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"Avaliação do dano neuronal e axonal tardio, secundário ao traumatismo craniencefálico moderado e grave, por técnicas quantitativas em ressonância magnética" / Evaluation of delayed neuronal and axonal damage, secondary to moderate and severe traumatic brain injury, using quantitative magnetic resonance techniques.

Mamere, Augusto Elias 05 August 2005 (has links)
O traumatismo craniencefálico (TCE) fechado é, classicamente, um modelo de lesão neuronal e axonal monofásica, onde a destruição do parênquima, incluindo neurônios e células gliais, ocorre principalmente no momento do trauma, seguida pela degeneração Walleriana anterógrada e retrógrada nos dias subseqüentes. Há evidências de progressão da perda neuronal e axonal na fase tardia após o trauma, observada principalmente pela evolução da atrofia cerebral, secundária a vários fatores, incluindo a apoptose neuronal. Com o objetivo de testar a hipótese de que as técnicas quantitativas em ressonância magnética (RM) permitem identificar, de modo não invasivo, as variáveis biológicas que estimam a perda neuronal e axonal no cérebro relacionadas ao TCE moderado e grave e à lesão axonal difusa, na fase tardia, foram avaliados 9 pacientes, sendo 5 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com idades variando de 11 a 28 anos (média de 21,1 anos), que foram vítimas de TCE moderado ou grave (Escala de Coma de Glasgow menor que 12 na admissão hospitalar após o TCE) e que tiveram boa recuperação. O tempo médio entre o trauma e o exame de ressonância magnética foi de 3,1 anos (± 0,5 anos). Foram utilizados os índices ventrículo-cerebrais bifrontal (IVCF) e bicaudado (IVCC), a medida do tempo de relaxação T2, o índice de transferência de magnetização (MTR), o coeficiente de difusão aparente (ADC) e a espectroscopia de prótons multi-voxel, com o cálculo dos índices metabólicos N-acetilaspartato/creatina (NAA/Cre) e colina/creatina (Cho/Cre). Foram estudados a substância branca (SB) frontal e parietal bilateralmente, o joelho e o esplênio do corpo caloso (CC) e a substância cinzenta (SC). As médias dos valores medidos foram comparadas às de um grupo controle formado por 9 pessoas sadias, pareadas pela idade e sexo. Observou-se aumento estatisticamente significativo (p ≤ 0,05) do IVCF e do IVCC nos pacientes, devido ao aumento ventricular secundário à atrofia subcortical; aumento no tempo de relaxação T2 na SB e no CC, que reflete o aumento da concentração de água por provável perda axonal e gliose; aumento do ADC e redução do MTR na SB e no CC, que demonstram lesão das fibras axonais mielinizadas, e redução do índice NAA/Cre no CC, indicando perda axonal. Não houve diferença estatisticamente significativa nas medidas realizadas na SC e nem no índice Cho/Cre (p › 0,05). Os resultados encontrados mostram que as técnicas quantitativas em RM foram capazes de detectar, de modo não invasivo, o dano neuronal e axonal na substância branca e no corpo caloso de cérebros humanos, secundário ao TCE moderado e grave. / Closed traumatic brain injury (TBI) is a classic model of monophasic neuronal and axonal injury, where tissue damage mainly occurs at the moment of trauma, followed by anterograde and retrograde Wallerian degeneration in the subsequent days. There are some evidences of delayed progression of the neuronal and axonal loss after TBI, mainly shown by gradual development of cerebral atrophy, due to many factors, including neuronal apoptosis. For the purpose of testing the hypothesis that quantitative magnetic resonance techniques are able to assess the biological variables which estimate neuronal and axonal loss in brain, related to moderate or severe TBI and diffuse axonal injury, nine patients (age range 11 – 28 years; mean age 21,1 years; 5 male and 4 female), who sustained a moderate or severe TBI (initial Glasgow Coma Scale less than 12), with good recovery, were evaluated in a mean of 3,1 years after trauma (± 0,5 year). The following techniques were applied: bicaudate (CVIC) and bifrontal (CVIF) cerebroventricular indexes; T2 relaxation time measurement (T2 relaxometry); magnetization transfer ratio (MTR); apparent diffusion coefficient (ADC); multivoxel proton magnetic resonance spectroscopy, using N-acetylaspartate/creatine (NAA/Cre) and choline/creatine (Cho/Cre) ratios; measured in the frontal and parietal white matter (WM) of both cerebral hemispheres, in the genu and splenium of the corpus callosum (CC) and in the gray matter (GM). The results were compared with those of a control group constituted by 9 healthy volunteers with a matched age and sex distribution. The CVIC and CVIF mean values were significantly increased (p ≤ 0,05) in patients due to ventricular enlargement secondary to subcortical atrophy; an increase in T2 relaxation time was observed in the WM and CC, reflecting an enhancement in water concentration, probably secondary to axonal loss and gliosis; increased ADC mean values and reduced MTR mean values were found in the WM and CC, showing damage in the myelinated axonal fibers; and decreased NAA/Cre ratio mean values in the CC, indicating axonal loss. No significant differences were observed in the mean values measured at the GM or in the Cho/Cre ratio mean values (p › 0,05). These quantitative magnetic resonance techniques were able to non-invasively demonstrate the neuronal and axonal damage in the WM and CC of human brains, secondary to moderate or severe TBI.
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"Avaliação do dano neuronal e axonal tardio, secundário ao traumatismo craniencefálico moderado e grave, por técnicas quantitativas em ressonância magnética" / Evaluation of delayed neuronal and axonal damage, secondary to moderate and severe traumatic brain injury, using quantitative magnetic resonance techniques.

