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Estudo comparativo entre métodos de rastreamento para diagnóstico das lesões precursoras e do cancer de colo do útero : exame citopatológico, captura híbrida e inspecção visualMatos, Jean Carlos de January 2002 (has links)
Resumo não disponível.
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O papilomavirus humano e lesões do colo uterinoRosa, Maria Inês da January 2007 (has links)
Analisamos uma coorte de mulheres no sul do Brasil, com objetivo de identificar associações epidemiológicas para persistência e cura da infecção pelo HPV e realizamos uma metanálise para determinar a acurácia da telomerase nas lesões precursoras do câncer cervical. Métodos: O estudo de coorte foi iniciado em fevereiro de 2003. Foram coletados espécimes cervicais para citologia oncótica e para detecção do DNA HPV na entrada do estudo e no seguimento. O desfecho foi dividido em quatro categorias: (1) persistência, (2) conversão (3) cura. A quarta categoria (referência) eram mulheres negativas no início que permaneceram negativas. Foram usados o teste χ2 de Pearson, regressão logística multinomial e Kaplan- Meier para análise estatística. Para a metanálise foram incluídos estudos que comparavam o teste de telomerase (TRAP) e anatomopatológicos, obtidos por biópsias cervicais para diagnóstico de lesões cervicais. Resultados: A Incidência de HPV foi 12,3%. O HPV16 foi o tipo mais encontrado (18,6%), entre as 501 mulheres do estudo.Trinta e quatro mulheres (6,78%) ficaram persistentemente infectadas pelo HPV, estando essa categoria associada à idade da sexarca inferior a 21 anos (OR = 3,14, IC 95%, 1,43-6,87) e a quatro ou mais parceiros durante a vida (OR = 2,48 IC 95%, 1,14-5,41). No período mediano de 19 meses, 80,7 % das mulheres tinham curado o HPV, a cura foi significativamente associado à cor preta (OR= 3,44 IC 95%, 1,55-7,65), co-infecção com C. trachomatis no arrolamento (OR= 3,26, IC 95%, 1,85-5,76) e história de já ter realizado exame de Papanicolaou (OR= 3,48, IC 95%, 1,51- 8,00). Na metanálise dez estudos foram analisados, os quais incluíram 1069 mulheres. Para lesões intraepiteliais de baixo grau (LIEBG) vs. normal ou lesões benignas, encontrou-se uma positividade do teste da telomerase, sendo que o resultado da odds ratio para diagnóstico (DOR) foi de (DOR = 3,2, IC 95%,1,9-5,6). Nas lesões intraepiteliais de alto grau (LIEAG) vs LIEBG, normal ou benigna: (DOR = 5,8, IC 95%, 3.1-10). )]. Encontrou-se uma DORelevada de 8,1 (IC 95%: 3,2-20) nas lesões de câncer cervical vs LIEAG. Da mesma forma, nas lesões de câncer cervical vs. LIEBG, a razão de chance foi elevada, com uma DOR de 40,9 (IC 95%: 18,2-91). Conclusões: A persistência da infecção pelo HPV foi associada com a sexarca precoce e ao número de parceiros sexuais na vida, sugerindo que estratégias de orientação sexual podem modificar as taxas de persistência do HPV. A associação da cura do HPV com história prévia de realização de Papanicolaou salienta a importância de aprimorar os programas de rastreamento de câncer cervical. Futuros estudos da associação de infecções ginecológicas com cura da infecção pelo HPV são necessários. Na metanálise nossos dados suportam a corrente hipótese da atividade da telomerase como um evento precoce na carcinogênese e que poderia estar associado ao início e à progressão de lesões cervicais. / We analysed a cohort of women in Southern Brazil with the aim to identify epidemiological correlates for persistence and clearance of cervical HPV infection. A quantitative systematic review was performed to estimate the accuracy of telomerase assay in cervical lesions. Methods: A cohort study was started on February 2003. Cervical smears were collected to perform Pap cytology and HPV DNA detection at baseline and during the follow up. The outcome was constructed in four categories (1) persistence of HPV DNA; (2) conversion; (3) clearance of HPV. Pearson’s χ2 test, multinomial logistic regression and univariate analysis using the log-rank test were performed. Meta-analysis studies that evaluated the telomerase test (telomerase repeated amplification protocol) for the diagnosis of cervix lesions and compared it to paraffin-embedded sections as the diagnostic standard were included. Results: Incidence of HPV DNA: 12.3%. HPV16 was the most frequent type (18.6%) among 501 women in the study. Thirty-four women were persistently infected with HPV, which was associated with age below 21 years at first intercourse (OR 3.14, 95% CI, 1.43-6.87) and ≥ 4 sexual partners during lifetime (OR 2.48, 95% CI, 1.14-5.41). In a median period of 19 months, 80.7% of women had clearance of HPV, which was associated with black race (OR 3.44, 95% CI, 1.55-7.65), co-infection with C. trachomatis at baseline (OR 3.26, 95% CI, 1.85-5.76) and history of previous Pap smear (OR 3.48, 95% CI, 1.51-8.00). In meta-analysis ten studies were analyzed, which included 1,069 women. The diagnostic odds ratio (DOR) for a positive telomerase test for Lo-SIL vs. normal or benign lesions was 3.2 (95% CI, 1.9-5.6). The DOR for a positive telomerase test for Hi-SIL vs. Lo-SIL, normal or benign lesions was 5.8 (95% CI, 3.1-10). For cervix cancer vs. Hi-SIL, the DOR for a positive telomerase test was 8.1 (95% CI, 3.2-20.3) and for cervix cancer vs. Lo-SIL, normal or benign lesions, it was 40.9 (95% CI, 18.2-91). Conclusions: Persistence of HPV infection wasassociated with early age at first intercourse and number of sexual partners during lifetime, suggesting that strategies for sexual orientation may modify the rates of HPV persistence. The association of HPV clearance with a history of previous Pap smear screening highlights the importance of improving cervical screening programs. Further studies on the association of gynaecological infections with HPV clearance are needed. In meta-analysis our data support the current hypothesis that telomerase may activate an early event in cervical carcinogenesis, that could be associated with the initiation and progression of cervical lesions.
