281 |
Analgesia epidural com morfina ou buprenorfina em pôneis submetidos à sinovite carpal com lipopolissacarídeo / Epidural analgesia with morphine or buprenorphine in ponies submitted to carpal synovitis with lipopolysacharideFreitas, Gabrielle Coelho 06 March 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pain control of synovitis is important in the reduction of stress responses, suffering and occurrence of laminitis on the contralateral limb. The use of epidural opioids stands out for its analgesic quality, reduction of doses of the drugs used, reduction of their side effects and prolonged
period of action. The study aimed to evaluate the physiological and the analgesic effects of epidural
administration of 0.1 mg/kg of morphine or 5 μg/kg of buprenorphine in ponies submitted to synovitis
induced with E. coli lipopolysacharide (LPS) in the radiocarpal articulation. Six healthy ponies weighing 131.3 kg and age between 3.5 to 9 years were used and divided randomly in 3 groups and arranged in a Latin Square. The control group (GC) received 0.15 mL/kg of 0.9% NaCl solution, morphine group (GM) received 0.1 mg/kg of morphine and buprenorphine group (GB) 5 μg/kg of
buprenorphine via epidural and dilluted in 0.9% NaCl solution, using a stardard total volume of 0.15
mL/kg and time of administration of 10 seconds/mL. After general and specific clinical examination, they were sedated and the carpal synovitis was induced with 0.5 ng of LPS administered to the radiocarpal articulation. Subsequently, an epidural catheter was introduced in the epidural space, so that the treatments would be placed in the thoracolumbar region. 6 hours after LPS, the animals were submitted to a new general and specific clinical exam (time 0) and assigned to one of the treatments.
The general physical examination (HR, RR, SAP, CRT, color of mucous membranes, TºC and intestinal motility) and specific (pain on palpation, maximum angle of carpal flexion, pain on maximum flexion, grade of articulation movement, stride lenght and lameness degree) were carried
out 30 minutes and 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 16, 20 and 24 hours after epidural administration of the assigned treatment by a blind examinator. Parametric variables were analyzed with ANOVA, followed by Dunnett test for intra group and Tukey test between groups. For the non-parametric variable Wilcoxon test was used. Differences was considered significant when P<0.05. The synovitis induction model produced changes in the lameness degree, pain on palpation and angle of flexion, maintaining
present pain on maximum flexion and reduced grade of articulation movement, but it did not cause changes in the physiological parameters. The control group showed changes in lameness in relation to physiological parameters up to 12 hours. Lameness degree was reduced in GM and GB for 30 minutes up to 12 hours and 6 up to 12 hours, respectively. Regarding physiological parameters, alterations were observed in the intestinal motility, where hypomotility occurred at 1 hour in GM and for 30 minutes up to 1 hour in GB; and body temperature, which was maintained higher in GM and GB up to 10 hours. The intra-articular synovitis induction model with the use of LPS was efficient for 12 hours. Morphine provided analgesia starting at 30 minutes and lasting for 12 hours after its administration,
whereas buprenorphine was effective only after 6 hours, lasting for another 6 hours. / O controle da dor da sinovite é importante na diminuição das respostas ao estresse, do sofrimento e da ocorrência de laminite no membro contralateral. O uso de opióides pela via epidural destaca-se pela qualidade analgésica, redução da dose dos fármacos empregados e redução de efeitos
colaterais e prolongado período de ação. O estudo objetivou avaliar os efeitos fisiológicos e analgésicos da administração epidural de 0,1 mg/kg de morfina ou 5 μg/kg de buprenorfina em pôneis submetidos à sinovite induzida com lipopolissacarídeo (LPS) de E. coli na articulação radiocarpiana.
