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Exposição pré-natal à cocaína e efeitos neurocomportamentais no recém-nascido

Cunha, Gabrielle Bocchese da January 2007 (has links)
Introdução: Estudos de prevalência têm demonstrado a importância do problema do uso de cocaína e de outras drogas durante a gestação. Esta pesquisa foi a primeira realizada na América Latina com o objetivo de avaliar o neurocomportamento do recém-nascido (RN) exposto à cocaína. Foram estudadas também as repercussões obstétricas e neonatais. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de um estudo transversal. Foram incluídos 34 RNs expostos à cocaína durante o período pré-natal e 28 RNs não expostos nascidos no mesmo hospital. Os RNs foram caracterizados como expostos por uma entrevista materna positiva para o uso de cocaína ou pelo exame meconial positivo. Após a comparação de expostos e não expostos, os RNs foram divididos conforme a duração da exposição à cocaína durante a gestação em 3 grupos para análise dos dados: grupo 1 - RNs não expostos (n = 28); grupo 2 - RNs expostos durante parte da gestação (n = 27) e grupo 3 - RNs expostos durante toda a gestação (n = 7). Entre 24 e 48 horas de vida, a Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) foi aplicada por um examinador cego para a situação de exposição.Os escores da escala foram comparados entre os grupos. Resultados: As características demográficas maternas, as características obstétricas e as neonatais não diferiram entre os grupos expostos ou não expostos. O uso de cocaína durante a gestação esteve associado ao de cigarros, e o uso durante toda a gestação, ao uso de cigarros e de outras substâncias (álcool e maconha). As usuárias de cocaína durante toda a gestação apresentaram taxas de complicações na gestação e de hospitalizações significativamente maiores do que as usuárias durante parte da gestação ou do que as não usuárias. Peso, comprimento e perímetro cefálico dos RNs do grupo 3 foram significativamente menores que os dos grupos 1 e 2. OsRNs do grupo 3 foram menos amamentados ao seio de forma exclusiva do que os demais e apresentaram maiores taxas de internação em unidade de terapia intensiva neonatal e maior tempo de hospitalização do que os do grupo 2. Quanto ao exame neurocomportamental, RNs expostos apresentaram mais sinais de estresse ou de abstinência no sistema nervoso autônomo do que os não expostos. Não foram encontradas outras diferenças nos escores da NNNS quando comparados expostos e não expostos. Os RNs expostos durante toda a gestação apresentaram piores escores na auto-regulação, na qualidade dos movimentos e no item hipotonia. Foram observados mais sinais de estresse autonômicos nos RNs do grupo 3 em relação aos demais.Conclusões: O estudo não detectou diferenças entre usuárias e não usuárias de cocaína quanto às características obstétricas e neonatais. No entanto, o consumo de cocaína durante toda a gestação ocasionou aumento de complicações obstétricas, diminuição do crescimento fetal e maiores taxas de internação hospitalar durante a gestação e no período neonatal. Esta pesquisa demonstrou os efeitos neurocomportamentais precoces numa amostra de RNs expostos à cocaína no período fetal, confirmando dados de estudos anteriores. O consumo de cocaína esteve associado ao de outras drogas pela gestante, o que pode ter influenciado os resultados. No Brasil, são necessários novos estudos, envolvendo vários centros e amostras maiores, para avaliar a associação entre o uso de cocaína na gestação e suas conseqüências obstétricas e neonatais, incluindo os efeitos neurocomportamentais no RN, assim como o impacto socioeconômico do uso desta droga durante a gestação. / Introduction: Prevalence studies have demonstrated the importance of the gestational use of cocaine and other drugs.This was the first Latin American research aiming to evaluate the neurobehavioral of the cocaine exposed newborn infant. The obstetrical and neonatal consequences were also studied. Methodology: The study design was a cross-sectional. The sample comprised 34 newborn infants who had been exposed to cocaine during the prenatal period and 28 who had not been exposed, all born in the maternity unit of a general hospital. Exposure was identified either by means of interviews with mothers in which they reported cocaine use or by positive meconium test results. The infants were classified into three groups according to the duration of cocaine exposure during gestation: group 1 - infants who were not exposed (n = 28); group 2 - infants exposed during part of gestation (n = 27) and group 3 - infants exposed throughout gestation (n = 7). Between 24 and 48 hours of life, the Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) was applied by an examiner who was blind to exposure status.The resultant scores were then compared between the three groups. Results: Maternal demographic, obstetric and neonatal characteristics did not differ between groups. Cocaine use during pregnancy was associated with use of cigarettes, while cocaine use throughout gestation was associated with use of other substances (cigarettes, alcohol and marijuana). Mothers who had taken cocaine throughout pregnancy exhibited significantly higher rates of complications during pregnancy and of hospital admissions than those who had been users during part of the pregnancy and than nonusers. The weights, lengths and head circumferences of the infants in group 3 were significantly smaller than those of the infants in groups 1 and 2. The exposed infants in group 3 were alsoexclusively breastfed less and exhibited higher rates of admission to neonatal intensive care units and longer duration hospital stays than the infants in group 2. In the neurobehavioral assessment, the infants exposed exhibited more signs of autonomic stress than nonexposed. The infants exposed throughout pregnancy exhibited worse scores for self-regulation, quality of movements and hypotonia. More signs of autonomic stress were observed among the infants in group 3, compared with the others. Conclusions: This study was unable to detect differences between users and nonusers. However, using cocaine throughout pregnancy resulted in increased obstetrical complications, delayed fetal growth and increased rates of hospital admission both during pregnancy and during the neonatal period. Fetal exposure to cocaine throughout pregnancy resulted in early neurobehavioral effects on this sample of newborn infants, in confirmation of data from earlier studies. Cocaine use was associated with the use of other drugs by the expectant mothers, which could have affected results. In Brazil, new studies, involving more than one site and larger samples, should be carried out to evaluate the association between use of cocaine by pregnant women and neonatal consequences, including the neurobehavioral effects on the newborn infant, as well as the social and economic impact of the use of this drug.
