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Perfil epidemiológico dos pacientes portadores de hepatite C notificados no estado do Rio Grande do Sul no período de 2010 a 2011Santos, Janaina Dorneles dos January 2013 (has links)
No Brasil, apesar dos crescentes esforços governamentais para o combate e prevenção das doenças infectocontagiosas, as hepatites virais representam um grave problema na área de saúde. A infecção causada pela hepatite C gera consequências graves para a saúde dos portadores, podendo levar ao desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular, além de elevar os custos públicos com os tratamentos. O conhecimento do cenário epidemiológico da hepatite C e os fatores associados à infecção são de grande importância para subsidiar a tomada de decisão na política que envolve a linha de cuidado e a rede de assistência desse agravo. A pesquisa teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos indivíduos notificados com hepatite C no estado do Rio Grande do Sul a partir da base de dados do SINAN/RS no período de 2010 e 2011. Foram avaliados um total de 6.168 registros, conforme a ficha padrão de notificação de hepatites virais usada pelo sistema de notificação. Foram descritas no estudo as variáveis demográficas, as variáveis relacionadas aos antecedentes epidemiológicos da hepatite C e as condições associadas, em especial a coinfecção pelo HIV. Depois de descritas e comparadas, as variáveis foram submetidas à análise bivariada e análise de regressão logística Os resultados apontaram uma maior prevalência da infecção e do genótipo 1 do VHC em homens quando comparado com as mulheres. O uso de drogas, destaca-se como um dos principais fatores de risco associado a infecção pelo HIV em pacientes coinfectados, bem como a baixa escolaridade. / In Brazil, despite the increasing governmental effort to combat and prevent infectious disease, viral hepatitis represents a significant problem in health care. The infection caused by hepatitis C engender sever problems for its carriers, and may take them to develop cirrhosis and hepatocellular carcinoma, in addition to higher public cost with treatment. The knowledge about the epidemiological scenario of hepatitis C and the infection associated factors are very important to subsidize the decision-making in politics that involves the care line and the assistance network for this harm. This research aimed to describe the epidemiological profile of individuals notified with hepatitis C in Rio Grande do Sul state according to the data base from SINAN/RS from 2010 to 2011. 6168 records were evaluated, according to the notification for hepatitis C standard form used by the notification system. The demographic variables, the variables related to hepatitis C epidemiological background and the conditions associated to the disease, specially the coinfection with HIV, were described on the study. After the description, the variables were submitted to bivariate analysis and logistic regression analysis. The results show a higher prevalence of infection and the genotype 1 of HCV in men when compared to women. The use of drugs stands out as the main risk factor related to HIV infection in coinfected patients, as much as low schooling.
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Investigação de polimorfismo dos genes NFKB1, TYMS, UCP2 e SGSM3 em pacientes com hepatite C crônica em uma população da região norte do BrasilSOUZA , Susi dos Santos Barreto de 11 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-11 / O vírus da hepatite C (VHC) afeta cerca de 130-150 milhões de pessoas no mundo. O sexo, a idade, o tabagismo, o etilismo, a ancestralidade e os polimorfismos genéticos podem interferir na evolução da hepatite C. Investigou-se o papel de polimorfismos funcionais nos genes NFKB1 (rs28362491), TYMS (rs16430), UCP2 e SGSM3 (rs56228771) com a evolução desfavorável de pacientes com hepatite C crônica em uma população da região norte do Brasil. Por meio de questionários epidemiológico e clínico, realizou-se um estudo transversal, observacional e descritivo para investigação de polimorfismos. Identificou-se a relação dos mesmos com a evolução desfavorável de 75 pacientes com hepatite C crônica, distribuídos em 2 grupos (com e sem cirrose), que realizam acompanhamento ambulatorial em 2 instituições hospitalares de Belém-PA. Foi utilizado um painel de 48 Marcadores Informativos de Ancestralidade (MIAs) como método de controle genômico no estudo. Revelou-se que o sexo, a idade, o tabagismo, o etilismo e os polimorfismos dos genes TYMS e NFKB1 não apresentam significância estatística sendo, respectivamente: p=0,775; p= 0,070; p= 0,404; p= 0,498; p= 0,565 e p=0,809. Contudo, os polimorfismos dos genes UCP2 e SGSM3 e a ancestralidade Africana apresentaram significâncias estatísticas. O incremento de 10% da ancestralidade Africana levou à redução de 0,571 de chance de desenvolver cirrose hepática, conferindo, portanto, um efeito de proteção (P=0,0417; OR = 0,429; IC = 95%=0,170-0,898). O genótipo del/del do polimorfismo do gene UCP2, foi associado com uma diminuição do risco (P=0,05; OR=0,0003; IC95%=0-1,90) e o genótipo del/del do polimorfismo do gene SGSM3 foi associado ao risco significativo (P=0,024; OR= 7,106; IC 95%= 1,295-39,007) de desenvolvimento de cirrose hepática. Conclui-se que a ancestralidade africana e aos polimorfismos dos genes UCP2 e SGSM3 estão relacionados à evolução desfavorável de pacientes com hepatite C crônica. / The hepatitis