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Uso de álcool na gestação e sua relação com sintomas depressivos no pós-parto / Alcohol use in pregnancy and its relationship with postpartum depressive symptoms

Aliane, Poliana Patrício 11 February 2009 (has links)
O consumo de álcool durante a gestação tem sido associado na literatura científica a uma maior intensidade de sofrimento psiquiátrico durante a gestação e no pós-parto. Este estudo teve como objetivo principal verificar se o consumo de álcool em gestantes está relacionado a um aumento de sintomas depressivos e/ou ao diagnóstico de depressão no pós-parto. Para tal foi realizado um estudo prospectivo, com dois tempos de coleta de dados. Foram convidadas a participar gestantes da rede pública de saúde da cidade de Juiz de Fora/MG. Inicialmente foram entrevistadas 260 mulheres no terceiro trimestre gestacional, das quais 177 foram entrevistadas entre 15 dias a 3 meses após o parto. Para avaliação do uso de álcool durante a gestação foram utilizados os instrumentos T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye opener) e AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C), além do relato das gestantes sobre a quantidade de álcool ingerida durante toda a gestação. Para avaliação de sintomas depressivos no pós-parto foi utilizado o instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) e para o diagnóstico de Episódio Depressivo Maior foi utilizada a entrevista diagnóstica MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview). Os resultados obtidos apontaram para um aumento de sintomas depressivos no pós-parto proporcional ao aumento do consumo de álcool durante a gestação medido pelo total do AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) e pelo total em gramas de álcool consumido durante toda a gestação (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Além disso, foi observado uma maior prevalência de depressão pós-parto entre as mulheres que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação (Non-parametric Chi-Square, value=88,28, p< 0,001). Os dados apresentados permitem concluir que existe um aumento de sintomatologia depressiva no pós-parto à medida que aumenta o consumo de álcool na gestação e aumento de diagnóstico para aquelas que tiveram pelo menos um binge alcoólico durante a gestação. / Alcohol consumption during pregnancy, according to the scientific literature, has been associated to a higher intensity of psychiatric problems during the gestational period as well in the postpartum period. This study aimed to verify whether alcohol consumption in pregnancy is related to an increase of depressive symptoms and/or the diagnosis of depression in the postpartum period. For this purpose a prospective study was carried out, with two phases of data collection. Pregnant women assisted by public health services of the city of Juiz de Fora /MG were invited to participate. Initially 260 women in the third gestational trimester have been interviewed. For the second phase 177 were interviewed between 15 days to three months after childbirth. To assess alcohol use during the gestational period the research instruments T-ACE (Tolerance, Annoyed, Cut down, Eye-opener) and AUDIT C (Alcohol Use Disorders Identification Test C) have been used, besides of direct reports of the pregnant women about the amount of alcohol ingested during all the gestation. To evaluate postpartum depressive symptoms the instrument EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) was used and to determine the presence of a diagnosis of Major Depressive Episode the diagnostic interview MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) was used. The results pointed out to an increase of postpartum depressive symptoms proportional to the increase of alcohol consumption during the gestation measured by the total score of the AUDIT C (Spearman Correlation, r=0,251; p<0,001) and by the total amount (in grams) of alcohol ingested during all the gestational period (Spearman Correlation, r=0,185; p=0,01). Further, a higher prevalence of postpartum depression was found among the pregnant women who reported at least once a binge episode during the gestational period (Nonparametric Chi-Square, value=88,28; p< 0,001). The presented data allow concluding about the occurrence of an increase of depressive symptoms in the postpartum period related to higher alcohol consumption in pregnancy as well an increase of diagnosis among those pregnant women who have had at least one binge episode during all the gestational period.
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Associação entre qualidade de vida e sintomas depressivos em pacientes com acidente vascular cerebral / Association between quality of life and depressive symptoms in patients with stroke

Guajardo, Valeri Alexandra Delgado 31 July 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: O comprometimento da qualidade de vida após o acidente vascular cerebral tem sido associado com a sintomatologia depressiva. Entretanto, até o momento não se tem estudos investigando se a associação da sintomatologia depressiva com a qualidade de vida é independente da qualidade de vida no momento basal. Este estudo teve como objetivo principal investigar a associação entre sintomas depressivos detectados um mês após o acidente vascular cerebral e a qualidade de vida três meses posteriores ao acidente vascular cerebral e avaliar se essa associação independe da qualidade vida um mês após o acidente vascular cerebral. Como objetivo secundário visou investigar a associação entre sintomas depressivos detectados três meses após o acidente vascular cerebral e a qualidade de vida três meses após o acidente vascular cerebral e avaliar se essa associação independe da qualidade vida um mês após o acidente vascular cerebral. MÉTODOS: Neste estudo foram triados de modo consecutivo 343 pacientes admitidos na enfermaria de Neurologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Destes, foram elegíveis 106 pacientes, e 67 foram avaliados prospectivamente um e três meses após o acidente vascular cerebral. A avaliação psiquiátrica consistiu na aplicação da entrevista clínica estruturada para diagnóstico pelo DSM-IV e na versão de 31 itens da escala de Hamilton para depressão (HAM-D-31); a avaliação da qualidade de vida foi realizada com a versão de 36 itens do inventario de qualidade de vida do Medical Outcomes Study (SF-36). As avaliações foram realizadas em 2 momentos, sendo a primeira em média 37 dias (dp + 6) após o acidente vascular cerebral e a segunda em média 91,6 dias (dp + 5,4) após o acidente vascular cerebral. RESULTADOS: Houve associação entre sintomas depressivos um mês após o acidente vascular cerebral com a qualidade de vida três meses após o acidente vascular cerebral, mas tal associação deixou de ser significativa quando se considera a qualidade de vida um mês após o acidente vascular cerebral. Os sintomas depressivos três meses após o acidente vascular cerebral se associaram com a qualidade de vida três meses após o acidente vascular cerebral, independente da qualidade de vida um mês após o acidente vascular cerebral. CONCLUSÕES: Os resultados salientam a associação da sintomatologia depressiva com a qualidade de vida, e evidenciam a relevância da avaliação da qualidade de vida basal quando se investiga prospectivamente o impacto da sintomatologia depressiva sobre a qualidade de vida em pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral. Por outro lado, a associação da sintomatologia depressiva com a qualidade de vida no mesmo momento da avaliação independe da qualidade de vida prévia / BACKGROUND: The impairment of quality of life after stroke has been associated with depressive symptoms. However, to date there has been studies investigating the association of depressive symptoms with quality of life are independent of the quality of life at