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Influência de função cognitiva, ansiedade e desordens psiquiátricas sobre adesão a tratamento em pacientes hipertensos não-controlados

Jacobs, Ursula January 2009 (has links)
Em média, 50% dos pacientes com doença crônica em países desenvolvidos não aderem a tratamento farmacológico, o que caracteriza problema mundial. A não-adesão é afetada por diversos fatores, sendo que, dentre eles, sugere-se que esteja o baixo desempenho cognitivo. Assim, foi realizada análise secundária de ensaio clínico randomizado, com o objetivo de investigar hipótese de que função cognitiva, ansiedade e desordens psiquiátricas associam-se a adesão ao tratamento, em hipertensos não-controlados. A amostra foi constituída por 56 pacientes adultos, com pressão arterial não controlada sob tratamento farmacológico, que participaram de todos os encontros do ensaio clínico randomizado Pharmaceutical care program for patients with uncontrolled hypertension. Capacidade cognitiva e memória foram mensuradas por meio de Mini Exame do Estado Mental (Mini-mental), spans de dígitos e palavras, testes das silhuetas de torres e igrejas e da pequena estória e metamemória. Ansiedade e desordens psiquiátricas foram avaliadas, respectivamente, por Inventário de Ansiedade Traço Estado (IDATE) e Self-Report Questionnaire (SRQ 20). Os participantes foram classificados como tendo adesão ao tratamento farmacológico ou não, segundo identificação dos níveis plasmáticos de hidroclorotiazida. Todos os pacientes pertencentes ao grupo de não-adesão ao tratamento (n=12) apresentaram pelo menos um teste de memória com escore alterado. Os participantes que obtiveram escores insatisfatórios em Mini-mental e span de palavras para memória recente apresentaram riscos, respectivamente, cinco e nove vezes maiores de não aderir a tratamento, em relação àqueles com escores normais (RR=5,42; IC95%: 1,62 - 18,14; P=0,006; e RR=8,89; IC95%: 0,98 - 80,61; P=0,052). Os presentes achados suportam a hipótese de que alterações de função cognitiva e memória estão associadas à menor adesão a tratamento, em pacientes hipertensos não-controlados. Tal associação não foi encontrada para ansiedade e desordens psiquiátricas. Os dados sugerem um novo olhar sobre a prática farmacêutica, podendo representar um avanço para a determinação de estratégias efetivas de intervenção. O farmacêutico, por meio da prática da Atenção Farmacêutica, pode utilizar Mini-mental e span de palavras como instrumentos no screening de não-adesão a tratamento. A partir dessa determinação, pacientes com prejuízo cognitivo ou de memória devem receber abordagem educacional diferenciada quanto à utilização de medicamentos, buscando superar a influência daqueles problemas sobre a adesão ao tratamento. / Mean of 50% of patients with chronic disease have no adherence to pharmacological treatment in developed countries, characterizing a world problem. The non-adherence is affected by several factors, being the low cognitive performance one of them. Then it was performed secondary analysis of a randomized clinical trial, aiming to investigate the hypothesis that cognitive function, memory and psychiatric disorders are associated with adherence to treatment in patients with uncontrolled hypertension. The sample included 56 adult patients with uncontrolled blood pressure under pharmaceutical treatment who participated of all meetings of the randomized clinical trial Pharmaceutical care program for patients with uncontrolled hypertension. Cognitive function and memory were measured by the Mini Mental State Examination (Mini-mental), digit and word spans of memory, tower and church shadow test, short story test and metamemory. Anxiety and psychiatric disorders were evaluated by the State Trace Anxiety Inventory (STAI) and the Self-Report Questionnaire (SRQ), respectively. The participants were classified as being adherent or non-adherent to the treatment, according to the identification of plasmatic hydrochlorothiazide levels. All of the non-adherent patients (n=12) had at least one memory test with altered score. The participants who obtained an unsatisfactory score in the Mini-mental and word span test for short-term memory had, respectively, five and nine-fold higher risks of not adhering to treatment than those with a normal score (RR=5.42; CI 95%: 1.62 - 18.14; P=0.006; and RR=8.89; IC 95%: 0.98 - 80.61; P=0.052). The current findings support the hypothesis that alterations of cognitive function and memory are associated to low adherence to treatment in patients with uncontrolled blood pressure. This association was not found for anxiety and psychiatric disorders. Data suggest a new view for the pharmaceutical practice, representing a progress towards the determination of effective intervention strategies. Through the practice of pharmaceutical care, the pharmacist can use the mini-mental and word span test as instruments for the screening of non-adherence to treatment. According to this determination, the patients with cognitive or memory impairments should receive a differentiated educational approach, regarding minimizing the influence of these problems upon non-adherence to the treatment.
