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Raça e justiça: o mito da democracia racial e oracismo institucional no fluxo de justiçaLaurentino de Sales Júnior, Ronaldo January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Nosso objetivo é mostrar como o Mito da Democracia Racial interfere nas decisões tomadas no
sistema jurídico. O Mito da Democracia Racial é considerado um dispositivo ideológico de
reprodução das relações raciais, impedindo sua tematização pública. Efetiva-se através de duas formas
de discurso: o desconhecimento ideológico das relações raciais e o não-dito racista. O Mito da
Democracia Racial instaurou-se pelo deslocamento do discurso racial (racista ou não) do âmbito do
discurso sério (argumentativo, racional, formal e público), constituindo o que estamos chamando
aqui de desconhecimento ideológico. O desconhecimento não é ausência de conhecimento,
ignorância passiva, mas, demarcadas as questões relevantes, marginaliza saberes tidos como irrelevantes,
falsos problemas, sem-sentidos. O discurso racial, então, entrincheirou-se no discurso vulgar
(aforismático, passional, informal e privado), através da forma do não-dito racista que se consolidou,
intimamente ligado às relações cordiais , paternalistas e patrimonialistas de poder, como um pacto de
silêncio entre dominados e dominadores. O não-dito é uma técnica de dizer alguma coisa sem, contudo,
aceitar a responsabilidade de tê-la dito, resultando daí a utilização pelo discurso racista de uma diversidade de
recursos tais como implícitos, denegações, discursos oblíquos, figuras de linguagem, trocadilhos,
chistes, frases feitas, provérbios, piadas e injúria racial
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Raça e Estado democrático : o debate sociojurídico acerca das políticas de ação afirmativa no BrasilMedeiros, Priscila Martins 02 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-02 / Universidade Federal de Minas Gerais / O pertencimento racial é um determinante significativo na estruturação das diferentes formas de desigualdades no Brasil. Essa é uma discussão que se tornou ainda mais intensa com a aprovação de políticas de ação afirmativa em 70 instituições públicas de ensino superior, em todo o Brasil, que estabeleceram medidas focadas para alguns grupos sociais, tais como negros, indígenas, deficientes e oriundos de escolas
públicas, para o acesso e permanência no ensino superior. Esse novo cenário deu início a uma verdadeira disputa jurídica entre o Estado, as instituições de Ensino Superior e os indivíduos que se sentiram lesados por tais políticas, além de trazer para o centro da agenda nacional a possibilidade de uma revisão dos princípios democrático-liberais e dos mecanismos de justiça social utilizados no país. Frente a isso, este trabalho teve como objetivo oferecer uma análise sociológica das repercussões no campo jurídico brasileiro pela adoção das Ações Afirmativas no ensino superior, voltadas principalmente para a população negra, a fim de percebermos
o posicionamento e os preceitos do Poder Judiciário e de parte dos estudantes que acionaram a justiça contra essas medidas. Constituíram-se em fontes primárias desta pesquisa os acórdãos disponibilizados nos sites dos Tribunais de Justiça Regionais e Estaduais, instrumentos legais e algumas entrevistas. A partir do pressuposto de um deslocamento no tratamento das questões raciais no Brasil desde pelo menos a Constituinte de 1987 um deslocamento dessas questões do campo político para o jurídico - procuramos observar quais são as perspectivas e as representações de sociedade presentes nos discursos acerca das políticas de Ação Afirmativa. A defesa da mestiçagem enquanto um elemento de igualdade entre os sujeitos e o valor do mérito individual são alguns dos pontos que caracterizam esses discursos aqui analisados.