baseline. This study aimed to investigate the association between depressive symptoms detected one month after the stroke and the quality of life three months after the stroke and assess whether this association is independent of the quality of life one month after the stroke. As a secondary objective was to investigate the association between depressive symptoms detected three months after the stroke and the quality of life three months after the stroke and assess whether this association is independent of the quality of life one month after the stroke. METHODS: This study screened 343 patients consecutively admitted to the neurology ward of the Hospital das Clinicas in Sao Paulo. Of these, 106 patients were eligible and 67 were prospectively evaluated one and three months after the stroke. The psychiatric evaluation was the application of structured clinical interview for DSM-IV diagnosis and 31 items on the version of the Hamilton Scale for Depression (HAM-D-31), the quality of life assessment was performed with the version of 36 items inventory of the quality of life of the Medical Outcomes Study (SF-36). The evaluations were carried out in two moments: the first 37 days on average (SD + 6) after the stroke and the second on average 91.6 days (SD + 5.4) after stroke. RESULTS: There was an association between depressive symptoms one month after the stroke with the quality of life three months after the stroke, but this association was no longer significant when considering the quality of life one month after the stroke. Depressive symptoms three months after stroke were associated with quality of life three months after stroke, regardless of the quality of life one month after the stroke. CONCLUSIONS: The results highlight the association of depressive symptoms with quality of life, and show the relevance of assessing the quality of life baseline when investigating prospectively the impact of depressive symptoms on quality of life in patients who suffered a stroke. Moreover, the association of depressive symptoms with the quality of life at the same time independent evaluation of the previous quality of life
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Representações sociais sobre amamentação na perspectiva de mães adolescentes com sintomas de depressão pós-parto / Social representations about breastfeeding in the perspective of adolescent mothers with symptoms of postpartum depression

Cafer, Juliana Regina 13 June 2016 (has links)
A depressão pós-parto é um transtorno mental de alta prevalência que surge nas primeiras semanas, após o parto, e provoca alterações emocionais, cognitivas comportamentais e físicas. Mães adolescentes apresentam risco aumentado para a depressão pós-parto. Estudos mostram que a prática do aleitamento materno não se dá de forma efetiva nos casos em que a nutriz apresenta alterações emocionais. Diante do exposto, buscamos compreender quais as representações sociais sobre amamentação na perspectiva de mães adolescentes com sintomas de depressão pós-parto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 14 mulheres, mães de crianças com até um ano de idade e usuárias de um serviço público de saúde de Ribeirão Preto-SP. A primeira etapa consistiu na aplicação da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo para rastrear as mães adolescentes que apresentavam sintomas de depressão, no puerpério. As mães que apresentavam pontuação de 12 ou mais pontos eram convidadas a continuar a participar do estudo. Para as mulheres que aceitavam ser incluídas na pesquisa, foram aplicados questionário sociodemográfico e a entrevista semiestruturada que foram gravados e transcritos na íntegra e realizados no local de escolha da participante. Para a análise dos dados, utilizamos o Método de Interpretação dos Sentidos à luz das representações sociais na perspectiva socioantropológica. Emergiram três categorias temáticas: 1) \"Ser mãe na adolescência com sintomas de depressão no pós-parto\"; 2) \"Amamentando na adolescência com sintomas de depressão no pós-parto\"; 3) \"A rede de apoio: eu e a amamentação\". A gravidez é considerada indesejada no contexto investigado, pois é vista como empecilho para se dar continuidade à vida. E isto se reflete negativamente na amamentação, visto que, há dificuldades para se desempenhar papéis maternos, nesse momento da vida. Com relação à amamentação, observamos que os conhecimentos se restringem aos aspectos nutricionais e imunológicos, sendo desconsiderados os aspectos relacionais e de construção de vínculo da prática de amamentar. Este pensamento se justifica quando fazemos um olhar para o modo como as participantes se sentem somado ao contexto cultural em que vivem, um meio que trata a amamentação como mera prática de alimentação infantil. Há a ideia de que o leite materno é fraco, sendo a mamadeira vista como uma aliada, pois além de proporcionar sensação de saciedade do bebê por mais tempo, ainda impede que ele chore e incomode principalmente no período noturno, já no período diurno evita constrangimentos por ter de amamentar em locais públicos e pode ser oferecida por outra pessoa. A mamadeira é algo que proporciona sensação de liberdade, ocasionando a independência do bebê em relação à mãe. A mulher tem como maior fonte de influência e apoio sua mãe, o parceiro ainda permanece distante à realidade da amamentação e o profissional de saúde oferece orientações pontuais, nas quais desconsideram os contextos de vida nas quais as adolescentes estão inseridas. A internet é usada para se ter conhecimento, sendo considerada veículo de forte influência. Mesmo com apoio materno, a mulher ainda permanece sozinha, com dificuldades para falar sobre sua real situação emocional e sobre suas limitações para amamentar / Postpartum depression is a mental disorder of high prevalence that arises in the first weeks after childbirth and causes emotional, cognitive, behavioral and physical changes. Adolescent mothers present an increased risk for postpartum depression. Studies show that the practice of breastfeeding does not occur effectively in cases where the mother presents emotional changes. In view of the above, we aimed to understand which are the social representations regarding breastfeeding, in the perspective of adolescent mothers with symptoms of postpartum depression. This is a qualitative research conducted with 14 women, mothers of children up to one year of age and users of a public health service in Ribeirão Preto - SP. The first phase consisted in the application of the Edinburgh Postnatal Depression Scale for screening adolescent mothers with symptoms of depression in the puerperal period. Mothers who achieved a score of 12 or more were invited to proceed participating in the research. For those who accepted to be included, socio demographic questionnaires were applied and, semi- structured interviews were conducted and recorded in a participant\'s choice location and then, fully transcribed. For the data analysis, we used the Interpretation of the Meaning Method, in accordance with the social representations in a socio anthropological approach. Three thematic categories emerged: 1) \"Being a mother in adolescence with symptoms of postpartum depression\"; 2) \"Breastfeeding in adolescence with symptoms of postpartum depression\"; 3) \"The network support: the breastfeeding and I.