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Avaliação do risco de complicações decorrentes de neutropenia febril em pacientes tratados no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo / Evaluation of the risk factors for severe complications during febrile neutropenic episodes in patients treated at Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Renata Eiras Martins 07 August 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Neutropenia febril (NF) é frequente complicação quimioterapia para tumores sólidos e é de suma importância a identificação dos pacientes de alto risco para o seu desenvolvimento. OBJETIVOS: Caracterização clínica, laboratorial e dos fatores de risco para NF em pacientes admitidos para antibioticoterapia. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo de todos os pacientes consecutivamente internados com NF no ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) entre maio de 2008 e maio de 2012. Critérios de inclusão: idade >= 16 anos, diagnóstico de NF (temperatura axilar >= 37,8ºC e neutrófilos < 500/mm3 ou entre 500-1000/mm³ com tendência à queda) em pacientes portadores de tumor sólido. Dados clínico-laboratoriais e de evolução foram coletados; realizada análise univariada e multivariada a fim de investigar a relação entre os fatores de risco e o desenvolvimento de complicações. RESULTADOS: 333 episódios de NF em 295 pacientes com tumores sólidos foram avaliados. Idade mediana de 57 anos (16-88), 150 do sexo feminino (51%). Os sítios primários das neoplasias mais frequentes foram mama (15%), pulmão (14%), sarcomas (13%), colorretal (10%), estômago (9%), cabeça e pescoço (8%) e testículo (5%). 31 pacientes (10%) apresentaram mais de um episódio de NF. À admissão, a mediana de contagem de neutrófilos foi 690/mm3, e a mediana de MASCC atribuído 19 (7-26). Sítios de infecção mais comumente identificados foram pulmão (19%), trato urinário (15%), corrente sanguínea (13%), abdominal (10%) e partes moles (8%); quanto à etiologia, bacilos Gram-negativos isolados em 36 (11%) episódios e cocos Gram-positivos em 15 (9%). Mediana de internação de 10 dias (0-106 dias). Alguma complicação grave foi identificada em 248 (74%) episódios, sendo que hipotensão (47%), admissão em UTI (35%), insuficiência renal (30%), insuficiência respiratória (19%) e alteração do estado mental (17%) as mais comuns (> 10%). A mortalidade foi 14% (46 pacientes). A análise univariada revelou como fatores de risco para complicações idade >= 60 anos (OR 3.1, 95%CI 1.75-5.47, p 0.0001), controle sistêmico da neoplasia (OR 0.51, 95%CI 0.31-0.85, p 0.01), DPOC (OR 4.45, CI95% 1.71 - 11.54, p 0.0016), presença de sintomas ao diagnóstico (OR 2.16, CI95% 1.26-3.69, p 0.0063), desidratação (OR 4.63, CI95% 2.57-8.31, p<0.0001) e regular ou mau estado geral (OR 3.31, CI95% 1.93-5.68, p<0.0001). Na análise multivariada, permaneceram como fatores de risco a desidratação (OR 3.7, CI95% 2.09-6.78, p 0.000009), DPOC (OR 3.7, CI 95% 1.27-11.04, p 0.0166) e idade >= 60 anos (OR 2.5, CI95% 1.37-4.58, p 0.0029). O modelo multivariado corretamente classificou os episódios como de alto risco em 75% dos eventos. Elaboramos um novo escore de risco baseado nos valores de OR, onde pacientes desidratados receberam quatro pontos, aqueles com DPOC três pontos e aqueles com idade >= 60 anos, dois pontos. O escore final corresponde à soma das parcelas acima. Consideramos os pacientes como de alto risco com escore > 5 pontos (sensibilidade 72%, especificidade 64%). CONCLUSÕES: Complicações clínicas graves são comuns durante os episódios de NF, em pacientes com tumores sólidos. DPOC, idade >= 60 anos e desidratação representam fatores de risco para o desenvolvimento de complicações. Um novo escore de fácil execução foi proposto, o qual deverá ser validado prospectivamente / BACKGROUND: Febrile neutropenia (FN) is a frequent complication during chemotherapy in solid tumors, and to identify those patients (pts) with higher risk of developing complications during FN episodes is important. Here we aimed to characterize those risk factors for severe complications during FN episodes in pts with solid tumors, admitted for intravenous antibiotics. MATERIAL AND METHODS: It is a