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Três estudos sobre o conceito de narcisismo na obra de Freud: origem, metapsicologia e formas sociais / Three studies on the concept of narcissism in Freudian work: origin, metapsychology and social formsLuiz Moreno Guimaraes 19 October 2012 (has links)
Pretende-se contribuir à análise do conceito de narcisismo no pensamento freudiano a partir de três estudos: (1) Um exame das primeiras elaborações sobre o narcisismo, dividido em dois tempos: (i) a origem do termo junto às primeiras descrições e teorias sobre o narcisismo, (ii) sua entrada na teoria freudiana. A ideia central é, por meio de uma visão diacrônica, acompanhar a apropriação e evidenciar as modificações que Freud incide nesse conceito ao adotá-lo em sua metapsicologia. Para isso, então, iremos em um primeiro momento estudar como os primeiros teóricos do narcisismo Alfred Binet, Havelock Ellis, Paul Näcke e Richard von Krafft-Ebing concebiam e conceberam essa noção; para depois pensar a apropriação freudiana em três fontes: na correspondência trocada com Jung, no registro das Atas da Sociedade Psicanalítica de Viena e nos textos freudianos de 1910 a 1913. (2) Um estudo do texto de Freud Introdução ao narcisismo de 1914 texto central para o narcisismo , levando em consideração três aspectos: (i) a lógica interna do texto, (ii) as modificações que a introdução do narcisismo traz à teoria freudiana e (iii) alguns desdobramentos desse conceito no interior do pensamento freudiano. (3) Uma análise da noção de narcisismo das pequenas diferenças desenvolvendo um dos vários desdobramentos que o conceito de narcisismo tem a partir de 1914; trata-se de uma análise sincrônica que visa cotejar e relacionar três momentos dessa noção: tal como ela surge pela primeira vez em O tabu da virgindade de 1918, como ela é retomada em Psicologia das massas e análise do Eu de 1921 e sua versão final em O mal-estar na cultura de 1930. Em suma, o primeiro estudo visa pensar a origem e a entrada do narcisismo no pensamento freudiano; o segundo, o narcisismo na metapsicologia; e o terceiro, o narcisismo enquanto fenômeno social / We aim to contribute to the analysis of the concept of narcissism in the Freudian thought from three studies: (1) An examination of the first elaborations on narcissism, divided into two stages: (i) the origin of the term within the first descriptions and theories of narcissism, (ii) its entry into the Freudian theory. The central idea is, through a diachronic view, to track the appropriation and highlight the changes that Freud makes into this concept to adopt it in his metapsychology. For this, we will at first study how the first theorists of narcissism - Alfred Binet, Havelock Ellis, Paul Näcke and Richard von Krafft-Ebing - conceived this notion, and then think about the Freudian appropriation on three sources: in the correspondence with Jung, in the record of the Minutes of the Psychoanalytic Society of Vienna and in the Freudian texts from 1910 to 1913. (2) A study of the Freudian text On Narcissism: an introduction of 1914 - the central text for narcissism - taking into account three aspects: (i) the internal logic of the text, (ii) the changes that the introduction of narcissism brings to the Freudian theory, (iii) some consequences of this concept inside the Freudian thought. (3) An analysis of the concept of narcissism of minor differences - unfolding one of the several developments that the narcissism concept has had since 1914; it is a synchronic analysis that aims to collate and relate three moments of this notion: such as it first appears in The Taboo of Virginity of 1918, the way it is retaken in Group Psychology and the Analysis of the Ego of 1921, and its final version in Civilization and Its Discontents of 1930. In short, the first study aims to consider the origin and the entry of narcissism in the Freudian thought; the second is related to the narcissism in metapsychology; and the third, narcissism as a social phenomenon
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Aproximações a uma metapsicologia freudiana da escuta: ressonâncias a partir do campo do acompanhamento terapêutico / A metapsychological approach of a Freudian listening: reverberations from therapeutical accompaniment fieldGhertman, Iso Alberto 22 May 2009 (has links)
Este trabalho se dedica a refletir sobre a trama dos conceitos que operam no processo da escuta analítica. Para tanto, baseia-se no referencial freudiano e nos desdobramentos de suas ideias a partir de analistas contemporâneos. O disparador dessas reflexões foi a experiência clínica do autor naquilo que se convencionou chamar de clínica estendida, especificamente a clínica do acompanhamento terapêutico (AT). Por meio da singularidade dessa clínica, formulou-se a ideia de uma escuta nômade, a qual está subordinada não apenas ao campo transferencial em que se situa, mas também a um discurso que se descola da doutrina freudiana, delimitando um posicionamento ético e político na relação com o sofrimento. / The present paper aims at reflecting about the group of concepts that operate in the process of analytical listening. In order to do so, it was based on the Freudian reference and on the unfoldings of his ideas after reading the contributions of contemporary analysts. The trigger of these reflections was the clinical experience of the author in what can be called \"extended clinic\", specifically the clinic of therapeutical accompaniment. By means of the singularity of that clinic, the \"nomadic listening\" idea was formulated, and it is subordinate not only to the transference field where it lies, but also to a discourse that is taken from the Freudian doctrine, delimiting an ethical and political position in relation with suffering.