Augusto Elias Mamere 05 August 2005 (has links)
O traumatismo craniencefálico (TCE) fechado é, classicamente, um modelo de lesão neuronal e axonal monofásica, onde a destruição do parênquima, incluindo neurônios e células gliais, ocorre principalmente no momento do trauma, seguida pela degeneração Walleriana anterógrada e retrógrada nos dias subseqüentes. Há evidências de progressão da perda neuronal e axonal na fase tardia após o trauma, observada principalmente pela evolução da atrofia cerebral, secundária a vários fatores, incluindo a apoptose neuronal. Com o objetivo de testar a hipótese de que as técnicas quantitativas em ressonância magnética (RM) permitem identificar, de modo não invasivo, as variáveis biológicas que estimam a perda neuronal e axonal no cérebro relacionadas ao TCE moderado e grave e à lesão axonal difusa, na fase tardia, foram avaliados 9 pacientes, sendo 5 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com idades variando de 11 a 28 anos (média de 21,1 anos), que foram vítimas de TCE moderado ou grave (Escala de Coma de Glasgow menor que 12 na admissão hospitalar após o TCE) e que tiveram boa recuperação. O tempo médio entre o trauma e o exame de ressonância magnética foi de 3,1 anos (± 0,5 anos). Foram utilizados os índices ventrículo-cerebrais bifrontal (IVCF) e bicaudado (IVCC), a medida do tempo de relaxação T2, o índice de transferência de magnetização (MTR), o coeficiente de difusão aparente (ADC) e a espectroscopia de prótons multi-voxel, com o cálculo dos índices metabólicos N-acetilaspartato/creatina (NAA/Cre) e colina/creatina (Cho/Cre). Foram estudados a substância branca (SB) frontal e parietal bilateralmente, o joelho e o esplênio do corpo caloso (CC) e a substância cinzenta (SC). As médias dos valores medidos foram comparadas às de um grupo controle formado por 9 pessoas sadias, pareadas pela idade e sexo. Observou-se aumento estatisticamente significativo (p ≤ 0,05) do IVCF e do IVCC nos pacientes, devido ao aumento ventricular secundário à atrofia subcortical; aumento no tempo de relaxação T2 na SB e no CC, que reflete o aumento da concentração de água por provável perda axonal e gliose; aumento do ADC e redução do MTR na SB e no CC, que demonstram lesão das fibras axonais mielinizadas, e redução do índice NAA/Cre no CC, indicando perda axonal. Não houve diferença estatisticamente significativa nas medidas realizadas na SC e nem no índice Cho/Cre (p › 0,05). Os resultados encontrados mostram que as técnicas quantitativas em RM foram capazes de detectar, de modo não invasivo, o dano neuronal e axonal na substância branca e no corpo caloso de cérebros humanos, secundário ao TCE moderado e grave. / Closed traumatic brain injury (TBI) is a classic model of monophasic neuronal and axonal injury, where tissue damage mainly occurs at the moment of trauma, followed by anterograde and retrograde Wallerian degeneration in the subsequent days. There are some evidences of delayed progression of the neuronal and axonal loss after TBI, mainly shown by gradual development of cerebral atrophy, due to many factors, including neuronal apoptosis. For the purpose of testing the hypothesis that quantitative magnetic resonance techniques are able to assess the biological variables which estimate neuronal and axonal loss in brain, related to moderate or severe TBI and diffuse axonal injury, nine patients (age range 11 – 28 years; mean age 21,1 years; 5 male and 4 female), who sustained a moderate or severe TBI (initial Glasgow Coma Scale less than 12), with good recovery, were evaluated in a mean of 3,1 years after trauma (± 0,5 year). The following techniques were applied: bicaudate (CVIC) and bifrontal (CVIF) cerebroventricular indexes; T2 relaxation time measurement (T2 relaxometry); magnetization transfer ratio (MTR); apparent diffusion coefficient (ADC); multivoxel proton magnetic resonance spectroscopy, using N-acetylaspartate/creatine (NAA/Cre) and choline/creatine (Cho/Cre) ratios; measured in the frontal and parietal white matter (WM) of both cerebral hemispheres, in the genu and splenium of the corpus callosum (CC) and in the gray matter (GM). The results were compared with those of a control group constituted by 9 healthy volunteers with a matched age and sex distribution. The CVIC and CVIF mean values were significantly increased (p ≤ 0,05) in patients due to ventricular enlargement secondary to subcortical atrophy; an increase in T2 relaxation time was observed in the WM and CC, reflecting an enhancement in water concentration, probably secondary to axonal loss and gliosis; increased ADC mean values and reduced MTR mean values were found in the WM and CC, showing damage in the myelinated axonal fibers; and decreased NAA/Cre ratio mean values in the CC, indicating axonal loss. No significant differences were observed in the mean values measured at the GM or in the Cho/Cre ratio mean values (p › 0,05). These quantitative magnetic resonance techniques were able to non-invasively demonstrate the neuronal and axonal damage in the WM and CC of human brains, secondary to moderate or severe TBI.
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Efeitos da estimulação magnética transcraniana repetitiva sobre funções cognitivas na lesão axonial difusa: ensaio clínico aleatorizado, duplamente encoberto / Effects of repetitive transcranial magnetic stimulation on the cognitive functions of patients with diffuse axonal injury: a randomized, double-blind clinical trial

Ribeiro, Iuri Santana Neville 25 July 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: O comprometimento cognitivo observado na lesão axonial difusa (LAD) é considerado uma das mais debilitantes sequelas neurológicas nesta população. A estimulação magnética transcraniana (EMT), uma técnica de estimulação encefálica não-invasiva, tem sido utilizada com sucesso no tratamento de doenças neuropsiquiátricas. Os resultados pouco satisfatórios dos tratamentos convencionais dos distúrbios cognitivos vistos no traumatismo cranioencefálico (TCE) motivaram a investigação por novas estratégias terapêuticas, dentre elas a EMT. Entretanto, até o presente momento, não há estudos Sham-controlados investigando os efeitos cognitivos induzidos pela EMT nessa população. Assim, o presente estudo avaliou a segurança, tolerabilidade e eficácia da EMT na reabilitação cognitiva de pacientes com LAD crônica. MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico prospectivo aleatorizado, duplamente encoberto, que incluiu 37 participantes com o diagnóstico de LAD crônica, em dois grupos de intervenção: Ativo e Sham. A EMT repetitiva (EMTr) de alta frequência (10 Hz) foi aplicada no córtex pré-frontal dorsolateral (CPFDL) esquerdo em um total de 10 sessões, com intensidade de 110% do limiar motor de repouso. Todos os participantes realizaram avaliação neuropsicológica (ANP), composta por sete testes neuropsicológicos [1: TMT Partes A e B; 2: Brief Visuospatial Memory Test (BVMT); 3: Hopkins Verbal Learning Test (HVLT); 4: Grooved Pegboard Test; 5: teste de Fluência Verbal semântica e fonêmica; 6: teste dos Dígitos e 7: teste dos Cinco Pontos], e avaliação da excitabilidade cortical (AEC), por meio da EMT de pulsos simples e pareados, ambas realizadas em três momentos distintos: antes da intervenção (E1 - pré-intervenção), até uma semana (E2 - pós-intervenção precoce) e 90 dias (E3 - pós-intervenção tardio) após o término da EMTr. O participante desconhecia em qual grupo de intervenção havia sido alocado, assim como o avaliador que realizou as ANPs. A medida de desfecho primário foi o escore no Trail Making Test (TMT) Parte B, um teste robusto que avalia funções executivas e atenção. RESULTADOS: Trinta participantes foram submetidos à EMTr e concluíram o seguimento, sendo 17 deles presentes no grupo Ativo e 13 no grupo Sham. Os dados demográficos pesquisados na linha de base, bem como