• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 20
  • Tagged with
  • 20
  • 20
  • 10
  • 9
  • 9
  • 6
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
11

O Ovo da serpente, o mito do golpe de Estado positivo e a queda : do documentário histórico ao imaginário antropológico da ditadura militar brasileira

Fantinel, Danilo January 2015 (has links)
Com a aproximação dos 50 anos do golpe civil-militar que instaurou a ditadura no Brasil, em 1º de abril 1964, o país passou a acompanhar movimentos estatais, sociais, culturais e comunicacionais pela revisão do regime autoritário que se estendeu até 1985. Entre algumas destas ações, é marcante o aumento do número de documentários sobre o tema lançados a partir dos anos 2000. Inspirada pelos Estudos do Imaginário na vertente da Escola de Grenoble, esta dissertação de mestrado busca revelar o imaginário antropológico do regime militar brasileiro que movimenta seis filmes sobre este importante momento histórico nacional. Seguindo Durand, entendemos o imaginário como um antigo e complexo sistema de imagens pregnantes que se coloca como base da simbolização humana, enraizando socioculturalmente o indivíduo em seu percurso no mundo. De uma forma geral, o imaginário atua como um repositório de conteúdos simbólicos que possibilitam ao sujeito lidar com suas angústias essenciais, propondo assim explicações e sentidos sobre sua experiência de vida. Em retroalimentação constante devido ao que Bachelard classifica como imaginação criadora do homem, o imaginário tanto se expressa nas condutas pessoais quanto é espelhado por produtos culturais – como são as obras cinematográficas. A partir de dados textuais, visuais e sonoros apresentados pelos longas-metragens, os quais registram o trajeto do homem em seu meio e as narrativas históricas das quais são protagonistas, realizamos a mitocrítica das obras para evidenciar as imagens arquetípicas e simbólicas, os simbolismos, os mitos e as metáforas existentes sob camadas fílmicas documentais. A leitura simbólica realizada aponta para um imaginário polarizado entre duas estruturas ligadas ao regime durandiano das imagens. A Estrutura Heroica, de perfil cortante e virilizado, curiosamente volta-se tanto ao período do pré-golpe civil-militar quanto ao momento entre o recrudescimento do governo ditatorial e seu fim – quando há, por um lado, a edição do Ato Institucional nº 5 e o aumento da repressão social, e por outro seus movimentos contrários, como a luta armada e a campanha pela redemocratização do Brasil. Assim, a Estrutura Heroica emite imagens e sentidos de ascensão contra a queda provocada pela ditadura, de luz contra as trevas que a envolvem e de mobilização bélica contra inquietações e medos decorrentes do autoritarismo. Já os conteúdos da Estrutura Mística, basicamente acolhedora e uterina, transitam no ínterim da narrativa histórica detalhada anteriormente, ou seja, entre fins do governo João Goulart e os primeiros anos do regime militar, propondo sensos de intimidade e interioridade ativados pela inserção norte-americana no Brasil. Seus reflexos simbólicos projetam mitos de infiltração, golpe e tomada de poder sobre o governo Jango e também sobre políticos, civis e militares nacionais e estrangeiros. Nesta pesquisa, por um lado estabelecemos como as constelações simbólicas motivadas por indivíduos e por processos históricos registrados em película vêm a constituir o imaginário da ditadura militar brasileira. Por outro lado, procuramos tornar nítidos os sentidos propostos por estes mesmos conteúdos simbólicos ligando-os justamente às narrativas históricas documentadas e aos homens que delas fazem parte. Assim, procuramos observar o trânsito de componentes simbólicos no processo comunicacional. / The 50th anniversary of the military coup that resulted in the Brazilian dictatorship, which took place in April 1st, 1964, was marked by a vivid will of social, cultural, historical and communicational review of the authoritarian regime that lasted until 1985. Thus, is remarkable the increasing number of documentary films on that subject released after the year 2000. Inspired by the Imaginary Studies, this research aims to reveal the anthropological imaginary moved by six documentary films on the Brazilian dictatorship. According to Durand, the human imaginary is a complex system of polysemic images that holds the human symbolisation. It is able to establish oneself in the world and also to promote cultural development. The imaginary is a symbolic content repository that allows mankind to deal with its essential anguish, so that individuals are able to propose senses and explanations over life. In a constant act of bringing itself up to date by what Bachelard has called the human creative imagination, the imaginary is both expressed by personal behaviour and reflected by cultural products – including documentaries. Taking textual, visual and audio data collected from the movies, which document the human journey and also the historical narratives, we propose a myth criticism of the chosen titles in order to offer evidence of archetypal and symbolic images, symbolisms, myths and metaphors that are hidden under documental filmic layers. The result points to a polarized imaginary, each part conected to the durandian images regime. The Heroic Structure, mostly virile and sharped, dominates the historical period before the coup d’Etat and also during the first decade of the Brazilian dictatorship. At that historical moment, there was an increasing social repression in Brazil, which moves the fall symbolism provoked by the regime as much as the ascensional symbolism against it moved by the left-wing guerrilla and the re-democratization campaign. On the other hand, the Mystical Structure, basically uterine and protective, arranges symbolic contents in between those two moments. It proposes intimacy and interiority senses ruled both by the presence and the agenda of the United States in Brazil. This research aims to unveil the imaginary that moves six films on the Brazilian dictatorship and the circulation of symbolic elements in the communicational process.
12

Encontros possíveis : as relações de autoria entre instâncias diretivas no campo do making of

