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"Cuidando da saúde bucal do filho: o significado para um grupo de mães" / Caring the child’s oral health: what does it mean for a group of women?

Liliane Nascimento de Santi 12 August 2003 (has links)
O ato de cuidar tem sido atribuído ao gênero feminino. Na sociedade ocidental, a mãe é a principal cuidadora dos filhos no que se refere ao cuidado em geral, na alimentação, na vestimenta, na educação e na saúde. Na promoção da saúde bucal infantil, o cuidado materno, bem como uma boa relação dentista-mãe são essenciais. Objetivou-se compreender os significados atribuídos pelas as mães de crianças de 0 a 6 anos em tratamento odontológico acerca de seu papel como cuidadora da saúde bucal do filho. Constitui-se de uma pesquisa qualitativa com desenho metodológico de uma pesquisa estratégica. Participaram como sujeitos, dez mães com filhos em atendimento odontológico pelo Curso de Graduação em Odontologia, de Especialização em Odontopediatria e da Clínica de bebês da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo/Brasil. Realizou-se entrevistas semi-estruturadas e observação durante o atendimento odontológico. Os dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (1979). Considerando o perfil do grupo de mães a idade variou de 26 a 39 anos, todas eram casadas ou viviam em união consensual, nenhuma estava inserida no mercado de trabalho formal. Depreendeu-se dos dados seis categorias temáticas: a) Saúde: “quando não tem nada” ... “saúde é a base de tudo”; b) Saúde? É saúde da boca também!”; c) Saúde bucal é ter bons hábitos; d) O Processo saúde – doença e a relação com os cuidados maternos na saúde bucal; e) Cuidado à saúde bucal do filho: o sentido desse fazer; f) Profissional odontólogo: referência para o cuidado em saúde bucal. Percebeu-se que a saúde para essas mães reveste-se de um significado mais amplo, não restrito ao biológico, entretanto, ainda mostram-se ancoradas na idéia de saúde como ausência de doença e de corpo funcional. A saúde bucal apresenta-se dissociada da saúde geral e as práticas de manutenção da saúde bucal são voltadas para evitar uma única doença: a cárie, relacionando sua ocorrência na dependência dos cuidados prestados por elas como formadoras de hábitos. Em meio a essas práticas de cuidados reconhecem o profissional especializado como fonte do saber, estando prontas a auxiliá-los no tratamento independentemente de suas emoções mergulhadas no ideário do amor incondicional da mãe para com o filho e do dever materno, sentindo satisfação e realização em atender as necessidades do filho. Concluí- se que a mãe pode ser considerada como um agente multiplicador de ações educativas relacionadas a saúde bucal, uma vez que a atuação materna não fica circunscrita a ajudas momentâneas durante o atendimento clínico, perpassando as barreiras físicas, chegando aos cuidados diários na manutenção da saúde bucal do filho. Dentro dessa lógica há que se investir na capacitação dos profissionais que lidam diariamente com tais mães e todos os indivíduos da família, para que estes sintam-se responsáveis pela saúde das crianças menores. / Caring is an act attributed to feminine gender. Mothers are the main general caretaker of children. They care about food, clothing, education and health. Focusing the children’s oral health promotion the mothering care and a good relation between dentist and mothers are required. This survey aimed at understands mothering meanings about being a caretaker of small children (age from 0 to 6 years) oral health. It’s a qualitative research founded on strategic survey. The subjects were ten mothers from Dentistry Graduate Course, Pediatric Dentistry Specialization and Baby Clinic from Ribeirão Preto University – UNAERP in Ribeirão Preto City, São Paulo State/Brazil. Semi-structured interview and observation during the treatment were made. Data was analyzed by Content’s Analysis proposed by Bardin (1979). Considering the mother’s profile: age range from 26 to 39 years, all of them were married or lived with someone, none of them had an official job. Six thematic categories were identified: a) Health: “when you’re ok” … “health as a foundation”; b) Health? Oral health too! d) For a good oral health you must have good habits; d) Health – Illness process and its relation with maternal care on oral health; e) Caring about children oral health: what does it mean? And f) Dentist: a reference for oral health care. Mothers perceived health throw biological meanings, but they still emphasize the idea of health as illness absence based on the functional body construction. Oral health seems to be dissociated from general health. Practices toward a good oral health are directed to avoid just one disease – the Carie. Mothers also correlate caries’ occurrence with fails on habit formation. Among all these situations, mothers recognize the dentist as a knowledge resource. They are always ready to do anything to help the professional during the treatment. In this situation, they forget their emotions and fears based on ideas like unconditional mother’s love and mother’s duty. After all they experienced satisfaction and realization because they solved the child’s needs. We conclude that mothers can be multiplicative agents considering educational actions direct to oral health. Mother’s actions are not just circumscribed to short proceedings during the treatment, because they delivery daily oral health care at their homes. So we believe that improving the professional abilities, they’ll work better with mothers and family individuals. In this way all these people will be responsible for oral health of small children.