os escores da ANP e valores aferidos na AEC, não foram diferentes entre os grupos. Com relação à performance no TMT Parte B, os tempos medianos aferidos no grupo Ativo foram 141 (100 - 209,5), 85 (67 - 274) e 161 (73 - 223) segundos nos momentos E1, E2 e E3, respectivamente, enquanto que no grupo Sham foram 97 (83 - 269), 70 (60 - 212) e 96 (59,5 - 171,5) segundos. Não houve interação tempo x grupo significativa entre as condições testadas (Ativo vs. Sham) durante os três momentos de avaliação (análise de variância ANOVA; P = 0,450), denotando não ter havido diferença no desempenho do TMT Parte B antes e após o tratamento. Consoante aos resultados do TMT Parte B, as pontuações obtidas nos outros testes incluídos na ANP não demonstraram diferenças em relação aos grupos de intervenção. Não foram observadas mudanças significativas, ou interação entre os grupos nos parâmetros avaliados na AEC. Em uma análise exploratória, observou-se alteração da inibição intracortical de intervalo curto, um dos parâmetros medidos na AEC, na linha de base do estudo em comparação com dados disponíveis na literatura em indivíduos saudáveis, sugerindo a existência de um comprometimento de circuitos corticais inibitórios nos pacientes com LAD crônica. CONCLUSÃO: Apesar de a EMT repetitiva de alta frequência no CPFDL esquerdo ter sido segura e relativamente bem tolerada, os achados deste estudo não forneceram evidências de efeito terapêutico cognitivo desta técnica em pacientes com LAD crônica. A AEC na linha de base demonstrou a presença de alteração da inibição cortical, o que amplia o conhecimento sobre os processos neurofisiológicos envolvidos neste tipo de lesão encefálica. Registro do ensaio clínico no Clinicaltrials.gov - NCT02167971 / INTRODUCTION: Cognitive impairment typically observed in diffuse axonal injury (DAI) is considered one of the main causes of disability in this population. Transcranial magnetic stimulation (TMS), a noninvasive brain stimulation technique, has been successfully used in the treatment of various neuropsychiatric disorders. The mixed results of the conventional treatments used for cognitive rehabilitation motivated the investigation of new therapeutic strategies, such as TMS. However, to the best of our knowledge, there are no sham-controlled studies addressing the cognitive effects induced by TMS in these victims. Thus, the present study aimed to evaluate the safety, tolerability and efficacy of TMS for cognitive rehabilitation in chronic DAI. METHODS: This is a prospective double-blind clinical trial that randomly included 37 participants with the diagnosis of chronic DAI in two intervention groups: Active and Sham. High frequency (10 Hz) repetitive TMS (rTMS) was applied over the left dorsolateral prefrontal cortex (DLPFC) in a total of ten sessions, at 110% intensity of the resting motor threshold. All participants underwent neuropsychological evaluation (NPE) that included 7 different neuropsychological tests [1: TMT Parts A and B; 2: Brief Visuospatial Memory Test (BVMT); 3: Hopkins Verbal Learning Test (HVLT); 4: Grooved Pegboard Test, 5: Controlled Oral Word Association Test; 6: Digit Span Test e 7: Five-Point Test], and cortical excitability assessment (CEA) with single and paired-pulse TMS, both performed at three different times: before the intervention (E1 - preintervention) , up to one week (E2 - early post-intervention) and 90 days (E3 - late post-intervention) after rTMS completion. The participant was unaware of which intervention group had been allocated, as well as the evaluator who carried out the NPEs. The primary outcome measure was the Trail Making Test (TMT) Part B, a robust test that assesses executive functions and attention. RESULTS: Thirty participants underwent rTMS and completed follow-up, 17 of them in the Active group and 13 in the Sham group. The demographic data at the baseline (E1), as well as the NPE scores and CEA values were not different between the groups. Regarding the performance in TMT Part B, the median times measured in the Active group were 141 (100 - 209.5), 85 (67 - 274) and 161 (73 - 223) seconds at evaluations E1, E2 and E3 respectively, while in the Sham group the values were 97 (83 - 269), 70 (60 - 212) and 96 (59.5 - 171.5) seconds. There was no significant interaction between the conditions tested (Active vs Sham) during the three assessments (analysis of variance ANOVA; P = 0.450), indicating that there was no difference in the performance of TMT Part B before and after treatment. As observed in the TMT Part B, no significant differences between the groups were seen in other tests included in NPE. Regarding the CEA, the parameters evaluated showed no time x group interaction. An exploratory analysis at the baseline of the study revealed alteration of short interval intracortical inhibition, one of the variables measured in CEA, when compared with data available in the literature in healthy individuals, suggesting impairment of cortical inhibitory circuits in patients with chronic LAD. CONCLUSION: rTMS was safe and well tolerated in this study. Findings did not provide evidence of therapeutic effect of 10 Hz rTMS over the left DLPFC for cognitive rehabilitation in chronic DAI. Alteration of short interval intracortical inhibition was demonstrated in this population, which expands knowledge about the neurophysiological processes involved in this type of brain injury
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Análise comparativa do eletroencefalograma em pacientes com doença de Alzheimer e lesão axonial difusa / Comparative analysis of the electroencephalogram in patients with Alzheimer\'s disease and diffuse axonal injury

Ianof, Jéssica Natuline 09 June 2017 (has links)
Introdução: Entre as lesões encefálicas adquiridas (LEAs) causadas por processos degenerativos, destaca-se a doença de Alzheimer (DA), que é uma demência que acomete uma grande parcela da população idosa e caracteriza-se pela presença de emaranhados neurofibrilares e placas senis. Exames de ressonância magnética (RM) mostram atrofia do córtex entorrinal, hipocampo, amígdala e da região para-hipocampal. Já a tomografia por emissão de pósitrons (PET) aponta redução do metabolismo cerebral de glicose em regiões como o lobo temporal e cíngulo posterior. O alentecimento do eletroencefalograma (EEG) pelo aumento das ondas teta e a diminuição da frequência alfa são mais evidentes em indivíduos com algum tipo de lesão encefálica. O traumatismo cranioencefálico (TCE) caracteriza-se por ser uma LEA não degenerativa e não congênita e é provocado por uma força mecânica externa. Espera-se um prejuízo, permanente ou temporário, nas funções cognitiva, física e psicossocial, com diminuição ou alteração do estado de consciência. Uma das principais causas de TCE é a lesão axonial difusa (LAD), causada por mecanismos de aceleração-desaceleração. Frequentemente as regiões ventral e lateral dos lobos frontal e temporal são danificadas. Objetivo: Entender as diferenças dos mecanismos funcionais entre os grupos - DA e LAD - com queixa de memória, sob o ponto de vista eletroencefalográfico. Métodos: Participaram deste estudo 85 indivíduos adultos. Destes, 34 haviam recebido o diagnóstico de DA, 32 de LAD e 19 eram adultos saudáveis. Foram aplicados o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), o teste do desenho do relógio (TDR) e o teste de fluência verbal (FV) para a categoria animais. Os indivíduos foram submetidos ao EEG de alta resolução com 128 canais. As fontes corticais dos ritmos do EEG foram estimadas pela análise por tomografia eletromagnética exata de baixa resolução (eLORETA). Resultados: Observou-se que a média da frequência registrada no EEG está dentro da normalidade nos grupos DA e LAD. A análise por eLORETA mostrou que, em comparação ao grupo controle (CTL), o grupo DA apresentou aumento da atividade teta nos