C virus (HCV) affects about 130-150 million people worldwide. Sex, age, smoking, ethnicity, ancestry, and genetic polymorphisms may interfere with the progression of hepatitis C. We investigated the role of functional polymorphisms in genes NFKB1 (rs28362491), TYMS (rs16430), UCP2 and SGSM3 (rs56228771) with the unfavorable evolution of patients with chronic hepatitis C in a population in the northern region of Brazil. Epidemiological and clinical questionnaires were used to conduct a cross-sectional, observational and descriptive study to investigate polymorphisms. The relationship of these patients with the unfavorable evolution of 75 patients with chronic hepatitis C, in 2 groups (with and without cirrhosis), who underwent outpatient follow-up at two hospitals in Belém-PA, were identified. A panel of 48 Ancestral Information Markers (MIAs) was used as a method of genomic control in the study. It was revealed that the sex, age, smoking, alcoholism and polymorphisms of the TYMS and NFKB1 genes do not present statistical significance, respectively: p = 0.775; p = 0.070; p = 0.404; p = 0.498; p = 0.565 and p = 0.809. However, the polymorphisms of UCP2 and SGSM3 genes and African ancestry presented statistical significance. The 10% increase in African ancestry led to a reduction of 0.571 in the chance of developing cirrhosis of the liver, thus conferring a protective effect (P = 0.0417, OR = 0.429, CI = 95% = 0.170-0.898). The genotype of the polymorphism of the UCP2 gene was associated with a risk reduction (P = 0.05, OR = 0.0003, 95% CI = 0-1.90) and the genotype of the gene polymorphism SGSM3 was associated with significant risk (P = 0.024, OR = 7.106, 95% CI = 1,295-39,007) for developing cirrhosis of the liver. It is concluded that the African ancestry and the polymorphisms of the UCP2 and SGSM3 genes are related to the unfavorable evolution of patients with chronic hepatitis C.
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Efeito da resposta ao tratamento antiviral na ocorrência de carcinoma hepatocelular em pacientes com cirrose pelo vírus cCheinquer, Nelson January 2003 (has links)
Introdução/Objetivo: Existem evidências indicando que a resposta virológica sustentada (RVS) ao tratamento com interferon pode estar associada com menor incidência de carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes com cirrose causada pelo vírus da hepatite C (VHC). O objetivo do presente estudo foi comparar a incidência de CHC em cirróticos com RVS versus sem RVS. Métodos: Foram selecionados 85 pacientes com cirrose compensada (Child A) secundária ao VHC, confirmada por biópsia, sem quaisquer outras causas de doença hepática. Todos foram submetidos a tratamento com interferon ± ribavirina por pelo menos 24 semanas. Antes do tratamento nenhum paciente apresentava evidência de CHC à ultrassonografia abdominal (US). RVS foi definida como RNA do VHC negativo (PCR qualitativo com limite de detecção de 50 UI/ml) 24 semanas após o final do tratamento. Foram incluídos apenas pacientes com seguimento semestral com US e alfa-fetoproteína e anual com PCR por mais de 12 meses após o final do tratamento. O CHC foi diagnosticado por biópsia ou achados coincidentes de lesão focal com diâmetro superior a 2cm na US e tomografia computadorizada helicoidal trifásica com sinais de hipervascularização arterial. Resultados: Dos 85 pacientes, 38 (45%) alcançaram RVS e 47 (55%) não. A média do seguimento em pacientes com RVS versus sem RVS foi de 32,1 ± 20 meses (variação: 12-84 meses) e 28,2 ± 18 meses (variação: 12-96 meses), respectivamente (P=0,51). O CHC foi diagnosticado em 1 (3%) dos 38 pacientes com RVS e 8 (17%) dos 47 pacientes sem RVS (P=0,02; Razão de chance: 0,13; Intervalo de confiança de 95%: 0,006-0,9). As características pré-tratamento foram semelhantes entre os pacientes com e sem RVS, tanto demográficas (idade e sexo) quanto clínicas (Child A, média da dose total de interferon e tempo de seguimento). Além da ocorrência de CHC, a única outra variável com diferença significativa encontrada entre os grupos com e sem RVS foi o percentual de pacientes com genótipo 1 (13% versus 35%, respectivamente; P = 0,04). Comparando-se os pacientes com e sem CHC, a única variável com diferença estatisticamente significativa encontrada foi o percentual de RVS (11% versus 49%, respectivamente; P = 0,03). Conclusões: Pacientes com cirrose pelo VHC que atingem RVS têm menor incidência de CHC quando comparados àqueles sem RVS. A única diferença entre os grupos com e sem CHC foi a ocorrência de RVS. Este achado indica que a ausência do VHC pode tanto representar fator protetor direto contra o CHC, quanto servir como marcador indireto para identificar cirróticos com menor probabilidade de desenvolver CHC. / Background/Aim: There is strong evidence that sustained virologic response (SVR) to interferon treatment has an impact on the incidence of hepatocellular carcinoma (HCC) in patients with hepatitis C virus (HVC) related cirrhosis. The aim of this study was to compare the rate of HCC among HCV cirrhotics with vs without SVR. Methods: Eighty five biopsy proven cirrhotic patients with HCV infection (PCR positive), without any other form of liver disease were included. All were treated with interferon (IFN) ± ribavirin (RBV) for at least 24 weeks. Before treatment, all patients were compensated (Child A) and had no evidence of HCC on abdominal ultrasound (US). None had previous hepatic decompensation. SVR was defined as negative HCV-RNA (qualitative PCR with a limit of detection of 50 IU/ml) 24 weeks after end of treatment. Patients followed every 6 months with US and alpha-fetoprotein (AFP) for > 12 months after end of therapy were included. HCC was diagnosed by liver biopsy and/or coincident findings of focal lesion > 2 cm on US and spiral CT with arterial hypervascularization. Results: Thirty eight (45%) were SVRs and 47 (55%) were not. Mean follow-up was 32,1 ± 20 months (range:12-84 months) in SVRs vs 28,2 ± 18 months (range:12-96 months) in no-SVRs (P=0.51). HCC was diagnosed in 1 (3%) of 38 SVRs vs 8 (17%) of 47 patients without SVR (P=0.02; OR:0.13, 95% CI:0.006-0.9). All had similar pre-treatment characteristics (age, sex, liver function, Child A, total interferon dose and follow-up time). Besides HCC incidence, the only significant difference between SVRs and no-SVRs was the rate of genotype 1 (13% vs 35%, respectively, P = 0.04). Comparing patients with and without HCC, the only significant difference was found in the rate of SVR (11% vs 49%, respectively; P = 0,03). Conclusion: HCV cirrhotics with SVR have a lower incidence of HCC compared to those without SVR. The only difference between the groups with and without HCC was the rate of SVR. This finding may indicate that either absence of HCV-RNA truly protects against HCC, or acts as surrogate marker to identify cirrhotics that have a low probability of HCC development on long-term follow-up.
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Clonagem e expressão da proteína do core do vírus da hepatite C para o desenvolvimento de métodos aplicados ao diagnóstico viralSantos, Sandra Antonia Tagliavini [UNESP] 08 December 2006 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2006-12-08Bitstream added on 2014-06-13T19:40:41Z : No. of bitstreams: 1
santos_sat_dr_araiq.pdf: 1210753 bytes, checksum: 2451e920ac425ba2bd7cc04b099878bb (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente trabalho refere-se ao desenvolvimento de duas metodologias: imobilização da proteína do core do vírus da Hepatite C (VHC) em matriz híbrida siloxano-poli (propileno óxido) como suporte sólido para ELISA e um imunossensor amperométrico para detecção de anticorpos anti-VHC. Para atingir este objetivo, o RNA-VHC extraído de amostras de soro (genótipo 1b) foi submetido à técnica de RT-PCR e posterior amplificação da seqüência de 408pb do core do VHC. Este produto foi clonado em vetor pET42a. O vetor recombinante foi introduzido em bactérias da linhagem BL21 (DES). Após o cultivo das colônias, a indução foi realizada em concentração final de 0,4mM de IPTG. As bactérias foram lisadas e as frações solúvel e insolúvel, analisadas em gel de poliacrilamida 15%, mostrando uma banda aparente de 44kDa, tamanho esperado da proteína recombinante fusionada a GST. A proteína recombinante do core foi purificada e confirmada por imunodetecção utilizando soro positivo para VHC e apresentou ausência de reatividade cruzada com amostras positivas para outras doenças infecciosas. Na primeira metodologia, a proteína do core foi imobilizada em matriz híbrida siloxano-poli (propileno óxido) preparada por sol-gel como suporte sólido em teste de ELISA para a detecção de anticorpos anti-VHC. As condições adequadas para o estabelecimento desta técnica envolveram 1,25ng da proteína/disco, conjugado com peroxidase na diluição 1:10000 e diluição do soro de 1:40. Este procedimento foi comparado ao ELISA convencional. O desenvolvimento desta matriz híbrida para imunodetecção mostrou bom desempenho, reprodutibilidade e simplicidade durante a síntese, sendo vantajoso para aplicação comercial. / The present work reports the development of two methodologies: hepatitis C vírus core protein immobilization into hybrid matrix siloxane-polypropyleneglycol prepared by sol-gel process used as solid phase in ELISA and an amperometric immunosensor for detection of antibodies anti-VHC. Toward to achieve this aim, the HCV RNA from serum (genotype 1b) was submitted to RT-PCR techniqueand subsequent amplification of the HCV core 408pb. This product was cloned into pET42a vector. The recombinant plasmid was transformed into BL21 (DES) cell line strain. Cell cultures were grown and induced with final concentration of 0,4mM of IPTG. After induction, the cell were harvest and the soluble and insoluble fractions were analyzed by polyacrilamide gel 15% showing a band with an approximate molecular weight of 44kDa, expected size for this GST-fused recombinant protein. The recombinant protein was purified and confirmed by immunological detection using HCV positive serum and showed absence of cross reactivity with positive samples for others infectious diseases. In the first methodology, the core protein immobilization into hybrid matrix siloxane-polypropyleneglycol prepared by sol-gel process was used as solid phase in ELISA for detection of antibodies anti-VHC antibody. 1,25ng protein per disc, a peroxidase conjugate diluition of 1:10000 and a serum dilution of 1:40 were adequate for the establishment of the procedure. This procedure performance of the siloxane-polypropyleneglycol discs as a matrix for immnunodetection, showed easy synthesis, good performance and reproducibility for commercial application. The second consisted on the immobilization of core protein into hybrid matrix siloxane-polypropyleneglycol prepared by sol-gel process and deposited on the pencil graphite electrode surface by dip-coating process for development of an amperometric immunosensor.
