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Violencia domestica na gravidezAudi, Celene Aparecida Ferrari 31 August 2007 (has links)
Orientadores: Ana Maria Segall Correa, Silvia Maria Santiago / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T03:20:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: A violência contra as mulheres, em suas diversas formas, é endêmica em todos os países do mundo, independente da classe social, raça ou idade. Estudos têm mostrado que a gestante não está livre de sofrer as diversas manifestações de violência doméstica. O objetivo deste trabalho foi investigar a associação entre violência doméstica contra as gestantes, residentes na região Sudoeste de Campinas-SP e os fatores associados à violência perpetrada pelo parceiro íntimo, assim como, verificar o impacto dessa violência no peso ao nascer ou na prematuridade. Inicialmente, foram realizados grupos focais para subsidiar o estudo de coorte. Neste, numa etapa retrospectiva foram coletadas informações sobre experiência de violência doméstica vivida pelas gestantes selecionadas, no ano anterior a gestação. Numa etapa prospectiva, coletamos dados sobre nova exposição à violência doméstica durante e após período gestacional. Informações sobre, características sócio demográficas das gestantes, do parceiro íntimo, sobre o parto e pós-parto imediato, também foram pesquisadas. Participaram do estudo 1379 gestantes usuárias do SUS. Do total da amostra, 19,1 % (262) referiram ter sido vítima de violência psicológica, 5,9% (81) de violência física e 1,3% (18) de violência sexual. A prevalência de violência física ou sexual foi de 6,5% (81) gestantes. Através de analise de regressão logística, permaneceram associados: 1) à violência psicológica: gestante com escolaridade fundamental ou menor (p<0,013), gestante ser responsável pela família (p<0,001), sentimento de rejeição (p<0,001), gestante presenciou agressão física na infância (p<0,001), gestante sofreu agressão física na infância (p<0,032), parceiro íntimo adolescente (p<0,011) e consumir bebida alcoólica com freqüência superior a uma vez por semana (p<0,001); 2) à violência física/sexual: a gestante ter relatado dificuldade em fazer as consultas de pré-natal (p<0,011 ), gestante com escolaridade fundamental ou menor (p<0,002), sentimento de rejeição (p<0,001), gestante sofreu agressão física na infância (p<0,021), parceiro íntimo não trabalhar (p<0,039) e o parceiro fazer uso de drogas e consumir álcool com freqüência superior a uma vez por semana (p<0,001). Para analisar o peso ao nascer ou prematuridade, 1220 mulheres foram acompanhadas durante o período de pré-natal e pós-natal (88,5% das gestantes inicialmente selecionadas). Essa diferença refere-se a 11,5% das perdas de acompanhamento, basicamente por mudança de endereço. O peso médio ao nascer foi de 3,233 gramas e a idade gestacional foi em média 38,56 semanas. Apresentaram BPN ou PM 13,8% RN. Condições de risco para BPN ou PM foram: gestante ter tido RN PM em outra gestação (p<0,003), ser tabagista (p<0,001), ter tido parto por cesárea (p<0,001) e ser baixa a escolaridade do parceiro (p<0,005). Os eventos adversos, manifestados durante a gestação associados à violência psicológica e violência física/sexual foram, respectivamente: infecção urinária (p<0,007; p<0,027), falta de desejo sexual (p<0,018; p<0,001), afecções ginecológicas (p<0,009), enxaqueca (p<0,014), sentimento de rejeição e distúrbios neuróticos (p<0,001). Conclusões: este estudo conseguiu identificar que a prevalência de qualquer forma de violência contra a gestante pode acometer aproximadamente uma em cada seis delas. O perpetrador mais provável é o que consome drogas licitas ou ilícitas; mostraram-se de maior risco as mulheres de baixa escolaridade, dificuldades de comparecer ao pré-natal e que são responsáveis pela família. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre violência doméstica e baixo peso ao nascer ou prematuridade. Os eventos adversos manifestados durante a gestação foram: infecção urinária, falta de desejo sexual, afecções ginecológicas, enxaqueca, sentimento de rejeição e distúrbios neuróticos. As prevalências de violências observadas e os fatores a elas associados evidenciam a magnitude e complexidade do problema. Sugere-se rever os mecanismos que permitam sua identificação e orientem abordagem inter e multidisciplinar, especialmente no âmbito da Saúde Pública, com ênfase na atenção primária / Abstract: Violence against women, in its various forms, is endemic in every country in the world, regardless of social class, race, or age. Studies have shown that pregnant women also suffer from the various manifestations of domestic violence. The objective of this study was to investigate the association between domestic violence against pregnant women residing in the southeastern region of Campinas-SP and the factors associated with violence perpetrated by their partners, as well as examine the impact of this violence on birth weight and premature birth. Focus groups were initially conducted to