84; 95%IC=1.19-6.80; p=0.019), e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 (OR=2.74; IC=1.28-5.88; p=0.010). Conclusões Observamos que pacientes com ELT apresentam uma distribuição alélica distinta do gene NTRK2 quando comparados a controles sem epilepsia e que a variabilidade alélica do NTRK2 influenciou a idade de início de crises e talvez a resposta a terapia farmacológica anticonvulsivante. O sexo feminino, transtornos de ansiedade e variações alélicas no gene NTRK2 foram todos fatores de risco independentes para transtornos de humor ou transtornos depressivos em pacientes com ELT. Até onde temos conhecimento, este é o primeiro estudo evidenciando associações de variantes alélicas do gene NTRK2 em ELT. Acreditamos que outros estudos nessa área ajudarão a elucidar melhor os mecanismos envolvidos na epileptogênese do lobo temporal. Se nossos resultados forem confirmados, as variantes alélicas do gene NTRK2 poderiam ser usadas como um biomarcador para transtornos depressivos em pacientes com ELT. / Introduction The NTRK2 gene encodes a member of the neurotrophic tyrosine kinase family receptor known as TrkB. It is a membrane-associated receptor with signaling and cellular differentiation proprieties that has been involved in neuropsychiatric disorders. Objective Study the frequencies of NTRK2 allele variants in patients with temporal lobe epilepsy (TLE) compared to controls without epilepsy. The impact of these polymorphisms on major clinical and psychiatric variables in TLE was also explored. Methods A case-control study comparing the frequencies of the TrkB gene polymorphism in 198 TLE Brazilian with European origin patients and in 200 matching controls without epilepsy. In a second step, the impact of allelic variation on major clinical and electroencephalographic variables in epilepsy was evaluated in the group of TLE patients. The following polymorphisms were evaluated: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. At last, 163 TLE patients were evaluated with a psychiatry interview (SCID-I) to detect lifelong psychiatric comorbidities and this findings were analyzed in relation to NTRK2 polymorphisms. Results Patients with temporal lobe epilepsy showed a significant increase of thymine homozygosis in the rs10868235 NTRK2 SNP when compared with the control group (O.R.=1.90; 95%CI=1.17-3.09; p= 0.01) . There were no other differences between patients and controls. Patients with adenine homozygosis in the rs1443445 NTRK2 SNP showed an earlier mean age of seizure onset when compared with other patients (p<0.01). Also, we observed that thymine was significantly more frequent in the rs3780645 NTRK2 SNP in patients that needed polytheraphy for seizure control when compared to those in monotherapy. This finding perhaps reflects an increased difficulty to exert seizure control in this group of patients (O.R.= 4.13; 95%CI= 1.68-10.29; p= 0.001). We also analyzed 163 patients in the TLE group in relation to presence of psychiatric comorbidities. Psychiatric evaluation was performed using the SCID-I (Structured Clinical Interview for DSM-IV, Axis I). Seventy six patients (46.6%) showed mood disorders. Female sex, anxiety disorders, A/A genotype in rs1867283 NTRK2, and C/C genotype in the rs10868235 NTRK2 gene were all independently associated with mood disorders in these patients. Depressive disorders mostly accounted for these results. After logistic regression, independent risk factors for depressive disorder in TLE were female sex (OR=2.54; 95%CI=1.18-5.47; p=0.017), presence of concomitant anxiety disorders (OR=3.30; 95%CI=1.58-6.68; p=0.001), A/A genotype in rs1867283 NTRK2 (OR=2.84; 95%CI=1.19-6.80; p=0.019), and C/C genotype in rs10868235 NTRK2 gene (OR=2.74; 1.28-5.88; p=0.010). Conclusions We observed that patients with epilepsy showed a difference in NTRK2 allelic distribution when compared with controls without epilepsy, and that NTRK2 variability influenced age of seizure onset and perhaps pharmacologic response to seizure control. Female sex, anxiety disorders and allelic variations in NTRK2 gene were all independent risk factors for mood disorder or depressive disorders in TLE. . As far as we know, this is the first study showing an association between NTKR2 allele variants in temporal lobe epilepsy. We believe that other studies in this venue will shade some light on the molecular mechanisms involved in temporal epileptogenesis. If our results were confirmed, NTRK2 gene allele variants could be used as a biomarker for depressive disorders in patients with temporal lobe epilepsy.
