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Objeto direto anafórico no português brasileiro : uma discussão sobre a importância dos traços semântico-pragmáticos - animacidade/especificidade vs. gênero semânticoPivetta, Vera January 2015 (has links)
O objetivo desta dissertação é a proposição de uma análise do objeto nulo no português brasileiro examinando-se o seu condicionamento em função dos traços semântico-pragmáticos do DP (Determiner Phrase) antecedente. Segundo Schwenter & Silva (2003), ainda que haja muitos estudos a respeito do estatuto sintático dessa categoria, poucas pesquisas vêm sendo dedicadas à forma como os traços do antecedente podem condicionar a alternância entre o emprego de objetos nulos e posições preenchidas por pronomes manifestos. O traço semântico animacidade do antecedente é uma constante quando se discute o assunto (como em Bianchi & Figueiredo Silva, 1994; e Schwenter & Silva, 2002). Além desse, aponta-se também o traço pragmático da especificidade, como no estudo de Cyrino (1997), considerado o ponto de partida para o desenvolvimento das pesquisas sobre o objeto nulo em português brasileiro. Já Menuzzi e Creus (2004) propõem outra possibilidade para o condicionante da retomada anafórica do objeto direto: o gênero semântico do DP antecedente. Na visão desses autores, os traços de animacidade e especificidade de Cyrino (1997) podem ser reduzidos a esse único traço, o gênero semântico. Essas duas hipóteses foram comparadas por meio de um estudo de corpus. O resultado a que se chegou revela que as duas propostas apresentam resultados semelhantes. A construção denominada elipse de VP também foi alvo de estudo. Tendo em vista a semelhança existente, na estrutura superficial, entre a elipse de VP e o objeto nulo, como registrado por Raposo (1986), procurou-se observar se os traços que parecem condicionar o emprego do objeto nulo atuam de forma similar para a elipse de VP. Fez-se uso do mesmo corpus para avaliar essa predição. E os dados recomendam que se verifique essa hipótese. / The purpose of this dissertation is to provide an analysis of the null object in Brazilian Portuguese from the perspective of semantic and pragmatic features of the previous DP (Determiner Phrase). According to Schwenter & Silva (2003), there are many researches about the syntactic status of this category, but very little is known about how the features of the previous DP may condition the variance between the use of null objects and filled positions with overt pronouns. The semantic feature “animacity” of the previous DP has been a constant topic when discussing this issue (as in Bianchi & Figueiredo Silva, 1994; and Schwenter & Silva, 2002). The pragmatic feature of “specificity” appears with it, such as in studies of Cyrino (1997), considered to be the starting point to the development of researches about the null object in Brazilian Portuguese. Menuzzi e Creus (2004) propose another possibility to the conditioner of the resumed anaphors of the null object: the semantic genre of the previous DP. As stated by these authors, the features of animacity and specificity from Cyrino (1997) may be reduced to this single feature, the semantic genre. These two hypotheses have been compared through a corpus study. The achieved result reveals that the two proposals present similar results. The construction called “VP ellipsis” has also been examined. Taking into consideration the similarity observed between the VP ellipsis and the null object in the surface structure, as pointed out by Raposo (1986), it aimed at verifying whether the features that apparently seem to condition the use of the null object act similarly to the ellipsis of the VP. The same corpus has been used to evaluate this prediction. The data recommend verifying this hypothesis.