lobos parietal e frontal e diminuição da atividade alfa 2 nos lobos parietal, frontal, límbico e occipital. Em comparação ao grupo CTL, o grupo LAD apresentou aumento da atividade teta nas áreas límbica, occipital sub-lobar e temporal. Conclusão: Os resultados sugerem que os indivíduos com DA e com LAD apresentam comprometimento da atividade elétrica em áreas importantes para a memória e aprendizagem / Introduction: Acquired brain injuries (ABI) caused by degenerative processes include Alzheimer\'s disease (DA), which is a dementia that affects a large part of the elderly population and is characterized by the presence of neurofibrillary tangles and senile plaques. Magnetic resonance (MR) imaging shows atrophy of the entorhinal cortex, hippocampus, amygdala and para-hippocampal area. Positron emission tomography (PET) points to a reduction in the cerebral metabolism of glucose in regions such as the temporal lobe and posterior cingulate. Traumatic brain injury (TBI) is a non-degenerative and non-congenital ABI and is caused by an external mechanical force. Impairment, permanent or temporary, is expected in cognitive, physical and psychosocial functions, with a decrease or alteration of the state of consciousness. One of the main causes of TBI is diffuse axonal injury (DAI), caused by acceleration-deceleration mechanisms. Often the ventral and lateral regions of the frontal and temporal lobes are damaged. Objective: To understand the differences in the functional mechanisms between the AD and DAI groups - with memory complaints, from the electroencephalographic point of view. Methods: The study included 85 adult subjects. Of these, 34 had received the diagnosis of AD, 32 of DAI and 19 were healthy adults. The Mini-Mental State Examination (MMSE), the clock drawing test (CDT) and the verbal fluency test (VF) for the animals category were applied. Subjects were submitted to high resolution EEG with 128 channels. Cortical sources of EEG rhythms were estimated by exact low resolution electromagnetic tomography (eLORETA) analysis. Results: The eLORETA analysis showed that, in comparison to the control (CTL) group, the AD group presented increased theta activity in the parietal and frontal lobes and decreased alpha 2 activity in the parietal, frontal, limbic and occipital lobes. In comparison to the CTL group, the DAI group presented increased theta activity in the limbic, occipital sublobar and temporal areas. Conclusion: The results suggest that individuals with AD and DAI have impairment of electrical activity in areas important for memory and learning
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Recuperação das vítimas de lesão axonial difusa e fatores associados / Outcome of diffuse axonal injury victims and associated factors

Vieira, Rita de Cassia Almeida 26 February 2015 (has links)
Introdução: A lesão axonial difusa (LAD) se destaca entre os ferimentos traumáticos pela gravidade de suas consequências. Entretanto, são poucas as pesquisas que descrevem a recuperação das vítimas e os fatores associados às consequências dessa lesão. Ampliar o conhecimento nessa área e relevante para introduzir novas técnicas na assistência prestada, planejar tratamentos e monitorar a evolução das vítimas. Objetivo: Descrever a recuperação das vítimas com diagnóstico principal de LAD ate 6 meses após trauma e identificar fatores sociodemograficos e clínicos associados a óbito e dependência aos 6 meses após a lesão. Método: Estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, 3 e 6 meses após a LAD. Fizeram parte do estudo vítimas de LAD com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de julho de 2013 a fevereiro de 2014, com escore na escala de coma de Glasgow (ECGl) 8. A recuperação das vítimas de LAD foi analisada pelas diferenças dos resultados da aplicação da escala de Katz e escala de resultados de Glasgow ampliada (ERGA) em 3 períodos de avaliação (alta, 3 e 6 meses após LAD). Foram testadas associações entre variáveis de interesse e óbito, além de dependência até avaliação final. A regressão logística múltipla foi utilizada para identificar modelos para esses desfechos. Resultados: A casuística compôs-se de 78 vítimas com idade média de 32 anos (dp=11,9), 83,3% envolvida em acidentes de transporte e 89,7% do sexo masculino. A média do Injury Severity Score foi de 35,0 (dp=11,9) e do New Injury Severity Score (NISS), 46,2 (dp=15,9). Para a Maximum Abbreviated Injury Scale/cabeça, a média foi de 4,6 (dp=0,5). LAD leve foi observada em 44,9% das vítimas e a grave em 35,9%. Até 6 meses, 30,8% das vítimas foram a óbito e a pontuação média na ERGA dos sobreviventes evoluiu de 3,8 (dp=1,2) na alta para 2,1 (dp=1,6) aos 3 meses e 1,2 (dp=1,6) na avaliação final. Para a escala de Katz, as médias foram de 8,5 (dp=5,5) na alta, de 3,2 (dp= 5,5) aos 3 meses e 1,8 (dp=4,5) aos 6 meses. Diferenças estatisticamente significativas foram observadas na comparação dos resultados de todos os tempos. Apresentaram significância estatística no modelo de regressão logística para óbito as variáveis de gravidade da LAD com hipóxia pela SpO2 e hipotensão com NISS; para dependência, a gravidade da LAD e tempo de internação hospitalar permaneceram no modelo isoladamente. Conclusões: Foi elevada a mortalidade; entretanto, a grande maioria dos sobreviventes alcançou condições condizentes com vida independente aos 6 meses. Nesse período, a recuperação das vítimas foi expressiva, ainda que mais acentuada nos 3 primeiros meses. A LAD grave destacou-se como fator de risco para óbito e dependência. A quase totalidade das vítimas com essa lesão morreu ou estava dependente aos 6 meses após trauma. Como fatores de risco para óbito, também foram identificados o NISS, a hipóxia pela SpO2 e a hipotensão e, para dependência, o tempo de internação hospitalar / Introduction: Diffuse axonal injury (DAI) stands out from other traumatic injuries because of the severity of its consequences. However, few studies describe outcome and the factors associated to outcome of this type of injury. Enhance knowledge in this area is important to introduce new techniques in the delivery of care, treatment planning and to monitor the recovery of DAI. Objective: Describe outcome of victims with primary diagnosis of DAI 6 months after trauma and identify sociodemographic and clinical factors associated to mortality and dependence 6 months after injury. Method: Prospective cohort study with data from admission, discharge, 3 and 6 months after DAI. Participants were DAI victims aged 18 years and 60 years old, admitted to the Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo from July 2013 to February 2014, with a Glasgow Coma Scale (GCS) 8. The outcome of victims was analyzed by the differences found between the results of the Katz scale and the Extended Glasgow Outcome scale (GOS-E) in three different periods (discharge, 3 and 6 months after DAI). Associations between variables of interest and mortality, and dependence to final evaluation were tested. Multiple logistic regression was applied to identify models of these outcomes. Results: The sample consisted of 78 victims with an average age of 32 years (SD=11.9), 83.3% involved in traffic accidents, and 89.7% were male. The mean Injury Severity Score was 35.0 (SD=11.9) and the New Injury Severity Score (NISS) was 46.2 (SD=15.9). For the Maximum Abbreviated Injury Scale/head, the average was 4.6 (SD=0.5). Mild DAI was observed in 44.9% of the victims and severe DAI was observed in 35.9%. Up to 6 months, 30.8% of the victims died and the average score in GOS-E survivors increased from 3.8 (SD=1.2) at discharge to 2.1 (SD=1.6) at 3 months and 1.2 (SD=1.6) at the final evaluation. According to Katz scale, the average was 8.5 (SD=5.5) at discharge, 3.2 (SD=5.5) at 3 months and 1.8 (SD=4.5) at 6 months. Statistically significant differences were observed comparing the results from all periods. In the regression model for mortality the variables of DAI severity with hypoxia by SpO2 and hypotension with NISS were statistically relevant; for dependence, the DAI severity and the hospitalization period remained in the model alone. Conclusions: Besides the high mortality, the vast majority of survivors reached conditions consistent with independent living at 6 months after injury. During this period, the recovery of victims was increased, although more pronounced in the first 3 months. Severe DAI stood out as a risk factor for mortality and dependence. Almost all the victims died or were dependent six months after trauma. NISS, hypoxia by SpO2 and hypotension were also identified as risk factors related to mortality; the length of hospitalization was identified as a risk factor related to dependence on outcome
