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Recampesinização e ressignificação do campesinato histórias de vida no Movimento de Mulheres Camponesas do Paraná (MMC/PR)Gadelha, Renata Rocha 17 February 2017 (has links)
Submitted by Maria Rosa Moraes Maximiano (maria.maximiano@uffs.edu.br) on 2017-06-29T15:24:18Z
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Previous issue date: 2017-02-17 / Esta dissertação analisa, através da metodologia de história de vida e do método dialético, a trajetória de cinco agricultoras, que fazem parte do Movimento de Mulheres Camponesas do Paraná (MMC/PR). O objetivo geral desta pesquisa foi identificar se a participação dessas mulheres, no MMC, permitiu que elas pudessem manifestar suas percepções agroecológicas e a colocá-las em prática, em suas unidades produtivas. Para responder a esse objetivo geral, antes, buscamos responder a dois objetivos específicos: a) como eram as relações de gênero na vida dessas mulheres, antes e depois, de sua participação no movimento? b) como era a percepção sobre a produção agropecuária dessas mulheres, antes e depois, de entrarem no MMC? A pesquisa bibliográfica nos informa que, devido à divisão sexual do trabalho, historicamente, as mulheres desenvolveram percepções e habilidades mais ecológicas do que os homens. Essas percepções e habilidades teriam sido preservadas nas mulheres camponesas. Todavia, a bibliografia também nos revela que, a mesma cultura que manteve essa divisão sexual do trabalho e permitiu a conservação desses saberes nas mulheres, é uma cultura enraizada no patriarcado, em relações de opressão e autoritarismo. Sendo assim, mesmo que as mulheres tenham esses saberes, elas estavam vetadas de participar no planejamento produtivo de suas unidades agrícolas. Baseando-nos na concepção de agroecologia, de Eduardo Sevilla Guzmán, como melhor estratégia para o desenvolvimento rural sustentável, um de seus fundamentos é a participação de todos os sujeitos, envolvidos na prática produtiva, na construção do saber coletivo. Sendo assim, se não enfrentamos as relações desiguais de gênero, estamos impedindo que as mulheres participem dessa construção de conhecimento e do processo de desenvolvimento. Dessa forma, um dos desafios, para o avanço e fortalecimento da agroecologia, é buscar gerar processos nos quais seja possível, tanto a participação dos homens, como a das mulheres. Os resultados desta pesquisa revelaram que, o MMC, movimento que discute tanto as relações de gênero, como a agroecologia como meio de resistência ao avanço do capitalismo no campo, permitiu um desenvolvimento na consciência das mulheres entrevistadas. Através do processo de conscientização, por meio da práxis, essas mulheres passaram a reivindicar o seu direito de participação em todas as tomadas de decisão, seja na família, seja na unidade produtiva; assim como, começaram a se identificar como camponesas e reconhecer o valor de suas antigas formas de gerar conhecimento. Com isso, dialogando com seus companheiros, iniciaram processos de transição agroecológica em suas unidades produtivas, gerando um processo de recampesinização. Uma recampesinização ressignificada, pois agora, não mais baseada em um campesinato fundado em relações desiguais de gênero, mas em um campesinato alicerçado na busca da construção da equidade de gênero. / This dissertation analyzes, through the methodology of life history and the dialectical method, the trajectory of five women farmers, who are part of the Movement of Peasant Women of Paraná (MMC/ PR). The general objective of this research was to identify if the participation of these women in the MMC allowed them to express their agroecological perceptions and to put them into practice in their productive units. In order to respond to this general objective, we seek to answer two specific objectives: a) how were the gender relations in the life of these women, before and after, their participation in the movement? b) how was the perception on the agricultural production of these women before and after entering the MMC? Bibliographical research informs us that because of the sexual division of labor, historically, women have developed perceptions and skills more ecologically than men. These perceptions and skills would have been preserved in peasant women. However, the literature also reveals to us that, the same culture that maintained this sexual division of labor, and allowed the preservation of these knowledge in women, is a culture rooted in patriarchy, in relations of oppression and authoritarianism. Thus, even if women had this knowledge, they were not allowed to participate in the productive planning of their agricultural units. Based on Eduardo Sevilla Guzmán's conception of agroecology as the best strategy for sustainable rural development, one of its foundations is the participation of all the subjects, involved in productive practice, in the construction of collective knowledge. Thus, if we do not face unequal gender relations, we are impeding women from participating in this knowledge-building and development process. Thus, one of the challenges for the advancement and strengthening of agroecology is to seek to generate processes in which both men's and women's participation are possible. The results of this research revealed that the MMC, a movement that discusses both gender relations and agroecology as a means of resistance to the advance of capitalism in the countryside, allowed a development in the consciousness of the women interviewed. Through the process of consciousness, through praxis, these women started to claim their right to participate in all decision-making, whether in the family or in the productive unit; They began to identify themselves as peasants and to recognize the value of their old ways of generating knowledge. With this, in dialogue with their companions, they began processes of agroecological transition in their productive units, generating a process of recampesinization. Re-signified recampesinization, for now, no longer based on a peasantry founded on unequal relations of gender, but on a peasantry grounded in the search for the construction of gender equity.