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A perlaboração da contratransferência e o processo de alucinação do psicanalista como recursos das construções em análise / Not informed by the authorDallazen, Lizana 15 December 2017 (has links)
A questão que originou esta pesquisa surgiu da clínica, campo de investigação e reduto de trabalho do psicanalista. Ao observar a mudança de constelações psíquicas que vêm se apresentando no consultório, e constatar os limites que a técnica clássica impõe à escuta psicanalítica, fez-se necessário conhecer outras teorias e técnicas que possibilitassem a ampliação da sensibilidade clínica, buscando, via contratransferência, uma forma de escutar os conteúdos psíquicos de pacientes com falha no processo de simbolização. O trabalho de investigação visou então desenvolver e sustentar a tese de que a perlaboração da contratransferência pode ser um importante recurso que coloca à disposição do trabalho analítico o material necessário para realizar construções em análise de representações-coisa. Os argumentos são construídos em três etapas: aproximação dos conceitos de contratransferência e de perlaboração, sustentando a primeira proposição da tese de perlaboração da contratransferência; apresentação dos aportes teóricos relativos ao conceito de contratransferência, desenvolvidos por autores pós-freudianos, e descrição do trabalho psicanalítico, lançando luz na metapsicologia do analista, composta, precisamente, dos processos psíquicos envolvidos na perlaboração da contratransferência, quais sejam, empatia, identificação projetiva em sua forma comunicativa e rêverie. Entendemos que esses três conceitos operando juntos permitem sustentar a dimensão estética da contratransferência, que, via trabalho do analista, disponibiliza material para realizar a figurabilidade necessária às simbolizações primárias. Trata-se do último passo da tese, que é sustentar a proposição dequea perlaboração da contratransferência é uma etapa sinequa non das construções em análise. O modelo de trabalho que propomos como paradigma deste modo de psicanalisar é o da Gradiva, que encontra na sua própria alucinação a forma de rememoração e perlaboração das cadeias representacionais interrompidas no psiquismo de Hanold. Os argumentos foram desenvolvidos a partir dos seguintes historiais clínicos de autores consagrados na psicanálise: o Homem dos Lobos, a análise de Margareth Little com Winnicott, o caso de análise mútua de Elizabeth Severn e por fim, o caso Didier da psicanalista Julia Kristeva. O percurso nos levou a contribuir com o campo científico a partir de três pontos: compreender como o psicanalista realiza este trabalho; alçar a contratransferência a uma dimensão estética, que visa dar forma e sentido quando há falhas nesses aspectos no analisando, e, sobretudo, recuperar o conceito de alucinação como processo de rememoração, sendo esta compreendida como a matriz da criação simbólica / The question that originated this research arose from the clinic, field of investigation and heartland of work of the psychoanalyst. When observing the change in psychic constellations that are appearing in the practice, and verifying the limits that the classical technique imposes to the psychoanalytical´s listening, it became necessary to know other theories and techniques that would allow the amplification of the clinical sensitivity, seeking, via countertransference, a way of listening to the psychic contents of patients with failure in the process of symbolization.The research work aimed at developing and sustaining the thesis that the perlaboration of the countertransference can be an important resource that makes available to the analytical work the material necessary to perform constructions in analysis of thing representations. The arguments are constructed in three stages: approximation of the concepts of countertransference and perlaboration, underpinning the first proposition of the thesis of perlaboration of countertransference; presentation of the theoretical contributions on the concept of countertransference, developed by post-Freudian authors, and description of psychoanalytic work, throwing light on the analyst\'s metapsychology, precisely composed by the psychic processes involved in the perlaboration of countertransference, namely, empathy, projective identification in its communicative and rêverie forms.We understand that these three concepts working together allow us to underpin the aesthetic dimension of countertransference, which, through the work of the analyst, provides material to achieve the necessary figurability of primary symbolizations. This is the last step of the thesis, which is to underpin the proposition that the perlaboration of the countertransference is a sine qua non stage of the constructions in the analysis. The work model that we propose as a paradigm for this way of psychoanalysis is Gradiva\'s, who finds in its own hallucination the form of recalling and perlaboration of the representational chains interrupted in the psychism of Hanold. The arguments were developed from the following clinical histories of well-known authors in psychoanalysis: the Man of the Wolves, the analysis of Margareth Little with Winnicott, the case of mutual analysis of Elizabeth Severn and, finally, Didier case of the psychoanalyst Julia Kristeva.The course led us to contribute with the scientific field since three points: to comprehend how the psychoanalyst achieves this work; to elevate countertransference to an aesthetic dimension, which aims to give form and meaning when there are flaws in these aspects in the analysand, and, above all, to recover the concept of hallucination as a process of recalling, which is understood as the matrix of symbolic creation