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Associação entre polimorfismos de genes do sistema imunológico (IL-10, TNF-a) e a infecção por HPV nos diferentes graus de lesões cervicaisIgansi, Cristine Nascente January 2009 (has links)
Estudos epidemiológicos e moleculares têm sugerido que o HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões malignas na cérvice uterina. E, sendo o número de infecções extremamente maior do que o número de casos de câncer cervical, este fato nos leva à investigação de outros fatores associados, como por exemplo, a predisposição imunológica do hospedeiro. Este estudo tem como objetivo avaliar a associação dos polimorfismos (-1082A/G) e (-308 A/G), localizados nos genes da IL-10 e TNF-α, respectivamente, com a infecção genital pelo Papilomavírus Humano (HPV), incluindo os tipos oncogênicos HPV-16, 18 e 31, visto que, estas citocinas são moléculas importantes na resposta imune contra infecções virais. Trata-se de um estudo de casos e controles. O grupo controle foi composto por 211 mulheres, que apresentavam resultado negativo para infecção genital por HPV, identificada através da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e exame citopatológico sem alterações. Já os casos, corresponderam a 84 mulheres com infecção genital por HPV e resultado anatomopatológico alterado. A técnica de amplificação refratária de mutações (ARMS-PCR) foi utilizada para a identificação dos polimorfismos. Regressão logística múltipla foi utilizada para verificar a associação das variáveis estudadas com o desfecho (infecção genital pelo HPV).O cálculo de Equilíbrio de Hardy-Weinberg foi utilizado para verificar se as freqüências alélicas e gentotípicas observadas estão de acordo com as esperadas na população em estudo. Para os resultados de IL-10, a freqüência genotípica observada nos casos foi de 11,9% (AA), 28,6% (AG) e 59,5% (GG); a freqüência alélica foi de 26,0% para A e 74,0% para G. No grupo controle, a freqüência genotípica encontrada foi 22,8% (AA), 48,8% (AG) e 28,4% (GG); a freqüência alélica foi de 47,0% para A e 53,0% para G. Houve diferença significativa entre os grupos estudados, tanto para a freqüência alélica quanto para a genotípica (p<0,0001). Entre as mulheres com infecção, encontramos associação das lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LGSIL) com o genótipo GG (p=0,02). As variáveis idade (RC=4,70; IC95%: 2,61-8,40), co-infecção por HIV (RC=11,21; IC95%:1,002-125,33) e o genótipo GG (RC=4,22; IC95%: 1,84-9,61) permaneceram independentemente associados ao desfecho (infecção genital pelo HPV). Para TNF-α, a homozigosidade do alelo G (genótipo GG) foi encontrada em maior freqüência nos casos (36,9%), seguido por 35,7% do genótipo AA e 27,4% do genótipo AG. Houve diferença significativa entre os grupos estudados, tanto para a freqüência alélica (p<0,0002) quanto para a genotípica: AA (p=0,03), AG e GG (p<0,0001). Analisando a associação com lesões cervicais e tipos oncogênicos, encontramos associação entre o genótipo GG e LGSIL (p<0,01). O genótipo GG está associado ao tipo oncogênico HPV-16 (p<0,05), e à co-infecção pelo vírus HIV (p<0,001). As variáveis idade (RC=3,46; IC95%: 1,89-6,33), os genótipos AG (RC=9,21; IC95%: 4,29-19,75) e AA (RC=2,73; IC95%: 1,25-6,00) permaneceram independentemente associados ao desfecho (infecção genital pelo HPV). Com estes resultados, é possível sugerir que a predisposição determinada geneticamente para a produção de altos níveis de IL-10 e TNF-α parece estar associada à infecção genital pelo HPV, mostrando a importância da resposta imunológica do hospedeiro no processo de infecção e na progressão das lesões cervicais geradas pelo Papilomavírus Humano. / Molecular and epidemiological studies have suggested that HPV is the most important risk factor for the development of malignant lesions in the uterine cervix. The fact that the number of HPV infections is extremely greater than the number of cervical cancer cases leads us to the investigation of other risk factors, such as the predisposition of the host immune. The present study aimed to evaluate the influence of genetic polymorphisms (-1082A/G) and (-308A/G), located in the genes of IL-10 and TNF-α, respectively, with the genital HPV infection, including oncogenic HPV-16, 18 and 31, since these cytokines are important molecules in the immune response against viral infections. This is a case-control study. The control group was composed by 211 women, who have tested negative for HPV genital infection by the Polymerase Chain Reaction (PCR) technique, and who had normal cytologic results. Cases were 84 women with HPV genital infection and abnormal anatomopathological results. The technique of amplification refractory mutation system (ARMS-PCR) was used to identify the polymorphisms. Multiple logistic regression was used to verify the association between the study factors and the outcome (genital infection by HPV). The Hardy-Weinberg equilibrium was used to verify whether the observed allelic and genotypic frequencies were according with the expected in the studied population. For the results of IL-10, the genotypic frequencies observed in the group of women with infection was 11.9% (AA), 28,6% (AG) and 59.5% (GG), the allelic frequency was 26.0% for 74.0% for A and G. In the control group, the frequency was found genotypical 22.8% (AA), 48.8% (AG) and 28.4% (GG), the allelic frequency was 47.0% to 53.0% for A and G. There were significant differences between groups, both for the allelic frequency as for the genotypic (p<0.0001). Among women with infection, we found association of injuries LGSIL with the GG genotype (p=0021). The variables age (OR=4.70; 95%IC: 2.61-8.40), HIV co-infection (OR=11.21; 95%IC: 1.002-125,33), and genotype GG (OR=4.22; 95%IC: 1.84-9.61) remained independently associated to the outcome (genital HPV infection). For TNF-α analysis, the genotypic frequencies observed in the group of patients was 22.0% (AA), 69.0% (AG) and 8.0% (GG), the allelic frequency was 57.0% and 43.0% for A to G. In the control group, the frequency genotype was found 35.0% (AA), 27.0% (AG) and 36.0% (GG), the allelic frequency was 49.0% for A and 51.0% for G. There were significant differences between groups, both for the allelic frequency (p<0.0002) and to the genotypic: AA (p=0.03), AG e GG (p<0.0001). Analysing the association with cervical lesions and with high-risk type, there was found a significant association, between the genotype GG and LGSIL (p<0.01). The genotype GG is associated with the HPV-16 infection (p<0.05) and with the HIV virus co-infection (p<0001). The variables age (OR=3.46; 95%IC: 1.89-6.33), genotypes AG (OR=9.21; 95%IC: 4.29-19.75) and AA (OR=2.73; 95%IC: 1.25- 6.00) remained independently associated to the outcome (genital HPV infection). The results suggest that the genetically determined predisposition to produce high levels of IL- 10 and TNF-α may be related to the genital HPV infection showing the importance of the host immune response in the progression of cervical lesions caused by the Human Papillomavirus.
