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Realidade psíquica e inconsciente em Freud e em Bérgson : considerações a partir de uma filosofia da açãoCossu Junior, Franco 27 August 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-08-27 / Although both the Bergsonian philosophy and the Freudian metapsychology have been not properly considered, in the last decades, regarding an ample debate about the nature of the mind, it is about two recent speeches that might contribute significantly to the new theoretical-practical outlines in the contemporary philosophy and sciences that examine the mind. Both thoughts show the unconscious as something without what the psychic events could not be understood entirely, which demands total attention of any future scientific paradigm that intends to establish itself over the psychic phenomena. The key to this enterprise we find in the concept of Action, openly in Bergson, but also clearly in Freud who never withheld himself to understand the human in their constant relationship to the world around. It is not about the fusion of two speeches in the name of a new
psychoanalysis , which inevitably might cause several epistemologic problems, but, chiefly, about the possibility to verify how much we can learn with the thesis about the mind that emerge from the both theories. / Embora tanto a filosofia bergsoniana como a metapsicologia freudiana não tenham sido, nas últimas décadas, devidamente consideradas no que diz respeito a um debate mais amplo sobre a natureza do mental, trata-se de dois discursos atuais que, significativamente, podem contribuir para os novos delineamentos teórico-práticos que se configuram na filosofia e nas ciências contemporâneas que versam sobre o psíquico. Ambos os pensamentos mostram o inconsciente como algo sem o qual não se poderiam entender os eventos psicológicos em sua plenitude, o que demandaria total atenção de qualquer paradigma científico futuro que pretenda se estabelecer acerca dos fenômenos psíquicos. A chave para tal empreendimento encontramos no conceito de Ação, declaradamente em Bergson, mas também claramente em
Freud, que jamais se absteve de compreender o humano na sua constante relação com o mundo ao redor. Não se trata de fundir os dois discursos em nome de uma "nova psicanálise"
- o que inevitavelmente acarretaria problemas epistemológicos diversos - mas de, sobretudo, verificar o quanto ainda podemos aprender com as teses sobre o psíquico que emanam de suas teorias.
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Inconsciente e instinto de morte: um itinerário do debate inicial de Deleuze com a psicanálise / Unconscious and death instinct: itinerary of Deleuze s initial debate on psychoanalysisSanches, Aline 18 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-18 / Universidade Federal de Minas Gerais / Masochism: Coldness and Cruelty, published in 1967 by Deleuze criticizes psychoanalysis for sustaining the false notion of sadomasochism, and proposes a distinction between death instinct and death drive, so that sadism and masochism are regarded as different processes and mutually exclusive. Deleuze relies on Freud s arguments, more precisely on the text Beyond the Pleasure Principle (1920), to conceive the death instinct as a transcendental principle and to differentiate it from its psychic representative, the death drive. Deleuze thus initiates a philosophical investigation around the transcendental field and the pleasure principle. This investigation runs parallel to an intense debate on psychoanalytical theory, and continues during his later works. Deleuze appreciates the freudian suggestion of an unconscious functioning indifferent to the pleasure principle and governed by repetition. He proposes to develop the concept in the form of transcendental synthesis of time. Difference and Repetition (1968) places Freud in a dialogue with other philosophers especially Hume, Bergson and Nietzsche and postulates three transcendental syntheses marked by repetition, or three passive syntheses of time, which are constitutive of the unconscious and independent of the pleasure principle. From Deleuze s philosophical advances, a reevaluation of several psychoanalytical concepts begins, founded on an understanding of the death instinct as the positive and originating principle of the repetition, as the power that engenders thinking in thought under the effect of violence. Logic of Sense (1969) leads this line of investigation to the argument that