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Manifestações dermatológicas em pacientes HIV-positivos coinfectados pelo Vírus da Hepatite C : um estudo prospectivo e comparativoCunha, Vanessa Santos January 2010 (has links)
Introdução: Como o Vírus da Hepatite C (HCV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) dividem os mesmos fatores de risco, eles frequentemente coexistem. Há grande controvérsia em relação ao real impacto da coinfecção, mas parece haver aumento da morbidade geral. Esperaria-se um aumento do número e intensidade das manifestações dermatológicas nos coinfectados quando comparadas aos somente infectados pelo HCV, já que nos pacientes HIV-positivos a prevalência de dermatoses é alta. O diagnóstico precoce da coinfecção é importante na prevenção de complicações e os achados dermatológicos pedem ser o único indício da mesma. Objetivo: Estudar e especificar as manifestações dermatológicas dos pacientes coinfectados pelo HIV e HCV em comparação àqueles somente infectados pelo HCV. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e transversal. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hepatite C, isoladamente, e coinfectados pelo HCV e HIV, provenientes dos ambulatórios de Gastroenterologia ou Infectologia, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Foram excluídos os pacientes que apresentavam outras disfunções hepáticas, aqueles em tratamento para hepatite C e do ambulatório de dermatologia. Era realizado um exame dermatológico completo e os exames complementares, caso não disponíveis dos últimos 30 dias, eram realizados no dia da inclusão/exame dermatológico. Resultados: Foi avaliado um total de 201 pacientes, sendo 108 coinfectados pelo HIV e HCV e 93 somente positivos para o HCV. A média de idade foi de 51 anos no grupo monoinfectado pelo HCV e de 45 anos, nos coinfectados. Houve um predomínio de pacientes do sexo masculino (68,5%) nos pacientes somente HCV-positivos, sendo que no outro grupo, cerca de 45% dos pacientes eram homens. Não houve diferença entre os grupos com relação à presença ou ausência de fibrose hepática. Com relação ao alcoolismo, houve um predomínio significativo desta condição nos pacientes coinfectados. A presença de prurido não foi diferente estatisticamente entre os grupos, porém há uma tendência em ser mais freqüente naqueles somente com HCV. O grupo positivo para o HIV e o HCV apresentou um número médio de 4,5 diferentes alterações dermatológicas por paciente, sendo significativamente menor do que o grupo somente HCV-positivo, que apresentou uma média de 5,2 dermatopatias por paciente. Foram identificadas 104 diferentes dermatoses. Houve uma maior prevalência de alterações infecciosas e pigmentares no grupo coinfectado pelo HCV e HIV. Por outro lado, alterações vasculares foram mais freqüentes nos somente HCV-positivos. Conclusão: As manifestações dermatológicas são frequentes tanto em pacientes monoinfectados pelo HCV quanto nos coinfectados pelo HCV e HIV. A imunossupressão característica da infecção pelo HIV diminui o número de alterações mucocutâneas, quando comparamos a pacientes infectados somente pelo HCV. Por fim, ressaltase a importância de um exame dermatológico no manejo destes pacientes, para o diagnóstico precoce de ambas as infecções, diminuindo a morbimortalidade relacionada a elas, através da instauração breve do tratamento específico.
