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A cegonha não é mais uma ficção : a paternidade no contexto das novas tecnologias reprodutivas conceptivasTORRES, Karine de Andrade 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T14:24:56Z
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Previous issue date: 2012 / Propesq / A presente pesquisa teve como objetivo geral compreender os sentidos de paternidade para homens que buscaram os serviços/clínicas particulares especialistas em Reprodução Humana Assistida na cidade do Recife. De maneira específica, pretendeu-se compreender como esses homens vivenciam a experiência de busca por filhos através das novas tecnologias reprodutivas conceptivas; verificar como eles se vêem diante de uma sociedade que valoriza questões relacionadas ao gênero, às sexualidades, à virilidade e às masculinidades; investigar de que forma essa condição tem interferido em suas relações pessoais e sociais e, por fim, compreender, através de seus discursos, os sentidos de paternidade e de filho biológico. A tecnologia, em especial, as tecnologias de reprodução humana vem entrando na intimidade dos laços familiares e da sexualidade dos casais, gerando novas formas de parentesco. Contemporaneamente, ocupa um lugar no qual seria imprudente deixar de reconhecer seu impacto, relegá-la a preconceitos ou referi-la a uma minoria da população. O estudo proposto justifica-se inicialmente pela constatação de que a literatura tem privilegiado a descrição do impacto emocional da infertilidade e da experiência da Reprodução Assistida, principalmente nas mulheres. Entende-se por impacto emocional: o alto nível de estresse, ansiedade, angústia, episódios depressivos, alterações de humor, gerados pelo processo de Reprodução Assistida. Além desse fator, o homem vem sendo colocado como coadjuvante nesse processo, como aquele que apenas apóia a sua parceira e que só é solicitado na hora de aportar o sêmen, adquirindo, dessa forma, um lugar passivo diante de seus desejos, medos e perspectivas. Foram entrevistados 5 homens/pais, casados e com idades variando entre 29 e 42 anos. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada a entrevista em profundidade com enfoque biográfico. O percurso da análise enquadra-se num paradigma interpretativo (Geertz, 1989, 2001) ou compreensivo, buscando o entendimento dos fatos na perspectiva do outro, numa perspectiva émica (Vieira, 2003), apelando à história de vida do participante. Os dados revelaram que os entrevistados atribuíram grande importância ao filho biológico, uma vez que a adoção surgiu na maioria das vezes como a última alternativa para o exercicio da paternidade. Dentre os sentidos atribuidos à paternidade podemos citar: “ ser pai é o próprio paraíso”; “companheirismo”; “amizade”; “cuidado e responsabilidade” e “maior presente da vida”. O que nos chamou atenção nas falas dos homens/pais, no entanto, é a prevalência da noção de pai-amigo-companheiro. Aguardar o teste de gravidez foi o momento de tensão emocional mais sinalizado pelos entrevistados. A maioria dos entrevistados afirmou que o desejo pelo filho surgiu após o casamento e que, a princípio não seria uma condição fundamental para se ter uma vida feliz. As falas se tornam contraditórias, na medida em que, apesar de afirmarem que o filho não seria condição fundamental, todos os participantes se submeteram ao tratamento. Diante de tudo isso, consideramos importante um olhar mais acurado para a experiência da paternidade nesse contexto, ainda tão pouco explorado no Brasil e pela Psicologia de uma forma geral.