\" Pregnancy is considered undesirable in the context investigated, as it is seen as an impediment to give continuity to life. And this reflects negatively on breastfeeding, since there are difficulties to play maternal roles at this moment of life. Regarding breastfeeding, we observed that adolescent mother\'s knowledge is restricted to nutritional and immunological aspects, and the relational and building link aspects of breastfeeding practice are not considered. This thought is justified when observed how the participants feel in their cultural context, in which they deal with breastfeeding as a simple infant feeding practice. There is the idea that breast milk is weak, and the bottle is seen as an allied, since, as well as providing baby satiety feeling for longer, still prevents him to cry and bother, especially at night. Even during the day, the bottle avoids embarrassments when breastfeeding in public places and it can be offered by someone else. It is something that gives sense of freedom, causing the baby\'s independence from the mother. The woman has the greatest source of influence and support in her mother, while her partner remains distant to the reality of breastfeeding and the health professional provides specific guidelines in which disregards the life contexts in which the adolescents live. Internet is used in order to acquire knowledge, being considered vehicle of strong influence. Even with maternal support, the woman remains alone, struggling to talk about her real emotional situation and limitations to breastfeed. Thus, the social representations that support the breastfeeding practice, for these adolescents, bring with them the ambiguity of willing to give the best for your child - the breast milk, but also the will to be free and independent in life
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Análise da correlação entre as características sociodemográficas, acadêmicas e estilo de vida com os fatores de estresse, sintomas depressivos e qualidade do sono em graduandos de enfermagem / Analysis of the correlation between the sociodemographic, academic and lifestyle characteristics with stress factors, depressive symptoms and sleep quality in nursing undergraduate students

Palladino, Juliana Thomaz 03 July 2017 (has links)
Introdução: Durante a trajetória acadêmica diferentes situações são vivenciadas pelos estudantes de enfermagem. Algumas são descritas como sendo de maior impacto e podem repercutir negativamente nas esferas física e emocional nestes estudantes. Conhecer o perfil destes indivíduos e os fatores de estresse, a presença de sintomas depressivos e a qualidade do sono torna-se fundamental para que estratégias de melhoria da qualidade de vida acadêmica sejam desenvolvidas. Objetivo: Verificar se existe correlação entre as características sociodemográficas, acadêmicas e estilo de vida com as variáveis fatores de estresse, sintomas depressivos e qualidade do sono de estudantes de enfermagem. Método: Trata-se de uma pesquisa observacional, transversal, quantitativa, realizada com 110 estudantes de enfermagem de uma instituição de ensino superior na cidade de Santo André, São Paulo. Para coleta de dados foi utilizado um questionário, contendo dados sociodemográficos, acadêmicos e estilo de vida, a Escala de Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem (AEEE), a Escala de Sintomatologia Depressiva do Center for Epidemiologic Studies Depression (CES-D) e a Escala de Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Para análise dos dados, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson, a Análise de variância (ANOVA) e o Modelo de Regressão linear Múltipla. Resultados: Para 68,18% dos estudantes, a Formação Profissional representou alto nível de estresse, enquanto Atividades Práticas e Teóricas representaram médio nível de estresse. 78,18% da amostra estavam com sintomas depressivos, cuja média de escore de sintomatologia depressiva foi de 25,82, acima do ponto de corte 16, e os fatores Depressão e Somática/iniciativa obtiveram maior escore. Os acadêmicos foram considerados maus dormidores, por apresentarem média do escore de qualidade do sono de 8,89, acima do ponto de corte 5. Somado a isto, 83,5% dos acadêmicos dormem menos de 7 horas por noite. As variáveis sociodemográficas que correlacionaram-se significativamente com os fatores de estresse, sintomas depressivos e qualidade do sono foram idade, sexo, turno de trabalho, os estudantes com dependentes, os solteiros e os que moram sozinhos. Quanto às variáveis acadêmicas, evidenciou-se que o tempo utilizado pelo estudante para chegar à faculdade e ser estudante da terceira e da quarta séries correlacionam-se de forma significativa com os fatores de estresse e os sintomas depressivos. O tempo de tabagismo foi a variável referente ao estilo de vida que correlacionou-se significativamente com os fatores de estresse e sintomas depressivos. Na análise entre os instrumentos utilizados; verificou-se importante correlação entre os fatores de estresse, sintomas depressivos e qualidade do sono. Conclusão: Os fatores de estresse, a sintomatologia depressiva e a qualidade do sono ruim foram vivenciados na trajetória acadêmica dos estudantes de enfermagem investigados. E algumas variáveis presentes entre os dados sociodemográficos, acadêmicos e estilo de vida interferiram na existência desses fenômenos (fatores de estresse, sintomas depressivos e qualidade do sono). / Introduction: During the academic trajectory different situations are experienced by nursing students. Some of them are described as being of greater impact and may have negative repercussions in the physical and emotional spheres for these students. Knowing the profile of these individuals and the stress factors, the presence of depressive symptoms and the quality of sleep becomes fundamental for strategies to improve the quality of the academic life to be developed. Objective: To verify if there is correlation between the sociodemographic, academic and lifestyle characteristics with the variables stressors, depressive symptoms and sleep quality of nursing students. Method: This is an observational, cross-sectional, quantitative study of 110 nursing students from a higher education institution in the city of Santo André, São Paulo. For data collection, a questionnaire has been used, containing sociodemographic, academic and lifestyle data, the Nursing Student Stress Assessment Scale (NSSAS), the Depressive Symptomatology Scale of the Center for Epidemiologic Studies - Depression (CES-D) and The Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). For data analysis, we have used the Pearson correlation coefficient, the Analysis of Variance (ANOVA) and the Multiple Linear Regression Model. Results: For 68.18% of the students, \"Professional Training\" represented a high level of stress, while \"Practical and Theoretical Activities\" represented a medium level of stress. 78.18% of the sample had depressive symptoms, whose average of depressive symptomatology score was 25.82, above the cut-off point 16, and the \"Depression\" and \"Somatic/initiative\" factors obtained a higher score. Academics have been considered \"bad sleepers\" because they had an average sleep quality score of 8.89, above the cut-off point 5. In addition, 83.5% of the students slept less than 7 hours a night. The sociodemographic variables that correlated significantly with the stress factors, depressive symptoms and sleep quality were age, gender, work shift, students with dependents, single people and those living alone. Regarding the academic variables, it was evidenced that the time spent by the student to arrive at the university and to be a student of the third and fourth grades correlate significantly with the stress factors and depressive symptoms. Smoking time was the variable related to lifestyle that correlated significantly with the stress factors and depressive symptoms. In the analysis of the instruments used, there was an important correlation between stress factors, depressive symptoms and sleep quality. Conclusion: The stress factors, the depressive symptomatology and the poor sleep quality have been experienced in the academic trajectory of the nursing students investigated. In addition, some variables present between sociodemographic, academic and lifestyle data interfered in the existence of these phenomena (stress factors, depressive symptoms and sleep quality).