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Múltiplas comorbidades psiquiátricas de eixo I ao longo da vida em pacientes com transtorno de humor bipolar

Vieira, Daniel Chaves January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Os termos múltiplas comorbidades e multimorbidade são crescentes na literatura médica, trazendo e traduzindo uma nova forma de avaliar e cuidar de pacientes graves que acumulam doenças crônicas. Estudos apontam piores prognósticos para o transtorno bipolar (TB) quando associado à comorbidades específicas. Entretanto, fatores correlacionados ao número total de transtornos associados, e não a cada transtorno de forma específica, ainda não foram investigados no TB. OBJETIVOS: A finalidade deste estudo é avaliar diferentes aspectos relacionados à presença de múltiplas comorbidades psiquiátricas de Eixo I ao longo da vida em amostra de pacientes com TB. MÉTODO: Uma amostra de 294 pacientes bipolares foi investigada. Os diagnósticos de TB e das comorbidades psiquiátricas foram confirmados através entrevista clínica estruturada para transtornos de Eixo I (SCID-I) do DSM-IV. Um protocolo padrão do PROTAHBI foi aplicado para a obtenção de dados sócio-demográficos e variáveis clínicas. Os níveis de funcionamento, a qualidade de vida (QV), assim como, a presença de sintomas depressivos, ansiosos e maníacos foram avaliados através de instrumentos específicos validados na literatura. Múltiplas comorbidades foram consideradas presentes quando três ou mais diagnósticos psiquiátricos, adicionais ao TB, eram constatados. LIMITAÇÕES: Comorbidades com transtornos de Eixo II e III não foram investigadas neste estudo. RESULTADOS: A prevalência ao longo da vida para pelo menos uma comorbidade foi de 68.8% (n = 203), para duas ou três foi de 34.2% (n = 101) e para múltiplas comorbidades foi de 34.6% (n = 102). Na análise comparativa para as variáveis clínicas, diferenças correlacionadas ao número total de comorbidades foram detectadas. Um significativo impacto negativo foi verificado na avaliação do funcionamento e na QV dos pacientes com múltiplas comorbidades. CONCLUSÕES: A presença de múltiplas comorbidades psiquiátricas de Eixo I ocorre em cerca de um terço dos pacientes bipolares e revela uma maior gravidade e complexidade ao transtorno, independentemente de quais transtornos específicos co-ocorram. Questões acerca de sua adequada contemplação nos critérios de classificação diagnóstica e guidelines de tratamento também foram suscitadas. / BACKGROUND: The concepts multiple comorbidities and multimorbidity are growing in relevance in medical literature, enabling a new perspective to understand and treat patients with severe and cumulative chronic diseases. Studies report worse prognoses of bipolar disorder (BD) when associated with specific comorbidities. However, factors underlying co-occurring rather than single disorders have not been analyzed yet. OBJECTIVES: The present study aims at assessing the impact of psychiatric multiple comorbidities with Axis I disorder on bipolar patients. METHODS: A sample of 294 bipolar patients was examined. BD and comorbidities diagnoses were confirmed by means of Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I disorders. A PROTAHBI standard protocol provided the access for the social-demographic data and clinical variables. Levels of functioning and quality of live as well as the presence of depressive, anxiety and manic symptoms were evaluated by means of proper instruments validated in medical literature. Multiple comorbidities were considered when three or more comorbid psychiatric diagnoses were verified. LIMITATIONS: Axis II and III comorbidities were not considered in this investigation. RESULTS: Lifetime prevalence of any comorbidity was 68.8% (n = 203), of one or two comorbidities was 34.2% (n = 101), and of multiples comorbidities was 34.6% (n = 102). ). In the comparative analysis of clinical variables, some differences between the groups were detected. A significant negative impact was verified when assessing functioning and quality of life of patients with multiple comorbidities. CONCLUSIONS: The presence of Axis I psychiatric comorbidities was found in one third of the bipolar patients and revealed a more severe and complex disorder, regardless of which particular disorders may co-occur. Concerns were raised about whether current medical classification systems and practice guidelines are properly addressing this issue.
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Múltiplas comorbidades psiquiátricas de eixo I ao longo da vida em pacientes com transtorno de humor bipolar