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Educação para o parto: uma contribuição para o alcance da maternidade segura / Education for giving birth: a contribution to the achievement of safe motherhood.

Patricia de La Cruz Gongora Rodríguez 14 December 2007 (has links)
A educação para o parto faz parte da promoção à saúde; engloba a gestante e seu companheiro ao longo de todo o processo de gestação de forma que estabeleçam um vínculo afetivo com seu filho. Essa educação é entendida como um momento privilegiado para a gestante, sua família e também como estratégia política de educação para a saúde. Este estudo teve como objetivo geral compreender a importância e o significado para as mulheres de participar de um programa de educação para o parto. Com uma abordagem qualitativa, se trabalhou com 9 mulheres e foi realizado no Hospital Rural No.7 \"Oportunidades\", pertenecente ao Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS) na Cidade de Hecelchakán, Campeche, México. A investigação realizou-se em dois momentos: implementação de um programa de educação para o parto e em uma entrevista semi-estruturada realizada durante o puerpério. Optou-se pela análise temática, segundo as etapas sugeridas por Minayo (2004), foram identificados três temas principais: preparação para o parto, vivências no hospital e influências para o preparo da mulher. Os resultados demonstraram os benefícios que a educação para o parto trouxe para as mulheres, proporcionando-lhes segurança para a utilização de recursos no controle da dor e ansiedade, desde o inicio do trabalho de parto, durante sua evolução e na sala de parto e centro cirúrgico; ainda que à internação hospitalar enfrentaram dificuldades para aplicarem o que aprenderam. Indicam a necessidade de companhia e ajuda para apoiar a aplicação do aprendizado, bem como mudanças nas rotinas hospitalares e nas atitudes da equipe de saúde. Um fator que influenciou na decisão assistir ao programa de educação foi a experiência do parto anterior, superando a opinião da familia. Assim, entendemos que a educação para o parto surge como uma alternativa viável para ser implementada na assistência hospitalar, uma vez que não implica em ônus financeiro e requer apenas a disponibilidade da equipe de saúde; não interfere na evolução da gestação e prepara a mulher para enfrentar o parto. A educação para o parto pode contribuir para o alcance da maternidade segura; para isso, é fundamental que a mulher seja conscientizada do importante papel que lhe cabe durante todo esse processo. / Education for giving birth is a part of health promotion; it includes the pregnant woman and her partner during the entire pregnancy process, with a view to affective bonding with their child. This education is considered a privileged moment for the pregnant woman, her family and also as a political strategy for health education. This study aimed to understand the importance and meaning women attribute to participating in an education program for giving birth. A qualitative approach was adopted, nine women participated and the research was carried out at the Rural Hospital No. 7 \"Oportunidades\", which is part of the Mexican Social Security Institute (IMSS) and located in Hecelchakán, Campeche, Mexico. The research took place at two moments: implementation of an education program for giving birth and a semistructured interview held during the puerperal period. Thematic analysis was chosen, according to the steps suggested by Minayo (2004). Three main themes were identified: preparation for giving birth, experiences at the hospital and influences for the woman\'s preparation. The results demonstrated how education for giving birth benefitted these women, offering them security to use pain and anxiety control resources at the start of delivery, during its evolution and in the delivery and surgical room; although they faced difficulties during hospitalization to apply what they had learned. They appoint the importance of having company and help to support them in the application of what they learned, as well as changes in hospital routines and in the health team\'s attitudes. One factor that influenced the decision to participate in the education program was an earlier birth experience, more important tan the family\'s opinion. Thus, we conclude that education for giving birth emerges as a potential alternative for implementation in hospital care, as it does not represent financial investments, but the mere availability of health staff; it does not interfere in the evolution of pregnancy and prepares the woman to cope with the delivery. Education for giving birth can contribute to the achievement of safe motherhood. Therefore, it is fundamental for women to become aware of the important role they play during this entire process.