the senses are produced by the power of the paradoxes and identifies the death instinct with no sense. Some concepts of Freud, Klein and Lacan are included in the composition of a new image of philosophy and of what it means to think. Trying to demonstrate that thought and sense are produced in close relationship with the erogenous body, Deleuze returns to the psychosexual development but now from the perspective of his philosophical concepts, and presents his own version of the genesis and dynamics of the psychological instances. In view of this philosophical course taking by Deleuze, this doctoral research proposed to explore his discussion with psychoanalysis, according to a trajectory outlined by the concept of death instinct along these three works. We demonstrate how Deleuze understands and appropriates of some psychoanalytic concepts, linking them with other concepts of his philosophy. We indicate which issues from psychoanalysis were valued in the composition of a transcendental philosophy of difference. From a systematic exposition of the criticisms and proposals that Deleuze addresses to the psychoanalytical field in this particular period, we carried out a confrontation between Deleuze's philosophical interventions and the original psychoanalytical texts. Ultimately, this research intends to contribute to a discussion about the pertinence, coherence and relevance of this debate for both domains. / Apresentação de Sacher-Masoch, publicado por Deleuze em 1967, critica a psicanálise por sustentar a falsa noção de sadomasoquismo, ao mesmo tempo em que propõe uma distinção entre instinto de morte e pulsão de morte para que o sadismo e o masoquismo sejam considerados como processos diferentes e mutuamente exclusivos. Deleuze apoia-se nos argumentos de Freud, particularmente no texto Além do princípio de prazer (1920), para conceber o instinto de morte como um princípio transcendental e diferenciá-lo de seu representante psíquico, a pulsão de morte. Deleuze inaugura assim uma investigação filosófica a respeito do campo transcendental e do princípio de prazer, investigação que se fará acompanhada de um intenso debate com a teoria psicanalítica e que terá continuidade em suas obras posteriores. Deleuze valoriza a sugestão freudiana de um funcionamento inconsciente indiferente ao princípio do prazer e regido pela repetição, e propõe retomá-lo sob a forma de sínteses transcendentais do tempo. Diferença e Repetição (1968) coloca Freud em diálogo com outros filósofos principalmente Hume, Bergson e Nietzsche e postula três sínteses transcendentais marcadas pela repetição, ou três sínteses passivas do tempo, que são constitutivas do inconsciente e independentes do princípio de prazer. Daí deriva-se uma releitura de várias noções psicanalíticas a partir de seus avanços filosóficos, que se fundamenta em uma compreensão do instinto de morte como o princípio positivo originário da repetição e a força que engendra o pensar no pensamento sob o efeito de uma violência. Lógica do Sentido (1969) conduz esta linha de investigação para o problema da produção de sentidos a partir da força dos paradoxos e identifica o instinto de morte ao não senso. Algumas coordenadas de Freud, Klein e Lacan são retomadas na composição de uma nova imagem da filosofia e do que significa pensar. Buscando demonstrar que o pensamento e o sentido se produzem em estreita relação com o corpo erógeno e pulsional, Deleuze retoma o desenvolvimento psicossexual à luz de seus conceitos filosóficos e apresenta sua própria versão da gênese e da dinâmica das instâncias psíquicas. Tendo em conta este percurso filosófico de Deleuze, esta pesquisa de doutorado dedicou-se a explorar o seu debate com a psicanálise, segundo uma trajetória delineada pelo conceito de instinto de morte ao longo destas três obras. Procuramos demonstrar como Deleuze compreende e se apropria de algumas noções psicanalíticas, articulando-as com os demais conceitos de sua filosofia. Indicamos quais temas advindos da psicanálise foram valorizados na composição de uma filosofia transcendental da diferença. A partir de uma exposição sistemática das críticas e propostas que este filósofo dirige ao campo psicanalítico neste período específico, realizamos o confronto direto entre as intervenções filosóficas de Deleuze e os textos psicanalíticos originais. Assim, pretendeu-se com esta pesquisa oferecer contribuições para uma discussão sobre a pertinência, coerência e relevância deste debate para ambos os domínios.