complement the cohort study. In the latter, in a retrospective phase, information was collected regarding the domestic violence experienced by the pregnant women during the year preceding their pregnancy. In a prospective phase, data was collected on exposure to domestic violence during and after pregnancy. Information on the socio-demographic characteristics of the pregnant women, of their partners, and about the birth and immediate post-partum period was also collected. The total number of pregnant women who participated in the study was 1379, all users of the Brazilian Unified Health System (SUS). Of these, 19,1% (263) claimed to have been victims of psychological violence, 5,9% (81) of physical violence, and 1,3% (18) of sexual violence. The prevalence of physical or sexual violence was 6,5% (81). Logistic regression analysis showed associations between: 1) psychological violence 8th grade education or less (p<0,013), pregnant woman describing herself as being responsible for the family (p<0,001), rejection feeling (p<0,001), pregnant woman witnessed physical aggression in the childhood (p<0,001), pregnant woman suffered physical aggression in the childhood (p0, <032), adolescent father (p0<,011) and alcohol consumption by partner more often than once a week (p<0,001); 2) physical/sexual violence and: difficulty in doing prenatal consultations (p<0,011), 8th grade education or less (p<0,002), and drug and alcohol consumption by partner more often than once a week (p<0,001), rejection feeling (p<0,001), pregnant woman suffered physical aggression in the childhood (p<0,021), partner intimate doesn't work. To analyze birth weight or premature birth, 1220 women were followed during the pre- and post-natal period (88,5% of the pregnant women initially selected). This represents a 11,5% loss basically due to address changes. Mean birth weight was 3,233 grams and mean gestational age was 38,56 weeks. Of the newborns, 13,8% were low birth weight or premature. Risk conditions for low birth weight or prematurity included: history of previous premature births (p<0,003), tobacco use (p<0,001), cesarean birth (p<0,001), and low educational level of the partner (p<0,005). The event¿s adverse manifested during pregnancy association¿s violência psychological violence and physical/sexual violence were, respectively urinary infection (p <0,007; p <0,027), lacks of sexual want (p<0,018; p<0,001), gynecological problem (p<0,009), headache (p <0,014), rejection feeling and neurotic disturbances (p <0,001). Conclusions: In this study, it was found that the prevalence of some form of violence against pregnant women can be as high as one in six. The most likely perpetrators are consumers of illicit or licit drugs. Women at higher risk included those with fewer years of schooling, those who had difficulties in keeping their prenatal care appointments, and those who described themselves as being responsible for the family. No statistically significant associations were observed between domestic violence and low birth weight or premature birth. The adverse events manifested during the gestation were: urinary infection lacks of sexual want, gynecological problem, headache, rejection feeling and neurotic disturbances. The prevalence¿s of the different types of violence observed and their associated factors suggest the magnitude and complexity of the problem. It is recommended that mechanisms to identify the problem and provide inter- and muti-disciplinary guidance be reviewed, especially in the sphere of public health, with emphasis in primary health care / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva
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"Consumo de álcool e outras drogas e impulsividade sexual entre agressores sexuais" / Alcohol and drug consumption and sexual impulsivity among sexual offendersBaltieri, Danilo Antonio 06 January 2006 (has links)
INTRODUÇÃO: A violência sexual é um importante problema de saúde pública. Em São Paulo, cerca de 5% dos apenados estão cumprindo pena por crimes sexuais violentos. No Brasil e em outros países, muitos agressores sexuais retornarão à sociedade sem quaisquer intervenções psicossociais para prevenir a reincidência criminal. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo de álcool e de outras drogas e a impulsividade sexual entre agressores sexuais. MÉTODOS: Trata-se de estudo observacional, retrospectivo e seccional realizado na Penitenciária de Sorocaba São Paulo. Entre julho de 2004 e setembro de 2005, todos os 218 sentenciados apenas por crimes sexuais violentos foram entrevistados, avaliando o consumo de álcool e de outras drogas, impulsividade, dependência de sexo e risco de reincidência criminal, além dos seus prontuários jurídicos revisados. 