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Farmacogenética em psiquiatria: busca de marcadores de refratariedade em pacientes deprimidos submetidos à ECT / Pharmacogenetics in psychiatry: search for genetics markers of refractority on depressed patients under electroconvulsive therapy

Prado, Carolina Martins do 31 March 2016 (has links)
A depressao refrataria e caracterizada por ciclos recorrentes de longa duracao de episodios severos, que nao remitem ao utilizar varios tipos de antidepressivos. Ate 20% desses pacientes necessitam de tratamentos com a utilizacao de multiplos antidepressivos e/ou eletroconvulsoterapia (ECT). Para minimizar a duracao da doenca, o surgimento de reacoes adversas a medicamentos e os custos medicos com o tratamento, torna-se util o conhecimento previo da terapia que provavelmente sera mais efetiva e melhor tolerada para cada paciente. Um dos objetivos deste trabalho foi identificar polimorfismos de DNA em genes envolvidos na farmacocinetica e farmacodinamica dos antidepressivos, que poderiam estar envolvidos com a resposta terapeutica na depressao unipolar ou bipolar. Para tanto, avaliamos polimorfismos de DNA tais como: CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, COMT. Desse modo, polimorfismos nos genes selecionados foram genotipados em pacientes com depressao que respondem ao tratamento e em pacientes com os mesmos diagnosticos que sao refratarios ao tratamento medicamentoso e, por esse motivo, sao submetidos a ECT. Em nosso estudo, encontramos somente diferencas significativas no genotipo entre refratarios e respondedores para o gene ABCB1 [aumento da frequencia do genotipo CT em pacientes refratários para o polimorfismo rs1128503 (p=0,007) ] e para o polimorfismo rs6314 no gene HTR2A [ aumento da frequencia do genotipo AG em pacientes respondedores (p=0,042) ]. Para os demais genes nao encontramos diferencas entre as frequencias alelicas e genotipicas. Para realizarmos uma analise mais abrangente, utilizamos o metodo CART (Classification regression tree). Com ele pudemos fazer um modelo de Arvore de Decisao que possibilitou unificar os resultados dos genotipos dos polimorfismos estudados nos genes CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, COMT, afim de identificar o conjunto de genotipos que poderiam mostrar o percentual de chance dos pacientes serem refratarios ou respondedores, ou seja, conseguimos adequar uma metodologia estatistica que avalia os genótipos de diferentes genes em conjunto, identificando assim, qual e a contribuicao dos genotipos para a condicao de refratario ou respondedor. Com isso, criamos um modelo de analise de varios genotipos ao mesmo tempo que seleciona aqueles que melhor classificam os grupos (refratarios e respondedores). O que seria mais eficaz do que fazer associacoes individuais, porque, a arvore de decisao e capaz de encontrar interacao entre os genotipos, alem de evitar colinearidade. Com nossos dados de genotipagem, conseguimos uma arvore que apresenta uma sensibilidade de 81,6%, especificidade de 58,1% e precisao de 71,5%. Acreditamos que futuramente a utilizacao da combinacao de genotipos de um grupo de genes relacionados a farmacocinetica e dinamica de medicamentos utilizados no tratamento de diferentes doencas, possa ser simplesmente inserido em um banco de dados que determine as possibilidades do paciente responda ou nao a determinado tratamento (baseado no modelo da Arvore de Decisao). Acreditamos tambem que a determinacao de um conjunto de polimorfismos relacionados a resposta e refratariedade ao tratamento com antidepressivos pode trazer beneficios clinicos ao paciente, contribuindo para a personalização da terapia, melhorando a eficacia do tratamento da depressao unipolar ou bipolar / Refractory depression is characterized by recurrent cycles of long and severe episodes which did not remit even with the use various classes of antidepressants. Up to 20% of patients need treatments with the use of multiple antidepressants and/or electroconvulsive therapy (ECT). To minimize the duration of the disease, the adverse drug reactions and medical costs with treatment, it is useful to have prior knowledge of the therapy that will probably be more effective and better tolerated for each patient. One of the objectives of the work was to identify DNA polymorphisms in genes involved in pharmacokinetics and pharmacodynamics of antidepressants, which could be involved in the therapeutic response in unipolar or bipolar depression. To this end, we evaluated the DNA polymorphisms on the genes: CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, and COMT. Thus, polymorphisms in selected genes were genotyped in patients with depression who respond to treatment and in patients with the same diagnosis who are refractory to drug treatment and, therefore, are subjected to ECT. In our study, only significant differences between the genotype of refractories and nonrefractory patients were in the ABCB1 gene [increase of the CT genotype frequency in patients refractory to the rs1128503 polymorphism (p=0.007)] and the rs6314 polymorphisms in the HTR2A gene [the increased frequency AG genotype in non-refractory patients (p=0.042)]. For other genes we found no differences between the allele and genotype frequencies. In order to conduct a more comprehensive analysis, we used the CART method (classification regression tree). With it, we could make a decision tree model that made it possible to unify the results of the genotypes of the polymorphisms studied in the CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, COMT genes, in order to identify a set of genotypes that could show the probability of one patient being refractory or non-refractory to treatment, i.e., we can tailor a statistical methodology that evaluates the genotypes of different genes together, thereby identifying which is the contribution of genotypes for the condition of refractory or non-refractory. Therefore, we created a model of analysis of various genotypes at the same time selecting those that best classify groups (refractory and non-refractory), what would be more effective than do individual associations, because the decision tree is able to find interaction between genotypes and avoids collinearity. With our data genotyping, we got a tree that has a sensitivity of 81.6%, specificity of 58.1% and accuracy of 71.5%. We believe that the future use of the combination of genotypes of a group of genes related to pharmacokinetics and dynamics of drugs used to treat different diseases can be simply inserted into a database to determine the chances of the patient to respond or not to the treatment (according to the decision making tree model). We also believe that the determination of a set of polymorphisms related to the response and non-response to treatment with antidepressants can bring clinical benefits to patients, contributing to customize therapy, improving the effectiveness of the treatment of unipolar or bipolar depression
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Perfil de fatores de risco para doença cardiovascular em amostra de estudo epidemiológico populacional de morbidade psiquiátrica: estudo São Paulo Megacity / Profi le of cardiovascular risk factors in a sample of a mental health survey: \"estudo São Paulo\" megacity