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A escrita dos estados-limite como um recurso de ampliação da escuta psicanalítica / The writing of borderline states as a resource of enlargement of the psychoanalytic listeningLuis Henrique de Oliveira Daló 03 August 2012 (has links)
Este trabalho abre um campo de investigação da escrita psicanalítica impulsionada por estados-limite em que situações de bloqueio da escuta psicanalítica são vividas na experiência clínica. A escrita do psicanalista é considerada análoga à formação e à interpretação dos sonhos e, portanto, à sua escuta; essa escrita serve de instrumento de investigação da experiência clínica, na medida em que se enraíza no tempo da experiência no campo transferencial. O estado-limite é definido nesta pesquisa a partir de um deslocamento do conceito de caso-limite: a incidência do traumático e do campo do irrepresentável é pensada para além do funcionamento intrapsíquico do analisando, estendido ao funcionamento intersubjetivo do campo transferencial. A escrita do analista é, então, apresentada como um possível recurso de recuperação do trabalho clínico nessas circunstâncias em que a escuta se perde, paralisada ou esvanecida. O trabalho miúdo do analista em relação à sua prática clínica encontra-se vinculado ao campo teórico psicanalítico, que é então movimentado a partir dos limites clínicos e da possibilidade de pensá-los psicanaliticamente; nessa medida, a escrita pode ser considerada um recurso de ampliação e não apenas de recuperação da escuta psicanalítica. Alguns textos que se originam de situações críticas vividas na clínica ou na cultura constituem parte desta pesquisa. São situações traumáticas de difícil elaboração, que exigem trabalho de ligação psíquica por parte do analista; porém, esse trabalho exigido não encontra condições de se realizar no tempo da experiência limítrofe. Por meio desses escritos, bem como de articulações teóricas que os têm como suporte, é possível reconhecer a escrita psicanalítica como um recurso de abertura de campos inaudíveis no tempo dos estados-limite / This paper opens a research field of psychoanalytic writing driven by states limit situations in which a blocking of psychoanalytic listening is experienced. It considers psychoanalyst´s writing analogous to the formation and interpretation of dreams, so it does to this listening. This writing act becomes a research tool of clinical experience, as it will be taking roots in the experience of the transferencial field. The definition of the borderline state is considered here from a displacement of the concept of borderline case: the incidence of traumatic and of unrepresentable field is thought beyond the analysand\'s intrapsychic functioning, but extended to the functioning of the intersubjective transferencial field. The writing of the analyst is then presented as a possible resource recovery clinical work in such circumstances where the listening is lost, paralyzed or vanished. This intimate work of the analyst in relation to its clinical practice is linked to the field of theoretical psychoanalysis, which is then moved from the clinical limits and the ability to think about them psychoanalytically. In this sense, the writing can be considered a resource of enlargement and not only recovery of psychoanalytic listening. Some texts originating from critical situations experienced in clinical or culture are part of this research. These traumatic events are difficult to be elaborated, requiring the work of binding by the analyst; but this work required dont happens in the moment of borderline experience. Through these writings, as well as theoretical links that it supports, one can recognize the psychoanalytic writing as a resource of opening fields that was inaudible in the borderline states times
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De além do princípio de prazer ao além do princípio de desempenho: ressonâncias da teoria das pulsões no pensamento de Herbert Marcuse / From beyond the pleasure principle to beyond the performance principle: echoes of the drive theory in Herbert Marcuses thinkingPolyana Stocco Muniz 12 November 2010 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo problematizar a inserção da teoria das pulsões no pensamento de Herbert Marcuse, mais especificamente em sua obra publicada em 1955 sob o título Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Aproximadamente três décadas antes a essa publicação de Marcuse, Freud publicou a obra que rearticulou como um todo o seu pensamento: o ensaio sobre a hipótese da Pulsão de Morte. Tal foi a sua repercussão, tanto clínica como cultural, que fez com que a psicanálise avançasse em temas como o masoquismo, a compulsão à repetição, a psicologia de massas e a destrutividade, chegando mesmo a problematizar o desenvolvimento cultural humano em sua possibilidade de garantir a vida comunal diante de uma pulsão para além do princípio de prazer. Não obstante, a recepção dessa conceituação provocou diversas revisões da psicanálise. Dentre as que aqui interessam, destacaram-se aquelas que foram atravessadas pelas questões relativas ao socialismo, já que questionaram a