20 (9,17%) sentenciados foram excluídos da amostra. Os agressores sexuais foram divididos em três grupos: molestadores de crianças (n = 101), agressores sexuais de adolescentes (n = 56) e agressores sexuais de adultos (n = 41). Além disso, os apenados foram também divididos em outros três grupos, de acordo com o número de vítimas envolvidas: agressores sexuais de uma vítima (n = 149), agressores sexuais de duas vítimas (n = 25) e agressores sexuais de três ou mais vítimas (n = 24). RESULTADOS: 1) Agressores sexuais de adultos foram mais jovens do que os outros dois grupos de agressores sexuais (p < 0,01); 2) Agressores sexuais de adultos mostraram mais problemas com o uso de drogas do que os outros dois grupos comparados (p < 0,01); 3) Molestadores de crianças mostraram significativamente maior gravidade de dependência de álcool do que os outros dois grupos (p < 0,01); 4) Molestadores de crianças do sexo masculino mostraram maior gravidade de dependência de álcool do que os molestadores de crianças do sexo feminino (p < 0,01); 5) Agressores sexuais seriais apresentaram significativamente maior nível de impulsividade do que os agressores não seriais (p < 0,01); 6) Agressores sexuais seriais registraram mais freqüentemente história de abuso sexual na infância do que os agressores sexuais de uma vítima (p < 0,01). CONCLUSÕES: O consumo de substâncias psicoativas pode ser um dos fatores de distinção entre molestadores de crianças e agressores sexuais de adultos. História de abuso sexual e altos níveis de impulsividade podem estar associados com a repetição do comportamento sexualmente agressivo. / INTRODUCTION: Sexual violence is an important public health problem. In São Paulo, about 5% of male prison inmates are serving a sentence for a serious sexual offense. In Brazil and other countries, many sexual offenders will return home without any psychosocial interventions to prevent recidivism. The aim of this study was to evaluate the role of alcohol and drug consumption and the sexual impulsivity level among sexual offenders. METHODS: It was an observational, retrospective and cross-sectional study carried out inside the Penitentiary of Sorocaba São Paulo. From July 2004 to September 2005, all 218 convicts sentenced only for sexual crimes were evaluated with reference to alcohol and drug use, impulsivity, sexual addiction, recidivism risk and their juridical reports were reviewed. 20 (9.17%) recruited convicts were excluded from the sample. The sexual offenders were divided in three groups, such as children molesters (n= 101), sexual aggressors against adolescents (n = 56) and sexual offenders against adults (n = 41). Moreover, the sexual offenders were also divided in three groups with reference to the number of involved victims, such as sexual aggressors against one victim (n = 149), sexual offenders against two victims (n = 25) and sexual offenders against three or more victims (n = 24). RESULTS: 1) Sexual offenders against adults were found to be significantly younger than children molesters and sexual offenders against adolescents (p < 0.01); 2) Sexual offenders against adults had more difficulties with drug use than the comparison groups (p < 0.01); 3) Children molesters showed significantly higher severity of alcohol dependence than the comparison groups (p < 0.01); 4) Children molesters against boys showed significantly higher severity of alcohol dependence than children molesters against girls (p < 0.01); 5) Serial sexual offenders had significantly higher impulsivity level than nonserial sexual offenders (p < 0.01); 6) Serial sexual offenders reported significantly more personal history of being sexually abused than nonserial sexual offenders (p < 0.01). CONCLUSIONS: Substance use may be one of the distinguishing factors between offenders who target children and those who target adults. History of sexual abuse and high impulsivity levels may be associated with the repetition of sexual aggression.
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"Representação social da dor por doentes de fibromialgia" / The social representation of pain by fibromyalgia patientsFernandes, Angela Maria do Carmo 25 March 2004 (has links)
Para avaliar se ocorreriam mudanças cognitivas, sensoriais, comportamentais e emocionais positivas duradouras em mulheres submetidas à psicoterapia cognitivo-comportamental em grupo em relação à fibromialgia, foram selecionadas 36 doentes do sexo feminino, 18 formando o grupo experimental e 18 o grupo comparativo. O grupo experimental foi submetido a 10 sessões em grupo de psicoterapia cognitivo-comportamental. Os resultados foram comparados e analisados qualitativamente, o que permitiu a elaboração da representação social da mulher com fibromialgia / In order to evaluating if the cognitive-behavioral group psychotherapy would provide cognitive, sensorial, behavioral, emotional, lasting and positive changes in women with fibromyalgia, in comparison to those who had not been submitted to this intervention, thirty-six women participated in this study; eighteen formed an experimental group and eighteen, a comparative group. The experimental group underwent ten sessions of cognitive-behavioral psychotherapy. The recollected data had been compared and analyzed qualitatively, which allowed elaborating the social representation of the woman with fibromyalgia.