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Sem porta-voz na rua, sem dono em casa : as lutas do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC Brasil) pelo direito a uma vida sem violênciaPereira, Diana Melo 10 April 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2015. / Ao contrário do que vem sendo comumente trabalhado a respeito da temática da violência contra a mulher, o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC Brasil), tem trabalhado uma visão mais ampla sobre a percepção da questão: tem defendido a necessidade do relacionamento entre opressões de sexo e classe social, no que diz respeito ao enfrentamento à violência. Compreendendo as ligações entre capitalismo e patriarcado, desenham sua atuação na luta pelo direito a uma vida sem violência para as mulheres no campo, de forma articulada, combatendo a ambos. Questionam o modo de produção capitalista no campo, em especial, o agronegócio e uso de agrotóxicos e transgênicos, refletindo o quanto esse modelo está articulado com o patriarcado, oprimindo as mulheres e impedindo uma possibilidade de libertação de todas e todos. A partir da teoria feminista, questionamos quem é a camponesa e a nova mulher que o movimento propõe. Com apoio nas teorias materialistas que discutem a divisão sexual do trabalho e a coextensividade das relações de classe e sexo, discutimos a respeito das relações entre capitalismo e patriarcado. Finalmente, a partir da teoria de Lyra Filho da dialética social do Direito, trabalhamos o surgimento e as lutas do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC Brasil), em principal, suas ações em tensionamento ao sistema para transformação do direito estatal, a partir de sua compreensão sobre o que é violência contra as mulheres. / Contrary to the common approach to the subject of violence against women, the movement of peasant women (Movimento de Mulheres Camponesas) – MMC Brasil takes the issue from a much open view: it defends the need for the comprehension of the relationship between sexual and social class oppressions when confronting violence. By understanding the relationship between capitalism and patriarchal society, the movement bases its action for a life without violence for rural women on articulately combating both of them. It questions the capitalist way of production in the land, with emphasis on the use of agricultural toxicants and genetic modified organisms, reflecting on to what extend this model articulates with patriarchy, oppresses women and closes the possibilities for the liberation of both women and men. From the perspective of the feminist theory, we question who is the peasant woman, and who is the new woman the movement proposes. Under the light of the materialistic theories that discuss the sexual division of labor and the co-extension of the relationship between class and sex, we discuss on the relationship between capitalism and patriarchy. Finally, from Lyra Filho’s dialectical theory of Law, we discuss the development and fights of MMC Brasil, specially its actions in confrontation to the system for a change in the State law, through its comprehension of what violence against women is.