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A Lei Afonso Arinos e sua repercussão nos jornais (1950-1952): entre a democracia racial e o racismo velado / Afonso Arinos Law and its repercussion in the newspapers (1950-1952): between the racial democracy and the veiled racismCampos, Walter de Oliveira [UNESP] 20 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-20 / Este trabalho tem como objetivo, por meio da análise da repercussão da Lei Afonso Arinos em jornais brasileiros entre os anos de 1950 a 1952, pensar sobre aspectos de natureza política e ideológica presentes nas representações dominantes da sociedade brasileira naquele momento histórico em relação à temática racial, os quais podem ter influído na formulação da referida lei e na sua recepção por diversos segmentos sociais. A análise parte do pressuposto de que as relações raciais no Brasil eram então marcadas simultaneamente por uma visão influenciada pelo mito da democracia racial brasileira e pela prática insidiosa de manifestações discriminatórias. Após o delineamento do quadro histórico e teórico necessário à compreensão da Lei Afonso Arinos em suas dimensões histórica, jurídica, política e ideológica, o trabalho se concentrará na abordagem da temática racial brasileira e da Lei Afonso Arinos em particular a partir da análise de matérias jornalísticas sobre tais assuntos, estabelecendo uma conexão entre as representações veiculadas pela imprensa brasileira naquele período e as determinações de ordem histórica e ideológica. A síntese conclusiva procurará relacionar tais representações e determinações com o perfil da Lei Afonso Arinos enquanto um diploma legal caracterizado pela preponderância de sua função simbólica sobre sua eficácia social. / By means of the analysis of the repercussion, in Brazilian newspapers between 1950 and 1952, of Law 1390/51, known as Afonso Arinos Law, the first Brazilian anti-discrimination law, this work aims to reflect on the political and ideological aspects, present in the predominant representations concerning racial thematic in Brazilian society at that historical moment, that may have influenced the formulation of the aforesaid law and its reception by different social segments. The analysis assumes that racial relations in Brazil were then marked by a view influenced both by the myth of racial democracy and the insidious practice of discriminatory manifestations. After outlining the historical and theoretical picture necessary for the understanding of the Afonso Arinos Law in its historical, juridical, political and ideological dimensions, this work concentrates on the approach of the Brazilian racial thematic and the Afonso Arinos Law in special from the analysis of the journalistic coverage of those subjects, establishing a link between the representations conveyed by the Brazilian press at that time and the historical and ideological determinations. It concludes with a synthesis that tries to relate such representations and determinations with the profile of the Afonso Arinos Law as an act characterized by the preponderance of its symbolic functions over its social effectiveness.
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Raça e história: a metamorfose do negro no contraponto do mito da democracia racial / Race and history: the metamorphosis of the black contrast the myth of racial democracyBastos, Rachel Benta Messias 29 August 2013 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-09-19T11:24:09Z
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Previous issue date: 2013-08-29 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This thesis posits that the interplay of social forces of modernity engendered transformations
constitutive of black interwoven plots by socio-political creation and recreation of the myth of
racial democracy. The research involved the insights of race as universality inherent human
relationship with equals and different. Thus, it was decided, as a research methodology, the
study of bibliographic nature. And, from the understanding of intellectual fecundity of mothers
who formulated the Brazilian social thought, defined as the main theoretical framework of this
thesis works of Octavio Ianni and Florestan Fernandes, given the pioneering studies on race
relations in Brazil, specifically on the black race. The research allowed theoretically the
establishment of the following categories: race, history, class and politics. Such categories
legitimize certain contradictions and call the mediation of race as constitutive of unfolding
nexus of social relations conditioned by historical factors, and class policies. It is understood
that the race is a logical-historical category, a social construction. Accordingly, the pair of
singularities constitutive of the racial issue, so the three races, we chose to specifically study
the black race, the black Brazilian constitution, transformation, dilution and historical
recreation of the social forces at play. How to study and research this problem, three chapters
were proposed from the split of interracial relationships and the prospect of black Brazil:
"discovery / consolidation", "national identity / modernization" and "note history / founding
myth". The first aims to reveal and elaborate the meaning of the past of the black race in the
formation of the Brazilian people. The second chapter exposes the contradiction as race-class
transition and rupture of the colonial and monarchical to the process of constitution of modern
Brazil, from the metamorphosis of the nation, the social type, sociability, culture and condition
of the social fabric in black . The third attempts to grasp the challenges of race-class
contradiction in contemporary, through the specific term from the kaleidoscope of
miscegenation with the ideology of the lack of inter-racial conflict until the contemporary state
policies with positive discrimination. We conclude that the insights of the metamorphosis of
black reconfigured by the myth of racial democracy is to reveal the relationships race-class.