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Abuso sexual, aborto e criminalidade: uma visão bioética / Sexual abuse, pregnancy termination, and criminality: a bioethics viewEsturaro, Adriana Targino de Araujo 02 October 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O aborto em consequência do abuso sexual é permitido na legislação brasileira, porém não significa que exista um consenso sobre esse tema na nossa sociedade. O nosso questionamento foi, sobretudo, o livre arbítrio da mulher em decidir sobre a interrupção da gestação frente a esse direito que lhe é concedido e o impacto do abuso sexual na vida dessa mulher. Utilizamos dos conceitos basilares da bioética para fundamentar a problemática referente ao inicio da vida, bem como do principio da autonomia do ser humano diante da escolha. O sujeito que iremos nos deter é a mulher que um dia foi vitima de um delito e em outro momento se tornou uma criminosa. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada na Penitenciaria de Piraquara no Estado do Paraná, Brasil. A seleção foi feita na escola da penitenciaria, no programa de educação de jovens e adultos. Após a seleção dos sujeitos, realizamos uma entrevista a partir de um roteiro semiestruturado. A analise qualitativa foi realizada a partir de uma analise temática. RESULTADOS: Tivemos em nossa amostra 65 sujeitos sendo que 50 responderam não terem sofrido abuso sexual e 15 responderam afirmativamente a essa questão. Isso representa que 23 % da população estudada foram abusadas sexualmente. E desses 15 sujeitos que sofreram abuso sexual 4 afirmaram procuraram o serviço de saúde e forma orientadas sobre os procedimentos para prevenir a gestação e doenças sexualmente transmissíveis. Realizamos a entrevista e na analise temática abordamos os seguintes tópicos: (1) o episodio da violência sexual, (2) momento da vida em que ocorreu, (3) se procurou ajuda , (4) se conhece o agressor , (5) se ficou gravida e se interrompeu a gestação decorrente do abuso sexual. CONCLUSÃO: A amostra estudada não representa todos os seguimentos sociais, uma vez que a pesquisa foi realizada com a população carcerária feminina. A interrupção da gestação em consequência do abuso sexual passa a ser um assunto secundário frente ao abuso sexual. Ocorreu um consenso entre todas as entrevistadas que o abuso sexual deixa marcas para sempre e que caso ocorresse uma gravidez fruto desse abuso iriam interromper / INTRODUCTION: Abortion as a consequence of sexual abuse is accepted by the Brazilian legislation. However, that does not mean that there is a consensus on the issue in our society. Our question was, above all, women\'s free will to decide upon interrupting her pregnancy, as this right is granted to her, as well as the impact of sexual abuse in their lives. We used bioethics concepts to as the base for the problem related to the beginning of their life, as well as the principle of human autonomy when facing a choice. The subject who we will analyze is the woman who, one day, was the victim of abuse and, in another moment, became a criminal, and started dealing drugs. METHODS: The study was carried out in the Piraquara Penitentiary in the state of Paraná, Brazil. Selection was carried out in the penitentiary school, in the education program for adults and young adults. After subjects were selected, they were interviewed using a semi-structured questionnaire. The qualitative study was performed by thematic analysis. RESULTS: There were 65 subjects in our sample, and 50 of them said they had not suffered sexual abuse; 15 stated they had, represented 23% of the population studied. From these 15 subjects who suffered sexual abuse, four stated they had sought the health services and were informed about the procedures to prevent pregnancy and sexually transmitted diseases. We carried out the interview and the thematic analysis on the following topics: (1) episode of sexual abuse; (2) moment of life when this occurred; (3) if they looked for help; (4) if they knew the abuser; (5) if she got pregnant and if they interrupted the pregnancy caused by sexual abuse. CONCLUSION: The sample analyzed does not represent all social segments, once the study was carried out among female prisoners in a women\'s penitentiary. Interruption of pregnancy as a consequence of abuse becomes a secondary issue when sexual abuse is considered. There was a consensus among the interviewees that sexual abuse marks the person for life, and that they would interrupt pregnancy if it was a result of the abuse.
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"Consumo de álcool e outras drogas e impulsividade sexual entre agressores sexuais" / Alcohol and drug consumption and sexual impulsivity among sexual offendersDanilo Antonio Baltieri 06 January 2006 (has links)
INTRODUÇÃO: A violência sexual é um importante problema de saúde pública. Em São Paulo, cerca de 5% dos apenados estão cumprindo pena por crimes sexuais violentos. No Brasil e em outros países, muitos agressores sexuais retornarão à sociedade sem quaisquer intervenções psicossociais para prevenir a reincidência criminal. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo de álcool e de outras drogas e a impulsividade sexual entre agressores sexuais. MÉTODOS: Trata-se de estudo observacional, retrospectivo e seccional realizado na Penitenciária de Sorocaba São Paulo. Entre julho de 2004 e setembro de 2005, todos os 218 sentenciados apenas por crimes sexuais violentos foram entrevistados, avaliando o consumo de álcool e de outras drogas, impulsividade, dependência de sexo e risco de reincidência criminal, além dos seus prontuários jurídicos revisados. 