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Existe câncer cervical HPV negativo? / Does HPV negative invasive cervical cancer exist?Cristina Mendes de Oliveira 14 December 2011 (has links)
O câncer no colo do útero é o segundo tipo de neoplasia maligna mais prevalente nas mulheres no mundo todo e o seu rastreamento é realizado através do exame microscópico das células esfoliadas da mucosa cervical, o teste de Papanicolaou. Partindo-se da premissa que a infecção por Papilomavírus Humano oncogênico (HRHPV) é condição necessária para o desenvolvimento desta neoplasia, tem-se avaliado a possibilidade de empregar-se para a mesma finalidade, o rastreio, métodos que detectam o material genético viral. Estudos recentes demonstraram que estes testes moleculares apresentam maior sensibilidade e a substituição do teste citológico pelos moleculares vem ocorrendo em alguns países. O monitoramento da resposta ao tratamento das pacientes com câncer cervical é realizado por meio de testes inespecíficos como exames de imagem. Portanto, é desejável o desenvolvimento de um teste específico, não invasivo capaz de detectar precocemente a recidiva. Este estudo investigou a freqüência e os tipos de HPV presentes em tumores cervicais de pacientes brasileiras, e verificou a ocorrência de resultados HPV-negativos pelos testes moleculares, procurando investigar as causas de possíveis falhas dos testes. Além disso, padronizou e avaliou uma reação de PCR em tempo real capaz detectar o DNA do HPV-16 e 18 no plasma das pacientes. Foram incluídas no estudo 104 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer cervical atendidas em três hospitais oncológicos do Estado de São Paulo, ICESP, IBCC e HC-Barretos, no período de novembro de 2009 a julho de 2011. Foram coletados um fragmento do tumor cervical e sangue total. O DNA extraído dos tumores foi submetido a genotipagem do HPV por meio da utilização dos kits Linear Array HPV Genotyping Test (LA) e PapilloCheck®, além de PCRs tipo específicas para HPV-16, 18 e 45. Amostras que apresentaram resultado HPV-negativo no PapilloCheck®, tiveram parte da região E1 seqüenciada para verificar potenciais causas do resultado falso-negativo. A amostra de plasma das pacientes que apresentavam HPV-16 e/ou 18 no tecido tumoral foi submetida à PCR em tempo real para avaliar a presença do DNA do HPV no plasma. Das 104 amostras de tecido tumoral, 103 foram positivas para HPV, sendo que os HPV-16 e 18, como infecção simples, foram os encontrados com maior freqüência (48,5%). Os testes LA e PapilloCheck® apresentaram 65,4% de concordância total. O PapilloCheck® apresentou 12,5% de resultados falso-negativos (N=13). A principal hipótese para explicar esses resultados é a presença de mutações na região de hibridização dos iniciadores e/ou das sondas. A reação de PCR em tempo real específica para HPV-16 e 18 padronizada no estudo apresentou baixa sensibilidade, mas alta especificidade e não deve ser utilizada como teste diagnóstico para o câncer cervical. A relação entre DNA de HPV no plasma e o prognóstico da paciente deve ser explorada no futuro / Invasive cervical cancer is the second most common cancer among women worldwide and screening programs are based on microscopical examination of cells exfoliated from the cervical mucosa, the Papanicolaou test. Since the infection by an oncogenic HPV (HR-HPV) has been shown to be necessary for the development of this neoplasia, molecular assays are being evaluated for the same application, primary screening. Indeed, recent studies showed these methods to be more sensitive and therefore are replacing the cytological test in many countries. Post treatment surveillance of invasive cervical cancer patients are made by unspecific tests as imaging exams. Hence, the development of a specific non invasive test able to detect premature recurrence is desired. This study investigated the HPV frequency and types on invasive cervical tumors among Brazilian patients observing the occurrence of HPV-negative results on molecular tests, trying to addrees the causes for the putative failures. Moreover, we standardized and evaluated a real time PCR method for HPV-16 and 18 DNA detection on patients plasma. One hundred and four women with invasive cervical cancer were recruited in three oncologic hospitals from São Paulo State, ICESP, IBCC and HCBarretos, in between November 2009 and July 2011. Tumor tissue and whole blood were collected. DNA extracted from the tumors were submitted to HPV detection and genotyping tests such as the Linear Array HPV Genotyping Test (LA) and PapilloCheck®, besides type specific PCRs for HPV-16, 18 e 45. Samples that showed an HPV-negative result on the PapilloCheck® were submitted to direct sequencing of E1 region to verify potential mismatches responsible for that. Plasma samples from patients with tumor tissue positive for HPV-16 and/or 18 were submitted to the real time PCR to evaluate the HPV DNA presence on plasma. Out of 104 cervical carcinomas, 103 were HPV positive, HPV-16 and 18, as single infection, were the most frequent types observed (48.5%). LA and PapilloCheck® showed 65.4% of total agreement. PapilloCheck® displaied 12.5% of false-negative results (N=13). The major hypothesis to explain these results is the presence of mismatches to the primers and/or probes annealing regions. Real time PCR specific for HPV-16 and 18 developed in this study showed low sensitivity, but a high specificity and cannot be used as an invasive cervical cancer diagnostic tool. The relationship between the presence of HPV DNA in the plasma and the patient prognostic shall be evaluated in the future
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Fotografia cervical digital : uma alternativa à colposcopiaHillmann, Elise de Castro January 2015 (has links)
Background: A maioria dos métodos de rastreamento do câncer de colo de útero depende da colposcopia para a confirmação do diagnóstico. A colposcopia sofre com a falta de disponibilidade, a necessidade de longos deslocamentos por parte das pacientes e longas filas de espera. Objetivo: Avaliar o desempenho da Fotografia Cervical Digital como um método alternativo à colposcopia. Método: Foram realizadas colposcopies e Fotografias Digitais Cervicais em 228 pacientes. As Fotografias Digitais Cervicais foram avaliadas através da internet por três colposcopistas experientes. A concordância entre os métodos foi calculada através de Kappa e as porcentagens de concordância. Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acuracia diagnóstica foram calculados para a colposcopia e a Fotografia Cervical Digital. A histologia foi utilizada como padrão-ouro. Resultados: A Fotografia Cervical Digital e a colposcopia concordaram em 89,9% dos casos (K=0,588). A Fotografia Cervical Digital e a colposcopia apresentaram desempenhos comparáveis, a sensibilidade foi de 52,5% e 35,0%, a especificidade de 91,86% e 91,28%, o valor preditivo positivo de 60,0% e 48,3%, valor preditivo negativo de 89,3% e 85,8%, e a acurácia diagnóstica de 84,4% e 80,7%, respectivamente. Conclusão: A Fotografia Cervical Digital é um método alternativo promissor à colposcopia. / Background: Most cervical cancer screening methods relies on colposcopy to confirm the diagnosis. Colposcopy suffers from the lack of availability, long patients’ displacement and waiting times. Objective: Evaluate the performance of the Cervical Digital Photography as an alternative method to colposcopy. Methods: Colposcopy and Cervical Digital Photography were performed in 228 women. The Cervical Digital Photographs were evaluated through internet by 3 colposcopy experts. The agreement between methods was calculated with kappa and percentages of agreement. Sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value and diagnostic accuracy were calculated for colposcopy and Cervical Digital Photography. Histology was the gold standard. Results: Cervical Digital Photography and colposcopy agreed in 89.9% of the cases (K=0.588). Cervical Digital Photography and colposcopy had comparable performances, sensitivity was 52.5% and 35.0%, specificity was 91.86% and 91.28%, positive predictive value was 60.0% and 48.3%, negative predictive value was 89.3% and 85.8%, and diagnostic accuracy was 84.4% and 80.7%, respectively. Conclusion: Cervical Digital Photography is a promising alternative method to colposcopy.