Lima, Danielle Bivanco de 19 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Vários estudos sugerem uma possível associação entre a presença de transtornos de humor e/ou de ansiedade com doenças cardiovasculares. Há também evidências de que indivíduos portadores de transtornos de humor e/ou de ansiedade apresentem maior prevalência de sobrepeso e obesidade, diabetes mellitus e pior estilo de vida, com maior frequência de tabagismo e inatividade física. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfi l de fatores de risco cardiovascular em amostra de indivíduos com e sem transtornos de humor e/ou ansiedade da região metropolitana da cidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram selecionados 2.820 participantes do Inquérito de Saúde Mental São Paulo Megacity, conduzido no município de São Paulo e 38 municípios adjacentes. Os indivíduos foram convidados a comparecer ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde foram submetidos a avaliação psiquiátrica por meio do Structured Clinical Interview for DSM disorders (SCID- 1 NP), a uma avaliação antropométrica incluindo peso, altura e circunferência abdominal; avaliação de fatores de risco cardiovascular e medida de pressão arterial; glicemia de jejum, perfi l lipídico, de proteína C reativa ultra-sensível (PCRus), do hormônio tireoestimulante; cálculo do escore de risco de Framingham e avaliação de atividade física por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os dados foram analisados por grupo de transtornos psiquiátricos (humor, ansiedade e/ou depressão maior) e por gênero. As variáveis categóricas foram comparadas usando-se o teste do qui-quadrado de Pearson e as contínuas usando-se ANOVA com teste post hoc of Bonferroni. Também foi realizada regressão logística binária expressa como a razão de chances e respectivo intervalo de confi ança de 95%. Foi utilizado o soft ware estatístico SPSS, versão 16.0. RESULTADOS: Dos 2820 indivíduos selecionados para o estudo, foi realizado contato com 1.471 participantes (1471/2820=52,2%) e, dentre eles, 780 (780/1471=53%) aceitaram participar, sendo que 8 foram excluídos não completarem o protocolo ou por necessitarem de atendimento médico imediato, restando um total de 772 indivíduos para a análise. Na população estudada identifi cou-se 43,7% de transtornos de ansiedade, 40,2% de transtornos de humor e 13,9% de transtornos por uso de substâncias. Foi observado que mulheres com transtorno de humor durante a vida apresentaram maior freqüência de tabagismo (Razão xx CAPÍTULO 1 de chances [RC]) 2,30; Intervalo de Confi ança [IC] 95% 1,03-5,15), de diabetes (RC 2,46; IC 95% 1,03-5,88), maiores níveis de colesterol total (p=0,035) e menor freqüência de PCRus elevado (p=0,04). Entre mulheres com depressão maior durante a vida foi observada renda familiar 30% menor (p=0,04), maior freqüência de diabetes (RC, 3,19; IC 95% 1,33-7,66), de tabagismo (RC 1,75; IC 95% 1,01-3,04), de LDL-colesterol elevado (RC 2,43; IC 95% 1,01- 5,87) e menor freqüência de PCRus elevado (p=0,005). Entre mulheres com transtornos de ansiedade, foram observados menores níveis de PCRus (p=0,03) e maior frequência de excesso de peso (RC 2,26; IC 95% 1,15-4,44). Entre homens com depressão maior foi observada menor frequência de circunferência abdominal alterada (p=0,01). Entre homens com transtornos de ansiedade, foi observado menor frequência de tabagismo (RC 0,36; IC 95% 0,13-0,99). CONCLUSÃO: Indivíduos com transtornos de humor e/ou ansiedade apresentam um perfi l diferenciado em relação ao risco cardiovascular quando comparados a indivíduos sem tais diagnósticos / BACKGROUND: Several studies suggested a possible association between mood and / or anxiety disorders and cardiovascular disease. Th ere is also evidence that individuals with mood and / or anxiety disorders have a higher prevalence of overweight and obesity, diabetes mellitus and a poor lifestyle, with increased frequency of smoking and physical inactivity. Th is study aimed to evaluate the profi le of cardiovascular risk factors in individuals with and without mood and / or anxiety disorders in the metropolitan region of the city of São Paulo. METHODS: Th e study enrolled 2,820 participants of the São Paulo Megacity Mental Health Survey, conducted in São Paulo municipality and 38 municipalities around. Individuals were invited to attend an evaluation in the Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, where they underwent a psychiatric evaluation using the Structured Clinical Interview for DSM disorders (SCID-1 NP), an anthropometric evaluation including weight, height and waist circumference, assessment of cardiovascular risk factors as blood pressure measurement, fasting blood glucose, lipid profi le, high sensitivity C-reactive protein (hsCRP), thyroid stimulating hormone; calculation of Framingham risk score and physical activity assessment by the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Data were analyzed by group of psychiatric disorders (mood, anxiety and/or major depression) and gender. Categorical variables were compared using the chi-square test and continuous variables using ANOVA with Bonferroni´s post hoc test. We performed binary logistic regression expressed as odds ratios and 95% confi dence intervals. We used the statistical soft ware SPSS, version 16.0. RESULTS: Of the 2,820 individuals selected for the study, contact was made with 1,471 participants (1,471/2,820 = 52.2%) and among them a total of 780 (780/1471 = 53%) agreed to participate, but 8 were excluded by missing data in the protocol or needing immediate medical attention, leaving a total of 772 individuals for analysis. In this population we identifi ed 43.7% of anxiety disorders, 40.2% of mood disorders and 13.9% for substance use disorders. It was observed that women with lifetime diagnosis of mood disorder had higher rates of smoking (odds ratio [OR] 2.30, 95% confi dence interval [CI] 1.03 - 5.15 ), diabetes (OR 2,46, 95% CI 1.03 - 5.88), higher levels of total cholesterol (p = 0.035) and lower frequency of elevated hsCRP (p = 0.04). Among women with lifetime diagnosis of major depression was observed a 30% lower income (p = 0.04), a higher frequency of diabetes (OR 3.19, 95% CI 1.33 - 7.66), of smoking (OR 1.75, 95% CI 1.01 - 3.04), a higher frequency of elevated LDL-cholesterol (OR 2.43, 95% CI 1.01 to 5.87) and lower frequency of elevated hsCRP (p = 0.005). Among women with lifetime diagnosis of anxiety disorders were observed lower levels of hsCRP (p = 0.03) and higher frequency of being overweight or obese (OR 2.26, 95% CI 1.15 to 4.44). Among men with lifetime diagnosis of major depression, we found a lower frequency of altered waist circunference (p=0,01). And among men with anxiety disorders, we observed a lower frequency of smoking (OR 0.36, 95% CI 0.13-0.99). CONCLUSION: Individuals with mood and / or anxiety disorders have a diff erent cardiovascular risk profi le compared to individuals without such diagnoses
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Atividade física e comorbidade entre transtornos de humor e ansiedade em adultos jovens de Pelotas: um estudo populacional