20 (9,17%) sentenciados foram excluídos da amostra. Os agressores sexuais foram divididos em três grupos: molestadores de crianças (n = 101), agressores sexuais de adolescentes (n = 56) e agressores sexuais de adultos (n = 41). Além disso, os apenados foram também divididos em outros três grupos, de acordo com o número de vítimas envolvidas: agressores sexuais de uma vítima (n = 149), agressores sexuais de duas vítimas (n = 25) e agressores sexuais de três ou mais vítimas (n = 24). RESULTADOS: 1) Agressores sexuais de adultos foram mais jovens do que os outros dois grupos de agressores sexuais (p < 0,01); 2) Agressores sexuais de adultos mostraram mais problemas com o uso de drogas do que os outros dois grupos comparados (p < 0,01); 3) Molestadores de crianças mostraram significativamente maior gravidade de dependência de álcool do que os outros dois grupos (p < 0,01); 4) Molestadores de crianças do sexo masculino mostraram maior gravidade de dependência de álcool do que os molestadores de crianças do sexo feminino (p < 0,01); 5) Agressores sexuais seriais apresentaram significativamente maior nível de impulsividade do que os agressores não seriais (p < 0,01); 6) Agressores sexuais seriais registraram mais freqüentemente história de abuso sexual na infância do que os agressores sexuais de uma vítima (p < 0,01). CONCLUSÕES: O consumo de substâncias psicoativas pode ser um dos fatores de distinção entre molestadores de crianças e agressores sexuais de adultos. História de abuso sexual e altos níveis de impulsividade podem estar associados com a repetição do comportamento sexualmente agressivo. / INTRODUCTION: Sexual violence is an important public health problem. In São Paulo, about 5% of male prison inmates are serving a sentence for a serious sexual offense. In Brazil and other countries, many sexual offenders will return home without any psychosocial interventions to prevent recidivism. The aim of this study was to evaluate the role of alcohol and drug consumption and the sexual impulsivity level among sexual offenders. METHODS: It was an observational, retrospective and cross-sectional study carried out inside the Penitentiary of Sorocaba São Paulo. From July 2004 to September 2005, all 218 convicts sentenced only for sexual crimes were evaluated with reference to alcohol and drug use, impulsivity, sexual addiction, recidivism risk and their juridical reports were reviewed. 20 (9.17%) recruited convicts were excluded from the sample. The sexual offenders were divided in three groups, such as children molesters (n= 101), sexual aggressors against adolescents (n = 56) and sexual offenders against adults (n = 41). Moreover, the sexual offenders were also divided in three groups with reference to the number of involved victims, such as sexual aggressors against one victim (n = 149), sexual offenders against two victims (n = 25) and sexual offenders against three or more victims (n = 24). RESULTS: 1) Sexual offenders against adults were found to be significantly younger than children molesters and sexual offenders against adolescents (p < 0.01); 2) Sexual offenders against adults had more difficulties with drug use than the comparison groups (p < 0.01); 3) Children molesters showed significantly higher severity of alcohol dependence than the comparison groups (p < 0.01); 4) Children molesters against boys showed significantly higher severity of alcohol dependence than children molesters against girls (p < 0.01); 5) Serial sexual offenders had significantly higher impulsivity level than nonserial sexual offenders (p < 0.01); 6) Serial sexual offenders reported significantly more personal history of being sexually abused than nonserial sexual offenders (p < 0.01). CONCLUSIONS: Substance use may be one of the distinguishing factors between offenders who target children and those who target adults. History of sexual abuse and high impulsivity levels may be associated with the repetition of sexual aggression.
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Gênero e violência no âmbito doméstico: a perspectiva dos profissionais de saúde / Gender and violence in the domestic ambitAngulo-Tuesta, Antonia de Jesús January 1997 (has links)
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Previous issue date: 1997 / A violência de gênero no âmbito doméstico é um fenômeno extremamente complexo, que perpassa as classes sociais, os grupos étnicos-raciais e as diferentes culturas de inúmeras famílias brasileiras. As mulheres em situaçöes de violência procuram freqüentemente atendimento nos serviços de saúde por agravos à saúde física, à saúde reprodutiva e à saúde mental relacionados direta ou indiretamente com a violência. Entretanto, os profissionais de saúde tem sérias dificuldades para identificar esse fenômeno, inclusive quando as mulheres apresentam severos danos a sua saúde e na ampla maioria dos casos em que se suspeita de violência, estes näo säo investigados. Analisa as representaçöes dos profissionais de saúde sobre a violência de gênero no âmbito doméstico e da forma como essas representaçöes influenciam a visäo destes profissionais acerca do papel dos serviços públicos do setor, diante desse tipo específico de violência. As questöes básicas que a pesquisa busca responder säo: como os profissionais de saúde percebem a questao da violência contra a mulher? será que eles consideram essa realidade como um "problema privado" e que "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher? qual a prática atual dos profissionais perante mulheres em situaçäo de violência? de que maneira as dificuldades relacionadas com a organizaçäo de serviços, o tipo de inserçäo nos programas de saúde e a escassa experiência de atuaçäo diante da violência doméstica estao influenciando as propostas desses profissionais sobre o papel do seus próprios serviços? Para compreender a complexidade dessa temática, adota-se como referencial teórico a categoria de GENERO, que postula a construçäo histórica das relaçöes sociais entre os sexos e a REPRESENTAÇAO SOCIAL que analisa a construçäo do sujeito enquanto sujeito social, articulando elementos efetivos, mentais, integrando a cogniçäo, a linguagem, a comunicaçäo às relaçöes sociais que afetam as representaçöes sociais e à realidade material sobre a qual elas intervêm. Adotou-se a metodologia qualitativa e desenvolveram-se 30 entrevistas semi-estruturadas com profissionais (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem e psicólogos) inseridos em dois modelos de atençäo primária (Centros de Saúde do Rio de Janeiro e no Programa Médico de Família