Historically, race, race condition, was set by the identity and legitimized by social mark that is
the color. The class condition - belonging to a social class - was subsumed to the proclamation
of democracy, citizenship, diversity. What is in question is a past-present the contradictions
arising from the capital. So proclaim themselves ideals of equality in the name of ideals of a
"racial identity" that affirms and resolves in appearance. The socioeconomic status became
positive element insertion, social inclusion policy, which moved from place to become global
determination. / Esta tese postula que o jogo das forças sociais da modernidade engendrou as transformações
constitutivas do negro imbricadas pelas tramas político-sociais de criação e recriação do mito
da democracia racial. A investigação envolveu o descortino da questão racial, como
universalidade inerente à condição humana de relação com o outro igual e diferente. Assim,
optou-se, como metodologia de pesquisa, pelo estudo de natureza bibliográfica. E, a partir da
compreensão da fecundidade intelectual das matrizes que formularam o pensamento social
brasileiro, definiram-se como principais referenciais teóricos desta tese as obras de Octavio
Ianni e Florestan Fernandes, haja vista os estudos pioneiros sobre as relações raciais no
Brasil, especificamente sobre a raça negra. A realização da pesquisa teórica permitiu, assim,
estabelecer as seguintes categorias: raça, história, classe e política. Tais categorias legitimame conclamam as contradições determinadas pela mediação da raça como nexo constitutivo
dos desdobramentos das relações sociais condicionadas pelas determinações históricas, de
classe e das políticas. Compreende-se que a raça é uma categoria lógico-histórica, uma
construção social. Nesse sentido, a par das singularidades constitutivas da questão racial,
portanto, das três raças, optou-se por estudar especificamente a raça negra, o negro
brasileiro em constituição, transformação, diluição e recriação histórica no jogo das forças
sociais. Como estudo e investigação dessa problemática, três capítulos foram propostos a
partir do desdobramento das relações inter-raciais e da perspectiva do Brasil negro:
“descobrimento/consolidação”, “identidade nacional/modernização” e “reparo histórico/mito
fundador”. O primeiro tem como propósito desvelar e elaborar o significado do passado da
raça negra na formação do povo brasileiro. O segundo capítulo expõe a contradição raça-
classe como transição e ruptura da época colonial e monárquica para o processo de
constituição do Brasil moderno, proveniente da metamorfose da nação, do tipo social, da
sociabilidade, da cultura e da condição do negro na trama social. O terceiro busca apreender
os desafios da contradição raça-classe na contemporaneidade, por meio das especificidades
conjunturais, desde o caleidoscópio da miscigenação com a ideologia da inexistência do
conflito inter-racial até a contemporaneidade das políticas de Estado com a discriminação
positiva. Conclui-se que o descortino da metamorfose do negro reconfigurada pelo mito da
democracia racial é o desvelamento da relação raça-classe. Historicamente, a raça, a condição
de raça, foi configurada e legitimada pela identidade, pela marca social que é a cor. A
condição de classe – a pertença a uma classe social – ficou subsumida à proclamação da
democracia, cidadania, diversidades. O que está em questão é um passado presentificado
pelas contradições oriundas do capital. Assim, proclamam-se ideais de igualdade em nome de
ideais de uma “identidade racial” que se afirma e se resolve na aparência. A condição
socioeconômica tornou-se elemento positivo de inserção, ou seja, de inclusão social, na
política, que se deslocou de lugar, tornando-se determinação mundial.