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De além do princípio de prazer ao além do princípio de desempenho: ressonâncias da teoria das pulsões no pensamento de Herbert Marcuse / From beyond the pleasure principle to beyond the performance principle: echoes of the drive theory in Herbert Marcuses thinkingMuniz, Polyana Stocco 12 November 2010 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo problematizar a inserção da teoria das pulsões no pensamento de Herbert Marcuse, mais especificamente em sua obra publicada em 1955 sob o título Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Aproximadamente três décadas antes a essa publicação de Marcuse, Freud publicou a obra que rearticulou como um todo o seu pensamento: o ensaio sobre a hipótese da Pulsão de Morte. Tal foi a sua repercussão, tanto clínica como cultural, que fez com que a psicanálise avançasse em temas como o masoquismo, a compulsão à repetição, a psicologia de massas e a destrutividade, chegando mesmo a problematizar o desenvolvimento cultural humano em sua possibilidade de garantir a vida comunal diante de uma pulsão para além do princípio de prazer. Não obstante, a recepção dessa conceituação provocou diversas revisões da psicanálise. Dentre as que aqui interessam, destacaram-se aquelas que foram atravessadas pelas questões relativas ao socialismo, já que questionaram a condição de imutabilidade da Pulsão de Morte. Contudo, as propostas desse Revisionismo Neofreudiano, que tentava articular marxismo e psicanálise, culminaram na extirpação da teoria das pulsões, dessexualizando a psicanálise. Ao criticar essa tendência popular, à época, a obra de Marcuse renovou o impasse: como inserir a metapsicologia, especialmente o conceito de Pulsão de Morte, no contexto das pesquisas do Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt, fundamentalmente marxista? O autor realocou a psicanálise no debate crítico sobre a cultura, renovando também outra questão que se vinculava à Pulsão de Morte: a relação entre dominação e progresso constituiria realmente o princípio da civilização? Sob esse contexto, a presente pesquisa articulou os seguintes pontos, a fim de esclarecer as ressonâncias da teoria das pulsões no pensamento de Marcuse: a) buscou-se esclarecer a crítica marcuseana às escolas culturalistas Neofreudianas; b) procurou-se compreender alguns pontos da conceituação sobre a Pulsão de Morte na obra de Freud; c) e, por fim, os desdobramentos dessa pulsão na obra Eros e civilização. Pode-se apontar que Marcuse centrou o debate sobre a cultura no conflito entre os princípios de prazer e realidade. Entretanto, o autor não negou a Pulsão de Morte em suas análises, mas a sua atividade numa realidade regida pelo princípio de desempenho, comparada com sua atividade regida por um mais além princípio de desempenho, já que, aliviada a tensão, pouco se expressaria. Problematizou-se a conclusão dessa obra, pois, não sendo a Pulsão de Morte somente alívio de tensão, ela insistiu na dinâmica da civilização como negação do indivíduo. A proposição de uma utopia foi questionada posteriormente pelo próprio autor e, assim, permaneceu seu posicionamento crítico, na medida em que compreendeu, nas próprias conceituações da psicanálise, a negação do existente, ou seja, a revelação da negação do indivíduo / The present work aims to debate the insertion of the drive theory in Herbert Marcuses thinking, as per, more specifically, this authors work Eros and Civilization: a philosophical inquiry into Freud published in 1955. Approximately three decades before this Marcuses publication, Freud had published a work which articulated his thinking as a whole: the essay on the hypothesis of the death drive. The great repercussion of the former work, in both clinical and cultural terms, made psychoanalysis advance in themes such as masochism, compulsion to repetition, crowd psychology and destructivity, besides having discussed human cultural development within its possibility of guaranteeing communal life in the face of a drive, which goes beyond pleasure principle. Nevertheless, the approach of this new concept provoked many reviews in the psychoanalysis area one of which we can highlight. Questions related to socialism were examined, as they referred to the immutability of the condition of the death drive. However, the proposals of this Neo-Freudian Revisionism which tried to merge Marxism and psychoanalysis, terminated in the extirpation of the theory of drives and generated an opposed movement to the previously accepted eroticization of psychoanalysis. As Marcuses work criticized such a popular trend at that time, it renewed the dilemma: how to insert metapsychology, particularly the death drive concept, in the context of the researches carried out in the Institute of Social Research of Frankfurt which was fundamentally Marxist? The author reallocated psychoanalysis in the midst of critical debate on culture, and also renewed another inquiry that is linked to the death drive: would the relationship between dominance and progress really constitute the principle of civilization? In this context, this research discussed the following points to clarify the echoes of the drive theory in Marcuses thinking: a) by trying to elucidate Marcusean critical