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Cinética plasmática do colesterol livre e do colesterol esterificado e transferência in vitro de lípides para a HDL, utilizando uma nanoemulsão lipídica artificial, em indivíduos com intolerância à glicose / Plasma kinetics of free and esterified cholesterol and in vitro lipid transfer to HDL, using an artificial lipidic nanoemulsion, in subjects with glucose intoleranceBertato, Marina da Paz 26 March 2010 (has links)
O indivíduo com diabetes mellitus tipo 2 apresenta um risco de 2 a 4 vezes maior de desenvolver doença cardiovascular (DCV) quando comparado ao não-diabético, sendo que este aumento do risco para o desenvolvimento da DCV também é observado quando na intolerância à glicose (IG) que ocorre em fases mais precoces da história natural do diabetes. Atribui-se ser a presença da síndrome metabólica (SM), que ocorre na maioria dos pacientes com DM2 e IG, um fator importante para o desenvolvimento da DCV nestes indivíduos. Dos componentes da SM, inúmeros estudos destacam a dislipidemia como um dos principais fatores para este risco. A dislipidemia comumente encontrada na IG é caracterizada por hipertrigliceridemia, baixo HDL-C e presença de LDL pequena e densa. Entretanto, como a elevação dos níveis séricos do LDL-C associada ao surgimento de aterosclerose prematura em indivíduos não diabéticos na maioria das vezes não é observada em pacientes com IG, questiona-se se outras alterações do metabolismo lipídico, tais como alterações da cinética do colesterol ou a transferência de lípides das lipoproteínas para a HDL, poderiam estar relacionadas ao maior risco cardiovascular nestes pacientes. Estudo prévio, utilizando uma nanoemulsão lipídica artificial de LDL, verificou uma remoção mais rápida do colesterol na forma livre em pacientes normolipidêmicos com doença arterial coronária (DAC) quando comparada com controles. No presente estudo, utilizou-se a nanoemulsão lipídica artificial para avaliar se esses dois processos envolvidos no metabolismo da LDL e da HDL estão alterados em pacientes com intolerância à glicose que os predispõem à DAC, relacionando estes resultados com fatores de risco cardiovasculares, tais como a resistência à insulina, a obesidade e a dislipidemia. Para tanto, foram estudados 14 pacientes com IG e 15 controles, sem manifestação clínica de DCV, que não utilizam antidiabéticos orais e hipolipemiantes, comparados com controles pareados para idade, sexo, raça, IMC, tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física e doenças associadas. Para o estudo cinético, a nanoemulsão marcada foi injetada endovenosamente e amostras de sangue coletadas ao longo de 24h para a determinação da radioatividade, das curvas de decaimento plasmático e da taxa fracional de remoção (TFR) dos lípides marcados a partir de um modelo de análise compartimental. Foi medida a taxa de esterificação do 3Hcolesterol livre da nanoemulsão no plasma e avaliada a transferência in vitro de lípides da nanoemulsão para a fração HDL. A resistência à insulina foi estimada pelo modelo matemático de homeostase glicêmica (HOMA) e a adiposidade abdominal por tomografia computadorizada de abdômen. A concentração plasmática de colesterol total, LDL-C, HDL-C, triglicérides e de apolipoproteínas não diferiu entre os grupos. O perfil antropométrico relacionado ao peso, IMC e circunferência abdominal foi semelhante entre os grupos. O grupo IG apresentou maior concentração de insulina de jejum (p=0,01), menor sensibilidade à insulina (p<0,01) e maior índice de resistência à insulina (p<0,01). A TFR 14C-EC foi similar nos dois grupos, porém a TFR 3H-CL foi mais rápida no grupo IG comparado com controle (p=0,04). A porcentagem de esterificação do 3H-colesterol da nanoemulsão bem como a transferência de lípides da nanoemulsão para a fração HDL foram semelhantes entre os grupos. A remoção mais rápida do 3H-colesterol livre mostra que ocorreu uma dissociação das partículas de colesterol da nanoemulsão lipídica nos pacientes com intolerância à glicose. Essa dissociação do colesterol pode refletir alterações no metabolismo intravascular da lipoproteína LDL, as quais podem favorecer a aterogênese nesses pacientes / Individuals with diabetes mellitus type 2 are 2 to 4 times more susceptible to cardiovascular disease (CVD) than non-diabetic individuals. This increased risk is also observed for glucose intolerance (GI) which appears in the initial stages of diabetes. The presence of the metabolic syndrome (MS), present in most DM2 and GI patients, is also an important factor contributing to the development of CVD in these individuals. Various MS component studies emphasize dyslipidemia as one of the main contributors for this risk factor. The dyslipidemia commonly associated to GI is characterized by hypertriglyciridemia, low HDL-C and the presence of a small and dense LDL. However, since associated LDL-C levels with the development of premature atherosclerosis in non diabetic individuals is for the most part not observed in GI patients, it is questioned whether other lipid metabolism alterations such as cholesterol kinetics or the lipid transfer to HDL could be related to a greater CVD risk in these individuals. A previous study using an artificial LDL nanoemulsion showed a faster removal rate of the free cholesterol in normolipidemic with coronary artery disease (CAD) patients when compared to control individuals. In this study an artificial lipid nanoemulsion was used to evaluate both these processes involved in the metabolism of LDL and HDL which are both altered in patients with GI that expose them to CAD, and relating the results to CVD factors such as insulin resistance, obesity and dyslipidemia. 