Vieira, Daniel Chaves January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Os termos múltiplas comorbidades e multimorbidade são crescentes na literatura médica, trazendo e traduzindo uma nova forma de avaliar e cuidar de pacientes graves que acumulam doenças crônicas. Estudos apontam piores prognósticos para o transtorno bipolar (TB) quando associado à comorbidades específicas. Entretanto, fatores correlacionados ao número total de transtornos associados, e não a cada transtorno de forma específica, ainda não foram investigados no TB. OBJETIVOS: A finalidade deste estudo é avaliar diferentes aspectos relacionados à presença de múltiplas comorbidades psiquiátricas de Eixo I ao longo da vida em amostra de pacientes com TB. MÉTODO: Uma amostra de 294 pacientes bipolares foi investigada. Os diagnósticos de TB e das comorbidades psiquiátricas foram confirmados através entrevista clínica estruturada para transtornos de Eixo I (SCID-I) do DSM-IV. Um protocolo padrão do PROTAHBI foi aplicado para a obtenção de dados sócio-demográficos e variáveis clínicas. Os níveis de funcionamento, a qualidade de vida (QV), assim como, a presença de sintomas depressivos, ansiosos e maníacos foram avaliados através de instrumentos específicos validados na literatura. Múltiplas comorbidades foram consideradas presentes quando três ou mais diagnósticos psiquiátricos, adicionais ao TB, eram constatados. LIMITAÇÕES: Comorbidades com transtornos de Eixo II e III não foram investigadas neste estudo. RESULTADOS: A prevalência ao longo da vida para pelo menos uma comorbidade foi de 68.8% (n = 203), para duas ou três foi de 34.2% (n = 101) e para múltiplas comorbidades foi de 34.6% (n = 102). Na análise comparativa para as variáveis clínicas, diferenças correlacionadas ao número total de comorbidades foram detectadas. Um significativo impacto negativo foi verificado na avaliação do funcionamento e na QV dos pacientes com múltiplas comorbidades. CONCLUSÕES: A presença de múltiplas comorbidades psiquiátricas de Eixo I ocorre em cerca de um terço dos pacientes bipolares e revela uma maior gravidade e complexidade ao transtorno, independentemente de quais transtornos específicos co-ocorram. Questões acerca de sua adequada contemplação nos critérios de classificação diagnóstica e guidelines de tratamento também foram suscitadas. / BACKGROUND: The concepts multiple comorbidities and multimorbidity are growing in relevance in medical literature, enabling a new perspective to understand and treat patients with severe and cumulative chronic diseases. Studies report worse prognoses of bipolar disorder (BD) when associated with specific comorbidities. However, factors underlying co-occurring rather than single disorders have not been analyzed yet. OBJECTIVES: The present study aims at assessing the impact of psychiatric multiple comorbidities with Axis I disorder on bipolar patients. METHODS: A sample of 294 bipolar patients was examined. BD and comorbidities diagnoses were confirmed by means of Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I disorders. A PROTAHBI standard protocol provided the access for the social-demographic data and clinical variables. Levels of functioning and quality of live as well as the presence of depressive, anxiety and manic symptoms were evaluated by means of proper instruments validated in medical literature. Multiple comorbidities were considered when three or more comorbid psychiatric diagnoses were verified. LIMITATIONS: Axis II and III comorbidities were not considered in this investigation. RESULTS: Lifetime prevalence of any comorbidity was 68.8% (n = 203), of one or two comorbidities was 34.2% (n = 101), and of multiples comorbidities was 34.6% (n = 102). ). In the comparative analysis of clinical variables, some differences between the groups were detected. A significant negative impact was verified when assessing functioning and quality of life of patients with multiple comorbidities. CONCLUSIONS: The presence of Axis I psychiatric comorbidities was found in one third of the bipolar patients and revealed a more severe and complex disorder, regardless of which particular disorders may co-occur. Concerns were raised about whether current medical classification systems and practice guidelines are properly addressing this issue.
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Comorbidades psiquiátricas associadas com transtornos de ansiedade em uma amostra de crianças e adolescentes

Silva Júnior, Estácio Amaro January 2010 (has links)
Introdução: Os transtornos de ansiedade na infância e adolescência são prevalentes e geralmente se mantêm até a vida adulta. Podem também ser considerados como fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos. Portanto, a avaliação, o diagnóstico e o tratamento da ansiedade nesta faixa etária, assim como a detecção de comorbidades associadas, têm uma importância significativa para o alívio do sofrimento e para a prevenção de transtornos mentais em futuras etapas do ciclo vital. Objetivos: Avaliar, em uma amostra comunitária de crianças e adolescentes, a presença de comorbidades nos distintos transtornos de ansiedade em comparação ao grupo controle. Métodos: Em um delineamento de caso-controle, entre agosto de 2008 e dezembro de 2009 foram avaliadas, sucessivamente, 242 crianças e adolescentes pertencentes a escolas estaduais que estão dentro da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A