Foram utilizados 6 pôneis hígidos, divididos em 3 grupos autocontrole e dispostos em um Quadrado Latino. O controle (GC) recebeu 0,15 mL/kg de solução de NaCl 0,9%, o grupo morfina (GM) recebeu 0,1 mg/kg de morfina e o grupo buprenorfina (GB) 5 μg/kg de buprenorfina, ambos pela via epidural e diluídos em solução de NaCl 0,9%, padronizando-se um volume final de 0,15 mL/kg e tempo de administração de 10 segundos/mL. Após avaliação dos parâmetros fisiológicos basais, os animais foram sedados e submetidos ao modelo de indução da sinovite, administrando-se 0,5 ng de LPS na
articulação radiocarpiana. Ato contínuo foi introduzido um cateter epidural no referido espaço, até a região tóraco-lombar. 6 horas após a administração do LPS, os animais foram submetidos a um novo exame clínico geral e específico (tempo 0) e administrados um dos tratamentos. Os exames clínicos geral (FC, f, PAS, TPC, coloração das mucosas, TºC e motilidade intestinal) e específico (dor à palpação, ângulo de flexão máxima do carpo, dor à flexão máxima, grau de movimentação da articulação, comprimento do passo e grau de claudicação) foram realizados aos 30 minutos e 1, 2, 4, 6,
8, 10, 12, 16, 20 e 24 horas após a administração epidural, por um observador cego aos tratamentos. Para as variáveis paramétricas utilizou-se análise de variância para amostras pareadas, com posterior teste de Dunnett. Para comparações entre os grupos, realizou-se análise de variância, seguido de teste de Tukey. Para as variáveis não-paramétricas utilizou-se o teste de Wilcoxon para amostras pareadas. As diferenças foram consideradas significantes quando P<0,05. O modelo de indução da sinovite produziu alterações no grau de claudicação, dor à palpação e ângulo de flexão, mantendo presentes dor à flexão máxima e reduzido grau de movimentação da articulação, mas não causou alterações nos
parâmetros fisiológicos. O GC apresentou diferença na análise da claudicação em relação aos parâmetros basais até 12 horas. GM e GB apresentaram redução de claudicação entre 30 minutos e 12 horas, e 6 e 12 horas, respectivamente. Dentre os parâmetros fisiológicos, observaram-se alterações na motilidade intestinal, ocorrendo hipomotilidade aos 30 minutos no GM e entre 30 minutos e 1 hora no GB; e na temperatura corporal, que se manteve elevada até 10 horas em GM e GB. O modelo de indução da sinovite foi eficiente por 12 horas. A morfina proporcionou analgesia entre 30 minutos e
12 horas após a sua administração, enquanto que a buprenorfina apresentou esse efeito somente após 6
horas, permanecendo por mais 6 horas.
|
282 |
Impacto do exercício físico na hiperalgesia induzida pela administração repetida de morfina em ratos neonatosNunes, Éllen Almeida January 2016 (has links)
A morfina é um analgésico eficaz e muitas vezes opioide usado para aliviar a dor moderada a grave durante o período neonatal precoce. A exposição repetida de morfina no início da vida tem implicações duradouras para o desenvolvimento do sistema nervoso, tais como alterações neuroquímicas e comportamentais a longo prazo em ratos. O exercício físico vem sendo utilizado como uma alternativa não farmacológica para tratamento de quadros dolorosos. Deste modo nosso objetivo foi avaliar o efeito da exposição a morfina no período neonatal nas respostas nociceptiva (térmica e mecânica) e bioquímicas (citocinas e neurotrofinas) em ratos de P30 e P60 antes e após a exposição ao exercício físico. Ratos Wistar com 7 dias foram divididos em dois grupos: salina (SA) e morfina (MO) e submetidos a 5 mg / dia / 7 dias P8 para P14 a soro fisiológico ou MO respectivamente. Nas idades de P16, P30 e P60 a resposta nociceptiva térmica foi avaliada através do teste da placa quente (PQ), a resposta mecânica por Von Frey (VF) e Randal e Selitto (RS). Ainda foram medidos os níveis basais de BDNF, NGF, IL-6 e IL-10 em córtex cerebral e tronco encefálico. Após a sessão de exercício foram realizados em P30 e P60 o teste de PQ, 1h e 24h após o exercício, o teste de VF foi realizado 24h após e os níveis de BDNF, NGF, IL-6 e IL-10 também foram medidos em córtex cerebral e tronco encefálico após a exposição ao exercício. Nossos resultados demonstram que os animais que receberam morfina no período neonatal apresentam diminuição do limiar nociceptivo térmico e mecânico em P30 e P60. Os níveis de BDNF, NGF, IL-6 e IL-10 apresentaram relação direta com a idade em tronco encefálico, aumento ao longo do tempo. Em córtex cerebral os níveis de BDNF e NGF demonstraram uma interação entre os fatores grupo e idade, onde os animais do grupo MO têm diminuição desses com a idade. A IL-10 teve efeito somente da idade, enquando a IL-6 não se mostrou alterada por nenhum fator. Após a exposição ao exercício no teste da PQ no P30 e P60 os animais SAE tiveram uma diminuição do limiar nociceptivo se igualando aos grupos que receberam morfina. No teste de VF em P30 os grupos que receberam morfina são diferentes do