retrospective study of all consecutive pts admitted with FN at ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) between May/2008 and May/2012. Eligibility criteria included: age >= 16y, the diagnosis of FN (documented axillary temperature greater than 37.8°C, and neutrophil count < 500/mm3 or expected to fall below 500/mm3) as an adverse event of chemotherapy for a solid tumor. Potentially life-threatening complications during FN episodes were collected and univariate and multivariate logistic regression analyses were performed to assess the relationship between risk factors and these complications. RESULTS: 333 FN episodes in 295 pts with solid tumors were studied. Median age was 57 y (16-88), 150 female (51%). Most frequent primary sites included: breast (15%), lung (14%), bone/soft tissues (13%), colorectal (10%), stomach (9%), head & neck (8%) and testis (5%). 31 pts (10%) presented more than 1 FN episode. At admission, median neutrophil count was 690/mm3, and the median MASCC score was 19 (7-26). Infection sites were identified as pulmonary (19%), urinary tract (15%), bloodstream (13%), abdominal (10%) and soft tissues (8%), and regarding etiology, Gram-negative bacilli could be isolated in 36 (11%) and Gram-positive cocci in 15 FN episodes (9%). All pts were admitted with a median duration of hospital stay of 10 d (0-106 d). Overall, a severe complication as a consequence of FN was detected in 248 episodes (74%), being hypotension (47%), ICU admission (35%), renal failure (30%), respiratory failure (19%) and altered mental state (17%) the most common (> 10%), and 46 pts died (14%). A univariate analysis revealed age >= 60y (OR 3.1, 95%CI 1.75-5.47, p 0.0001), controlled cancer (OR 0.51, 95%CI 0.31-0.85, p 0.01), previous COPD (OR 4.45, CI95% 1.71 - 11.54, p 0.0016), presence of symptoms (OR 2.16, CI95% 1.26-3.69, p 0.0063) or dehydration (OR 4.63, CI95% 2.57-8.31, p < 0.0001) and regular or bad general condition (OR 3.31, CI95% 1.93-5.68, p < 0.0001) as risk factors for complications. On multivariate analysis, only dehydration (OR 3.7, CI95% 2.09-6.78, p 0.000009), previous COPD (OR 3.7, CI 95% 1.27-11.04, p 0.0166) and age >= 60y (OR 2.5, CI95% 1.37-4.58, p 0.0029) were associated with severe complications. The multivariate model correctly classified 75% of all FN episodes as complicated. We elaborated a new risk score based on the OR, where dehydrated pts scored 4 points, those with COPD 3 points and those with age >= 60y 2 points. The final score was calculated by the sum of all above. We have considered as high risk pts those who scored > 5 points (sensitivity 72%, specificity 64%). CONCLUSIONS: Severe complications were common during febrile neutropenic episodes in pts with solid tumors. COPD, age >= 60 y and dehydration represent clinically significant risk factors for severe complications in FN pts. A new score was proposed, though it should be prospectively validated
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Determinação de incidência, preditores e escores de risco de complicações cardiovasculares e óbito total, em 30 dias e após 1ano da cirurgia, em pacientes submetidos a cirurgias vasculares arteriais eletivas / Incidence, predictors, risk scores of cardiovascular complications, and total death rate within 30 days and 1 year after elective arterial surgery

Smeili, Luciana Andréa Avena 30 April 2015 (has links)
Introdução: Estima-se que ocorram 2,5 milhões de mortes por ano relacionadas a cirurgias não cardíacas e cinco vezes este valor para morbidade, com limitações funcionais e redução na sobrevida em longo prazo. Pacientes que deverão ser submetidos à cirurgia vascular são considerados de risco aumentado para eventos adversos cardiovasculares no pós-operatório. Há, ainda, muitas dúvidas em como fazer uma avaliação pré-operatória mais acurada desses pacientes. Objetivo: Em pacientes submetidos à cirurgia vascular arterial eletiva, avaliar a incidência e preditores de complicações cardiovasculares e/ou óbito total, e calcular a performance dos modelos de estratificação de risco mais utilizados. Métodos: Em pacientes adultos, consecutivos, operados em hospital terciário, determinou-se a incidência de complicações cardiovasculares