triagem realizada nas escolas faz parte de um projeto de pesquisa no qual foram aplicados instrumentos de avaliação de ansiedade e outros sintomas psiquiátricos com o objetivo de averiguar possíveis casos (ansiosos) e controles, para um amplo estudo sobre transtornos de ansiedade na infância e adolescência. Os indivíduos selecionados, através da triagem escolar, foram posteriormente avaliados através do K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children – Present and Lifetime Version Diagnostic Interview), aplicado aos participantes da pesquisa, juntamente com seus pais, por psiquiatras treinados. Resultados: A amostra final foi composta por 138 casos e 104 controles. Entre os casos, 95 (68,8%) preencheram critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada (TAG), 57 (41,3%) para transtorno de ansiedade social (TAS), 49 (35,5%) para transtorno de ansiedade de separação (TASep) e nove (6,5%) preencheram os critérios diagnósticos para transtorno de pânico (TP). Os ansiosos apresentaram alta taxa de comorbidade, ao longo da vida, estatisticamente significativa em comparação ao grupo controle, entre os transtornos de ansiedade: transtorno de ansiedade de separação com fobia específica - FE (51%) e TAG (59,2%); transtorno de ansiedade generalizada com TAS (36,8%), FE (52,6%) e transtorno do estresse pós-traumático - TEPT (8,5%); transtorno de ansiedade social com FE (59,6%) e TAG (61,4%). Também apresentaram mais comorbidade com depressão: com TAG (29,3%) e com TAS (30,9%), e enurese com TASep (22,4%). Conclusão: Houve, na amostra comunitária, uma alta prevalência de transtornos de ansiedade, principalmente transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social e transtorno de ansiedade de separação. Evidenciou-se maior comorbidade com os demais transtornos de ansiedade, depressão e enurese entre os ansiosos em comparação ao grupo controle. Observou-se que possuir a comorbidade aumenta o risco de ter o desfecho (transtorno de ansiedade). É importante a realização de pesquisas similares com um maior número amostral, e de estudos caso-controle em amostras clínicas, para confirmação dos nossos resultados. / Introduction: Anxiety disorders in childhood and adolescence are prevalent, often remain until adulthood and may also be considered as a risk factor for developing other psychiatric disorders. Therefore, assessment, diagnosis and treatment of anxiety in this age group as well as the detection of comorbidities have a significant importance for the relief of suffering and the prevention of mental disorders in future stages of the lifecycle. Objectives: To evaluate the presence of comorbidities in the different anxiety disorders compared to controls in a community sample of children and adolescents. Methods: 242 children and adolescents were evaluated successively in the state schools which are within the area covered by the primary care unit of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) in a randomized case-control study, between August 2008 and December 2009. The screening conducted in schools is part of a research project in which instruments were used to evaluate anxiety and other psychiatric symptoms in order to investigate possible cases (anxious) and controls for an extensive study of anxiety disorders in childhood and adolescence. Those selected through the school screening, were subsequently evaluated using the K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children - Present and Lifetime Version Diagnostic Interview), applied to the research participants, along with their parents by trained psychiatrists. Results: The final sample included 138 cases and 104 controls. Among cases, 95 (68.8%) met diagnostic criteria for generalized anxiety disorder (GAD), 57 (41.3%) for social anxiety disorder (SAD), 49 (35.5%) for separation anxiety disorder (SepAD) and nine (6.5%) met the diagnostic criteria for panic disorder (PD). The forward had a high rate of comorbidity in lifetime, statistically significant compared to the control group, among the anxiety disorders: separation anxiety disorder with specific phobia - SP (51%) and GAD (59.2%); generalized anxiety disorder with SAD (36.8%), SP (52.6%) disorder and posttraumatic stress disorder - PTSD (8.5%), social anxiety disorder with PS (59.6%) and GAD (61.4%). There was also more comorbidity between depression with GAD (29.3%) and SAD (30.9%) and enuresis with SepAD (22.4%). Conclusion: There was a high prevalence of anxiety disorders, particularly generalized anxiety disorder, social anxiety disorder and separation anxiety disorder in the community sample. There has been a higher comorbidity with other anxiety disorders, depression and enuresis among anxious compared to control group and it has been observed that having the comorbidity increases the risk of the outcome (anxiety disorder). It is extremely relevant and important to conduct similar research with a larger sample and case-control studies in clinical samples to confirm the results.