14 GI and 15 control individuals participated in this study. All without manifestations of CVD, none using any oral antidiabetic medication or hypolipimeants, paired for age, sex, race, BMI, smoking, alcoholic consumption, physical activity and comorbidities. For the kinetic study, a labeled nanoemulsion was interveneously injected and blood samples collected at determined intervals over a 24 hour period to determine the radiactive plasma decay curves and fractional clearance rate (FCR) of the labeled nanoemulsion lipids through a compartmental analysis model. Plasma esterification rate of the 3H-free cholesterol of the nanoemulsion was measured as was the in vitro transfer from the nanoemulsion to HDL fraction. Insulin resistance was obtained by the glycemic homeostasis mathematical model (HOMA) and abdominal adipose by a computerized tomography of the abdomen. No differences were observed for total cholesterol plasmatic concentrations, LDL-C, HDL-C, triglycerides or apolipoproteins between the two groups. The anthropometric profile related to weight, BMI and abdominal circumference was similar for both groups. The GI group presented higher fasting insulin concentration (p=0.01), less insulin sensitivity (p=0.01) and a greater insulin resistance (p=0.01). The TFR 14C-CE was similar in both groups, although the TFR 3H-CL was faster in the GI group compared to the control group (p=0.04). The esterification percentage of the nanoemulsions 3H-colesterol, as well as the lipid transfer from the nanoemulsion to HDL fraction were similar for both groups. The faster 3H-free cholesterol removal shows that a dissociation of the cholesterol particles of the lipidic nanoemulsion occurred in those patients with GI. This dissociation could possibly reflect alterations in the intravascular LDL lipoprotein metabolism which in turn, may favor atherogenesis in these patients
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Avaliação clínica e neurofisiológica das possíveis consequências da intolerância à glicose ou do diabetes mellitus em pacientes com neuropatia sensitivo motora hereditária secundária à duplicação do cromossomo 17p11.2 / Clinical and neurophysiologic evaluation of possible consequences of diabetes mellitus or glucose tolerance impairment in patients wiith hereditary motor and sensory neuropathy secondary to chromosome 17p11.2 duplicationAlgemiro, Juliana Bruneli Secchin 04 December 2015 (has links)
A doença de Charcot Marie Tooth ou neuropatia hereditária sensitivo motora do tipo 1 A (CMT1A) é causada, geralmente, pela duplicação do cromossomo 17p11.2, e é a neuropatia hereditária mais comumente encontrada. O diabetes mellitus (DM) é o agente responsável pela maioria das neuropatias nos países ocidentais, e frequentemente está associado a um quadro predominantemente sensitivo. Acredita-se, que a presença concomitante de DM possa exacerbar a neuropatia de pacientes com CMT1A, porém este fato não é totalmente conhecido, e atualmente, a busca por fatores que possam modificar a gravidade dessa doença tem despertado grande interesse científico diante da ausência de um tratamento específico. Este estudo objetivou caracterizar as possíveis alterações fenotípicas associadas à presença concomitante de DM ou intolerância à glicose nesses pacientes, tanto do ponto de vista clínico quanto neurofisiológico, além de avaliar a associação intrafamiliar de CMT1A e DM. Para isso, foram avaliados 19 pacientes com diagnóstico de CMT1A e DM, sete pacientes com CMT1A e intolerância à glicose, e 27 indivíduos com CMT1A sem comorbidades, todos acompanhados no Ambulatório de Doenças Neurogenéticas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os pacientes incluídos no estudo foram avaliados a partir de entrevista clínica, exame neurológico e aplicação das escalas: Analógica Visual, McGill, CMTNS score, SF-36 e COMPASS 31, para as análises: quantitativa de dor, qualitativa de dor, gravidade da neuropatia, qualidade de vida e sintomas disautonômicos. Os indivíduos do estudo foram submetidos também a exame neurofisiológico. A partir da comparação dos resultados obtidos, entre os grupos, observou-se que a associação com DM resultou em uma neuropatia mais grave, tanto do ponto de vista motor quanto sensitivo em pacientes com CMT1A, além de maior comprometimento autonômico, doloroso e pior qualidade de vida. Os indivíduos com CMT1A e DM apresentaram também força muscular mais comprometida, tanto em músculos distais quanto proximais e estudos neurofisiológicos assimétricos com dispersão temporal. Os pacientes diabéticos em uso de insulina tenderam a apresentar neuropatia mais grave. A associação de CMT1A e intolerância à glicose também se mostrou problemática neste estudo, resultando em pior neuropatia, tanto do ponto de vista motor quanto sensitivo, maior comprometimento autonômico e impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. A coexistência de pacientes com CMT1A e alteração no metabolismo à glicose foi significativamente mais comum em uma mesma família. Estes achados são de grande relevância clínica, já que tanto o DM quanto a intolerância à glicose são alterações metabólicas de manejo clínico conhecido, e os dados apresentados podem impactar na abordagem clínica dos indivíduos nos quais as doenças coexistam / Charcot Marie Tooth disease or hereditary motor and sensory neuropathy type 1 A (CMT 1A) is caused by duplication of the chromosome 17p11.2, and is the most common hereditary neuropathy. Diabetes mellitus (DM) is the most frequent cause of peripheral neuropathy in the occidental world, resulting most of the times in a sensory polyneuropathy. There are evidences that the association of CMT 1A and DM can exacerbate the hereditary neuropathy, but this topic not has not being fully clarified, although it is of utmost importance, as in the absence of a specific treatment for CMT 1A, controlling the environmental factors that could modify CMT 1A severity is an alternative route to modify the history of this disease. In this study we aimed the characterization of the phenotypic manifestations the patients in whom CMT1A coexisted with DM or impaired glucose tolerance (IGT). Were found 19 patients with CMT 1A and DM, 7 patients with CMT 1A and IGT and 27 with CMT 1A without comorbidities. These patients were followed at the Neurogenetic Clinic of the Medical School of the University of São Paulo at Ribeirão Preto and were submitted to clinical interview, neurologic examination and to the following scales: Analogic Visual Scale, Mc Gill, CMTNS score, SF 36 and COMPASS 31, for the analysis of pain quantitative, pain qualitative, neuropathy impairment, quality of life and disautonomic symptoms. They were additionally submitted to electrophysiological examination. Comparing the groups, were observed a more severe, motor and sensory neuropathy in those patients with CMT 1A and DM. Moreover, this group also had higher autonomic impairment and worse quality of life. On nerve conduction studies, patients with CMT 1A and DM had a more severe, distal compromise and temporal dispersion resulting in a asymmetric pattern. Those in use of insulin therapy had a trend to develop a more severe neuropathy. Patients with IGT also had a worse sensory motor neuropathy, autonomic impairment, and lower quality of life. Coexistence of CMT 1A and glucose metabolism disorders was significantly higher between first-degree relatives. These findings highly suggest that controlling glucose levels may result in a less severe neuropathy in those patients where CMT1A coexist with an abnormal glucose metabolism