e óbitos, em 30 dias e em um ano. Comparações univariadas e regressão logística avaliaram os fatores de risco associados com os desfechos e a curva ROC (receiver operating characteristic) examinou a capacidade discriminatória do Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e do Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Cirurgia Vascular da New England (VSG-CRI). Resultados: Um total de 141 pacientes (idade média 66 anos, 65% homens) realizou cirurgia de: carótida 15 (10,6%), membros inferiores 65 (46,1%), aorta abdominal 56 (39,7%) e outras (3,5%). Complicações cardiovasculares e óbito ocorreram, respectivamente, em 28 (19,9%) e em 20 (14,2%), em até 30 dias, e em 20 (16,8%) e 10 (8,4%), de 30 dias a um ano. Complicações combinadas ocorreram em 39 (27,7%) pacientes em até 30 dias e em 21 (17,6%) de 30 dias a um ano da cirurgia. Para eventos em até 30 dias, os preditores de risco encontrados foram: idade, obesidade, acidente vascular cerebral, capacidade funcional ruim, cintilografia com hipocaptação transitória, cirurgia aberta, cirurgia de aorta e troponina alterada. Os escores Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Estudo Vascular da New England (VSG-CRI) obtiveram AUC (area under curve) de 0,635 e 0,639 para complicações cardiovasculares precoces e 0,562 e 0,610 para óbito em 30 dias, respectivamente. Com base nas variáveis preditoras aqui encontradas, testou-se um novo escore pré-operatório que obteve AUC de 0,747, para complicações cardiovasculares precoces, e um escore intraoperatório que apresentou AUC de 0,840, para óbito em até 30 dias. Para eventos tardios (de 30 dias a 1 ano), os preditores encontrados foram: capacidade funcional ruim, pressão arterial sistólica, cintilografia com hipocaptação transitória, ASA (American Society of Anesthesiologists Physical Status) classe > II, RCRI (AUC 0,726) e troponina alterada. Conclusões: Nesse grupo pequeno e selecionado de pacientes de elevada complexidade clínica, submetidos à cirurgia vascular arterial, a incidência de eventos adversos foi elevada. Para complicações em até 30 dias, mostramos que os índices de avaliação de risco mais utilizados até o momento (RCRI e VSG-CRI) não apresentaram boa performance em nossa amostra. A capacidade preditiva de um escore mais amplo pré-operatório, e uma análise de risco em dois tempos: no pré-operatório e no pós-operatório imediato, como o que simulamos, poderá ser mais efetiva em estimar o risco de complicações / Introduction: Approximately 2.5 million deaths are caused by non-cardiac surgeries per year, while morbidity, represented by functional impairment and a decline in long-term survival, accounts for five times this value. Patients who require a vascular surgery are considered at an increased risk for adverse cardiovascular events in the postoperative period. However, the method for obtaining a more accurate preoperative evaluation in these patients has not yet been determined. Objective: In patients undergoing elective arterial vascular surgery, the incidence and predictors of cardiovascular complications and/or total death were determined and the performance of risk stratification models was assessed. Methods: The incidence of cardiovascular complications and death within 30 days and 1 year after vascular surgery was determined in consecutive adult patients operated in a tertiary hospital. Univariate comparison and logistic regression analysis were used to evaluate risk factors associated with the outcome, and the receiver operating characteristic (ROC) curve determined the discriminatory capacity of the Revised Cardiac Risk Index (RCRI) and the Cardiac Risk Index of the New England Vascular Surgery Group (VSG-CRI). Results: In all, 141 patients (mean age, 66 years; 65% men) underwent vascular surgery, namely for the carotid arteries (15 [10.6%]), inferior limbs (65 [46.1%]), abdominal aorta (56 [39.7%]), and others (5 [3.5%]). Cardiovascular complications and death occurred in 28 (19.9%) and 20 (14.2%) patients, respectively, within 30 days after surgery, and in 20 (16.8%) and 10 (8.4%) patients, respectively, between 30 days and 1 year after the surgical procedure. Combined complications occurred in 39 patients (27.7%) within 30 days and in 21 patients (17.6%) between 30 days and 1 year after surgery. The risk predictors for cardiovascular events that occurred within 30 days were age, obesity, stroke, poor functional capacity, transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, open surgery, aortic surgery, and abnormal troponin levels. The RCRI and VSG-CRI showed an under the curve area of 0.635 and 0.639 for early cardiovascular complications as well as of 0.562 and 0.610 for death within 30 days, respectively. Based on the predictors found in this study, a new preoperative score was proposed, based on an AUC of 0.747 obtained for early cardiovascular complications and an intraoperative score that presented an AUC of 0.840 for death within 30 days. For late events (between 30 days and 1 year), the predictors were poor functional capacity, systolic blood pressure, presence of transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, class > II American Society of Anesthesiologists Physical Status score, RCRI (AUC= 0.726), and abnormal troponin levels. Conclusions: In this small group of patients with increased clinical complexity who underwent arterial surgery, the incidence of adverse events was high. In our series, we found that RCRI and VSG-CRI do not reasonably predict the risk of cardiovascular complications. The predictive capacity of a modified preoperative score and evaluating the risk preoperatively and early postoperatively, such as that simulated in this study, may be more effective in determining the risk of complications
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Determinação de incidência, preditores e escores de risco de complicações cardiovasculares e óbito total, em 30 dias e após 1ano da cirurgia, em pacientes submetidos a cirurgias vasculares arteriais eletivas / Incidence, predictors, risk scores of cardiovascular complications, and total death rate within 30 days and 1 year after elective arterial surgery

Luciana Andréa Avena Smeili 30 April 2015 (has links)
Introdução: Estima-se que ocorram 2,5 milhões de mortes por ano relacionadas a cirurgias não cardíacas e cinco vezes este valor para morbidade, com limitações funcionais e redução na sobrevida em longo prazo. Pacientes que deverão ser submetidos à cirurgia vascular são considerados de risco aumentado para eventos adversos cardiovasculares no pós-operatório. Há, ainda, muitas dúvidas em como fazer uma avaliação pré-operatória mais acurada desses pacientes. Objetivo: Em pacientes submetidos à cirurgia vascular arterial eletiva, avaliar a incidência e preditores de complicações cardiovasculares e/ou óbito total, e calcular a performance dos modelos de estratificação de risco mais utilizados. Métodos: Em pacientes adultos, consecutivos, operados em hospital terciário, determinou-se a incidência de complicações cardiovasculares e óbitos, em 30 dias e em um ano. Comparações univariadas e regressão logística avaliaram os fatores de risco associados com os desfechos e a curva ROC (receiver operating characteristic) examinou a capacidade discriminatória do Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e do Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Cirurgia Vascular da New England (VSG-CRI). Resultados: Um total de 141 pacientes (idade média 66 anos, 65% homens) realizou cirurgia de: carótida 15 (10,6%), membros inferiores 65 (46,1%), aorta abdominal 56 (39,7%) e outras (3,5%). Complicações cardiovasculares e óbito ocorreram, respectivamente, em 28 (19,9%) e em 20 (14,2%), em até 30 dias, e em 20 (16,8%) e 10 (8,4%), de 30 dias a um ano. Complicações combinadas ocorreram em 39 (27,7%) pacientes em até 30 dias e em 21 (17,6%) de 30 dias a um ano da cirurgia. Para eventos em até 30 dias, os preditores de risco encontrados foram: idade, obesidade, acidente vascular cerebral, capacidade funcional ruim, cintilografia com hipocaptação transitória, cirurgia aberta, cirurgia de aorta e troponina alterada. Os escores Índice de Risco Cardíaco Revisado (RCRI) e Índice de Risco Cardíaco do Grupo de Estudo Vascular da New England (VSG-CRI) obtiveram AUC (area under curve) de 0,635 e 0,639 para complicações cardiovasculares precoces e 0,562 e 0,610 para óbito em 30 dias, respectivamente. Com