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Estudo de alelos variantes do gene da tirosina kinase B (NTRK2) na epilepsia do lobo temporal

Torres, Carolina Machado January 2015 (has links)
Introdução O gene NTRK2 codifica um receptor pertencente a família de neurotrofinas Tirosina Kinase, conhecido como TrkB. O TrkB é um receptor de membrana com propriedades relacionadas a sinalização e diferenciação celular que tem sido envolvido em transtornos neuropsiquiátricos. Objetivo Estudar as freqüências de alelos variantes do gene NTRK2 em pacientes com epilepsia do lobo temporal (ELT) comparado a controles sem epilepsia. O impacto desses polimorfismos em variáveis clínicas e psiquiátricas dos pacientes com ELT também foi analisado. Métodos Inicialmente, realizamos estudo de caso-controle comparando as freqüências dos polimorfismos do TrkB em 198 pacientes Brasileiros com origem Européia com ELT e 200 controles sem epilepsia. Na segunda parte, foi avaliado o impacto das variantes alélicas em características clínicas e eletroencefalográficas dos pacientes com epilepsia. Os seguintes polimorfismos foram avaliados: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. Por fim, 163 pacientes com ELT foram avaliados com uma entrevista psiquiátrica (SCID-I) para detecção de transtornos psiquiátricos ao longo da vida e esses achados foram analisados em relação aos polimorfismos do gene NTRK2. Resultados Pacientes com epilepsia do lobo temporal evidenciaram um aumento significativo de Timina em homozigose no SNP rs10868235 do gene NTRK2 quando comparados ao grupo controle (O.R.=1.90; 95%IC=1.17-3.09; p= 0.01). Não foram encontradas outras diferenças entre pacientes e controles. Pacientes com Adenina em homozigose no SNP rs1443445 do gene NTRK2 tiveram uma média de idade de início de crises mais baixa quando comparados aos demais pacientes (p<0.01). Também observamos que a presença de Timina foi significativamente mais freqüente no SNP rs3780645 do gene NTRK2 em pacientes que necessitam politerapia para o controle de crises se comparados aos que estão em monoterapia. Esse achado pode significar uma maior dificuldade em obter o controle das crises nesse grupo de pacientes (O.R.= 4.13; 95%IC= 1.68-10.29; p= 0.001). Após essa análise, estudamos 163 pacientes com ELT em relação a presença ou não de comorbidades psiquiátricas. A avaliação psiquiátrica foi realizada através da aplicação do SCID-I (Entrevista Clínica Estruturada para Detecção de Transtornos Psiquiátricos de Eixo I do DSM-IV). Setenta e seis pacientes (46.6%) apresentaram transtornos de humor. Sexo feminino, transtorno de ansiedade, genótipo A/A no SNP rs1867283 e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 foram todos fatores independentemente associados com transtornos de humor nesses pacientes Transtornos depressivos foram os que mais contribuíram para esses resultados. Após a regressão logística, fatores de risco independentes para transtornos depressivos em pacientes com ELT foram sexo feminino (OR=2.54; 95%IC=1.18- 5.47; p=0.017), presença de transtorno de ansiedade concomitante (OR=3.30; 95%IC=1.58-6.68; p=0.001), genótipo A/A no SNP rs1867283 do gene NTRK2 (OR=2.84; 95%IC=1.19-6.80; p=0.019), e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 (OR=2.74; IC=1.28-5.88; p=0.010). Conclusões Observamos que pacientes com ELT apresentam uma distribuição alélica distinta do gene NTRK2 quando comparados a controles sem epilepsia e que a variabilidade alélica do NTRK2 influenciou a idade de início de crises e talvez a resposta a terapia farmacológica anticonvulsivante. O sexo feminino, transtornos de ansiedade e variações alélicas no gene NTRK2 foram todos fatores de risco independentes para transtornos de humor ou transtornos depressivos em pacientes com ELT. Até onde temos conhecimento, este é o primeiro estudo evidenciando associações de variantes alélicas do gene NTRK2 em ELT. Acreditamos que outros estudos nessa área ajudarão a elucidar melhor os mecanismos envolvidos na epileptogênese do lobo temporal. Se nossos resultados forem confirmados, as variantes alélicas do gene NTRK2 poderiam ser usadas como um biomarcador para transtornos depressivos em pacientes com ELT. / Introduction The NTRK2 gene encodes a member of the neurotrophic tyrosine kinase family receptor known as TrkB. It is a membrane-associated receptor with signaling and cellular differentiation proprieties that has been involved in neuropsychiatric disorders. Objective Study the frequencies of NTRK2 allele variants in patients with temporal lobe epilepsy (TLE) compared to controls without epilepsy. The impact of these polymorphisms on major clinical and psychiatric variables in TLE was also explored. Methods A case-control study comparing the frequencies of the TrkB gene polymorphism in 198 TLE Brazilian with European origin patients and in 200 matching controls without epilepsy. In a second step, the impact of allelic variation on major clinical and electroencephalographic variables in epilepsy was evaluated in the group of TLE patients. The following polymorphisms were evaluated: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. At last, 163 TLE patients were evaluated with a psychiatry interview (SCID-I) to detect lifelong psychiatric comorbidities and this findings were analyzed in relation to NTRK2 polymorphisms. Results Patients with temporal lobe epilepsy showed a significant increase of thymine homozygosis in the rs10868235 NTRK2 SNP when compared with the control group (O.R.=1.90; 95%CI=1.17-3.09; p= 0.01) . There were no other differences between patients and controls. Patients with adenine homozygosis in the rs1443445 NTRK2 SNP showed an earlier mean age of seizure onset when compared with other patients (p<0.01). Also, we observed that thymine was significantly more frequent in the rs3780645 NTRK2 SNP in patients that needed polytheraphy for seizure control when compared to those in monotherapy. This finding perhaps reflects an increased difficulty to exert seizure control in this group of patients (O.R.= 4.13; 95%CI= 1.68-10.29; p= 0.001). We also analyzed 163 patients in the TLE group in relation to presence of psychiatric comorbidities. Psychiatric evaluation was performed using the SCID-I (Structured Clinical Interview for DSM-IV, Axis I). Seventy six patients (46.6%) showed mood disorders. Female sex, anxiety disorders, A/A genotype in rs1867283 NTRK2, and C/C genotype in the rs10868235 NTRK2 gene were all independently associated with mood disorders in these patients. Depressive disorders mostly accounted for these results. After logistic regression, independent risk factors for depressive disorder in TLE were female sex (OR=2.54; 95%CI=1.18-5.47; p=0.017), presence of concomitant anxiety disorders (OR=3.30; 95%CI=1.58-6.68; p=0.001), A/A genotype in rs1867283 NTRK2 (OR=2.84; 95%CI=1.19-6.80; p=0.019), and C/C genotype in rs10868235 NTRK2 gene (OR=2.74; 1.28-5.88; p=0.010). Conclusions We observed that patients with epilepsy showed a difference in NTRK2 allelic distribution when compared with controls without epilepsy, and that NTRK2 variability influenced age of seizure onset and perhaps pharmacologic response to seizure control. Female sex, anxiety disorders and allelic variations in NTRK2 gene were all independent risk factors for mood disorder or depressive disorders in TLE. . As far as we know, this is the first study showing an association between NTKR2 allele variants in temporal lobe epilepsy. We believe that other studies in this venue will shade some light on the molecular mechanisms involved in temporal epileptogenesis. If our results were confirmed, NTRK2 gene allele variants could be used as a biomarker for depressive disorders in patients with temporal lobe epilepsy.