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Qualidade de vida relacionada à saúde, depressão e senso de coerência de pacientes, antes e seis meses após revascularização do miocárdio / Patients health-related quality of life, depression and sense of coherence before myocardial revascularization and six months after it.

Gois, Cristiane Franca Lisboa 24 June 2009 (has links)
A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM) é um procedimento indicado para pacientes com angina pectoris não controlada com o tratamento clínico e para pacientes com elevado grau de obstrução das artérias principais. A cirurgia visa a melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) dos pacientes, aliviar os sintomas da angina e aumentar a sobrevida, sobretudo dos pacientes de maior risco. No contexto do paciente coronariopata, a depressão tem sido relacionada como um preditor de pior QVRS, enquanto o senso de coerência (SC) tem sido associado a melhor QVRS e menor depressão. Objetivos: Avaliar a QVRS, depressão e SC, antes e seis meses após a CRVM e investigar as associações entre essas variáveis. Casuística e método: Estudo observacional e prospectivo, realizado em um hospital-escola no interior do Estado de São Paulo, desenvolvido entre os meses de setembro de 2006 e abril de 2008. A amostra foi constituída por 54 pacientes que fizeram parte das duas avaliações. Foram utilizados três instrumentos de medida: para avaliação da QVRS, o Medical Outcomes Study 36 - item Short-Form (SF-36), para a depressão, o Inventário de Depressão de Beck (IDB) e para o SC, o Questionário de Senso de Coerência de Antonovsky de 29 itens (QSCA). Os dados foram coletados por meio de entrevistas. Posteriormente, foram sumarizados por meio de estatística descritiva e analisados pelo teste de correlação de Pearson e teste t. A análise de regressão hierárquica foi realizada para verificar as associações entre a depressão, seis meses após a cirurgia, o sexo, idade, depressão préoperatória e SC, as quais se mostraram estatisticamente significantes nas análises bivariadas. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultados: Os participantes eram, predominantemente, do sexo masculino, casados e com baixo nível de escolaridade. As médias obtidas, nos oito domínios do SF-36, foram maiores na segunda avaliação, quando comparadas ao pré-operatório, sendo as diferenças estatisticamente significantes. A medida de depressão foi maior antes do que após cirurgia (p=0,01) e não houve alteração na medida do SC (p=0,51). No préoperatório, as mulheres apresentaram menor avaliação da QVRS nos componentes do SF-36, exceto para Aspectos emocionais (p=0,68). A idade apresentou correlação moderada e positiva com o Estado geral de saúde (r=0,342, p=0,01) e com o SC (r=314, p=0,02), enquanto que moderada e negativa com a medida de depressão (r= -0,307, p=0,02). Após seis meses, os homens apresentaram melhor avaliação em todos os componentes do SF-36, sendo essa diferença estatisticamente significativa para Aspectos físicos (p=0,04), Dor (p=0,02), Estado geral de saúde (p=0,01) e Vitalidade (p=0,04). A idade demonstrou correlação positiva e forte com Estado geral de saúde (r=570, p=0,00) e moderada com Saúde mental (r=0,388, p=0,00). Para testar se a presença de depressão, seis meses após a cirurgia, associava-se com a depressão existente no pré-operatório, bem como com as variáveis sexo e idade, foi realizada regressão linear hierárquica cujo resultado mostrou que 49% da variância da medida de depressão, seis meses após a cirurgia, era explicada por essas variáveis. Com a inclusão da medida de SC no modelo constatou-se que essa variável explicou sozinha 18,7% da variância da medida de depressão, após o ajuste das demais variáveis. Conclusão: A QVRS melhora seis meses após a CRVM, assim como há diminuição da depressão, enquanto o SC não apresentou alteração, confirmando a estabilidade do constructo. Após o ajuste no modelo de regressão para as variáveis: sexo, idade e depressão no pré-operatório, o SC explica 18,7% da depressão pós-operatória, resultado importante em se tratando de uma variável psicossocial. / The myocardial revascularization surgery (MRS) is a recommended procedure for patients who suffer from angina pectoris which is not controlled under clinical treatment and for patients who have an elevated degree of obstruction of the main coronary arteries. The surgery aims at improving patients health-related quality of life, alleviating the symptoms of the angina and increasing their survival period, particularly of those at greater risk. As to the coronaropathy in patients, depression has been related to a predictor for worse HRQL, whereas the sense of coherence (SC) has been associated with a better HRQL and lower depression. Objectives: To evaluate the HRQL, depression and SC before MRS and six months after it and to investigate the associations among these variables. Casuistics and method: A prospective and observational study, which was carried out at a hospital school in the countryside of the State of São Paulo and developed between September 2006 and April 2008. The sample was constituted of 54 patients who took part in the two evaluations. Three instruments of measurement were utilized: to evaluate HRQL, the Medical Outcomes Study 36 - item Short-Form (SF-36), towards depression, the Beck Depression Inventary (BDI) and regarding SC, the Questionnaire of Sense of Coherence by Antonovsky of 29 items (QSCA). The data were collected by means of interviews. Later, they were summarized through descriptive statistics and analysed by our using the test of correlation by Peterson and the t test. The analysis of hierarchical regression was carried out to verify the associations among the depression, six months after the surgery, sex, age, pre-operatory