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As vogais médias átonas finais no português brasileiro do século XIX : um estudo baseado em fontes de evidência direta e indiretaRosa, Eliane da January 2015 (has links)
Este trabalho buscou investigar o fenômeno de elevação das vogais médias átonas finais no português brasileiro do século XIX a partir de dois tipos de dados empíricos: a evidência direta e a evidência indireta. Entendem-se como evidência direta as declarações de gramáticos, ortoepistas e elocucionistas por fornecerem evidências diretas sobre o estado linguístico de uma língua (BEAL, 2012). Consideram-se evidência indireta os textos, de qualquer tipo, produzidos por falantes/escritores por estes fornecerem indícios sobre o estado linguístico de uma língua (BEAL, 2012). A presente pesquisa utilizou obras metalinguísticas e didáticas como fontes de evidência direta e correspondências redigidas no século XIX como fontes de evidência indireta. Os resultados da análise de evidência indireta (registros escritos) não permitiram verificar se o fenômeno de elevação das vogais médias átonas finais atuava no português brasileiro oitocentista em virtude de não haver dados suficientes para esboçar algum julgamento. No entanto, com relação aos resultados da análise das fontes de evidência direta (obras metalinguísticas e didáticas), estes permitiram constatar que o referido fenômeno atua no português europeu desde o século XVIII, e no português brasileiro, desde o século XIX. A partir dos resultados da presente pesquisa, pode-se afirmar que o processo de elevação das vogais /e/ e /o/ não é um fenômeno exclusivo do português brasileiro atual. / This paper investigated the Brazilian Portuguese final unstressed mid-vowels heightening through two kinds of empirical data: direct evidence and indirect evidence. Direct evidence consists of the statements of grammarians, orthoepists and elocutionists because they provide intentionally evidence about the state of the language (BEAL, 2012). Indirect evidence is the texts of various kinds produced by the speaker/writer who provides unconsciously evidence on the state of the language (BEAL, 2012). This research collected metalinguistic and didactic books published from 16th century to 19th as direct evidence sources and letters written during the 19th century as indirect evidence sources. The results of the analysis of indirect evidence (written texts) did not allow to verify if the heightening of the unstressed final mid-vowels occurred in Brazilian Portuguese of the 19th century on account of not having sufficient data to outline a judgement. However, in relation to the results of the analysis of direct evidence (metalinguistic and didactic books), they allowed to prove that the heightening has happened in European Portuguese since 18th century and in Brazilian Portuguese since 19th century. From the results of this paper, it is possible to state that the heightening of the final unstressed vowels /e/ and /o/ are not an exclusive phenomenon of the Brazilian Portuguese nowadays.
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Sobreposição de fala em diálogos : um estudo fonético-acústico / Overlapping speech in dialogues : an acoustic-phonetic studyValle Barbosa, Thalita Siqueira do, 1988- 08 December 2013 (has links)
Orientador: Plínio Almeida Barbosa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-23T14:40:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Trabalhos como os de Schegloff (1998), French e Local (1983), Jefferson (1984) e Wells e MacFarlane (1998) têm buscado em correlatos acústicos como duração, frequência fundamental e entoação, juntamente a análises sintáticas e semânticas de falas naturais, evidências que consigam descrever um padrão de pistas acústicas e estratégias que os falantes utilizam durante a interação dialógica. Tais trabalhos, com base em dados gravados de maneira espontânea ou semi-espontânea, afirmam que estes parâmetros configuram no reconhecimento de possíveis conclusões de turno em conversações, o que acaba por gerar em alguns casos sobreposições de fala. O presente trabalho teve como objetivo principal traçar uma análise fonético-acústica acerca do entendimento destas sobreposições de fala no Português Brasileiro durante diálogos gravados de maneira semi-espontânea entre dois participantes. O estudo se deu através da gravação de um corpus composto por três diálogos de falas semi-espontâneas com seis sujeitos falantes nativos do Português Brasileiro. A partir das gravações foram avaliados (1) o número de sobreposições de fala por diálogo, (2) o número de trocas de turno, (3) quem iniciou a sobreposição e a duração destas sobreposições em cada diálogo, (4) a duração do silêncio entre os turnos dos participantes do diálogo e (5) cada sobreposição foi analisada a partir da frequência fundamental. A análise do sinal acústico dos dados foi realizada por meio do programa de análise de fala Praat (http://www.fon.hum.uva.nl/praat/). Após a análise