theory to the Neo- Freudian culturalist schools; b) by analyzing some elements in the concept of death drive in Freuds work; c) ultimately, by understanding the outcome of death drive in Eros and Civilization: a philosophical inquiry into Freud. Furthermore, we can point out that Marcuse focused the debate about culture on the conflict between the principles of pleasure and reality. Still, the author did not discredit death drive itself in his analysis, but its mechanisms in a reality led by performance principle if compared to the previously referred drives action conducted by a beyond the performance principle, as the death drive would be nonexpressive after tension had been released. Also, the conclusion of that book was examined, as death drive is not only tension release. Moreover, that work insisted on the point that the dynamics of civilization can be considered a denial of the individual. The proposition of a utopia was questioned afterwards by the author himself. Thus, his assertion remained a critical one as Marcuse understood the denial of the existent in his own concept of psychoanalysis, that is, the revelation of the negation of the individual
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A escrita dos estados-limite como um recurso de ampliação da escuta psicanalítica / The writing of borderline states as a resource of enlargement of the psychoanalytic listeningDaló, Luis Henrique de Oliveira 03 August 2012 (has links)
Este trabalho abre um campo de investigação da escrita psicanalítica impulsionada por estados-limite em que situações de bloqueio da escuta psicanalítica são vividas na experiência clínica. A escrita do psicanalista é considerada análoga à formação e à interpretação dos sonhos e, portanto, à sua escuta; essa escrita serve de instrumento de investigação da experiência clínica, na medida em que se enraíza no tempo da experiência no campo transferencial. O estado-limite é definido nesta pesquisa a partir de um deslocamento do conceito de caso-limite: a incidência do traumático e do campo do irrepresentável é pensada para além do funcionamento intrapsíquico do analisando, estendido ao funcionamento intersubjetivo do campo transferencial. A escrita do analista é, então, apresentada como um possível recurso de recuperação do trabalho clínico nessas circunstâncias em que a escuta se perde, paralisada ou esvanecida. O trabalho miúdo do analista em relação à sua prática clínica encontra-se vinculado ao campo teórico psicanalítico, que é então movimentado a partir dos limites clínicos e da possibilidade de pensá-los psicanaliticamente; nessa medida, a escrita pode ser considerada um recurso de ampliação e não apenas de recuperação da escuta psicanalítica. Alguns textos que se originam de situações críticas vividas na clínica ou na cultura constituem parte desta pesquisa. São situações traumáticas de difícil elaboração, que exigem trabalho de ligação psíquica por parte do analista; porém, esse trabalho exigido não encontra condições de se realizar no tempo da experiência limítrofe. Por meio desses escritos, bem como de articulações teóricas que os têm como suporte, é possível reconhecer a escrita psicanalítica como um recurso de abertura de campos inaudíveis no tempo dos estados-limite / This paper opens a research field of psychoanalytic writing driven by states limit situations in which a blocking of psychoanalytic listening is experienced. It considers psychoanalyst´s writing analogous to the formation and interpretation of dreams, so it does to this listening. This writing act becomes a research tool of clinical experience, as it will be taking roots in the experience of the transferencial field. The definition of the borderline state is considered here from a displacement of the concept of borderline case: the incidence of traumatic and of unrepresentable field is thought beyond the analysand\'s intrapsychic functioning, but extended to the functioning of the intersubjective transferencial field. The writing of the analyst is then presented as a possible resource recovery clinical work in such circumstances where the listening is lost, paralyzed or vanished. This intimate work of the analyst in relation to its clinical practice is linked to the field of theoretical psychoanalysis, which is then moved from the clinical limits and the ability to think about them psychoanalytically. In this sense, the writing can be considered a resource of enlargement and not only recovery of psychoanalytic listening. Some texts originating from critical situations experienced in clinical or culture are part of this research. These traumatic events are difficult to be elaborated, requiring the work of binding by the analyst; but this work required dont happens in the moment of borderline experience. Through these writings, as well as theoretical links that it supports, one can recognize the psychoanalytic writing as a resource of opening fields that was inaudible in the borderline states times
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Fundamentos metapsicológicos da constituição do espaço psíquico e a elaboração de um sentido terapêutico do tratamento psicanalítico / Metapsychological foundations of the constitution of the psychic space and the elaboration of therapeutic prospects for the psychoanalytic treatmentBotter, Isabel 13 April 2012 (has links)