JANNKE, Eduardo Schmidt 10 March 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-08-22T13:36:11Z No. of bitstreams: 1 Eduardo Schmidt Jannke.pdf: 1279665 bytes, checksum: 2a8dbf27ce359390ac1dfb2c3d58ba52 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-22T13:36:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Eduardo Schmidt Jannke.pdf: 1279665 bytes, checksum: 2a8dbf27ce359390ac1dfb2c3d58ba52 (MD5) Previous issue date: 2017-03-10 / Objective: to analyze comparatively the patterns of physical activity in leisure and associated factors among young adults from 18 to 35 years of age in the city of Pelotas and their relationships with diagnoses of mood disorders, anxiety disorders and comorbidity between mood and anxiety disorders. Methods: cross-sectional population-based study, with sample selection made by clusters. The Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) was used to evaluate mood and anxiety disorders and their comorbid occurrence, and the practice of leisure physical activity was evaluated with the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Results: The sample consisted of 1953 young adults, where the highest prevalence of physical inactivity in leisure was in the group of comorbid mood and anxiety disorders (83.2%), followed by mood disorders (79%), with anxiety disorder (76.2%) and those with no identified disorders (71.8%), being p <0.001. The prevalence was 1.07 (CI 95% 1.01 - 1.15) higher in the group of those identified with comorbidity between mood disorders and anxiety disorders. Conclusion: The prevalence of physical inactivity in leisure was different in the groups with mental disorders and individuals without disorder, being higher in comorbidity between mood and anxiety disorders. / Objetivo: analisar comparativamente os padrões de atividade física no lazer e fatores associados entre jovens de 18 a 35 anos da cidade de Pelotas e suas relações com diagnósticos de transtornos de humor, transtornos de ansiedade e comorbidade entre transtornos de humor e ansiedade. Método: estudo transversal de base populacional, com seleção amostral feita por conglomerados. Utilizou-se o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) para avaliar os transtornos de humor e ansiedade e sua ocorrência comórbida, e a prática de atividade física no lazer foi avaliada com o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Resultados: A amostra foi composta por 1953 adultos jovens, onde a maior prevalência de inatividade física no lazer foi no grupo de transtornos comórbidos de humor e de ansiedade (83,2%), seguido pelos com transtornos de humor (79%), pelos com transtorno de ansiedade (76,2%) e pelos sem transtornos identificados (71,8%) sendo p<0,001. A prevalência foi 1,07 (CI 95% 1,01 – 1,15) maior no grupo dos identificados com comorbidade entre transtornos de humor e transtornos de ansiedade. Conclusão: As prevalências de inatividade física no lazer foi diferente nos grupos com transtornos mentais e indivíduos sem transtorno, sendo maior nos com comorbidade entre transtornos de humor e de ansiedade.
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Estudo de associação de polimorfismos genéticos do tipo VNTR da via serotoninérgica e epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal / Association study of VNTR genetic polymorphisms of the serotonergic pathway and temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis

Vincentiis, Sílvia de 24 October 2018 (has links)
A epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal é a epilepsia farmacorresistente mais frequente em adultos. Os transtornos de humor são a comorbidade psiquiátrica mais comuns nesses pacientes. Os mecanismos fisiopatológicos comuns entre a epilepsia e as comorbidades psiquiátricas incluem alterações na via serotoninérgica. Os polimorfismos de genes relacionados à via serotoninérgica (receptores, monoamino oxidase A, transportador de serotonina) podem estar relacionadas à coexistência destas condições. O objetivo principal deste estudo foi o de determinar a possível associação entre os polimorfismos dos genes que codificam os receptores de serotonina 5HT1A (rs6295), 5HT1B (rs6296), e 5HT2C(rs6318); a monoamino oxidase A (MAOA-uVNTR); e o transportador de serotonina (5-HTTLPR e 5-HTTVNTR) e a presença de depressão nesses pacientes, em comparação à pacientes sem epilepsia com depressão, voluntários saudáveis sem epilepsia e sem transtornos psiquiátricos. O objetivo secundário foi o de avaliar a possível associação entre essas variantes genéticas e a susceptibilidade ao desenvolvimento de crises epilépticas assim como sua influência sobre as características clínicas da epilepsia. Foram avaliados 119 pacientes com epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal com (56 pacientes) e sem (63 pacientes) depressão; 146 pacientes com transtorno depressivo maior, sem características psicóticas e 113 controles saudáveis. Os indivíduos foram genotipados para os polimorfismos rs6295, rs6296, rs6318, MAOA-uVNTR, 5-HTTLPR e 5-HTTVNTR. Em relação ao polimorfismo rs6295, não houve diferença na distribuição dos genótipos entre epilepsia e depressão sem epilepsia (p = 1.000) e epilepsia e controles (p = 1.000). Não foi observada diferença entre o polimorfismo rs6296 e os grupos epilepsia e depressão sem epilepsia (p = 0,838) e epilepsia e controles (p = 0,838). Não houve diferença entre o polimorfismo rs6318 e os grupos epilepsia e depressão sem epilepsia (p = 0,207) e epilepsia e controles (p = 0,296). Não foi observada diferença entre o polimorfismo MAOA-uVNTR e os grupos epilepsia e depressão (p = 0,799) e epilepsia e controles (p = 1,000). Não houve diferença entre o polimorfismo 5-HTTLPR e os grupos epilepsia e depressão sem epilepsia (p = 1.000) e epilepsia e controles (p = 0,626). Não foi observada diferença entre o polimorfismo 5-HTTVNTR e epilepsia e depressão sem epilepsia (p = 1.000) e epilepsia e controles (p = 0.790). No grupo de pacientes com epilepsia, não houve diferença entre os polimorfismos estudados e a presença de depressão. Foi observada correlação entre alelos de alta atividade transcricional em homozigose ou hemizigose (3,5 e 4 repetições) do polimorfismo MAOA-uVNTR e ocorrência de crises epilépticas diárias/semanais (p=0,032) e crises tônico-clônicas bilaterais (p=0,016). Também houve relação entre o alelo de 12 repetições em homozigose (alelo relacionados a maior produção de RNA mensageiro) do polimorfismo 5-HTTVNTR e história familiar de epilepsia nos pacientes com epilepsia (p=0,013). Alelos de alta atividade transcricional do polimorfismo MAOA-uVNTR estão relacionados a maior eficiência transcricional do gene da monoamino oxidase A e maior atividade enzimática, levando a aumento na metabolização da serotonina. Portanto, é possível que a redução na concentração de serotonina possa levar a um aumento na hiperexcitabilidade neuronal, tendo como consequência um aumento na frequência de crises e ocorrência de crises tônico-clônicas bilaterais. O alelo de 12 repetições do 5-HTTVNTR relaciona-se a maior produção de RNA mensageiro, levando a maior eficiência transcricional do gene do 5-HTTVNTR. Este achado sugere a presença de um subgrupo de pacientes com