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Sobre a justificação hegeliana dada por Lacan para a função criadora da falaMarcon, Heloisa Helena January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Ética na psicanálise : Freud, Lacan & FoucaultLang, Camila Scheifler 14 September 2016 (has links)
Considerando a linha de pesquisa problemas interdisciplinares de Ética, objetivou-se, na presente dissertação, a análise da relação da Ética na Psicanálise, além de apontar quais as contribuições da Psicanálise e suas implicações clínicas em duas correntes do pensamento psicanalítico – Sigmund Freud e Jacques Lacan, bem como na circunscrição dos campos de intersecção existentes entre a Ética e a Psicanálise por meio do pensamento filosófico de Michel Foucault. A partir do enfoque vertical utilizado, por meio de uma revisão bibliográfica, utilizando autores como Arendt (1992); Bauman (2016); Birman (2001); Foucault (1984); Freud (1915); Julien (1996); Junqueira (2011); Kehl (2002); Lacan (2008); Roudinesco (2007), demonstramos as diferenças sobre os tratamentos dados para a questão da Ética e da consciência moral na Psicanálise, assim como essas diferenças apresentam-se no estabelecimento de processos clínicos nos autores pesquisados. O presente trabalho supõe que a Filosofia, ao realizar a fundamentação de uma Ética, precisa se amparar em teorias que abordem o comportamento humano, tratem do funcionamento psíquico, ou mesmo de teorias acerca da psicogênese da Ética. Entende-se, sobretudo, que a Psicanálise cumpre essa função. Concluímos que a diversidade de modelos metapsicológicos, existentes na Psicanálise, produz diferenças na abordagem teórica da questão da Ética e da consciência moral, como também nos processos e nos objetivos clínicos por parte do Psicanalista. Sabe-se que os diferentes modelos clínicos guardam certa simetria no que concerne à Ética. Analisamos três campos de intersecção entre a Psicanálise e a Ética: o estudo dos fatores que determinam o comportamento ético e moral e sua incidência psíquica; a Psicanálise como produto de uma determinada tradição cultural; os problemas éticos colocados pela prática clínica. Finalizamos, sinalizando um outro campo de ligação entre Ética e Psicanálise – o da fundamentação da Ética. / Considering the line of research interdisciplinary ethical problems aimed to the present dissertation the analysis of the relation of Ethics in Psychoanalysis, while pointing out the contributions of psychoanalysis and its clinical implications in two currents of psychoanalytic thinking – Sigmund Freud and Jacques Lacan and the circumscription of the existing intersection of fields between Ethics and Psychoanalysis through Michel Foucault’s philosophical thought. Through panoramic approach used, through a literature review, using authors as Arendt (1992); Bauman (2016); Birman (2001); Foucault (1984); Freud (1915); Julien (1996); Junqueira (2011); Kehl (2002); Lacan (2008); Roudinesco (2007), demonstrated the differences in the treatments given to the question of Ethics and moral consciousness in Psychoanalysis, and how these differences are present in the establishment of clinical processes in the aforementioned authors. We conclude that the diversity of metapsychological models, existing in Psychoanalysis produces differences in theoretical approach to the issue of Ethics and moral conscience, and also the processes and clinical objectives by the Psychoanalyst. It is well known that different clinical models keep certain symmetry regarding Ethics. Analyzing three intersecting fields between psychoanalysis and ethics: the study of the factors that determine ethical and moral behavior and their psychological consequences; Psychoanalysis as a product of a particular cultural tradition; ethical problems posed by the practice. We finish signaling another link field between Ethics and Psychoanalysis – ethical reasons.