de dados concluiu-se que a maior parte das sobreposições não apresenta um parâmetro único que consiga explicar a monitoração do curso do turno em progresso de um participante do diálogo buscando projetar uma realização de um próximo turno, pois existe uma variação de parâmetros prosódicos durante os diferentes tipos de sobreposição. No entanto, foi possível avaliar alguns padrões de sobreposição, além de propor uma diferenciação dos tipos de sobreposição feitas por falante do inglês e do português / Abstract: Works such as Schegloff (1998), French e Local (1983), Jefferson (1984), Wells and MacFarlane (1998) have searched acoustic correlates such as duration, pitch and intonation, along with syntactic and semantic analysis of natural speech, evidences that can describe a pattern of acoustic cues and strategies that speakers use during dialogic interaction. Such studies based on data recorded spontaneously or semi-spontaneous claim that these parameters constitute the formation and recognition of possible conclusions turns in conversations, which generates in some cases overlapping speech. The present work has as main objective to describe a phonetic-acoustic analysis of overlapping speech in Brazilian Portuguese dialogues recorded during a semi-spontaneous dialogue between two participants. The study was composed by a recorded corpus of three semi-spontaneous speech dialogues with six native speakers of Brazilian Portuguese, from the recordings was evaluated (1) the number of overlapping speech in dialogue, (2) the number of turn changes, (3) who initiated the overlap and the duration of these overlaps in each dialogue, (4) the duration of silence between turns of dialogue participants and (5) each overlapping speech was analyzed from the fundamental frequency. The data analysis of the acoustic signal was performed using the speech analysis program Praat (http://www.fon.hum.uva.nl/praat/). After the data analysis was concluded that the majority of the overlap does not have a single parameter that can explain the monitoring of the progress turn trying to project a next turn. Because there is a variation of prosodic parameters during the different kinds of overlapping speech. However, it was possible to evaluate some overlapping patterns, and a differentiation of types of overlay made by speakers of English and Portuguese / Mestrado / Linguistica / Mestra em Linguística
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As teorias lingüísticas da espacialidade : uma agenda dialetológica na gramatização do português do Brasil / Linguistic theories of spatialityGonçalves, Marcelo R. B., 1975- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Maria Bernadete Marques Abaurre / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-21T08:28:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Este trabalho é fruto da pesquisa de doutoramento em Lingüística junto ao IEL/Unicamp, na área de História das Idéias Lingüísticas, e propõe a discussão da temática da espacialidade na Lingüística Brasileira e seu funcionamento na relação língua/sujeito/estado num período que vai do final do século XIX a meados do século XX. Trabalhamos dentro de uma perspectiva discursiva, ou como diz Orlandi (2001), aquela que pensa a língua em sua história e seu funcionamento. Iniciamos nossa discussão utilizando as considerações de Auroux (2009) sobre o processo de gramatização e sobre os instrumentos tecnológicos deste processo, como os dicionários e as gramáticas. Tentamos investigar como estas tecnologias lingüísticas produzem discursos num determinado espaço-tempo, e como estes discursos se relacionam para a constituição de uma dada língua. Serão proveitosas para esta investigação as reflexões feitas em Orlandi (2001). Duas sensíveis complementações às pesquisas iniciadas por Auroux com o grupo da França são desenvolvidas pelo grupo de pesquisa aqui do Brasil. De um lado a necessidade de, em face da própria realidade Brasileira, rever o lugar da constituição de uma língua nacional e seus sujeitos agora em um ambiente de colonização, e de outro agregar as chamadas novas práticas de leitura, propostas pela análise de discurso francesa e que trabalham de maneira característica a construção de arquivos, ou seja, a leitura da história, sua interpretação. Funcionando dentro de uma política de línguas, é a partir deste discurso sobre a espacialidade brasileira que poderemos pensar numa série de práticas que vão afastar a Língua portuguesa falada no Brasil da de Portugal, e, mais tarde, tentar confirmar a unidade de uma língua nacional. Contraditoriamente, é a partir desta mesma unidade imaginária que as questões sobre a diversidade concreta da língua falada em território nacional vão surgir e ganhar força / Abstract: This work is the result of a phD research in Linguistics at the IEL/Unicamp, in the history of Linguistic Ideas, and proposes a thematic discussion of spatiality in Brazilian Linguistics and its role in the relation language/subject/State in a period