grupos salina. Em P60 o grupo SAE mostra mais uma vez diminuiçao do limiar nociceptivo se igualando as grupos morfina. Nos níveis de BDNF e NGF em tronco encefálico ocorreu interação entre idade e grupo, onde o grupo MOE demonstra diminuição. Em tronco encefalico a IL-6 e Il-10 só tiveram efeito da idade. Em córtex cerebral os níveis de BDNF tiveram interação entre idade e grupo, o grupo MOE teve diminuição destes níveis em comparação aos demais grupos. Nos níveis de NGF se observou efeito do tempo e do grupo onde os grupos que recebem morfina têm níveis menores do que os que recebem salina em P60. O grupo MOS teve níveis menores de IL-6 em cortex cerebral do que os demais grupos, enquanto que os níveis de IL-10 só tiveram efeito da idade. Portanto a morfina no período neonatal leva a diminuição no limiar nociceptivo térmico e mecânico em ratos e que o exercício físico melhora os níveis BDNF, NGF e IL-6 em animais expostos a morfina no período neonatal. Porém o exercício físico não foi capaz de reverter a hiperalgesia e alodínia induzida pela morfina nos animais de P30 e P60. Sendo assim nossos dados mostram a necessidade de mais estudos sobre a dor em recém-nascidos e o sobre o uso de opioides neste período. Também se mostra necessário mais estudos sobre tratamentos não farmacológicos como o exercício físico. / Morphine is an effective analgesic often used to relieve moderate to severe pain during the early neonatal period. In our previous study, repeated morphine exposure in early life triggered persistent implications for the development of the nervous system, such as neurochemical and behavioral alterations in rats at long-term. The exercise has been used as a non-pharmacological alternative for treating painful conditions. Thus our aim was to evaluate the effect of repeated morphine exposure during the neonatal period upon nociceptive responses (thermal and mechanical) and biochemical markers (cytokines and neurotrophins) before and after unique physical exercise session in rats at P30 and P60. Seven-day-old male Wistar rats were divided into two groups: saline and morphine and subjected to saline and morphine (5 μg/day/7 days) from P8 to P14, respectively. At P16, P30 and P60, the thermal nociceptive response was assessed using the hot plate test (HP), while the mechanical response by Von Frey (VF) and Randal and Selitto (RS) tests. The basal levels of BDNF, NGF, IL-6 and IL-10 were measured in brainstem and cerebral cortex. One hour and 24h after exercise, the HP was conducted in P30 and P60, the VF test was only performed 24 ho after exercise, as well as the levels of BDNF, NGF, IL-6 and IL-10 were also measured in cerebral cortex and brainstem. Our results show that rats that received morphine in the neonatal period presented decreased thermal and mechanical nociceptive threshold in P30 and P60. And, BDNF, NGF, IL-6 and IL-10 levels presented a direct relationship with age in brainstem, increase their levels when the age increased. In cerebral cortex, BDNF and NGF levels showed an interaction between age and treatment group, where the morphine group showed decreased levels when the age increased. There was age effect upon IL-10 levels and no effects upon IL-6 levels in cerebral cortex. After 24h of exercise, saline group subjected to exercise presented decreased nociceptive threshold in using HP at P30 and P60, with similar threshold presented by morphine group. In VF test, both morphine groups presented decreased threshold in relation to both saline groups at P30. However, at P60, saline group subjected to exercise presented decreased nociceptive threshold, matching the morphine groups. In brainstem, we found interaction between age and group in BDNF and NGF levels, where morphine-exercise group showed decreased levels; and we observed only age effect upon IL-6 and IL-10 levels. In cerebral cortex, we observed interaction between age and group upon BDNF levels, where morphine-exercise group showed decreased levels compared to other groups. In relation to NGF levels, we observed effect of age and group, where morphine groups presented lower levels than saline groups in P60. The morphine-sedentary group presented lower IL-6 levels in the cerebral cortex than the other groups, while only age effect was observed on IL-10 levels. Our data lead us to conclude that morphine exposure in the neonatal period triggers a decrease in thermal nociceptive and mechanical thresholds in rats. And, the physical exercise improves BDNF, NGF and IL-6 levels in rats exposed to morphine in the neonatal period. However, on session of exercise was not able to revert the hyperalgesia and allodynia induced by morphine in rats at P30 and P60. Therefore, our data highlight the need of more studies about pain in newborns and neonates and the effect of the opioid use in this period. And, it is necessary more studies about non-pharmacological treatments, for example exercise.