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Tetos de vitrais: gênero e raça na contabilidade no Brasil / Stained glass ceiling: gender and race in the accounting field in Brazil.Silva, Sandra Maria Cerqueira da 20 May 2016 (has links)
Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou profundas transformações sociais. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres tinham 5,2 anos de estudo em 1992, e passaram a ter 7,7 anos, em 2009, registrando-se um aumento de 48,1% (Ipea, 2010). Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no website Folha_Uol, (2015) demonstram que aumentou a participação feminina no mercado formal de trabalho, embora as mulheres com ensino superior recebessem o equivalente a 60% do salário masculino. Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social. / Through the last two decades, our society has experienced profound social changes. According to data from the Brazilian Statistics Bureau (IBGE)\'s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the National Household Sampling Survey), women had an average 5,2 years of study in 1992 which grew to 7,7 years in 2009, rising 47% (IBGE apud Ipea, 2010). Data from the Ministry of Labor (MTE, 2013) shows that female participation in the formal job market rose, yet women with higher education degrees still receive only 60% of men\'s salaries as remuneration. Ipea (2011) data on income show that the per capita family income of a family headed by a white man is 997 Brazilian Reais (R$), while for a family headed by an black women is only R$ 491 - that is, less than half that of a white man\'s family, running counter to the oft-heralded Brazilian \'racial democracy\'. In spite of the increase in the number of women in the job market, according to Peggy, Dwyer and Roberts (2004) the gender agenda of the accounting profession facilitates the north-american imperialist project by enabling firms to employ competent female workers at minimal cost; this would be related to the domesticity ideology, that is, the idea that domestic life is the ideal life for women. Further studies such as that of Bebbington, Thomson and Wall (1997) conclude that accounting students tend to express their gender through masculine or androgynous identities rather than feminine, in accordance to Butler\'s (2012) theory of performativity which states that gender roles are performed as a result of social influences. This \'masculinization\' of accounting students results from the upkeep of stereotypes, such as the idea that accounting is eminently male. Based on this, Bebbington et al (1997) conclude that \"women may be winning the \'numbers game\' but at a cost--that cost being the elimination of feminine gender characteristics\". In other words, female participation in the job market has risen, but there are still many barriers - a significant part of which are subjective - established through closure processesand these barriers impose themselves on the path of women who desire to succeed in positions of prestige, regardless of those women\'s qualification level. The phenomenon known as \'glass ceiling\' represents the various symbolic barriers, imposed subtly - thus transparent, like glass - but strongly enough that they prevent women from rising to the higher positions of the organization hierarchy. Observed in market terms, the phenomenon can be found to happen in many different countries around the world. This scenario has led us to believe that in this process of social transformation, in which new roles are required, revising perspectives on gender identity is necessary, as well as reviewing the production and maintenance of the gender discourses that support these new identities. In Brazil, as per previously related data, in spite of the advances in terms of qualification, women still suffer with unequal work conditions and restrictions to professional access. There seems to exist a group of real and symbolic barriers that keep women from climbing the career ladder. In accounting, women are exposed to eminently machist discourses and practices; the former structure the latter and reify the image of women as being unable to assume positions of higher responsibility. In the face of this and of a scenario in which women are denied access to leadership positions, it is believed that black women are particularly denied by the \'accounting discourse\'; discriminated throughout their lives not only for being women, but also for being black and often poor, they are, through a process of psychological violence, denied their identity as professionals enabled to exercise their functions, especially in positions of power and prestige. Thus, the goal of this study is to investigate whether the phenomenon known as glass ceiling is present in day-to-day interactions, in the form of sexualization and racialization processes faced by black women along their academic trajectories in Brazilian accounting. The research follows a qualitative approach from a poststructuralist stance, using autoethnographic and oral history techniques; data was collected through semistructured interviews, realized in depth with PhD/Master professors and analyzed from the interpretivist perspective. The results found show that the glass ceiling phenomenon is also present in accounting, resulting in barriers specific to the field. To reach this result some limitations needed to be overcome, the main one being the lack of incentive to the development of the study given the innovative character of the proposal - especially in a field and in a locus in which interdisciplinary studies are still the exception. Studies on both gender and race have not, until now, been objects of study in Brazilian accounting. However, I hope this research may pave a way for future works in this theme. With this, accounting will be acting directly towards the promotion of equality, breaking through established closures and enabling social change.
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O tema transversal pluralidade cultural: a possibilidade da igualdade étnica e cultural no ambiente escolar ou atualidade do mito da democracia racial?Motta, Fernanda Paula de Carvalho [UNESP] 12 December 2005 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:39Z (GMT). No. of bitstreams: 0
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motta_fpc_me_fran.pdf: 609416 bytes, checksum: 842aabfcc9bec7c0c6f8899a6660b8f0 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Conhecer para entender, respeitar e integrar, aceitando as contribuições das diversas culturas presentes na sociedade brasileira, deve ser o objetivo específico da introdução do tema transversal Pluralidade Cultural nas práticas pedagógicas. A adequada inclusão deste tema nos currículos e nos projetos pedagógicos configura-se na possibilidade da igualdade étnica/cultural no ambiente escolar. A proposta de que essa temática ilumine as práticas escolares na promoção da igualdade étnica/cultural no ambiente escolar é muito louvável, mas insuficiente, pois não é combinada a outros esforços de informação, sensibilização, formação continuada dos professores, acesso a pesquisas e propostas concretas para o tratamento adequado deste tema em sala de aula. Neste sentido este trabalho científico tem por objetivo investigar sobre a aplicação e efetivação do tema transversal Pluralidade Cultural nos currículos, nos projetos e nas práticas pedagógicas das escolas da rede pública municipal da cidade de Franca. Para atingi-lo será necessário concentrar informações sobre o apoio institucional que as escolas recebem da Secretaria de Educação; conhecer os projetos e trabalhos desenvolvidos por estas em referência ao tema; conhecer a forma como os professores têm trabalhado o tema Pluralidade Cultural em sala de aula, especialmente em relação à cultura negra, suas práticas pedagógicas e suas dificuldades.