Iuva, Patrícia de Oliveira January 2016 (has links)
Esta tese propõe um estudo das relações entre as instâncias autorais no cinema a partir de um fenômeno cultural que circunda a produção fílmica cinematográfica: o making of documentário. Partindo de uma relação entre a teoria do autor no cinema, as noções de trajetória social e de campo bourdieusianas e a dialética do olhar proposta por Didi-Huberman (2010), a tese tem como objetivo geral compreender como se constrói uma dupla noção de autoria a partir da relação entre duas instâncias autorais instauradas pelo making of documentário: a do diretor do making of e a do diretor do filme. As relações analisadas dizem respeito aos seguintes diretores de making ofs e diretores dos filmes aos quais eles se referem, nos respectivos making ofs documentários selecionados: Les Blank e Werner Herzog, em Burden of Dreams (1982); a dupla Keith Fulton/Louis Peppe e Terry Gillian, em The Hamster Factor and other tales of Twelve Monkeys (1996); Laurent Bouzereau e Steven Spielberg, em The Making of Close Encounters of the Third Kind (2001); Charles de Lauzirika e Ridley Scott, em Dangerous Days: making Blade Runner (2007). A tese está estruturada em quatro partes: 1) Os extrafílmicos: do making of aos caminhos da autoria no cinema; 2) O campo do making of; 3) A trajetória social dos diretores; 4) Encontros possíveis: os autores construídos e os autores desvelados. Na primeira parte situo a configuração dos extrafílmicos enquanto paratextos, donde desponta a esfera da produção e circulação do making of. Evidencio a relevância deste contexto no que se configura enquanto questão-horizonte da tese: a dupla noção de autoria operada pelos making ofs documentários a partir de condições do campo e da dialética do olhar (DIDI-HUBERMAN, 2010) que se insere no espaço dos possíveis (BOURDIEU, 1996a, 1996b). Com base na contribuição teórica de Pierre Bourdieu, na segunda parte proponho a caracterização do campo do making of, demonstrando o espaço que se constitui a partir de disputas em que determinadas instâncias (realizadores, produtores, organizações, festivais e premiações, crítica especializada) pleiteiam reconhecimento no escopo da indústria cinematográfica. Trata-se de delimitar os mecanismos e contextos produtivos próprios, as escolhas e tomadas de posição que reverberam em estilos e formatos diferenciados de making ofs e os agentes e estruturas capazes de legitimar a autonomia do campo. A terceira parte elucida a trajetória social dos diretores implicados na relação making of – filme ficcional. Nesse sentido, demonstro a construção social da autoria referente a Steven Spielberg, Ridley Scott, Terry Gilliam e Werner Herzog, compreendendo o contexto das relações a que suas trajetórias estão submetidas, para, logo após, analisar a trajetória dos diretores dos making ofs Lauren Bouzereau, Charles de Lauzirika, Les Blank e a dupla Keith Fulton e Louis Peppe, estabelecendo as tomadas de posição e as particularidades do percurso de cada um que conduzem às (possíveis) posições autorais. Na quarta parte empreendo a análise da dupla noção de autoria através dos encontros e relações entre as instâncias diretivas nos making of documentários selecionados, operando as seguintes categorias analíticas: (1) agentes e processos produtivos, (2) memória do filme e (3) espaço da autoria. A incursão da análise se desdobra ainda, na percepção sobre as articulações que mobilizam a relação dialética do olhante e do olhado, a fim de compreender as manifestações do autor voyeur – auteur exibicionista e autor flâneur – auteur dândi. É entendimento desta pesquisa que o making of documentário se constitui enquanto uma forma de expressão audiovisual que dá a ver relações de alteridades – dos sujeitos envolvidos na realização cinematográfica a partir da dialética do olhar. De acordo com as maneiras como engendra esse olhar sobre um filme, o making of nos dá a ver diferentes modos de ocupação do espaço autoral. / This thesis proposes the study of the relations between authorials instances in cinema from a cultural phenomenon surrounding the cinematographic production: the making of documentary. Starting from a relationship between the author's theory in film, the notions of social trajectory and field by Pierre Bourdieu (1996a;1996b) and the dialectic of viewing proposed by Didi-Huberman (2010), the thesis has as a general objective to understand how a dual notion of authorship is constructed from the relationship between two authorial instances established by the making of documentary: the making of director and the film director. Relations analyzed concern the following making ofs directors and directors of the films to which they refer, in the respective making of documentaries selected: Les Blank and Werner Herzog, in Burden of Dreams (1982); the team Keith Fulton/Louis Peppe and Terry Gillian, in The Hamster Factor and other tales of Twelve Monkeys (1996); Laurent Bouzereau and Steven Spielberg, in The Making of Close Encounters of the Third Kind (2001); Charles de Lauzirika and Ridley Scott, in Dangerous Days: making Blade Runner (2007). The thesis is structured in four sections: 1) The extrafilmics: from making of to the paths of authorship in film; 2) The field of the making of; 3) The social trajectory of directors; 4) Possible encounters: the constructed authors and the authors unveiled. In the first section I place the configuration of the extrafilmic while paratexts, where dawns the sphere of production and circulation of the making of. I highlight the importance of this context which is configured as a matter-horizon of the thesis: the dual notion of authorship operated by making ofs documentaries from the field conditions and the dialectical view (DIDI-HUBERMAN, 2010) which fall within the space of possibles (BOURDIEU, 1996a, 1996b). Based in the theoretical contribution of Pierre Bourdieu, the second section proposes a carachterization of the making of field, demonstrating the space which constitutes trhoughout disputes in which certain instances (filmmakers, producers, organizations, festivals and awards, critics) claim acknowledgment in the scope of the cinematographic industry. It’s about defining the mechanisms and own production contexts, choices and position-takings reverberating in different styles and making of formats and agents and structures able to legitimize the autonomy of the field. In the third section, I demonstrate the social construction of authorship refering to Steven Spielberg, Ridley Scott, Terry Gilliam e Werner Herzog, understanding the context of the relationship that their trajectories are subject, for, soon after analyze the making of director’s Laurent Bouzereau, Charles de Lauzirika, Les Blank and the team Keith Fulton/Louis Peppe trajectory, establishing the position-takings and course particularities of each one leading to (possible) authorial positions. The fourth section undertakes the analysis of the dual notion of authorship through the encounters between directorial instances in making of documentaries selected, operating the following analytical categories: (1) agents and production process; (2) memory of the film and (3) space of authorship. The incursion of the analysis unfolds also in the perception over articulations that move the dialectical relationship of viewer and viewed, in order to comprehend the manifestations of the voyeur author – exhibitionist auteur and flâneur author – dandy auteur. It’s the understanding of this research that the making of documentary constitutes itself as an audiovisual expression form that displays otherness relations – from the subjects involved in the filmmaking process throughouth the dialectica of viewing. Accordingly to the ways that engender this look over a film, the making of gives us to see different occupation modes of authorship space.
13

O Ovo da serpente, o mito do golpe de Estado positivo e a queda : do documentário histórico ao imaginário antropológico da ditadura militar brasileira