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O papilomavirus humano e lesões do colo uterinoRosa, Maria Inês da January 2007 (has links)
Analisamos uma coorte de mulheres no sul do Brasil, com objetivo de identificar associações epidemiológicas para persistência e cura da infecção pelo HPV e realizamos uma metanálise para determinar a acurácia da telomerase nas lesões precursoras do câncer cervical. Métodos: O estudo de coorte foi iniciado em fevereiro de 2003. Foram coletados espécimes cervicais para citologia oncótica e para detecção do DNA HPV na entrada do estudo e no seguimento. O desfecho foi dividido em quatro categorias: (1) persistência, (2) conversão (3) cura. A quarta categoria (referência) eram mulheres negativas no início que permaneceram negativas. Foram usados o teste χ2 de Pearson, regressão logística multinomial e Kaplan- Meier para análise estatística. Para a metanálise foram incluídos estudos que comparavam o teste de telomerase (TRAP) e anatomopatológicos, obtidos por biópsias cervicais para diagnóstico de lesões cervicais. Resultados: A Incidência de HPV foi 12,3%. O HPV16 foi o tipo mais encontrado (18,6%), entre as 501 mulheres do estudo.Trinta e quatro mulheres (6,78%) ficaram persistentemente infectadas pelo HPV, estando essa categoria associada à idade da sexarca inferior a 21 anos (OR = 3,14, IC 95%, 1,43-6,87) e a quatro ou mais parceiros durante a vida (OR = 2,48 IC 95%, 1,14-5,41). No período mediano de 19 meses, 80,7 % das mulheres tinham curado o HPV, a cura foi significativamente associado à cor preta (OR= 3,44 IC 95%, 1,55-7,65), co-infecção com C. trachomatis no arrolamento (OR= 3,26, IC 95%, 1,85-5,76) e história de já ter realizado exame de Papanicolaou (OR= 3,48, IC 95%, 1,51- 8,00). Na metanálise dez estudos foram analisados, os quais incluíram 1069 mulheres. Para lesões intraepiteliais de baixo grau (LIEBG) vs. normal ou lesões benignas, encontrou-se uma positividade do teste da telomerase, sendo que o resultado da odds ratio para diagnóstico (DOR) foi de (DOR = 3,2, IC 95%,1,9-5,6). Nas lesões intraepiteliais de alto grau (LIEAG) vs LIEBG, normal ou benigna: (DOR = 5,8, IC 95%, 3.1-10). )]. Encontrou-se uma DORelevada de 8,1 (IC 95%: 3,2-20) nas lesões de câncer cervical vs LIEAG. Da mesma forma, nas lesões de câncer cervical vs. LIEBG, a razão de chance foi elevada, com uma DOR de 40,9 (IC 95%: 18,2-91). Conclusões: A persistência da infecção pelo HPV foi associada com a sexarca precoce e ao número de parceiros sexuais na vida, sugerindo que estratégias de orientação sexual podem modificar as taxas de persistência do HPV. A associação da cura do HPV com história prévia de realização de Papanicolaou salienta a importância de aprimorar os programas de rastreamento de câncer cervical. Futuros estudos da associação de infecções ginecológicas com cura da infecção pelo HPV são necessários. Na metanálise nossos dados suportam a corrente hipótese da atividade da telomerase como um evento precoce na carcinogênese e que poderia estar associado ao início e à progressão de lesões cervicais. / We analysed a cohort of women in Southern Brazil with the aim to identify epidemiological correlates for persistence and clearance of cervical HPV infection. A quantitative systematic review was performed to estimate the accuracy of telomerase assay in cervical lesions. Methods: A cohort study was started on February 2003. Cervical smears were collected to perform Pap cytology and HPV DNA detection at baseline and during the follow up. The outcome was constructed in four categories (1) persistence of HPV DNA; (2) conversion; (3) clearance of HPV. Pearson’s χ2 test, multinomial logistic regression and univariate analysis using the log-rank test were performed. Meta-analysis studies that evaluated the telomerase test (telomerase repeated amplification protocol) for the diagnosis of cervix lesions and compared it to paraffin-embedded sections as the diagnostic standard were included. Results: Incidence of HPV DNA: 12.3%. HPV16 was the most frequent type (18.6%) among 501 women in the study. Thirty-four women were persistently infected with HPV, which was associated with age below 21 years at first intercourse (OR 3.14, 95% CI, 1.43-6.87) and ≥ 4 sexual partners during lifetime (OR 2.48, 95% CI, 1.14-5.41). In a median period of 19 months, 80.7% of women had clearance of HPV, which was associated with black race (OR 3.44, 95% CI, 1.55-7.65), co-infection with C. trachomatis at baseline (OR 3.26, 95% CI, 1.85-5.76) and history of previous Pap smear (OR 3.48, 95% CI, 1.51-8.00). In meta-analysis ten studies were analyzed, which included 1,069 women. The diagnostic odds ratio (DOR) for a positive telomerase test for Lo-SIL vs. normal or benign lesions was 3.2 (95% CI, 1.9-5.6). The DOR for a positive telomerase test for Hi-SIL vs. Lo-SIL, normal or benign lesions was 5.8 (95% CI, 3.1-10). For cervix cancer vs. Hi-SIL, the DOR for a positive telomerase test was 8.1 (95% CI, 3.2-20.3) and for cervix cancer vs. Lo-SIL, normal or benign lesions, it was 40.9 (95% CI, 18.2-91). Conclusions: Persistence of HPV infection wasassociated with early age at first intercourse and number of sexual partners during lifetime, suggesting that strategies for sexual orientation may modify the rates of HPV persistence. The association of HPV clearance with a history of previous Pap smear screening highlights the importance of improving cervical screening programs. Further studies on the association of gynaecological infections with HPV clearance are needed. In meta-analysis our data support the current hypothesis that telomerase may activate an early event in cervical carcinogenesis, that could be associated with the initiation and progression of cervical lesions.