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Suporte social e funcionalidade familiar dos pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico com lesão axonial difusa em seguimento ambulatorial / Social support network and family functionality of patients with traumatic brain injury with diffuse axonal injury in outpatient follow-up

Marques, Flávia de Souza Verdugo 08 March 2019 (has links)
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um dos principais problemas de saúde pública em todo mundo. A lesão axonial difusa (LAD) é a causa mais importante e frequente de sequelas neurológicas em indivíduos com TCE. A LAD ocorre em múltiplas localizações no encéfalo e provoca sintomas que podem ser temporários ou permanentes nos pacientes que são acompanhados em longo prazo. O objetivo do presente estudo constituiu em analisar a rede de suporte social e a funcionalidade familiar nos pacientes com TCE e LAD. Método: Realizamos um estudo transversal e comparativo sobre a funcionalidade familiar e o suporte social em pacientes seis meses após o TCE em um serviço ambulatorial de trauma. A amostra consistiu em 120 indivíduos divididos em dois grupos, 50 pacientes vítimas de TCE com lesão axonial difusa moderada e grave e 70 voluntários saudáveis constituindo o grupo controle. Utilizamos um questionário sociodemográfico, o mapa mínimo de relações - MMR e o teste APGAR familiar para comparar os dois grupos. Resultados: Em relação à funcionalidade familiar, verificamos que houve uma maior prevalência de funcionalidade moderada no grupo de estudo (77,8%), em comparação com o grupo de controle. Quanto à análise do provedor da família, houve uma maior prevalência dos genitores como chefes de família (57,5%) no grupo de estudo e maior prevalência de cônjuges, sendo os provedores no grupo de controle. Observamos uma diferença significativa nas atividades de lazer, e os indivíduos do grupo de estudo apresentaram maior comprometimento nessas atividades. Os indicadores de apoio social foram avaliados pelo mapa mínimo de relações sociais que indicam maior participação no apoio da comunidade em relação à família no grupo controle. Conclusão: Os pacientes que sofreram lesão axonial difusa apresentam funcionalidade moderada, com maior apoio da comunidade em comparação à família. Em pacientes com lesão axonial difusa, os genitores dos pacientes são os provedores da família / Introduction: Cranioencephalic trauma (TBI) is one of the major public health problems in the world. Diffuse axonal injury (LAD) is the most important and frequent cause of neurological sequelae in individuals with TBI. LAD occurs in multiple locations in the brain and causes symptoms that may be temporary or permanent in patients who are followed up in the long term. The objective of the present study was to analyze the social support network and the family functionality in patients with LAD and ADL. METHOD: We performed a cross-sectional and comparative study on family functionality and social support in patients six months after TBI in an outpatient trauma service. The sample consisted of 120 individuals divided into two groups, 50 patients suffering from TBI with moderate and severe diffuse axonal injury and 70 healthy volunteers constituting the control group. We used a sociodemographic questionnaire, the minimum relation map - MMR and the APGAR family test to compare the two groups. Results: In relation to the family function, we verified that there was a higher prevalence of moderate functionality in the study group (77.8%), compared to the control group. Regarding the analysis of the family provider, there was a higher prevalence of the parents as heads of families (57.5%) in the study group and higher prevalence of spouses, with the providers in the control group. We observed a significant difference in leisure activities, and the individuals in the study group presented greater impairment in these activities. The indicators of social support were evaluated by the minimum map of social relations that indicate a greater participation in the support of the community in relation to the family in the control group. Conclusion: Patients who suffered diffuse axonal injury present moderate functionality, with greater community support compared to the family. In patients with diffuse axonal injury, the patient\'s parents are the providers of the family
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Estudo prospectivo dos achados de ressonância magnética de pacientes com lesão axonial difusa traumática / A prospective study of MRI findings in patients with traumatic diffuse axonal injury

Feltrin, Fabrício Stewan 22 June 2017 (has links)
Introdução: Pacientes que sobrevivem ao traumatismo crânio-encefálico (TCE) apresentam declínio cognitivo e sinais indiretos de atrofia cerebral maiores que o esperado para a população normal. Dentro do universo das lesões englobadas sob o termo TCE há diferentes tipos de lesões, que podem ser divididas entre focais e difusas. A lesão axonial difusa (LAD), está presente em quase todos os pacientes com TCE moderado e grave. Não há estudos que descrevam longitudinalmente o que ocorre nos exames de imagem após o TCE em um grupo com diagnóstico clínico e radiológico de LAD sem lesões focais significativas. Este estudo tem como objetivo avaliar a carga de lesões da LAD através de uma contagem sistematizada, avaliar a taxa de atrofia de diferentes compartimentos do encéfalo de forma longitudinal, e verificar se o número de lesões mostra correlação com tais taxas de atrofia e ou com testes neuropsicológicos que avaliam desempenho executivo e de memória. Método: Foram selecionados 24 pacientes com diagnóstico clínico-radiológico de LAD e realizados exames de RM nos meses 2 (fase 1), 6 (fase 2) e 12 (fase 3) após o TCE. Nas fases 2 e 3 foi realizada avaliação neuropsicológica. Foi realizada contagem de lesões segundo a Microbleed Anatomical and Rating Scale (MARS). Nos definidos momentos foi realizada avaliação do volume do encéfalo através do software FreeSurfer. Foram avaliados a capacidade executiva através dos testes Trail Making Test (TMT) A e B, e a capacidade de recordação através do teste Hopkins Verbal Learning Test (HLVT) em seus componente de recordação imediata (HVLT-RI), tardia (RVLT-RT) e reconhecimento (HVLT-R). Foi testada correlação da carga lesional com a redução de volume dos compartimentos substância branca (VSB), substância cinzenta cortical (VCC), substância cinzenta subcortical (VCS) volume cerebral total (VCT). Foram ainda realizados testes de correlação da carga lesional total e por sítio anatômico com os testes TMT e HVLT e de correlação do grau de atrofia do VSB, VCC, VCS e VCT com os testes HVLT e TMT. Foram considerados positivos os resultados com p<0,05. Resultados: O VSB foi significativamente diferente entre as fases 2 e 3 e entre as fases 1 e 3, com redução de volume de 4,0% no intervalo total do estudo. O VCT foi significativamente diferente entre as fases 2 e 3 meses e entre as fases 1 e 