Fantinel, Danilo January 2015 (has links)
Com a aproximação dos 50 anos do golpe civil-militar que instaurou a ditadura no Brasil, em 1º de abril 1964, o país passou a acompanhar movimentos estatais, sociais, culturais e comunicacionais pela revisão do regime autoritário que se estendeu até 1985. Entre algumas destas ações, é marcante o aumento do número de documentários sobre o tema lançados a partir dos anos 2000. Inspirada pelos Estudos do Imaginário na vertente da Escola de Grenoble, esta dissertação de mestrado busca revelar o imaginário antropológico do regime militar brasileiro que movimenta seis filmes sobre este importante momento histórico nacional. Seguindo Durand, entendemos o imaginário como um antigo e complexo sistema de imagens pregnantes que se coloca como base da simbolização humana, enraizando socioculturalmente o indivíduo em seu percurso no mundo. De uma forma geral, o imaginário atua como um repositório de conteúdos simbólicos que possibilitam ao sujeito lidar com suas angústias essenciais, propondo assim explicações e sentidos sobre sua experiência de vida. Em retroalimentação constante devido ao que Bachelard classifica como imaginação criadora do homem, o imaginário tanto se expressa nas condutas pessoais quanto é espelhado por produtos culturais – como são as obras cinematográficas. A partir de dados textuais, visuais e sonoros apresentados pelos longas-metragens, os quais registram o trajeto do homem em seu meio e as narrativas históricas das quais são protagonistas, realizamos a mitocrítica das obras para evidenciar as imagens arquetípicas e simbólicas, os simbolismos, os mitos e as metáforas existentes sob camadas fílmicas documentais. A leitura simbólica realizada aponta para um imaginário polarizado entre duas estruturas ligadas ao regime durandiano das imagens. A Estrutura Heroica, de perfil cortante e virilizado, curiosamente volta-se tanto ao período do pré-golpe civil-militar quanto ao momento entre o recrudescimento do governo ditatorial e seu fim – quando há, por um lado, a edição do Ato Institucional nº 5 e o aumento da repressão social, e por outro seus movimentos contrários, como a luta armada e a campanha pela redemocratização do Brasil. Assim, a Estrutura Heroica emite imagens e sentidos de ascensão contra a queda provocada pela ditadura, de luz contra as trevas que a envolvem e de mobilização bélica contra inquietações e medos decorrentes do autoritarismo. Já os conteúdos da Estrutura Mística, basicamente acolhedora e uterina, transitam no ínterim da narrativa histórica detalhada anteriormente, ou seja, entre fins do governo João Goulart e os primeiros anos do regime militar, propondo sensos de intimidade e interioridade ativados pela inserção norte-americana no Brasil. Seus reflexos simbólicos projetam mitos de infiltração, golpe e tomada de poder sobre o governo Jango e também sobre políticos, civis e militares nacionais e estrangeiros. Nesta pesquisa, por um lado estabelecemos como as constelações simbólicas motivadas por indivíduos e por processos históricos registrados em película vêm a constituir o imaginário da ditadura militar brasileira. Por outro lado, procuramos tornar nítidos os sentidos propostos por estes mesmos conteúdos simbólicos ligando-os justamente às narrativas históricas documentadas e aos homens que delas fazem parte. Assim, procuramos observar o trânsito de componentes simbólicos no processo comunicacional. / The 50th anniversary of the military coup that resulted in the Brazilian dictatorship, which took place in April 1st, 1964, was marked by a vivid will of social, cultural, historical and communicational review of the authoritarian regime that lasted until 1985. Thus, is remarkable the increasing number of documentary films on that subject released after the year 2000. Inspired by the Imaginary Studies, this research aims to reveal the anthropological imaginary moved by six documentary films on the Brazilian dictatorship. According to Durand, the human imaginary is a complex system of polysemic images that holds the human symbolisation. It is able to establish oneself in the world and also to promote cultural development. The imaginary is a symbolic content repository that allows mankind to deal with its essential anguish, so that individuals are able to propose senses and explanations over life. In a constant act of bringing itself up to date by what Bachelard has called the human creative imagination, the imaginary is both expressed by personal behaviour and reflected by cultural products – including documentaries. Taking textual, visual and audio data collected from the movies, which document the human journey and also the historical narratives, we propose a myth criticism of the chosen titles in order to offer evidence of archetypal and symbolic images, symbolisms, myths and metaphors that are hidden under documental filmic layers. The result points to a polarized imaginary, each part conected to the durandian images regime. The Heroic Structure, mostly virile and sharped, dominates the historical period before the coup d’Etat and also during the first decade of the Brazilian dictatorship. At that historical moment, there was an increasing social repression in Brazil, which moves the fall symbolism provoked by the regime as much as the ascensional symbolism against it moved by the left-wing guerrilla and the re-democratization campaign. On the other hand, the Mystical Structure, basically uterine and protective, arranges symbolic contents in between those two moments. It proposes intimacy and interiority senses ruled both by the presence and the agenda of the United States in Brazil. This research aims to unveil the imaginary that moves six films on the Brazilian dictatorship and the circulation of symbolic elements in the communicational process.
14

A voz do Outro na voz do documentário / The voice of the Other in the voice of the documentary.

Guimarães, Rodrigo Gomes 24 May 2019 (has links)
O filme documentário foi utilizado, desde seus primórdios, para representar a alteridade, as diferenças de modos de vida, cultura e pensamento. Documentaristas produziram com base em modos de trabalho variados e, dentre eles, sempre houve discussões sobre a (im)possibilidade da representação da alteridade em filmes. Nesta pesquisa, utilizamos o conceito da \"voz do documentário\", de Bill Nichols, para pensar sobre modos de representação da voz de Outros dentro da voz do documentário. Alargamos seu entendimento para analisar tanto modos de produção quanto de recepção em que a representação pelo documentário possa ser concebida e praticada como forma de ação pela melhoria da vida de Outros sujeitos filmados. A leitura do conceito de \"voz\" se deu pelas contribuições do campo da linguagem, da cultura e do cinema enquanto discurso, uma leitura baseada nos legados do pensamento crítico trazidos pelo pós-colonialismo, pós-estruturalismo, estudos culturais, feminismo e pela genealogia proposta por Michel Foucault, como abordagem metodológica. Por ser um trabalho genealógico, esta pesquisa buscou evidenciar discursos dominantes e seus Outros: discursos subalternos sobre o Outro, discursos do Outro como alteridade, discursos que são Outro dos dominantes. Nosso foco na questão da dominância priorizou os discursos produzidos por documentaristas e pensadores do documentário brasileiros, embora não tenha se limitado a eles. Os resultados indicam que há um discurso dominante no Brasil sobre a voz do Outro na voz do documentário, que é o da impossibilidade da representação dessas vozes no que elas trazem de intencionalidades para o mundo vivido. Por outro lado, encontramos pelos discursos dos filmes documentários a subalternidade na prática do documentário como intervenção direta no mundo, realizando a ressonância da voz de Outros. Indicamos que tem ocorrido uma reversão nesse sentido, pela qual a ética do documentário pode ser repensada por meio de relações entre cineastas, Outros sujeitos filmados e públicos, em que os efeitos dos filmes documentários no mundo são valorizados de maneira diferente do que na ética dominante presente, em quem o Outro é, comumente, apenas personagem de filmes. A pesquisa levanta questões teóricas e práticas para pensar filmes documentários que visem representar a voz do Outro na voz do documentário com vistas a intervir para a melhoria das condições de vida de Outros sujeitos filmados e suas comunidades. / From its beginnings the documentary film was used to represent alterity, the differences in ways of life, culture and thought. Documentary filmmakers developed multiple modes of work and within these there have always been discussions about the (im)possibility of the representation of alterity in films. In this research, we use Bill Nichols\' concept of the \"voice of the documentary\" to reflect on ways of representing the voice of Others within the voice of the documentary. We extend such concept to analyze both the modes of production and reception by which representation in the documentary can be understood and practiced as a form of action for the improvement the lives of Other filmed subjects. Our understanding of the concept of \"voice\" comes from the contributions of the field study of language, culture and cinema as discourse, a perspective based on the legacies of critical thinking brought about by postcolonialism, poststructuralism, cultural studies, feminism and genealogy in consonance with what is proposed by Michel Foucault, as a methodological approach. Intended as a genealogical work, this research sought to highlight dominant discourses and their Other subaltern discourses considering both the Other as otherness and discourses that are Another of the dominant. Our focus on the dominance issue prioritizes the discourses produced by Brazilian documentary filmmakers and theorists of documentary, though not limited to them. The results indicate that there is a dominant discourse in Brazil about the voice of the Other in the voice of the documentary that is of the impossibility of the representation of these voices as they bring intentionalities toward the lived world. On the other hand, we found in the discourses on documentary film the subalternity of the practice of the documentary as a direct intervention in the world, including the resonance of the voice of Others. We point out that a reversion must be taking place in this direction, as the documentary ethics is reviewed in the relations among filmmakers, other filmed subjects, and public, by which the effects of documentary films in the world will be differently valued than they are today in the present dominant ethic where the Other is just a movie character. The research raises theoretical and practical questions about documentary films aiming to represent the voice of Others in the voice of documentary with a will to intervene and improve the living conditions of Other filmed subjects and their communities.
15