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Por uma clínica das psicoses = considerações sobre a noção de sujeito em Lacan / For the psychosis clinic : considerations about the notion of subject in LacanPontes, Suely Aires 17 August 2018 (has links)
Orientador: Luiz Roberto Monzani / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-17T16:03:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Neste trabalho propomos apresentar uma hipótese simples, mas que julgamos desconsiderada no campo da filosofia. Acreditamos poder defender que os questionamentos lacanianos em torno da noção de sujeito são derivados da clínica, mais especificamente da clínica das psicoses. Para defender e sustentar nossa hipótese, escolhemos percorrer um caminho delimitado, qual seja, (1) trabalhar a tese de Lacan, datada de 1932, de modo a enfatizar a interlocução com autores da psiquiatria de seu tempo e suas proposições clínicas e teóricas; (2) percorrer o período intermediário da produção lacaniana compreendido entre 1936 e 1953, isolando as diferenças e buscando as inversões dos parâmetros e problemas que esse autor vem construindo desde o período da Tese e (3) situar em 1955-1956 a formalização teórica construída para sustentar uma clínica com pacientes psicóticos. Desse modo, buscamos demonstrar a necessária articulação entre os movimentos conceituais lacanianos sobre o sujeito e a intervenção clínica em casos de psicose / Abstract: In this research, we propose a simple hypothesis, but we judge disconsidered the philosophy field. We believe in the defense that the lacanian questions surrounding the notion of the subject are derived from clinical, more specifically the psychosis clinic. To defend and support our hypothesis, we choose to follow a path delimited, namely, (1) to work with Lacan's thesis dated 1932, emphasizing dialogue with psychiatry authors of his time and his clinical and theoretical propositions; (2) to go through the intermediary period of Lacanian production between 1936 and 1953, we pretend isolate the differences and seek the inversions of the parameters and issues that this author has been building since the period of the Thesis; e (3) situated in 1955-1956 to formalize theoretical built to sustain a clinic with psychotic patients. Thus, we pretend demonstrate the necessary link between the conceptual movements Lacanian on the subject and clinical intervention in cases of psychosis / Doutorado / Filosofia da Psicanalise / Doutor em Filosofia
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Linguisterria : um chisteVeras, Viviane, 1950- 08 June 1999 (has links)
Orientador: Kanavillil Rajagopalan / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-26T06:35:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: Considerado por diversos autores uma forma de criação literária, o chiste é uma faculdade linguageira especial. Condensando e deslocando materiais verbais, recombina-os em formas inusitadas, de acordo com uma sintaxe que Freud encontra em ação nos processos inconscientes. Lingüisteria (que introduz na lingüística, por um chiste, a fala da histérica), é como Lacan nomeia uma lingüística que inclua o poético na ordem própria da língua. Nessa lingüisteria, que reconhece a ordem do inconsciente, encontro um lugar para os chistes, tentando fazer com que ressoe nela o riso que eles provocam. O caráter de um chiste está em sua forma lingüística. Parto dessa constatação de Sigmund Freud. O teste é simples: dizer com outras palavras, parafrasear, destrói o efeito chistoso, não surpreende, não faz rir. Segundo Freud, um chiste não se prefacia, um momento antes, nã9 se sabe que chiste se irá fazer [...] e sente-se algo indefinível,que Freud compara com uma ausência {Absenz}, um súbito deixar de fora {Auslassen} a tensão intelectual; um instante depois, o chiste está lá, aflora de repente do inconsciente, não tem origem num raciocínio. Os desdobramentos explicativos eliminam a surpresa que lhe é constitutiva, tiram-lhe a graça, não fazem rir. É somente pelo efeito provocado que um chiste terá sido bem sucedido, portanto, exige uma participação subjetiva. Só é chiste o que reconheço como tal, diz Freud, e isso deve ser levado em conta na experiência de sua transmissão. É na sofística, com o conceito de kairós (momento oportuno), que preparo o caminho que este trabalho vai seguir (Parte I). Exigindo o ouvinte, aquele que ri, a formação de um chiste é social: só pode ser experimentada uma vez que se tome parte em seu processo, excluindo o observador neutro, que se limitaria a analisá-Io. Nessa parte do trabalho (Parte II),abordo a questão do método freudiano, da resistência, da inibição e do