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Doxorrubicina causa intolerância à glicose mediada pela inibição da sinalização da AMPk no músculo esquelético. / Doxorubicin cause glucose intolerance mediated by inhibition of AMPK signaling in skeletal muscle.Lima Junior, Edson Alves de 14 August 2015 (has links)
O câncer é considerado uma das principais causas de morte no mundo. Para o tratamento dessa doença, frequentemente são utilizadas estratégias farmacológicas baseadas na intervenção quimioterápica, no qual a doxorubicina (DOX) é largamente utilizada. Visto que, o músculo esquelético possui importante papel na captação de glicose, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da DOX na intolerância à glicose. Para isso foram utilizados ratos Wistar, os quais receberam uma dose única de DOX ou salina intraperitoneal (15mg/kg). Avaliamos a expressão de proteínas envolvidas na sensibilidade à insulina e captação de glicose. Os ensaios captação de glicose foram realizados em cultura de miócitos, no qual foi utilizado o agonista de AMPK. O tratamento com DOX causou resistência à insulina e hiperglicemia. No músculo EDL e em miócitos houve menor expressão de GLUT-4 e de AMPk. Em conclusão, o tratamento com DOX causou intolerância à glicose e redução da expressão de AMPk e GLUT-4. A utilização do agonista de AMPk foi capaz de recuperar à intolerância à glicose. / The cancer is considered a major cause of death worldwide. For the treatment of this disease, with frequency are used pharmacological strategies based in chemotherapeutic intervention, in which doxorubicin (DOX) is widely used. Since the skeletal muscle plays an important role in glucose uptake, the aim of this study was to investigate the effect of DOX in glucose intolerance. For this Wistar rats which received a single dose of DOX or saline intraperitoneally (15mg / kg). We evaluated the expression of proteins involved in insulin sensitivity and glucose uptake. The glucose uptake assays were performed on culture myocytes, which was used in the agonist of AMPK. The treatment with DOX caused insulin resistance and hyperglycemia. In the EDL muscle myocytes and there was less expression of GLUT4 and AMPK. In conclusion, treatment with DOX caused impaired glucose tolerance and reduction of expression of AMPK and GLUT-4. The use of AMPK agonist was able to recover glucose intolerance.
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Cinética plasmática do colesterol livre e do colesterol esterificado e transferência in vitro de lípides para a HDL, utilizando uma nanoemulsão lipídica artificial, em indivíduos com intolerância à glicose / Plasma kinetics of free and esterified cholesterol and in vitro lipid transfer to HDL, using an artificial lipidic nanoemulsion, in subjects with glucose intoleranceMarina da Paz Bertato 26 March 2010 (has links)
O indivíduo com diabetes mellitus tipo 2 apresenta um risco de 2 a 4 vezes maior de desenvolver doença cardiovascular (DCV) quando comparado ao não-diabético, sendo que este aumento do risco para o desenvolvimento da DCV também é observado quando na intolerância à glicose (IG) que ocorre em fases mais precoces da história natural do diabetes. Atribui-se ser a presença da síndrome metabólica (SM), que ocorre na maioria dos pacientes com DM2 e IG, um fator importante para o desenvolvimento da DCV nestes indivíduos. Dos componentes da SM, inúmeros estudos destacam a dislipidemia como um dos principais fatores para este risco. A dislipidemia comumente encontrada na IG é caracterizada por hipertrigliceridemia, baixo HDL-C e presença de LDL pequena e densa. Entretanto, como a elevação dos níveis séricos do LDL-C associada ao surgimento de aterosclerose prematura em indivíduos não diabéticos na maioria das vezes não é observada em pacientes com IG, questiona-se se outras alterações do metabolismo lipídico, tais como alterações da cinética do colesterol ou a transferência de lípides das lipoproteínas para a HDL, poderiam estar relacionadas ao maior risco cardiovascular nestes pacientes. Estudo prévio, utilizando uma nanoemulsão lipídica artificial de LDL, verificou uma remoção mais rápida do colesterol na forma livre em pacientes normolipidêmicos com doença arterial coronária (DAC) quando comparada com controles. No presente estudo, utilizou-se a nanoemulsão lipídica artificial para avaliar se esses dois processos envolvidos no metabolismo da LDL e da HDL estão alterados em pacientes com intolerância à glicose que os predispõem à DAC, relacionando estes resultados com fatores de risco cardiovasculares, tais como a resistência à insulina, a obesidade e a dislipidemia. Para tanto, foram estudados 14 pacientes com IG e 15 controles, sem manifestação clínica de DCV, que não utilizam antidiabéticos orais e hipolipemiantes, comparados com controles pareados para idade, sexo, raça, IMC, tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física e doenças associadas. Para o estudo cinético, a nanoemulsão marcada foi injetada endovenosamente e amostras de sangue coletadas ao longo de 24h para a determinação da radioatividade, das curvas de decaimento plasmático e da taxa fracional de remoção (TFR) dos lípides marcados a partir de um modelo de análise compartimental. Foi medida a taxa de esterificação do 3Hcolesterol livre da nanoemulsão no plasma e avaliada a transferência in vitro de lípides da nanoemulsão para a fração HDL. A resistência à insulina foi estimada pelo modelo matemático de homeostase glicêmica (HOMA) e a adiposidade abdominal