predisposição familiar para a ocorrência de crises epilépticas devido a um estado de hiperexcitabilidade neuronal determinado pela maior expressão do transportador de serotonina. Este estudo sugere que os polimorfismos avaliados não estão relacionados com a presença de epilepsia ou de comorbidades psiquiátricas nesses pacientes, mas sim com aspectos clínicos da epilepsia (frequência de crises epilépticas, presença de crises tônico-clônicas bilaterais e história familiar de epilepsia) nos pacientes com epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal / Temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis is the most common drug-resistant epilepsy in adults. Mood disorders are the most common psychiatric comorbidity in these patients. Common pathophysiological mechanisms between epilepsy and psychiatric comorbidities include changes in the serotonergic pathway. Polymorphisms of genes related to the serotoninergic pathway (receptors, monoamine oxidase A, serotonin transporter) may be associated with the coexistence of these conditions. The primary objective of this study was to determine the possible association between polymorphisms of the genes encoding serotonin 5HT1A receptors (rs6295), 5HT1B (rs6296), and 5HT2C (rs6318); monoamine oxidase A (MAOA-uVNTR); and the serotonin transporter (5-HTTLPR and 5-HTTVNTR) and the presence of depression in these patients compared to patients without epilepsy with depression, and healthy volunteers without epilepsy and psychiatric disorders. The secondary objective was to evaluate the possible association between these variants and the susceptibility to the development of epileptic seizures and their influence on the clinical characteristics of epilepsy. We evaluated 119 patients with temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis with (56 patients) and without (63 patients) depression, 146 patients with major depressive disorder, without psychotic characteristics, and 113 healthy controls. The individuals were genotyped for polymorphisms rs6295, rs6296, rs6318, MAOA-uVNTR, 5-HTTLPR and 5-HTTVNTR. Regarding the rs6295 polymorphism, no difference was observed in the distribution of genotypes between epilepsy and depression without epilepsy groups (p = 1,000) and epilepsy and controls (p = 1,000). No difference was observed for the rs6296 polymorphism between epilepsy and depression without epilepsy groups (p = 0.838) and epilepsy and controls (p = 0.838). There was no difference for the rs6318 polymorphism between epilepsy and depression without epilepsy groups (p = 0.207) and epilepsy and controls (p = 0.296). No difference was observed for the MAOA-uVNTR polymorphism between epilepsy and depression without epilepsy groups (p = 0.799) and epilepsy and controls (p = 1,000). There was no difference between the polymorphism 5-HTTLPR and epilepsy and depression groups without epilepsy (p = 1,000) and epilepsy and controls (p = 0.626). No difference was observed between the 5-HTTVNTR polymorphism and epilepsy and depression without epilepsy groups (p = 1,000) and epilepsy and controls (p = 0.790). In the group of patients with epilepsy, there was no difference between the polymorphisms studied and the history of psychiatric comorbidities. A correlation was observed between alleles with high transcriptional activity in homozygosis or hemizygosis (3.5 and 4 repeats) of the MAOA-uVNTR polymorphism and occurrence of daily /weekly epileptic seizures (p = 0.032) and bilateral tonic-clonic seizures (p = 0.016). There was also a relationship between the allele of 12 repeats in homozygosis (allele related to higher messenger RNA production) of the 5-HTTVNTR polymorphism and family history of epilepsy in patients with epilepsy (p = 0.013). High transcriptional activity alleles of MAOA-uVNTR are related to the higher transcriptional efficiency of the monoamine oxidase A gene and higher enzymatic activity, leading to increased serotonin metabolism. Therefore, it is possible that the reduction in serotonin concentration may lead to an increase in neuronal hyperexcitability, increasing the frequency of seizures and occurrence of bilateral tonic-clonic seizures. The 12-repeat allele of 5-HTTVNTR is related to increased messenger RNA production, leading to increased transcriptional efficiency of the 5-HTTVNTR gene. This finding suggests the presence of a subgroup of patients with a familial predisposition for the occurrence of epileptic seizures due to a state of neuronal hyperexcitability determined by the higher expression of the serotonin transporter. This study suggests that the polymorphisms evaluated are not related to the presence of epilepsy or psychiatric comorbidities in these patients, but rather to clinical aspects of epilepsy (frequency of epileptic seizures, the presence of bilateral tonic-clonic seizures, and family history of epilepsy) in patients with temporal lobe epilepsy and hippocampal sclerosis
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Emotional Reactivity and Regulation in Current and Remitted Depression: An Event Related Potential Study

Bylsma, Lauren M. 01 January 2012 (has links)
Major Depressive Disorder (MDD) is thought to be characterized by emotion regulation deficits, including decreased use of adaptive strategies such as reappraisal, but little is known about the exact nature of these deficits and whether or not they are specific to the depressed mood state. The late positive potential (LPP) is a sustained positive deflection of the event-related potential (ERP) associated with responding to emotionally-valenced stimuli, and reappraisal strategies have been found to reduce LPP magnitude in response to emotional stimuli in healthy individuals, but this effect has not been examined in MDD. This study utilized ERPs to examine emotional reactivity to positive and negative pictures during passive viewing and a reappraisal condition in a sample 25 of individuals with current MDD, 26 with remitted depression (RMD), and 26 healthy controls. The LPP was greater for passive viewing of positive and negative relative to neutral pictures in all groups, with no significant group findings emerging. For positive pictures, all groups showed reduced LPP's for positive reappraisal relative to passive viewing with no group by condition interactions. For negative pictures, both the MDD and RMD groups exhibited abnormalities, with the MDD group failing to show a reduction in LPP for reappraised pictures relative to passive viewing and the RMD group demonstrating an unexpected increase in LPP magnitude for reappraised negative pictures. The LPP for emotional pictures and reappraisal instructions may reveal deficits in emotional reactivity and regulation among mood-disordered individuals, particularly for negative stimuli, and may suggest targets for clinical intervention.
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The role of motivation on the associations between physical activity choices, depression symptoms and mood profile of adolescent students / O impacto da motivação nas associações entre escolhas na prática de atividade física, sintomas depressivos e perfil de humor de estudantes adolescentes: perspectivas da teoria da autodeterminação.