of the late nineteenth century to the mid-twentieth century. We work within a discursive perspective, or as Orlandi (2001), that think the language in its history and its functioning. We started our discussion using Auroux (2009) considerations about the process of grammatisation and about the technological instruments of this process, such as dictionaries and grammars. We try to investigate how these linguistic technologies produce speeches on a particular space-time, and how these speeches relate to the formation of a given language. Orlandi (2001) comments will benefit this research. Two sensitive additions to the research initiated by Auroux with the Group from France are developed by the research group here in Brazil. At one side, due to the Brazilian reality, the need to review the formation of a national language and its subjects now in an environment of colonization. In the other side, the need to aggregate the so called new reading practices, proposed by the French speech analysis, which works in a characteristic way of building files, that is to say, the reading of history, its interpretation. Operating in a language policy, based on the speech about the Brazilian spatiality, we may think in a series of practices that will drive the Portuguese spoken in Brazil apart from the one spoken in Portugal and, later, try to confirm the unit of a national language. Conversely, it is from this same imaginary unit that issues about concrete diversity of the language spoken in the national territory will emerge and gain strength / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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O uso do verbo tomar no português escrito dos séculos XIV, XVII e XX / The verb to take in portuguese writing centurie XIV, XVII and XXJesus, Lavínia Rodrigues de January 2014 (has links)
JESUS, Lavínia Rodrigues de. O uso do verbo tomar no português escrito dos séculos XIV, XVII e XX. 2014. 240f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-01-20T14:58:15Z
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Previous issue date: 2014 / Este trabalho tem como objetivo principal descrever e analisar o uso do verbo tomar, esclarecendo sobre sua natureza, funções e restrições. Para a descrição e análise dos dados, adotamos a perspectiva funcionalista da linguagem, cujo pressuposto principal é a concepção da língua como um instrumento de comunicação, adaptativo às necessidades comunicativas do falante. O corpus de estudo foi composto pelas seguintes instâncias discursivas: acadêmico, jornalístico e literário, nos séculos XIV, XVII e XX do português europeu, e nos séculos XVII e XX, do português brasileiro, retirados do Corpus do Português, de Davies e Ferreira (2006). Acreditamos que tomar é usado em configurações distintas da que ele tem originalmente como verbo pleno, ou seja, quando ele é núcleo da predicação e designa uma ação concreta de pegar, ao apresentar extensões de sentido, ao atuar como verbo-suporte e em expressões cristalizadas. Com base nos pressupostos do Funcionalismo linguístico, em especial as teorias sobre Gramaticalização, explicamos o processo de mudança pelo qual esse verbo passa, descrevendo e analisando seus usos. Os resultados da análise de 1.228 dados mostraram que: (1) o verbo tomar é produtivo nos séculos XIV, XVII e XX; (2) nos contextos em que atua como verbo pleno, o verbo tomar significa pegar; nos contextos em que atua como verbo estendido, tomar apresenta extensões de sentido; nos contextos em que atua em expressões cristalizadas, é suporte de categorias gramaticais do verbo, mas é semanticamente opaco; nos contextos em que atua como verbo-suporte, o verbo tomar não constitui sozinho o núcleo do predicado, já que se acompanha de um sintagma nominal com o qual constitui um núcleo predicativo e de que depende o sentido da construção; (3) o estudo revela que, no século XIV, o verbo pleno é mais frequente e que, nos séculos XVII e XX, começa a haver o aumento no uso de construções com verbo-suporte e declínio do uso do verbo pleno, o que indica uma possível gramaticalização: a substituição do verbo pleno (ex.: banhar-se) pelo uso de construções com verbo-suporte correspondentes (tomar banho); e (4) várias razões motivaram tal substituição, como uma maior versatilidade sintática, redução da valência do verbo, maior adequação comunicativa, maior precisão semântica e efeito na configuração textual.
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Ambiente web de suporte à transcrição fonética automática de lemas em verbetes de dicionários do português do Brasil /Serrani, Vanessa Marquiafável. January 2015 (has links)