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Estudo da função cognitiva em camundongos submetidos ao agente quimioterápico ciclofosfamida

Reiriz, André Borba January 2008 (has links)
Evidências clínicas sugerem que pacientes sob tratamento quimioterápico apresentam alguma forma de dano cognitivo. Isso tem sido observado principalmente em estudos com mulheres submetidas ao tratamento adjuvante do câncer de mama. Devido ao potencial impacto clínico dessa complicação, torna-se necessário um maior número de estudos a respeito dos mecanismos envolvidos na disfunção cognitiva ocasionada por agentes quimioterápicos. Nesse sentido, é fundamental o desenvolvimento de modelos animais que aprimorem o conhecimento dessa possível disfunção. Em nosso estudo, foi avaliado o efeito da ciclofosfamida, agente quimioterápico largamente utilizado em oncologia, em especial na terapia adjuvante do câncer de mama. Foi utilizado um modelo animal com camundongos machos adultos que receberam injeção sistêmica da ciclofosfamida nas doses de 8, 40 ou 200 mg/kg ou controle com solução salina. Os animais foram treinados em tarefa de esquiva inibitória e comportamento em campo aberto, sendo avaliados após um dia ou sete dias do tratamento. Os camundongos tratados com ciclofosfamida nas doses de 40 ou 200 mg/kg um dia antes do teste mostraram significativo dano de retenção de memória. Esses resultados sugerem dano cognitivo agudo. O experimento controle não afetou o comportamento em campo aberto, o que enfraquece a possibilidade de dano por ação na locomoção, na motivação ou na ansiedade. Com base em nosso estudo e ampla revisão bibliográfica, é possível considerar um dano cognitivo agudo após injeção única de ciclofosfamida em modelo de camundongos de memória aversiva. Futuros estudos são necessários para caracterizar os déficits cognitivos induzidos pela quimioterapia em modelos animais e investigar os mecanismos responsáveis pelos diferentes efeitos da ciclofosfamida na memória em diferentes modelos experimentais. / Cognitive dysfunction has been reported following cytotoxic therapy, especially in patients receiving adjuvant treatment for breast cancer. Data on experimental models for the study of the mechanisms involved in cognitive dysfunction are scanty. Therefore, new animal models are needed to better understand the causes of cognitive dysfunction following cytotoxic therapy. We examined the effects of cyclophosphamide, a chemotherapeutic agent widely used in oncology, and important in adjuvant treatment of breast cancer, in an in vivo rodent model. In our experiments, male mice were given a systemic injection of cyclophosphamide (8, 40, 200 mg/kg) or saline solution as control. The animals were trained and tested 1 day and 7 days after the injection, in step-down inhibitory avoidance and open-field behavior. Mice treated with cyclophosphamide at 40 or 200 mg/kg 1 day before test showed significant impairment of 24-hour memory retention. Thus, such results suggest acute cognitive dysfunction. The control experiment did not show impairment in the open field behavior, indicating that drug effects on inhibitory avoidance could not be attributed to drug-induced alterations in locomotion, motivation, or anxiety. Based on our results and literature review, we were able to confirm the occurrence of an acute impairment of cognitive function with a single dose of cyclophosphamide in a mice model of aversive conditioning. Further studies are required to further characterize cognitive deficits induced by cancer chemotherapy in animal models.
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Estudo transversal relacionado ao uso de benzodiazepinicos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município de Campo Bom - RS

Marques, Fabricio Correia January 2015 (has links)
Introdução: Os Benzodiazepínicos estão entre as drogas mais prescritas no mundo. Possuem características ansiolíticas, hipnóticas, miorelaxantes e anticonvulsivantes. Estudos prévios evidenciam inadequações nas prescrições de benzodiazepínicos, como uso equivocado para quadros inespecíficos, tratamento prolongado e abuso por idosos. Benzodiazepínicos podem trazer sérios efeitos adversos, sobretudo em idosos, como sonolência diurna, deterioro da memória e funções cognitivas, desequilíbrio e quedas. Objetivos: Analisar a prevalência do uso de benzodiazepínicos nos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Campo Bom-RS em um período de 24 meses (Junho de 2013 a Maio de 2015), faixa etária, frequência de dispensações, dosagens, CIDs e especialidades dos médicos prescritores; bem como possíveis relações com a função cognitiva, afetiva, e quedas em idosos. Métodos: Estudo transversal, com informações coletadas e tabuladas a partir dos prontuários e prescrições médicas do CAPS Campo Bom, bem como do seu sistema informatizado de gerenciamento (Software Multi 24 Horas). Foram obtidos dados como idade, gênero, identificação dos CIDs; bem como informações sobre prescrições de Benzodiazepínicos, como frequência, quantidade, tipo de medicamento, posologia, profissional prescritor e demais medicamentos utilizados. Critério de inclusão: utilização de qualquer benzodiazepínico disponível na rede SUS: Clonazepam 0,5mg, Clonazepam 2,5 mg/ml, Clonazepam 2mg e Diazepam 5mg. Foram aplicados os testes MEEM e GDS nos pacientes idosos, em entrevistas individuais, nas quais também se avaliou a escolaridade, ocorrência e frequência de quedas, além das comorbidades auto relatadas. Para construção do banco de dados foi utilizado o Software Microsoft® Office Excel® 2007, e para análise estatística o Software PASW V18 (SPSS®). Resultados: O número total de pacientes ativos identificados no CAPS foi de 855 indivíduos, sendo 543 (63,5%) mulheres e 84 idosos (9,8%). A prevalência de utilização de BZD nesta população representou 47,2% (n=404 indivíduos). Foram identificadas 12.680 prescrições médicas dispensadas e, deste total, a prevalência de prescrições de benzodiazepínicos foi de 21,7% (n=2.748). Dentre os pacientes que receberam BZD, 297 (73,5%) eram mulheres e 59 idosos (14,6%), dos quais 56 foram entrevistados. Dentre os idosos entrevistados, 42 (75,0%) possuíram significativa sintomatologia depressiva (GDS≥5) e 32 (57,1%) apresentaram duas ou mais quedas no período de 1 ano. Dezoito pacientes idosos demonstraram fazer uso de dois ou mais BZDs. Houve correlação linear negativa entre os escores do MEEM e do GDS (r = - ,416; p=,002). Houve também uma correlação linear negativa entre o escore do MEEM e número de quedas em idosos (r = -,327 p=,016). Conclusões: Os benzodiazepínicos corresponderam a 21,7 % do total de prescrições do CAPS e do total dos indivíduos 47,2% receberam benzodiazepínicos. Proporcionalmente aos homens, as mulheres tenderam a receber mais prescrições de benzodiazepínicos (p<.001). A prevalência de significativa sintomatologia depressiva nos idosos usuários do CAPS foi alta (75,0%), assim como a incidência de quedas, sendo que mais da metade dos idosos caiu 2 ou mais vezes no período. Identificou-se uma correlação linear negativa entre a função cognitiva como avaliada pelo MEEM e a sintomatologia depressiva avaliada pelo GDS; bem como houve uma correlação linear negativa entre o MEEM e o número de quedas em idosos. / Introduction: Benzodiazepines are among the most prescribed drugs in the world, they have characteristics such as anxiolytic, hypnotic, muscle relaxants and anticonvulsants. Studies have pointed out distortions in benzodiazepines’ prescriptions, such as misuse for unspecific cases, prolonged treatment and use by elderly. Such medications may cause serious damage, particularly in the elderly, and its continued use causes side effects such as daytime somnolence, imbalance, memory and cognitive function loss, increased incidence of falls. Objectives: To assess the prevalence of benzodiazepine use among patients of the Center for Psychosocial Care in Campo Bom-RS within the period of June 2013 to May 2015. The variables analyzed were: age, frequency of dispensations, dosages, ICDs and specialties of prescribing doctors; as well as possible correlations between cognitive function, emotional function and falls in the elderly. Methods: Cross-sectional study, with data collected and tabulated from medical records and prescriptions, as well as from the management system from CAPS (Software Multi 24 hours). Data obtained was age, gender, ICDs identification; as well as frequency of prescriptions, quantity and type of medication, dosage, prescribing professional, others used drugs. Inclusion criteria: Use of any benzodiazepine available in the Health Unic System: Clonazepam 0,5 mg, Clonazepam 2,5 mg/ml, Clonazepam 2 mg and Diazepam 5mg. MMSE and GDS tests have been applied in the elderly, through individual interviews, in which we found about educational level, occurrence and frequency of falls and other self-reported comorbidities. The software Microsoft® Excel® 2007 was used to build database, and for statistical analysis the software PASW V18 (SPSS) was used. Results: The total number of active patients identified at CAPS was 855 individuals, of these 543 were women (63.5%) and 84 elderly (9.8%). The prevalence of benzodiazepines’ use in this population was 47.2 % (n = 404). We have found 12.680 prescriptions dispensed and the prevalence of benzodiazepines’ prescriptions was 21.7 % (n = 2.748). Among patients who received benzodiazepines, 297 (73.5%) were women and 59 elderly (14.6%), of these 56 were interviewed. From the interviewed patients, 42 (75.0%) had significant depressive symptomatology (GDS≥5) and 32 (57.1%) have suffered two or more falls. Eighteen elderly patients demonstrated to use two or more benzodiazepines. There was a negative linear correlation between MMSE and GDS scores (r = -.416, p =.002). There was also a negative linear correlation between MMSE scores and number of falls in elderly (r = -.327 p =. 016). Conclusions: Benzodiazepines accounted for 21.7% of the total CAPS’ prescriptions, and 47.2% individuals treated at CAPS received benzodiazepines. Women tended to receive more prescriptions of benzodiazepines (p <.001) than men. The prevalence of significant depressive symptomatology in the elderly was very high (75.0%). As well as the incidence of falls, since more than half of the elderly patients presented two or more falls in the period. We identified a negative linear correlation between cognitive function as assessed by MMSE and depressive symptoms assessed by the GDS; and there was a negative linear correlation between MMSE and the number of falls in the elderly.
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Exposição pré-natal à cocaína e efeitos neurocomportamentais no recém-nascido

Cunha, Gabrielle Bocchese da January 2007 (has links)
Introdução: Estudos de prevalência têm demonstrado a importância do problema do uso de cocaína e de outras drogas durante a gestação. Esta pesquisa foi a primeira realizada na América Latina com o objetivo de avaliar o neurocomportamento do recém-nascido (RN) exposto à cocaína. Foram estudadas também as repercussões obstétricas e neonatais. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de um estudo transversal. Foram incluídos 34 RNs expostos à cocaína durante o período pré-natal e 28 RNs não expostos nascidos no mesmo hospital. Os RNs foram caracterizados como expostos por uma entrevista materna positiva para o uso de cocaína ou pelo exame meconial positivo. Após a comparação de expostos e não expostos, os RNs foram divididos conforme a duração da exposição à cocaína durante a gestação em 3 grupos para análise dos dados: grupo 1 - RNs não expostos (n = 28); grupo 2 - RNs expostos durante parte da gestação (n = 27) e grupo 3 - RNs expostos durante toda a gestação (n = 7). Entre 24 e 48 horas de vida, a Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) foi aplicada por um examinador cego para a situação de exposição.Os escores da escala foram comparados entre os grupos. Resultados: As características demográficas maternas, as características obstétricas e as neonatais não diferiram entre os grupos expostos ou não expostos. O uso de cocaína durante a gestação esteve associado ao de cigarros, e o uso durante toda a gestação, ao uso de cigarros e de outras substâncias (álcool e maconha). As usuárias de cocaína durante toda a gestação apresentaram taxas de complicações na gestação e de hospitalizações significativamente maiores do que as usuárias durante parte da gestação ou do que as não usuárias. Peso, comprimento e perímetro cefálico dos RNs do grupo 3 foram significativamente menores que os dos grupos 1 e 2. OsRNs do grupo 3 foram menos amamentados ao seio de forma exclusiva do que os demais e apresentaram maiores taxas de internação em unidade de terapia intensiva neonatal e maior tempo de hospitalização do que os do grupo 2. Quanto ao exame neurocomportamental, RNs expostos apresentaram mais sinais de estresse ou de abstinência no sistema nervoso autônomo do que os não expostos. Não foram encontradas outras diferenças nos escores da NNNS quando comparados expostos e não expostos. Os RNs expostos durante toda a gestação apresentaram