Matias, Thiago Sousa 11 March 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T15:59:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 THIAGO MATIAS.pdf: 120874 bytes, checksum: 927cd16587a0d5a9920f62d8710fc9bb (MD5) Previous issue date: 2016-03-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introdução: a relação positiva entre a prática de atividade física no lazer (AF) e o bem estar psicológico ainda suscitam controvérsias, principalmente em adolescentes. A adolescência é um período da vida complexo e o comportamento psicológico pode influenciar diferentes escolhas de AF. A motivação, por exemplo, parece mediar estas escolhas e comportamentos motivacionais mais autônomos estão ligados a menos sintomas depressivos e um melhor perfil de humor. Objetivo: investigar as associações entre as escolhas de AF, a motivação, os sintomas depressivos e o perfil de humor de estudantes adolescentes. Método: trata-se de um estudo descritivo transversal e de base populacional. Na amostra 1 foram investigados 662 estudantes adolescentes (µ=15±1 anos) distribuídos nos 12 distritos de Florianópolis SC. Na amostra 2 participaram 2.757 estudantes (µ=15±4 anos) de 26 diferentes escolas de 8 cidades da grande Florianópolis. Esses foram selecionados proporcionalmente. O questionário de Atividade Física Habitual, O Estágio para Mudança do Comportamento para Atividade Física, O Questionário de Regulação de Comportamento no Exercício Físico 2, O Questionário de Avaliação das Necessidades Psicológicas Básicas no Exercício, O Inventário de Depressão de Beck e A Escala de Humor de Brunel foram utilizados para coleta. Os dados foram tratados com estatística descritiva e inferencial. Estudo 1: teve como objetivo investigar a associação entre estágios de mudança do comportamento e sintomas depressivos. Resultados: a manutenção para AF está associada com a probabilidade de não apresentar sintomas depressivos (OR= 0.418; IC = 0.19-0.90; p=.026). Estar regularmente engajado na AF representa 58.2% de chance de não apresentar sintomas de depressão. Estudo 2: teve como objetivo investigar se a prevalência de depressão pode ser predita pelas escolhas de AF e regulações motivacionais. Resultados: a escolha por exercícios comparado com esportes representa 2 vezes mais chances de apresentar sintomas depressivos (OR = 1.91; IC = 1.06 3.42; p = 0.03). A Amotivação é um fator de risco e aumenta discretamente a associação entre os sintomas de depressão e a escolha de exercício. Cada ponto aumentado na escala de motivação intrínseca representa 40% de chances de não apresentar sintomas depressivos. Estudo 3: teve como objetivo investigar se as escolhas de AF podem ser preditas baseadas no perfil de humor e nas regulações motivacionais. Resultados: um perfil de humor negativo para raiva, confusão mental, depressão e tensão está associado com a probabilidade de escolher exercício. A Amotivação e a regulação externa aumentam discretamente a relação entre humor negativo e exercício. A Motivação intrínseca está associada com a escolha de esportes na AF para todas as dimensões do humor. Estudo 4: teve como objetivo verificar as relações que se estabelecem entre diferentes clusters de satisfação das necessidades psicológicas básicas (NPB) na Educação Física Escolar, regulações motivacionais e escolhas de AF na predição do perfil de humor. Resultados: Os Cluster 3 (negativo) e 2 (intermediário), comparados ao Cluster 1 (positivo), apresentam duas e três vezes mais chances de apresentar perfil de humor negativo, respectivamente. Escolher exercício aumenta a associação para o Cluster 3 (OR = 3.74; 95%IC = 2.57 5.46) e Cluster 2 (OR = 2.10; 95%IC = 1.68 2.61), p <0.001. A regulação identificada e intrínseca diminuem discretamente a associação negativa entre Clusters 2 e 3, além disso, estão associados com perfil de humor positivo. (identificada - OR = .82; 95%IC = 0.70 0.96; p = .014 / intrínseca - OR = .85; 95%IC = 0.74 0.97; p = 0.016). Conclusões: No estudo 1 pode-se observar um efeito protetor para a depressão quando os adolescentes estão engajados regularmente na AF, entretanto, para o estudo 2, identifica-se que a escolha do exercício, considerando seu lócus extrínseco, representa risco para a depressão. No estudo 3 conclui-se que o perfil de humor e as regulações motivacionais podem predizer as escolhas de AF; neste caso, formas controladas de motivação estão associadas com exercício. Além disso, verifica-se no estudo 4 que a Educação Física que é pobre em satisfazer as NPB expõe estudantes à depreciação do humor. As escolhas na AF quando relacionadas com lócus extrínsecos de motivação podem agravar essa condição. Por outro lado, lócus internos de motivação para a AF parecem promover bem estar psicológico. Este trabalho enfatiza a importância de considerar as escolhas dos adolescentes para AF, advertindo que estas estão ligadas a comportamentos motivacionais distintos e repercutem ao bem estar psicológico. / Background: benefits from leisure-time physical activity (PA) on psychological well-being in adolescence it is still a matter to debate. In this period of life PA may represent a complex psychological behavior and different choices on leisure-time may outline a singular condition in social environments which can support or not moderators for a better psychological status. There are evidences that motivation can mediate this relationship and it seems that autonomous behavior lead to a better mood profile and less depressive symptoms. Objective: The present thesis aimed to investigate associations between PA choices, motivational regulations and adolescents depression and mood profile. Method: This is a population based cross-sectional study. Sample 1 was composed by 662 adolescent students (µ=15±1 years old) from 12 districts of Florianópolis/SC/Brazil; and sample 2 investigated 2.757 adolescent students (µ=15±4 years old) from 8 cities and 26 public schools of Great Florianópolis/SC. Students were selected with proportionate-to-size. Physical Activity Evaluation Questionnaire for Adolescents, Stages of Change for Leisure-time Physical Activity, Behavioral Regulation in Exercise Questionnaire-2, Basic Psychological Needs in Exercise Scale, Beck Depression Inventory and Brunel Mood Scale were used for data collection. Study 1: aimed to analyze the association between different stages of change for PA and depression symptoms. Results: maintenance to PA was associated with the probability to have no symptoms of depression (OR= 0.418; CI = 0.19-0.90; p=.026). Being engaged in regular PA for the past six months or more represents 58.2% of chances of not having depression symptoms. Study 2: aimed to verify if prevalence of depression symptoms can be predicted based on their PA choices and motivational regulations. Results: individuals that choose exercise compared to sports were two times more likely to have dysphoria or depression (OR = 1.91; CI = 1.06 3.42; p = 0.03). Increasing amotivation represents a risk factor and slightly increased the prevalence of dysphoria or depression in the exercise group. For adolescents, each increasing point in the intrinsic motivation scale represents 40% of chance of not having dysphoria or depression. Study 3: aimed to verify whether PA choices can be predicted based on variations in mood profiles and motivational regulations. Results: Negative mood for anger, confusion, depression and tension demonstrated a significantly higher probability of choosing exercise on leisure-time comparing to sports. Amotivation and external regulation slightly increased the significant higher probability of negative mood to predict exercise. Intrinsic motivation was recognized as higher probability of choosing sports in all sub-scales of mood profile. Study 4: aimed to verify whether mood profile can be predicted based on basic psychological needs (BPN) clusters in physical education (PE) classes, motivational regulations and PA choices. Results: Cluster 3 (negative) and 2 (intermediated), compared to cluster 1 (positive), were three and two times more likely to have a negative mood profile, respectively. Exercise choose increased the prevalence ratio for cluster 3 (OR = 3.74; 95%CI = 2.57 5.46) and 2 (OR = 2.10; 95%CI = 1.68 2.61), p <0.001. Identified and intrinsic regulation slightly decreased the negative association between clusters 2 and 3 and were associated to positive mood profile (identified - OR = .82; 95%CI = .70 .96; p = .014 / intrinsic - OR = .85; 95%CI = .74 .97; p = .016). Conclusions: In study 1 it was observed a protection effect of PA on depression when the adolescent is engaged in regular PA; however, in study 2 it was observed that the choices of exercise, considering the external locus of control, represented a risk for depression. Study 3 pointed that mood profile and motivational regulations can predict PA choices, and controlled forms of motivation are associated to exercise. In addition, in study 4 it was observed that PE which is poor to provide satisfaction of BPN exposed students to a negative mood profile. Choices on PA related to external locus of control may worsen this condition. However, internal locus of motivation for PA seems to promote a positive psychological well-being. The present thesis emphasizes the importance to consider adolescents choices on PA, considering different motivations and the association with psychological well-being.