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Viver sem violência doméstica e familiar : a práxis feminista do Movimento de Mulheres Camponesas / Vivir sin violencia doméstica : la praxis feminist del Movimiento de Mujeres Campesinas / Live without domestic and family violence : the feminist praxis of the Movement of Peasant WomenTáboas, Ísis Dantas Menezes Zornoff 22 November 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-05-19T18:05:08Z
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2014_IsisDantasMenezesZornoffTaboas.pdf: 1791815 bytes, checksum: 9a5ee26a24b7edbb48f1a10956d9ac72 (MD5) / Esta dissertação é resultado da pesquisa sobre as práticas políticas e as reflexões teóricas do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) para promoção do direito humano de viver sem violência doméstica e familiar. A partir de entrevistas com as coordenadoras nacionais do MMC, maior movimento autônomo de mulheres camponesas brasileiras, e de análise de outras fontes primárias, foram estabelecidas categorias analíticas para a compreensão da violência doméstica e familiar contra mulheres camponesas, dos fenômenos que a envolvem e da práxis do Movimento para enfrentá-la. O trabalho aponta para a emergência do MMC como sujeito coletivo de direitos que desenvolve novas formas de organização, mobilização e luta feminista, popular e camponesa capazes de fundar e fomentar a construção de direitos humanos. ___________________________________________________________________________________ RESUMEN / Este trabajo es el resultado de la investigación sobre las prácticas políticas y las reflexiones teóricas del Movimiento de las Mujeres Campesinas (MMC) para promover el derecho humano a vivir sin violencia intrafamiliar. A partir de entrevistas con las coordinadoras nacionales del MMC, el mayor movimiento independiente de mujeres campesinas de Brasil, y del análisis de otras fuentes primarias, se establecieron categorías de análisis para la comprensión de la violencia doméstica y familiar contra las mujeres campesinas, los fenómenos que la rodean y la praxis del movimiento para combatirlo. El trabajo apunta a la aparición de MMC como sujeto colectivo de derechos que desarrolla nuevas formas de organización, movilización y lucha feminista, popular y campesina capaz de establecer y promover la construcción de los derechos humanos. ___________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation is the result of research on the political practices and the theoretical reflections of the Rural Women's Movement (MMC) to promote the human right to live without domestic violence. From interviews with the national coordinators of the MMC, the largest independent movement of Brazilian peasant women, and analysis of other primary sources, analytical categories were established for the understanding of domestic and family violence against women peasant, the phenomena that surround and praxis of the movement to combat it. The work points to the rise of MMC as a collective subject of rights that develops new forms of organization, mobilization and struggle feminist, popular and peasant able to establish and promote the construction of human rights.
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A Atuação do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC): uma perspectiva de suas estratégias e especificidades / The role of the Movimento de Mulheres Camponesas (MMC): its specificities and strategies in contemporary agrarian societyAtaídes, Maria Clara Capel de 16 April 2018 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-07-03T12:33:36Z
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Previous issue date: 2018-04-16 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / This dissertation focuses on the role of the Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), or Peasant Women’s Movement, and its implications in contemporary agrarian society. Firstly, the MMC’s practices and aims were analysed from the standpoint of the group’s historical formation, members, and demands. An assessment was made of the way the group first came into contact with the agrarian issue that was being debated during the 1960s and 1970s, a period which served as the background for its strategy development. The MMC’s characteristic feminism, the specificities of its members, and its demands for agroecology, creole seeds, and food sovereignty were also addressed, to show how the organization’s actions were construed. Secondly, the moral economy of protests, recognition theory, and public activism are used to demonstrate its strategic struggle. Lastly, this study sheds light on the group’s specific role in Goiás state, Brazil, analysing the identities of peasant women and the popular peasant feminism they posit. / A dissertação tem como objeto a atuação do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e suas implicações na sociedade agrária atual. As práticas e objetivos do MMC, primeiramente, foram analisados com fundamento na formação histórica do movimento, nos sujeitos que o compõem e suas reivindicações. Avalia-se como o movimento se inseriu na questão agrária que se desenrolou a partir das décadas de 1960 e 1970, contexto formador de suas estratégias. O feminismo característico do MMC, as particularidades das mulheres que dele fazem parte e as reivindicações pela agroecologia, sementes crioulas e soberania alimentar são exploradas também com o intuito de demonstrar como foram construídas as ações da organização. Em um segundo momento, a Economia Moral dos Conflitos, a Teoria do Reconhecimento e o Ativismo Público são utilizados para demonstrar a luta estratégica do movimento em questão. Por último, as especificidades da atuação do MMC foram evidenciadas no estado de Goiás, no qual foram analisadas a identidade das camponesas e o Feminismo Camponês Popular que elas propõem.