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Tetos de vitrais: gênero e raça na contabilidade no Brasil / Stained glass ceiling: gender and race in the accounting field in Brazil.Sandra Maria Cerqueira da Silva 20 May 2016 (has links)
Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou profundas transformações sociais. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres tinham 5,2 anos de estudo em 1992, e passaram a ter 7,7 anos, em 2009, registrando-se um aumento de 48,1% (Ipea, 2010). Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no website Folha_Uol, (2015) demonstram que aumentou a participação feminina no mercado formal de trabalho, embora as mulheres com ensino superior recebessem o equivalente a 60% do salário masculino. Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social. / Through the last two decades, our society has experienced profound social changes. According to data from the Brazilian Statistics Bureau (IBGE)\'s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the National Household Sampling Survey), women had an average 5,2 years of study in 1992 which grew to 7,7 years in 2009, rising 47% (IBGE apud Ipea, 2010). Data from the Ministry of Labor (MTE, 2013) shows that female participation in the formal job market rose, yet women with higher education degrees still receive only 60% of men\'s salaries as remuneration. Ipea (2011) data on income show that the per capita family income of a family headed by a white man is 997 Brazilian Reais (R$), while for a family headed by an black women is only R$ 491 - that is, less than half that of a white man\'s family, running counter to the oft-heralded Brazilian \'racial democracy\'. In spite of the increase in the number of women in the job market, according to Peggy, Dwyer and Roberts (2004) the gender agenda of the accounting profession facilitates the north-american imperialist project by enabling firms to employ competent female workers at minimal cost; this would be related to the domesticity ideology, that is, the idea that domestic life is the ideal life for women. Further studies such as that of Bebbington, Thomson and Wall (1997) conclude that accounting students tend to express their gender through masculine or androgynous identities rather than feminine, in accordance to Butler\'s (2012) theory of performativity which states that gender roles are performed as a result of social influences. This \'masculinization\' of accounting students results from the upkeep of stereotypes, such as the idea that accounting is eminently male. Based on this, Bebbington et al (1997) conclude that \"women may be winning the \'numbers game\' but at a cost--that cost being the elimination of feminine gender characteristics\". In other words, female participation in the job market has risen, but there are still many barriers - a significant part of which are subjective - established through closure processesand these barriers impose themselves on the path of women who desire to succeed in positions of prestige, regardless of those women\'s qualification level. The phenomenon known as \'glass ceiling\' represents the various symbolic barriers, imposed subtly - thus transparent, like glass - but strongly enough that they prevent women from rising to the higher positions of the organization hierarchy. Observed in market terms, the phenomenon can be found to happen in many different countries around the world. This scenario has led us to believe that in this process of social transformation, in which new roles are required, revising perspectives on gender identity is necessary, as well as reviewing the production and maintenance of the gender discourses that support these new identities. In Brazil, as per previously related data, in spite of the advances in terms of qualification, women still suffer with unequal work conditions and restrictions to professional access. There seems to exist a group of real and symbolic barriers that keep women from climbing the career ladder. In accounting, women are exposed to eminently machist discourses and practices; the former structure the latter and reify the image of women as being unable to assume positions of higher responsibility. In the face of this and of a scenario in which women are denied access to leadership positions, it is believed that black women are particularly denied by the \'accounting discourse\'; discriminated throughout their lives not only for being women, but also for being black and often poor, they are, through a process of psychological violence, denied their identity as professionals enabled to exercise their functions, especially in positions of power and prestige. Thus, the goal of this study is to investigate whether the phenomenon known as glass ceiling is present in day-to-day interactions, in the form of sexualization and racialization processes faced by black women along their academic trajectories in Brazilian accounting. The research follows a qualitative approach from a poststructuralist stance, using autoethnographic and oral history techniques; data was collected through semistructured interviews, realized in depth with PhD/Master professors and analyzed from the interpretivist perspective. The results found show that the glass ceiling phenomenon is also present in accounting, resulting in barriers specific to the field. To reach this result some limitations needed to be overcome, the main one being the lack of incentive to the development of the study given the innovative character of the proposal - especially in a field and in a locus in which interdisciplinary studies are still the exception. Studies on both gender and race have not, until now, been objects of study in Brazilian accounting. However, I hope this research may pave a way for future works in this theme. With this, accounting will be acting directly towards the promotion of equality, breaking through established closures and enabling social change.