|
283 |
Influence de l'inflammation sur le métabolisme catalysé par les cytochromes P450 chez le rat : approches in vitro et implications sur la pharmacocinétique d'agonistes deltaProjean, Denis January 2003 (has links)
Thèse numérisée par la Direction des bibliothèques de l'Université de Montréal.
|
284 |
Alteração do comportamento maternal após injeção local de morfina na PAG rostral lateral de ratas lactantes / Maternal behavior disruption through morphine infusion in rostral lateral PAG of lactating ratsLuciana Monteiro de Moura 16 April 2008 (has links)
Em estudos anteriores do laboratório, mediante paradigma farmacológico de injeção sistêmica de morfina, foi examinada a influência dos opióides no desempenho do comportamento maternal em ratas. Foi verificado que injeções centrais de naloxona e de CCK na PAG rostral lateral (rPAGl) revertem a inibição opioidérgica desse comportamento. Dando continuidade ao estudo da ação da PAG no comportamento maternal, foi proposto investigar neste trabalho possíveis alterações dele por meio da administração local de morfina na rPAGl de ratas lactantes. Esse tem se mostrado um paradigma eficiente e capaz de fornecer pistas do arcabouço farmacológico e neurofisiológico que integram a intrincada rede neuroanatômica que o permeia. Assim, por meio de um método adequado como a estereotaxia, é possível avaliar em termos neuroanatômicos, de modo mais isolado e eficiente, a interação da PAG nesse comportamento. As ratas lactantes, da linhagem Wistar, que receberam injeções centrais de morfina apresentaram diferenças estatisticamente significantes nos parâmetros de prénutrição do comportamento maternal. A busca e agrupamento e a construção de ninho foram interrompidos por meio do tratamento opióide. Com esse mesmo tratamento, foi verificado também a alteração da latência, estatisticamente significante, nos parâmetros de forrageamento e de grooming de filhotes. Dessa maneira, o comportamento materno total (CMT) mostrouse inibido nas ratas tratadas com morfina. Tais resultados são interpretados como ação da rPAGl na modulação da decisão do comportamento, a qual é decorrente de interações neuroanatômicas com outros sítios cerebrais. Portanto, os dados sugerem que a rPAGl interfere em parâmetros comportamentais relacionados ao início ou ao estabelecimento do comportamento maternal, mas não afeta comportamentos reflexos de nutrição dos filhotes como a cifose. / By using pharmacologycal approaches such as systemic injections of morphine, it has been possible to reveal the inhibitory influence of opioids on rat maternal behavior (MB). Also, it has been reported that central infusions of naloxone or CCK into the rostral lateral PAG restore maternal behavior in lactating rats treated with morphine. This research investigates possible interferences of morphine in MB, through central infusions of this drug in rPAGl of lactating rats. This is an efficient paradigm to provide pharmacological and neurophysiological cues in the functional neuroanatomy of maternal behavior. Stereotaxical procedures were used to place cannulas directed to the PAG area, inject morphine into the PAG and evaluate its behavioral effects. Lactating Wistar rats received central infusions of morphine and showed significant differences in the various parameters. Retrieval and nest building were disrupted. This treatment alters latencies of foraging and pup grooming as well. Thus, full maternal behavior (FMB) was inhibited in the opioidergic treatment. The results suggest an involvement of a PAG role in opioidergicmodulation in maternal behavior. This modulation is provided for rPAGl, which have many neuroanatomical relations with another brain sites. These data suggest a role for rPAGl in ongoing of maternal behavior, but not in reflex nurturance behaviors like kyphosis.