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Perfil de fatores de risco para doença cardiovascular em amostra de estudo epidemiológico populacional de morbidade psiquiátrica: estudo São Paulo Megacity / Profi le of cardiovascular risk factors in a sample of a mental health survey: \"estudo São Paulo\" megacity

Danielle Bivanco de Lima 19 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Vários estudos sugerem uma possível associação entre a presença de transtornos de humor e/ou de ansiedade com doenças cardiovasculares. Há também evidências de que indivíduos portadores de transtornos de humor e/ou de ansiedade apresentem maior prevalência de sobrepeso e obesidade, diabetes mellitus e pior estilo de vida, com maior frequência de tabagismo e inatividade física. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfi l de fatores de risco cardiovascular em amostra de indivíduos com e sem transtornos de humor e/ou ansiedade da região metropolitana da cidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram selecionados 2.820 participantes do Inquérito de Saúde Mental São Paulo Megacity, conduzido no município de São Paulo e 38 municípios adjacentes. Os indivíduos foram convidados a comparecer ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde foram submetidos a avaliação psiquiátrica por meio do Structured Clinical Interview for DSM disorders (SCID- 1 NP), a uma avaliação antropométrica incluindo peso, altura e circunferência abdominal; avaliação de fatores de risco cardiovascular e medida de pressão arterial; glicemia de jejum, perfi l lipídico, de proteína C reativa ultra-sensível (PCRus), do hormônio tireoestimulante; cálculo do escore de risco de Framingham e avaliação de atividade física por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os dados foram analisados por grupo de transtornos psiquiátricos (humor, ansiedade e/ou depressão maior) e por gênero. As variáveis categóricas foram comparadas usando-se o teste do qui-quadrado de Pearson e as contínuas usando-se ANOVA com teste post hoc of Bonferroni. Também foi realizada regressão logística binária expressa como a razão de chances e respectivo intervalo de confi ança de 95%. Foi utilizado o soft ware estatístico SPSS, versão 16.0. RESULTADOS: Dos 2820 indivíduos selecionados para o estudo, foi realizado contato com 1.471 participantes (1471/2820=52,2%) e, dentre eles, 780 (780/1471=53%) aceitaram participar, sendo que 8 foram excluídos não completarem o protocolo ou por necessitarem de atendimento médico imediato, restando um total de 772 indivíduos para a análise. Na população estudada identifi cou-se 43,7% de transtornos de ansiedade, 40,2% de transtornos de humor e 13,9% de transtornos por uso de substâncias. Foi observado que mulheres com transtorno de humor durante a vida apresentaram maior freqüência de tabagismo (Razão xx CAPÍTULO 1 de chances [RC]) 2,30; Intervalo de Confi ança [IC] 95% 1,03-5,15), de diabetes (RC 2,46; IC 95% 1,03-5,88), maiores níveis de colesterol total (p=0,035) e menor freqüência de PCRus elevado (p=0,04). Entre mulheres com depressão maior durante a vida foi observada renda familiar 30% menor (p=0,04), maior freqüência de diabetes (RC, 3,19; IC 95% 1,33-7,66), de tabagismo (RC 1,75; IC 95% 1,01-3,04), de LDL-colesterol elevado (RC 2,43; IC 95% 1,01- 5,87) e menor freqüência de PCRus elevado (p=0,005). Entre mulheres com transtornos de ansiedade, foram observados menores níveis de PCRus (p=0,03) e maior frequência de excesso de peso (RC 2,26; IC 95% 1,15-4,44). Entre homens com depressão maior foi observada menor frequência de circunferência abdominal alterada (p=0,01). Entre homens com transtornos de ansiedade, foi observado menor frequência de tabagismo (RC 0,36; IC 95% 0,13-0,99). CONCLUSÃO: Indivíduos com transtornos de humor e/ou ansiedade apresentam um perfi l diferenciado em relação ao risco cardiovascular quando comparados a indivíduos sem tais diagnósticos / BACKGROUND: Several studies suggested a possible association between mood and / or anxiety disorders and cardiovascular disease. Th ere is also evidence that individuals with mood and / or anxiety disorders have a higher prevalence of overweight and obesity, diabetes mellitus and a poor lifestyle, with increased frequency of smoking and physical inactivity. Th is study aimed to evaluate the profi le of cardiovascular risk factors in individuals with and without mood and / or anxiety disorders in the metropolitan region of the city of São Paulo. METHODS: Th e study enrolled 2,820 participants of the São Paulo Megacity Mental Health Survey, conducted in São Paulo municipality and 38 municipalities around. Individuals were invited to attend an evaluation in the Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, where they underwent a psychiatric evaluation using the Structured Clinical Interview for DSM disorders (SCID-1 NP), an anthropometric evaluation including weight, height and waist circumference, assessment of cardiovascular risk factors as blood pressure measurement, fasting blood glucose, lipid profi le, high sensitivity C-reactive protein (hsCRP), thyroid stimulating hormone; calculation of Framingham risk score and physical activity assessment by the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Data were analyzed by group of psychiatric disorders (mood, anxiety and/or major depression) and gender. Categorical variables were compared using the chi-square test and continuous variables using ANOVA with Bonferroni´s post hoc test. We performed binary logistic regression expressed as odds ratios and 95% confi dence intervals. We used the statistical soft ware SPSS, version 16.0. RESULTS: Of the 2,820 individuals selected for the study, contact was made with 1,471 participants (1,471/2,820 = 52.2%) and among them a total of 780 (780/1471 = 53%) agreed to participate, but 8 were excluded by missing data in the protocol or needing immediate medical attention, leaving a total of 772 individuals for analysis. In this population we identifi ed 43.7% of anxiety disorders, 40.2% of mood disorders and 13.9% for substance use disorders. It was observed that women with lifetime diagnosis of mood disorder had higher rates of smoking (odds ratio [OR] 2.30, 95% confi dence interval [CI] 1.03 - 5.15 ), diabetes (OR 2,46, 95% CI 1.03 - 5.88), higher levels of total cholesterol (p = 0.035) and lower frequency of elevated hsCRP (p = 0.04). Among women with lifetime diagnosis of major depression was observed a 30% lower income (p = 0.04), a higher frequency of diabetes (OR 3.19, 95% CI 1.33 - 7.66), of smoking (OR 1.75, 95% CI 1.01 - 3.04), a higher frequency of elevated LDL-cholesterol (OR 2.43, 95% CI 1.01 to 5.87) and lower frequency of elevated hsCRP (p = 0.005). Among women with lifetime diagnosis of anxiety disorders were observed lower levels of hsCRP (p = 0.03) and higher frequency of being overweight or obese (OR 2.26, 95% CI 1.15 to 4.44). Among men with lifetime diagnosis of major depression, we found a lower frequency of altered waist circunference (p=0,01). And among men with anxiety disorders, we observed a lower frequency of smoking (OR 0.36, 95% CI 0.13-0.99). CONCLUSION: Individuals with mood and / or anxiety disorders have a diff erent cardiovascular risk profi le compared to individuals without such diagnoses