desejo. Na parte III proponho uma leitura das teses de Freud a partir do tempo lógico de Lacan, um tempo que inclui as paradas, as hesitações e a pressa, com o objetivo de mostrar como o texto de Freud se deixa afetar pela temporalidade de seu objeto de estudo. Encerrando o trabalho (Parte IV), apresento um ensaio especulativo da mise-en-scene freudiana de uma gênese do chiste, atravessada pelo riso, que lhe abre e fecha as cortinas, como o verdadeiro enigma com que Freud tropeça na experiência de seu objeto / Abstract: Considered by several authors as a kind of literary creation, jokes are a special language faculty. Condensing and displacing verbal material, it recombines this material in uncommon ways, according to a sintax that Freud finds in unconscious processes. Linguístery (introducing in Linguistics, by means of a joke, the speech of the hysteric) is the name Lacan proposes to a Linguistics that includes the poetic in its considerations about language and an its constitutive order. In this linguistery as proposed by Lacan, this work finds a place for verbal jokes, trying to make the laugh they provoke resound in it. The character of a verbal joke consists of its linguistic form. This work starts from this verification by Freud. The test is simple: saying in other words destroys the effect of the joke - it does not surprise, it does not provoke laughing. According to Freud, a verbal joke can not have a preface, one moment before, no one knows that a joke wíll be made[...] and we fell somethíng undefínable, which Freud compares to an absence (Absenz), a sudden exclusion [Auslassen] of intelectual tension; a moment later, the joke is there, it suddenly comes up from the unconscious, having no origin in reasoning. Explanation eliminates the surprise constitutive to verbal jokes and causes no laugh. It is only by the effect it has provoked that a joke will have been successful, something that demands a subjective participation. There only exísts the joke I recognize as such, Freud states, and this fact must be taken into account in the experience of its transmission. Sophistry, with the concept of kaírós (timely moment), prepares the path this work will follow. (Part I). Requiring the participation of the listener, of the one who laughs, the joke's formation is social: it can only be experienced if one participates in its process, which excludes the neutral observer, who would be limited to analyse it. This part of the work (Part 11),approaches the Freudian method, resistence, inhibition and--desire:--Part III proposes a consideration of Freud's theses in view of Lacan's logical time, which includes the stops, hesitations and haste, with the aim of showing how Freud's text is affected by the temporality of its object of study. Part IV presents an essay on the Freudian mís-en-scene of a genesis of the verbal joke, crossed through by laughing, which opens and closes the curtains, as the true enigma on which Freud trips in experiencing his object / Doutorado / Doutor em Linguística
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Incidencias do discurso do capitalista sobre a lingua inglesa e seu ensino / Incidences of the capitalist discourse over the English language and its learning and teaching processesBarichello, Luigi, 1979- 03 January 2007 (has links)
Orientador: Maria Rita Salzano Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-08T10:02:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Com o auxílio da teoria dos discursos de Jacques Lacan, este trabalho pretende pontuar alguns possíveis efeitos do discurso do capitalista sobre a língua inglesa e seu ensino. Fruto da conjugação do discurso científico com o discurso do mestre, o discurso do capitalista teria causado uma mudança significativa na relação do sujeito com o seu saber, o qual foi transformado em objeto-mercadoria. Na sociedade capitalista, não mais figuraria aquilo que Lacan considera o impossível dos discursos - seu real - o que faria com que tais objetos possibilitassem um suposto acesso do sujeito à sua causa perdida, ao seu mais-de-gozar. Aventamos que a língua inglesa, a qual poderia se constituir como um possível saber para o sujeito, tenha se tornado atualmente mais um desses objetos. Questionamos, portanto, se as incidências desta organização discursiva particular não estariam elidindo a possibilidade de um encontro singular e único do sujeito com essa língua estrangeira no âmbito do seu ensino e aprendizagem / Abstract: Based on Jacques Lacan discourses theory, this work intends to present some possible effects of the Capitalist Discourse over the English language and the foreign languages teaching and learning