|
285 |
Impacto no sistema imunológico da utilização prolongada de morfina para tratamento da dor / Impact on the immune system of long-term morphine used through oral or spinal route in the treatment of neuropathic non-cancer painChristiane Pellegrino Rosa 17 March 2016 (has links)
Introdução. Apesar das evidências dos efeitos imunomodulatórios da morfina, não há na literatura estudos que tenham comparado a interação entre citocinas, imunidade celular (linfócitos T, B e NK) e a administração prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crônica neuropática não relacionada ao câncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnóstico de dor lombar crônica e com presença de radiculopatia (dor neuropática) previamente operados para tratar hérnia discal lombar (Síndrome Dolorosa Pós- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infusão de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantável no compartimento subaracnóideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com fármacos mas sem opióides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentração das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no líquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfócitos T, B e células NK e avaliados os Índice de Escalonamento de Opióide (em percentagem de opióide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), duração do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o número de linfócitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os não usuários de morfina. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD4 e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação negativa entre as concentrações de células NK (CD56+) e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação positiva entre o número de células NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD8 e a duração do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentrações de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentrações de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos não usuários de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentrações de plasmáticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que não a utilizavam. A concentração de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentração de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentrações plasmáticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos não a utilizavam. A concentração de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentração plasmática das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a duração do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Conclusões: Os resultados sugerem associações entre citocinas e imunidade celular (células T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreensão da imunomodulação da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuropática crônica não oncológica . São necessários mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunológico / Objective: To analyze plasma and cerebrospinal fluid (CSF) cytokine levels and cell-mediated immunity (T, B and NK cells) of chronic neuropathic pain patients under long-term morphine treatment administered through the oral or spinal routes. Design: Cross- sectional clinical and laboratory analysis. Subjects:Fifty ambulatory patients with diagnosis of chronic low back pain and presence of radiculopathy (neuropathic pain) previously operated to treat lumbar disc hernia (failed back surgery syndrome) receiving long term morphine treatment (minimum 180 days); 18 patients receiving long term morphine into the intrathecal space through a implanted pump (\"spinal group\"); 17 patients treated with long-term oral morphine (\"oral group\") and 15 patients treated with non-opioid analgesics (\"without opioid group\"). Methods: Were analyzed plasma and cerebrospinal fluid concentrations of 10 cytokines using a multiplex system (Luminex®) for the following cytokines: IL- 2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 and IL-1beta; immunophenotyping of lymphocytes T, B and NK cells. Results: There were no significant group demographic differences. No significant T, B and NK cells differences were observed between the 3 groups. CD4 levels and Opioid Escalation Index (OEI) were positively correlated in spninal group. NK cells levels and OEI were negatively correlated in spinal group. NK cells levels and cumulative morphine dose were positively correlated in spninal and oral groups. CSF concentrations of IL-8 and IL-1beta were higher than plasma concentrations in all groups. CSF concentration of FNg were higher in oral and without opioid group. Plasma IL-5 concentrations were higher in the oral and spinal groups compared to without opioid group. CSF concentration of IL-5 was negatively correlated with pain intensity in the oral and spinal groups. CSF concentrations of IL-2 was positively correlated with pain intensity and negatively correlated with OEI and cumulative morphine dose in the oral and spinal groups. GM-CSF plasma concentrations were higher in oral and spinal group compared to without opioid group. TNFa CSF concentrations was negatively correlated with OEI, cumulative morphine dose and equivalent oral morphine dose in the spinal group. IL-6 and IL-10 plasma