A presente pesquisa partiu do desejo de se investigar as possibilidades terapêuticas do tratamento psicanalítico. A partir do estudo da obra Entre o sonho e a dor, do psicanalista J.-B. Pontalis, este campo inicial por demais abrangente pôde ser delimitado, e a questão do trabalho de pesquisa circunscrita. Optou-se por centralizar o estudo no processo de constituição daquilo que o autor chama de espaço psíquico uma metáfora que indica a realidade psíquica, ou, em outras palavras, a própria subjetividade, desde que viva. Esta noção do vivo é fundamental porque, diante de uma situação clínica em que o analista (Pontalis, no caso) experimentava a morte do espaço psíquico do paciente, colocava-se precisamente a necessidade de constituir ou recuperar esse espaço psíquico amortecido: que o sujeito pudesse nascer para si mesmo. O tratamento psicanalítico, então, para Pontalis, teria, entre outras, essa possibilidade terapêutica: favorecer a constituição (ou reinstalação) do espaço psíquico. Compreender analiticamente esse processo constitutivo, mediante o esclarecimento de suas bases metapsicológicas, é o objetivo deste trabalho. Para tanto, foram utilizados basicamente três conjuntos de referenciais teóricos: 1) alguns trabalhos do próprio Pontalis que constam da obra supracitada; 2) as posições esquizoparanoide e depressiva, do arsenal teórico kleiniano e, por fim, 3) as matrizes da intersubjetividade (Coelho Jr. e Figueiredo, 2004) e a metapsicologia do cuidado (Figueiredo, 2009). Esses fundamentos metapsicológicos estão apresentados, a título de organização, em dois eixos: no primeiro, os fundamentos relativos à dimensão intersubjetiva na constituição do espaço psíquico a que se atribuiu o nome de trabalho de transmissão, e cujo foco, nesta pesquisa, está nas funções exercidas pelos objetos primários. No segundo eixo, situam-se os fundamentos relativos à dimensão intrapsíquica da subjetividade, entre os quais, a partir de Melanie Klein e Luis Claudio Figueiredo, se destaca o trabalho do luto. Enfatizou-se e justificou-se que as dimensões intersubjetiva e intrapsíquica são interdependentes, não se opõem como experiências nem como conceitos antagônicos, de modo que o pareamento nos dois eixos foi tão-somente um recurso para organizar a estrutura da dissertação. Nas Considerações Finais, a hipótese da constituição do espaço psíquico como uma possibilidade terapêutica do tratamento psicanalítico é retomada, e acrescida de algumas considerações que a articulam à metapsicologia do cuidado. Em linhas gerais, sustenta-se que a instalação do espaço psíquico ou da metáfora materna (Pontalis) representa justamente a constituição de uma matriz de cuidado, isto é, da capacidade de cuidar de si e dos outros. Estas seriam, dentre outras, perspectivas terapêuticas que um processo psicanalítico pode almejar / The present work has stemmed from a wish to investigate the therapeutic possibilities of the psychoanalytic treatment. Starting with the study of Between the dream and psychic pain, by psychoanalyst J.-B. Pontalis, this initial and extraordinarily broad field could be limited, and the research question could be circumscribed. We chose to center the study in the process of constitution of what the author calls psychic space a metaphor that designates psychic reality or, in other words, subjectivity itself, as long as it is alive. This notion of aliveness is essential because, facing a clinical situation in which the analyst (Pontalis, in this case) experienced the death of the patients psychic space, there arose precisely the need to constitute or recover this deadened psychic space: that the subject could be born to him/herself. According to Pontalis, the psychoanalytic treatment would thus have this therapeutic possibility among others: to favor the constitution (or reinstallation) of the psychic space. The objective of the present work is to analytically understand this constitutive process, by means of the clarification of its metapsychological bases. Three groups of theoretical frameworks have been used to achieve said objective: 1) some papers by Pontalis, pertaining to the aforementioned work; 2) the paranoid-schizoid and depressive positions, from the Kleinian theoretical framework, and finally 3) the patterns of subjectivity (Coelho Jr. & Figueiredo, 2004) and the metapsychology of caring (Figueiredo, 2009). These metapsychological foundations are presented, for didactical purposes, in two axes: firstly, those foundations related to the intersubjective dimension of the constitution of the psychic space which have been termed work of transmission, and whose aim, in the present research, is on the functions exerted by the primary objects. Secondly, the foundations related to the intrapsychic dimension of subjectivity, among which, according to Melanie Klein and Luis Claudio Figueiredo, the work of mourning is emphasized. It has been emphasized and justified that the intersubjective and intrapsychic dimensions are interdependent, i.e. they are not opposed to each other as experiences nor as antagonistic concepts, so that the pairing of both axes is a mere resource to organize the thesis structure. On the Concluding Remarks, the hypothesis of the constitution of the psychic space as a therapeutic possibility of the psychoanalytic treatment is readdressed, added by some considerations that connect it to the metapsychology of caring. In general terms, it is argued that the installation of the psychic space or the maternal metaphor (Pontalis) refers precisely to the constitution of a pattern of caring, i.e. the ability to take care of oneself and of others. These, among others, would be therapeutic perspectives that a psychoanalytic process can aspire to