depression and SC, which were shown to be statistically significant in the bivariate analyses. The adopted level of significance was 0,05. Results: The participants were predominantly male, married and had a low level of instruction. The averages obtained, in the eight domains of SF-36, were higher in the second evaluation when compared to the preoperatory period, being such differences statistically significant. The measurement of depression was higher before than after the surgery (p=0,01) and there was no alteration in the measurement of SC (p=0,51). In the pre-operatory period, women presented a lower evaluation of HRQL in the components of SF-36, except towards Emotional aspects (p=0,68). Age presented moderate and positive correlation towards the General state of health (r=0,342, p=0,01) and with the SC (r=314, p=0,02), whereas a moderate and negative one regarding the measurement of depression (r= -0,307, p=0,02). After six months, men showed a better evaluation in all the components of SF-36, being such a difference statistically significant towards Physical aspects (p=0,04), Pain (p=0,02), General state of health (p=0,01) and Vitality (p=0,04). Age demonstrated to have a strong and positive correlation with the General state of health (r=570, p=0,00) and a moderate one with Mental health (r=0,388, p=0,00). To test if the presence of depression, six months after the surgery, was associated with the existent pre-operatory depression, as well as with the variables sex and age, hierarchical linear regression was carried out whose result revealed that 49% of the variance of the measurement of depression, six months after the surgery, was explained by such variables. With the inclusion of SC measurement in the model, it was stated that this variable explained 18,7% of the variance of the measurement of depression by itself, after the adjustment of the other variables. Conclusion: The HRQL improves after six months of the MRS, depression diminishes, whereas the SC did not show any alteration, confirming the stability of the construct. After the adjustment in the model of regression towards the variables: sex, age and depression in the pre-operatory period, SC explains 18,7% of postoperatory depression, an important result regarding it is a psychosocial variable.
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O discurso da depressão: quando dizer é sofrer / The discourse of depression: when saying is suffering

Coppedê, Dulce Ricciardi 12 December 2016 (has links)
A depressão é a categoria psicopatológica que expressa, de forma privilegiada, o sofrimento psíquico na atualidade, adquirindo estatuto de epidemia. Examinamos a depressão enquanto objeto de discurso em nossa cultura, a partir de diversas ordens discursivas médica, religiosa, econômica, psicanalítica, socioantropológica e investigamos como esses discursos se singularizam produzindo efeitos clínicos e discursivos naqueles que, a seu modo, o reproduzem. Partimos da hipótese de que o discurso constitui, condiciona, altera e determina a própria experiência de sofrimento. Baseando-nos na psicanálise de Lacan e em sua acepção de sujeito, nossa proposta é a de verificar efeitos de indução e modalização sintomáticas produzidos pela exposição ao discurso da depressão. Analisamos um conjunto de sete relatos, obtidos através de entrevistas semidirigidas, nas quais a presença do significante depressão apresentava-se prevalente para a designação do sofrimento. Nossos achados apontam para a existência de marcas discursivas que se repetem nos relatos analisados, a despeito da diversidade e heterogeneidade de experiências compreendidas em cada um deles. O significante depressão se articula intradiscursivamente e interdiscursivamente, recuperando incidências históricas heterogêneas e descontínuas pelas quais efeitos transformativos são descritos. Conclui-se que há uma absorção identificatória do discurso da depressão em nossa cultura, passando a constituir, ele mesmo, uma catacrese ou seja, uma metáfora já absorvida ao uso comum da língua, de emprego tão corrente que há pouca equivocação semântica em jogo no seu uso. Nesse sentido, depressão é termo que praticamente supre a falta de palavras específicas para designar um sofrimento que resiste à nomeação e faz convergir discursos de diferentes procedências: saúde, trabalho, desejo e religião. Esse resultado é compatível com o estatuto criacionista do significante, bem como o estatuto performativo do ato diagnóstico, além dos efeitos de autoconfirmação clínica dos sintomas / Depression is the psychopathological category that expresses, in a privileged way, the psychic suffering nowadays, acquiring epidemic status. In this work, we examine depression as an object of discourse in our culture, from different discursive orders - medical, religious, economic, psychoanalytic, and social-anthropological - and we investigate how these discourses singularize themselves producing clinical and discursive effects upon those who, in their way, reproduce them. Our hypothesis is that speech constitutes, conditions, changes and determines the very experience of suffering. Based on Lacans psychoanalysis and on his conception of the subject, the proposal is to verify symptomatic induction and modalization effects produced by the exposure to the discourse of depression. We analyze a set of seven reports, obtained through semi-structured interviews, in which the presence of the significant \"depression\" became prevalent for the appointment of suffering. Our findings pointed to the existence of discursive marks that repeat themselves in the analyzed reports, despite the diversity and heterogeneity of the experiences comprised in each of them. The significant \"depression\" is articulated intra-discoursively and inter-discoursively, recovering heterogeneous and discontinuous historical incidences through which transformative effects are described. The conclusion is that there is an identificatory absorption of the discourse of depression in our culture, passing itself to constitute a catachresis that is, a metaphor already absorbed in the common use of language, an employment so current there is little semantic equivocation at stake in its use. In this sense, \"depression\" is a term that almost makes up for the lack of specific words for suffering that resists the appointment and converges speeches from different sources: health, work, desire and religion. This result is consistent with the creationist status of the signifier and the performative status of the diagnostic act, in addition to the effects of clinical auto-commitment of symptoms