concentrations were negatively correlated with treatment duration in the oral group. OEI The significant inverse correlations observed between pain intensity and the plasma IL-6 and IL-10 concentrations in patients receiving longterm i.t. opioids for chronic pain management, suggests that these cytokines are worthy of further investigation as possible biomarkers of persistent pain. CSF concentrations of IL-2 and TNFa were negatively correlated with OEI in spinal group. CSF concentrations of IL-2 and IL-5 were negatively correlated with OEI in oral group and with pain intensity in the oral and spinal group. Plasma concentrations of IL-4 was negatively correlated with pain intensity in spinal group. Plasma concentrations of IL-1beta were negatively correlated with pain intensity in spinal group. Conclusions: The results suggest associations between long term morphine treatment administered by oral or spinal routes and cytokines concentrations and cellmediated immunity (T, B and NK cells). These results can contribute to the understanding of immunomodulation by morphine administered through diferent routes in patients with chronic neuropathic non-cancer pain. Further studies on the effects of morphine on the immune system are needed
|
286 |
TOXINA BOTULÍNICA TIPO A COMO ADJUVANTE NO CONTROLE DA DOR PÓS-OPERATÓRIA EM CADELAS SUBMETIDAS À MASTECTOMIA / BOTULINUM TOXIN TYPE A AS AN ADJUNCT IN THE CONTROL OF POSTOPERATIVE PAIN IN DOGS UNDERGOING MASTECTOMYVilhegas, Sérgio 23 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T18:55:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Sergio Vilhegas.pdf: 700648 bytes, checksum: 61199638be80e4484e7e0b1e44be0387 (MD5)
Previous issue date: 2013-09-23 / The aim of this study was to evaluate the analgesic effects of botulinum toxin as an adjunct in the control of postoperative pain in dogs. In a blinded study, sixteen dogs undergoing mastectomy were randomly assigned to two groups of 08 animals each and received 7U kg-1 of botulinum toxin diluted in 10mL of saline and administered 1mL in each breast, subcutaneously (TXB) or 1mL of saline administered in each breast (Control), subcutaneously. After twenty four hours, pre-anesthetic medication was intramuscular (IM) acepromazine (0.03mg kg-1) in combination with morphine (0.3mg kg-1). Anesthesia was induced with intravenously (IV) propofol (4 to 5mg kg-1) and maintained with isoflurane. The analgesic intra-operative support was provided by IV continuous rate morphine (0.1mg kg-1h-1). Heart rate, respiratory rate, systolic arterial blood pressure, oxicapnografy and end-tidal concentration of isoflurane were evaluated during the surgery. Postoperative analgesia was assessed during the first 72 hours after the tracheal extubation using a Visual Analog Scale (VAS) and Glasgow Modified Scale (GMS). Rescue analgesia with morphine (0.5mg kg-1 IM) was performed if the evaluation score exceeded 50% of VAS and/or 30% of GMS during the postoperative period. The pain scores were lower in TXB group than in Control group from 8 to 60 hours and from 12 to 60 hours post-extubation, according to VAS and GMS scales, respectively. Postoperative rescue analgesia was lower in the TXB group (2 of 8 dogs), when compared with Control group (7 of 8 dogs). Cardiopulmonary established was detected in both treatment groups. Preemptive botulinum toxin administration is a satisfactory alternative to post-operative management in dogs undergoing mastectomy. / Este estudo teve como objetivo avaliar a administração da toxina botulínica como adjuvante do controle da dor pós-operatória de cães. Em delineamento cego, dezesseis cadelas, encaminhadas para mastectomia radical foram distribuídas aleatoriamente em dois tratamentos: TXB (n=8) administração de 7U kg-1 de toxina botulínica, diluída em 10 mL de solução salina, sendo administrado 1mL em cada mama, por via subcutânea (SC); Controle (n=8) administração de 10 mL de solução salina (1mL em cada mama, SC). Vinte e quatro horas após, os animais foram encaminhados para cirurgia, sendo tranquilizados com acepromazina (0,03mg kg-1) associada à morfina (0,3mg kg-1), por via intramuscular (IM). Transcorridos vinte minutos, iniciou-se a infusão contínua intravenosa (IV) de morfina (0,1mg kg-1 h-1) que foi mantida durante toda a cirurgia. A indução anestésica foi realizada com propofol (4-5mg kg-1, IV), seguindo-se a manutenção da anestesia com isofluorano. Parâmetros avaliados: frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, oxicapnografia e concentração final expirada de isofluorano. No pós-operatório o grau de analgesia foi mensurado durante 72 horas após a extubação traqueal, utilizando-se a Escala Analógica Visual (EAV) e Escala de Glasgow Modificada (EGM). Analgesia de resgate foi feita com morfina (0,5mg kg-1 IM) em casos do escore de dor ser superior a 50% da EAV e/ou 33% da EGM. Os escores de dor foram inferiores no tratamento TXB de 8 a 60 horas na EAV e de 12 a 60 horas na EGM. A necessidade de suplementação analgésica foi inferior no gruo TXB (2 de 8 animais) em relação ao grupo Controle (7 de 8 animais). Estabilidade cardiorrespiratória foi observada em ambos os tratamentos. A administração preemptiva de toxina botulínica representa uma alternativa viável para o controle da dor pós-mastectomia em cadelas.