condição de imutabilidade da Pulsão de Morte. Contudo, as propostas desse Revisionismo Neofreudiano, que tentava articular marxismo e psicanálise, culminaram na extirpação da teoria das pulsões, dessexualizando a psicanálise. Ao criticar essa tendência popular, à época, a obra de Marcuse renovou o impasse: como inserir a metapsicologia, especialmente o conceito de Pulsão de Morte, no contexto das pesquisas do Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt, fundamentalmente marxista? O autor realocou a psicanálise no debate crítico sobre a cultura, renovando também outra questão que se vinculava à Pulsão de Morte: a relação entre dominação e progresso constituiria realmente o princípio da civilização? Sob esse contexto, a presente pesquisa articulou os seguintes pontos, a fim de esclarecer as ressonâncias da teoria das pulsões no pensamento de Marcuse: a) buscou-se esclarecer a crítica marcuseana às escolas culturalistas Neofreudianas; b) procurou-se compreender alguns pontos da conceituação sobre a Pulsão de Morte na obra de Freud; c) e, por fim, os desdobramentos dessa pulsão na obra Eros e civilização. Pode-se apontar que Marcuse centrou o debate sobre a cultura no conflito entre os princípios de prazer e realidade. Entretanto, o autor não negou a Pulsão de Morte em suas análises, mas a sua atividade numa realidade regida pelo princípio de desempenho, comparada com sua atividade regida por um mais além princípio de desempenho, já que, aliviada a tensão, pouco se expressaria. Problematizou-se a conclusão dessa obra, pois, não sendo a Pulsão de Morte somente alívio de tensão, ela insistiu na dinâmica da civilização como negação do indivíduo. A proposição de uma utopia foi questionada posteriormente pelo próprio autor e, assim, permaneceu seu posicionamento crítico, na medida em que compreendeu, nas próprias conceituações da psicanálise, a negação do existente, ou seja, a revelação da negação do indivíduo / The present work aims to debate the insertion of the drive theory in Herbert Marcuses thinking, as per, more specifically, this authors work Eros and Civilization: a philosophical inquiry into Freud published in 1955. Approximately three decades before this Marcuses publication, Freud had published a work which articulated his thinking as a whole: the essay on the hypothesis of the death drive. The great repercussion of the former work, in both clinical and cultural terms, made psychoanalysis advance in themes such as masochism, compulsion to repetition, crowd psychology and destructivity, besides having discussed human cultural development within its possibility of guaranteeing communal life in the face of a drive, which goes beyond pleasure principle. Nevertheless, the approach of this new concept provoked many reviews in the psychoanalysis area one of which we can highlight. Questions related to socialism were examined, as they referred to the immutability of the condition of the death drive. However, the proposals of this Neo-Freudian Revisionism which tried to merge Marxism and psychoanalysis, terminated in the extirpation of the theory of drives and generated an opposed movement to the previously accepted eroticization of psychoanalysis. As Marcuses work criticized such a popular trend at that time, it renewed the dilemma: how to insert metapsychology, particularly the death drive concept, in the context of the researches carried out in the Institute of Social Research of Frankfurt which was fundamentally Marxist? The author reallocated psychoanalysis in the midst of critical debate on culture, and also renewed another inquiry that is linked to the death drive: would the relationship between dominance and progress really constitute the principle of civilization? In this context, this research discussed the following points to clarify the echoes of the drive theory in Marcuses thinking: a) by trying to elucidate Marcusean critical theory to the Neo- Freudian culturalist schools; b) by analyzing some elements in the concept of death drive in Freuds work; c) ultimately, by understanding the outcome of death drive in Eros and Civilization: a philosophical inquiry into Freud. Furthermore, we can point out that Marcuse focused the debate about culture on the conflict between the principles of pleasure and reality. Still, the author did not discredit death drive itself in his analysis, but its mechanisms in a reality led by performance principle if compared to the previously referred drives action conducted by a beyond the performance principle, as the death drive would be nonexpressive after tension had been released. Also, the conclusion of that book was examined, as death drive is not only tension release. Moreover, that work insisted on the point that the dynamics of civilization can be considered a denial of the individual. The proposition of a utopia was questioned afterwards by the author himself. Thus, his assertion remained a critical one as Marcuse understood the denial of the existent in his own concept of psychoanalysis, that is, the revelation of the negation of the individual