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Depressão, estresse e ansiedade: um enfoque sobre a saúde mental do trabalhador / Depression, stress and anxiety: a focus on the worker\'s mental health

Gavin, Rejane Ospedal Salomão 27 August 2013 (has links)
Depressão, estresse e ansiedade são condições comuns no contexto laboral e coexistem num mesmo indivíduo, criando relações que necessitam de uma melhor compreensão. Objetivos: identificar a associação entre sintomatologia depressiva e variáveis sociodemográficas, características de trabalho, exposição ao estresse ocupacional e condições de saúde mental entre trabalhadores de uma universidade pública do interior de São Paulo. Método: estudo epidemiológico, descritivo- exploratório, de corte transversal, com amostra de 925 indivíduos. Os instrumentos de coleta de dados foram: Questionário de Dados Sociodemográficos (QSD), Job Stress Scale (JSS), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT). Os dados foram submetidos à estatística descritiva e analítica. Resultados: A amostra foi composta por uma maioria de mulheres (54,9%); na faixa etária de 40 a 49 anos (40,5%); com ensino superior completo (51,0%); sendo praticantes de alguma religião com 93,6%; casados (66,4%); com filhos (69,0%); exercendo função de nível médio (52,9%); tempo de exercício no trabalho de até 10 anos (45,9%). Estavam altamente expostos ao estresse ocupacional 18,7% da amostra, 13,2% faziam uso problemático de álcool e 6,6% referiram problemas por uso de álcool. Na análise bivariada, as chances de ocorrência de depressão foram significantes para as variáveis demanda psicológica no trabalho, controle no trabalho, apoio social no trabalho, ansiedade e problema autorreferido por uso de álcool. Estas variáveis foram incluídas no modelo de análise múltipla com aquelas que apresentaram p<0,20, incluindo-se a alta exposição ao estresse ocupacional (p=0,195) e o uso problemático de álcool (p=0,055). A partir da análise multivariada, foram mantidos no modelo final de associação com a depressão: o controle sobre o trabalho executado (OR=0,95; IC 95%=0,89-1,00)), o apoio social (OR=0,85, IC 95%=0,80-0,90), a ansiedade (OR=5,97; IC 95%=4,14-8,60) e os problemas autorreferidos por uso de álcool (OR=2,76; IC 95%=1,51-5,04). Conclusão: A ansiedade e os problemas autorreferidos por uso de álcool apresentaram-se como fator de risco para a depressão. O controle sobre o trabalho exercido e o apoio social apresentaram-se como fatores de proteção para a sintomatologia depressiva entre os trabalhadores investigados / Depression, stress and anxiety are common conditions in the employment context and coexist in the same individual, creating relationships that need better understanding. Objectives: To identify the association between depressive symptoms and sociodemographic variables, job characteristics, exposure to occupational stress and mental health conditions among workers at a public university in the state of São Paulo. Method: epidemiological, descriptive, exploratory, cross-sectional study with a sample of 925 individuals. The instruments for data collection were: Questionnaire of sociodemographic data (QSD), Job Stress Scale (JSS), Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI) and the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Data were submitted to descriptive and analytical statistics. Results: The sample was composed of a majority of women (54.9%), aged 40-49 years (40.5%), with higher education (51.0%); practice a religion with 93,6%; married (66.4%), with children (69.0%); exercising technical function (52.9%), time working in the institution up to 10 years (45.9%). Were highly exposed to occupational stress 18.7% of the sample, 13.2% had problematic alcohol use, 6.6% reported alcohol use problems. In bivariate analysis the chances of occurrence of depression were significant for the variables: psychological demands at work, job control, social support at work, anxiety and self-reported problem for alcohol use. These variables were included in the multivariate analysis model along with those with p <0.20, including high exposure to occupational stress (p=0.195) and problematic alcohol use (p=0.055). From the multivariate analysis, remained in the final model of association with depression: control over the work performed (OR=0.95, CI 95%=0.89-1.00), social support (OR=0.85, CI 95% = 0.80-0.90), anxiety (OR=5.97, CI 95%=4.14-8.60) and problems self-reported alcohol use (OR=2.76, CI 95%=1.51 to 5.04). Conclusion: The self-reported problems by the use of alcohol and anxiety showed to be risk factors for depression. The job control and social support had performed as protective factors for depressive symptoms among the investigated workers. Descriptors: Stress, anxiety, depression, mental health
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Impacto psicológico das vítimas de trauma em reabilitação / Psychological impact on victims of trauma on rehabilitation