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"A vivência do cuidado no puerpério: as mulheres construindo-se como mães" / The experience of care at puerperium: women constructing themselves as mothers

Juliana Stefanello 31 January 2005 (has links)
Na fase pós-parto, o cuidado destaca-se no contexto familiar como uma prática permeada de particularidades. Assim, este estudo buscou compreender como se estabelece o cuidado na fase puerperal, no contexto familiar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 12 mulheres puérperas e 11 familiares destas, que as auxiliam no cuidado pós-parto. Utilizaram-se, como procedimento metodológico para a coleta de dados, entrevistas semi-estruturadas gravadas e transcritas na íntegra, após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos. As entrevistas foram realizadas no domicílio do informante. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Os resultados revelaram quatro temas: 1) O ideário de maternidade como base na construção de cuidado do bebê e do cuidado puerperal; 2) Cuidando com cuidado do bebê; 3) Cuidando da mãe para que ela cuide do bebê e 4) Os agentes tomados como referência nas práticas de cuidado. As práticas de cuidado pós-parto estão muito ligadas ao ideário de maternidade, algo intrinsecamente feminino, permeado de idealizações e fundamentado nas concepções de gênero. O bebê, foco primeiro de todas as ações de cuidado, traz inúmeras mudanças na rotina da família e principalmente da mãe. A mulher-mãe também necessita de cuidados, entretanto grande parte deles visam indiretamente à criança. O cuidado na fase puerperal, permeado de crenças e tabus ligados ao feminino, outorga às mulheres um poder de agentes nesse processo, já que trazem consigo conhecimentos de muitas gerações. Assim, entende-se o cuidado pós-parto como uma prática feminina, na qual as mulheres buscam abastecer-se em sistemas de representações já incorporados socialmente, ao mesmo tempo em que atuam como sujeitos e reinventam sistemas estabelecidos, construindo-se como mães. / The care given during the phase after delivery is pointed out, within the family context, as being replete with particularities. Hence, this study sought to comprehend how the care in the puerperal phase is established, within the family context. It is a qualitative research, developed with 12 puerperal women and 11 of their relatives, who help them with the care after delivery. Data collection was performed by the methodological procedure of semi-structured interviews, which were taped and integrally transcribed, after receiving free and clarified consent from the subjects. Interviews were performed at the informant’s home. The data were analyzed based on the technique of thematic content analysis. The results revealed four themes: 1) The idea of maternity as being the basis for the construction of the baby’s care and puerperal care; 2) Taking care of the baby carefully; 3) Taking care of the mother so she can take care of the baby; and 4) The agents taken as reference in the practices of care giving. The practices of care after delivery are much linked to the idea of maternity, something intrinsically feminine, full of idealizations and founded on gender conceptions. The baby, primary focus of all care actions, brings numerous changes to the family’s routines, mainly the mother’s. The mother-woman also needs to be cared for; however, a great deal of this care involves, indirectly, the child. The care in the puerperal phase, permeated of beliefs and taboos linked to the feminine, grants the women with a power of agents in this process, since she bears the knowledge of many generations. Thus, the care after delivery is understood as a feminine practice, in which women base themselves on representation systems that have already been socially incorporated, at the same time that they act as subjects and reinvent the previously established systems, constructing themselves as mothers.
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A maternidade de mulheres portadoras de transtornos mentais / Motherhood of women with mental disorders

Marisley Vilas Bôas Soares 08 October 2008 (has links)
Com o advento da Reforma Psiquiátrica, a saúde mental tem expandido sua atuação reconhecendo os papéis sociais para além da doença mental. Entretanto, estudos brasileiros que abordam a maternidade entre mulheres portadoras de transtornos mentais são escassos, considerando-se também restrita a produção acadêmica acerca da saúde mental da mulher. Correntes da psicologia consideram que a capacidade materna em oferecer boas condições de cuidado e ser acolhedora às necessidades do filho gera um ambiente adequado para o bom desenvolvimento psicológico da criança, colocando como pano-de-fundo a importância da saúde mental materna nesse aspecto. Este estudo tem como objetivo descrever como se apresenta o fenômeno da maternidade para mulheres usuárias de um ambulatório de saúde mental da cidade de Ribeirão Preto-SP, tendo como referencial teórico o Interacionismo Simbólico. Foram