Orientador: Claudia Zavaglia / Coorientador: Luiz Carlos Cagliari / Banca: Vivian Regina Orsi Galdino de Souza / Banca: Maria Cristina Parreira da Silva / Banca: Pablo Arantes / Banca: Gladis Maria de Barcellos Almeida / Resumo: A transcrição fonética automática é uma tarefa essencial para muitas aplicações de diferentes áreas. Além de sistemas de síntese de fala que necessitam de transcrições de alta qualidade para obter um bom desempenho, sistemas de transcrição fonética automática podem ser utilizados em muitas outras áreas (fonética, fonologia, ensino-aprendizagem de língua, e assim por diante) com o objetivo de se obter transcrições preliminares de grandes córpus. Esse tipo de sistema frequentemente gera uma transcrição fonética a partir da forma ortográfica. Considerando o esforço despendido por lexicógrafos no desenvolvimento de transcrições fonéticas manuais para obras lexicográficas, este estudo teve como objetivo principal a criação de um ambiente computacional para transcrever foneticamente unidades lexicais que fazem parte da cabeça do verbete de dicionários mono ou multilíngues, do Português Brasileiro, com disponibilização gratuita, via Web, denominado PETRUS - PhonEtic TRanscriber for User Support. O propósito deste trabalho é contribuir, mesmo que modestamente, para que lexicógrafos, nosso principal público-alvo, possam desfrutar dos benefícios da automatização da transcrição fonética, diminuindo o tempo e as dificuldades de inserção desse tipo de informação em suas obras lexicográficas. Os resultados preliminares indicam uma taxa de acerto de 97.5% ao fone, com possibilidade de aumento / Abstract: Automatic Phonetic Transcription is a crucial task for many applications of different areas. Besides Text-to-Speech systems, which need high quality transcriptions in order to have a good performance, automatic phonetic transcription tools can be useful in many areas (phonetics, phonology, language learning, and so on) in order to obtain preliminary transcriptions of large corpora. This kind of system often generate a phonetic transcription directly from the orthographic form. Considering the effort expended by lexicographers in the development of manual phonetic transcriptions to be added in their dictionaries, this study aimed the creation of a computational environment to support automatic phonetic transcription of lemmas, from mono or multilingual Brazilian dictionaries entries, to be available free of charge, via the Web, called PETRUS - PhonEtic TRanscriber for User Support. We intend to contribute, even modestly, so that lexicographers, our main target audience, can enjoy the benefits of automating the phonetic transcription, reducing the time and difficulty in integrating this kind of information in their lexicographical works. Preliminary results indicate a phone error rate accuracy of 97.5%, with the possibility of increase / Doutor
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Estruturas com 'ter' e 'haver' em cartas de leitoras das revistas Ragazza e Capricho /Oliveira, Adriana Afonsina Silva de. January 2017 (has links)
Orientador: Daniel Soares da Costa / Banca: Rosane de Andrade Berlinck / Banca: Juliana Bertucci Barbosa / Resumo: Desde o latim clássico, os verbos 'ter' e 'haver' apresentam variação, participando de estruturas como verbos plenos, auxiliares, modais ou existenciais. Por isso, tendo como base teórica a sociolinguística, esta pesquisa analisou o comportamento desses verbos no Português do Brasil (PB) e no Português de Portugal (PP), demonstrando o funcionamento no português escrito contemporâneo nas estruturas supracitadas. Os dados que formam o corpus são cartas de leitoras da revista feminina portuguesa Ragazza, do período de 1994 a 2004, e da revista feminina brasileira Capricho, do período de 1994 a 2005. Essas cartas foram cedidas pelo Grupo de Estudos Variacionistas (GEVAR), grupo de pesquisa cadastrado na plataforma CNPq e ligado aos cursos de Letras da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). No corpus do PB foram coletadas um total de 236 ocorrências e no do PP um total de 428 ocorrências. Esses dados foram transcritos em documento word e analisados, inicialmente, no programa computacional GoldVarb 2001, de acordo com o grupo de fatores: estruturas de uso, tempo verbal, animacidade e posição do objeto. Os dados apontam que, tanto no PB quanto no PP, há predominância do verbo 'ter' sobre 'haver', tendo em vista que, no corpus da revista Capricho, 91% das construções foram produzidas com a forma verbal 'ter' e no corpus da revista Ragazza foram 89% das ocorrências. Além desse predomínio, a análise permitiu demonstrar algumas... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: From the Classic Latin, the verbs 'ter' ('to have') and 'haver' ('there to be') show some variation, for being not only plain verbs, but also auxiliaries, modals or existential verbs. Thus, based on the theoretical framework of Sociolinguistic, this research analysed the behaviour of the verbs 'ter' and 'haver' in Brazilian Portuguese (BP) and Portugal Portuguese (PP), displaying the function of these verbs in the contemporary written Portuguese in the structures aforesaid. The corpus was composed by letters of female readers of the Portuguese magazine Ragazza, from 1994 to 2004, and of the Brazilian women's magazine Capricho, from 1994, to 2005. These letters were granted by the Variationist Study Group (GEVAR), registered on CNPq platform and related to the undergraduate course in Languages at the Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) and the Universidade Federal de Uberlândia (UFU). In the BP corpus, a total of 236 occurrences were collected and in the PP corpus a total of 428 occurrences were collected. This data was transcripted in a Word file and analysed, firstly, using the software GoldVarb 2001, according to these group factors: structures of use, verb tense, verb animacy and the object position. It was detected that, in both BP and PP, there is the predominance of the verb 'ter' over 'haver', since, in the data taken from Capricho, 91% of the constructions were produced using the verb 'ter' and, in Ragazza, there were 89% of occurrences. Besides this pr... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Estrutura e funções pragmáticas da negação no sul do BrasilNunes, Luana Lamberti January 2016 (has links)
Em português, existem diferentes possibilidades de expressão da negação sentencial. Reconhece-se que o português brasileiro (PB) apresenta três estratégias de negação: (1) Negação pré-verbal (Neg1): Não gosto dele. (2) Dupla Negação (Neg2): Não gosto dele não. (3) Negação pós-verbal (Neg3): Gosto dele não. Os motivos para o surgimento dessas formas alternativas de negação têm sido o objetivo de algum debate na Pragmática. Para alguns autores (Hoeksema, 2009; Auwera, 2009; etc.) a Neg2 aparece como uma estratégia discursiva para expressar ênfase. Em uma série de trabalhos, Schwenter (2005, 2006) defendeu a hipótese de que a dupla negação (DN) surge como uma estratégia para indicar conteúdo ativado no discurso. Lima (2013), elaborando as ideias de Schwenter, considera que a dupla negação no Sul do Brasil cumpre a função pragmática de sinalizar a manutenção de tópico. Seixas e Alkmin (2013) encontraram outra função pragmática na ascensão da Neg2 nos séculos VIII e XIX: a denegação. Este estudo investiga as possíveis funções pragmáticas e tipos de oração da Neg2 e Neg1 encontradas em 36 entrevistas sociolinguísticas com falantes nativos provenientes de três cidades representativas do Sul do Brasil (Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre) nos anos 90. Os resultados mostraram que a dupla negação do Sul do Brasil se encontra, em seus primeiros estágios de desenvolvimento, uma vez que foram encontradas entre 1% e 2% de ocorrências de Neg2 no corpus. Além disso, os enunciados com dupla negação foram utilizados para sinalizar duas funções pragmáticas principais: denegação e manutenção tópica. Ambas apresentam a condição de uso de ativação proposta por Schwenter (2005, 2006). Verificou-se, também, que a DN ocorre, principalmente, em orações simples. Em conclusão, observou-se que há um corte pragmático entre as duas estratégias negativas, Neg1 e Neg2. Ou seja, a negação canônica não é restrita pelos mesmos contextos pragmáticos que a dupla negação em PB. / In Portuguese, there are different possibilities of sentential negation expression. It is acknowledged that Brazilian Portuguese (BP) presents three strategies of denial: (1) Pre-verbal negation (Neg1); e.g: Não gosto dele. I do not like him. (2) Double negation (Neg2); e.g.: Não gosto dele não. I do not like him (not). (3) Post-verbal negation (Neg3). e.g.: Gosto dele não. I do not like him. The reasons for the emergence of those alternative forms of negation have been the objective of some debate in Pragmatics. For some authors (Hoeksema, 2009; Auwera, 2009; etc.) Neg2 appears as a discursive strategy to express emphasis. In a series of papers, Schwenter (2005, 2006) has defended the hypothesis that the double negation (DN) arises as a strategy to indicate activated content in the discourse. Lima (2013), elaborating on the Schwenter ideas, takes the view that, in its early stages of use, the double negation in Southern Brazil meets the pragmatic function of signaling sentence topic maintenance. Seixas & Alkmin (2013) found a pragmatic function of denial on the rising of Neg2 in the 18th and 19th centuries This study investigates the possible pragmatic functions and sentence types of double negation and Neg1 utterances found in 36 sociolinguistics interviews of native speakers from three representative cities from South Brazil (Curitiba, Florianópolis and Porto Alegre) in the 90s. The results showed that Southern Brazilian double negation in its first stages of development, since it was found between 1% and 2% of Neg2 occurrences in the corpus. Moreover, double negation utterances were used to signal two main pragmatic functions named denial and topic maintenance that present the use condition of activation proposed by Schwenter (2005, 2006). It was also found that DN occurs, mainly, in simple clauses. Therefore, there is a pragmatic cut between the two negative strategies, Neg1 and Neg2, i.e. the canonical negation is not constrained by the same pragmatic contexts as Neg2 is.