por tomografia computadorizada de abdômen. A concentração plasmática de colesterol total, LDL-C, HDL-C, triglicérides e de apolipoproteínas não diferiu entre os grupos. O perfil antropométrico relacionado ao peso, IMC e circunferência abdominal foi semelhante entre os grupos. O grupo IG apresentou maior concentração de insulina de jejum (p=0,01), menor sensibilidade à insulina (p<0,01) e maior índice de resistência à insulina (p<0,01). A TFR 14C-EC foi similar nos dois grupos, porém a TFR 3H-CL foi mais rápida no grupo IG comparado com controle (p=0,04). A porcentagem de esterificação do 3H-colesterol da nanoemulsão bem como a transferência de lípides da nanoemulsão para a fração HDL foram semelhantes entre os grupos. A remoção mais rápida do 3H-colesterol livre mostra que ocorreu uma dissociação das partículas de colesterol da nanoemulsão lipídica nos pacientes com intolerância à glicose. Essa dissociação do colesterol pode refletir alterações no metabolismo intravascular da lipoproteína LDL, as quais podem favorecer a aterogênese nesses pacientes / Individuals with diabetes mellitus type 2 are 2 to 4 times more susceptible to cardiovascular disease (CVD) than non-diabetic individuals. This increased risk is also observed for glucose intolerance (GI) which appears in the initial stages of diabetes. The presence of the metabolic syndrome (MS), present in most DM2 and GI patients, is also an important factor contributing to the development of CVD in these individuals. Various MS component studies emphasize dyslipidemia as one of the main contributors for this risk factor. The dyslipidemia commonly associated to GI is characterized by hypertriglyciridemia, low HDL-C and the presence of a small and dense LDL. However, since associated LDL-C levels with the development of premature atherosclerosis in non diabetic individuals is for the most part not observed in GI patients, it is questioned whether other lipid metabolism alterations such as cholesterol kinetics or the lipid transfer to HDL could be related to a greater CVD risk in these individuals. A previous study using an artificial LDL nanoemulsion showed a faster removal rate of the free cholesterol in normolipidemic with coronary artery disease (CAD) patients when compared to control individuals. In this study an artificial lipid nanoemulsion was used to evaluate both these processes involved in the metabolism of LDL and HDL which are both altered in patients with GI that expose them to CAD, and relating the results to CVD factors such as insulin resistance, obesity and dyslipidemia. 14 GI and 15 control individuals participated in this study. All without manifestations of CVD, none using any oral antidiabetic medication or hypolipimeants, paired for age, sex, race, BMI, smoking, alcoholic consumption, physical activity and comorbidities. For the kinetic study, a labeled nanoemulsion was interveneously injected and blood samples collected at determined intervals over a 24 hour period to determine the radiactive plasma decay curves and fractional clearance rate (FCR) of the labeled nanoemulsion lipids through a compartmental analysis model. Plasma esterification rate of the 3H-free cholesterol of the nanoemulsion was measured as was the in vitro transfer from the nanoemulsion to HDL fraction. Insulin resistance was obtained by the glycemic homeostasis mathematical model (HOMA) and abdominal adipose by a computerized tomography of the abdomen. No differences were observed for total cholesterol plasmatic concentrations, LDL-C, HDL-C, triglycerides or apolipoproteins between the two groups. The anthropometric profile related to weight, BMI and abdominal circumference was similar for both groups. The GI group presented higher fasting insulin concentration (p=0.01), less insulin sensitivity (p=0.01) and a greater insulin resistance (p=0.01). The TFR 14C-CE was similar in both groups, although the TFR 3H-CL was faster in the GI group compared to the control group (p=0.04). The esterification percentage of the nanoemulsions 3H-colesterol, as well as the lipid transfer from the nanoemulsion to HDL fraction were similar for both groups. The faster 3H-free cholesterol removal shows that a dissociation of the cholesterol particles of the lipidic nanoemulsion occurred in those patients with GI. This dissociation could possibly reflect alterations in the intravascular LDL lipoprotein metabolism which in turn, may favor atherogenesis in these patients
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Avaliação clínica e neurofisiológica das possíveis consequências da intolerância à glicose ou do diabetes mellitus em pacientes com neuropatia sensitivo motora hereditária secundária à duplicação do cromossomo 17p11.2 / Clinical and neurophysiologic evaluation of possible consequences of diabetes mellitus or glucose tolerance impairment in patients wiith hereditary motor and sensory neuropathy secondary to chromosome 17p11.2 duplicationJuliana Bruneli Secchin Algemiro 04 December 2015 (has links)
A doença de Charcot Marie Tooth ou neuropatia hereditária sensitivo motora do tipo 1 A (CMT1A) é causada, geralmente, pela duplicação do cromossomo 17p11.2, e é a neuropatia hereditária mais comumente encontrada. O diabetes mellitus (DM) é o agente responsável pela maioria das neuropatias nos países ocidentais, e frequentemente está associado a um quadro predominantemente sensitivo. Acredita-se, que a presença concomitante de DM possa exacerbar a neuropatia de pacientes com CMT1A, porém este fato não é totalmente conhecido, e atualmente, a busca por fatores que possam modificar a gravidade dessa doença tem despertado grande interesse científico diante da ausência de um tratamento específico. Este estudo objetivou caracterizar as possíveis alterações fenotípicas associadas à presença concomitante de DM ou intolerância à glicose nesses pacientes, tanto do ponto de vista clínico quanto neurofisiológico, além de avaliar a associação intrafamiliar de CMT1A e DM. Para isso, foram avaliados 19 pacientes com diagnóstico de CMT1A e DM, sete pacientes com CMT1A e intolerância à glicose, e 27 indivíduos com CMT1A sem comorbidades, todos acompanhados no Ambulatório de Doenças Neurogenéticas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os pacientes