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Fundamentos metapsicológicos da constituição do espaço psíquico e a elaboração de um sentido terapêutico do tratamento psicanalítico / Metapsychological foundations of the constitution of the psychic space and the elaboration of therapeutic prospects for the psychoanalytic treatmentIsabel Botter 13 April 2012 (has links)
A presente pesquisa partiu do desejo de se investigar as possibilidades terapêuticas do tratamento psicanalítico. A partir do estudo da obra Entre o sonho e a dor, do psicanalista J.-B. Pontalis, este campo inicial por demais abrangente pôde ser delimitado, e a questão do trabalho de pesquisa circunscrita. Optou-se por centralizar o estudo no processo de constituição daquilo que o autor chama de espaço psíquico uma metáfora que indica a realidade psíquica, ou, em outras palavras, a própria subjetividade, desde que viva. Esta noção do vivo é fundamental porque, diante de uma situação clínica em que o analista (Pontalis, no caso) experimentava a morte do espaço psíquico do paciente, colocava-se precisamente a necessidade de constituir ou recuperar esse espaço psíquico amortecido: que o sujeito pudesse nascer para si mesmo. O tratamento psicanalítico, então, para Pontalis, teria, entre outras, essa possibilidade terapêutica: favorecer a constituição (ou reinstalação) do espaço psíquico. Compreender analiticamente esse processo constitutivo, mediante o esclarecimento de suas bases metapsicológicas, é o objetivo deste trabalho. Para tanto, foram utilizados basicamente três conjuntos de referenciais teóricos: 1) alguns trabalhos do próprio Pontalis que constam da obra supracitada; 2) as posições esquizoparanoide e depressiva, do arsenal teórico kleiniano e, por fim, 3) as matrizes da intersubjetividade (Coelho Jr. e Figueiredo, 2004) e a metapsicologia do cuidado (Figueiredo, 2009). Esses fundamentos metapsicológicos estão apresentados, a título de organização, em dois eixos: no primeiro, os fundamentos relativos à dimensão intersubjetiva na constituição do espaço psíquico a que se atribuiu o nome de trabalho de transmissão, e cujo foco, nesta pesquisa, está nas funções exercidas pelos objetos primários. No segundo eixo, situam-se os fundamentos relativos à dimensão intrapsíquica da subjetividade, entre os quais, a partir de Melanie Klein e Luis Claudio Figueiredo, se destaca o trabalho do luto. Enfatizou-se e justificou-se que as dimensões intersubjetiva e intrapsíquica são interdependentes, não se opõem como experiências nem como conceitos antagônicos, de modo que o pareamento nos dois eixos foi tão-somente um recurso para organizar a estrutura da dissertação. Nas Considerações Finais, a hipótese da constituição do espaço psíquico como uma possibilidade terapêutica do tratamento psicanalítico é retomada, e acrescida de algumas considerações que a articulam à metapsicologia do cuidado. Em linhas gerais, sustenta-se que a instalação do espaço psíquico ou da metáfora materna (Pontalis) representa justamente a constituição de uma matriz de cuidado, isto é, da capacidade de cuidar de si e dos outros. Estas seriam, dentre outras, perspectivas terapêuticas que um processo psicanalítico pode almejar / The present work has stemmed from a wish to investigate the therapeutic possibilities of the psychoanalytic treatment. Starting with the study of Between the dream and psychic pain, by psychoanalyst J.-B. Pontalis, this initial and extraordinarily broad field could be limited, and the research question could be circumscribed. We chose to center the study in the process of constitution of what the author calls psychic space a metaphor that designates psychic reality or, in other words, subjectivity itself, as long as it is alive. This notion of aliveness is essential because, facing a clinical situation in which the analyst (Pontalis, in this case) experienced the death of the patients psychic space, there arose precisely the need to constitute or recover this deadened psychic space: that the subject could be born to him/herself. According to Pontalis, the psychoanalytic treatment would thus have this therapeutic possibility among others: to favor the constitution (or reinstallation) of the psychic space. The objective of the present work is to analytically understand this constitutive process, by means of the clarification of its metapsychological bases. Three groups of theoretical frameworks have been used to achieve said objective: 1) some papers by Pontalis, pertaining to the aforementioned work; 2) the paranoid-schizoid and depressive positions, from the Kleinian theoretical framework, and finally 3) the patterns of subjectivity (Coelho Jr. & Figueiredo, 2004) and the metapsychology of caring (Figueiredo, 2009). These metapsychological foundations are presented, for didactical purposes, in two axes: firstly, those foundations related to the intersubjective dimension of the constitution of the psychic space which have been termed work of transmission, and whose aim, in the present research, is on the functions exerted by the primary objects. Secondly, the foundations related to the intrapsychic dimension of subjectivity, among which, according to Melanie Klein and Luis Claudio Figueiredo, the work of mourning is emphasized. It has been emphasized and justified that the intersubjective and intrapsychic dimensions are interdependent, i.e. they are not opposed to each other as experiences nor as antagonistic concepts, so that the pairing of both axes is a mere resource to organize the thesis structure. On the Concluding Remarks, the hypothesis of the constitution of the psychic space as a therapeutic possibility of the psychoanalytic treatment is readdressed, added by some considerations that connect it to the metapsychology of caring. In general terms, it is argued that the installation of the psychic space or the maternal metaphor (Pontalis) refers precisely to the constitution of a pattern of caring, i.e. the ability to take care of oneself and of others. These, among others, would be therapeutic perspectives that a psychoanalytic process can aspire to