Sentidos da função paterna na educação

Cabistani, Roséli Maria Olabarriaga January 2007 (has links)
Esta tese investiga os discursos atuais, presentes no campo da educação e da sociedade em geral, que denunciam, ao mesmo tempo que promovem, a “carência do pai” no exercício da autoridade e nos cuidados da prole.Tais discursos emergem impulsionados pelas novas configurações familiares, recebidas como estranhas e ameaçadoras, podendo causar ruptura nos laços sociais. É possível perceber aí o efeito fantasmático que opera no discurso educativo, que acaba denunciando um fracasso antecipado, como efeito da nostalgia da família tradicional, cada vez mais distanciada de nossa realidade. Para investigar o que produz essa posição de reivindicação de um “pai forte”, nossa pesquisa foi buscar na teoria essas respostas. Buscamos recortar interpretantes do laço social e suas expressões sintomáticas. Para tal, expusemos o tema da função paterna, como surge nas obras de Freud e Lacan, buscando acompanhar sua incidência na estruturação do sujeito, desde o desamparo primordial. Trata-se de uma pesquisa teórica, que tem como questão os sentidos que as novas formas de exercício da função paterna têm para a educação, considerada como laço social. Com Freud, acompanhamos os desdobramentos da função paterna no complexo de Édipo e a abordagem da temporalidade do Édipo em Lacan permitiu situar o pai a partir do registro do imaginário, do simbólico e do real, em referência ao conceito de falo, como significante da falta no Outro. Tematizar a função paterna a partir desses registros permitiu diferenciar a função paterna simbólica da fantasmática presente na dimensão imaginária do pai, esse que é significado como “carente”. Usamos como dado empírico, alguns casos, tomados em sua exemplaridade, na perspectiva do tema da função paterna. A tese indica que, o diálogo da psicanálise com a educação, permite desmistificar construções fantasmáticas, indutoras de uma interpretação última dos sintomas sociais, como essa do discurso da carência paterna. Valer-se da pluralidade dos sentidos da função paterna na educação, é uma forma dos educadores responsabilizarem-se pelo ato educativo, numa posição de abertura às contingências históricas que as vicissitudes dos laços sociais produzem. / This thesis investigates the current discourses present in the education field and in the society in general, that denounce at the same time they promote the “lack of the father” in the authority exercise and the cares of the offspring. Such speeches emerge stimulated for the new familiar configurations, received as strange and threatening, being able to cause break in the social ties. It is possible to note there the fantasized effect that operates in the educative speech denouncing an anticipated failure, as effect of nostalgia of the traditional family, more and more distant from our reality. To investigate what produces this position of claim of a “strong father”, the author searches in the theory these answers. We elect interpreters of the social tie and its symptomatic expressions. For such, we displayed the issue of the paternal function, as it appears in Freud and Lacan works, searching to follow its incidence in the subject structuring, since the primordial abandonment.This work is a theoretical research that focus the senses that the new forms of exercise of the paternal function have for education, considered as social tie. With Freud, we follow the implications of the paternal function in the Oedipus complex and the approach of the temporality of the Oedipus in Lacan allowed to situate the father from the registers of the Imaginary, the Symbolic and the Real , in reference to the concept of phallus, as significant of the lack in the Other. Establishing as a theme the paternal function from these registers allowed to differentiate the symbolic paternal function, of the present fantasized in the imaginary dimension of the father, this that is meant as “lacking”. We use as empirical data, some cases, taken in their exemplarity, in the perspective of the subject of the paternal function. The thesis indicates that, the dialogue of psychoanalysis with education, allows demystifying fantasized inductive constructions of a last interpretation of the social symptoms, as this of the speech of the paternal lack. To use itself the plurality of the directions of the paternal function in education, is a form of the educators to make responsible for the educative act, in a position of opening to the historical contingencies that the vicissitudes of the social ties produce.
16

Ensaio, montagem e arqueologia crítica das imagens : um olhar à série História(s) do Cinema, de Jean Luc Godard