base nas variáveis preditoras aqui encontradas, testou-se um novo escore pré-operatório que obteve AUC de 0,747, para complicações cardiovasculares precoces, e um escore intraoperatório que apresentou AUC de 0,840, para óbito em até 30 dias. Para eventos tardios (de 30 dias a 1 ano), os preditores encontrados foram: capacidade funcional ruim, pressão arterial sistólica, cintilografia com hipocaptação transitória, ASA (American Society of Anesthesiologists Physical Status) classe > II, RCRI (AUC 0,726) e troponina alterada. Conclusões: Nesse grupo pequeno e selecionado de pacientes de elevada complexidade clínica, submetidos à cirurgia vascular arterial, a incidência de eventos adversos foi elevada. Para complicações em até 30 dias, mostramos que os índices de avaliação de risco mais utilizados até o momento (RCRI e VSG-CRI) não apresentaram boa performance em nossa amostra. A capacidade preditiva de um escore mais amplo pré-operatório, e uma análise de risco em dois tempos: no pré-operatório e no pós-operatório imediato, como o que simulamos, poderá ser mais efetiva em estimar o risco de complicações / Introduction: Approximately 2.5 million deaths are caused by non-cardiac surgeries per year, while morbidity, represented by functional impairment and a decline in long-term survival, accounts for five times this value. Patients who require a vascular surgery are considered at an increased risk for adverse cardiovascular events in the postoperative period. However, the method for obtaining a more accurate preoperative evaluation in these patients has not yet been determined. Objective: In patients undergoing elective arterial vascular surgery, the incidence and predictors of cardiovascular complications and/or total death were determined and the performance of risk stratification models was assessed. Methods: The incidence of cardiovascular complications and death within 30 days and 1 year after vascular surgery was determined in consecutive adult patients operated in a tertiary hospital. Univariate comparison and logistic regression analysis were used to evaluate risk factors associated with the outcome, and the receiver operating characteristic (ROC) curve determined the discriminatory capacity of the Revised Cardiac Risk Index (RCRI) and the Cardiac Risk Index of the New England Vascular Surgery Group (VSG-CRI). Results: In all, 141 patients (mean age, 66 years; 65% men) underwent vascular surgery, namely for the carotid arteries (15 [10.6%]), inferior limbs (65 [46.1%]), abdominal aorta (56 [39.7%]), and others (5 [3.5%]). Cardiovascular complications and death occurred in 28 (19.9%) and 20 (14.2%) patients, respectively, within 30 days after surgery, and in 20 (16.8%) and 10 (8.4%) patients, respectively, between 30 days and 1 year after the surgical procedure. Combined complications occurred in 39 patients (27.7%) within 30 days and in 21 patients (17.6%) between 30 days and 1 year after surgery. The risk predictors for cardiovascular events that occurred within 30 days were age, obesity, stroke, poor functional capacity, transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, open surgery, aortic surgery, and abnormal troponin levels. The RCRI and VSG-CRI showed an under the curve area of 0.635 and 0.639 for early cardiovascular complications as well as of 0.562 and 0.610 for death within 30 days, respectively. Based on the predictors found in this study, a new preoperative score was proposed, based on an AUC of 0.747 obtained for early cardiovascular complications and an intraoperative score that presented an AUC of 0.840 for death within 30 days. For late events (between 30 days and 1 year), the predictors were poor functional capacity, systolic blood pressure, presence of transitory myocardial hypocaptation on scintigraphy, class > II American Society of Anesthesiologists Physical Status score, RCRI (AUC= 0.726), and abnormal troponin levels. Conclusions: In this small group of patients with increased clinical complexity who underwent arterial surgery, the incidence of adverse events was high. In our series, we found that RCRI and VSG-CRI do not reasonably predict the risk of cardiovascular complications. The predictive capacity of a modified preoperative score and evaluating the risk preoperatively and early postoperatively, such as that simulated in this study, may be more effective in determining the risk of complications