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[en] EPISTEMICIDE AND THE ACADEMY OF INTERNATIONAL RELATIONS: THE UNESCO PROJECT AND AFRODIASPORIC THINKING ABOUT BRAZIL AND ITS PLACE IN THE WORLD / [pt] EPISTEMICÍDIO E A ACADEMIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: O PROJETO UNESCO E O PENSAMENTO AFRODIASPÓRICO SOBRE O BRASIL E SEU LUGAR NO MUNDOANANDA VILELA DA SILVA OLIVEIRA 26 January 2021 (has links)
[pt] O Projeto UNESCO (1950) colocou o Brasil no centro das discussões sobre relações raciais no mundo. Visto a partir do prisma da democracia racial, orgulho nacional, o Brasil foi tema de pesquisas sociológicas e antropológicas acerca das formas de harmonia social e racial que poderiam ser um elemento chave contra conflitos étnicos-raciais, como o Holocausto Judeu durante a II Guerra Mundial. Contudo, a realidade interna brasileira em nada se relaciona com a pretensa democracia racial propagada pelo mundo, negando, desumanizando e exterminando a população negra em todo o país. Com isso, essa pesquisa aborda o pensamento internacional em torno da democracia racial brasileira em contraposição com a realidade doméstica do país de genocídio do povo negro. Esse fato coloca em evidência a falácia da leitura das Relações Internacionais do Estado como ator unitário e racional no Sistema Internacional. Da mesma forma, esforça-se por demonstrar como o mito de democracia racial e o epistemicídio contra intelectuais afrodiaspóricos tende a negar sua participação na interpretação do lugar do Brasil no mundo na construção do curso de Relações Internacionais no país. Para tal, divide-se este artigo em três distintas seções: a primeira aborda os conceitos de raça, branquitude e colonialidade como inerentes ao Brasil e academia de RI. A segunda seção apresenta o Projeto UNESCO, seus debates e conflitos, como possibilidade de lançar luz sobre a realidade racial não democrática brasileira. Por fim, a terceira seção se interessa em conectar o Projeto UNESCO com a academia de RI no país, a fim de expressar como a disciplina ignora a realidade doméstica em nome da unidade e racionalidade estatal. / [en] The UNESCO Project (1950) placed Brazil at the center of discussions on race relations in the world. Seen from the perspective of racial democracy, national pride, Brazil was the subject of sociological and anthropological research on forms of social and racial harmony that could be a key element against ethnic-racial conflicts, such as the Jewish Holocaust during World War II. However, the Brazilian internal reality has nothing to do with the alleged racial democracy propagated by the world, denying, dehumanizing and exterminating the black population across the country. In doing so, this research approaches the international thought around the Brazilian racial democracy in opposition to the domestic reality of the country of genocide of the black people. This fact highlights the fallacy of reading the State s International Relations as a unitary and rational actor in the International System. Likewise, it strives to demonstrate how the myth of racial democracy and the epistemicide against afrodiasporic intellectuals tends to deny its participation in the interpretation of Brazil s place in the world in the construction of the International Relations course in the country. To this end, this article is divided into three distinct sections: the first addresses the concepts of race, whiteness and coloniality as inherent to Brazil and the IR academy. The second section presents the UNESCO Project, its debates and conflicts, as a possibility to shed light on the Brazilian non-democratic racial reality. Finally, the third section is interested in connecting the UNESCO Project with the IR academy in the country, in order to express how the discipline ignores domestic reality in the name of state unity and rationality.
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