Almeida, Gabriela Machado Ramos de January 2015 (has links)
Esta tese apresenta uma reflexão sobre o ensaísmo no cinema, a partir de um olhar à série História(s) do cinema, produzida pelo cineasta franco-suiço Jean-Luc Godard entre os anos de 1988 e 1998, e exibida pela emissora de TV francesa Canal+. A inquietação que origina a pesquisa é a necessidade de melhor compreender o que significa um exercício de pensamento audiovisual, tão atribuído às obras fílmicas de teor ensaístico e à própria série de Godard, e ao mesmo tempo tão pouco problematizado. Esta preocupação norteou a elaboração das duas questões centrais em torno das quais a investigação orbita e ao mesmo tempo busca responder: como se constitui um pensamento por e com imagens? E que saberes a respeito do mundo histórico são engendrados pela escritura ensaística no cinema, no caso de uma obra como Históría(s) do cinema? O trabalho aposta num cruzamento entre os campos da Comunicação e das Artes e se insere num nicho de estudos ainda em construção no seio da pesquisa em cinema, que floresceu especialmente nas últimas duas décadas, e vem se dedicando aos produtos audiovisuais que fogem às convenções de gênero mais marcadas (a exemplo do ensaio fílmico). A estrutura da tese é composta por três partes: 1) Cinema, uma forma que pensa; 2] Montagem, essa bela inquietação e 3) Nem arte, nem técnica: um mistério. A primeira é dedicada à apresentação do conceito de ensaio fílmico e à discussão sobre a sua conflituosa relação com o método, a partir de escritos recentes de autores como Josep Maria Català [2014a, 2014b, 2014c) e Antonio Weinrichter (2007, 2009), bem como de textos das teorias do cinema em que foi identificado um devir-ensaio, como em Hans Richter (1940) e Alexandre Astruc (1948). Na segunda parte, é discutida a noção de pensamento visual, partindo principalmente das contribuições teóricas de Didi-Huberman (2011, 2013a) ao estudo das imagens e de algumas experiências de saber visual mapeadas e trazidas à tona, que funcionam como uma espécie de prelúdio à análise de Histórias(s) do cinema. São elas o Atlas Mnmemosyne de Aby Warburg, o museu imaginário de André Malraux e o trabalho de curadoria de Henri Langlois junto à Cinemateca Francesa. Na terceira parte, a série História(s) do cinema é analisada à luz do conceitos de gesto, em Giorgio Agamben (2008, 2012) - desdobrado em duas categorias: gesto arqueológico e gesto apropriativo; e de visibilidade e legibilidade, em Didi-Huberman (2010, 2012b, 2013e), buscando identificar como se manifesta um exercício de pensamento audiovisual e como Godard pratica uma espécie de arqueologia crítica das imagens em sua obra. No entendimento a que se chegou com a pesquisa, o ensaio fílmico se baseia na exploração crítica do dispositivo e num pensamento por montagem, ambos traços constituintes de História(s) do cinema. / This thesis presents a reflection about essayism within cinema, from an observation of Histoire(s) du cinéma, a tv series produced by french-swiss filmmaker Jean-Luc Godard between 1988 and 1998, and exhibited by french TV channel Canal+. This research has its origins in the inquietude to better understand what means an exercise of audiovisual thought, often attributed to essayistic film works and to Godard's series, and, at the same time, so little discussed. This concern guides the elaboration of two main central questions that surround the investigation and that we intend to answer: how a thought with and through images is constituted? And which sorts of knowledges of historical world are engendered by essayistic filmmaking in a work such as Histoire(s) du cinémal The thesis invests in a confluence of two fields, Communication and Arts, and is situated in a niche of studies still under construction in the territory of film research, which flourished specially in the last two decades and has been devoted to audiovisual products that scape the most evident gender labels (such as film essay). The work is structured in three parts: 1) Cinema, a form that thinks; 2) Montage, this beautiful care and 3] Neither an art nor a technique: a mystery. The first part is dedicated to the presentation of the concept of film essay and to the debate about its conflicted relationship with method, from recent writings by authors such as Josep Maria Català [2014a, 2014b, 2014c) and Antonio Weinrichter (2007, 2009), and also some texts of film theory in which an essay-becoming is identified, as in Hans Richter [1940] and Alexandre Astruc (1948). En Ia segunda parte, se discute Ia noción de pensamiento visual, sobre todo a partir de los aportes teóricos de Didi-Huberman (2011, 2013a) para el estúdio de Ias imágenes y algunas experiencias de saber visual que fueron mapeadas e expuestas, y que funcionan como una especie de prelúdio a el análisis de Historia(s) dei cine. Ellos son el Atlas Mnmemosyne Aby Warburg, el museo imaginario de André Malraux y el trabajo curatorial Henri Langlois en Ia Cinemateca Francesa. En Ia tercera parte, se examina Ia serie Historia(s) dei cine a Ia luz de los conceptos de gesto, de Giorgio Agamben (2008, 2012) - dividido en dos categorias: gesto arqueológico y gesto de apropiación - y visibilidad y legibilidad en Didi -Huberman (2010, 2012b, 2013e), con el fin de identificar cómo se manifiesta un ejercicio de pensamiento visual y cómo Godard practica una especie de arqueologia crítica de Ias imágenes de su obra. En el entendimiento al que se llegó con Ia investigación, el ensayo fílmico se basa en Ia exploración crítica dei dispositivo y en un pensamiento por montaje, características constituyentes de Historia(s) dei cine. / En esta tesis se presenta una reflexión sobre el cine ensayo, a partir de una mirada a Ia serie Historía(s) dei cine, producida por el cineasta franco-suizo Jean- Luc Godard, entre los anos 1988 y 1998, y exhibida en Ia emisora de televisión francesa Canal+. La inquietud que provoca Ia investigación es Ia necesidad de mejor comprender Io que significa un ejercicio de pensamiento visual, ya que se Io atribuye a Ias obras cinematográficas ensayísticas y a Ia propia serie de Godard, y que permanece poco cuestionado. Esta preocupación ha guiado el desarrollo de los dos temas centrales en torno al los cuales gira Ia investigación y que, al mismo tiempo, intentamos responder: ^cómo se constituye un pensamiento con y por imágenes? Y que conocimientos sobre el mundo histórico se engendran por Ia escritura ensayísticas en el cine, como en una obra como Historia (s) dei cinel El trabajo promueve un cruce entre los campos de Ia Comunicación y Ias Artes y es parte de un nicho de investigación aún en construcción en los estúdios de cine, que floreció especialmente en Ias dos últimas décadas y se ha dedicado a los productos audiovisuales evaden Ias etiquetas de gênero más obvias [como el ensayo fílmico). La tesis se compone de tres partes: 1) Cine, de una forma que piensa; 2) Montaje, mi bella inquietud y 3) Ni el arte ni Ia técnica: un mistério. La primera está dedicada a presentar el concepto de ensayo fílmico y Ia discusión sobre su relación conflictiva con el método, a partir de los últimos escritos de autores como Josep Maria Català (2014a, 2014b, 2014c) y Antonio Weinrichter (2007, 2009), así como textos de Ias teorias cinematográficas en que se identificaron un devenir-ensayo, como en Hans Richter (1940) y Alexandre Astruc (1948).
17

Ensaio, montagem e arqueologia crítica das imagens : um olhar à série História(s) do Cinema, de Jean Luc Godard