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Manifestações dermatológicas em pacientes HIV-positivos coinfectados pelo Vírus da Hepatite C : um estudo prospectivo e comparativoCunha, Vanessa Santos January 2010 (has links)
Introdução: Como o Vírus da Hepatite C (HCV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) dividem os mesmos fatores de risco, eles frequentemente coexistem. Há grande controvérsia em relação ao real impacto da coinfecção, mas parece haver aumento da morbidade geral. Esperaria-se um aumento do número e intensidade das manifestações dermatológicas nos coinfectados quando comparadas aos somente infectados pelo HCV, já que nos pacientes HIV-positivos a prevalência de dermatoses é alta. O diagnóstico precoce da coinfecção é importante na prevenção de complicações e os achados dermatológicos pedem ser o único indício da mesma. Objetivo: Estudar e especificar as manifestações dermatológicas dos pacientes coinfectados pelo HIV e HCV em comparação àqueles somente infectados pelo HCV. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e transversal. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hepatite C, isoladamente, e coinfectados pelo HCV e HIV, provenientes dos ambulatórios de Gastroenterologia ou Infectologia, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Foram excluídos os pacientes que apresentavam outras disfunções hepáticas, aqueles em tratamento para hepatite C e do ambulatório de dermatologia. Era realizado um exame dermatológico completo e os exames complementares, caso não disponíveis dos últimos 30 dias, eram realizados no dia da inclusão/exame dermatológico. Resultados: Foi avaliado um total de 201 pacientes, sendo 108 coinfectados pelo HIV e HCV e 93 somente positivos para o HCV. A média de idade foi de 51 anos no grupo monoinfectado pelo HCV e de 45 anos, nos coinfectados. Houve um predomínio de pacientes do sexo masculino (68,5%) nos pacientes somente HCV-positivos, sendo que no outro grupo, cerca de 45% dos pacientes eram homens. Não houve diferença entre os grupos com relação à presença ou ausência de fibrose hepática. Com relação ao alcoolismo, houve um predomínio significativo desta condição nos pacientes coinfectados. A presença de prurido não foi diferente estatisticamente entre os grupos, porém há uma tendência em ser mais freqüente naqueles somente com HCV. O grupo positivo para o HIV e o HCV apresentou um número médio de 4,5 diferentes alterações dermatológicas por paciente, sendo significativamente menor do que o grupo somente HCV-positivo, que apresentou uma média de 5,2 dermatopatias por paciente. Foram identificadas 104 diferentes dermatoses. Houve uma maior prevalência de alterações infecciosas e pigmentares no grupo coinfectado pelo HCV e HIV. Por outro lado, alterações vasculares foram mais freqüentes nos somente HCV-positivos. Conclusão: As manifestações dermatológicas são frequentes tanto em pacientes monoinfectados pelo HCV quanto nos coinfectados pelo HCV e HIV. A imunossupressão característica da infecção pelo HIV diminui o número de alterações mucocutâneas, quando comparamos a pacientes infectados somente pelo HCV. Por fim, ressaltase a importância de um exame dermatológico no manejo destes pacientes, para o diagnóstico precoce de ambas as infecções, diminuindo a morbimortalidade relacionada a elas, através da instauração breve do tratamento específico.
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Efeito da resposta ao tratamento antiviral na ocorrência de carcinoma hepatocelular em pacientes com cirrose pelo vírus cCheinquer, Nelson January 2003 (has links)
Introdução/Objetivo: Existem evidências indicando que a resposta virológica sustentada (RVS) ao tratamento com interferon pode estar associada com menor incidência de carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes com cirrose causada pelo vírus da hepatite C (VHC). O objetivo do presente estudo foi comparar a incidência de CHC em cirróticos com RVS versus sem RVS. Métodos: Foram selecionados 85 pacientes com cirrose compensada (Child A) secundária ao VHC, confirmada por biópsia, sem quaisquer outras causas de doença hepática. Todos foram submetidos a tratamento com interferon ± ribavirina por pelo menos 24 semanas. Antes do tratamento nenhum paciente apresentava evidência de CHC à ultrassonografia abdominal (US). RVS foi definida como RNA do VHC negativo (PCR qualitativo com limite de detecção de 50 UI/ml) 24 semanas após o final do tratamento. Foram incluídos apenas pacientes com seguimento semestral com US e alfa-fetoproteína e anual com PCR por mais de 12 meses após o final do tratamento. O CHC foi diagnosticado por biópsia ou achados coincidentes de lesão focal com diâmetro superior a 2cm na US e tomografia computadorizada helicoidal trifásica com sinais de hipervascularização arterial. Resultados: Dos 85 pacientes, 38 (45%) alcançaram RVS e 47 (55%) não. A média do seguimento em pacientes com RVS versus sem RVS foi de 32,1 ± 20 meses (variação: 12-84 meses) e 28,2 ± 18 meses (variação: 12-96 meses), respectivamente (P=0,51). O CHC foi diagnosticado em 1 (3%) dos 38 pacientes com RVS e 8 (17%) dos 47 pacientes sem