|
287 |
TOXINA BOTULÍNICA TIPO A COMO ADJUVANTE NO CONTROLE DA DOR PÓS-OPERATÓRIA EM CADELAS SUBMETIDAS À MASTECTOMIA / BOTULINUM TOXIN TYPE A AS AN ADJUNCT IN THE CONTROL OF POSTOPERATIVE PAIN IN DOGS UNDERGOING MASTECTOMYVilhegas, Sérgio 23 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-18T17:53:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Sergio Vilhegas.pdf: 700648 bytes, checksum: 61199638be80e4484e7e0b1e44be0387 (MD5)
Previous issue date: 2013-09-23 / The aim of this study was to evaluate the analgesic effects of botulinum toxin as an adjunct in the control of postoperative pain in dogs. In a blinded study, sixteen dogs undergoing mastectomy were randomly assigned to two groups of 08 animals each and received 7U kg-1 of botulinum toxin diluted in 10mL of saline and administered 1mL in each breast, subcutaneously (TXB) or 1mL of saline administered in each breast (Control), subcutaneously. After twenty four hours, pre-anesthetic medication was intramuscular (IM) acepromazine (0.03mg kg-1) in combination with morphine (0.3mg kg-1). Anesthesia was induced with intravenously (IV) propofol (4 to 5mg kg-1) and maintained with isoflurane. The analgesic intra-operative support was provided by IV continuous rate morphine (0.1mg kg-1h-1). Heart rate, respiratory rate, systolic arterial blood pressure, oxicapnografy and end-tidal concentration of isoflurane were evaluated during the surgery. Postoperative analgesia was assessed during the first 72 hours after the tracheal extubation using a Visual Analog Scale (VAS) and Glasgow Modified Scale (GMS). Rescue analgesia with morphine (0.5mg kg-1 IM) was performed if the evaluation score exceeded 50% of VAS and/or 30% of GMS during the postoperative period. The pain scores were lower in TXB group than in Control group from 8 to 60 hours and from 12 to 60 hours post-extubation, according to VAS and GMS scales, respectively. Postoperative rescue analgesia was lower in the TXB group (2 of 8 dogs), when compared with Control group (7 of 8 dogs). Cardiopulmonary established was detected in both treatment groups. Preemptive botulinum toxin administration is a satisfactory alternative to post-operative management in dogs undergoing mastectomy. / Este estudo teve como objetivo avaliar a administração da toxina botulínica como adjuvante do controle da dor pós-operatória de cães. Em delineamento cego, dezesseis cadelas, encaminhadas para mastectomia radical foram distribuídas aleatoriamente em dois tratamentos: TXB (n=8) administração de 7U kg-1 de toxina botulínica, diluída em 10 mL de solução salina, sendo administrado 1mL em cada mama, por via subcutânea (SC); Controle (n=8) administração de 10 mL de solução salina (1mL em cada mama, SC). Vinte e quatro horas após, os animais foram encaminhados para cirurgia, sendo tranquilizados com acepromazina (0,03mg kg-1) associada à morfina (0,3mg kg-1), por via intramuscular (IM). Transcorridos vinte minutos, iniciou-se a infusão contínua intravenosa (IV) de morfina (0,1mg kg-1 h-1) que foi mantida durante toda a cirurgia. A indução anestésica foi realizada com propofol (4-5mg kg-1, IV), seguindo-se a manutenção da anestesia com isofluorano. Parâmetros avaliados: frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, oxicapnografia e concentração final expirada de isofluorano. No pós-operatório o grau de analgesia foi mensurado durante 72 horas após a extubação traqueal, utilizando-se a Escala Analógica Visual (EAV) e Escala de Glasgow Modificada (EGM). Analgesia de resgate foi feita com morfina (0,5mg kg-1 IM) em casos do escore de dor ser superior a 50% da EAV e/ou 33% da EGM. Os escores de dor foram inferiores no tratamento TXB de 8 a 60 horas na EAV e de 12 a 60 horas na EGM. A necessidade de suplementação analgésica foi inferior no gruo TXB (2 de 8 animais) em relação ao grupo Controle (7 de 8 animais). Estabilidade cardiorrespiratória foi observada em ambos os tratamentos. A administração preemptiva de toxina botulínica representa uma alternativa viável para o controle da dor pós-mastectomia em cadelas.