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Associação entre polimorfismos de genes do sistema imunológico (IL-10, TNF-a) e a infecção por HPV nos diferentes graus de lesões cervicaisIgansi, Cristine Nascente January 2009 (has links)
Estudos epidemiológicos e moleculares têm sugerido que o HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões malignas na cérvice uterina. E, sendo o número de infecções extremamente maior do que o número de casos de câncer cervical, este fato nos leva à investigação de outros fatores associados, como por exemplo, a predisposição imunológica do hospedeiro. Este estudo tem como objetivo avaliar a associação dos polimorfismos (-1082A/G) e (-308 A/G), localizados nos genes da IL-10 e TNF-α, respectivamente, com a infecção genital pelo Papilomavírus Humano (HPV), incluindo os tipos oncogênicos HPV-16, 18 e 31, visto que, estas citocinas são moléculas importantes na resposta imune contra infecções virais. Trata-se de um estudo de casos e controles. O grupo controle foi composto por 211 mulheres, que apresentavam resultado negativo para infecção genital por HPV, identificada através da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e exame citopatológico sem alterações. Já os casos, corresponderam a 84 mulheres com infecção genital por HPV e resultado anatomopatológico alterado. A técnica de amplificação refratária de mutações (ARMS-PCR) foi utilizada para a identificação dos polimorfismos. Regressão logística múltipla foi utilizada para verificar a associação das variáveis estudadas com o desfecho (infecção genital pelo HPV).O cálculo de Equilíbrio de Hardy-Weinberg foi utilizado para verificar se as freqüências alélicas e gentotípicas observadas estão de acordo com as esperadas na população em estudo. Para os resultados de IL-10, a freqüência genotípica observada nos casos foi de 11,9% (AA), 28,6% (AG) e 59,5% (GG); a freqüência alélica foi de 26,0% para A e 74,0% para G. No grupo controle, a freqüência genotípica encontrada foi 22,8% (AA), 48,8% (AG) e 28,4% (GG); a freqüência alélica foi de 47,0% para A e 53,0% para G. Houve diferença significativa entre os grupos estudados, tanto para a freqüência alélica quanto para a genotípica (p<0,0001). Entre as mulheres com infecção, encontramos associação das lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LGSIL) com o genótipo GG (p=0,02). As variáveis idade (RC=4,70; IC95%: 2,61-8,40), co-infecção por HIV (RC=11,21; IC95%:1,002-125,33) e o genótipo GG (RC=4,22; IC95%: 1,84-9,61) permaneceram independentemente associados ao desfecho (infecção genital pelo HPV). Para TNF-α, a homozigosidade do alelo G (genótipo GG) foi encontrada em maior freqüência nos casos (36,9%), seguido por 35,7% do genótipo AA e 27,4% do genótipo AG. Houve diferença significativa entre os grupos estudados, tanto para a freqüência alélica (p<0,0002) quanto para a genotípica: AA (p=0,03), AG e GG (p<0,0001). Analisando a associação com lesões cervicais e tipos oncogênicos, encontramos associação entre o genótipo GG e LGSIL (p<0,01). O genótipo GG está associado ao tipo oncogênico HPV-16 (p<0,05), e à co-infecção pelo vírus HIV (p<0,001). As variáveis idade (RC=3,46; IC95%: 1,89-6,33), os genótipos AG (RC=9,21; IC95%: 4,29-19,75) e AA (RC=2,73; IC95%: 1,25-6,00) permaneceram independentemente associados ao desfecho (infecção genital pelo HPV). Com estes resultados, é possível sugerir que a predisposição determinada geneticamente para a produção de altos níveis de IL-10 e TNF-α parece estar associada à infecção genital pelo HPV, mostrando a importância da resposta imunológica do hospedeiro no processo de infecção e na progressão das lesões cervicais geradas pelo Papilomavírus Humano. / Molecular and epidemiological studies have suggested that HPV is the most important risk factor for the development of malignant lesions in the uterine cervix. The fact that the number of HPV infections is extremely greater than the number of cervical cancer cases leads us to the investigation of other risk factors, such as the predisposition of the host immune. The present study aimed to evaluate the influence of genetic polymorphisms (-1082A/G) and (-308A/G), located in the genes of IL-10 and TNF-α, respectively, with the genital HPV infection, including oncogenic HPV-16, 18 and 31, since these cytokines are important molecules in the immune response against viral infections. This is a case-control study. The control group was composed by 211 women, who have tested negative for HPV genital infection by the Polymerase Chain Reaction (PCR) technique, and who had normal cytologic results. Cases were 84 women with HPV genital infection and abnormal anatomopathological results. The technique of amplification refractory mutation system (ARMS-PCR) was used to identify the polymorphisms. Multiple logistic regression was used to verify the association between the study factors and the outcome (genital infection by HPV). The Hardy-Weinberg equilibrium was used to verify whether the observed allelic and genotypic frequencies were according with the expected in the studied population. For the results of IL-10, the genotypic frequencies observed in the group of women with infection was 11.9% (AA), 28,6% (AG) and 59.5% (GG), the allelic frequency was 26.0% for 74.0% for A and G. In the control group, the frequency was found genotypical 22.8% (AA), 48.8% (AG) and 28.4% (GG), the allelic frequency was 47.0% to 53.0% for A and G. There were significant differences between groups, both for the allelic frequency as for the genotypic (p<0.0001). Among women with infection, we found association of injuries LGSIL with the GG genotype (p=0021). The variables age (OR=4.70; 95%IC: 2.61-8.40), HIV co-infection (OR=11.21; 95%IC: 1.002-125,33), and genotype GG (OR=4.22; 95%IC: 1.84-9.61) remained independently associated to the outcome (genital HPV infection). For TNF-α analysis, the genotypic frequencies observed in the group of patients was 22.0% (AA), 69.0% (AG) and 8.0% (GG), the allelic frequency was 57.0% and 43.0% for A to G. In the control group, the frequency genotype was found 35.0% (AA), 27.0% (AG) and 36.0% (GG), the allelic frequency was 49.0% for A and 51.0% for G. There were significant differences between groups, both for the allelic frequency (p<0.0002) and to the genotypic: AA (p=0.03), AG e GG (p<0.0001). Analysing the association with cervical lesions and with high-risk type, there was found a significant association, between the genotype GG and LGSIL (p<0.01). The genotype GG is associated with the HPV-16 infection (p<0.05) and with the HIV virus co-infection (p<0001). The variables age (OR=3.46; 95%IC: 1.89-6.33), genotypes AG (OR=9.21; 95%IC: 4.29-19.75) and AA (OR=2.73; 95%IC: 1.25- 6.00) remained independently associated to the outcome (genital HPV infection). The results suggest that the genetically determined predisposition to produce high levels of IL- 10 and TNF-α may be related to the genital HPV infection showing the importance of the host immune response in the progression of cervical lesions caused by the Human Papillomavirus.