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A ordem pronominal do português brasileiro atual : uma análise via teoria da otimidadeCardozo, Rubia Wildner January 2014 (has links)
Esta dissertação apresenta um estudo acerca da ordem pronominal do português brasileiro (PB) atual. O objetivo da pesquisa é investigar as razões para a mudança de ênclise para próclise, atestada em meados do século XIX, e o uso do pronome tônico em função de objeto direto, observado no PB atual, que, pela nossa hipótese, é a estratégia empregada na tentativa de se recuperar a ordem SVO, perdida quando, em meados do século XIX, a próclise se tornou categórica. Fizemos um levantamento bibliográfico a respeito da ordem pronominal em momentos anteriores da língua a fim de entender o momento atual pelo qual o PB está passando. A reunião de todos esses trabalhos nos possibilitou explicar, via Teoria da Otimidade (OT), (i) as causas que levaram o português antigo (PA) a admitir, primeiramente, a ênclise; (ii) a mudança da ênclise para a próclise em uma fase posterior ao PA; e (iii) a coexistência de próclise e pronome tônico, no caso dos pronomes eu, tu, nós, me, te, nos, e a prevalência do pronome tônico, nos casos de você(s), ele(a/s) e a gente no PB atual. A OT nos forneceu embasamento para investigar as restrições que atuaram no PA e que estão atuando no PB atual, a hierarquia das restrições e a mudança nessa hierarquia, que foi essencial na explicação das alterações no quadro pronominal que nos propusemos a estudar. Averiguamos que as restrições presentes na gramática do PA – e em fase posterior, quando ocorre a mudança da ordem pronominal – não dão conta de explicar o que vem acontecendo com o PB na atualidade. Por isso, acreditamos, uma nova restrição – *PRONOPOD – desempenha hoje papel fundamental na colocação pronominal do PB. Empregando essa nova restrição às análises, chegamos à hierarquia de restrições do PB atual e constatamos que, no que tange aos pronomes de fato, quando o foco recai sobre o objeto, há uma oscilação de duas gramáticas ainda flutuantes. Também concluímos que a implementação do pronome pleno como objeto tenha se dado, primeiramente, com o pronome ele e, posteriormente, se espalhado pelo quadro pronominal. / This dissertation presents a study on pronoun placement of actual Brazilian Portuguese (BP). Its aim is investigate the reasons for the changing from enclisis to proclisis, occurred in mid-nineteenth century, and the use of the lexical pronoun in object position, observed in the actual BP, which, by our analysis, is the strategy used in the attempt to recover the SVO order, lost when proclisis became categorical. We did a bibliographic survey about the pronoun placement in previous moments of language in order to understand the current moment the BP is passing by. The joining of all these studies allowed us to explain, via Optimality Theory (OT), (i) the causes that led the former Portuguese (FP) to admit firstly enclisis, (ii) the change from enclisis to proclisis in FP at a later stage, and (iii) the coexistence of proclisis and lexical pronoun, in the case of the pronouns eu, tu, nós, me, te, nos, and the prevalence of lexical pronoun, in the cases of você(s), ele(a/s) and a gente in the current BP. OT provided the basis for investigating the constraints that acted in FP and that are acting in the PB, the hierarchy of restrictions and the changing in this hierarchy, which was essential in explaining the changes in the pronominal framework that we proposed to study here. We noticed that the restrictions present in the FP – and at a later stage, when the change of pronoun order occurs – did not explain what is happening to the PB today. Therefore, we believe, a new constraint – *PRONOPOD – plays today a key role in pronoun placement in BP. Using this new restriction in the analysis, we come to the hierarchy of constraints of the current BP and we found that, with respect to real pronouns, when the focus is on the object, there is an oscillation between two floating grammars. We also concluded that the implementation of the lexical pronoun as the object has been given, first, with the pronoun ele, and later spread to the other pronouns.