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Avaliação sequencial do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina -símile na predição do parto prematuro / Sequential evaluation of the cervix and test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 in the prediction of preterm delivery

Rolnik, Daniel Lorber 06 November 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O antecedente de parto prematuro espontâneo em gestação anterior é considerado o principal e mais importante fator de risco clínico para prematuridade, principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. Cerca de 25% das pacientes que tiveram parto prematuro apresentarão recorrência. A prevenção secundária consiste na pesquisa de marcadores de maior risco, com o intuito de instituir medidas terapêuticas apropriadas e de evitar tratamentos desnecessários. A hipótese do presente estudo é a de que existe correlação entre os resultados da avaliação do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1) e que a utilização de ambos em associação possa predizer a ocorrência de parto prematuro com maior sensibilidade. OBJETIVOS: Averiguar a utilidade da medida do comprimento do colo uterino e do teste para phIGFBP-1 na predição do parto prematuro antes de 37 e de 34 semanas, a existência de relação dos testes entre si, o melhor valor de corte da medida do colo em diferentes idades gestacionais e a melhor época de realização de cada um dos exames. MÉTODO: Foram compilados e submetidos a análise secundária os dados de 101 gestantes com antecedente de parto prematuro atendidas no Setor de Baixo Peso Fetal da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 2003 e 2008. A medida do comprimento cervical e o teste para phIGFBP-1 foram realizados a cada três semanas, entre 24 e 34 semanas de gestação, e comparados com o desfecho de parto prematuro e nascimento com 34 semanas ou menos, e o melhor valor de corte do colo uterino foi estabelecido por meio de curva de características operacionais. RESULTADOS: Das 101 gestações estudadas, 25 (24,8%) terminaram em parto prematuro, das quais 12 (11,9%) ocorreram com 34 semanas ou menos. As idades gestacionais médias de avaliação foram de 24, 27, 30 e 33 semanas, e os valores de corte do colo uterino foram de 22, 21, 20 e 16 mm, respectivamente. A medida do comprimento do colo apresentou maior sensibilidade (cerca de 70%) e foi capaz de predizer o parto prematuro em todas as avaliações. O teste para phIGFBP-1 não foi útil com 24 semanas, porém foi capaz de detectar de forma independente o risco de prematuridade com 27, com 30 e com 33 semanas. Houve associação estatística dos exames entre si, de forma que o comprimento cervical médio foi menor em gestantes com teste positivo para phIGFBP-1. A associação dos exames elevou a sensibilidade e o valor preditivo negativo de forma significativa. CONCLUSÕES: A medida do comprimento do colo pela ultrassonografia transvaginal constitui bom marcador de risco para parto prematuro com 24 semanas, e o teste para phIGFBP-1 é útil após 27 semanas. A associação dos dois exames possui alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo em gestantes de alto risco para prematuridade espontânea, e a realização do primeiro com 24 semanas e do segundo com 27 semanas constitui bom modelo preditivo para o parto prematuro / INTRODUCTION: The history of spontaneous preterm birth in a previous pregnancy is considered the main and most important clinical risk factor for preterm birth, the leading cause of neonatal morbidity and mortality. About 25% of these patients will deliver prematurely again. Secondary prevention consists in the search for markers of increased risk, in order to institute appropriate therapeutic actions and to avoid unnecessary treatments. The hypothesis of this study is that there is a correlation between the results of the evaluation of the cervix and the test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 (phIGFBP-1) and that the use of both in combination can predict the