piores escores na auto-regulação, na qualidade dos movimentos e no item hipotonia. Foram observados mais sinais de estresse autonômicos nos RNs do grupo 3 em relação aos demais.Conclusões: O estudo não detectou diferenças entre usuárias e não usuárias de cocaína quanto às características obstétricas e neonatais. No entanto, o consumo de cocaína durante toda a gestação ocasionou aumento de complicações obstétricas, diminuição do crescimento fetal e maiores taxas de internação hospitalar durante a gestação e no período neonatal. Esta pesquisa demonstrou os efeitos neurocomportamentais precoces numa amostra de RNs expostos à cocaína no período fetal, confirmando dados de estudos anteriores. O consumo de cocaína esteve associado ao de outras drogas pela gestante, o que pode ter influenciado os resultados. No Brasil, são necessários novos estudos, envolvendo vários centros e amostras maiores, para avaliar a associação entre o uso de cocaína na gestação e suas conseqüências obstétricas e neonatais, incluindo os efeitos neurocomportamentais no RN, assim como o impacto socioeconômico do uso desta droga durante a gestação. / Introduction: Prevalence studies have demonstrated the importance of the gestational use of cocaine and other drugs.This was the first Latin American research aiming to evaluate the neurobehavioral of the cocaine exposed newborn infant. The obstetrical and neonatal consequences were also studied. Methodology: The study design was a cross-sectional. The sample comprised 34 newborn infants who had been exposed to cocaine during the prenatal period and 28 who had not been exposed, all born in the maternity unit of a general hospital. Exposure was identified either by means of interviews with mothers in which they reported cocaine use or by positive meconium test results. The infants were classified into three groups according to the duration of cocaine exposure during gestation: group 1 - infants who were not exposed (n = 28); group 2 - infants exposed during part of gestation (n = 27) and group 3 - infants exposed throughout gestation (n = 7). Between 24 and 48 hours of life, the Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) was applied by an examiner who was blind to exposure status.The resultant scores were then compared between the three groups. Results: Maternal demographic, obstetric and neonatal characteristics did not differ between groups. Cocaine use during pregnancy was associated with use of cigarettes, while cocaine use throughout gestation was associated with use of other substances (cigarettes, alcohol and marijuana). Mothers who had taken cocaine throughout pregnancy exhibited significantly higher rates of complications during pregnancy and of hospital admissions than those who had been users during part of the pregnancy and than nonusers. The weights, lengths and head circumferences of the infants in group 3 were significantly smaller than those of the infants in groups 1 and 2. The exposed infants in group 3 were alsoexclusively breastfed less and exhibited higher rates of admission to neonatal intensive care units and longer duration hospital stays than the infants in group 2. In the neurobehavioral assessment, the infants exposed exhibited more signs of autonomic stress than nonexposed. The infants exposed throughout pregnancy exhibited worse scores for self-regulation, quality of movements and hypotonia. More signs of autonomic stress were observed among the infants in group 3, compared with the others. Conclusions: This study was unable to detect differences between users and nonusers. However, using cocaine throughout pregnancy resulted in increased obstetrical complications, delayed fetal growth and increased rates of hospital admission both during pregnancy and during the neonatal period. Fetal exposure to cocaine throughout pregnancy resulted in early neurobehavioral effects on this sample of newborn infants, in confirmation of data from earlier studies. Cocaine use was associated with the use of other drugs by the expectant mothers, which could have affected results. In Brazil, new studies, involving more than one site and larger samples, should be carried out to evaluate the association between use of cocaine by pregnant women and neonatal consequences, including the neurobehavioral effects on the newborn infant, as well as the social and economic impact of the use of this drug.
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Influência de função cognitiva, ansiedade e desordens psiquiátricas sobre adesão a tratamento em pacientes hipertensos não-controlados

Jacobs, Ursula January 2009 (has links)
Em média, 50% dos pacientes com doença crônica em países desenvolvidos não aderem a tratamento farmacológico, o que caracteriza problema mundial. A não-adesão é afetada por diversos fatores, sendo que, dentre eles, sugere-se que esteja o baixo desempenho cognitivo. Assim, foi realizada análise secundária de ensaio clínico randomizado, com o objetivo de investigar hipótese de que função cognitiva, ansiedade e desordens psiquiátricas associam-se a adesão ao tratamento, em hipertensos não-controlados. A amostra foi constituída por 56 pacientes adultos, com pressão arterial não controlada sob tratamento farmacológico, que participaram de todos os encontros do ensaio clínico randomizado Pharmaceutical care program for patients with uncontrolled hypertension. Capacidade cognitiva e memória foram mensuradas por meio de Mini Exame do Estado Mental (Mini-mental), spans de dígitos e palavras, testes das silhuetas de torres e igrejas e da pequena estória e metamemória. Ansiedade e desordens psiquiátricas foram avaliadas, respectivamente, por Inventário de Ansiedade Traço Estado (IDATE) e Self-Report Questionnaire (SRQ 20). Os participantes foram classificados como tendo adesão ao tratamento farmacológico ou não, segundo identificação dos níveis plasmáticos de hidroclorotiazida. Todos os pacientes pertencentes ao grupo de não-adesão ao tratamento (n=12) apresentaram pelo menos um teste de memória com escore alterado. Os participantes que obtiveram escores insatisfatórios em Mini-mental e span de palavras para memória recente apresentaram riscos, respectivamente, cinco e nove vezes maiores de não aderir a tratamento, em relação àqueles com escores normais (RR=5,42; IC95%: 1,62 - 18,14; P=0,006; e RR=8,89; IC95%: 0,98 - 80,61; P=0,052). Os presentes achados suportam a hipótese de que alterações de função cognitiva e memória estão associadas à menor adesão a tratamento, em pacientes hipertensos não-controlados. Tal associação não foi encontrada para