Oliveira, Lucas Felix de 05 December 2014 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de ansiedade e depressão em vítimas de trauma que foram referenciados para reabilitação em unidade especializada. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal e abordagem quantitativa, desenvolvido com 85 participantes em Unidade Especializada em Reabilitação, do SUS, localizada no município de Uberaba. A coleta de dados ocorreu nos meses de outubro de 2013 a janeiro de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Foram aplicados três instrumentos: um questionário semiestruturado, de autoria do pesquisador, com variáveis sociodemográficas e hábitos de vida; Inventário de Ansiedade de Beck e o Inventário de Depressão de Beck. Após a coleta, os dados foram inseridos em um banco de dados eletrônicos no Microsoft Excel. Foram utilizadas ferramentas de estatística na realização de análise exploratória da relação entre os fatores depressão e ansiedade com diversas variáveis. Como resultado do estudo constatou-se que a idade dos participantes variou de 19 a 81 anos, com predomínio do sexo feminino 57,7%, raça branca 54,1%, religião católica 54,1%, renda de dois a quatro salários mínimos 61,2% e 35,3% de casados. O afastamento do trabalho deu-se em 29,4% da amostra e 40,0% não completou o ensino fundamental, e 10,6% eram analfabetos. Os dias de terça feira 20,0%, quarta feira 16,5% e quinta feira 14,1% representaram os dias de maior ocorrência de acidentes. O período da tarde apresentou a maior incidência dos traumas 45,9%. Declararam-se tabagistas 28,2% dos participantes e 30,6% disseram fazer uso de algum tipo de bebida alcoólica. A alteração do sono se deu em 56,5% e alteração do apetite após o acidente 24,7% dos participantes. Constatou-se neste estudo que o padrão de ansiedade nas formas moderada representa 30,6% e na grave pôde ser observado em 12,9% dos entrevistados, enquanto 16,5% apresentaram níveis moderados e 5,9% graves de depressão. Dos participantes do estudo que foram vítimas de acidente de trânsito pôde-se observar que 39,3% e 14,3% apresentaram nível de ansiedade moderada e grave, respectivamente. Este percentual de ansiedade significativa decai nos acidentes domésticos 26,1% moderada e ansiedade grave 17,4%. Nos acidentes de trabalho a ansiedade moderada foi 28,0% e grave 8,0%, e em outros tipos de acidentes 22,2% e 11,1%, respectivamente para ansiedade moderada e grave. Quanto aos níveis de depressão, os acidentes de trânsito apresentaram 17,9% e 7,1% de vítimas com estado de depressão moderada e grave; nos acidentes domésticos 21,7% apresentaram depressão moderada; nos acidentes de trabalho observou-se que 12,0% dos participantes apresentaram nível moderado e 12,0% nível grave de depressão. Estes dados mostram a necessidade de suporte psicológico, com um acompanhamento psicoterapêutico voltado à necessidade da vítima de trauma, até sua reabilitação emocional. Uma situação inusitada, como um acidente, pode desencadear um comprometimento da vida do ser humano, tanto física quanto psicológica / The aim of this study was to assess the presence of both anxiety and depression in victims of trauma who were conducted to a trauma rehabilitation center. This study is descriptive, transversal and quantitative. Whose sample was 85 participants that belonged to the Specialized Rehabilitation Unit, of SUS, in Uberaba. The data collection happened from October 2013 to January 2014, after being approved by the ethical committee of the Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Three instruments were used: a semi-structured questionnaire made by the author himself, which assessed socio- demographic aspects and life habits; Becks\' Anxiety Questionnaire and Beck\'s Depression Questionnaire. After the data being gathered, it was put on an electronic data base in Microsoft Excel. Statistical tools were used for the exploratory analysis of the relation between depression and anxiety with the others variables. There was an age variation from 19 to 81 years-old, with prevalence of females 57,7%, Caucasians 54,1%, Catholics 54,1%, mensal income two to four minimum salary 61,2% and married is 35,3%. 29,4% of the sample had been dismissed due to trauma consequences. 40,0% of the sample did not have the basics studies finished and 10,6% are illiterate. Tuesday 20,0%, Wednesday 16,5% and Thursday 14,1% were the highest days to accident occurrence. The afternoon period presented the highest prevalence of traumatic events 45,9%. 28,2% of the sample is composed by smokers and 30,6% say that drink alcohol. Sleep alteration after the accident was present in 56,5% of the patients and appetite alteration in 24,7% of them. In this study, the anxiety pattern for moderate anxiety were 30,6% and severe form 12,9%. For moderate depression 16,5% and severe depression 5,9%. Among this sample, the victims of traffic trauma 39,3% shows moderate anxiety and 14,3% severe. On domestic traumas 26,1% had moderate anxiety and 17,4% had severe. On work traumas, 28% had moderate anxiety and 8% severe. In the category Other, 22,0% for moderate anxiety and 11,1% for severe. It was found moderate 17,9% and severe 7,1% levels of depression in trauma related to traffic. On domestic trauma, the levels of depression are 21,7% (moderate). On work accidents it was observed 12,0% of moderate depression and 12,0% severe. These data show the necessity of psychological support to the trauma victims, because, as exposed, an unexpected life event, like an accident that may lead to a physical or emotional impairment
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Consonância cultural e depressão na comunidade: um estudo longitudinal / Cultural consonance and depression in community: a longitudinal study.