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Prevalência de infecção por HPV em jovens primíparas e fatores associados / Prevalence of HPV infection in young primiparous women and associated factorsCristina Helena Rama 21 July 2009 (has links)
Introdução: A infecção genital pelo papilomavírus humano (HPV) é um fator necessário para o desenvolvimento do câncer cervical. Vacinas para prevenir a infecção pelos tipos de alto risco HPV 16 e 18 foram desenvolvidas e idealmente devem ser administradas antes da exposição ao HPV através do contato sexual. As variações na prevalência do HPV e na de seus tipos específicos em diferentes populações podem influenciar as recomendações da vacina contra o HPV em diferentes locais. A vacinação após o primeiro parto poderia ser uma estratégia em potencial para atingir mulheres jovens e saudáveis, dependendo da proporção de mulheres desse grupo ainda não infectadas pelos tipos de alto risco, HPV 16 e 18. Objetivos: O objetivo principal deste estudo foi determinar a prevalência genital do DNA de tipos específicos do HPV e avaliar a associação dessa infecção com fatores de risco selecionados em mulheres após o primeiro parto, usuárias de uma maternidade pública. Métodos: Esse estudo transversal foi realizado no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros (HMLMB), uma das maiores maternidades públicas da cidade de São Paulo. Durante junho de 2006 até fevereiro de 2007, 301 primíparas de 15-24 anos, cujos partos ocorreram no referido Hospital, foram incluídas no estudo entre 43 e 60 dias após o parto. Na detecção de DNA do HPV extraído das células cervicais esfoliadas foi utilizado protocolo padrão da Reação em Cadeia por Polimerase (PCR), utilizando primers PGMY09/11. Para estimar a associação da infecção por HPV com fatores de risco selecionados, foi calculada a Razão de Prevalência (RP) e o intervalo de 95% de confiança [IC]; o ajuste foi realizado utilizando-se o Modelo Linear Generalizado (MLG) com distribuição binomial e função de ligação logarítmica. Resultados: O DNA do HPV foi detectado em 58,5% (IC 95% 52,7%-64,0%) das jovens mulheres. Os tipos de HPV mais comumente encontrados foram: HPV 16, HPV 51, HPV 52, HPV 58 e HPV 71. A prevalência dos tipos de HPV incluídos nas vacinas profiláticas foi: HPV 16 - 12,0%, HPV 18 - 2,3% e HPV 6+11 - 4,3%. Os tipos de alto risco de HPV foram encontrados em 133 (44,2%) mulheres, enquanto 43 delas (14,3%) apresentaram somente tipos de HPV de baixo risco. Cento e duas mulheres (33,9%) foram positivas para apenas um tipo de HPV; entretanto, 43 (14,3%) apresentaram dois tipos, e 31 (10,3%) apresentaram três ou mais tipos virais. A análise multivariada revelou que somente a idade (p=0,020) e o hábito de fumar (p <0,001) foram fatores de risco independentemente associados com a infecção por HPV. Conclusões: Essas adolescentes e jovens primíparas apresentaram elevada prevalência de infecção genital por tipos de alto risco do HPV, mostrando que constituem um grupo de risco para o desenvolvimento de câncer cervical. Contudo, apenas 17,3% apresentaram pelo menos um dos quatro tipos virais presentes na vacina quadrivalente (HPV 6, 11, 16 ou 18), 13,3% apresentaram infecção pelos tipos HPV 16 ou 18, e somente 1,0% apresentou concomitantemente infecção por esses dois tipos virais de alto risco presentes nas vacinas. Portanto, esse estudo indica que a grande maioria dessas jovens primíparas poderia ainda se beneficiar da imunização (catch-up) contra o HPV e constitui um grupo que deve ser alvo de programas efetivos de prevenção primária e secundária para o câncer cervical / Introdution: Genital infection by human papillomavirus (HPV) is a necessary factor in the development of cervical cancer. Vaccines to prevent infection by high risk HPV genotypes 16 and 18 were developed and ideally should be administered before exposure to HPV through sexual contact. Variations in HPV prevalence in different populations and of specific HPV types could affect vaccine recommendations in different settings. Vaccination after first delivery could be a potential strategy for reaching healthy young women depending on the baseline prevalence of high risk genotypes 16 and 18 in this target group. Objectives: The main objective of this study was to determine genital type specific HPV DNA prevalence and selected risk factors associated with HPV infection after the delivery of the first child among young women in a public maternity. Methods: This cross-sectional study was carried out at Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros (HMLMB), one of the largest public maternity hospitals in Sao Paulo. During June 2006 to February 2007, 301 primiparous women aged 15-24 years, who gave birth at that hospital, were included in the study between 43 and 60 days after delivery. Detection of HPV DNA in cervical specimens was performed using a standardized polymerase chain reaction (PCR) protocol with PGMY09/11 primers. To estimate the association of HPV infection with selected risk factors, prevalence ratios (PR) and 95% confidence interval [CI] were estimated using a Generalized Linear Model (GLM) with binomial distribution and log link function. Results: Any HPV DNA was detected in 58.5% (95% CI 52.7%-64.0%) of the enrolled young women. Most common types of HPV found were: HPV16, HPV51, HPV52, HPV58 and HPV71. The overall prevalence of HPV types targeted by the HPV prophylactic vaccines was: HPV16 - 12.0%, HPV18 -2.3% and HPV 6+11- 4.3%. High-risk HPV types were found in 133 (44.2%) women, whereas 43 women (14.3%) had only low-risk HPV types. One hundred and two women (33.9%) were positive for one HPV type only; however, 43 (14.3%) had two types, and 31 (10.3%) had three or more types detected. The multivariate analysis revealed that only age (p for trend =0.020) and smoking habits (p <0.001) were risk factors independently associated with HPV infection. Conclusions: These adolescents and young primiparous women had high cervical HPV prevalence, suggesting that this is a high risk group for cervical cancer development. Nevertheless, 17.3% were positive to any of the four HPV types included in HPV vaccines (HPV6, 11, 16 or 18), with 13.3% positive for HPV 16 or 18, and only 1.0% of them had both vaccine related oncogenic HPV types. Thus, this study supports that the most part of young primiparous women could benefit from catch-up HPV vaccination, and represents a target group for effective primary and secondary cervical cancer prevention programs