em Niterói). Discute a prática dos profissionais, as dificuldades para identificar e atuar diante deste fenômeno e, as possibilidades de atuaçäo que podem ser consideradas em alternativas para contribuir junto com as mulheres a enfrentar e superar a violência doméstica. Os resultados apontam que as diferenças encontradas em ambos modelos de atençäo está fortemente associada à organizaçäo desses serviços, definindo práticas que favorecem ou dificultam a abordagem integral da violência de gênero. Nesse sentido, existe a necessidade de capacitar os profissionais e acompanhar suas açöes permanentemente assim como construir respostas interdisciplinares e intersetoriais. / Domestic gender-based violence is an extremely complex phenomenon cutting across social classes, ethnic/racial groups, and different cultures in a large number of Brazilian families. Women living in violent relantionship frequently seek treatment at health care facilities because of damage to their physical, reproductive, and mental heath related directly or indirectly to violence. However, health professionals have serious difficulty in identifying this phenomenon, even when the woman’s health is severely jeopardized. The vast majority of suspected cases of violence are not investigated.
Considering the importance of active participation by health services, this study focuses on health care professionals’ representations concerning domestic gender-based violence and the way these representations influence their view of the role of public health care services towards this specific type of violence. The basic questions the research aims to answer are the following: how do health care professionals perceive the issue of violence against women? do they consider this reality a “private matter”, and do they agree with the Brazilian saying that “it takes two to fight, so don’t break one up between husband and wife”? what is the current stance by health care professionals towards women subject to violence? how are the difficulties related to organization of health care services, type of participation, and limited experience in dealing with domestic violence influencing these professionals’ proposals towards the role of their own health care facilities? In order to understand this issue’s complexity, the basic theoretical references for this research are the GENDER category, proposing the historical construction of social relations between the sexes, and that of SOCIAL REPRESENTATION, which analyzes the construction of the subject as a social subject, linking affective and mental elements, integrating cognition, language, and communications with the social relations that affect social representations and the material reality in which they intervene. The research use a qualitative methodology, developing 30 semi-structured interviews with health care professionals (physicians, nurses, social workers, nursing aids, and psychologists) working in two primary health care models (Public Health Centers in the city of Rio de Janeiro and the Family Physician Program in the city of Niterói).
Based on an analysis of the interviewees’ discourse, the study discusses the health care professionals’ practice, difficulties in identifying and intervening on this phenomenon, and possibilities for working together with women as alternatives to help confront and overcome the problem of domestic violence. The results suggest that the differences between the two health care models are heavily correlated with the way they are organized, establishing practices that favor or hinder an integral approach to gender-based violence. In this sense, there is a real need to train these professionals and monitor their activity on an on-going basis, as well as to develop interdisciplinary and intersectorial approaches.
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Violência Conjugal no Âmbito Doméstico: as vozes de mulheres que romperam com a agressão / Conjugal violence in the domestic ambient: the voice of women that break with the agressionPACHECO, Leonora Rezende 27 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-27 / The conjugal violence against women in the domestic ambient is an internacional
problem. It got notoriety since 90 s decade, in several sectors of the society because
of their evil consequence and to be an uncompliance of the human rights. The health
sector, through their professionals, should compose a multidisciplinary work to
prevent this form of violence and give support to an aggrieved woman. The objective
of this work is to understand the meaning of conjugal violence for women victims of
aggression and to identify factors that contribute to break with this situation in order
to give subsidies to nurses provides care for women in this situation . The theoretical
reference consist of the definition of conjugal violence in the domestic ambient, the
social construction of gender and cultural pillars that sustain gender violence. The
methodological reference is of qualitative modality, with Social Research as a
methodological procedure used. The study included 05 women victims of conjugal
violence, that lives sheltered at the Centro de Valorização da Mulher; were done
semi-structured interviews, captured photographies images and observations in the
field. The analysis of the results was based on the thematic modality of content
analysis, originating three thematic categories: "Living with the Violent Acts", which
relates the period that the women lived with the aggressor, being significant the
forms of violence perpetrated against them: physical, psychological, sexual and
property; "Marks of the Violent Acts", in which women show the marks of violence
that stay with her after breaking with the aggressor. This marks are physical, sexual
and emotional that affect their health; finally, the third category, "Support to Women",
which brings the support that they had or would like to have during the process of
breaking with the aggressor. The women express how should be the assistence of
the health professional to attend them and the need of this professional in the shelter.