processes. Originated from a blend of the Scientific Discourse with the Masters Discourse, the Capitalist Discourse would have caused a significant change in the relationship between the Subject and his unconscious knowledge, which would have been turned into an object, a good. In the capitalist society, the impossible of the discourses their real - would not exist anymore, and this change, according to Lacan, would allow the Subject to acquire a supposed access to his lost cause. We propose that the English Language, which could be figured as a possible knowledge to the Subject, has become one of these objects nowadays. Therefore, considering the learning and teaching processes, we question if the incidences of this specific discourse arrangement could avoid the creation and the existence of a singular and unique meeting between the Subject and this foreign language. / Mestrado / Lingua Estrangeira / Mestre em Linguística Aplicada
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As marcas do movimento de Saussure na fundação da linguisticaSilveira, Eliane Mara 28 July 2003 (has links)
Orientador: Claudia Thereza Guimarães de Lemos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:30:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Résumé: Cette thèse se propose d' examiner la fondation de la linguistique moderne par Ferdinand de Saussure (1857 - 1913). Cette fondation est reconnue depuis le début du XXe siècle, lors de la parution du Cours de Linguistique Générale (1916). A partir de cette publication, les études du language ont acquis une autonomie centrée sur la reconnaissance que la langue avait un ordre propre. De la reconnaissance de cet ordre en tant que structure est né, aux environs de 1960, le structuralisme, mouvement qui a influencé d'autres domaines de recherche dans les Sciences Humaines comme l' Anthropologie, la Psychanalyse et la Théorie Littéraire. Toutefois, dans la Linguistique en particulier, ce qui avait été révolutionnaire à un moment donné est devenu d'un côté discrédité, de l'autre figé: les critiques aux exclusions lues dans les dichotomies saussuréennes _langue vs parole, syncrhonie vs dyachronie- s'intensifient et surtout, le Cours de Linguistique Générale devient lecture obligatoire à l'Université, mais souvent, ayant le statut de lettre morte, sans aucun rapport avec la théorisation sur le language, comme simple information pour déterminer sa différence par rapport à tant d'autres théories linguistiques. L'oeuvre de Ferdinand de Saussure, cependant, est demeurée intouchée. Il n'a pas écrit le Cours de Linguistique Générale. Cet ouvrage est le fruit d'une édition à partir de quelquesuns de ses manuscrits et des notes de ses éleves, ce qui mérite, actuellement, des discussions chaleureuses de la part des auteurs qui sont partagés dans le jugement du travail des éditeurs. En outre, les classes ayant donné naissance aux notes qui ont fourni la matiere de cette édition ne résument pas la production du linguiste genevois. Il a écrit pres de dix mille feuilles dont la plupart se trouvent à présent archivées dans la Bibliothèque Publique de Genève et une petite partie dans la Houghton Library de l'Université de Harvard. Le travail sur ces manuscrits a engendré un entendement de Ia production du linguiste comme une dichotomie : le 'Saussure nocturne', révélé par quelques manuscrits, et le 'Saussure diurne', celui des classes qui sont à l'origine du Cours de Linguistique Générale. Ce travail suscite, encore aujourd'hui, une querelle sur le 'vrai Saussure'. Dans ces discussions, l'on oublie souvent l'importance de la Grammaire Comparative, école ou Saussure s'est formé. Ainsi, cette thêse a pour but d' examiner , à partir des élaborations de la psychanalyse lacanienne sur le sujet et la science, comment les élements de cet ensemble de productions de Ferdinand de Saussure pourraient être en jeu dans la fondation de la linguistique moderne. De ce fait, nous avons cherché le mouvement de Saussure dans la fondation de la science linguistique, en considérant chaque élément de cet ensemble et en établissant, á partir de la psychanalyse , la relation possible entre eux. Pour cela, nous avons utilisé la bande de Moebius et le noeud borroméen, figures topologiques par lesquelles Jacques Lacan (1901/1981) effectue la monstration du sujet, ce qui nous offre la possibilité de nous approcher du mouvement particulier de Ferdinand de Saussure, en tenant compte de l'hypothèse de l'inconscient. Ce chemin débute par la discussion du statut de cette édition du Cours de Linguistique Générale dans la fondation de la Linguistique. Ensuite, nous avons cherché à abolir la dichotomie Saussure diurne/Saussure