occurrence of preterm delivery with higher sensitivity. OBJECTIVES: To investigate the usefulness of the measurement of the cervical length and phIGFBP-1 rapid test in the prediction of preterm birth before 37 and 34 weeks, the existence of a relationship between the tests themselves, the best cutoff value of cervical length measurement at different gestational ages and the best time to carry out each of the exams. METHODS: Data of 101 women with previous preterm birth assisted at the Obstetrical Clinic of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo between 2003 and 2008 were collected and subjected to secondary analysis. The measurement of cervical length and the phIGFBP-1 test were performed every three weeks, between 24 and 34 weeks gestation, and compared with the outcome of premature birth before 37 and 34 weeks, and the best cutoff value of the cervix was determined by receiver operator characteristic curves. RESULTS: Of the 101 pregnancies studied, 25 (24.8%) ended in preterm birth, of which 12 (11.9%) occurred at 34 weeks or less. The mean gestational age in each evaluation was 24, 27, 30 and 33 weeks, and the cutoff of the cervix were 22, 21, 20 and 16 millimeters, respectively. The measurement of cervical length showed the highest sensitivity (approximately 70%) and was able to predict preterm birth in all evaluations. The phIGFBP-1 test was not useful at 24 weeks, but was able to independently detect the risk of prematurity at 27, 30 and 33 weeks. Statistical association between the exams was observed, so that the mean cervical length was lower in pregnant women testing positive for phIGFBP-1. The combination of both tests significantly increased the sensitivity and negative predictive value. CONCLUSIONS: The measurement of cervical length by transvaginal ultrasound is a good marker of risk for preterm delivery at 24 weeks, and the test for phIGFBP-1 is useful after 27 weeks. The association of the two tests is valuable and shows high sensitivity and high negative predictive value in women at high risk for spontaneous preterm birth, when the first is preformed with 24 weeks, and the second with 27 weeks
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Avaliação sequencial do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina -símile na predição do parto prematuro / Sequential evaluation of the cervix and test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 in the prediction of preterm delivery

Daniel Lorber Rolnik 06 November 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O antecedente de parto prematuro espontâneo em gestação anterior é considerado o principal e mais importante fator de risco clínico para prematuridade, principal causa de morbidade e mortalidade neonatal. Cerca de 25% das pacientes que tiveram parto prematuro apresentarão recorrência. A prevenção secundária consiste na pesquisa de marcadores de maior risco, com o intuito de instituir medidas terapêuticas apropriadas e de evitar tratamentos desnecessários. A hipótese do presente estudo é a de que existe correlação entre os resultados da avaliação do colo uterino e do teste para proteína-1 fosforilada ligada ao fator de crescimento insulina-símile (phIGFBP-1) e que a utilização de ambos em associação possa predizer a ocorrência de parto prematuro com maior sensibilidade. OBJETIVOS: Averiguar a utilidade da medida do comprimento do colo uterino e do teste para phIGFBP-1 na predição do parto prematuro antes de 37 e de 34 semanas, a existência de relação dos testes entre si, o melhor valor de corte da medida do colo em diferentes idades gestacionais e a melhor época de realização de cada um dos exames. MÉTODO: Foram compilados e submetidos a análise secundária os dados de 101 gestantes com antecedente de parto prematuro atendidas no Setor de Baixo Peso Fetal da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 2003 e 2008. A medida do comprimento cervical e o teste para phIGFBP-1 foram realizados a cada três semanas, entre 24 e 34 semanas de gestação, e comparados com o desfecho de parto prematuro e nascimento com 34 semanas ou menos, e o melhor valor de corte do colo uterino foi estabelecido por meio de curva de características operacionais. RESULTADOS: Das 101 gestações estudadas, 25 (24,8%) terminaram em parto prematuro, das quais 12 (11,9%) ocorreram com 34 semanas ou menos. As idades gestacionais médias de avaliação foram de 24, 27, 30 e 33 semanas, e os valores de corte do colo uterino foram de 22, 21, 20 e 16 mm, respectivamente. A medida do comprimento do colo apresentou maior sensibilidade (cerca de 70%) e foi capaz de predizer o parto prematuro em todas as avaliações. O teste para phIGFBP-1 não foi útil com 24 semanas, porém foi capaz de detectar de forma independente o risco de prematuridade com 27, com 30 e com 33 semanas. Houve associação estatística dos exames entre si, de forma que o comprimento cervical médio foi menor em gestantes com teste positivo para phIGFBP-1. A associação dos exames elevou a sensibilidade e o valor preditivo negativo de forma significativa. CONCLUSÕES: A medida do comprimento do colo pela ultrassonografia transvaginal constitui bom marcador de risco para parto prematuro com 24 semanas, e o teste para phIGFBP-1 é útil após 27 semanas. A associação dos dois exames possui alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo em gestantes de alto risco para prematuridade espontânea, e a realização do primeiro com 24 semanas e do segundo com 27 semanas constitui bom modelo preditivo para o parto prematuro / INTRODUCTION: The history of spontaneous preterm birth in a previous pregnancy is considered the main and most important clinical risk factor for preterm birth, the leading cause of neonatal morbidity and mortality. About 25% of these patients will deliver prematurely again. Secondary prevention consists in the search for markers of increased risk, in order to institute appropriate therapeutic actions and to avoid unnecessary treatments. The hypothesis of this study is that there is a correlation between the results of the evaluation of the cervix and the test for phosphorylated insulin-like growth factor binding protein-1 (phIGFBP-1) and that the use of both in combination can predict the occurrence of preterm delivery with higher sensitivity. OBJECTIVES: To investigate the usefulness of the measurement of the cervical length and phIGFBP-1 rapid test in the prediction of preterm birth before 37 and 34 weeks, the existence of a relationship between the tests themselves, the best cutoff value of cervical length measurement at different gestational ages and the best time to carry out each of the exams. METHODS: Data of 101 women with previous preterm birth assisted at the Obstetrical Clinic of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo between 2003 and 2008 were collected and subjected to secondary analysis. The measurement of cervical length and the phIGFBP-1 test were performed every three weeks, between 24 and 34 weeks gestation, and compared with the outcome of premature birth before 37 and 34 weeks, and the best cutoff value of the cervix was determined by receiver operator characteristic curves. RESULTS: Of the 101 pregnancies studied, 25 (24.8%) ended in preterm birth, of which 12 (11.9%) occurred at 34 weeks or less. The mean gestational age in each evaluation was 24, 27, 30 and 33 weeks, and the cutoff of the cervix were 22, 21, 20 and 16 millimeters, respectively. The measurement of cervical length showed the highest sensitivity (approximately 70%) and was able to predict preterm birth in all evaluations. The phIGFBP-1 test was not useful at 24 weeks, but was able to independently detect the risk of prematurity at 27, 30 and 33 weeks. Statistical association between the exams was observed, so that the mean cervical length was lower in pregnant women testing positive for phIGFBP-1. The combination of both tests significantly increased the sensitivity and negative predictive value. CONCLUSIONS: The measurement of cervical length by transvaginal ultrasound is a good marker of risk for preterm delivery at 24 weeks, and the test for phIGFBP-1 is useful after 27 weeks. The association of the two tests is valuable and shows high sensitivity and high negative predictive value in women at high risk for spontaneous preterm birth, when the first is preformed with 24 weeks, and the second with 27 weeks

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