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No tecer dos fios : resistência no discurso das mulheres camponesasLassen, Dulce Beatriz Mendes January 2011 (has links)
Dans cette Dissertation, nous analysons des différents fils discursifs qui constituent le tissu du discours du Mouvement de Femmes Campagnardes du Brésil (MMC Brasil). Notre objectif est de comprendre comment se développe le fonctionnement des pratiques discursives de ce mouvement social de la campagne: qu’est-ce qui est (ou qu’est-ce qu’il y a de) répétition, paraphrase et saturation de discours déjà sédimentés, et qu’est-se qui est (ou qu’est-ce qu’il y a de) déplacement, polysémie et (ré)signification? Pour cela, dans cette recherche, affiliée à l’Analyse de Discours menée par Michel Pêcheux, nous parcourons des différents points de l’objet en étude, comme, par exemple, la symbolisation d’objets physiques, qui délimitent un imaginaire d’identité pour la femme-militante, la relation entre le Mouvement et l’Appareil (Répressif) de l’État, et le questionnement au mode comme l’Appareil Idéologique Scolaire offre l’éducation aux campagnards. Nous observons, d’un côté, des énoncés propres à la Formation Discusive des Femmes Travailleuses de la Campagne qui régularise le dire de ces sujets. D’un autre côté, nous vérifions des énoncés qui doivent être niés et, encore, comment se manifestent des différents positionnements de la même Formation Discursive. Ensuite, nous analysons des formulations dans lesquelles les dires reviennent, par la répétition d’énoncés, sous la forme de préconstruits. À la fin de la Dissertation, nous réalisons une discussion à propos du geste, entendu à partir de Pêcheux (1993a, p. 78), comme “acte dans le niveau du symbolique”, et sur ce qu’on discursivise à partir des “actes” des campagnardes devant la lentille de l’appareil photo. Notre parcours théorique-analytique par les différents points remarqués essaye de montrer la résistance tant à l’exploration par le capital qu’à la domination / Nesta Dissertação, analisamos diferentes fios discursivos que constituem o tecido do discurso do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC BRASIL). Nosso objetivo é compreender como se dá o funcionamento das práticas discursivas desse movimento social do campo: o que é (ou há de) repetição, paráfrase e saturação de discursos já sedimentados, e o que é (ou há de) deslocamento, polissemia e (re)significação?. Para isso, nesta pesquisa, filiada à Análise de Discurso pecheuxtiana, percorremos diferentes pontos do objeto em estudo, como, por exemplo, a simbolização de objetos físicos, que delimitam um imaginário de identidade para a mulher-militante, a relação entre o Movimento e o Aparelho (Repressivo) de Estado, e o questionamento ao modo como o Aparelho Ideológico Escolar oferece a educação aos camponeses. Observamos, por um lado, enunciados que são próprios à Formação Discursiva das Mulheres Trabalhadoras do Campo que regula o dizer desses sujeitos e, por outro, enunciados que devem ser negados, e, ainda, como se manifestam diferentes posicionamentos da mesma Formação Discursiva. A seguir, analisamos formulações em que dizeres retornam, pela repetição de enunciados, sob a forma de pré-construídos. Ao final da Dissertação, realizamos uma discussão sobre gesto, entendido a partir de Pêcheux (1993a, p. 78), como “ato no nível do simbólico”, e sobre aquilo que se discursiviza a partir de “atos” das camponesas diante da lente da câmera fotográfica. Nosso percurso teórico-analítico pelos diferentes pontos destacados procura mostrar a resistência tanto à exploração pelo capital como à dominação pelo homem, a que estão submetidas as mulheres camponesas devido ao modo como está organizada a formação social capitalista e patriarcal, e como, a partir dessa resistência, efeitos de sentido são produzidos.