entrevistadas 20 mulheres, com ao menos um ano de tratamento ambulatorial, mães de ao menos uma criança de 7 à 12 anos. Para a análise dos dados foi utilizada a Teoria Fundamentada em Dados, a qual proporciona que se atinja uma teoria explicativa para o fenômeno através dos próprios dados coletados. Essas mulheres apresentam predominantemente o quadro de depressão. Foi identificado para o fenômeno como categoria central tentando se enxergar para permanecer lutando, que ocorre em meio ao contexto de falta de esclarecimentos sobre a doença, o reconhecimento do tipo de vínculo com o serviço e com profissionais saúde, a percepção do apoio familiar e o tipo de ajuda prestada pelo marido. Para que este fenômeno ocorra são condições que o causam a vivência do adoecimento, da maternidade e de conflitos no relacionamento conjugal, além do desejo de querer dar conta de tudo. As repercussões da doença no cotidiano interferem na tomada de ações que demonstram como essas mães lidam com o fenômeno. Para tanto, lançam mão de estratégias como o enfrentamento da doença e a maneira como lidam com o trabalho no contexto da doença. Tais ações geram como conseqüências a doença refletindo nos filhos e, por fim, a tentativa de ir levando a vida. Em meio a esses fatores, essas mulheres vivem a maternidade como uma realização normalizadora para sua vivência adulta, colocando-as em igualdade com as demais mães. Este é um papel social com o qual necessitam lidar e requer reconhecerem-se e enxergarem-se para que permaneçam lutando com as limitações impostas pela doença, bem como com as vicissitudes da vida. O reconhecimento da vivência dessas mulheres constitui-se em mais um passo em direção a melhor adequação dos serviços de saúde mental frente essa demanda. Ademais, evidencia a necessidade de investigar as dificuldades vivenciadas por mães portadoras de transtorno mental no cuidado de seus filhos, devido a seu propósito preventivo e de adequação dos serviços a essa demanda. Além disso, reforça-se a importância de que é preciso que os serviços as vejam para além de seu lugar de portadoras de uma doença. / The arrival of the Psychiatric Reform gave rise to an expansion in mental health activities, acknowledging social roles beyond mental health. However, there is a lack of Brazilian studies about motherhood among women with mental disorders, and a restricted academic production on womens mental health. Currents in psychology consider that the mothers capacity to offer good care conditions and welcome her childs needs generates an adequate environment for the childs good psychological development, against the background of the importance of maternal mental health in this sense. This study aims to describe how the motherhood phenomenon presents itself to female clients at a mental health outpatient clinic in Ribeirão Preto-SP, Brazil, using Symbolic Interactionism as a theoretical reference framework. Twenty women were interviewed, who had been treated at the clinic for at least one year and had at least one child between 7 and 12 years old. Grounded Theory was used for data analysis, which favors the achievement of a theory to explain the phenomena through the data that are collected. These women predominantly present depression. Trying to perceive oneself to continue fighting was identified as the central category for the phenomenon, which occurs amidst the context of lack of clarifications about the disease, the acknowledgement of the type of bond with the service and with health professionals, the perception of family support and the kind of help the husband gives. Causal conditions for the occurrence of this phenomenon are the experience of the disease, motherhood and conflicts in the marriage relation, besides the desire to be able to handle everything. The repercussions of the disease in daily life interfere in the taking of actions that demonstrate how these mothers deal with the phenomenon. Therefore, they use strategies like coping with the disease and the way they deal with work in the context of the disease. The consequences these actions generate are the disease affecting the children and, finally, the attempt to lead ones life. Amidst these factors, these women experience motherhood as an accomplishment that normalizes their adult experience, putting them in a position of equality with other mothers. This is a social role they need to deal with, which demands that they acknowledge and perceive themselves so as to keep on struggling with the limitations imposed by the disease, as well as with the vicissitudes of life. The acknowledgement of these womens experience constitutes yet another step towards the better adequation of mental health services to this demand. Moreover, it evidences the need to investigate the difficulties mothers with mental disorders experience to take care of their children, due to their preventive proposal and the adaptation of services to this demand. Furthermore, the importance is highlighted that services look beyond their position as patients with a disease.