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Farmacogenética em psiquiatria: busca de marcadores de refratariedade em pacientes deprimidos submetidos à ECT / Pharmacogenetics in psychiatry: search for genetics markers of refractority on depressed patients under electroconvulsive therapy

Carolina Martins do Prado 31 March 2016 (has links)
A depressao refrataria e caracterizada por ciclos recorrentes de longa duracao de episodios severos, que nao remitem ao utilizar varios tipos de antidepressivos. Ate 20% desses pacientes necessitam de tratamentos com a utilizacao de multiplos antidepressivos e/ou eletroconvulsoterapia (ECT). Para minimizar a duracao da doenca, o surgimento de reacoes adversas a medicamentos e os custos medicos com o tratamento, torna-se util o conhecimento previo da terapia que provavelmente sera mais efetiva e melhor tolerada para cada paciente. Um dos objetivos deste trabalho foi identificar polimorfismos de DNA em genes envolvidos na farmacocinetica e farmacodinamica dos antidepressivos, que poderiam estar envolvidos com a resposta terapeutica na depressao unipolar ou bipolar. Para tanto, avaliamos polimorfismos de DNA tais como: CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, COMT. Desse modo, polimorfismos nos genes selecionados foram genotipados em pacientes com depressao que respondem ao tratamento e em pacientes com os mesmos diagnosticos que sao refratarios ao tratamento medicamentoso e, por esse motivo, sao submetidos a ECT. Em nosso estudo, encontramos somente diferencas significativas no genotipo entre refratarios e respondedores para o gene ABCB1 [aumento da frequencia do genotipo CT em pacientes refratários para o polimorfismo rs1128503 (p=0,007) ] e para o polimorfismo rs6314 no gene HTR2A [ aumento da frequencia do genotipo AG em pacientes respondedores (p=0,042) ]. Para os demais genes nao encontramos diferencas entre as frequencias alelicas e genotipicas. Para realizarmos uma analise mais abrangente, utilizamos o metodo CART (Classification regression tree). Com ele pudemos fazer um modelo de Arvore de Decisao que possibilitou unificar os resultados dos genotipos dos polimorfismos estudados nos genes CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, COMT, afim de identificar o conjunto de genotipos que poderiam mostrar o percentual de chance dos pacientes serem refratarios ou respondedores, ou seja, conseguimos adequar uma metodologia estatistica que avalia os genótipos de diferentes genes em conjunto, identificando assim, qual e a contribuicao dos genotipos para a condicao de refratario ou respondedor. Com isso, criamos um modelo de analise de varios genotipos ao mesmo tempo que seleciona aqueles que melhor classificam os grupos (refratarios e respondedores). O que seria mais eficaz do que fazer associacoes individuais, porque, a arvore de decisao e capaz de encontrar interacao entre os genotipos, alem de evitar colinearidade. Com nossos dados de genotipagem, conseguimos uma arvore que apresenta uma sensibilidade de 81,6%, especificidade de 58,1% e precisao de 71,5%. Acreditamos que futuramente a utilizacao da combinacao de genotipos de um grupo de genes relacionados a farmacocinetica e dinamica de medicamentos utilizados no tratamento de diferentes doencas, possa ser simplesmente inserido em um banco de dados que determine as possibilidades do paciente responda ou nao a determinado tratamento (baseado no modelo da Arvore de Decisao). Acreditamos tambem que a determinacao de um conjunto de polimorfismos relacionados a resposta e refratariedade ao tratamento com antidepressivos pode trazer beneficios clinicos ao paciente, contribuindo para a personalização da terapia, melhorando a eficacia do tratamento da depressao unipolar ou bipolar / Refractory depression is characterized by recurrent cycles of long and severe episodes which did not remit even with the use various classes of antidepressants. Up to 20% of patients need treatments with the use of multiple antidepressants and/or electroconvulsive therapy (ECT). To minimize the duration of the disease, the adverse drug reactions and medical costs with treatment, it is useful to have prior knowledge of the therapy that will probably be more effective and better tolerated for each patient. One of the objectives of the work was to identify DNA polymorphisms in genes involved in pharmacokinetics and pharmacodynamics of antidepressants, which could be involved in the therapeutic response in unipolar or bipolar depression. To this end, we evaluated the DNA polymorphisms on the genes: CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, and COMT. Thus, polymorphisms in selected genes were genotyped in patients with depression who respond to treatment and in patients with the same diagnosis who are refractory to drug treatment and, therefore, are subjected to ECT. In our study, only significant differences between the genotype of refractories and nonrefractory patients were in the ABCB1 gene [increase of the CT genotype frequency in patients refractory to the rs1128503 polymorphism (p=0.007)] and the rs6314 polymorphisms in the HTR2A gene [the increased frequency AG genotype in non-refractory patients (p=0.042)]. For other genes we found no differences between the allele and genotype frequencies. In order to conduct a more comprehensive analysis, we used the CART method (classification regression tree). With it, we could make a decision tree model that made it possible to unify the results of the genotypes of the polymorphisms studied in the CYP2D6, CYP2C19, CYP2C9, ABCB1, SCL6A2, SLC6A3, HTR1A, HTR2A, TPH1, TPH2, COMT genes, in order to identify a set of genotypes that could show the