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No tecer dos fios : resistência no discurso das mulheres camponesasLassen, Dulce Beatriz Mendes January 2011 (has links)
Dans cette Dissertation, nous analysons des différents fils discursifs qui constituent le tissu du discours du Mouvement de Femmes Campagnardes du Brésil (MMC Brasil). Notre objectif est de comprendre comment se développe le fonctionnement des pratiques discursives de ce mouvement social de la campagne: qu’est-ce qui est (ou qu’est-ce qu’il y a de) répétition, paraphrase et saturation de discours déjà sédimentés, et qu’est-se qui est (ou qu’est-ce qu’il y a de) déplacement, polysémie et (ré)signification? Pour cela, dans cette recherche, affiliée à l’Analyse de Discours menée par Michel Pêcheux, nous parcourons des différents points de l’objet en étude, comme, par exemple, la symbolisation d’objets physiques, qui délimitent un imaginaire d’identité pour la femme-militante, la relation entre le Mouvement et l’Appareil (Répressif) de l’État, et le questionnement au mode comme l’Appareil Idéologique Scolaire offre l’éducation aux campagnards. Nous observons, d’un côté, des énoncés propres à la Formation Discusive des Femmes Travailleuses de la Campagne qui régularise le dire de ces sujets. D’un autre côté, nous vérifions des énoncés qui doivent être niés et, encore, comment se manifestent des différents positionnements de la même Formation Discursive. Ensuite, nous analysons des formulations dans lesquelles les dires reviennent, par la répétition d’énoncés, sous la forme de préconstruits. À la fin de la Dissertation, nous réalisons une discussion à propos du geste, entendu à partir de Pêcheux (1993a, p. 78), comme “acte dans le niveau du symbolique”, et sur ce qu’on discursivise à partir des “actes” des campagnardes devant la lentille de l’appareil photo. Notre parcours théorique-analytique par les différents points remarqués essaye de montrer la résistance tant à l’exploration par le capital qu’à la domination / Nesta Dissertação, analisamos diferentes fios discursivos que constituem o tecido do discurso do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC BRASIL). Nosso objetivo é compreender como se dá o funcionamento das práticas discursivas desse movimento social do campo: o que é (ou há de) repetição, paráfrase e saturação de discursos já sedimentados, e o que é (ou há de) deslocamento, polissemia e (re)significação?. Para isso, nesta pesquisa, filiada à Análise de Discurso pecheuxtiana, percorremos diferentes pontos do objeto em estudo, como, por exemplo, a simbolização de objetos físicos, que delimitam um imaginário de identidade para a mulher-militante, a relação entre o Movimento e o Aparelho (Repressivo) de Estado, e o questionamento ao modo como o Aparelho Ideológico Escolar oferece a educação aos camponeses. Observamos, por um lado, enunciados que são próprios à Formação Discursiva das Mulheres Trabalhadoras do Campo que regula o dizer desses sujeitos e, por outro, enunciados que devem ser negados, e, ainda, como se manifestam diferentes posicionamentos da mesma Formação Discursiva. A seguir, analisamos formulações em que dizeres retornam, pela repetição de enunciados, sob a forma de pré-construídos. Ao final da Dissertação, realizamos uma discussão sobre gesto, entendido a partir de Pêcheux (1993a, p. 78), como “ato no nível do simbólico”, e sobre aquilo que se discursiviza a partir de “atos” das camponesas diante da lente da câmera fotográfica. Nosso percurso teórico-analítico pelos diferentes pontos destacados procura mostrar a resistência tanto à exploração pelo capital como à dominação pelo homem, a que estão submetidas as mulheres camponesas devido ao modo como está organizada a formação social capitalista e patriarcal, e como, a partir dessa resistência, efeitos de sentido são produzidos.
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No tecer dos fios : resistência no discurso das mulheres camponesasLassen, Dulce Beatriz Mendes January 2011 (has links)
Dans cette Dissertation, nous analysons des différents fils discursifs qui constituent le tissu du discours du Mouvement de Femmes Campagnardes du Brésil (MMC Brasil). Notre objectif est de comprendre comment se développe le fonctionnement des pratiques discursives de ce mouvement social de la campagne: qu’est-ce qui est (ou qu’est-ce qu’il y a de) répétition, paraphrase et saturation de discours déjà sédimentés, et qu’est-se qui est (ou qu’est-ce qu’il y a de) déplacement, polysémie et (ré)signification? Pour cela, dans cette recherche, affiliée à l’Analyse de Discours menée par Michel Pêcheux, nous parcourons des différents points de l’objet en étude, comme, par exemple, la symbolisation d’objets physiques, qui délimitent un imaginaire d’identité pour la femme-militante, la relation entre le Mouvement et l’Appareil (Répressif) de l’État, et le questionnement au mode comme l’Appareil Idéologique Scolaire offre l’éducation aux campagnards. Nous observons, d’un côté, des énoncés propres à la Formation Discusive des Femmes Travailleuses de la Campagne qui régularise le dire de ces sujets. D’un autre côté, nous vérifions des énoncés qui doivent être niés et, encore, comment se manifestent des différents positionnements de la même Formation Discursive. Ensuite, nous analysons des formulations dans lesquelles les dires reviennent, par la répétition