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Tornar-se mãe de um segundo filho : da gestação ao segundo ano de vida da criança

Vivian, Aline Groff January 2010 (has links)
O presente estudo investigou o processo de tornar-se mãe de um segundo filho, da gestação ao segundo ano de vida da criança. Especificamente, buscou-se compreender o impacto do “complexo fraterno” nesse processo. Participaram do estudo quatro mães, com idades entre 33 e 34 anos, contatadas no terceiro trimestre de gestação. Todas residiam com o marido, pai dos dois filhos, na região metropolitana de Porto Alegre e o nível socioeconômico das famílias variou de médio a alto. A pesquisa teve um delineamento de estudo de casos coletivo, em que cada caso foi investigado longitudinalmente, em quatro períodos: na gestação, aos 6, aos 12 e aos 24 meses do segundo filho. Os dados foram obtidos através de entrevistas individuais, estruturadas, aplicadas de forma semi-dirigida. Os relatos das mães foram submetidos à análise de conteúdo qualitativa. As categorias que guiaram a análise foram: as impressões sobre o tornar-se mãe de um segundo filho, expectativas e relação com o segundo filho, relação com a própria mãe e relação com o marido. Foram apresentadas as particularidades e semelhanças entre os casos. Os resultados foram discutidos a partir do referencial psicanalítico e de teorizações derivadas do campo da psicologia do desenvolvimento. Notaramse mudanças ao longo do processo de tornar-se mãe de um segundo filho, que acompanharam o desenvolvimento tanto da criança quanto da própria mãe. Mesmo com o respaldo da experiência anterior, a ideia que o segundo seria mais fácil foi sendo revista, ao longo do desenvolvimento do segundo filho. A criação gradativa de espaço para mais uma criança constituiu-se num desafio que se deu paralelo ao desenvolvimento rumo à independência do segundo filho. As mães recorreram a muitas comparações entre os filhos, antes de poderem identificar e aceitar a singularidade de cada um. Em paralelo, a relação com a própria mãe passou por uma reorganização com a chegada do segundo filho. Houve aproximação entre ambas, que possibilitou uma reavaliação do modelo materno e da própria identidade das participantes como mães. A relação com o marido foi marcada pelo apoio, em especial, nos cuidados do primogênito, durante o período investigado. O “complexo fraterno” revelou-se como um importante conceito para se compreender processos evolutivos no tornar-se mãe de um segundo filho. / The present study investigated the process of becoming a mother of a second child, from pregnancy to the second child´s second year of life. More specifically, the study aimed to understand the impact of the “fraternal complex” in this process. Four mothers, aged 33 to 34, were contacted in the third trimester of pregnancy. They all lived with their husbands, who were the fathers of both children, in the metropolitan region of Porto Alegre. The families’ socioeconomic level varied from medium to high. The research was based on a collective-case study design, in which each case was investigated longitudinally, in four periods: during pregnancy, at the child’s 6, 12 and 24 months of life. Data were obtained from individual, semistructured interviews and were submitted to qualitative content analysis. The categories which guided the analysis were: impressions on becoming a mother of a second child, expectations and relationship with the second child, relationship with their own mothers and relationship with the father. The cases’ similarities and particularities were presented. The results were discussed based on the psychoanalytic framework and theorizations derived from the developmental psychology field. Some changes could be identified alongside the process of becoming a mother of a second child, wich followed both the child’s and the mother’s development. Despite the previous experience, the idea that the second child would be easier was revised alongside the second child’s development. The gradual creation of a space for one more child was a challenge that followed the second child’s development towards independence. Mothers recurred to many comparisons between the children before they could identify and accept each one’s singularity. At the same time, mothers’ relationship with their own mothers also went through a reorganization with the arrival of the second child. The proximity between them increased and enabled a reassessment of the maternal role and of their own identity as mothers. The relationship with their husbands was characterized by support, especially as far as firstborn care during the period investigated is concerned. The “fraternal complex” revealed itself as an important concept for understanding developmental processes in the process of becoming a mother of a second child.