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Comorbidades psiquiátricas associadas com transtornos de ansiedade em uma amostra de crianças e adolescentes

Silva Júnior, Estácio Amaro January 2010 (has links)
Introdução: Os transtornos de ansiedade na infância e adolescência são prevalentes e geralmente se mantêm até a vida adulta. Podem também ser considerados como fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos. Portanto, a avaliação, o diagnóstico e o tratamento da ansiedade nesta faixa etária, assim como a detecção de comorbidades associadas, têm uma importância significativa para o alívio do sofrimento e para a prevenção de transtornos mentais em futuras etapas do ciclo vital. Objetivos: Avaliar, em uma amostra comunitária de crianças e adolescentes, a presença de comorbidades nos distintos transtornos de ansiedade em comparação ao grupo controle. Métodos: Em um delineamento de caso-controle, entre agosto de 2008 e dezembro de 2009 foram avaliadas, sucessivamente, 242 crianças e adolescentes pertencentes a escolas estaduais que estão dentro da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A triagem realizada nas escolas faz parte de um projeto de pesquisa no qual foram aplicados instrumentos de avaliação de ansiedade e outros sintomas psiquiátricos com o objetivo de averiguar possíveis casos (ansiosos) e controles, para um amplo estudo sobre transtornos de ansiedade na infância e adolescência. Os indivíduos selecionados, através da triagem escolar, foram posteriormente avaliados através do K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children – Present and Lifetime Version Diagnostic Interview), aplicado aos participantes da pesquisa, juntamente com seus pais, por psiquiatras treinados. Resultados: A amostra final foi composta por 138 casos e 104 controles. Entre os casos, 95 (68,8%) preencheram critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada (TAG), 57 (41,3%) para transtorno de ansiedade social (TAS), 49 (35,5%) para transtorno de ansiedade de separação (TASep) e nove (6,5%) preencheram os critérios diagnósticos para transtorno de pânico (TP). Os ansiosos apresentaram alta taxa de comorbidade, ao longo da vida, estatisticamente significativa em comparação ao grupo controle, entre os transtornos de ansiedade: transtorno de ansiedade de separação com fobia específica - FE (51%) e TAG (59,2%); transtorno de ansiedade generalizada com TAS (36,8%), FE (52,6%) e transtorno do estresse pós-traumático - TEPT (8,5%); transtorno de ansiedade social com FE (59,6%) e TAG (61,4%). Também apresentaram mais comorbidade com depressão: com TAG (29,3%) e com TAS (30,9%), e enurese com TASep (22,4%). Conclusão: Houve, na amostra comunitária, uma alta prevalência de transtornos de ansiedade, principalmente transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social e transtorno de ansiedade de separação. Evidenciou-se maior comorbidade com os demais transtornos de ansiedade, depressão e enurese entre os ansiosos em comparação ao grupo controle. Observou-se que possuir a comorbidade aumenta o risco de ter o desfecho (transtorno de ansiedade). É importante a realização de pesquisas similares com um maior número amostral, e de estudos caso-controle em amostras clínicas, para confirmação dos nossos resultados. / Introduction: Anxiety disorders in childhood and adolescence are prevalent, often remain until adulthood and may also be considered as a risk factor for developing other psychiatric disorders. Therefore, assessment, diagnosis and treatment of anxiety in this age group as well as the detection of comorbidities have a significant importance for the relief of suffering and the prevention of mental disorders in future stages of the lifecycle. Objectives: To evaluate the presence of comorbidities in the different anxiety disorders compared to controls in a community sample of children and adolescents. Methods: 242 children and adolescents were evaluated successively in the state schools which are within the area covered by the primary care unit of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) in a randomized case-control study, between August 2008 and December 2009. The screening conducted in schools is part of a research project in which instruments were used to evaluate anxiety and other psychiatric symptoms in order to investigate possible cases (anxious) and controls for an extensive study of anxiety disorders in childhood and adolescence. Those selected through the school screening, were subsequently evaluated using the K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children - Present and Lifetime Version Diagnostic Interview), applied to the research participants, along with their parents by trained psychiatrists. Results: The final sample included 138 cases and 104 controls. Among cases, 95 (68.8%) met diagnostic criteria for generalized anxiety disorder (GAD), 57 (41.3%) for social anxiety disorder (SAD), 49 (35.5%) for separation anxiety disorder (SepAD) and nine (6.5%) met the diagnostic criteria for panic disorder (PD). The forward had a high rate of comorbidity in lifetime, statistically significant compared to the control group, among the anxiety disorders: separation anxiety disorder with specific phobia - SP (51%) and GAD (59.2%); generalized anxiety disorder with SAD (36.8%), SP (52.6%) disorder and posttraumatic stress disorder - PTSD (8.5%), social anxiety disorder with PS (59.6%) and GAD (61.4%). There was also more comorbidity between depression with GAD (29.3%) and SAD (30.9%) and enuresis with SepAD (22.4%). Conclusion: There was a high prevalence of anxiety disorders, particularly generalized anxiety disorder, social anxiety disorder and separation anxiety disorder in the community sample. There has been a higher comorbidity with other anxiety disorders, depression and enuresis among anxious compared to control group and it has been observed that having the comorbidity increases the risk of the outcome (anxiety disorder). It is extremely relevant and important to conduct similar research with a larger sample and case-control studies in clinical samples to confirm the results.
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Estudo de alelos variantes do gene da tirosina kinase B (NTRK2) na epilepsia do lobo temporal

Torres, Carolina Machado January 2015 (has links)