|
288 |
The effects of the kappa agonist U-50,488 on morphine-induced place preference conditioning and Fos immunoreactivity in the preweanling and periadolescent ratBalaños Guzman, Carlos Alberto 01 January 1995 (has links)
The effects of the kappa opioid agonist U-50,488 on morphine-induced condtioned place preference (CPP), locomotor activity and Fos immunoreactivity and assessed in 10-, 17- and 35-day old rats. It was predicted that kappa agonist treatment would block the unconditioned and conditioned behaviors produced by morhine (a mu opioid receptor agonist).
|
289 |
Studium molekulárních interakcí μ-opioidního receptoru: vliv usměrňovacích ligandů / A study of molecular interactions of the μ-opioid receptor: the effect of biased ligandsMarková, Vendula January 2019 (has links)
G protein-coupled receptors (GPCRs) are the largest group of membrane-bound receptors. Transmission of signals into the cell interior is mediated through the interactions of these receptors with other signaling molecules. Nowadays, a great attention is devoted to biased ligands which are able to alter the conformation of the receptor in a specific way and thus distinctly affect its function. This diploma thesis was focused on a study of µ-opioid receptor (MOR), which is important in nociception. The aim of this study was to find out, how the activation of MOR by specific biased ligands (morphine, endomorphin-2 and DAMGO) affects the function and the interactions of MOR with potential molecular partners (for example G proteins or β-arrestin) A method of siRNA interference was used to knock down the following selected signaling molecules: Gαi1, Gαi2, Gαi3, Gαz and β-arrestin2. The effect of biased ligands on lateral mobility of MOR in the plasma membrane and on activity of adenylyl cyclase (AC) was examined under these conditions. We observed a possible involvement of Gαz subunit in the lateral mobility of MOR after the effect of morphine and endomorphin-2. The lateral mobility of MOR was significantly increased in cells lacking Gαi2 or Gαi3 or β-arrestin2. In this case the MOR was in inactive state....
|
290 |
Morfinisté a kokainisté v Předlitavsku v letech 1867-1918 / Morphine and cocaine users in Cisleithania between 1867-1918Nitschová, Kristýna January 2020 (has links)
The diploma thesis is devoted to research state and cure of morphinists and cocainists in lunatics asylums in Bohemia, Moravia, Silesia and Styria in period from 1867 to 1918. The thesis also deal with issue of how often was cure by morphin or cocain in the individual territories, how lunatics asylums cured patient and what was the main reason to illness with morphinismus or cocainismus. For Bohemia was chosen lunetics asylum in Kosmonosy (Zemský ústav pro choromyslné v Kosmonosech), for Moravia in Brno (Zemský ústav pro choromyslné v Brně), for Silesia in Opava (Slezský zemský ústav pro choromyslné v Opavě) and for Styria in Graz (Landes-Irrenanstalt Feldhof bei Graz). Using the issued and unreleased archivel sourses and professional literature.
|
Page generated in 0.0232 seconds