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Caderno meu filho : um modo de ser mãe, organizar a família e educar o bebê a partir da escrita de si

Frassão, Magali Oliveira January 2011 (has links)
O tema central desta Dissertação é a análise dos textos escritos, em forma de confissões de uma jornalista na Coluna Nave Mãe, veiculados no Caderno Meu filho, semanalmente, no período de agosto de 2008 a dezembro de 2010; para esta análise foram selecionadas oitenta e cinco Colunas. As escritas de si da jornalista iniciaram quando ela confirma a gravidez que tanto desejava. Suas confissões expressam o modo como constituiu-se mulher-mãe e o que foi preponderante para si nesta constituição. Assim, nas suas escritas, vemos que para ela a gestação é um período de preparação no qual a mulher precisa organizar a sua vida e a casa para a chegada do bebê. Também o período gestacional é marcado por grandes aprendizagens e transformações. A mulher deve procurar aprender sobre o que pode e deve ou não fazer com o corpo, tendo em vista que dentro de si ela carrega outra vida, que precisa estar protegida de qualquer risco. Através da análise dos textos, temos o indicativo que para a mulher-mãe cuidar do outro é necessário que ela cuide de si. Investimento total no corpo grávido que resulte em saúde ao bebê. O grande marcador do corpo grávido para ela foi o crescimento da barriga. Antes disso, ela sentia-se pouco confortável em dizer e exigir alguns direitos concedidos às grávidas. A amamentação para ela resultou na promoção de saúde e proteção à filha, tomando para si integralmente o cuidado de seu bebê. Os discursos que atravessaram sua constituição materna como verdadeiros, objetivando e subjetivando-a, em primeiro lugar e com forte acento foi o médico-obstétrico e, após, o médico-pediátrico. Também vemos o quanto suas decisões, condutas e sentimentos são marcados e cingidos pelo discurso da psicologia, da religião, da pedagogia e da economia. Através das confissões, ela falava de si, produzindo as verdades sobre si mesma e disseminando-as entre as outras mulheres, mulheresmães, o público, a quem eram endereçadas as crônicas-confissões escritas. / El tema de esta Disertación es el análisis de los textos escritos, en forma de confesiones de una periodista en la Columna Nave Mãe, en el cuaderno Meu Filho, semanalmente, en el periodo de agosto de 2008 a diciembre de 2010; para este análisis fueron seleccionadas ochenta y cinco Columnas. Las escritas de si de la periodista iniciaron cuando ella confirma su embarazo que tanto deseaba. Sus confesiones expresan el modo como se constituyó mujer-madre y lo que fue preponderante para si en esta constitución. Así, en sus escritas, vemos que para ella la gestación es un periodo de preparación en el cual la mujer precisa organizar su vida y la casa para la llegada del nene. También el periodo gestacional es marcado por grandes aprendizajes y transformaciones. La mujer debe procurar aprender sobre lo que puede y debe o no hacer con el cuerpo, acordándose que dentro de si ella lleva otra vida, que precisa estar protegida de cualquier riesgo. A través del análisis de los textos, tenemos el indicativo que para la mujer-madre cuidar del outro es necesario que ella cuide de si. Inversión total en el cuerpo embarazado que resulte en salud del nene. El gran marcador del cuerpo embarazado para ella fue el crecimiento de la barriga. Antes de esto, ella se sentía poco confortable en decir y exigir algunos derechos concedidos a las embarazadas. El amamantamiento para ella resultó en la promoción de salud y protección a la hija, tomando para si integralmente el cuidado de su nene. Los discursos que atravesaron su constitución materna como verdaderos, objetivando y subjetivándola, en primer lugar y con fuerte acento fue el médico obstétrico y, despues, el médico pediátrico. También vemos el cuanto sus decisiones, conductas y sentimientos son marcados y ceñidos por el discurso de la psicología, de la religión y de la economía. A través de las confesiones, ella hablaba de si, produciendo las verdades sobre si misma y diseminándolas entre las otras mujeres, mujeres-madres, el público, a quien eran dirigidas las crónicas-confesiones escritas.
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“Como criar meninos e meninas?” : o governo das condutas maternas e paternas para a constituição da infância

Sostisso, Débora Francez January 2011 (has links)
Esta dissertação analisa as discursividades presentes em livros educativos contemporâneos que buscam tratar da educação de meninos e meninas, a saber: Criando Meninas da autora Gisela Preuschoff (2008), Criando Meninos do autor Steve Biddulph (2006), Como criar meninas felizes e confiantes e Como criar meninos felizes e confiantes, ambas as obras da autora Elizabeth Hartley-Brewer (2004a, 2004b). Ancorada numa perspectiva pós-estruturalista e a partir dos aportes teóricos dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais, a investigação objetivou discutir e problematizar como tais artefatos culturais, investidos de conselhos, prescrições, dicas, regulações, funcionam como instâncias pedagógicas, sugerindo formas específicas dos indivíduos, no caso, mães, pais e educadores/as, conduzirem suas vidas e de outras pessoas e relacionarem-se consigo mesmos e com os outros a partir e em nome de certas verdades. Desse modo, pode-se dizer que os livros operam como manuais educativos. Além disso, procurei olhar para os mecanismos, os jogos estratégicos e as técnicas que fazem funcionar os discursos que ali se apresentam. Este estudo filia-se às discussões que buscam problematizar as relações entre poder e infância, ou seja, de como a infância é capturada nas relações saber-poder; como este sujeito infantil generificado é produzido e como operam as estratégias que objetivam seu governamento. Com o propósito de analisar as políticas de verdade presentes nas obras em questão, foram observadas as linguagens utilizadas e os