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Perfil da expressão imunoistoquímica de HER-2, NF-kB e IKK em câncer de colo uterino tratado com radioterapia / Immunohistochemical expression of HER-2, NF-B and IKK in patients with cervical cancer treated with radiation therapyGlauco Baiocchi Neto 11 November 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento padrão do câncer do colo uterino é a histerectomia radical para doença inicial e quimio-radioterapia para doença avançada. A radioterapia após a histerectomia radical tem impacto em ganho de sobrevida caso hajam fatores de risco histopatológicos para recidiva. Portanto, a busca de marcadores preditores de radiossensibilidade torna-se importante para a individualização do planejamento terapêutico. O HER-2/ErbB-2 faz parte da família de proteínas ErbB que formam um grupo de receptores de membrana e tem um papel crítico no controle de diversas funções celulares básicas como diferenciação, proliferação, migração e sobrevida celular. A ação do NF-B na carcinogênese pode ocorrer através da regulação da apoptose e controle do ciclo celular. Para ativação do NF-B é necessário a enzima quinase IKK e a atividade do NF-B foi relacionada com resistência tumoral a quimioterapia e radioterapia. A via PI3K/Akt mediada pela hiperexpressão de HER-2 pode estar envolvida na ativação do NF-B. Os objetivos foram: a) avaliar os padrões de expressão imunoistoquímica de HER-2, NF-B-p65, NF-B-p50 e IKK em pacientes portadores de câncer do colo uterino submetidos à radioterapia; b) avaliar o status do gene HER2 através de FISH; c) avaliar o papel da expressão imunoistoquímica de NF-B-p65, NF-B-p50, IKK e HER-2 como fator prognóstico para sobrevida livre de doença e sobrevida global. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de estudo retrospectivo que avaliou uma série de 32 pacientes portadores de câncer do colo do útero submetidos a tratamento com radioterapia seguido de histerectomia no período de janeiro de 1992 a junho de 2001. RESULTADOS: A idade mediana foi 45 anos (22-67). Um paciente apresentava-se no estádio IB2 (FIGO) e 31 (96,9%) estádio IIB. Todos os pacientes foram submetidos à teleterapia e braquiterapia com alta taxa de dose com caráter neoadjuvante à histerectomia radical (HR). Dezesseis (50%) pacientes apresentaram doença residual após radioterapia. O tempo de seguimento mediano foi de 73,5 meses. A sobrevida global da amostra foi de 66,5% em 5 anos. As expressões imunoistoquímicas de NF-B-p65 e NF-B-p50 em citoplasma nos tumores primários foram encontradas em respectivamente 90,6% e 96,9% dos casos. As expressões de NF-B-p65 e NF-B-p50 em núcleo nos tumores primários 59,4% dos casos em ambos. As expressões de NF-B-p65 e NF-B-p50 em citoplasma nos tumores residuais após tratamento com radioterapia foram encontradas 50% dos casos em ambos. A expressão em núcleo de NF-B-p50 nos tumores residuais após tratamento com radioterapia foi encontrada em 75% dos casos. Não houve expressão em núcleo de NF-B-p65 nos tumores residuais. A expressão imunoistoquímica de HER-2 nos tumores primários foi de encontrada em 21,9% dos casos. Não houve expressão imunoistoquímica de HER-2 nos tumores residuais do colo uterino. A amplificação gênica de HER-2 nos tumores primários foi encontrada em 1 (3,1%) caso. Não houve expressão imunoistoquímica de IKK nos tumores primários ou residuais. As expressões imunoistoquímicas de HER-2, NF-B-p65 e NF-B-p50 não se correlacionaram com a resposta ao tratamento radioterápico pré-operatório. As expressões imunoistoquímicas positivas de NF-B-p65, NF-B-p50, IKK e HER-2 não se associaram a piores taxas de sobrevida livre de doença e sobrevida global. CONCLUSÕES: Nossos dados sugerem que as expressões imunoistoquímicas de NF-B e HER-2 não são capazes de predizer resposta à radioterapia e não estão relacionadas com pior prognóstico. O NF-B parece ser constitutivamente ativado no câncer do colo uterino / INTRODUCTION: The standard treatment of early cervical cancer is radical hysterectomy and concomitant radiation therapy and chemotherapy for advanced stages. After radical hysterectomy, adjuvant radiation therapy is indicated if risk factors are present. HER-2 is part of protein membrane family that has a critical role in cellular differentiation, proliferation and survival. The NF-B regulates apoptosis, cellular cycle, adhesion and cellular migration. NF-B is activated by IKK kinase. NF-B activation is related to resistance to radiotherapy and chemotherapy. The overexpression of HER-2 may activate the NF-B pathway through PI3K/Akt. Our aims were: a) analyze the immunohistochemical expression of HER-2, NF-B-p50, NF-B-p65 and IKK in patients with cervical cancer treated with radiation therapy followed by radical hysterectomy; b) analyze the HER-2 amplification gene with FISH; c) evaluate the immunohistochemical expression of HER-2, NF-B-p50, NF- B-p65 and IKK as a prognostic factor to recurrence and death. MATERIALS AND METHODS: A retrospective analysis was carries out on 32 patients with cervical cancer submitted to radical hysterectomy after neoadjuvant radiotherapy from January 1992 to June 2001. RESULTS: The median age was 45 years (22-67). One patient was stage IB2 (FIGO) and 31 IIB (96,9%). All patients received external beam radiotherapy and high dose vaginal brachytherapy. Sixteen (50%) patients had residual pathological disease after radical hysterectomy. Median follow-up time was 73.5 months and overall 5-year survival was 66.5%. Immunohistochemical cytoplasmic expression of NF-B-p65 e NF-B-p50 before radiotherapy was found in respectively 90.6% and 96.9% of cases. Immunohistochemical nuclear expression of NF-B-p65 and NF-B-p50 before radiotherapy was found in both 59.4% of cases. Immunohistochemical cytoplasmic expression of NF-B-p65 and NF-B-p50 in the residual tumors after radiotherapy was found in both 50% of cases. Immunohistochemical nuclear expression of NF-B-p50 in the residual tumors was found in 75% of cases. There was no nuclear expression of NF-B-p65 in the residual tumors. Immunohistochemical expression of HER-2 was found in 21.9% of cases. However, gene amplification was found in one case (3.1%). There was no expression of IKK in neither primary nor residual tumors. HER-2 and NF-B were not correlated to the risk of residual tumor after radiotherapy. Immunohistochemical expression of HER-2 and NF-B were not correlated to risk of recurrence or death. CONCLUSIONS: Our data suggest that NF-kB is constitutively activated in advanced cervical cancer. NF-kB and HER-2 may not predict response to radiotherapy and do not correlate to poor outcome