The study contributed to understanding the meaning of conjugal violence, with all its
specificities, offering subsidies for nurses to provide quality care to these women. / A violência conjugal contra a mulher no âmbito doméstico é um problema de nível
internacional. Ganhou notoriedade em vários setores da sociedade a partir da
década de 1990 em razão de suas sequelas maléficas e especialmente por se
constituir em um descumprimento dos direitos humanos. O setor saúde, por meio
dos seus profissionais, deve compor a rede multidisciplinar na prevenção dessa
forma de violência e apoio à mulher agredida. Assim, o objetivo desse trabalho é
compreender o significado de violência conjugal para mulheres vítimas de agressão
e identificar fatores que contribuem para o seu rompimento, na perspectiva de
subsidiar o enfermeiro na elaboração de uma assistência direcionada para esta
problemática. O referencial teórico consiste na delimitação conceitual da violência
conjugal no âmbito doméstico, na construção social de gênero e nos pilares culturais
que sustentam a violência de gênero. O referencial metodológico é de natureza
qualitativa, sendo a Pesquisa Social utilizada como procedimento metodológico.
Participaram do estudo 05 mulheres vítimas de violência conjugal, abrigadas no
Centro de Valorização da Mulher; foram realizadas entrevistas semiestruturadas,
capturadas imagens fotográficas e feita observação de campo. A análise dos
resultados baseou-se na modalidade temática da análise de conteúdo, gerando três
categorias temáticas: Vivência dos Atos Violentos , que diz respeito ao período em
que as mulheres conviveram com o agressor, sendo significativas as formas de
violência contra elas perpetradas: física, psicológica, sexual e patrimonial; Marcas
dos Atos Violentos , na qual as mulheres apontam as marcas da violência que
ficaram após romperem com o agressor. São sequelas físicas, sexuais e emocionais
que afetam sua saúde; por fim, a terceira categoria, Amparo à mulher , na qual
retratam o apoio que tiveram ou que gostariam de ter durante o processo de
rompimento com o agressor. Verbalizam como entendem que deveria ser a atuação
do profissional de saúde ao atendê-las e a necessidade da presença desse
profissional no abrigo. O estudo contribuiu para compreendermos o significado da
violência conjugal, com todas as suas especificidades, trazendo subsídios para que
o enfermeiro preste um atendimento de qualidade a essas mulheres.
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Abuso sexual, aborto e criminalidade: uma visão bioética / Sexual abuse, pregnancy termination, and criminality: a bioethics viewAdriana Targino de Araujo Esturaro 02 October 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O aborto em consequência do abuso sexual é permitido na legislação brasileira, porém não significa que exista um consenso sobre esse tema na nossa sociedade. O nosso questionamento foi, sobretudo, o livre arbítrio da mulher em decidir sobre a interrupção da gestação frente a esse direito que lhe é concedido e o impacto do abuso sexual na vida dessa mulher. Utilizamos dos conceitos basilares da bioética para fundamentar a problemática referente ao inicio da vida, bem como do principio da autonomia do ser humano diante da escolha. O sujeito que iremos nos deter é a mulher que um dia foi vitima de um delito e em outro momento se tornou uma criminosa. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada na Penitenciaria de Piraquara no Estado do Paraná, Brasil. A seleção foi feita na escola da penitenciaria, no programa de educação de jovens e adultos. Após a seleção dos sujeitos, realizamos uma entrevista a partir de um roteiro semiestruturado. A analise qualitativa foi realizada a partir de uma analise temática. RESULTADOS: Tivemos em nossa amostra 65 sujeitos sendo que 50 responderam não terem sofrido abuso sexual e 15 responderam afirmativamente a essa questão. Isso representa que 23 % da população estudada foram abusadas sexualmente. E desses 15 sujeitos que sofreram abuso sexual 4 afirmaram procuraram o serviço de saúde e forma orientadas sobre os procedimentos para prevenir a gestação e doenças sexualmente transmissíveis. Realizamos a entrevista e na analise temática abordamos os seguintes tópicos: (1) o episodio da violência sexual, (2) momento da vida em que ocorreu, (3) se procurou ajuda , (4) se conhece o agressor , (5) se ficou gravida e se interrompeu a gestação decorrente do abuso sexual. CONCLUSÃO: A amostra estudada não representa todos os seguimentos sociais, uma vez que a pesquisa foi realizada com a população carcerária feminina. A interrupção da gestação em consequência do abuso sexual passa a ser um assunto secundário frente ao abuso sexual. Ocorreu um consenso entre todas as entrevistadas que o abuso sexual deixa marcas para sempre e que caso ocorresse uma gravidez fruto desse abuso iriam interromper / INTRODUCTION: Abortion as a consequence of sexual abuse is accepted by the Brazilian legislation. However, that does not mean that there is a consensus on the issue in our society. Our question was, above all, women\'s free will to decide upon interrupting her pregnancy, as this right is granted to her, as well as the impact of sexual abuse in their lives. We used bioethics concepts to as the base for the problem related to the beginning of their life, as well as the principle of