d’énoncés, sous la forme de préconstruits. À la fin de la Dissertation, nous réalisons une discussion à propos du geste, entendu à partir de Pêcheux (1993a, p. 78), comme “acte dans le niveau du symbolique”, et sur ce qu’on discursivise à partir des “actes” des campagnardes devant la lentille de l’appareil photo. Notre parcours théorique-analytique par les différents points remarqués essaye de montrer la résistance tant à l’exploration par le capital qu’à la domination / Nesta Dissertação, analisamos diferentes fios discursivos que constituem o tecido do discurso do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC BRASIL). Nosso objetivo é compreender como se dá o funcionamento das práticas discursivas desse movimento social do campo: o que é (ou há de) repetição, paráfrase e saturação de discursos já sedimentados, e o que é (ou há de) deslocamento, polissemia e (re)significação?. Para isso, nesta pesquisa, filiada à Análise de Discurso pecheuxtiana, percorremos diferentes pontos do objeto em estudo, como, por exemplo, a simbolização de objetos físicos, que delimitam um imaginário de identidade para a mulher-militante, a relação entre o Movimento e o Aparelho (Repressivo) de Estado, e o questionamento ao modo como o Aparelho Ideológico Escolar oferece a educação aos camponeses. Observamos, por um lado, enunciados que são próprios à Formação Discursiva das Mulheres Trabalhadoras do Campo que regula o dizer desses sujeitos e, por outro, enunciados que devem ser negados, e, ainda, como se manifestam diferentes posicionamentos da mesma Formação Discursiva. A seguir, analisamos formulações em que dizeres retornam, pela repetição de enunciados, sob a forma de pré-construídos. Ao final da Dissertação, realizamos uma discussão sobre gesto, entendido a partir de Pêcheux (1993a, p. 78), como “ato no nível do simbólico”, e sobre aquilo que se discursiviza a partir de “atos” das camponesas diante da lente da câmera fotográfica. Nosso percurso teórico-analítico pelos diferentes pontos destacados procura mostrar a resistência tanto à exploração pelo capital como à dominação pelo homem, a que estão submetidas as mulheres camponesas devido ao modo como está organizada a formação social capitalista e patriarcal, e como, a partir dessa resistência, efeitos de sentido são produzidos.
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Movimento de mulheres camponesas na trajetória feminista brasileira: uma experiência de luta por direitos e liberdadeSilva, Isabela Costa da 01 November 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-03-01T13:17:10Z
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isabelacostadasilva.pdf: 696658 bytes, checksum: 08de4dce4966b7e52cb5eaa5330a65c4 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-03-03T14:36:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013-11-01 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) é um movimento social feminista e
camponês, que tem empreendido lutas pelos direitos das mulheres e pela efetivação de um
Projeto Popular para a Agricultura no Brasil. Esta dissertação de Mestrado tem por objetivo a
análise das lutas e das concepções políticas deste movimento, bem como sua atuação no
campo da Via Campesina. Para tal propósito, num primeiro momento, faremos apontamentos
sobre os movimentos sociais e a questão agrária brasileira. Em um segundo momento,
discorreremos sobre as bases da exploração-dominação das mulheres na sociedade atual,
sobre a organização destas no movimento feminista e sobre a relação entre feminismo e
socialismo, trazendo a contribuição teórica tanto de marxistas clássicos como das estudiosas
de gênero da contemporaneidade para a compreensão dessas questões. No trabalho também
apresentaremos os resultados da pesquisa de campo realizada junto ao MMC, que aborda
temas como a auto-organização das mulheres, a compreensão do Movimento a respeito da
realidade de dominação-exploração feminina, as suas principais reivindicações e lutas, além
de sua contribuição política à Via Campesina - visto que o MMC é o único movimento autoorganizado
de mulheres em seu interior. Por fim, serão apresentados alguns desafios postos
aos movimentos de mulheres na atualidade. / The Movement of Peasant Women (MMC) is a feminist and peasant movement, wich has
waged struggles for women's rights and the realization of a Popular Project for Agriculture in
Brazil. This Master's thesis aims to analyze the struggles and political ideas of this movement
and its activities at Via Campesina. For this purpose, at first, we will do notes on social
movements and agrarian issue. In a second stage of the dissertation , we will discuss the
basics of exploitation -domination of women in modern society, the organization of these in
the feminist movement and the relationship between feminism and socialism, bringing the
theoretical contribution both Marxists classics as scholars of gender to the contemporary
understanding of these issues . That work also presents the results of field research about the
MMC , which covers topics such as self - organization of women , understanding the
movement about the reality of female exploitation , their main demands and struggles, and
their political contribution to the Via Campesina - since the MMC is the only self-organized
movement of women inside. Finally, we will present some challenges faced by women's
movements today.