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Prevenção do câncer de colo do útero em uma área coberta pela estratégia de saúde da famíliaDuque , Kristiane de Castro Dias 28 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-28 / O câncer de colo de útero é um grave problema de saúde pública mundial. No Brasil, constitui-se na terceira causa de mortalidade após correções das taxas a partir das causas mal definidas. É um agravo passível de prevenção através da detecção precoce de lesões precursoras, por meio do exame de colpocitologia. A alta cobertura das mulheres pelo exame de rastreio pode reduzir as taxas de incidência de lesão invasora, assim, justifica-se a realização de pesquisas que contribuam para melhor avaliação do quadro epidemiológico da doença, determinando a prevalência, a cobertura de exames preventivos, fatores associados que esclareçam e fundamentem medidas de intervenção, além de análises que contribuam para maior esclarecimento das razões pelas quais algumas mulheres ainda são resistentes a realização do exame preventivo. Deste modo, foi realizado um estudo transversal com 776 mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos, em uma Unidade de Saúde da Família, no município de Juiz de Fora, MG. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um amplo questionário que possibilitou avaliar os hábitos e comportamentos de cuidado à saúde, permitindo estabelecer como objetivos: avaliar a prevalência e os fatores associados a não realização do exame de preventivo de câncer de colo de útero; analisar a cobertura destes exames; associar a não realização de exames preventivos de câncer de colo de útero a hábitos de cuidado à saúde realizados pelas mulheres. Os dados foram analisados pelo programa Stata 11,0 verificando as Razões de Prevalência (RP) com respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC 95%) e valores de p, utilizando-se na análise multivariada a regressão de Poisson. Verificou-se que 76,29% das mulheres estavam com exame Papanicolaou dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, as variáveis independentes que apresentaram associação com o desfecho foram: maior nível de escolaridade, prática regular de atividade física e procurar atendimento na Unidade de Saúde no último ano. O consumo de bebida alcoólica foi um fator de risco para não realização do exame. Ainda apresentou significância estatística possuir apoio social. Em relação à cobertura de exames, após a intensificação do rastreamento de câncer de colo do útero, através de estratégias de ação específicas, foi possível elevar a Razão de Exames citopatológicos na Unidade de Saúde de 0,1 para 0,4 no período de 1 ano. Observou-se também que as mulheres que apresentam como hábitos e comportamentos de cuidado à saúde, atitudes ligadas à prevenção e promoção, tem mais possibilidade em realizar o exame preventivo de câncer de colo do útero. Conclui-se que, ainda existe uma parcela da população, considerada epidemiologicamente de risco, que não realiza o exame de rastreio dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que a análise das variáveis associadas a esta condição pode auxiliar na elaboração de estratégias de intervenção. O rastreamento organizado destas mulheres permite o alcance das metas estabelecidas, a organização das informações, a estruturação do serviço, a ampliação do acesso e o aprimoramento do vínculo com a comunidade adscrita. O maior conhecimento dos hábitos e comportamentos desta população possibilita o incentivo a atitudes de promoção e prevenção de cuidados à saúde, assim como, a intervenção específica nas situações potencialmente prejudiciais. Portanto, estudos sobre a prevenção do câncer de colo do útero são de extrema relevância, a fim de analisar a cobertura do rastreamento em áreas atendidas pela Estratégia de Saúde da Família e compreender os fatores associados a não adesão nas mulheres à realização do exame Papanicolaou. / Cancer of the cervix is a serious public health problem worldwide. In Brazil, constitutes the third leading cause of mortality after correction of rates from ill-defined causes. It is a grievance preventable through early detection of precursor lesions through Pap test. The high coverage of women by examining screening can reduce the incidence rates of invasive lesion thus justified conducting research that contributes to better assess the epidemiological situation of the disease, determining the prevalence, coverage of preventive tests, factors associated to clarify and justify intervention, and analysis that contribute to further clarification of the reasons why some women are still resistant to completion of screening. Thus, we conducted a cross-sectional study with 776 women aged 20-59 years in a Family Health Unit in the city of Juiz de Fora, MG. It was used as an instrument of data collection a comprehensive questionnaire that allowed us to evaluate the habits and behaviors of health care, establishing objectives: to evaluate the prevalence and factors associated with lack of test preventative of cancer of the cervix; analyzing the coverage of these tests; associate no preventive examinations of cancer of the cervix the habits of health care performed by women. Data were analyzed using Stata 11.0 checking Prevalence ratios (PR) with respective confidence intervals of 95% (95% CI) and p values, using the multivariate Poisson regression. It was found that 76.29% of women with Pap smear within the criteria established by the Ministry of Health, the independent variables that were associated with the outcome were: higher education level, regular physical activity and seek the Unit Health last year. The alcohol consumption was a risk factor for non-examination. Although statistical significance has social support. Regarding the coverage tests, following the intensification of cancer screening cervical cancer through specific strategies of action, it was possible to raise the ratio of cytological examinations at the Health Unit of 0.1 to 0.4 for the period 1 year. It was also observed that women have as habits and behaviors of health care, attitudes related to prevention and promotion, is more likely to perform preventive screening for cancer of the cervix. We conclude that there is still a portion of the population, considered epidemiologically risk, which does not perform screening examination within the criteria established by the Ministry of Health and the analysis of the variables associated with this condition can assist in developing intervention strategies. Tracing these women organized allows achievement of established goals, the organization of information, the structuring of the service, increasing access and improving the relationship with the community enrolled. Greater knowledge of the habits and behaviors of this population provides the incentive to attitudes of promotion and preventive health care, as well as a specific intervention in potentially harmful situations. Therefore, studies on the prevention of cervical cancer are extremely relevant in order to analyze the coverage of screening in areas served by the Family Health Strategy and to understand the factors associated with non-adherence in women with Pap smear.
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