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Aproximações a uma metapsicologia freudiana da escuta: ressonâncias a partir do campo do acompanhamento terapêutico / A metapsychological approach of a Freudian listening: reverberations from therapeutical accompaniment fieldIso Alberto Ghertman 22 May 2009 (has links)
Este trabalho se dedica a refletir sobre a trama dos conceitos que operam no processo da escuta analítica. Para tanto, baseia-se no referencial freudiano e nos desdobramentos de suas ideias a partir de analistas contemporâneos. O disparador dessas reflexões foi a experiência clínica do autor naquilo que se convencionou chamar de clínica estendida, especificamente a clínica do acompanhamento terapêutico (AT). Por meio da singularidade dessa clínica, formulou-se a ideia de uma escuta nômade, a qual está subordinada não apenas ao campo transferencial em que se situa, mas também a um discurso que se descola da doutrina freudiana, delimitando um posicionamento ético e político na relação com o sofrimento. / The present paper aims at reflecting about the group of concepts that operate in the process of analytical listening. In order to do so, it was based on the Freudian reference and on the unfoldings of his ideas after reading the contributions of contemporary analysts. The trigger of these reflections was the clinical experience of the author in what can be called \"extended clinic\", specifically the clinic of therapeutical accompaniment. By means of the singularity of that clinic, the \"nomadic listening\" idea was formulated, and it is subordinate not only to the transference field where it lies, but also to a discourse that is taken from the Freudian doctrine, delimiting an ethical and political position in relation with suffering.
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[en] THE GRAMMAR OF SILENCE: A STUDY OF COMMUNICATION AND NO COMMUNICATION IN PSYCHOANALYSIS / [pt] A GRAMÁTICA DO SILÊNCIO: UM ESTUDO SOBRE A COMUNICAÇÃO E A NÃO COMUNICAÇÃO NA PSICANÁLISESERGIO GOMES DA SILVA 13 February 2017 (has links)
[pt] O presente trabalho tem por objetivo investigar o conceito de silêncio na história da psicanálise, analisando os vários sentidos que lhe foram atribuídos na medida em que as teorias e técnicas analíticas foram se sobrescrevendo umas às outras. Para se alcançar esse objetivo, o silêncio foi analisado a partir de duas correntes teóricas distintas, a saber, a psicanálise clássica ou tradicional, centrada nos escritos de Sigmund Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham e seus interlocutores, e a Escola Inglesa de Psicanálise, centrada no grupo independente e representada pelo pensamento de Donald W. Winnicott e seus herdeiros teóricos. Na primeira parte do trabalho, buscou-se encontrar os referentes do silêncio em sua vertente clássica compreendendo-o como resistência, censura, recalcamento, transferência e ontratransferência, pulsão de vida e pulsão de morte, defesas do ego, elaboração, perlaboração e os tipos libidinais. Na segunda parte do trabalho, buscou-se os referentes do silêncio através das contribuições de Donald W. Winnicott e a partir da sua teoria do desenvolvimento emocional primitivo, mostrando como a mãe se constitui como um primeiro continente no qual o bebê precisa mergulhar para o desenvolvimento do seu psiquismo, de um inconsciente, de um self e do seu mundo interno. Ao final, apresentamos quatro proposições do silêncio na clínica psicanalítica atual: o silêncio que surge nos fenômenos de retraimento e regressão; o silêncio como forma de o analista se oferecer como um continente para o seu paciente; o silêncio como forma de segredo no
desenvolvimento do pensamento; e, por fim, o silêncio como interpretação e como holding. / [en] The present work aims to investigate the concept of silence in the history of psychoanalysis, analyzing the various meanings assigned to it in that the theories and analytical techniques were up overwriting each other. To achieve this goal, the silence was analyzed from two different theoretical perspectives, namely the classical or traditional psychoanalysis, centered in the writings of Sigmund Freud, Sándor Ferenczi and Karl Abraham and his interlocutors, and the English School of Psychoanalysis, centered the independent group and represented by the thought of Donald W. Winnicott and their theoretical heirs. At first, we attempted to find the referents of silence in his classic strand comprising it as resistance, censorship, repression, transference and countertransference, life and death drives, ego defenses, working through and the libidinal types. In the second part of this study, we sought the referent of silence through the contributions of Donald W. Winnicott from his theory of emotional development, to show how the mother is constituted as a first continent in which the baby must plunge into to development of his psyche, unconscious, self and your inner world. At the end we present four propositions of silence in current psychoanalytic practice: the silence that arises in the phenomena of withdrawal and regression, the silence of the analyst as a way to offer himself as a continent for your patient; silence as a secret in the development of thought and finally silence as interpretation and as holding.