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As jovens do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC): trabalho, família e projetos de vida. / Young women from the Peasant Women's Movement (MMC): work, family and life projects.GASPARETO, Sirlei Antoninha Kroth. 04 October 2018 (has links)
Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2018-10-04T16:53:03Z
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Previous issue date: 2009-11-09 / O MMC/SC é um movimento de mulheres camponesas que a partir de 2004 adquire caráter nacional e marca presença nos diferentes Estados do Brasil. Está alinhado à Via Campesina tendo como principais bandeiras, a luta pelos direitos, pela igualdade e por um Projeto de Agricultura Camponesa. O foco deste estudo está diretamente ligado a esse processo de construção, perpassando os eixos de gênero e classe, cuja experiência possibilita a emergência de um novo sujeito social que são as jovens camponesas. Para tanto utilizo heuristicamente as referências teóricas de Eduard Thompson dando centralidade à categoria "experiência". A metodologia básica utilizada encontra na história oral e na etnografia sua principal referência. Em se tratando das considerações finais observa-se que as jovens da primeira década do segundo milênio querem viver diferentes de seus pais e suas mães, muitas delas, não aceitam passivamente viver num mundo de privacidade, estando no foco de suas preocupações o acesso à terra, à renda e o estudo na perspectiva de construção de "uma vida melhor". / The MMC/SC Peasant Women's Movement in the state of Santa Catarina is a women's
movement that, since 2004, has become national in character and has increased its presence in various Brazilian states. Allied to Via Campesina, the movement's principle struggles are for rights, equality and the Strengthening of family agricuhureThe focus of this thesis is directly linked to this construction process, especially related to the axes of gender and class, whose experience has made possible the emergence of a new social political subject: young rural women. To this end, I apply Eduard Thompson's theoretical references - bringing to the forefront the category "experience" - while using, as my baseline methodology, oral history and ethnography. In conclusion, this thesis has found that the young women of the second millennium's first decade want to live differently to their fathers and mothers; many of them don't passively accept their living conditions. Rather they struggle for access to land, to income and to education with the aim of constructing "a better life".
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Teatro de camponesas: práticas teatrais no movimento de mulheres camponesas em Santa Catarina / Theatre practices in the peasant women s movement of Santa CatarinaGubert, Rosa Ana 23 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work presents the Peasant Women s Movement of Santa Catarina, Brazil (MMC/SC), focusing its recent theatre practices. The objective is to describe and to analyze creation processes and scenic results of the following theatrical plays: Making history through struggle (2008) and agro-ecological stories, Peasant women s stories (2009), staged by the Resistance and Art group. The first play portrayed the 25 years of MMC/SC s activism. The second one, directed by myself, addressed some issues related to the agro-ecological approach defended by the movement. The analysis of both plays draws upon sociological theories about social movements, feminist theatre poetics and gender theories, focusing the suggestions of both directors and their relationship with the aesthetical and cultural references of the movement s peasant women / Este trabalho apresenta o Movimento de Mulheres Camponesas em Santa Catarina MMCSC, para focar suas práticas teatrais recentes. O objetivo é descrever e analisar os processos de criação e o resultado cênico dos espetáculos teatrais Na luta se faz história (2008) e Histórias agroecológicas, Histórias de mulheres camponesas (2009), encenadas pelo grupo de teatro Resistência e Arte. A primeira peça retratou os 25 anos de ativismo do MMCSC. O segundo espetáculo, por mim dirigido, abordou questões ligadas à forma como este movimento defende o projeto de agricultura agroecológica. A análise de ambos os espetáculos é apoiada pelas teorias sociológicas sobre os movimentos sociais, por poéticas do teatro feminista e pelas teorias de gênero, enfocando as diversas propostas dos diretores convidados e sua relação com os referenciais estético-culturais das camponesas do MMC-SC
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