incluídos no estudo foram avaliados a partir de entrevista clínica, exame neurológico e aplicação das escalas: Analógica Visual, McGill, CMTNS score, SF-36 e COMPASS 31, para as análises: quantitativa de dor, qualitativa de dor, gravidade da neuropatia, qualidade de vida e sintomas disautonômicos. Os indivíduos do estudo foram submetidos também a exame neurofisiológico. A partir da comparação dos resultados obtidos, entre os grupos, observou-se que a associação com DM resultou em uma neuropatia mais grave, tanto do ponto de vista motor quanto sensitivo em pacientes com CMT1A, além de maior comprometimento autonômico, doloroso e pior qualidade de vida. Os indivíduos com CMT1A e DM apresentaram também força muscular mais comprometida, tanto em músculos distais quanto proximais e estudos neurofisiológicos assimétricos com dispersão temporal. Os pacientes diabéticos em uso de insulina tenderam a apresentar neuropatia mais grave. A associação de CMT1A e intolerância à glicose também se mostrou problemática neste estudo, resultando em pior neuropatia, tanto do ponto de vista motor quanto sensitivo, maior comprometimento autonômico e impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. A coexistência de pacientes com CMT1A e alteração no metabolismo à glicose foi significativamente mais comum em uma mesma família. Estes achados são de grande relevância clínica, já que tanto o DM quanto a intolerância à glicose são alterações metabólicas de manejo clínico conhecido, e os dados apresentados podem impactar na abordagem clínica dos indivíduos nos quais as doenças coexistam / Charcot Marie Tooth disease or hereditary motor and sensory neuropathy type 1 A (CMT 1A) is caused by duplication of the chromosome 17p11.2, and is the most common hereditary neuropathy. Diabetes mellitus (DM) is the most frequent cause of peripheral neuropathy in the occidental world, resulting most of the times in a sensory polyneuropathy. There are evidences that the association of CMT 1A and DM can exacerbate the hereditary neuropathy, but this topic not has not being fully clarified, although it is of utmost importance, as in the absence of a specific treatment for CMT 1A, controlling the environmental factors that could modify CMT 1A severity is an alternative route to modify the history of this disease. In this study we aimed the characterization of the phenotypic manifestations the patients in whom CMT1A coexisted with DM or impaired glucose tolerance (IGT). Were found 19 patients with CMT 1A and DM, 7 patients with CMT 1A and IGT and 27 with CMT 1A without comorbidities. These patients were followed at the Neurogenetic Clinic of the Medical School of the University of São Paulo at Ribeirão Preto and were submitted to clinical interview, neurologic examination and to the following scales: Analogic Visual Scale, Mc Gill, CMTNS score, SF 36 and COMPASS 31, for the analysis of pain quantitative, pain qualitative, neuropathy impairment, quality of life and disautonomic symptoms. They were additionally submitted to electrophysiological examination. Comparing the groups, were observed a more severe, motor and sensory neuropathy in those patients with CMT 1A and DM. Moreover, this group also had higher autonomic impairment and worse quality of life. On nerve conduction studies, patients with CMT 1A and DM had a more severe, distal compromise and temporal dispersion resulting in a asymmetric pattern. Those in use of insulin therapy had a trend to develop a more severe neuropathy. Patients with IGT also had a worse sensory motor neuropathy, autonomic impairment, and lower quality of life. Coexistence of CMT 1A and glucose metabolism disorders was significantly higher between first-degree relatives. These findings highly suggest that controlling glucose levels may result in a less severe neuropathy in those patients where CMT1A coexist with an abnormal glucose metabolism
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Doxorrubicina causa intolerância à glicose mediada pela inibição da sinalização da AMPk no músculo esquelético. / Doxorubicin cause glucose intolerance mediated by inhibition of AMPK signaling in skeletal muscle.Edson Alves de Lima Junior 14 August 2015 (has links)
O câncer é considerado uma das principais causas de morte no mundo. Para o tratamento dessa doença, frequentemente são utilizadas estratégias farmacológicas baseadas na intervenção quimioterápica, no qual a doxorubicina (DOX) é largamente utilizada. Visto que, o músculo esquelético possui importante papel na captação de glicose, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da DOX na intolerância à glicose. Para isso foram utilizados ratos Wistar, os quais receberam uma dose única de DOX ou salina intraperitoneal (15mg/kg). Avaliamos a expressão de proteínas envolvidas na sensibilidade à insulina e captação de glicose. Os ensaios captação de glicose foram realizados em cultura de miócitos, no qual foi utilizado o agonista de AMPK. O tratamento com DOX causou resistência à insulina e hiperglicemia. No músculo EDL e em miócitos houve menor expressão de GLUT-4 e de AMPk. Em conclusão, o tratamento com DOX causou intolerância à glicose e redução da expressão de AMPk e GLUT-4. A utilização do agonista de AMPk foi capaz de recuperar à intolerância à glicose. / The cancer is considered a major cause of death worldwide. For the treatment of this disease, with frequency are used pharmacological strategies based in chemotherapeutic intervention, in which doxorubicin (DOX) is widely used. Since the skeletal muscle plays an important role in glucose uptake, the aim of this study was to investigate the effect of DOX in glucose intolerance. For this Wistar rats which received a single dose of DOX or saline intraperitoneally (15mg / kg). We evaluated the expression of proteins involved in insulin sensitivity and glucose uptake. The glucose uptake assays were performed on culture myocytes, which was used in the agonist of AMPK. The treatment with DOX caused insulin resistance and hyperglycemia. In the EDL muscle myocytes and there was less expression of GLUT4 and AMPK. In conclusion, treatment with DOX caused impaired glucose tolerance and reduction of expression of AMPK and GLUT-4. The use of AMPK agonist was able to recover glucose intolerance.