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Um modelo psicanalítico para pensar e fazer grupos em instituições / A psychoanalytical model for thinking and doing groups in various types of organizationsCastanho, Pablo de Carvalho Godoy 11 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Psychologists and other professionals have been increasingly asked to conduct groups in various types of organizations: health and social services, schools, companies etc... On the other hand, several well respected group theories were designed for group work in private practice and are thus not prepared to properly address such organizational environments and demands. But beyond the technical dimension, the ethical principles of such work must be addressed. Based on a psychoanalytical perspective, our stand is that such groups should aim at promoting spaces where experiences, lived in social situations, can be appropriated by symbolization, and, at the same time, should contribute to organizational and social changes whenever excessive suffering is produced and reproduced. We believe that the psychoanalytical technique can guide us thru the reflection about how groups can achieve such goals. On these lines, this thesis general goal is to propose the basis for a psychoanalytical model which could comprehend every psychological related group practice in organizations and which offers parameters to both establishing group s pertinence to each organizational context and providing for a detailed discussion of its conduction. Our method is mainly theoretical in which Pichon-Rivière s concept of task is central as we take it as a touching stone that a group task must absolutely be aligned with the organizational primary task in all cases. We employ key concepts form René Kaës to bridge group and psychoanalysis, allowing for a comprehensive psychoanalytical debate. From this debate, the main elements of our model emerge. We take the learning operative group and the group with mediating objects (highlighting the Fotolanguage©, as discussed by Vacheret) as the two group strategies (settings) of reference to all of our work. We propose that the transference with the task can be independent from the transference with a group conductor and that it selectively attracts psychic elements connected to certain social dimensions. We approach the problem of interventions in the group in terms of transference with the task interpretations and uses of parameters (according to Eissler´s terminology). Towards the end of the thesis, we will present three group strategies discussed in supervisions which shall illustrate and dialog with our ideas. We can thus establish the foundations of what we call Task Centered Psychoanalytical Groups / A demanda para que psicólogos e outros profissionais assumam o trabalho de coordenação de grupos em contextos institucionais tem crescido na atualidade. No entanto, muitas teorias de grupo foram desenvolvidas para o trabalho em consultório privado e estão pouco preparadas para responder a essas demandas institucionais. Este problema técnico exige um posicionamento ético. Baseados em uma perspectiva psicanalítica, nossa posição é a de que tais grupos devem promover espaços de apropriação, pela simbolização, das experiências vividas em instituições e, ao mesmo tempo (no plano vincular), contribuir para mudanças institucionais ali onde se produzem e se reproduzem sofrimentos excessivos. Entendemos que a técnica da clínica psicanalítica pode nos guiar para pensar a técnica de grupos com tais objetivos. Esta tese tem, portanto, o objetivo geral de construir as bases de um modelo psicanalítico que possa abranger todas as práticas psi com grupos em instituições, propondo parâmetros para estabelecer a pertinência de cada grupo a seu contexto institucional e para uma discussão detalhada de sua coordenação. Nosso método é sobretudo teórico, no qual o conceito de tarefa, tomado de Pichon-Rivière, impõe-se como elemento central na medida em que consideramos absolutamente fundamental que a tarefa de um grupo seja consonante com a tarefa primária da instituição