3, com redução de volume de 1,9% no intervalo total do estudo. O VCC não foi significativamente diferente nas 3 fases. O VCS foi significativamente diferente entre as fases 1 e 2; fases 2 e 3 e entre as fases 1 e 3, com redução de volume de 3,7%. O número médio de lesões pela tabela MARS foi de 128 (DP 95), e mostrou correlação positiva e significativa com a redução do VSB, e não demonstrou correlação com a redução de volume dos demais compartimentos. Houve diferença significativa nos resultados dos testes TMT-A e TMT-B entre as fases 2 e 3, com maior rapidez na execução do teste na fase 3. Houve diferença significativa entre os resultados do teste HVLT-RI as fases 2 e 3, com maior número de palavras recordada na fase 3. Não houve diferença significativa nos resultados dos testes HVLT-RT e HVLT-R nas 2 fases. Houve correlação entre o resultado dos testes TMT-B nas fases 2 e 3 com a redução do VCT e entre os resultados do teste TMT-A na fase 3 com a redução do VSB. Não foi encontrada qualquer correlação entre o número de lesões segundo o sítio anatômico da tabela MARS com o desempenho nos testes TMT-A ou TMT-B. Não foi encontrada correlação entre os testes HVLT-RI, HVLT-RT ou HVLT-R com a redução dos volumes de VCT, VSB ou VCC. Discussão e Conclusões: Houve redução significativa do VCT, VSB e VCC ao longo do intervalo entre as fases 1 e 3 do estudo, e simultaneamente houve melhora no desempenho dos testes executivos TMT-A e TMT-B. Tais achados podem ser interpretados como uma resultante daquilo que modelos animais têm demonstrado na evolução do TCE: existe um processo contínuo no tecido cerebral após o TCE, que inclui o clareamento dos debris celulares irremediavelmente lesados e reparação de parte do tecido neural que sofreu lesões reversíveis no momento do trauma, tudo isso contribuindo para uma melhora no desempenho cognitivo, ao mesmo tempo em que ocorre redução do volume dos compartimentos encefálicos. A avaliação da carga lesional mostrou-se de valor prognóstico, pois manteve correlação com o grau de atrofia do VSB no intervalo do estudo / Introduction: Patients who survive traumatic brain injury (TBI) present cognitive decline and indirect signs of brain atrophy greater than expected for the normal population. Within the universe of injuries encompassed under the term TBI there are different types of injuries, which can be divided between focal and diffuse. Diffuse axonal injury (DAI) is present in almost all patients with moderate and severe TBI. There are no longitudinal studies describing imaging findings after TBI in a group with clinical and radiological diagnosis of DAI without significant focal lesions. This study aims to evaluate the DAI lesion load through a systematic counting approach, to evaluate longitudinally the atrophy rate of various brain compartments and to verify correlations between the lesion load and atrophy rates and their correlation with neuropsychological tests evaluating executive and memory performances. Method: 24 patients with clinical and radiological diagnosis of DAI were selected and they were submitted to MRI scans in 2, 6 and 12 months after TBI, as defined as the phase 1, phase 2, and phase 3 of the study. In phases 2 and 3 neuropsychological assessment was performed. Lesion load was quantified according to Microbleed Anatomical and Rating Scale (MARS). In all the 3 phases brain volume assessment was performed by FreeSurfer software. The executive capacity was evaluated by the Trail Making Test (TMT) A and B, and the memory capacity by the Hopkins Verbal Learning Test (HLVT) in its immediate recall component (HVLT-IR), late recall (RVLT-LR) and recognition (HVLT-R). The lesional load was correlated to the reduction in white matter volume (WMV), cortical gray matter volume (CGV), and subcortical gray matter (SGV) and total brain volume (TBV). Correlation of the total lesion load and anatomical site were correlated to TMT and HVLT tests. It was also performed correlation between degree of atrophy of the WMV, CGV, SGV and TGV with HVLT and TMT tests. Positive results were considered with p < 0.05. Results: The WMV was significantly different between phases 2 and 3 and between phases 1 and 3, with volume reduction of 4.0% in the total study interval. TBV was significantly different between the phases 2 and 3 and between phases 1 and 3, with volume reduction of 1.9% in the total study interval. The CGV was not significantly different in any of the 3 phases. The SGV was significantly different between phases 1 and 2, phases 2 and 3 and between phases 1 and 3, with 3.7% volume reduction in the total study interval. The mean lesion load assessment by MARS was 128 (SD 95) and showed a positive and significant correlation with the reduction in the WMV, and no correlation with the volume reduction of the other evaluated compartments. There were significant differences in the results of the TMT-A and TMT-B tests between phases 2 and 3, with faster execution of the test in phase 3. There were significant differences between the HVLT-IR results phases 2 and 3, with the largest number of words recalled in phase 3. There were no significant differences in the results of HVLT-LR tests and HVLT-R in 2 phases. There were correlations between the result of TMT-B test at phases 2 and 3 to the reduction of the TBV and the results of the TMT at phase 3 to the WMV reduction. There were no correlations between the anatomical site lesion load with the performance in the TMT-A and TMT-B. No correlations were found between HVLT-IR, HVLT-LR or HVLT-R with volume reduction of TBV, WMV or CGM. Discussion and Conclusions: There was a significant volume reduction in TBV, WMV and SGV during the study interval, while there was an improvement the executive tests TMT-A and TMT-B performance. These findings can be interpreted as a result of what animal models have shown the evolution of the ECT: there is a continuous process in the brain tissue after TBI, including clearing irreparably damaged cell debris and repair of the neural tissue components that suffered reversible injuries at the moment of trauma. Those processes contribute to an improvement in cognitive performance, while reduction of the volume of the encephalic compartments occurs at the same time. The lesion evaluation has proven its prognostic value as it showed correlation with the degree of WMV reduction
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Indicadores de alterações de comunicação em indivíduos com lesão axonal difusa / Indicators of communicative alterations in individuals presenting diffuse axonal injury

Biudes, Fabrícia de Oliveira 30 May 2014 (has links)
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um problema de saúde mundial, uma vez que aumentam a cada dia o índice de acidentes de trânsito, violência interpessoal e quedas. Destaca-se como a principal causa de morte e incapacidade, principalmente entre jovens, com impacto na qualidade de vida do indivíduo, sua família e sociedade. Neste estudo foram recrutados indivíduos com lesão axonal difusa (LAD), que se caracteriza por estiramento ou ruptura do axônio ou outras estruturas em diferentes regiões cerebrais. É o tipo de TCE mais recorrente, com comprometimento, principalmente de déficits cognitivos. O objetivo foi descrever a linguagem de indivíduos acometidos por LAD no que diz respeito à linguagem, funcionalidade da comunicação e função executiva. Método: A amostra foi composta por 76 indivíduos, divididos em grupos de igual número: grupo controle (38) e grupo de estudo (38) e foram avaliados mediante aplicação do BEST-2, Token teste, fluência verbal fonêmica, teste de trilhas, teste Wisconsin e o domínio de comunicação social do questionário ASHA FACS. Resultados: No grupo de estudo prevaleceram indivíduos acometidos por TCE grave. Os resultados mostram diferenças significantes entre grupo controle e