probability of one patient being refractory or non-refractory to treatment, i.e., we can tailor a statistical methodology that evaluates the genotypes of different genes together, thereby identifying which is the contribution of genotypes for the condition of refractory or non-refractory. Therefore, we created a model of analysis of various genotypes at the same time selecting those that best classify groups (refractory and non-refractory), what would be more effective than do individual associations, because the decision tree is able to find interaction between genotypes and avoids collinearity. With our data genotyping, we got a tree that has a sensitivity of 81.6%, specificity of 58.1% and accuracy of 71.5%. We believe that the future use of the combination of genotypes of a group of genes related to pharmacokinetics and dynamics of drugs used to treat different diseases can be simply inserted into a database to determine the chances of the patient to respond or not to the treatment (according to the decision making tree model). We also believe that the determination of a set of polymorphisms related to the response and non-response to treatment with antidepressants can bring clinical benefits to patients, contributing to customize therapy, improving the effectiveness of the treatment of unipolar or bipolar depression
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Religiosidade e espiritualidade no transtorno bipolar do humor

Stroppa, André Lúcio Pinto Coelho 14 September 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-14T12:24:26Z No. of bitstreams: 1 andreluciopintocoelhostroppa.pdf: 17748362 bytes, checksum: 19a0925c34309dbb1712aed625ee5121 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-06-29T12:06:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 andreluciopintocoelhostroppa.pdf: 17748362 bytes, checksum: 19a0925c34309dbb1712aed625ee5121 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T12:06:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 andreluciopintocoelhostroppa.pdf: 17748362 bytes, checksum: 19a0925c34309dbb1712aed625ee5121 (MD5) Previous issue date: 2011-09-14 / Objetivos: Investigar a relação entre Religiosidade/Espiritualidade (R/E) e o estado de humor, qualidade de vida, ocorrência de internações hospitalares e tentativas graves de suicídio entre pacientes bipolares. Métodos: Em um estudo transversal com pacientes bipolares em tratamento ambulatorial (n=168) foram avaliados sintomas de Mania (YMRS) e Depressão (MADRS), Religiosidade (Duke Religious índex), Coping Religioso-Espiritual (Brief RCOPE) e Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF). Dados sociodemográficos, número tentativas de suicídio e internações foram obtidos através da entrevista com o indivíduo e análise do prontuário médico. Foram realizadas regressões logísticas e lineares das associações entre os indicadores de R/E e as variáveis clinicas, controlando para variáveis sociodemográficas. Resultados: Referiram alguma filiação religiosa 148 (88,1%) indivíduos. Religiosidade Intrínseca e mais estratégias de Coping Religioso-Espiritual (CRE) positivo associaram-se a menos sintomas depressivos, respectivamente (OR) 0.19, (Cl) 0.06 — 0.57, (p) 0.003 e (OR) 0.25, (Cl) 0.09 — 0.71, (p) 0.01. Qualidade de vida associou-se a Religiosidade Organizacional (B) 0.188, (p) 0.019, Religiosidade Intrínseca (B) 0.306, (p) <0,001 e CRE positivo (B) 0.264, (p) 0.001. CRE negativo associou-se a pior qualidade de vida (B) — 0.253, (p) 0.001. Conclusões: Religiosidade intrínseca e CRE positivo associaram-se a menor ocorrência de depressão e melhor qualidade de vida de forma significativa. Estudos longitudinais serão úteis na investigação de relações causais. / Aims: To investigate the relationship between Religiousness/Spirituality (R/S) and mood, quality of life, hospitalizations and severe suicide attempts among bipolar patients. Methods: In a transversal study among bipolar patients under ambulatory care (n=168), symptoms of Mania (YMRS) and Depression (MADRS), Religiousness (Duke Religious Index), Religious Coping (Brief RCOPE) and Quality of Life (WHOQOL-BREF) were assessed. Socio-demographic data, number of suicide attempts and hospitalizations were obtained through an interview with the individual and analysis of medical records. Logistical and linear regressions of the association between the Religious indicators and clinical variables were carried out, controlling for socio-demographic variables. Results: 148 individuals mentioned some kind of religious affiliation (88.1%). Intrinsic Religiousness (IR) and Positive Religious Coping (RC) strategies associated to less depressive symptoms [respectively odds ratio (OR) = 0.19, 95% confidence interval (Cl) = 0.06 - 0.57, p=0.003 and OR= 0.25; Cl = 0.09 - 0.71, p=0.01]. Quality of life inversely associated with negative RC ([3= - 0.253, p=0.001) and directly associated with Organizational Religiousness (13= 0.188, p=0.019), Intrinsic Religiousness (13= 0.306, =p <0,001) and positive RC (13- 0.264, p= 0.001). Conclusions: Intrinsic Religiousness and positive RC are strongly associated with less depressive symptoms and better quality of life. Negative RC associated to worse quality of life. Religiousness is a relevant aspect which must be taken into consideration by physicians when assessing and guiding
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Farmakoterapie poruch nálady / Pharmacotherapy of mood disorder

Rambousková, Jana January 2017 (has links)
Charles University Faculty of Pharmacy in Hradec Králové Department of Pharmacology & Toxicology Student: Jana Rambousková Supervisor: Prof. MUDr. Radomír Hrdina, CSc. Title of diploma thesis: Pharmacotherapy of mood disorder This diploma thesis deals with the characterization of mood disorders concentrating especially on depression disorders. It presents the classification of mood disorders according to classification MKN-10. The diploma thesis presents patophysiology of depression disorders, their causes, symptoms and progress. It analyses the choice of pharmacotherapy in depression disorders and bipolar affective disorder. It describes individual groups of antidepressants and drugs used for treatement of bipolar affective disorder. It analyses their mechanism of action, indications, contraindications and adverse effects. At the end of diploma thesis states the other use of antidepressants in non- psychiatric indications.

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