ansiedade e desordens psiquiátricas. Os dados sugerem um novo olhar sobre a prática farmacêutica, podendo representar um avanço para a determinação de estratégias efetivas de intervenção. O farmacêutico, por meio da prática da Atenção Farmacêutica, pode utilizar Mini-mental e span de palavras como instrumentos no screening de não-adesão a tratamento. A partir dessa determinação, pacientes com prejuízo cognitivo ou de memória devem receber abordagem educacional diferenciada quanto à utilização de medicamentos, buscando superar a influência daqueles problemas sobre a adesão ao tratamento. / Mean of 50% of patients with chronic disease have no adherence to pharmacological treatment in developed countries, characterizing a world problem. The non-adherence is affected by several factors, being the low cognitive performance one of them. Then it was performed secondary analysis of a randomized clinical trial, aiming to investigate the hypothesis that cognitive function, memory and psychiatric disorders are associated with adherence to treatment in patients with uncontrolled hypertension. The sample included 56 adult patients with uncontrolled blood pressure under pharmaceutical treatment who participated of all meetings of the randomized clinical trial Pharmaceutical care program for patients with uncontrolled hypertension. Cognitive function and memory were measured by the Mini Mental State Examination (Mini-mental), digit and word spans of memory, tower and church shadow test, short story test and metamemory. Anxiety and psychiatric disorders were evaluated by the State Trace Anxiety Inventory (STAI) and the Self-Report Questionnaire (SRQ), respectively. The participants were classified as being adherent or non-adherent to the treatment, according to the identification of plasmatic hydrochlorothiazide levels. All of the non-adherent patients (n=12) had at least one memory test with altered score. The participants who obtained an unsatisfactory score in the Mini-mental and word span test for short-term memory had, respectively, five and nine-fold higher risks of not adhering to treatment than those with a normal score (RR=5.42; CI 95%: 1.62 - 18.14; P=0.006; and RR=8.89; IC 95%: 0.98 - 80.61; P=0.052). The current findings support the hypothesis that alterations of cognitive function and memory are associated to low adherence to treatment in patients with uncontrolled blood pressure. This association was not found for anxiety and psychiatric disorders. Data suggest a new view for the pharmaceutical practice, representing a progress towards the determination of effective intervention strategies. Through the practice of pharmaceutical care, the pharmacist can use the mini-mental and word span test as instruments for the screening of non-adherence to treatment. According to this determination, the patients with cognitive or memory impairments should receive a differentiated educational approach, regarding minimizing the influence of these problems upon non-adherence to the treatment.
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Estudo da função cognitiva em camundongos submetidos ao agente quimioterápico ciclofosfamida

Reiriz, André Borba January 2008 (has links)
Evidências clínicas sugerem que pacientes sob tratamento quimioterápico apresentam alguma forma de dano cognitivo. Isso tem sido observado principalmente em estudos com mulheres submetidas ao tratamento adjuvante do câncer de mama. Devido ao potencial impacto clínico dessa complicação, torna-se necessário um maior número de estudos a respeito dos mecanismos envolvidos na disfunção cognitiva ocasionada por agentes quimioterápicos. Nesse sentido, é fundamental o desenvolvimento de modelos animais que aprimorem o conhecimento dessa possível disfunção. Em nosso estudo, foi avaliado o efeito da ciclofosfamida, agente quimioterápico largamente utilizado em oncologia, em especial na terapia adjuvante do câncer de mama. Foi utilizado um modelo animal com camundongos machos adultos que receberam injeção sistêmica da ciclofosfamida nas doses de 8, 40 ou 200 mg/kg ou controle com solução salina. Os animais foram treinados em tarefa de esquiva inibitória e comportamento em campo aberto, sendo avaliados após um dia ou sete dias do tratamento. Os camundongos tratados com ciclofosfamida nas doses de 40 ou 200 mg/kg um dia antes do teste mostraram significativo dano de retenção de memória. Esses resultados sugerem dano cognitivo agudo. O experimento controle não afetou o comportamento em campo aberto, o que enfraquece a possibilidade de dano por ação na locomoção, na motivação ou na ansiedade. Com base em nosso estudo e ampla revisão bibliográfica, é possível considerar um dano cognitivo agudo após injeção única de ciclofosfamida em modelo de camundongos de memória aversiva. Futuros estudos são necessários para caracterizar os déficits cognitivos induzidos pela quimioterapia em modelos animais e investigar os mecanismos responsáveis pelos diferentes efeitos da ciclofosfamida na memória em diferentes modelos experimentais. / Cognitive dysfunction has been reported following cytotoxic therapy, especially in patients receiving adjuvant treatment for breast cancer. Data on experimental models for the study of the mechanisms involved in cognitive dysfunction are scanty. Therefore, new animal models are needed to better understand the causes of cognitive dysfunction following cytotoxic therapy. We examined the effects of cyclophosphamide, a chemotherapeutic agent widely used in oncology, and important in adjuvant treatment of breast cancer, in an in vivo rodent model. In our experiments, male mice were given a systemic injection of cyclophosphamide (8, 40, 200 mg/kg) or saline solution as control. The animals were trained and tested 1 day and 7 days after the injection, in step-down inhibitory avoidance and open-field behavior. Mice treated with cyclophosphamide at 40 or 200 mg/kg 1 day before test showed significant impairment of 24-hour memory retention. Thus, such results suggest acute cognitive dysfunction. The control experiment did not show impairment in the open field behavior, indicating that drug effects on inhibitory avoidance could not be attributed to drug-induced alterations in locomotion, motivation, or anxiety. Based on our results and literature review, we were able to confirm the occurrence of an acute impairment of cognitive function with a single dose of cyclophosphamide in a mice model of aversive conditioning. Further studies are required to further characterize cognitive deficits induced by cancer chemotherapy in animal models.