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A intolerância à glicose que se instala precocemente em ratos retarda o desenvolvimento puberal e desregula o metabolismo lipídico e glicídico. / The glucose intolerance that is manifested early in the life in rats retards pubertal development and derranges carbohydrate and lipid metabolism.Campaña, Amanda Baron 21 May 2008 (has links)
A crescente prevalência de diabetes mellitus (DM) em nível mundial, a sua incidência cada vez maior em crianças e adolescentes e resultados prévios obtidos em nosso laboratório (piora do quadro diabético em ratos na puberdade) nos levaram a investigar o metabolismo de glicose em tecido adiposo branco na puberdade em ratos controle (CO) e intolerantes à glicose (STZ). Parâmetros de desenvolvimento corporal e maturação sexual foram estudados entre a 5ª e a 10ª semanas de vida dos animais, identificando-se a 6ª e 7ª semanas como importante fase da puberdade. Desta forma, os estudos metabólicos foram realizados neste período. Os animais CO apresentaram franca resistência à insulina no período da puberdade, com prejuízos no metabolismo de glicose em adipócitos isolados. A injeção de estreptozotocina no quinto dia de vida produziu um quadro de intolerância à glicose em nossos animais, resultando em atraso no início do estirão de crescimento e desenvolvimento sexual. A resistência fisiológica à insulina da puberdade não produziu piora da resposta à insulina no tecido adiposo branco. / The growth in the prevalence of diabetes mellitus (DM), a larger incidence of type 1 and 2 DM in children and adolescents and the previous results of our laboratory (worsening of the metabolic picture in diabetic rats during puberty) motivate us to study the glucose metabolism in the puberty in order to assess the possible influence of the physiological insulin resistance characteristic of this period on the course of the diabetic status. Five-day old male Wistar rats were divided into two experimental groups: control group (CO) and streptozotocin group (STZ). Body development and sexual maturation were weekly evaluated between the 5th and 10th weeks of life. We identify the 6th and 7th weeks as an important early phase of the puberty. The insulin resistance and a slight degree of glucose intolerance were determined in non-diabetic rats. On the other hand, STZ group showed insulin resistance and it was impaired in the course of puberty suggesting that the developing of this resistance during the puberty presents a different characteristic of that seen in normal rats.
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Associação da demência com intolerância à glicose e diabetes mellitus em função da presença ou não da resistência insulínica e marcadores inflamatórios em idosos / Association of dementia with impaired glucose tolerance and diabetes mellitus in fuction of insulin resistance and inflammatory markers in the elderlySalles, Renata Freitas Nogueira 29 March 2010 (has links)
Diabetes Mellitus tipo 2 e demência são doenças altamente prevalentes na população idosa. Estudos têm evidenciado que o DM 2 está associado com perda cognitiva e um elevado risco tanto para demência vascular quanto para demência do tipo Alzheimer. Idosos com tolerância à glicose diminuída também apresentam perda cognitiva, sendo que a hiperinsulinemia parece explicar o déficit cognitivo nesses pacientes. Objetivos: Avaliar em pacientes idosos diabéticos e com tolerância à glicose diminuída a presença de alterações cognitivas comparados aos normais e uma possível associação com resistência insulínica, síndrome metabólica, marcadores inflamatórios e adiponectina. E diagnosticar entre os pacientes com alteração cognitiva aqueles com demência através da avaliação neuropsicológica. Pacientes e Métodos: Foram estudados 140 pacientes com idades entre 65 e 86 anos, sendo 107 do sexo feminino e 33 do sexo masculino classificados em 3 grupos conforme TOTG: tolerância à glicose normal (52), tolerância à glicose alterada (42) e DM (46). Os pacientes foram avaliados antropometricamente e realizada dosagem de glicemia, hemoglobina glicada, colesterol total e frações, insulina, adiponectina, TNF-alfa e IL-6. Realizados testes de rastreio cognitivo, através do mini-exame do estado mental, teste do relógio e fluência verbal. Os pacientes com baixo desempenho passaram por avaliação neuropsicológica. Resultados: os grupos foram comparáveis em relação à idade, gênero e escolaridade. Não encontramos diferença estatística entre os grupos em relação à presença de HAS, IMC e cintura abdominal. A prevalência de dislipidemia e síndrome metabólica foi maior nos pacientes com intolerância à glicose e diabetes. Os pacientes com resistência insulínica, definida pelo HOMA-IR, tiveram maiores níveis de IL-6 e TNF-a e menor adiponectinemia. Nos testes de triagem, 42 sujeitos apresentaram desempenho abaixo do esperado para idade e escolaridade e destes 33 apresentaram alteração cognitiva. Não houve diferença estatística entre os pacientes com alteração cognitiva e os normais, em relação à resistência insulínica, adiponectina e marcadores inflamatórios. Pacientes com alteração cognitiva apresentaram significantemente menor funcionalidade, prejuízo na memória imediata e de evocação, no reconhecimento da lista de palavras e na memória lógica de Wescheler. Conclusões: Não observamos nos pacientes idosos diabéticos e com tolerância à glicose diminuída maior presença de alterações cognitivas em comparação aos normais. Pacientes diagnosticados com comprometimento cognitivo leve e demência não apresentaram diferenças dos normais em relação à presença da resistência insulínica, síndrome metabólica e marcadores inflamatórios / Introduction: Type 2 Diabetes (T2D) and dementia are highly prevalent diseases among the elderly population. Studies have been evincing that type 2 diabetes are associated with cognitive impairment and also shows a high risk for vascular dementia and for Alzheimers disease. Studies suggest that elderly people with impaired glucose tolerance (IGT) present cognitive loss, and the hyperinsulinemia seems to explain the cognitive deficit in those patients. Objective: To evaluate the presence of cognitive alterations compared to the normal and a possible association of insulin resistance (IR), metabolic syndrome (MS), inflammatory markers and adiponectin in