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A perlaboração da contratransferência e o processo de alucinação do psicanalista como recursos das construções em análise / Not informed by the authorLizana Dallazen 15 December 2017 (has links)
A questão que originou esta pesquisa surgiu da clínica, campo de investigação e reduto de trabalho do psicanalista. Ao observar a mudança de constelações psíquicas que vêm se apresentando no consultório, e constatar os limites que a técnica clássica impõe à escuta psicanalítica, fez-se necessário conhecer outras teorias e técnicas que possibilitassem a ampliação da sensibilidade clínica, buscando, via contratransferência, uma forma de escutar os conteúdos psíquicos de pacientes com falha no processo de simbolização. O trabalho de investigação visou então desenvolver e sustentar a tese de que a perlaboração da contratransferência pode ser um importante recurso que coloca à disposição do trabalho analítico o material necessário para realizar construções em análise de representações-coisa. Os argumentos são construídos em três etapas: aproximação dos conceitos de contratransferência e de perlaboração, sustentando a primeira proposição da tese de perlaboração da contratransferência; apresentação dos aportes teóricos relativos ao conceito de contratransferência, desenvolvidos por autores pós-freudianos, e descrição do trabalho psicanalítico, lançando luz na metapsicologia do analista, composta, precisamente, dos processos psíquicos envolvidos na perlaboração da contratransferência, quais sejam, empatia, identificação projetiva em sua forma comunicativa e rêverie. Entendemos que esses três conceitos operando juntos permitem sustentar a dimensão estética da contratransferência, que, via trabalho do analista, disponibiliza material para realizar a figurabilidade necessária às simbolizações primárias. Trata-se do último passo da tese, que é sustentar a proposição dequea perlaboração da contratransferência é uma etapa sinequa non das construções em análise. O modelo de trabalho que propomos como paradigma deste modo de psicanalisar é o da Gradiva, que encontra na sua própria alucinação a forma de rememoração e perlaboração das cadeias representacionais interrompidas no psiquismo de Hanold. Os argumentos foram desenvolvidos a partir dos seguintes historiais clínicos de autores consagrados na psicanálise: o Homem dos Lobos, a análise de Margareth Little com Winnicott, o caso de análise mútua de Elizabeth Severn e por fim, o caso Didier da psicanalista Julia Kristeva. O percurso nos levou a contribuir com o campo científico a partir de três pontos: compreender como o psicanalista realiza este trabalho; alçar a contratransferência a uma dimensão estética, que visa dar forma e sentido quando há falhas nesses aspectos no analisando, e, sobretudo, recuperar o conceito de alucinação como processo de rememoração, sendo esta compreendida como a matriz da criação simbólica / The question that originated this research arose from the clinic, field of investigation and heartland of work of the psychoanalyst. When observing the change in psychic constellations that are appearing in the practice, and verifying the limits that the classical technique imposes to the psychoanalytical´s listening, it became necessary to know other theories and techniques that would allow the amplification of the clinical sensitivity, seeking, via countertransference, a way of listening to the psychic contents of patients with failure in the process of symbolization.The research work aimed at developing and sustaining the thesis that the perlaboration of the countertransference can be an important resource that makes available to the analytical work the material necessary to perform constructions in analysis of thing representations. The arguments are constructed in three stages: approximation of the concepts of countertransference and perlaboration, underpinning the first proposition of the thesis of perlaboration of countertransference; presentation of the theoretical contributions on the concept of countertransference, developed by post-Freudian authors, and description of psychoanalytic work, throwing light on the analyst\'s metapsychology, precisely composed by the psychic processes involved in the perlaboration of countertransference, namely, empathy, projective identification in its communicative and rêverie forms.We understand that these three concepts working together allow us to underpin the aesthetic dimension of countertransference, which, through the work of the analyst, provides material to achieve the necessary figurability of primary symbolizations. This is the last step of the thesis, which is to underpin the proposition that the perlaboration of the countertransference is a sine qua non stage of the constructions in the analysis. The work model that we propose as a paradigm for this way of psychoanalysis