Introdução O gene NTRK2 codifica um receptor pertencente a família de neurotrofinas Tirosina Kinase, conhecido como TrkB. O TrkB é um receptor de membrana com propriedades relacionadas a sinalização e diferenciação celular que tem sido envolvido em transtornos neuropsiquiátricos. Objetivo Estudar as freqüências de alelos variantes do gene NTRK2 em pacientes com epilepsia do lobo temporal (ELT) comparado a controles sem epilepsia. O impacto desses polimorfismos em variáveis clínicas e psiquiátricas dos pacientes com ELT também foi analisado. Métodos Inicialmente, realizamos estudo de caso-controle comparando as freqüências dos polimorfismos do TrkB em 198 pacientes Brasileiros com origem Européia com ELT e 200 controles sem epilepsia. Na segunda parte, foi avaliado o impacto das variantes alélicas em características clínicas e eletroencefalográficas dos pacientes com epilepsia. Os seguintes polimorfismos foram avaliados: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. Por fim, 163 pacientes com ELT foram avaliados com uma entrevista psiquiátrica (SCID-I) para detecção de transtornos psiquiátricos ao longo da vida e esses achados foram analisados em relação aos polimorfismos do gene NTRK2. Resultados Pacientes com epilepsia do lobo temporal evidenciaram um aumento significativo de Timina em homozigose no SNP rs10868235 do gene NTRK2 quando comparados ao grupo controle (O.R.=1.90; 95%IC=1.17-3.09; p= 0.01). Não foram encontradas outras diferenças entre pacientes e controles. Pacientes com Adenina em homozigose no SNP rs1443445 do gene NTRK2 tiveram uma média de idade de início de crises mais baixa quando comparados aos demais pacientes (p<0.01). Também observamos que a presença de Timina foi significativamente mais freqüente no SNP rs3780645 do gene NTRK2 em pacientes que necessitam politerapia para o controle de crises se comparados aos que estão em monoterapia. Esse achado pode significar uma maior dificuldade em obter o controle das crises nesse grupo de pacientes (O.R.= 4.13; 95%IC= 1.68-10.29; p= 0.001). Após essa análise, estudamos 163 pacientes com ELT em relação a presença ou não de comorbidades psiquiátricas. A avaliação psiquiátrica foi realizada através da aplicação do SCID-I (Entrevista Clínica Estruturada para Detecção de Transtornos Psiquiátricos de Eixo I do DSM-IV). Setenta e seis pacientes (46.6%) apresentaram transtornos de humor. Sexo feminino, transtorno de ansiedade, genótipo A/A no SNP rs1867283 e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 foram todos fatores independentemente associados com transtornos de humor nesses pacientes Transtornos depressivos foram os que mais contribuíram para esses resultados. Após a regressão logística, fatores de risco independentes para transtornos depressivos em pacientes com ELT foram sexo feminino (OR=2.54; 95%IC=1.18- 5.47; p=0.017), presença de transtorno de ansiedade concomitante (OR=3.30; 95%IC=1.58-6.68; p=0.001), genótipo A/A no SNP rs1867283 do gene NTRK2 (OR=2.84; 95%IC=1.19-6.80; p=0.019), e genótipo C/C no SNP rs10868235 do gene NTRK2 (OR=2.74; IC=1.28-5.88; p=0.010). Conclusões Observamos que pacientes com ELT apresentam uma distribuição alélica distinta do gene NTRK2 quando comparados a controles sem epilepsia e que a variabilidade alélica do NTRK2 influenciou a idade de início de crises e talvez a resposta a terapia farmacológica anticonvulsivante. O sexo feminino, transtornos de ansiedade e variações alélicas no gene NTRK2 foram todos fatores de risco independentes para transtornos de humor ou transtornos depressivos em pacientes com ELT. Até onde temos conhecimento, este é o primeiro estudo evidenciando associações de variantes alélicas do gene NTRK2 em ELT. Acreditamos que outros estudos nessa área ajudarão a elucidar melhor os mecanismos envolvidos na epileptogênese do lobo temporal. Se nossos resultados forem confirmados, as variantes alélicas do gene NTRK2 poderiam ser usadas como um biomarcador para transtornos depressivos em pacientes com ELT. / Introduction The NTRK2 gene encodes a member of the neurotrophic tyrosine kinase family receptor known as TrkB. It is a membrane-associated receptor with signaling and cellular differentiation proprieties that has been involved in neuropsychiatric disorders. Objective Study the frequencies of NTRK2 allele variants in patients with temporal lobe epilepsy (TLE) compared to controls without epilepsy. The impact of these polymorphisms on major clinical and psychiatric variables in TLE was also explored. Methods A case-control study comparing the frequencies of the TrkB gene polymorphism in 198 TLE Brazilian with European origin patients and in 200 matching controls without epilepsy. In a second step, the impact of allelic variation on major clinical and electroencephalographic variables in epilepsy was evaluated in the group of TLE patients. The following polymorphisms were evaluated: rs1867283A>G, rs10868235C>T, rs1147198G>T, rs11140800A>T, rs1187286G>T, rs2289656A>G, rs1624327A>G, rs1443445A>G, rs3780645C>T, rs2378672C>T. At last, 163 TLE patients were evaluated with a psychiatry interview (SCID-I) to detect lifelong psychiatric comorbidities and this findings were analyzed in relation to NTRK2 polymorphisms. Results Patients with temporal lobe epilepsy showed a significant increase of thymine homozygosis in the rs10868235 NTRK2 SNP when compared with the control group (O.R.=1.90; 95%CI=1.17-3.09; p= 0.01) . There were no other differences between patients and controls. Patients with adenine homozygosis in the rs1443445 NTRK2 SNP showed an earlier mean age of seizure onset when compared with other patients (p<0.01). Also, we observed that thymine was significantly more frequent in the rs3780645 NTRK2 SNP in patients that needed polytheraphy for seizure control when compared to those in monotherapy. This finding perhaps reflects an increased difficulty to exert seizure control in this group of patients (O.R.= 4.13; 95%CI= 1.68-10.29; p= 0.001). We also analyzed 163 patients in the TLE group in relation to presence of psychiatric comorbidities. Psychiatric evaluation was performed using the SCID-I (Structured Clinical Interview for DSM-IV, Axis I). Seventy six patients (46.6%) showed mood disorders. Female sex, anxiety disorders, A/A genotype in rs1867283 NTRK2, and C/C genotype in the rs10868235 NTRK2 gene were all independently associated with mood disorders in these patients. Depressive disorders mostly accounted for these results. After logistic regression, independent risk factors for depressive disorder in TLE were female sex (OR=2.54; 95%CI=1.18-5.47; p=0.017), presence of concomitant anxiety disorders (OR=3.30; 95%CI=1.58-6.68; p=0.001), A/A genotype in rs1867283 NTRK2 (OR=2.84; 95%CI=1.19-6.80; p=0.019), and C/C genotype in rs10868235 NTRK2 gene (OR=2.74; 1.28-5.88; p=0.010). Conclusions We observed that patients with epilepsy showed a difference in NTRK2 allelic distribution when compared with controls without epilepsy, and that NTRK2 variability influenced age of seizure onset and perhaps pharmacologic response to seizure control. Female sex, anxiety disorders and allelic variations in NTRK2 gene were all independent risk factors for mood disorder or depressive disorders in TLE. . As far as we know, this is the first study showing an association between NTKR2 allele variants in temporal lobe epilepsy. We believe that other studies in this venue will shade some light on the molecular mechanisms involved in temporal epileptogenesis. If our results were confirmed, NTRK2 gene allele variants could be used as a biomarker for depressive disorders in patients with temporal lobe epilepsy.