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Reprodução e biopolítica: infertilidades e práticas de saúde em um serviço público no Rio de Janeiro / Reproduction and biopolitics: infertility, and health practices in a public service in Rio de JaneiroBianca Alfano 29 April 2009 (has links)
Apesar de a reprodução assistida possibilitar transformações importantes na parentalidade e nas relações familiares, suas tecnologias têm sido mais frequentemente usadas para reiterar o modelo tradicional de reprodução biológica e social. Este estudo qualitativo, de cunho exploratório, analisou quais normas estariam presentes nas práticas de saúde relativas à dificuldade de engravidar e o que poderia ser revelado a partir destas práticas. Foram observadas interações entre profissionais e pacientes atendidos em um serviço público de reprodução humana no Rio de Janeiro. A discussão dos diagnósticos de infertilidade e de risco, duas importantes estratégias biopolíticas usadas como critério de elegibilidade para o acesso às novas tecnologias reprodutivas, revelou como algumas práticas de saúde reiteram normas de gênero e de reprodução social. Atrelados à condição socioeconômica de seus usuários, estes diagnósticos tendem a agravar exclusões e desigualdades no exercício dos direitos reprodutivos no país. A análise da atenção médica possibilitou conhecer em parte o difícil cotidiano não apenas de homens e mulheres, que por anos persistem em seus desejos por filhos, mas também de profissionais que enfrentam antigas barreiras políticas, econômicas e burocráticas do serviço público de saúde. Este estudo corrobora a visão de que o serviço representa um avanço em termos de direitos sexuais e reprodutivos, apesar de ainda ser longo o caminho para o acesso igualitário e equânime às tecnologias reprodutivas pelo sistema único de saúde brasileiro (SUS). / Despite assisted reproduction enable important transformations on kinship and family relationships, their technologies have been most frequently used to reiterate the traditional model of biological and social reproduction. This qualitative and exploratory study analyzed which norms would be present on health practices related to reproduction difficulties and what would be revealed by these practices. There were observed interactions between professionals and patients attended on a human reproduction public service of Rio de Janeiro. The discussion of infertility and risk diagnoses, two important biopolitical strategies used as eligibility criteria of access to new reproduction technologies, revealed how some health practices reiterate gender and social reproductions regulations. Associated to socioeconomic condition of their users, these diagnoses tend to exacerbate the exclusions and the inequalities
on reproduction rights in Brazil. The analysis of medical attention made possible knowing not only part of mens and womens everyday difficulties, who persist in their desires for children for years, but also of professionals that have to face old political, economic and bureaucratic barriers of public health services. This study corroborate the opinion that the observed service represents an advance in sexual and reproductive rights, in spite of the still long way to equally and equitable access to reproductive technologies in Brazilian public health system (SUS).
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Reprodução e biopolítica: infertilidades e práticas de saúde em um serviço público no Rio de Janeiro / Reproduction and biopolitics: infertility, and health practices in a public service in Rio de JaneiroBianca Alfano 29 April 2009 (has links)
Apesar de a reprodução assistida possibilitar transformações importantes na parentalidade e nas relações familiares, suas tecnologias têm sido mais frequentemente usadas para reiterar o modelo tradicional de reprodução biológica e social. Este estudo qualitativo, de cunho exploratório, analisou quais normas estariam presentes nas práticas de saúde relativas à dificuldade de engravidar e o que poderia ser revelado a partir destas práticas. Foram observadas interações entre profissionais e pacientes atendidos em um serviço público de reprodução humana no Rio de Janeiro. A discussão dos diagnósticos de infertilidade e de risco, duas importantes estratégias biopolíticas usadas como critério de elegibilidade para o acesso às novas tecnologias reprodutivas, revelou como algumas práticas de saúde reiteram normas de gênero e de reprodução social. Atrelados à condição socioeconômica de seus usuários, estes diagnósticos tendem a agravar exclusões e desigualdades no exercício dos direitos reprodutivos no país. A análise da atenção médica possibilitou conhecer em parte o difícil cotidiano não apenas de homens e mulheres, que por anos persistem em seus desejos por filhos, mas também de profissionais que enfrentam antigas barreiras políticas, econômicas e burocráticas do serviço público de saúde. Este estudo corrobora a visão de que o serviço representa um avanço em termos de direitos sexuais e reprodutivos, apesar de ainda ser longo o caminho para o acesso igualitário e equânime às tecnologias reprodutivas pelo sistema único de saúde brasileiro (SUS). / Despite assisted reproduction enable important transformations on kinship and family relationships, their technologies have been most frequently used to reiterate the traditional model of biological and social reproduction. This qualitative and exploratory study analyzed which norms would be present on health practices related to reproduction difficulties and what would be revealed by these practices. There were observed interactions between professionals and patients attended on a human reproduction public service of Rio de Janeiro. The discussion of infertility and risk diagnoses, two important biopolitical strategies used as eligibility criteria of access to new reproduction technologies, revealed how some health practices reiterate gender and social reproductions regulations. Associated to socioeconomic condition of their users, these diagnoses tend to exacerbate the exclusions and the inequalities
on reproduction rights in Brazil. The analysis of medical attention made possible knowing not only part of mens and womens everyday difficulties, who persist in their desires for children for years, but also of professionals that have to face old political, economic and bureaucratic barriers of public health services. This study corroborate the opinion that the observed service represents an advance in sexual and reproductive rights, in spite of the still long way to equally and equitable access to reproductive technologies in Brazilian public health system (SUS).