diferentes campos discursivos em que se baseiam os saberes e proposições ali postos. As análises permitem dizer que as formas de “educar” presentes nas publicações posicionam os sujeitos de formas diversas e particulares, constituindo meninos, meninas, pais, mães, educadores/as, através de tecnologias humanas específicas. / This dissertation analyses the discursivities present in contemporary educational books that search to treat the education of boys and girls, namely: Raising Girls of the authoress Gisela Preuschoff (2008), Raising Boys of the author Steve Biddulph (2006), How to raise happy and confident girls and How to raise happy and confident boys, both titles of the authoress Elizabeth Hartley-Brewer (2004a, 2004b). Anchored in a post-structuralist perspective and from the theoretical contributions of Gender Studies and Cultural Studies, the research aimed to discuss and to problematize how such cultural artifacts, invested advices, prescriptions, hints, regulations, serve as educational instances, suggesting specific forms of individuals, in this case, mothers, fathers and educators, to lead their lives and other people and to relate to themselves and others from and on behalf of certain truths. Thus, we can say that the books operate as educational manuals. Also, I tried to look at the mechanisms, strategic games and the techniques that make the speeches that are presented work. This study is affiliated to the discussions that search to problematize the relationships between power and childhood, or of how childhood is captured in the knowledge-power relationships, as this infantile gendered subject is produced and how operate the strategies that aim their government. In order to analyze the politics of truth present in the titles in issue, were observed the language used and the different discursive fields that are based on the knowledge and the proposal put there. The analysis allow to say that the ways of "educating" presented in these publications positionates the subjects in different ways and particular, constituting boys, fathers, mothers, educators, by specific human technologies.
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Relação mãe-bebê no contexto de infecção materna pelo HIV/AIDS : a constituição do vínculo da gestação ao terceiro mês do bebê

Faria, Evelise Rigoni de January 2008 (has links)
Investigou-se a relação mãe-bebê no contexto de infecção materna pelo HIV/Aids, desde a gestação até o terceiro mês de vida do bebê. Mais especificamente, investigou-se a influência da infecção sobre a constituição do vínculo entre mãe e bebê. Participaram do estudo cinco mães portadoras de HIV/Aids, primíparas, entre 19 e 37 anos, em sua maioria casadas. As mães realizaram acompanhamento pré-natal especializado na rede pública de saúde de Porto Alegre. A pesquisa teve um delineamento de estudo de caso coletivo, sendo cada caso investigado no final da gestação e no terceiro mês do bebê. Análise de conteúdo qualitativa foi utilizada para se examinar as entrevistas com base em três categorias: vivência da maternidade, desenvolvimento do bebê e, relacionamento mãe-bebê. Os resultados indicaram que a infecção pelo HIV/Aids agregou ansiedades específicas àquelas já presentes na maternidade. Entre essas se destacam preocupação com a transmissão do vírus ao bebê, medo do preconceito, frustração por não amamentar, preocupação com a adaptação do bebê ao leite industrializado e ao tratamento. Apesar destas dificuldades, prevaleceram nos relatos das mães satisfação com a maternidade, percepção de um desenvolvimento saudável do bebê, e cuidados e interações com bebê, indicando uma relação mãe-bebê repleta de afetos. Os resultados revelam que o HIV/Aids não tem necessariamente um impacto negativo para a qualidade da relação mãe-bebê, mas pode ser um fator de risco quando outras situações adversas estão presentes, entre elas intensa ansiedade da mãe diante da função materna, falta de apoio do pai e da família. Discute-se a importância de intervenções psicológicas que auxiliem estas mães a lidar com as ansiedades diante do HIV/Aids e da maternidade, e assim favoreçam o estabelecimento de uma relação mãe-bebê saudável. / This study investigated mother-infant relationship in the context of HIV maternal infection, from pregnancy to the infant’s third month of life. It investigated especially the effect of the infection on the constitution of mother-infant relationship. The participants were five primiparous mothers suffering from HIV/Aids, aged between 19 and 37. Most of them were married. Mothers had prenatal care at a public health centre for treatment of HIV/Aids, in Porto Alegre. A collective case-study design was used. Data were collected at the end of pregnancy and during the infant’s third month of life. Content analysis was carried out based on three categories: experience of motherhood, infant development and mother-infant relationship. The results indicated that HIV/Aids infection brought specific anxieties which added to those inherent to motherhood experience. Among these were a concern about the transmission of the virus to the baby, the fear of prejudice, the frustration for not breastfeeding, the concern with the use of baby milk powder and treatment. Despite these difficulties, mothers’ satisfaction with motherhood prevailed, as well as perception of a healthy infant development, adequate care and interactions with the baby, indicating a relationship full of mother-infant affects. The results show that HIV/Aids does not necessarily have a negative impact on the quality of mother-infant relationship, but may be a risk factor when other adverse situations are present, such as women’s intense anxiety regarding the mother’s role, the lack of father and family support. The importance of psychological interventions that may help these mothers to cope with the anxieties facing the HIV/Aids and motherhood, and thus promote a healthy mother-infant relationship is discussed.