RVS (P=0,02; Razão de chance: 0,13; Intervalo de confiança de 95%: 0,006-0,9). As características pré-tratamento foram semelhantes entre os pacientes com e sem RVS, tanto demográficas (idade e sexo) quanto clínicas (Child A, média da dose total de interferon e tempo de seguimento). Além da ocorrência de CHC, a única outra variável com diferença significativa encontrada entre os grupos com e sem RVS foi o percentual de pacientes com genótipo 1 (13% versus 35%, respectivamente; P = 0,04). Comparando-se os pacientes com e sem CHC, a única variável com diferença estatisticamente significativa encontrada foi o percentual de RVS (11% versus 49%, respectivamente; P = 0,03). Conclusões: Pacientes com cirrose pelo VHC que atingem RVS têm menor incidência de CHC quando comparados àqueles sem RVS. A única diferença entre os grupos com e sem CHC foi a ocorrência de RVS. Este achado indica que a ausência do VHC pode tanto representar fator protetor direto contra o CHC, quanto servir como marcador indireto para identificar cirróticos com menor probabilidade de desenvolver CHC. / Background/Aim: There is strong evidence that sustained virologic response (SVR) to interferon treatment has an impact on the incidence of hepatocellular carcinoma (HCC) in patients with hepatitis C virus (HVC) related cirrhosis. The aim of this study was to compare the rate of HCC among HCV cirrhotics with vs without SVR. Methods: Eighty five biopsy proven cirrhotic patients with HCV infection (PCR positive), without any other form of liver disease were included. All were treated with interferon (IFN) ± ribavirin (RBV) for at least 24 weeks. Before treatment, all patients were compensated (Child A) and had no evidence of HCC on abdominal ultrasound (US). None had previous hepatic decompensation. SVR was defined as negative HCV-RNA (qualitative PCR with a limit of detection of 50 IU/ml) 24 weeks after end of treatment. Patients followed every 6 months with US and alpha-fetoprotein (AFP) for > 12 months after end of therapy were included. HCC was diagnosed by liver biopsy and/or coincident findings of focal lesion > 2 cm on US and spiral CT with arterial hypervascularization. Results: Thirty eight (45%) were SVRs and 47 (55%) were not. Mean follow-up was 32,1 ± 20 months (range:12-84 months) in SVRs vs 28,2 ± 18 months (range:12-96 months) in no-SVRs (P=0.51). HCC was diagnosed in 1 (3%) of 38 SVRs vs 8 (17%) of 47 patients without SVR (P=0.02; OR:0.13, 95% CI:0.006-0.9). All had similar pre-treatment characteristics (age, sex, liver function, Child A, total interferon dose and follow-up time). Besides HCC incidence, the only significant difference between SVRs and no-SVRs was the rate of genotype 1 (13% vs 35%, respectively, P = 0.04). Comparing patients with and without HCC, the only significant difference was found in the rate of SVR (11% vs 49%, respectively; P = 0,03). Conclusion: HCV cirrhotics with SVR have a lower incidence of HCC compared to those without SVR. The only difference between the groups with and without HCC was the rate of SVR. This finding may indicate that either absence of HCV-RNA truly protects against HCC, or acts as surrogate marker to identify cirrhotics that have a low probability of HCC development on long-term follow-up.
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Oportunidade de intervenção farmacêutica no tratamento de pacientes com hepatite viral C crônicaBernardo, Noemia Liege Maria da Cunha 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:07:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
288161.pdf: 2268726 bytes, checksum: c46fb0c65fcf42995952f0d94e5cff20 (MD5) / A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) representa um importante problema de saúde pública. O tratamento da hepatite viral C crônica é complexo, envolvendo a aplicação semanal de alfapeginterferon, doses diárias de ribavirina, realização de exames laboratoriais periódicos para monitorização da terapêutica, elevada incidência de efeitos adversos e tempo prolongado de tratamento. O presente estudo objetivou descrever as oportunidades de intervenção farmacêutica no tratamento de pacientes com hepatite viral C crônica. Os dados referentes ao tratamento de pacientes com a hepatite viral C crônica, no município de Itajaí/SC, foram coletados por meio de um estudo transversal. A estruturação do serviço de assistência a estes pacientes foi analisada por meio de um estudo descritivo, e a evolução do tratamento farmacológico por intermédio de um estudo de acompanhamento farmacoterapêutico. Os resultados evidenciaram fatores relacionados ao paciente e à terapêutica, não observados em estudos anteriores. A incidência de efeitos adversos foi considerada a principal causa de redução de doses ou de interrupção do tratamento, sendo esta última por abandono do próprio paciente ou por intervenção médica. Desta maneira, constatou-se que o papel do farmacêutico como prestador de cuidados em saúde deve estar orientado na educação dos pacientes e no acompanhamento do processo logístico, além da prevenção e do manejo de efeitos adversos durante o tratamento. / Infection by hepatitis C virus (HCV) is an