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Comorbidade entre cefaléias primárias e transtorno de ansiedade generalizada / Primary headaches and generalized anxiety disorder comorbidity

Juliane Prieto Peres Mercante 22 January 2008 (has links)
INTRODUÇÃO. A comorbidade entre cefaléias e transtornos psiquiátricos vem sendo enfatizada como um dos aspectos mais importantes no manejo dos pacientes com cefaléias primárias. Os transtornos de ansiedade, além dos de humor, são um dos diagnósticos de maior importância neste contexto. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é o transtorno de ansiedade mais associado à enxaqueca. Apesar da relevância do tema, é surpreendente a escassez de estudos sobre o impacto das cefaléias primárias em pacientes com TAG. OBJETIVO. O objetivo deste estudo foi de avaliar a prevalência ao longo da vida e o impacto das cefaléias primárias em pacientes com e sem TAG. MÉTODOS. Sessenta pacientes foram incluídos no estudo: 30 pacientes com diagnóstico de TAG, de acordo com a entrevista estruturada SCID-1/P, e 30 controles saudáveis. Todos os pacientes passaram por entrevista clínica enfocando variáveis demográficas (idade, sexo, escolaridade e estado civil), antropométricas (peso, altura e IMC), relativas às cefaléias (intensidade, duração, freqüência, aura, tempo de história e consumo de analgésicos), gravidade da sintomatologia (ansiosa, depressiva, de fadiga e de sonolência diurna) e conseqüências médico-sociais (incapacidade funcional, utilização de serviços de saúde e qualidade de vida). As cefaléias primárias foram avaliadas através de entrevista estruturada e foram empregados os critérios da Classificação Internacional das Cefaléias (2a edição) para realização de seu diagnóstico. RESULTADOS. 86,6% dos pacientes com TAG receberam algum diagnóstico de cefaléia, sendo a enxaqueca o diagnóstico mais comum. Comparados aos controles, os pacientes com TAG apresentaram odds ratio maior para cefaléias primárias (RC=7,43) e também para enxaqueca (RC=13,00), enxaqueca episódica (RC=6,88) e aura (RC=10,55). Já nos controles, apenas 47% receberam algum diagnóstico de cefaléia, sendo CTT episódica infreqüente o diagnóstico mais comum. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO. O diagnóstico de cefaléias primárias é mais comum em pacientes com TAG do que nos controles. A enxaqueca é o diagnóstico mais comum em pacientes com TAG e também mais freqüente em TAG que em controles. A cefaléia do tipo tensional (CTT) freqüente é igualmente comum em ambos os grupos. É importante realizar o diagnóstico de cefaléias primárias em pacientes com transtornos de ansiedade, em especial o TAG, pois a sua correta avaliação deve implicar em um manejo mais preciso dos pacientes com TAG e resultar em desfechos clínicos mais favoráveis. / OBJECTIVES. Anxiety disorders and headaches are comorbid conditions, but no research has been done on the prevalence and impact of primary headaches in generalized anxiety disorder (GAD) patients. The study\'s aim was to analyze lifetime prevalence and impact of primary headaches in patients with and without generalized anxiety disorder. METHODS. Sixty participants were enrolled in the study; 30 GAD patients diagnosed according to the DSM-IV were compared to 30 healthy control subjects. All patients were interviewed for psychiatric assessment using the SCID-I/P. Primary headaches were diagnosed using ICHD-II criteria for structured interview. RESULTS. Migraine was the most common diagnosis in generalized anxiety disorder patients. The prevalence of migraine was highest among GAD patients as opposed to controls (66.7% vs 13.3%; p<0.001; OR=13.00; 95% CI=3.55-47.6), episodic migraine (43.3% vs 10%; p=0.004; OR=6.88; 95% CI=1.71-27.75), chronic daily headache (20% vs 0; p=0.024) and aura (26.6% vs 3.3%; p=0.026; OR=10.55; 95% CI=1.23-90.67). Tension Type Headache (TTH) was equal for controls and the GAD group (20% vs 33.3%; p=0.243).The characteristics of migraines (frequency, intensity, duration, and consumption of analgesics), symptoms such as anxiety, depression, fatigue, and daytime sleepiness, as well as the medical-social consequences (functional incapacity, use of health services and quality of life) were worse in GAD patients than in controls. CONCLUSION. Primary headaches in general, and migraine in particular, are significantly more common in GAD patients than controls. GAD aggravates headaches. Primary headache diagnosis is important for anxiety disorder patients, particularly those with GAD, since correct assessment may lead to better patient management and clinical outcomes.

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