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Avaliação neurologica em escolares com dislexia do desenvolvimento / Neurological assessment in schoolchildren with developmental dyslexia

Carvalho, Maria Imaculada Merlin de 14 August 2018 (has links)
Orientador: Vanda Maria Gimenes Gonçalves / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-14T15:33:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carvalho_MariaImaculadaMerlinde_M.pdf: 5079620 bytes, checksum: 57af6f7ff10156c4b75c019bc0f1d9e2 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Essa pesquisa foi proposta tendo como objetivo o estudo dos sinais neurológicos, utilizando semiologia neurológica detalhada, em um grupo de escolares portadores de dislexia do desenvolvimento, comparados a um grupo sem queixa escolar. O grupo disléxico foi constituído por 12 escolares com diagnóstico de dislexia do desenvolvimento comprovada pelas avaliações neuropsicológica, fonoaudiológica e neurológica; projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição e os pais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; idade cronológica mínima de 8 anos. O grupo controle foi composto por escolares bons leitores, sem dificuldades ou distúrbios de aprendizagem, indicados por professores e avaliados pela fonoaudióloga, pareados com os disléxicos por gênero e idade. Foram excluídos os escolares com diagnóstico de distúrbio de aprendizagem, com deficiência auditiva e visual, deficiência mental, síndromes genéticas ou grandes malformações, não comparecimento à primeira avaliação após três convocações sucessivas. Foram avaliados pelo Exame Neurológico Tradicional (ENT), Exame Neurológico Evolutivo (ENE) e Quick Neurological Screening Test II (QNST-II). O ENT foi normal em todos os escolares do grupo controle e em três do grupo disléxico; a alteração mais freqüente foi leve hipotonia muscular global ou localizada em membros superiores, observada em oito escolares como um achado isolado ou associado a outras alterações. O ENE foi normal em todos os escolares do grupo controle e alterado em todos do grupo disléxico. Nenhum participante apresentou dificuldade em equilíbrio dinâmico. Dentre os setores alterados os mais freqüentes foram persistência motora e tono muscular. As alterações detectadas foram heterogêneas, não constituindo um padrão ao exame do grupo disléxico. O QNST-II foi normal em todos os escolares do grupo controle e alterado em todos os participantes do grupo disléxico. O QNST-II identificou o grupo disléxico, com mediana de pontuação total 33 ± 11,95, classificado como desvio moderado e o grupo controle com pontuação total de 13,5 ± 4,57, classificado como normal, com diferença significativa entre os grupos (p-valor = 0,0005, teste de Wilcoxon). Alguns subtestes mostraram mediana de pontuação significativamente maior no grupo disléxico: habilidade manual, reconhecimento e reprodução de figuras, reprodução de formas na palma da mão, padrões sonoros, movimentos manuais reversos rápidos e repetitivos, extensão de braços e pernas, ficar em uma só perna, irregularidades comportamentais. Concluiuse que o uso desta técnica de avaliação neurológica acrescentou novos elementos semióticos no estudo do grupo disléxico. / Abstract: The objective was to propose a study of neurological signs, using detailed neurological semiology in a group of school aged children that had developmental dyslexia, compared to a group without learning disabilities. A group of 12 students were identified as dyslexic group, (1 girl and 11 boys), after neuropsychological, speech therapist and neurological evaluations. Ethical approval was obtained from the Research Ethics Committee of the institution and the families provided full informed consent; minimal chronological age of 8 years. They were matched on age and sex with the control group recruited in regular classroom placement, who were reading at grade level according to their school-teacher and the evaluation of the speech therapist. Those with learning disabilities, mental retardation, visual deficiency and hearing loss, genetic syndromes or malformations, or absence after three invitations were excluded. The Traditional Neurological Examination (TNE), Neurological Evolutional Examination (NEE) and Quick Neurological Screening Test II (QNST II) were used. The TNE was normal in the control group and in three of the dyslexic group. Muscular hypotonia was the most frequent alteration, observed in 8 schoolchildren. The NEE was normal in the control group and showed alterations in the entire dyslexic group. Nobody showed alteration in dynamic balance. The most altered items were the motor persistence and muscle tone. There was heterogeneous alterations, without a standard examination for the dislexic group. QNST II was normal in the control group and showed alterations in the entire dyslexic group. QNST II total scores correctly identified the dyslexic group, with median punctuation of total score 33 ± 11,95, classified as moderate discrepancy (MD) and the control group with 13,5 ± 4,57, classified as normal range (NR). The dyslexic group showed significantly higher scores than the control group (p-value = 0,0005, Wilcoxon test). Some subtests acted as a discriminator between the groups, with significantly higher scores in the dyslexic group in the subtests: hand skill, figure recognition and production, palm form recognition, sound patterns, rapidly reversing repetitive hand movements, arm and leg extension, stand on one leg, behavioral irregularities. We concluded that this technique of neurological evaluation added new semiotic elements in the study of the dyslexic group. / Mestrado / Neurologia / Mestre em Ciências Médicas
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Comprometimento cognitivo e demência na neurocisticercose ativa: um estudo transversal controlado / Cognitive impairment and dementia in neurocysticorsis a crosssectional controlled study

Daniel Ciampi Araujo de Andrade 02 August 2010 (has links)