T2D elderly and IGT; to diagnose dementia among patients with cognitive alteration by neuropsychological examination. Patient and Methods: 140 patients with ages between 65 and 86 years were studied 107 of whom were women and classified in 3 groups according to GTT: Normal glucose tolerance (NGT), IGT and T2D. Anthropometric measurements and analyses of glucose and insulin, A1c, total cholesterol and fractions, adiponectin, TNF-alpha and IL-6, were performed in this patients. Cognitive function was measured by mini-mental state examination, clock drawing and verbal fluency test. The patients with cognitive impairment were submitted to neuropsychological battery. Results: The groups were comparable in relation to age, gender and level of education. We did not find statistical differences among the groups in relation to the presence of HA, BMI, waist and inflammatory markers. The presence of MS and IR was increased in the IGT and T2D groups. Patients with IR had high IL-6 and TNF-a and low adiponectin. In the neuropsychological battery, 42 subjects were below the expected for their age and level of education, and, of these, 33 presented cognitive alteration. There was not statistical significance among patients with cognitive deficit the presence of insulin resistance measured by HOMA-IR, adiponectin and inflammatory markers. Patients with cognitive impairment showed poorer performance in immediate and delayed recall of a word list, recognition test and Weschelers memory logic. Conclusion: T2D and IGT were not associated with impaired cognitive function. No difference in insulin resistance, metabolic syndrome, and inflammatory markers has been seen between normal patients and patients with impairment cognitive
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Obesidade e resistência à ação da insulina: alterações moleculares, bioquímicas e estruturais. / Obesity and insulin resistance: molecular, biochemical and ultra-structural adaptations.Lancha, Luciana Oquendo Pereira 25 November 2009 (has links)
O risco aumentado de mortalidade e morbidade associado à obesidade tem sido alvo de muitos estudos que tentam elucidar os aspectos da Síndrome Metabólica, caracterizada por algumas doenças metabólicas como resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia. Apesar de muitos estudos tentarem elucidar as alterações metabólicas decorrentes da obesidade, poucos trabalhos têm analisado as conseqüências da dieta hiperlipídica sobre o metabolismo de aminoácidos. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar os possíveis mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da intolerância à glicose após a ingestão de dieta hiperlipídica em ratas saudáveis. Os animais alimentados com dieta hiperlipídica por 60 dias, apresentaram redução na expressão gênica de Glut 4 do receptor de insulina, além de redução na atividade da hexoquinase e aumento na atividade de citrato sintase, aspartato aminotransferase e BCAA transaminase, indicando adaptação nas vias metabólicas, com aumento da atividade do ciclo de Krebs e maior utilização de aminoácidos em reações anapleróticas. / The possible causes of increased mortality and morbidity associated with obesity have been focused by many studies that attempt to understand the metabolic syndrome, characterized by various metabolic disorders such as insulin resistance, hypertension and dyslipidemia. Thus, the aim of this study was to verify the possible mechanisms responsible for developing glucose intolerance after a high fat diet intake in healthy female rats. Female Wistar rats were fed either with high fat diet or with the control diet for several weeks. The rats fed with a high fat diet for 60 days presented impaired Glut 4 and insulin receptor gene expression. High fat diet promoted a reduced activity of hexokinase and increased activity of citrate synthase, aspartate aminotransferase and BCAA transaminase, indicating an adaptation in the metabolic pathway, with increase activity of Krebs cycle and increased usage of amino acids in anaplerotic reactions.
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Imagem corporal, índice de massa corporal, perímetro da cintura, alteração da pressão arterial e intolerância à glicose entre os povos indígenas do Xingu, Brasil / Body image, body mass index, waist circumference, abnormal blood pressure and glucose intolerance among the indigenous peoples of the Xingu, BrazilSantos, Kennedy Maia dos [UNIFESP] 05 December 2016 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2016-12-05 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: Avaliar a autoimagem corporal, o estado nutricional e os pontos de corte de índice de massa corporal (IMC) e perímetro da cintura (PC) e a associação com alteração da pressão arterial (PA) e intolerância à glicose (IG) na população do Parque Indígena do Xingu (PIX). Métodos: Estudo epidemiológico transversal que avaliou dados de 131 indivíduos da etnia Khisêdjê com vinte anos ou mais e de 919 indígenas na mesma faixa etária, pertencentes a quatorze etnias do Parque Indígena do Xingu (PIX), incluindo os Panará, que viveram no PIX até 1997. A coleta de dados foi realizada nas aldeias indígenas por profissionais devidamente treinados, em diferentes ocasiões: em 1999 (etnia Suyá/Khisêdjê), entre 2000 – 2002 (etnias do Alto Xingu), entre 2006 – 2007 (etnia Panará) e em 2010 – 2011 (Khisêdjê). Foram coletados dados sobre o IMC, por meio do peso e altura, PC, pressão arterial e glicemia capilar em jejum. Além disso coletou-se dados sobre autoimagem corporal por meio do Silhouette Matching Task e atividade física, apenas da etnia Khisêdjê no período 2010-2011. A análise dos dados foi realizada por meio do qui-quadrado, teste t de Student, estatística Kappa, razões de prevalências por meio da regressão de Poisson. Para identificar os pontos de corte de IMC e PC a partir dos quais há um aumento da prevalência de alteração da PA e IG utilizou-se a regressão logística, cálculo da sensibilidade, especificidade e porcentagem de indivíduos classificados corretamente pelos valores de IMC e PC de acordo com os percentis 25, 50, 75, 90 e 95 e análises de curva ROC (receiver operating characteristic) para avaliar a precisão dos testes para identificação da IG e alteração da PA. Resultados: Entre os Khisêdjê, a satisfação com o perfil corporal foi de 61,8%, sem diferença