indivíduos com TCE com LAD quanto aos testes aplicados, exceto para fluência fonêmica. Além disso, houve correlação entre os testes cognitivos e de linguagem. Conclusões: Os indivíduos com lesão axonal difusa moderada e grave apresentaram alterações de compreensão e expressão da linguagem, que impactaram a comunicação social, aspecto essencial para a funcionalidade. As alterações de linguagem, comunicação e funções executivas mostraram-se associadas. Estudos com maior número de participantes e com lesões de menor gravidade seriam interessantes para ampliarmos o conhecimento sobre as sequelas dos agravos traumáticos nessa população jovem / Introduction: Traumatic brain injury (TBI), also known as intracranial injury, is a global health issue, as the occurrence of interpersonal violence, traffic accidents and falls rises every day. Worldwide, TBI is the leading cause of death and disability, especially among young people, impacting on the cost of treatment and quality of life of the individual and his or her family. This study observed individuals presenting diffuse axonal injury, which is characterized by stretching or breakage of the axon or other structures in different brain regions. It is the most recurrent type of TBI, with commitment, mainly cognitive deficits. The objective was to describe the language of individuals with LAD with respect to language, communication and functionality of executive function. Method: The sample was composed of 76 subjects, divided into groups of equal numbers: control group (38) and study group (38) and were assessed by applying BEST-2, Token Teste, verbal fluency, phonemic, trail making tests, Wisconsin test and the domain of social communication from questionnaire ASHA FACS. Results: In the sample, individuals that were seriously compromised prevailed. The results show significant differences between control group and individuals with TBI diffuse axonal injury in every language and executive function test applied. In addition, there was a correlation between cognitive and language testing. Conclusions: Individuals with moderate or serious diffuse axonal injury presented alteration in comprehension and expression of language, which impacted their social communication, essential for functionality. Changes in language, communication and executive functions were associated. Studies with larger numbers of participants and with minor injuries would be interesting to enable us to expand our knowledge regarding the consequences of traumatic aggravations in this young population
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Mudanças comportamentais das vítimas de lesão axonal difusa após trauma / Behavior change of diffuse axonal injury victims after trauma

Sardinha, Débora Souza 19 December 2017 (has links)
Introdução: Entre as lesões traumáticas, a lesão axonal difusa (LAD) tem sido apontada como a que ocasiona os piores desfechos. Destacam-se entre as consequências dessa lesão as mudanças comportamentais das vítimas que frequentemente rompem o equilíbrio em sua vida social e de seus familiares. Logo, conhecer as mudanças de comportamento dessas vítimas e os fatores relacionados foi relevante para contribuir para uma reabilitação adequada que facilitasse a reintegração das vítimas de LAD à sociedade, além de fundamentar uma melhor assistência aos familiares. Objetivos: Descrever as mudanças comportamentais das vítimas após LAD segundo informações de familiares, nos períodos de 3, 6 e 12 meses após o trauma, e identificar fatores associados a essas mudanças e a sua evolução. Método: Foram incluídas no estudo vítimas de LAD de 18 a 60 anos de idade, atendidas em hospital referência para lesões traumáticas na cidade de São Paulo e incluídas em serviço ambulatorial específico para seu tratamento. Foi realizado um estudo de coorte prospectivo com três abordagens às vítimas e familiares: 3, 6 e 12 meses após LAD. Para avaliar as mudanças comportamentais foi aplicado um questionário elaborado para identificar tais mudanças segundo percepção de familiares. A diferença da pontuação na Escala Likert desse questionário, antes e após o trauma, permitiu identificar as mudanças comportamentais das vítimas. Foi aplicado o modelo de efeitos mistos para identificar as mudanças comportamentais significativas e o efeito do tempo na sua evolução. Esse modelo também foi utilizado para verificar associações entre variáveis sociodemográficas, gravidade da LAD e mudanças comportamentais. Resultados: Mudanças comportamentais desfavoráveis foram observadas na grande maioria dos participantes deste estudo (81,2% a 91,6%). Alterações favoráveis foram menos frequentes, apontadas em torno de 50% dos casos. Predominaram entre os comportamentos com mudanças desfavoráveis a irritabilidade, o esquecimento e a dependência, presentes em 54,6% dos casos, seguidos pela ansiedade (45,8%), depressão (39,6%) e oscilação de humor (31,2%). Quanto às mudanças favoráveis, foram mais frequentes a impulsividade (18,7%), a irritabilidade (16,7%), a oscilação de humor (16,7%) e o temperamento explosivo (14,6%). Entre antes e após o trauma, houve diferença estatisticamente significativa (p0,05) para ansiedade, dependência, depressão, irritabilidade, esquecimento e oscilação de humor. Para esses comportamentos, as médias da intensidade das alterações foram sempre negativas, evidenciando a tendência de mudança desfavorável após LAD. A análise da evolução desses comportamentos mostrou que as mudanças observadas após a lesão mantiveram-se na mesma intensidade até 12 meses após trauma. Na análise de fatores associados, observou-se relação entre depressão e renda per capita familiar mensal, bem como entre idade e irritabilidade. A gravidade da LAD se associou com dependência e com a evolução da ansiedade entre 3 e 12 meses após trauma. Conclusão: Mudanças comportamentais foram consequências muitíssimo frequentes para as vítimas de LAD e não foi notada melhora dessas alterações até 12 meses após lesão. A irritabilidade, o esquecimento e a dependência foram comportamentos alterados na maioria dos casos, gerando impacto negativo sobre a participação dos indivíduos na comunidade. A renda per capita familiar mensal, a idade e gravidade da LAD tiveram relação com as alterações comportamentais. / Introduction: Among traumatic injuries, diffuse axonal injury (DAI) has been reported as the one that causes the worst outcomes. Behavioral changes are consequences of this injury that frequently break the balance between victims social life and their families. Thus, learning about behavioral changes of these victims and the related factors was relevant to contribute to a suitable rehabilitation that facilitates the reintegration of the victims of DAI in the society besides providing a better assistance to relatives. Objectives: Describe behavioral changes of DAI victims according to relatives information in the periods of 3, 6 and 12 months after trauma and identify associated factors to these changes and its course. Method: The study included victims of DAI, aged between 18 and 60 years old, assisted in a referral hospital for traumatic injuries in Sao Paulo and included in specific ambulatory service for treatment. A prospective cohort study of three assessments was carried out with victims and relatives: 3, 6 and 12 months after DAI. To evaluate behavioral changes, a questionnaire was designed as per identify such changes according to the perception of family members. The difference in the Likert Scale Score based on this questionnaire, before and after trauma, lead to identify behavioral changes of the victims. The mixed effects model was used to identify significant behavioral changes and the effect of time on the evaluation. This model was also used to verify associations with sociodemographic variables, severity of DAI and behavior changes. Results: Unfavourable behavioral changes