Balieiro, Mauro Campos 14 September 2007 (has links)
A influência da cultura como variável independente associada a processos de sofrimento fisiológico e psicológico tem sido apontada com freqüência na literatura. Os principais problemas desse tipo de estudo referem-se a questões de ordem conceitual e metodológica. O conceito de consonância cultural tem sido proposto como alternativa a esses problemas. Consonância cultural se refere ao grau em que cada indivíduo aproxima seu próprio comportamento ou suas crenças e pensamentos do protótipo de crenças e comportamentos codificados em modelos culturais compartilhados. O objetivo deste trabalho é analisar as correlações entre consonância cultural e depressão, avaliadas em dois períodos de tempo distintos, com intervalo de dois anos entre a primeira e a segunda aplicação. Foram examinados em um primeiro momento, 271 sujeitos, distribuídos entre quatro bairros estratificados sócio-economicamente de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Todos os sujeitos foram novamente convidados a participar da pesquisa dois anos após a primeira aplicação, e 210 concordaram, perfazendo este o total de sujeitos da segunda amostra, o que equivale a 77,5% de participação no estudo de seguimento. Escalas de consonância cultural de quatro domínios culturais foram aplicadas nos dois períodos de tempo, estilo de vida (CCEV, CCEV2), suporte social (CCSS, CCSS2), vida familiar (CCVF, CCVF2) e características nacionais (CCCN, CCCN2), além de uma escala de depressão, também aplicada nos dois períodos (CES-D, CES-D2). Com o intuito de controlar os efeitos de consonância cultural sobre depressão foi incluído no seguimento uma medida de eventos vitais. Os resultados obtidos por intermédio da análise de correlação de Pearson demonstraram correlações entre todas as escalas de consonância cultural CCEV x CCEV2 (r = ,815), CCSS x CCSS2 (r = ,569), CCVF x CCVF2 (r = ,647), CCCN x CCCN2 (r = ,604), todas estas correlações apresentaram um nível de significância de p<0,01. A correlação entre CES-D x CES-D2 (r = ,622) apresentou um nível de significância de p<0,01. Encontramos correlações entre consonância cultural e depressão nos dois períodos de tempo. Quando considerados os domínios culturais de estilo de vida, suporte social e vida familiar, a direção nos apontou para o entendimento de que quanto maior a consonância cultural nestes domínios, menores os valores para depressão. Em outro sentido, quando o domínio cultural estudado foi o de características nacionais, os resultados apontam para outra direção, indicando que quanto maiores forem os valores de consonância cultural neste domínio, maior será também os valores para depressão. Controlando os resultados por eventos vitais importantes observou-se um efeito de consonância cultural sobre depressão nos domínios culturais de estilo de vida (r = -,355), vida familiar (r = -,308) e características nacionais (r = ,250), com níveis de significância para estilo de vida e vida familiar de p<0,01 e para características nacionais de p<0,05. Um fator geral de consonância cultural foi calculado e sua correlação com depressão, controlando por eventos vitais, verificada (r = -,267) com nível de significância de p<0,05. Estes resultados sugerem a consonância cultural como uma variável independente associada à depressão na comunidade (r2 = ,071), podendo explicar entre 5% e 10% desta distribuição. O modelo teórico e empírico de consonância cultural se apresenta como alternativa profícua para estudos na comunidade e se insere de forma importante na agenda de estudos sobre a relação entre cultura e depressão. / The influence of culture on physiological and psychological outcomes has been discussed frequently in the research literature. This type of study confronts serious conceptual and methodological problems. The concept and measurement of cultural consonance has been proposed as a solution for these problems. Cultural consonance refers to the degree to which each individual approximates, in his own behavior or beliefs the prototypes for belief and behavior codified in shared cultural models. The objective of this work was to analyze correlations between cultural consonance and depression evaluated in two distinct time periods with an interval of two years between the first and second applications. Initially, the study evaluated 271 subjects distributed into four socio-economically stratified districts of a city from the inland of the state of São Paulo. Two years after the first application, all subjects were once again invited to participate in the research and 210 agreed, composing the total subjects of the second sample, which is equivalent to 77.5% of participation rate in the follow-up study. Cultural consonance scales assessing four cultural domains were applied in both time periods, lifestyles (CCEV, CCEV2), social support (CCSS, CCSS2), family life (CCVF, CCVF2) and national characteristics (CCCN, CCCN2), as well as a depression scale, also applied in both periods (CES-D, CES-D2). Stressful life events, a known correlate of depression, was also included in the study. The aim of including this variable was to assess the correlation of cultural consonance with depression, controlling for a known effect on depression. The results obtained by means of the Pearson correlation analysis demonstrated correlations in all cultural consonance scales CCEV x CCEV2 (r = .815), CCSS x CCSS2 (r = .569), CCVF x CCVF2 (r = .647), CCCN x CCCN2 (r = .604), and all correlations presented significance level of p<0.01. The correlation between CES-D x CES-D2 (r = .622) also presented significance level of p<0.01. Correlations between cultural consonance and depression were observed in both time periods. When cultural consonance in the domains of lifestyle, social support and family life was considered, higher scores on each measure were associated with lower levels of depressive symptoms. On the other hand, when national characteristics domain was considered, the results obtained were the opposite, indicating that the higher the cultural consonance in this domains is, the higher the depression values will be. Controlling results by stressful life events, an effect of the cultural consonance on depression was observed in the following cultural domains: lifestyle (r = -.355), family life (r = -.308) and national characteristics (r = .250), with significance levels for lifestyle and family life of p<0.01 and for national characteristics of p<0.05. A cultural consonance general factor was calculated and its correlation with depression, controlled by stressful life events, verified (r = -.267), with significance level of p<0.05. These results suggest cultural consonance as an independent variable associated to depression in community (r2 = .071), which could explain from 5% to 10% of this distribution. The cultural consonance theoretical and empirical model seems to be a useful alternative for studies developed in the community in the agenda of studies involving culture and depression.
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Medida de complexidade no fenômeno de ondas de depressão alastrante. / Measure of complexity in the phenomenon of spreading depression waves.

Batistela, Cristiane Mileo 14 November 2012 (has links)
O que se desejou apresentar neste trabalho é se a aplicação da medida de complexidade LMC no estudo do fenômeno da depressão alastrante mostra-se eficiente na perspectiva de contribuir para uma melhor compreensão do fenômeno. Para isso, usou-se como modelo experimental a retina de pintinho in vitro. Na tentativa de obter informações sobre estados de equilíbrio entre a ordem e desordem, propõe-se as análises dos registros de dois dos concomitantes do fenômeno: a alteração lenta do potencial extracelular e do sinal intrínseco óptico. Para isso, avaliou-se o efeito de manipulações fármaco-química sobre esses dois concomitantes do fenômeno e através de análises comparativas entre as ondas de controle e as ondas obtidas em presença das diversas substâncias foram discutidas a aplicabilidade do método proposto, mostrando que a medida de complexidade trouxe novas informações sobre a depressão alastrante contribuindo para um entendimento melhor do fenômeno. / What we wanted to present in this work is the application of the LMC measure of complexity in the study of the phenomenon of spreading depression proves efficient in order to contribute to a better understanding of the phenomenon. For this, we used as an experimental model of the chick retina in vitro. In an attempt to obtain information about equilibrium states between order and disorder, it is proposed that the analysis of the records of two of the concomitant phenomena: a slowly changing the extracellular potential and intrinsic optical signal. For this, we evaluated the effect of pharmaco-chemical manipulations on these two concomitant phenomenon and by comparative analyzes of the control waves and the waves obtained in the presence of various substances discussed the applicability of the proposed method, the measure complexity brought new information on the spreading depression to a better understanding of the phenomenon.

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