Almeida, Gabriela Machado Ramos de January 2015 (has links)
Esta tese apresenta uma reflexão sobre o ensaísmo no cinema, a partir de um olhar à série História(s) do cinema, produzida pelo cineasta franco-suiço Jean-Luc Godard entre os anos de 1988 e 1998, e exibida pela emissora de TV francesa Canal+. A inquietação que origina a pesquisa é a necessidade de melhor compreender o que significa um exercício de pensamento audiovisual, tão atribuído às obras fílmicas de teor ensaístico e à própria série de Godard, e ao mesmo tempo tão pouco problematizado. Esta preocupação norteou a elaboração das duas questões centrais em torno das quais a investigação orbita e ao mesmo tempo busca responder: como se constitui um pensamento por e com imagens? E que saberes a respeito do mundo histórico são engendrados pela escritura ensaística no cinema, no caso de uma obra como Históría(s) do cinema? O trabalho aposta num cruzamento entre os campos da Comunicação e das Artes e se insere num nicho de estudos ainda em construção no seio da pesquisa em cinema, que floresceu especialmente nas últimas duas décadas, e vem se dedicando aos produtos audiovisuais que fogem às convenções de gênero mais marcadas (a exemplo do ensaio fílmico). A estrutura da tese é composta por três partes: 1) Cinema, uma forma que pensa; 2] Montagem, essa bela inquietação e 3) Nem arte, nem técnica: um mistério. A primeira é dedicada à apresentação do conceito de ensaio fílmico e à discussão sobre a sua conflituosa relação com o método, a partir de escritos recentes de autores como Josep Maria Català [2014a, 2014b, 2014c) e Antonio Weinrichter (2007, 2009), bem como de textos das teorias do cinema em que foi identificado um devir-ensaio, como em Hans Richter (1940) e Alexandre Astruc (1948). Na segunda parte, é discutida a noção de pensamento visual, partindo principalmente das contribuições teóricas de Didi-Huberman (2011, 2013a) ao estudo das imagens e de algumas experiências de saber visual mapeadas e trazidas à tona, que funcionam como uma espécie de prelúdio à análise de Histórias(s) do cinema. São elas o Atlas Mnmemosyne de Aby Warburg, o museu imaginário de André Malraux e o trabalho de curadoria de Henri Langlois junto à Cinemateca Francesa. Na terceira parte, a série História(s) do cinema é analisada à luz do conceitos de gesto, em Giorgio Agamben (2008, 2012) - desdobrado em duas categorias: gesto arqueológico e gesto apropriativo; e de visibilidade e legibilidade, em Didi-Huberman (2010, 2012b, 2013e), buscando identificar como se manifesta um exercício de pensamento audiovisual e como Godard pratica uma espécie de arqueologia crítica das imagens em sua obra. No entendimento a que se chegou com a pesquisa, o ensaio fílmico se baseia na exploração crítica do dispositivo e num pensamento por montagem, ambos traços constituintes de História(s) do cinema. / This thesis presents a reflection about essayism within cinema, from an observation of Histoire(s) du cinéma, a tv series produced by french-swiss filmmaker Jean-Luc Godard between 1988 and 1998, and exhibited by french TV channel Canal+. This research has its origins in the inquietude to better understand what means an exercise of audiovisual thought, often attributed to essayistic film works and to Godard's series, and, at the same time, so little discussed. This concern guides the elaboration of two main central questions that surround the investigation and that we intend to answer: how a thought with and through images is constituted? And which sorts of knowledges of historical world are engendered by essayistic filmmaking in a work such as Histoire(s) du cinémal The thesis invests in a confluence of two fields, Communication and Arts, and is situated in a niche of studies still under construction in the territory of film research, which flourished specially in the last two decades and has been devoted to audiovisual products that scape the most evident gender labels (such as film essay). The work is structured in three parts: 1) Cinema, a form that thinks; 2) Montage, this beautiful care and 3] Neither an art nor a technique: a mystery. The first part is dedicated to the presentation of the concept of film essay and to the debate about its conflicted relationship with method, from recent writings by authors such as Josep Maria Català [2014a, 2014b, 2014c) and Antonio Weinrichter (2007, 2009), and also some texts of film theory in which an essay-becoming is identified, as in Hans Richter [1940] and Alexandre Astruc (1948). En Ia segunda parte, se discute Ia noción de pensamiento visual, sobre todo a partir de los aportes teóricos de Didi-Huberman (2011, 2013a) para el estúdio de Ias imágenes y algunas experiencias de saber visual que fueron mapeadas e expuestas, y que funcionan como una especie de prelúdio a el análisis de Historia(s) dei cine. Ellos son el Atlas Mnmemosyne Aby Warburg, el museo imaginario de André Malraux y el trabajo curatorial Henri Langlois en Ia Cinemateca Francesa. En Ia tercera parte, se examina Ia serie Historia(s) dei cine a Ia luz de los conceptos de gesto, de Giorgio Agamben (2008, 2012) - dividido en dos categorias: gesto arqueológico y gesto de apropiación - y visibilidad y legibilidad en Didi -Huberman (2010, 2012b, 2013e), con el fin de identificar cómo se manifiesta un ejercicio de pensamiento visual y cómo Godard practica una especie de arqueologia crítica de Ias imágenes de su obra. En el entendimiento al que se llegó con Ia investigación, el ensayo fílmico se basa en Ia exploración crítica dei dispositivo y en un pensamiento por montaje, características constituyentes de Historia(s) dei cine. / En esta tesis se presenta una reflexión sobre el cine ensayo, a partir de una mirada a Ia serie Historía(s) dei cine, producida por el cineasta franco-suizo Jean- Luc Godard, entre los anos 1988 y 1998, y exhibida en Ia emisora de televisión francesa Canal+. La inquietud que provoca Ia investigación es Ia necesidad de mejor comprender Io que significa un ejercicio de pensamiento visual, ya que se Io atribuye a Ias obras cinematográficas ensayísticas y a Ia propia serie de Godard, y que permanece poco cuestionado. Esta preocupación ha guiado el desarrollo de los dos temas centrales en torno al los cuales gira Ia investigación y que, al mismo tiempo, intentamos responder: ^cómo se constituye un pensamiento con y por imágenes? Y que conocimientos sobre el mundo histórico se engendran por Ia escritura ensayísticas en el cine, como en una obra como Historia (s) dei cinel El trabajo promueve un cruce entre los campos de Ia Comunicación y Ias Artes y es parte de un nicho de investigación aún en construcción en los estúdios de cine, que floreció especialmente en Ias dos últimas décadas y se ha dedicado a los productos audiovisuales evaden Ias etiquetas de gênero más obvias [como el ensayo fílmico). La tesis se compone de tres partes: 1) Cine, de una forma que piensa; 2) Montaje, mi bella inquietud y 3) Ni el arte ni Ia técnica: un mistério. La primera está dedicada a presentar el concepto de ensayo fílmico y Ia discusión sobre su relación conflictiva con el método, a partir de los últimos escritos de autores como Josep Maria Català (2014a, 2014b, 2014c) y Antonio Weinrichter (2007, 2009), así como textos de Ias teorias cinematográficas en que se identificaron un devenir-ensayo, como en Hans Richter (1940) y Alexandre Astruc (1948).
18