were observed in the majority of the participants of this study (81.2% to 91.6%). Favourable changes were less frequent, indicated in around 50% of the cases. Irritability, memory deficits and dependence were prevalent among the behaviours with unfavourable changes in 54.6% of the cases, followed by anxiety (45.8%), depression (39.6%) and liability of mood (31.2%). When it comes to favourable changes, impulsivity (18.7%), irritability (16.7%), liability of mood (16.7%) and explosive temperament (14.6%) were more frequent. Comparing before and after trauma, there was significant statistical difference (p0,05) in anxiety, dependence, depression, irritability, memory deficits and liability of mood. Regarding these behaviours the alterations in intensity means were always negative, demonstrating the tendency of unfavourable changes after DAI. The analysis of the evolution of these behaviours showed that the changes observed after injury remained at the same intensity up to 12 months post trauma. In the analysis of the associated factors, there was relationship between depression and monthly family per capita income, age and irritability, and the severity of DAI was associated to dependence and anxiety evolution between 3 and 12 months after trauma. Conclusion: Behavioral changes were frequent consequences for DAI victims and no improvement of these alterations was noticed until 12 months after injury. Irritability, memory deficits and dependence were changed behaviours in most cases, generating a negative impact on the participation of individuals in the community. Monthly per capita family income, age and severity of DAI were related to behavioral changes
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Recuperação das vítimas de lesão axonial difusa e fatores associados / Outcome of diffuse axonal injury victims and associated factors

Rita de Cassia Almeida Vieira 26 February 2015 (has links)
Introdução: A lesão axonial difusa (LAD) se destaca entre os ferimentos traumáticos pela gravidade de suas consequências. Entretanto, são poucas as pesquisas que descrevem a recuperação das vítimas e os fatores associados às consequências dessa lesão. Ampliar o conhecimento nessa área e relevante para introduzir novas técnicas na assistência prestada, planejar tratamentos e monitorar a evolução das vítimas. Objetivo: Descrever a recuperação das vítimas com diagnóstico principal de LAD ate 6 meses após trauma e identificar fatores sociodemograficos e clínicos associados a óbito e dependência aos 6 meses após a lesão. Método: Estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, 3 e 6 meses após a LAD. Fizeram parte do estudo vítimas de LAD com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de julho de 2013 a fevereiro de 2014, com escore na escala de coma de Glasgow (ECGl) 8. A recuperação das vítimas de LAD foi analisada pelas diferenças dos resultados da aplicação da escala de Katz e escala de resultados de Glasgow ampliada (ERGA) em 3 períodos de avaliação (alta, 3 e 6 meses após LAD). Foram testadas associações entre variáveis de interesse e óbito, além de dependência até avaliação final. A regressão logística múltipla foi utilizada para identificar modelos para esses desfechos. Resultados: A casuística compôs-se de 78 vítimas com idade média de 32 anos (dp=11,9), 83,3% envolvida em acidentes de transporte e 89,7% do sexo masculino. A média do Injury Severity Score foi de 35,0 (dp=11,9) e do New Injury Severity Score (NISS), 46,2 (dp=15,9). Para a Maximum Abbreviated Injury Scale/cabeça, a média foi de 4,6 (dp=0,5). LAD leve foi observada em 44,9% das vítimas e a grave em 35,9%. Até 6 meses, 30,8% das vítimas foram a óbito e a pontuação média na ERGA dos sobreviventes evoluiu de 3,8 (dp=1,2) na alta para 2,1 (dp=1,6) aos 3 meses e 1,2 (dp=1,6) na avaliação final. Para a escala de Katz, as médias foram de 8,5 (dp=5,5) na alta, de 3,2 (dp= 5,5) aos 3 meses e 1,8 (dp=4,5) aos 6 meses. Diferenças estatisticamente significativas foram observadas na comparação dos resultados de todos os tempos. Apresentaram significância estatística no modelo de regressão logística para óbito as variáveis de gravidade da LAD com hipóxia pela SpO2 e hipotensão com NISS; para dependência, a gravidade da LAD e tempo de internação hospitalar permaneceram no modelo isoladamente. Conclusões: Foi elevada a mortalidade; entretanto, a grande maioria dos sobreviventes alcançou condições condizentes com vida independente aos 6 meses. Nesse período, a recuperação das vítimas foi expressiva, ainda que mais acentuada nos 3 primeiros meses. A LAD grave destacou-se como fator de risco para óbito e dependência. A quase totalidade das vítimas com essa lesão morreu ou estava dependente aos 6 meses após trauma. Como fatores de risco para óbito, também foram identificados o NISS, a hipóxia pela SpO2 e a hipotensão e, para dependência, o tempo de internação hospitalar / Introduction: Diffuse axonal injury (DAI) stands out from other traumatic injuries because of the severity of its consequences. However, few studies describe outcome and the factors associated to outcome of this type of injury. Enhance knowledge in this area is important to introduce new techniques in the delivery of care, treatment planning and to monitor the recovery of DAI. Objective: Describe outcome of victims with primary diagnosis of DAI 6 months after trauma and identify sociodemographic and clinical factors associated to mortality and dependence 6 months after injury. Method: Prospective cohort study with data from admission, discharge, 3 and 6 months after DAI. Participants were DAI victims aged 18 years and 60 years old, admitted to the Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo from July 2013 to February 2014, with a Glasgow Coma Scale (GCS) 8. The outcome of victims was analyzed by the differences found between the results of the Katz scale and the Extended Glasgow Outcome scale (GOS-E) in three different periods (discharge, 3 and 6 months after DAI). Associations between variables of interest and mortality, and dependence to final evaluation were tested. Multiple logistic regression was applied to identify models of these outcomes. Results: The sample consisted of 78 victims with an average age of 32 years (SD=11.9), 83.3% involved in traffic accidents, and 89.7% were male. The mean Injury Severity Score was 35.0 (SD=11.9) and the New Injury Severity Score (NISS) was 46.2 (SD=15.9). For the Maximum Abbreviated Injury Scale/head, the average was 4.6 (SD=0.5). Mild DAI was observed in 44.9% of the victims and severe DAI was observed in 35.9%. Up to 6 months, 30.8% of the victims died and the average score in GOS-E survivors increased from 3.8 (SD=1.2) at discharge to 2.1 (SD=1.6) at 3 months and 1.2 (SD=1.6) at the final evaluation. According to Katz scale, the average was 8.5 (SD=5.5) at discharge, 3.2 (SD=5.5) at 3 months and 1.8 (SD=4.5) at 6 months. Statistically significant differences were observed comparing the results from all periods. In the regression model for mortality the variables of DAI severity with hypoxia by SpO2 and hypotension with NISS were statistically relevant; for dependence, the DAI severity and the hospitalization period remained in the model alone. Conclusions: Besides the high mortality, the vast majority of survivors reached conditions consistent with independent living at 6 months after injury. During this period, the recovery of victims was increased, although more pronounced in the first 3 months. Severe DAI stood out as a risk factor for mortality and dependence. Almost all the victims died or were dependent six months after trauma. NISS, hypoxia by SpO2 and hypotension were also identified as risk factors related to mortality; the length of hospitalization was identified as a risk factor related to dependence on outcome

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