important public health problem. The treatment of chronic C viral hepatitis is complex, due the weekly use of interferon alfa peguylated, daily doses of ribavirin, periodical exams to monitoring the therapeutic, high incidence of adverse effects and long time of the treatment. This study aimed to describe the opportunity of pharmaceutical intervention in the treatment of patients with chronic C viral hepatitis. Data from the treatment of patients with chronic C viral hepatitis, in Itajaí/SC, were getting by a transversal study. The structure of the health care system to these patients was analyzed by a descriptive study and the evolution of the pharmaceutical treatment were identify through a preliminary study of pharmacotherapeutic monitoring. The results revealed factors related to patients and to therapeutic that are not reported before. The incidence of adverse effects was the mainly cause to dose reduction or interruption, been this last one by patient abandon or doctor interruption. Therefore, this study highlighted the role of pharmacist as a health care professional that must to be oriented for the patient education and for the monitoring of logistic process and also for prevention and management of adverse effects during the treatment.Infection by hepatitis C virus (HCV) is an important public health problem. The treatment of chronic C viral hepatitis is complex, due the weekly use of interferon alfa peguylated, daily doses of ribavirin, periodical exams to monitoring the therapeutic, high incidence of adverse effects and long time of the treatment. This study aimed to describe the opportunity of pharmaceutical intervention in the treatment of patients with chronic C viral hepatitis. Data from the treatment of patients with chronic C viral hepatitis, in Itajaí/SC, were getting by a transversal study. The structure of the health care system to these patients was analyzed by a descriptive study and the evolution of the pharmaceutical treatment were identify through a preliminary study of pharmacotherapeutic monitoring. The results revealed factors related to patients and to therapeutic that are not reported before. The incidence of adverse effects was the mainly cause to dose reduction or interruption, been this last one by patient abandon or doctor interruption. Therefore, this study highlighted the role of pharmacist as a health care professional that must to be oriented for the patient education and for the monitoring of logistic process and also for prevention and management of adverse effects during the treatment.
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Farmacocinética da ciclosporina em pacientes portadores do vírus da hepatite C pré e pós-transplante renalWolffenbüttel, Luciano January 2000 (has links)
A ciclosporina (CsA), a despeito da recente introdução de novas drogas imunossupressoras, permanece como a pedra angular da terapia antirejeição do receptor de enxerto renal. No Brasil, 30% dos pacientes em lista de espera para transplante renal são anti-VHC+, e observações prévias do nosso grupo sugerem uma farmacocinética da CsA alterada nesses pacientes. Com o objetivo de avaliar esta hipótese, dois estudos paralelos foram feitos: um estudo pré-transplante com 22 pacientes em hemodiálise aguardando transplante, 11 anti-VHC+ (ELISA3), 7 dos quais PCR+, e 11 anti-VHC-, que receberam uma dose única oral de 8 mg/kg de ciclosporina em microemulsão (CsA-ME); e um estudo no 15º dia pós-transplante, com 24 receptores consecutivos, 10 ELISA+ (6 PCR+) e 14 ELISA-, que receberam a dose oral de CsA em microemulsão indicada pela equipe assistente. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir de 13 dosagens (tempo 0-12 h pós-dose) feitas por fluorimetria polarizada com anticorpos monoclonais (Abbot Laboratories, Illinois). Aqueles HbsAg+, com transaminases elevadas, diabéticos ou usando drogas que tivessem interação farmacocinética com a CsA foram excluídos. A análise estatística foi feita pelo teste t e Mann-Whitney. As variáveis demográficas com conhecida influência sobre a farmacocinética da CsA foram similares nos dois grupos. No estudo pré-transplante, , a Cmáx foi 40% maior, a ASC0-12 42% maior (p<0,05) e a Cmin 56% maior entre os pacientes ELISA+ comparados aos ELISA-. Essas diferenças foram acentuadas comparando o subgrupo PCR+ com os pacientes VHC- (Cmáx 58% maior -p=0,05-, ASC0-12 69% maior -p<0,01-, e Cmin 91% maior -p<0,01-). No estudo pós-transplante a Cmáx, a ASC0-12/dose e a Cmin não diferiram estatisticamente entre os grupo anti-VHC+ e anti-VHC- (21%, 23% e 2% maior, respectivamente). Ao avaliar apenas os pacientes PCR+, a Cmáx foi 50% maior (p<0,01) e a ASC0-12/dose 45% maior (p<0,05) do que o grupo ELISA-. O nível de vale, acompanhado pelos 12 meses pós-transplante, foi sempre superior entre os pacientes ELISA+, a despeito de doses menores de CsA, atingindo significância aos seis meses. Concluímos que os pacientes anti-VHC+, principalmente aqueles com viremia (PCR+), têm a farmacocinética da CsA microemulsão alterada, com níveis de pico e ASC0-12/dose maiores que os controles anti-VHC-. / Cyclosporine (CsA), despite recent introduction