nocturne au profit des rapports entre ses productions sur les anagrammes et la théorie de la valeur, en considérant, ici ainsi que dans l'édition, l'importance de Saussure comme comparatiste. Enfin, nous avons cherché à signaler, dans quelques pages de ses notes pour la « Premiere Conférence» (1891), le mouvement tortueux du linguiste, en quête de la définition de la Linguistique en tant que science, par des ratures, des incises et des répétitions présentes dans ce manuscrit / Resumo: Esta tese se propõe a examinar a fundação da lingüística moderna por Ferdinand de Saussure (1857-1913). Essa fundação é reconhecida desde o início do século XX, quando foi publicado o Cours de Linguistique Général (1916). A partir dessa publicação, os estudos da linguagem conquistaram uma autonomia, centrada no reconhecimento de que a língua tinha uma ordem própria. Foi do reconhecimento dessa ordem própria enquanto estrutura que surge por volta de 1960 o estruturalismo, movimento que afetou outras áreas de pesquisa nas chamadas ciências humanas, como a antropologia, a psicanálise e a teoria literária. Contudo, na lingüística especificamente, aquilo que fora revolucionário num determinado momento, passou a ser desqualificado aqui, engessado acolá: as críticas às exclusões lidas nas dicotomias saussureanas_língua vs. fala, sincronia vs. Diacronia_ se intensificam e, sobretudo, o Curso de Lingüística Geral passa a ser leitura obrigatória na universidade, mas, na maioria das vezes, com o estatuto de letra morta, sem nenhum compromisso com a teorização sobre a linguagem, como mera informação para localizar a sua diferença relativamente a outras tantas teorias lingüísticas. A obra de Ferdinand de Saussure, entretanto, permaneceu intocada. O Curso de Lingüística Geral não foi escrito por ele. Foi fruto de uma edição a partir de alguns de seus manuscritos e notas de alunos, fato esse que, atualmente, tem merecido discussões calorosas por parte de autores que se dividem no julgamento do trabalho dos editores. Além disso, as aulas que deram origem às notas que serviram de material para a edição não resumem a produção do lingüista genebrino. Ele escreveu quase dez mil folhas hoje arquivadas, na sua maioria, na Biblioteca Pública de Genebra e uma pequena parte na Houghton Library da Universidade de Harvard. O trabalho sobre esses manuscritos deu origem a um entendimento da produção do lingüista como uma dicotomia: 'o Saussure noturno', revelado por alguns manuscritos, e o 'Saussure diurno', o das aulas que deram origem ao Curso de Lingüística Geral. O trabalho com os manuscritos, ainda hoje, tem rendido uma querela sobre o 'verdadeiro Saussure'. Nessas discussões freqüentem ente se esquece a importância da Gramática Comparativa, escola em que Saussure se formou. Assim, o objetivo desta tese é examinar, a partir das elaborações da psicanálise lacaniana sobre o sujeito e a ciência, como os elementos dessa constelação de produções de Ferdinand de Saussure poderiam estar em jogo na fundação da lingüística moderna. Por isso, procuramos buscar o movimento de Saussure na fundação da ciência lingüística considerando cada elemento dessa constelação e estabelecendo, a partir da psicanálise, a relação possível entre eles. Para isso nos servimos da banda de Moébius e do nó borromeano, figuras topológicas através das quais Jacques Lacan (1901-1981) efetua a mostração do sujeito, o que nos oferece a possibilidade de nos aproximarmos do movimento particular de Ferdinand de Saussure, levando em consideração a hipótese do inconsciente. Esse caminho se inicia pela discussão do estatuto da edição do Curso de Lingüística Geral na fundação da lingüística. Em seguida. procuramos abolir a dicotomia Saussure diurno/Saussure noturno em favor das relações entre as suas produções sobre os anagramas e a teoria do valor e considerando, tanto aí quanto na edição, a importância da formação de Saussure como comparatista. Finalmente, buscamos indicar, em algumas páginas de suas notas para a "Première Conférence" (1891), o movimento tortuoso do linguista às voltas com a definição da Lingüística enquanto ciência, através da rasuras, incisos e repetições presentes nesse manuscrito / Doutorado / Doutor em Linguística
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De sistema psiquico a tropeço da fala : variações do conceito de inconsciente na psicanalisePontes, Suely Aires 12 November 2002 (has links)