Introdução: Neurocistcercose (NC) é a doença parasitária do SNC mais frequente no mundo. Afeta mais de 50 milhões de pessoas. No entanto, algumas de suas manifestações clínicas, como comprometmento cognitivo e demência, ainda permanecem caracterizadas de modo incompleto, sem que haja estudos controlados disponíveis na literatura até o momento. Objetvos: Investigar a frequência e o perfil clínico do comprometimento cognitivo associado à NC ativa, comparando o desempenho em testes de avaliação cognitiva de pacientes com a doença ao de controles saudáveis (CS) e de pacientes com epilepsia criptogênica (EC). Métodos: Quarenta pacientes (idade média = 39,25 ± 10,50 anos), com diagnóstco de NC ativa segundo critérios absolutos à ressonância magnética (RM) de crânio e sem tratamento antiparasitário prévio foram submetdos à avaliação cognitiva e funcional extensas, sendo comparados a 49 CS e 28 pacientes com EC emparelhados por idade, nível educacional e frequência de crises epilépticas (grupo EC). Resultados: Pacientes com NC apresentaram comprometimento significativo em relação ao grupo CS nos testes que avaliam funções executivas, memória verbal e não verbal, praxia construtiva e fluência verbal (p<0,05). Demência foi diagnosticada em 12,5% dos pacientes com NC de acordo com os critérios do DSM-IV. Os doentes do grupo NC apresentaram desempenho significativamente inferior em testes de memória operacional, memória episódica verbal, funções executivas, nomeação, praxia construtiva e orientação visual-espacial, quando comparados àqueles do grupo EC. Não se encontrou correlação entre as alterações nos testes cognitivos nos pacientes com NC e os achados à RM (carga de doença, tipo e localização das lesões). Conclusões: Comprometimento cognitivo foi muito frequente na amostra de pacientes com NC avaliada, sendo que demência foi identificada em uma proporção significativa dos doentes. Estes dados aumentam o nosso conhecimento sobre a apresentação clínica da NC e sobre seu potencial impacto na saúde pública. / Introducton: Neurocysticercosis (NCYST) is the most frequent CNS parasitic disease worldwide, afecting more than 50 million people. However, some of its clinical findings, such as cognitive impairment and dementia, remain poorly characterized, with no controlled studies conducted so far. We investigated the frequency and the clinical profile of cognitive impairment and dementia in a sample of NCYST patents in comparison to cognitvely healthy controls (HC) and to cryptogenic epilepsy (CE) patents. Methods: Forty treatment-naïve NCYST patients aged 39.25 ± 10.50 years and fulfilling absolute criteria for definitive active NCYST on magnetic resonance imaging (MRI), underwent a comprehensive cognitive and functional evaluation and were compared to 49 HC and 28 CE patients of similar age, educational level, and seizure frequency. Results: NCYST patients displayed significant impairment in executive functions, verbal and non-verbal memory, constructive praxis, and verbal fluency when compared to HC (p<0.05). Dementia was diagnosed in 12.5% of NCYST patients according to the DSM-IV criteria. When compared to CE patients, NCYST patients presented altered working and episodic verbal memory, executive functions, naming, verbal fluency, constructive praxis, and visual-spatal orientation. No correlation emerged between cognitive scores and number, localization or type of NCYST lesions on MRI. Conclusions: Cognitive impairment was ubiquitous in this sample of active NCYST patients. Antepileptic drug use and seizure frequency could not account for these features. Dementia was present in a signifcant proportion of patients. These data broaden our knowledge on the clinical presentations of NCYST and its impact in public health
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Impacto das malformações do corpo caloso no desenvolvimento das funções cognitivas / Malformations of the corpus callosum and the impact of the cognition development

Sant'Anna, Beatriz de Andrade [UNIFESP] January 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:45:59Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012 / O impacto preciso das malformacoes do corpo caloso (CC) no desenvolvimento das funcoes cognitivas e no comportamento e dificil de definir, ja que sua expressao clinica e muito variavel. O objetivo deste projeto de pesquisa foi contribuir para a melhor compreensao do impacto das malformacoes do CC sobre o desenvolvimento das funcoes cognitivas e comportamentais, por meio de um estudo clinico descritivo. Participaram deste estudo, 16 individuos, de ambos os sexos e entre 6 e 18 anos de idade, diagnosticados com malformacoes do CC, encaminhados para o ambulatorio de neuroplasticidade do NANI/CPN. Foram realizadas avaliacao das funcoes cognitivas e comportamentais e o desempenho nos testes foi comparado a normas por idade. Considerando tipo de malformacao, agenesia total do corpo caloso (ACC) foi identificada em 7 casos, sendo dois associados a Sindrome Alcoolica Fetal (SAF), agenesia parcial do corpo caloso (ACCP) em 7 e hipoplasia do corpo caloso (HCC) em dois. Desempenho intelectual compativel a idade foi detectado em 7 participantes (3 casos de ACC nao associados a SAF e 2 casos com HCC) e 56% da amostra apresentou defiCiência intelectual. O impacto dessas alteracoes cerebrais sobre o desenvolvimento cognitivo e comportamental foi menos grave nos participantes com ACC e HCC em comparacao aos individuos com ACCP. Presenca de ACC associada a sindrome alcoolica fetal esteve associada aos efeitos mais deleterios sobre o desenvolvimento. O maior prejuizo no grupo como um todo envolveu habilidades visoconstrutivas e, na esfera comportamental, a socializacao. As observacoes neurocomportamentais sugerem perfil semelhante ao do transtorno de aprendizagem nao-verbal e foram compativeis a Sindrome da Agenesia Primaria do Corpo Caloso, com a ressalva da grande variabilidade dos casos / BV UNIFESP: Teses e dissertações

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