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Transição para a parentalidade no contexto de cardiopatia congênita do bebê

Kruel, Cristina Saling January 2008 (has links)
O presente estudo teve como objetivo investigar o processo de transição para a parentalidade no contexto de cardiopatia congênita do bebê. Participaram do estudo quatro casais, pais de crianças que nasceram com malformação cardíaca, que estavam acompanhando seus filhos durante a internação em Unidade de Tratamento Intensivo. Foi utilizado delineamento de estudo de casos coletivo e a coleta de dados foi feita através de uma entrevista individual com a mãe e com o pai sobre os primeiros momentos após o nascimento do bebê com malformação e a experiência da maternidade e da paternidade, respectivamente. Os dados foram analisados segundo os pressupostos da análise de conteúdo qualitativa. Os resultados do estudo indicaram que a notícia da malformação cardíaca do bebê interfere no processo de parentalização de maneira profunda. Destacou-se a intensa preocupação das mães com a sobrevivência dos bebês, evidenciada através de uma dedicação exclusiva a eles. Já os pais demonstram-se muito envolvidos com seus filhos, assumindo também a tarefa de proteger as mães. / The present study aimed to investigate the transition process to parenthood in the context of congenital heart disease. Four couples, whose children were born with heart malformation, took part in the study. They all stayed with their children when they were in an Intensive Care Unit. A collective-case study design was used and data were collected through an individual interview with mothers and fathers on the first moments after giving birth to a child with malformation, and the experience of motherhood and fatherhood, respectively, in the context of heart malformation. Data were analyzed through qualitative content analysis. The results indicated that the diagnosis of heart malformation interferes in the parentalization process in a very intense way. Mothers were extremely concerned about the infant's survival and very dedicated to him/her. Besides being very involved, fathers also assumed the task of protecting mothers.
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Descortinando a vivência emocional de mulheres em um centro obstétrico : uma investigação sobre o parto através da aplicação do método bick / Unveiling women's emotional experience in an obstetric ward: an investigation of delivery trough an application of the bick method

Donelli, Tagma Marina Schneider January 2008 (has links)
O presente estudo aplicou o Método Bick, para fins de pesquisa, com o objetivo de desvendar e conhecer a vivência emocional da mulher sobre o parto. Foram realizadas observações sistemáticas em um Centro Obstétrico durante dezenove meses. As observações foram relatadas, supervisionadas e posteriormente analisadas. Os dados apontam o parto como um momento potencialmente desorganizador que, somado à condição regressiva das parturientes, foi capaz de produzir sobrecarga emocional e desencadear um estado de vulnerabilidade psíquica nas mulheres, mas que produziu impacto emocional também no observador e na equipe. Foi constatado o uso de mecanismos defensivos na equipe, que prejudicava a interação profissional-paciente. O Método Bick possibilitou a aproximação da vivência emocional do parto através da disponibilidade psíquica e da postura não-intrusiva do observador. O estudo sugere a necessidade de revisão das práticas relacionadas ao manejo dos aspectos emocionais das parturientes. Implicações clínicas e para a pesquisa também são abordadas. / The present study consisted of an application of the Bick method to research aiming to reveal and investigate women's emotional experience of delivery. Observations were carried out in an Obstetric Ward during nineteen months. They were written up, supervised and later analyzed. The results revealed that delivery is a potentially disorganizing moment. Due to women's regressive condition, it may produce emotional overload and trigger a state of psychic vulnerability in women, which had an emotional impact on the observer and the professionals. The use of defensive mechanisms in the professionals was observed which interfered in the professional-patient interaction. The observer's psychic availability and non intrusive position which characterize the Bick method enabled to get in contact with the emotional experience of delivery. The study suggests the need for revising professional practices related to the handling of the emotional aspects of delivery. Both clinical and research implications of the findings are also discussed.

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