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Os sufixos -eiro e -ista na construção de nomes de ocupação laboral : um estudo sob a perspectiva da morfologia construcionalMachado, Jeferson Luís January 2016 (has links)
Atualmente, deparamo-nos com um número imensurável de nomes de ocupação laboral que perfazem distintos campos de atuação profissional. Tais nomes são formados por diferentes afixos, entre os quais estão aqueles que norteiam esta pesquisa, isto é, os sufixos –eiro e –ista. Esses formativos unem-se a determinadas bases, como substantivos, adjetivos e verbos para dar forma a diferentes nomes de ocupação que, em princípio, parecem apresentar concorrência, ou seja, nomes de ocupação que carregam, em termos semânticos, valores que os colocam em lados opostos. De um lado, temos nomes de ocupação que – do ponto de vista social, cultural e econômico – são mais valorizados e prestigiados; de outro, nomes de ocupação que representam menor prestígio social e que são menos valorizados. No entanto, há formações que parecem destoar dessa classificação, ou seja, há nomes de ocupação laboral formados por –eiro que não atendem à descrição semântica inicial proposta para esse afixo, isto é, ocupações que não carregam sentido de „menor prestígio‟, como, por exemplo, engenheiro, da mesma forma que muitos nomes de ocupação decorrentes da sufixação em – ista não remetem ao valor de „maior prestígio‟, como nos nomes de ocupação recepcionista e frentista, por exemplo. Tais constatações levaram-nos a perceber que, como esclarece Corbin (1987), a estrutura morfológica e a interpretação semântica de uma palavra construída é algo que ocorre conjuntamente, de modo associativo, não isoladamente. Neste contexto, objetivando realizar uma análise mais aprofundada, que esteja amparada por um referencial teórico que dê conta de descrever aspectos morfossemânticos, isto é, que congregue, de maneira conjunta, operações morfológicas, sintáticas e semânticas, o presente estudo visa a analisar os sufixos –eiro e –ista na construção de nomes de ocupação laboral. A fim de descrever esse fenômeno linguístico, adotamos o modelo de Morfologia Construcional de Corbin (1987), para a descrição morfológica, e o modelo semântico de Chafe (1979), para a descrição dos traços semânticos dos referidos sufixos e das bases a que se unem para a construção de nomes de ocupação. Para a recolha e extração do corpus, isto é, dos nomes de ocupação formados pelos sufixos –eiro e –ista são utilizadas quatro diferentes fontes: o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa e os sites de procura e oferta de empregos Catho, InfoJobs e SINE, as quais possibilitaram a composição de listagens de diferentes nomes de ocupação formados pelos referidos afixos. Os resultados alcançados mostram que os nomes de ocupação construídos pelos sufixos –eiro e –ista não concorrem entre si, isto é, tais nomes não constituem formas concorrentes. O que temos, na realidade, são formas co-ocorrentes, ou seja, nomes de ocupação que ocorrem de maneira independente em diferentes contextos de uso. / Hay, actualmente, un número incalculable de nombres de ocupación laboral que componen los más distintos campos de la actividad profesional. Estos nombres son formados por diferentes afijos, entre los cuales están aquellos que son alvo de nuestra pesquisa, es decir, los sufijo –eiro y –ista. Estos formativos se unem a ciertas bases como nombres, adjetivos y verbos para formar diferentes nombres de ocupación laboral que, en principio, parecen ser concurrentes, es decir, nombres que presentan, del punto de vista semántico, valores que los ponen en lados opuestos. Por un lado tenemos los nombres de ocupación que - del punto de vista social, cultural y económico - son más valorados y presentam mayor prestigio; de otro, nombres de ocupación que representan menor prestigio social y que son menos valorados. Sin embargo, hay formaciones que parecen se distanciar desta clasificación, es decir, hay nombres de ocupación formados por el sufijo –eiro que no correspondem a la descripción morfosemántica inical propuesta para este criadero, es decir, ocupaciones que no presentam sentido de menor prestigio como, por ejemplo, fazendeiro y banqueiro, de la misma manera que muchos nombres de ocupación resultantes de la sufijación en –ista no denotan valor de prestigio, como recepcionista y frentista, por ejemplo. Estos resultados nos llevaron a ver que, como explica Corbin (1987), la estructura morfológica y la interpretación semántica de una palabra construida es algo que ocurre conjuntamente, de manera asociativa, no islada. En este contexto, reconocendo la necesidad de un análisis exhaustivo, que esté apoyado en un marco teórico que pueda describir los aspectos morfosemánticos, es decir, que reúna, de forma conjunta, operaciones morfológicas, sintácticas y semánticas los propósitos de este estudio es analizar los sufijos –eiro y –ista en la construcción de nombres de ocupación laboral. Con el fin de describir este fenómeno lingüístico, adoptamos el modelo de Morfología Construccional de Corbin (1987), para la descripción morfológica, y el modelo semántico de Chafe (1979) para una descripción de las características semánticas de estos sufijos y de las bases a que se unen para la construcción de nombres de ocupación laboral. Para la obtención y extracción del corpus, es decir, los nombres de ocupación formados por los sufijos -eiro y -ista fueron utilizadas cuatro fuentes diferentes: el Diccionario Electrónico Houaiss de la lengua portuguesa y los sitios de búsqueda de empleos Catho, InfoJobs y SINE, que resultó en la composición de tablas con distintos nombres de ocupación construidos por estos afijos. Los resultados obtenidos muestran que los nombres de ocupación formados por los sufijos -eiro y -ista no compiten entre sí, es decir, no son formas concurrentes. Lo que tenemos, de hecho, son nombres de ocupación que se producen de forma independiente, en distintos contextos de uso.
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