Sentidos da função paterna na educação

Cabistani, Roséli Maria Olabarriaga January 2007 (has links)
Esta tese investiga os discursos atuais, presentes no campo da educação e da sociedade em geral, que denunciam, ao mesmo tempo que promovem, a “carência do pai” no exercício da autoridade e nos cuidados da prole.Tais discursos emergem impulsionados pelas novas configurações familiares, recebidas como estranhas e ameaçadoras, podendo causar ruptura nos laços sociais. É possível perceber aí o efeito fantasmático que opera no discurso educativo, que acaba denunciando um fracasso antecipado, como efeito da nostalgia da família tradicional, cada vez mais distanciada de nossa realidade. Para investigar o que produz essa posição de reivindicação de um “pai forte”, nossa pesquisa foi buscar na teoria essas respostas. Buscamos recortar interpretantes do laço social e suas expressões sintomáticas. Para tal, expusemos o tema da função paterna, como surge nas obras de Freud e Lacan, buscando acompanhar sua incidência na estruturação do sujeito, desde o desamparo primordial. Trata-se de uma pesquisa teórica, que tem como questão os sentidos que as novas formas de exercício da função paterna têm para a educação, considerada como laço social. Com Freud, acompanhamos os desdobramentos da função paterna no complexo de Édipo e a abordagem da temporalidade do Édipo em Lacan permitiu situar o pai a partir do registro do imaginário, do simbólico e do real, em referência ao conceito de falo, como significante da falta no Outro. Tematizar a função paterna a partir desses registros permitiu diferenciar a função paterna simbólica da fantasmática presente na dimensão imaginária do pai, esse que é significado como “carente”. Usamos como dado empírico, alguns casos, tomados em sua exemplaridade, na perspectiva do tema da função paterna. A tese indica que, o diálogo da psicanálise com a educação, permite desmistificar construções fantasmáticas, indutoras de uma interpretação última dos sintomas sociais, como essa do discurso da carência paterna. Valer-se da pluralidade dos sentidos da função paterna na educação, é uma forma dos educadores responsabilizarem-se pelo ato educativo, numa posição de abertura às contingências históricas que as vicissitudes dos laços sociais produzem. / This thesis investigates the current discourses present in the education field and in the society in general, that denounce at the same time they promote the “lack of the father” in the authority exercise and the cares of the offspring. Such speeches emerge stimulated for the new familiar configurations, received as strange and threatening, being able to cause break in the social ties. It is possible to note there the fantasized effect that operates in the educative speech denouncing an anticipated failure, as effect of nostalgia of the traditional family, more and more distant from our reality. To investigate what produces this position of claim of a “strong father”, the author searches in the theory these answers. We elect interpreters of the social tie and its symptomatic expressions. For such, we displayed the issue of the paternal function, as it appears in Freud and Lacan works, searching to follow its incidence in the subject structuring, since the primordial abandonment.This work is a theoretical research that focus the senses that the new forms of exercise of the paternal function have for education, considered as social tie. With Freud, we follow the implications of the paternal function in the Oedipus complex and the approach of the temporality of the Oedipus in Lacan allowed to situate the father from the registers of the Imaginary, the Symbolic and the Real , in reference to the concept of phallus, as significant of the lack in the Other. Establishing as a theme the paternal function from these registers allowed to differentiate the symbolic paternal function, of the present fantasized in the imaginary dimension of the father, this that is meant as “lacking”. We use as empirical data, some cases, taken in their exemplarity, in the perspective of the subject of the paternal function. The thesis indicates that, the dialogue of psychoanalysis with education, allows demystifying fantasized inductive constructions of a last interpretation of the social symptoms, as this of the speech of the paternal lack. To use itself the plurality of the directions of the paternal function in education, is a form of the educators to make responsible for the educative act, in a position of opening to the historical contingencies that the vicissitudes of the social ties produce.
19

Sentidos da função paterna na educação

Cabistani, Roséli Maria Olabarriaga January 2007 (has links)
Esta tese investiga os discursos atuais, presentes no campo da educação e da sociedade em geral, que denunciam, ao mesmo tempo que promovem, a “carência do pai” no exercício da autoridade e nos cuidados da prole.Tais discursos emergem impulsionados pelas novas configurações familiares, recebidas como estranhas e ameaçadoras, podendo causar ruptura nos laços sociais. É possível perceber aí o efeito fantasmático que opera no discurso educativo, que acaba denunciando um fracasso antecipado, como efeito da nostalgia da família tradicional, cada vez mais distanciada de nossa realidade. Para investigar o que produz essa posição de reivindicação de um “pai forte”, nossa pesquisa foi buscar na teoria essas respostas. Buscamos recortar interpretantes do laço social e suas expressões sintomáticas. Para tal, expusemos o tema da função paterna, como surge nas obras de Freud e Lacan, buscando acompanhar sua incidência na estruturação do sujeito, desde o desamparo primordial. Trata-se de uma pesquisa teórica, que tem como questão os sentidos que as novas formas de exercício da função paterna têm para a educação, considerada como laço social. Com Freud, acompanhamos os desdobramentos da função paterna no complexo de Édipo e a abordagem da temporalidade do Édipo em Lacan permitiu situar o pai a partir do registro do imaginário, do simbólico e do real, em referência ao conceito de falo, como significante da falta no Outro. Tematizar a função paterna a partir desses registros permitiu diferenciar a função paterna simbólica da fantasmática presente na dimensão imaginária do pai, esse que é significado como “carente”. Usamos como dado empírico, alguns casos, tomados em sua exemplaridade, na perspectiva do tema da função paterna. A tese indica que, o diálogo da psicanálise com a educação, permite desmistificar construções fantasmáticas, indutoras de uma interpretação última dos sintomas sociais, como essa do discurso da carência paterna. Valer-se da pluralidade dos sentidos da função paterna na educação, é uma forma dos educadores responsabilizarem-se pelo ato educativo, numa posição de abertura às contingências históricas que as vicissitudes dos laços sociais produzem. / This thesis investigates the current discourses present in the education field and in the society in general, that denounce at the same time they promote the “lack of the father” in the authority exercise and the cares of the offspring. Such speeches emerge stimulated for the new familiar configurations, received as strange and threatening, being able to cause break in the social ties. It is possible to note there the fantasized effect that operates in the educative speech denouncing an anticipated failure, as effect of nostalgia of the traditional family, more and more distant from our reality. To investigate what produces this position of claim of a “strong father”, the author searches in the theory these answers. We elect interpreters of the social tie and its symptomatic expressions. For such, we displayed the issue of the paternal function, as it appears in Freud and Lacan works, searching to follow its incidence in the subject structuring, since the primordial abandonment.This work is a theoretical research that focus the senses that the new forms of exercise of the paternal function have for education, considered as social tie. With Freud, we follow the implications of the paternal function in the Oedipus complex and the approach of the temporality of the Oedipus in Lacan allowed to situate the father from the registers of the Imaginary, the Symbolic and the Real , in reference to the concept of phallus, as significant of the lack in the Other. Establishing as a theme the paternal function from these registers allowed to differentiate the symbolic paternal function, of the present fantasized in the imaginary dimension of the father, this that is meant as “lacking”. We use as empirical data, some cases, taken in their exemplarity, in the perspective of the subject of the paternal function. The thesis indicates that, the dialogue of psychoanalysis with education, allows demystifying fantasized inductive constructions of a last interpretation of the social symptoms, as this of the speech of the paternal lack. To use itself the plurality of the directions of the paternal function in education, is a form of the educators to make responsible for the educative act, in a position of opening to the historical contingencies that the vicissitudes of the social ties produce.
20

Ensaio, montagem e arqueologia crítica das imagens : um olhar à série História(s) do Cinema, de Jean Luc Godard