human autonomy when facing a choice. The subject who we will analyze is the woman who, one day, was the victim of abuse and, in another moment, became a criminal, and started dealing drugs. METHODS: The study was carried out in the Piraquara Penitentiary in the state of Paraná, Brazil. Selection was carried out in the penitentiary school, in the education program for adults and young adults. After subjects were selected, they were interviewed using a semi-structured questionnaire. The qualitative study was performed by thematic analysis. RESULTS: There were 65 subjects in our sample, and 50 of them said they had not suffered sexual abuse; 15 stated they had, represented 23% of the population studied. From these 15 subjects who suffered sexual abuse, four stated they had sought the health services and were informed about the procedures to prevent pregnancy and sexually transmitted diseases. We carried out the interview and the thematic analysis on the following topics: (1) episode of sexual abuse; (2) moment of life when this occurred; (3) if they looked for help; (4) if they knew the abuser; (5) if she got pregnant and if they interrupted the pregnancy caused by sexual abuse. CONCLUSION: The sample analyzed does not represent all social segments, once the study was carried out among female prisoners in a women\'s penitentiary. Interruption of pregnancy as a consequence of abuse becomes a secondary issue when sexual abuse is considered. There was a consensus among the interviewees that sexual abuse marks the person for life, and that they would interrupt pregnancy if it was a result of the abuse.
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"Representação social da dor por doentes de fibromialgia" / The social representation of pain by fibromyalgia patientsAngela Maria do Carmo Fernandes 25 March 2004 (has links)
Para avaliar se ocorreriam mudanças cognitivas, sensoriais, comportamentais e emocionais positivas duradouras em mulheres submetidas à psicoterapia cognitivo-comportamental em grupo em relação à fibromialgia, foram selecionadas 36 doentes do sexo feminino, 18 formando o grupo experimental e 18 o grupo comparativo. O grupo experimental foi submetido a 10 sessões em grupo de psicoterapia cognitivo-comportamental. Os resultados foram comparados e analisados qualitativamente, o que permitiu a elaboração da representação social da mulher com fibromialgia / In order to evaluating if the cognitive-behavioral group psychotherapy would provide cognitive, sensorial, behavioral, emotional, lasting and positive changes in women with fibromyalgia, in comparison to those who had not been submitted to this intervention, thirty-six women participated in this study; eighteen formed an experimental group and eighteen, a comparative group. The experimental group underwent ten sessions of cognitive-behavioral psychotherapy. The recollected data had been compared and analyzed qualitatively, which allowed elaborating the social representation of the woman with fibromyalgia.
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Violência de Gênero, Necessidades de Saúde e Uso de Serviços em Atenção Primária. / Gender violence, Healthcare needs and the use of healthcare servicesD'Oliveira, Ana Flávia Pires Lucas 21 August 2000 (has links)
Estudou-se a forma usual como a violência vem se apresentando e é ou não trabalhada no interior dos serviços de saúde de atenção primária. A partir da interação que se estabelece entre as usuárias e profissionais desses serviços busca-se as condições que propiciam ou obstaculizam a emergência, o acolhimento e a proposta de intervenção sobre a questão no interior de um serviço de saúde. Foi estudado um serviço específico que tinha como característica ter o PAISM implantado através de observação direta de atividades assistenciais, análise do registro em prontuário e do perfil de consumo do serviço e entrevistas com usuárias e profissionais. Encontrou-se a emergência de conflitos em torno das relações de gênero e violência de gênero no registro tanto em prontuários como na observação direta. Observou-se que as possibilidades de emergência destes conflitos estão ligadas aos canais de comunicação abertos e à possibilidade de antever alguma resposta para o exercício profissional. Discute-se os riscos trazidos pela possível medicalização e psiquiatrização da violência e a importância de um trabalho intersetorial e multidisciplinar para apreender e trabalhar o problema. / The purpose of this paper is to identify the usual ways in which violence has been manifesting itself and how health services deal with it - or fail to do so. It tries to understand the relation that is established between female users and the professionals who work at these healthcare services with regard to the problem of violence against women as a form of demand capable of generating the production of healthcare. This comprehension has made it possible to understand the conditions that either enable or stand it the way of the manifestation, the provision of care and the intervention proposal relative to the issue within healthcare services. The risks that result from the possible medicalization of violence are also discussed, as well as the importance of interdisciplinary and intersectorial work in both understanding and dealing with the problem.
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