onde ocorre. Utilizamos conceitos-chave do pensamento de René Kaës como ponte entre a psicanálise e o grupo, possibilitando um amplo debate psicanalítico do qual emergem as bases do modelo. Identificaremos os grupos operativos de aprendizagem e os grupos com objetos mediadores (destacando a Fotolinguagem©, tal como concebida por Vacheret no segundo) como os dois dispositivos de referência em nosso trabalho. Propomos pensar a transferência com a tarefa do grupo como independente da transferência com o coordenador, e descreveremos sua força de atração específica de elementos do psiquismo ligados à dimensão institucional. Podemos assim abordar a problemática das intervenções nos grupos em termos de manejos e interpretações na/da transferência com a tarefa. Rumo ao final da tese, far-se-á a apresentação e análise de três dispositivos de grupo em situação de supervisão que ilustrarão e problematizarão nossas ideias. Esperamos estabelecer, deste modo, os alicerces do que denominamos Grupos Psicanalíticos Centrados em uma Tarefa
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Pulsão e instinto: um diálogo entre a psicanálise e a biologia do comportamentoMouammar, Christiane Carrijo Eckhardt 03 September 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-09-03 / The current paperwork intends to analyze the concept of drive in both first and second theories of drives according to the Freudian psychoanalysis and refers to the behavioral biology in order to initiate a debate about the Trieb concept between these two areas of knowledge. According to Sigmund Freud, the concept of drive is the most important one and also the most obscure for the metapsychology. The complications regarding the meaning of this concept begin with translation problems and with divergences among several schools of psychoanalysis, which postulate different comprehensions referring to the word Trieb and Instinkt and referring to the way Freud used them in his texts to talk about the development of the psychic apparatus and its place in the construction of metapsychology. The view on the Instinkt drive being a totally inherited and automatic behavior is a misunderstanding for the own scientists in the area of behavioral biology. Freud uses in his texts the concepts of Trieb and Instinkt in turns and this research tries to elucidate if there was the need of this distinction and, thus, an emphasis is given on the definitions that Freud has postulated about the nature of both, sexual drive and death drive. Besides, the beginning of a dialogue between these Freudian concepts and the sexual drive and the drive of aggressiveness in the sociobiology of Edward O. Wilson and in the behavioral biology of Konrad Lorenz is carried out. / O presente trabalho pretende analisar o conceito de pulsão na psicanálise freudiana, da primeira e da segunda teoria das pulsões, e recorrer à biologia do comportamento para iniciar um debate sobre o conceito de Trieb entre essas duas áreas do conhecimento. Segundo Sigmund Freud o conceito de pulsão é o mais importante e também o mais obscuro para a metapsicologia. As complicações quanto ao significado desse conceito começam por problemas de tradução e por divergências entre várias escolas de psicanálise que postulam compreensões diferentes quanto à palavra Trieb e Instinkt e quanto ao modo como Freud as utilizava em seus textos para referir-se ao desenvolvimento do aparelho psíquico e os seus lugares na construção da metapsicologia. O instinto é um conceito polêmico para os próprios cientistas da área da biologia do comportamento. Freud utiliza alternadamente os conceitos de Trieb ou Instinkt em seus textos e essa pesquisa procura elucidar se haveria a necessidade dessa distinção e, para tanto, é dada ênfase às definições que Freud postulou sobre a natureza da pulsão sexual e da pulsão de morte, como também é realizado o início de um diálogo entre esses conceitos freudianos e o conceito de instinto sexual e instinto de agressão na sociobiologia de Edward O. Wilson e na biologia do comportamento de Konrad Lorenz.
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