Orientador: Osmyr faria Gabbi Jr / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T18:36:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Neste trabalho nos propomos comparar as diferenças de uso e de construção do conceito de inconsciente na psicanálise freudiana e lacaniana à luz das críticas formuladas por Politzer, em especial em relação aos pressupostos de anterioridade do significado e do mito do teatro interno. De forma tangencial, discutiremos as implicações clinicas do conceito de inconsciente / Abstract: This research is aimed to compare the differences in the use and in the formulation of the concept of unconscious based on the Freudian and Lacanian psychoanalysis brought to light by Politzer critics, concerning the assumption of the anteriority of the meaning and the myth of the inner theater. Furthermore, we will discuss the clínical implications of the concept of unconscious / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Paranoid metaphors: an examination of the discursive, theoretical and sometimes personal, interaction between the psychoanalyst, Jacques Lacan, the surrealist, Salvador Dali, and the English poet, David GascoyneDe Klerk, Eugene January 2003 (has links)
This thesis examines the historical interaction of the psychoanalyst, Jacques Lacan, the surrealist, Salvador Dali, and the English poet, David Gascoyne. It traces the discursive, and sometimes personal, relationship between these figures which led to a psychoanalytic-based conception of paranoia that impacted on both surrealism and the surrealist-inspired poetry and theory of David Gascoyne. Furthermore it seeks to identify the potential ramifications of this conception of paranoia, and the artistic practice it engendered, for literary, Marxist and psychoanalytic theory.
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La transferencia en la cura psicoanalítica de Jacques Lacan y André GreenFlores Galindo Rivera, Carlos Raúl 06 February 2017 (has links)
El objetivo de esta investigación es describir las construcciones teóricas de Jacques Lacan y André Green sobre la transferencia en la cura psicoanalítica. Ambos autores tienen un origen teórico común en tanto sus constructos están basados en la obra de S. Freud. Sobre este punto de partida encuentro dos usos muy distintos de la transferencia en la búsqueda de una cura que mantiene características comunes. La principal diferencia está en que A. Green usa la contra transferencia como parte de su interpretación en transferencia. Mientras Lacan, en el sentido indicado por Freud, descarta el uso de la contra transferencia atribuyéndosela al propio analista. En estos dos usos de la contra transferencia encuentro que para Green el analista reconoce la tremenda influencia que tiene sobre el analizado y la utiliza para buscar su cura, mientras que Lacan propone un psicoanálisis que se sustenta en no usar este poder y orienta su final, su cura, a un analizante que se libera de la influencia del psicoanalista. / The objective of this research is to describe the theoretical constructs of Jacques Lacan and André Green on transfer in psychoanalytic cure. Both authors find a common origin in both their theoretical constructs are based on the work of S. Freud. On this point I find two very different uses of the transfer in the search for a cure that maintains common characteristics. The main difference is that A. Green uses to transfer as part of his performance in transfer. While Lacan, in the direction indicated by Freud, discarded the use of transfer against attributing the analyst himself. In these two uses of the transfer contract I find that for Green analyst recognizes the tremendous influence it has on the analyzed and La transferencia en la cura de Lacan y Green used to find a cure. While Lacan proposes a psychoanalysis that is based on not use this power and orients its end, its cure, an analizante released from the influence of the analyst
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L'unité du sujet chez Kant et Lacan à partir de la question de la volontéMétivier, Renaud 31 August 2021 (has links)
La question du sujet s'est développée dans la pensée occidentale en suivant deux axes. Un premier axe montre un sujet de la volonté qu'on a retrouvé avec une lecture de Kant, dont la caractéristique retenue est l'autonomie de son action. Un second montre un sujet plus personnel, marqué d'une trace qui le détermine et que la psychanalyse à la suite de Freud et de Lacan a développé comme le sujet de l'inconscient. Sont ici exposées ces deux thèses à la suite desquelles une discussion est engagée sur les conséquences éthiques de chacune. Une synthèse est proposée autour de la notion de sujet historique suggérée par le sociologue Alain Touraine et permet de discuter les enjeux rencontrés par le sujet éthique dans certaines situations contemporaines de la vie quotidienne.
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