is Gradiva\'s, who finds in its own hallucination the form of recalling and perlaboration of the representational chains interrupted in the psychism of Hanold. The arguments were developed from the following clinical histories of well-known authors in psychoanalysis: the Man of the Wolves, the analysis of Margareth Little with Winnicott, the case of mutual analysis of Elizabeth Severn and, finally, Didier case of the psychoanalyst Julia Kristeva.The course led us to contribute with the scientific field since three points: to comprehend how the psychoanalyst achieves this work; to elevate countertransference to an aesthetic dimension, which aims to give form and meaning when there are flaws in these aspects in the analysand, and, above all, to recover the concept of hallucination as a process of recalling, which is understood as the matrix of symbolic creation
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Idag är jag inte riktigt mig själv : en undersökning av psykoanalysens kunskapsobjektSporrong, Tony January 2011 (has links)
Psykoanalysen är ingen vetenskap eftersom den saknar kunskapsobjekt. Med syftet att finna detta objekt och därmed grunda en vetenskap togs avstamp i Freuds begrepp Det Omedvetna. Genom begreppsanalys av Freuds texter och med hjälp av matematisk mängdlära samt nedslag i filosofi och ontologi kunde en första beskrivning av objektet göras. Freuds begrepp visade sig då syfta på ett inlärt men bortträngt Omedvetet som i sin uppbyggnad ligger nära vårt medvetna tänkande. Det sökta objektet däremot, var ett medfött och inte bortträngt psykiskt system med en egen logik, symmetrisk logik, och sannolikt också vårt känslocentrum. Studier av neuropsykoanalys band sedan objektet till Limbiska systemet och det implicita minnet. Här bekräftades att systemet bär våra känslor. Ur författarens praktik hade samtidigt vuxit en idé om att vi föds med en uppsättning bilder av oss själva som är systematiskt ordnade i ett självbildssystem och av grandios natur. Till systemet kunde en livsåskådning knytas som primärt är en idealism. Självbildssystemet skyddades av en homeostatiskt fungerande sjävbildsbevarande drift. Denna drift framstod som vår viktigaste drift. Sexualdrift och självbevarelsedrift intog en sekundär roll. Det fanns sedan fog för att sammanföra det inte bortträngda Omedvetna och självbildssystemet till en enhet och betrakta kombinationen som psykoanalysens kunskapsobjekt. Resultatet hade inflytande på frågor som: den fria viljan, moral, determinism och kunskapssubjektets status. / Psychoanalysis is not a science since it does not have an object of knowledge. With the objective to find such an object and thereby establish a science Freud´s concept the Unconscious was taken as a point of departure with concept analysis of some of Freud´s texts and with help of mathematical set theory and the impact of philosophy and ontology an initial description of the object was made. What Freud had in mind with his concept was a system that was learned and then repressed, a repressed Unconscious, which in its structure is close to our conscious thinking. The requested object of knowledge of psychoanalysis was shown to be an inborn psychical system, which is not repressed, and with its own logic, symmetrical logic, and probably also our centre of feeling/emotion. Studies of neuro-psychoanalysis situated the object in the Limbic system and the implicit memory. This confirmed that the system carries our feelings and emotions. From the author´s practice had grown, at the same time, an idea that we are born with a set of images of ourselves that are systematically arranged in a self-image system of a grandiose nature. The system could be associated with a philosophy that primarily is an idealism. The self-image system was protected by a homeostatic subsystem which aim was conservation of the system. This subsystem took its power from a self-image protecting drive. This drive was found to be our most powerful drive. Sexual desire and self-preservation took a secondary role. It was substantiated that the unrepressed unconscious and the system of self-images shall be treated as one unit and that this combination is the sought for object of knowledge of psychoanalysis. The result had influence on the issues: free will, morality, determinism and the status of the subject of knowledge.
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[en] CONSIDERATIONS ABOUT THE AFFECT IN PSYCHOANALYSIS / [pt] CONSIDERAÇÕES SOBRE O AFETO EM PSICANÁLISEFABRÍCIO DA COSTA TROTTA 12 November 2018 (has links)
[pt] Este trabalho tem como objetivo discutir a conceituação do afeto em psicanálise. A partir da análise crítica do tema na obra de Sigmund Freud e das contribuições do trabalho de Sándor Ferenczi, busca desenvolver uma ampliação do entendimento sobre o afeto através da articulação com o conceito de pulsão, da problematização da relação mente e corpo na perspectiva metapsicológica e do diálogo com outros autores e outros campos de saber. / [en] This work aims to study the conceptualization of affect in psychoanalysis, beginning with a critical analysis of the theme in the work of Sigmund Freud and Sándor Ferenczi. The work also seeks to contribute to the understanding of this concept by linking it with the concept of drive, discussing the mind and body relationship under a metaphsycological perspective and by attempting to develop a dialogue with other authors and other fields of knowledge.
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