Almeida, Gabriela Machado Ramos de January 2015 (has links)
Esta tese apresenta uma reflexão sobre o ensaísmo no cinema, a partir de um olhar à série História(s) do cinema, produzida pelo cineasta franco-suiço Jean-Luc Godard entre os anos de 1988 e 1998, e exibida pela emissora de TV francesa Canal+. A inquietação que origina a pesquisa é a necessidade de melhor compreender o que significa um exercício de pensamento audiovisual, tão atribuído às obras fílmicas de teor ensaístico e à própria série de Godard, e ao mesmo tempo tão pouco problematizado. Esta preocupação norteou a elaboração das duas questões centrais em torno das quais a investigação orbita e ao mesmo tempo busca responder: como se constitui um pensamento por e com imagens? E que saberes a respeito do mundo histórico são engendrados pela escritura ensaística no cinema, no caso de uma obra como Históría(s) do cinema? O trabalho aposta num cruzamento entre os campos da Comunicação e das Artes e se insere num nicho de estudos ainda em construção no seio da pesquisa em cinema, que floresceu especialmente nas últimas duas décadas, e vem se dedicando aos produtos audiovisuais que fogem às convenções de gênero mais marcadas (a exemplo do ensaio fílmico). A estrutura da tese é composta por três partes: 1) Cinema, uma forma que pensa; 2] Montagem, essa bela inquietação e 3) Nem arte, nem técnica: um mistério. A primeira é dedicada à apresentação do conceito de ensaio fílmico e à discussão sobre a sua conflituosa relação com o método, a partir de escritos recentes de autores como Josep Maria Català [2014a, 2014b, 2014c) e Antonio Weinrichter (2007, 2009), bem como de textos das teorias do cinema em que foi identificado um devir-ensaio, como em Hans Richter (1940) e Alexandre Astruc (1948). Na segunda parte, é discutida a noção de pensamento visual, partindo principalmente das contribuições teóricas de Didi-Huberman (2011, 2013a) ao estudo das imagens e de algumas experiências de saber visual mapeadas e trazidas à tona, que funcionam como uma espécie de prelúdio à análise de Histórias(s) do cinema. São elas o Atlas Mnmemosyne de Aby Warburg, o museu imaginário de André Malraux e o trabalho de curadoria de Henri Langlois junto à Cinemateca Francesa. Na terceira parte, a série História(s) do cinema é analisada à luz do conceitos de gesto, em Giorgio Agamben (2008, 2012) - desdobrado em duas categorias: gesto arqueológico e gesto apropriativo; e de visibilidade e legibilidade, em Didi-Huberman (2010, 2012b, 2013e), buscando identificar como se manifesta um exercício de pensamento audiovisual e como Godard pratica uma espécie de arqueologia crítica das imagens em sua obra. No entendimento a que se chegou com a pesquisa, o ensaio fílmico se baseia na exploração crítica do dispositivo e num pensamento por montagem, ambos traços constituintes de História(s) do cinema. / This thesis presents a reflection about essayism within cinema, from an observation of Histoire(s) du cinéma, a tv series produced by french-swiss filmmaker Jean-Luc Godard between 1988 and 1998, and exhibited by french TV channel Canal+. This research has its origins in the inquietude to better understand what means an exercise of audiovisual thought, often attributed to essayistic film works and to Godard's series, and, at the same time, so little discussed. This concern guides the elaboration of two main central questions that surround the investigation and that we intend to answer: how a thought with and through images is constituted? And which sorts of knowledges of historical world are engendered by essayistic filmmaking in a work such as Histoire(s) du cinémal The thesis invests in a confluence of two fields, Communication and Arts, and is situated in a niche of studies still under construction in the territory of film research, which flourished specially in the last two decades and has been devoted to audiovisual products that scape the most evident gender labels (such as film essay). The work is structured in three parts: 1) Cinema, a form that thinks; 2) Montage, this beautiful care and 3] Neither an art nor a technique: a mystery. The first part is dedicated to the presentation of the concept of film essay and to the debate about its conflicted relationship with method, from recent writings by authors such as Josep Maria Català [2014a, 2014b, 2014c) and Antonio Weinrichter (2007, 2009), and also some texts of film theory in which an essay-becoming is identified, as in Hans Richter [1940] and Alexandre Astruc (1948). En Ia segunda parte, se discute Ia noción de pensamiento visual, sobre todo a partir de los aportes teóricos de Didi-Huberman (2011, 2013a) para el estúdio de Ias imágenes y algunas experiencias de saber visual que fueron mapeadas e expuestas, y que funcionan como una especie de prelúdio a el análisis de Historia(s) dei cine. Ellos son el Atlas Mnmemosyne Aby Warburg, el museo imaginario de André Malraux y el trabajo curatorial Henri Langlois en Ia Cinemateca Francesa. En Ia tercera parte, se examina Ia serie Historia(s) dei cine a Ia luz de los conceptos de gesto, de Giorgio Agamben (2008, 2012) - dividido en dos categorias: gesto arqueológico y gesto de apropiación - y visibilidad y legibilidad en Didi -Huberman (2010, 2012b, 2013e), con el fin de identificar cómo se manifiesta un ejercicio de pensamiento visual y cómo Godard practica una especie de arqueologia crítica de Ias imágenes de su obra. En el entendimiento al que se llegó con Ia investigación, el ensayo fílmico se basa en Ia exploración crítica dei dispositivo y en un pensamiento por montaje, características constituyentes de Historia(s) dei cine. / En esta tesis se presenta una reflexión sobre el cine ensayo, a partir de una mirada a Ia serie Historía(s) dei cine, producida por el cineasta franco-suizo Jean- Luc Godard, entre los anos 1988 y 1998, y exhibida en Ia emisora de televisión francesa Canal+. La inquietud que provoca Ia investigación es Ia necesidad de mejor comprender Io que significa un ejercicio de pensamiento visual, ya que se Io atribuye a Ias obras cinematográficas ensayísticas y a Ia propia serie de Godard, y que permanece poco cuestionado. Esta preocupación ha guiado el desarrollo de los dos temas centrales en torno al los cuales gira Ia investigación y que, al mismo tiempo, intentamos responder: ^cómo se constituye un pensamiento con y por imágenes? Y que conocimientos sobre el mundo histórico se engendran por Ia escritura ensayísticas en el cine, como en una obra como Historia (s) dei cinel El trabajo promueve un cruce entre los campos de Ia Comunicación y Ias Artes y es parte de un nicho de investigación aún en construcción en los estúdios de cine, que floreció especialmente en Ias dos últimas décadas y se ha dedicado a los productos audiovisuales evaden Ias etiquetas de gênero más obvias [como el ensayo fílmico). La tesis se compone de tres partes: 1) Cine, de una forma que piensa; 2) Montaje, mi bella inquietud y 3) Ni el arte ni Ia técnica: un mistério. La primera está dedicada a presentar el concepto de ensayo fílmico y Ia discusión sobre su relación conflictiva con el método, a partir de los últimos escritos de autores como Josep Maria Català (2014a, 2014b, 2014c) y Antonio Weinrichter (2007, 2009), así como textos de Ias teorias cinematográficas en que se identificaron un devenir-ensayo, como en Hans Richter (1940) y Alexandre Astruc (1948).

Page generated in 0.098 seconds