entre os sexos. Houve boa concordância entre autoimagem real e ideal entre homens e mulheres (p<0,001) porém baixa concordância entre autoimagem real e ideal com o estado nutricional. Maior prevalência de insatisfação por excesso de peso entre indivíduos com obesidade central (RP ajustada= 2,76 e IC 95%: 1,10-6,92), excesso de peso (RP ajustada= 2,77 e IC 95%: 1,19-6,47), entre aqueles com IG (RP ajustada= 2,44 e IC 95%: 1,19-5,01) e entre sujeitos que apresentaram desempenho médio no teste de flexão de tronco (RP ajustada= 7,53 IC 95%: 1,37-41,31). Na análise incluindo indígenas do PIX, as porcentagens de sobrepeso e obesidade foram de 39,7% e 7,8% respectivamente. As prevalências de HA e DM foram de 5,5% e 1,2%, respectivamente. Não foi observada nenhuma tendência de aumento da ocorrência de IG e alteração da PA de acordo com o aumento dos valores do PC. Quanto ao IMC, valores entre 32,0 e 32,9 kg/m2 foram associados com a maior ocorrência de IG (OR = 12,26, IC 95% 2,25 – 66,65). Também, valores de IMC de 30,0 a 30,9 kg/m2 (OR = 3,59; IC 95% 1,21-10,61) e 31,0 a 31,9 kg/m2 (OR= 6,05; IC 95% 1,53 – 23,86) foram associados com a maior ocorrência de alteração da PA. Os valores dos eixos X e Y referentes à intercessão entre as curvas de especificidade e sensibilidade na predição da IG para o teste de PC foram, respectivamente, 89 cm e 0,54 para o sexo feminino, e, 84,3 cm e 0,54 para o sexo masculino; na predição de alteração da PA os valores foram, respectivamente, 85,7 cm e 0,52 para ambos os sexos. Quanto ao IMC, os valores foram 24,9 kg/m2 e 0,53 na predição de alteração da PA e de 25 kg/m2 e 0,53 na predição da IG. Conclusões: Apesar da elevada prevalência de sobrepeso identificada entre homens e de obesidade central entre as mulheres, a satisfação com a imagem corporal foi elevada em ambos os sexos. Tais achados, aliados à baixa concordância observada entre estado nutricional e autoimagem real e ideal sugerem que é possível que, entre os Khisêdjê, o perfil corporal ideal seja aquele com o tamanho corporal maior em comparação com o idealizado nas populações ocidentais. Os melhores pontos de corte para discriminar a presença de IG e alteração da PA entre indígenas do PIX foram próximos aos recomendados para o PC e semelhantes aos recomendados para o IMC. Entretanto, tanto o PC quanto o IMC apresentaram baixo poder discriminatório na predição dos dois desfechos em questão. / Objective: To assess body self-image, nutritional status and the cutoff points of body mass index (BMI) and waist circumference (WC) and the association with alteration in blood pressure (BP) and glucose intolerance (GI) among indigenous peoples of the Xingu, Brazil. Methods: Cross-sectional study that evaluated data from 131 individuals of Khisêdjê ethnicity with twenty years or more and 919 natives in the same age group, belonging to fourteen ethnic groups in the Xingu Indigenous Park (PIX), including Panará, who lived in the PIX up 1997. Data collection was carried out in the indigenous villages by trained professionals at different times: in 1999 (Suyá/Khisêdjê), 2000-2002 (ethnic groups of the Upper Xingu), 2006-2007 (Panará) and 2010 - 2011 (Khisêdjê). We collected data on BMI by weight and height, WC, blood pressure and fasting glucose, body self-image (only Khisêdjê) and physical activity (only Khisêdjê). Data analysis was performed using the chi-square, Student's t test, Kappa statistics, prevalence ratios by Poisson regression. To identify cutoff points of BMI and WC from which there was an increased prevalence of alteration in blood pressure and glucose intolerance was used the logistic regression, calculating the sensitivity, specificity and percentage of individuals correctly classified by BMI and WC according to percentiles 25, 50, 75, 90 and 95 and ROC curve analysis (receiver operating characteristic) to assess the accuracy of tests. Results: Among the Khisêdjê, satisfaction with body image was 61.8%, with no difference between sexes. There was good agreement between real and ideal self-image among men and women (p<0.001) but low correlation between real and ideal self-image and nutritional status. There was higher prevalence of dissatisfaction overweight among individuals with central obesity (PR = 2.76 and 95% CI: 1.10-6.92), overweight (PR = 2.77 and 95% CI: 1.19-6.47), among those with GI (PR = 2.44 and 95% CI: 1.19-5.01) and among subjects with average performance in trunk flexion test (PR = 7.53 95% CI: 1.37-41.31). In the analysis including indigenous PIX, the percentages of overweight and obesity were 39.7% and 7.8% respectively. The prevalences of hypertension and diabetes mellitus were 5.5% and 1.2%, respectively. There has been no trend of increased prevelence of GI and alteration in blood pressure according to the increase in WC values. As for BMI values between 32.0 and 32.9 kg/m2 were associated with higher prevalence of GI (OR = 12.26, 95% CI 2.25-66.65). Also, BMI values from 30.0 to 30.9 kg/m2 (OR = 3.59, 95% CI 1.21-10.61) and from 31.0 to 31.9 kg/m2 (OR = 6. 05, 95% CI 1.53-23.86) were associated with the occurrence of alteration in BP. The values of the X and Y axes regarding the intersection between the sensibility and sensitivity curves in predicting the GI for the WC test were respectively 89 cm and 0.54 for females, and 84.3 cm and 0.54 for males; in prediction of alteration BP values were respectively 85.7 cm and 0.52 for both sexes. As for BMI, the values were 24.9 kg/m2 and 0.53 in prediction of alteration BP and 25 kg/m2 and 0.53 in predicting GI. Conclusions: Despite the high prevalence of overweight identified between men and central obesity among women, satisfaction with body image was high in both sexes. These findings, together with the observed low correlation between nutritional status and real and ideal self-image suggests that it is possible that among the Khisêdjê, the ideal body shape is the one with the larger body size compared to the idealized in Western populations. The best cutoff points for discriminating the presence of GI and alteration BP among PIX Indians were close to recommended for the WC and similar to those recommended for BMI. However, both WC and BMI had low discriminatory power in predicting two outcomes in question. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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