of new immunosuppressive drugs, still remains the cornerstone of kidney transplant recipient immunosuppression. In Brazil, 30% of patients waiting for kidney transplantation are anti-HCV+, and previous observations of our group suggest an altered CsA pharmacokinetics in these patients. In order to evaluate that, two parallel studies were done: a pre-transplant study with 22 dialysis patients waiting for transplantation, 11 anti-HCV+ (ELISA third generation), 7 of them PCR+, and 11 anti-HCV-, which received a 8 mg/kg single oral dose of CsA microemulsion (CsAME); and a 15th day post-transplant study with 24 consecutive recipients, 10 ELISA+ (6 PCR+) and 14 ELISA-, which received the CsA microemulsion oral dose indicated by the assistants. Pharmacokinetics parameters were calculated from 13 dosages (time 0-12 hours post-dose) performed by fluorescence polarization immunoassay with monoclonal antibodies (Abbot Laboratories, Illinois). Those patients HbsAg+, with elevated transaminases, diabetics or using drugs interacting with CsA pharmacokinetics were excluded. Statistical analysis was done by t test and Mann-Whitney. Demographic variables with already known CsA pharmacokinetics influences were similar in both groups. In the pre-transplant study, Cmax was 40% higher, AUC0-12 42% higher (p< 0,05) and Cmin 56% higher for HCV+ patients in comparison to HCV- ones. These differences were accentuated comparing PCR+ with HCV- patients (Cmax 58% higher - p= 0,05 -, AUC0-12 69% higher - p< 0,01 -, and Cmin 91% higher- p< 0,01). In the post-transplant study Cmax was 21% higher, AUC0-12/dose 23% higher and Cmin 2% higher for HCV+ patients. When evaluating only PCR+ patients, Cmax was 50% higher (p< 0,01) and AUC0-12/dose 45% higher (p< 0,05) than ELISA- group. Trough levels, followed for 12 months PO, remained higher in HCV+ patients, despite small doses of CsA. We conclude that anti-HCV+ patients, mainly those with viremia (PCR+), have altered CsA microemulsion pharmacokinetics, with higher peak levels and drug exposure than control patients anti-VHC-.
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Prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaSilva, Denise Rossato January 2008 (has links)
Base Teórica: Alguns estudos têm sugerido que a infecção crônica pelo HCV tem efeitos diretos e indiretos no tecido pulmonar, incluindo um declínio acelerado do VEF1. É necessário conhecer o quão prevalente é esta infecção nos pacientes com DPOC, o que pode justificar o rastreamento do HCV nesta população. Objetivos: Determinar a prevalência de infecção pelo HCV em uma amostra de pacientes com DPOC e comparar as características clínicas e funcionais entre os pacientes HCVpositivos e HCV-negativos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal. Foram incluídos no estudo 187 pacientes ambulatoriais com diagnóstico de DPOC. A positividade ao exame anti-HCV era determinada e confirmada pelo HCV-RNA. Resultados: A prevalência de infecção pelo HCV foi de 7,5%. Os pacientes HCV-positivos tinham um VEF1 pós-broncodilatador (% do previsto) menor (34,7 ± 8,6%) que os pacientes HCV-negativos (42,7 ± 16,5%) (p = 0,011). Todos os pacientes HCV-positivos foram classificados nos estádios III e IV, de acordo com os critérios do GOLD. O escore de dispnéia na escala MMRC foi maior nos pacientes HCV-positivos (mediana = 4) do que nos pacientes HCV-negativos (mediana = 2) (p = 0,023). O índice BODE foi maior nos pacientes HCV-positivos (mediana = 6) do que nos pacientes HCV-negativos (mediana = 4) (p = 0,027). Conclusões: Nossos resultados sugerem uma alta prevalência de infecção crônica pelo HCV em pacientes com DPOC. Os pacientes HCV-positivos tinham achados sugestivos de uma doença mais grave. / Background: A number of studies have suggested that chronic HCV infection have direct and indirect effects on pulmonary tissue, including an accelerated decline of FEV1. It is necessary to know how prevalent this infection is in patients with COPD, what could justify the screening of HCV in this population. Objectives: To determine the prevalence of HCV infection in a sample of COPD patients, and to compare the clinical and functional characteristics between HCV-positive and HCVnegative patients. Methods: We performed a cross-sectional study. One hundred eighty seven COPD outpatients were included in the study. Anti-HCV antibody positivity was determined and confirmed by HCV-RNA. Results: The prevalence of HCV infection was 7.5%. The HCV-positive patients had a postbronchodilator FEV1 (% predicted) lower (34.7 ±8.6%) than HCV-negative patients (42.7 ± 16.5%) (p = 0.011). All HCV-positive patients were classified in stages III or IV (GOLD). The MMRC dyspnea scale score was higher in HCV-positive patients (median = 4) than in HCVnegative patients (median = 2) (p = 0.023). BODE index was higher in HCV-positive (median = 6) than in HCV-negative patients (median = 4) (p = 0.027). Conclusions: Our results suggest a high prevalence of chronic HCV infection in patients with COPD. The HCV-positive patients had findings suggestive of a more severe disease.
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