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[en] DESIRE FOR CHILDREN IN LESBIAN COUPLES: PATHS AND CHALLENGES OF HOMPARENTHOOD / [pt] DESEJO POR FILHOS EM CASAIS DE MULHERES: PERCURSOS E DESAFIOS NA HOMOPARENTALIDADEMONICA FORTUNA PONTES 20 March 2019 (has links)
[pt] No presente estudo, objetivou-se apontar e analisar questões que perpassam a família homoparental, composta por mulheres e filhos em coabitação, com planejamento conjunto da maternidade, utilizando as novas tecnologias reprodutivas, havendo ou não o registro de dupla maternidade. As questões relacionadas às referidas famílias ressaltam alguns aspectos do percurso, desde o desejo de filhos até o dia a dia familiar. Mantiveram-se presentes questionamentos relacionados à possibilidade de tais famílias reproduzirem a família heterossexual. O estudo contou com a participação de nove mulheres, com idades entre 33 e 45 anos, residentes no estado do Rio de janeiro. Alguns dos principais achados apontaram que a maioria das entrevistadas possuía forte desejo por filhos biológicos, planejados com suas companheiras e sem a participação de terceiros na criação das crianças. A legalização dos laços afetivos entre a companheira da mãe biológica e a criança foi possível, em alguns casos, por meio da adoção unilateral, estabelecendo-se a dupla maternidade. As famílias que não legitimaram a situação parental continuaram desamparadas legalmente. A divisão das tarefas domésticas entre o casal foi igualitária. Não se encontraram preferências da criança por uma das mães. O reconhecimento dos netos por parte dos avós não biológicos ocorreu plenamente em alguns casos. Ainda que algumas conquistas no âmbito jurídico e social tenham ocorrido pela família homoparental, devido, também, à repetição de um modelo de família (heterossexual), considera-se tal repetição diferencial, e as conquistas advindas, uma abertura de caminhos para que outras configurações familiares sejam reconhecidas, e não apenas novas hierarquias sejam criadas. / [en] This paper aims at highlighting and analyzing questions upon homoparental families composed by two women who opted for mothering, taking advantages of the latest reproductive technologies with or without the recording of double motherhood. The discussion on lesbian families underscores some aspects of the family- building process from the motherhood desire to daily family routine. This issue brings into question the possibility those families reproduce the traditional heterosexual pattern. To accomplish this, nine women ranged between 33 and 45 years old, living in Rio de Janeiro, participated in this research. It pointed out that most of the lesbian couples interviewed wanted biological children to be raised by themselves without any interference else. The legalization of the emotional tie between the biological mother s partner and the child was possible in some cases through the unilateral adoption, promoting double motherhood. Some families that have not legitimated their situation have continued legally unprotected. It is proved, in some cases, that the unilateral adoption promotes emotional link among the biological mother, the co-mother and the child. In some cases, biological grandparents accept the children as their natural grandchildren. Even though some juridical and social rights have been conquered by homoparental families just because of the reproduction of a heterosexual pattern, the achievements engender conditions in which other family models may be recognized rather than only create new hierarchical family systems.
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Itinerários terapêuticos e novas tecnologias reprodutivas: estudo sobre acesso de mulheres na busca por filhos no hospital Universitário Lauro WanderleyPereira, Maria Patrícia Mesquita 30 May 2014 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-02-05T13:55:35Z
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Previous issue date: 2014-05-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This paper discusses about the Therapeutic Itineraries and New Reproductive Technologies conceptive . In this sense, we intend to understand how low-income couples are having access to technical and medical procedures that allow couples somehow unable to have their children. This work aims to understand the therapeutic itineraries that are traversed by couples wishing to have children , that is , the paths taken by women in pursuit of biomedicine to overcome the difficulties in having children . The research was conducted at University Hospital Lauro Wanderley ( HULW ) in João Pessoa ( PB ) through semi-structured interviews applied to women who are seeking family planning services because they can not get pregnant . Research has shown us some interesting points , such as : most women have several difficulties to access the services of HULW . The analysis of therapeutic itineraries of these women revealed that the search for a child is part of the “social pressure " to have children and , further , that the desire for children is a social desire, which was socially constructed , and that women will submit to medicalization to account for the realization of this desire . Or, some of these women said it was not only their dreams , but their husband's dream. It is noteworthy that although the State says that there is a family planning we realized that there is a plan , but that this planning is only focused on the female's body and health, considering that such plan does not include man 's human boby and health . / Este trabalho pretende discutir acerca dos Itinerários Terapêuticos e as Novas Tecnologias Reprodutivas conceptivas. Neste sentido, pretende-se entender como casais de baixa renda vêm tendo o acesso às técnicas e procedimentos médicos que permitem que casais impossibilitados de alguma maneira de ter filhos venham a tê-los. Tem como objetivo entender quais os itinerários terapêuticos que são percorridos pelos casais que desejam ter filhos, ou seja, os caminhos percorridos por mulheres na busca pela biomedicina para contornar as dificuldades para ter filhos. A pesquisa foi realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa (PB) por meio de entrevista semiestruturada aplicadas nas mulheres que estão buscando serviço de Planejamento Familiar porque não conseguem engravidar. A pesquisa nos mostrou alguns pontos interessantes, tais como: a maioria das mulheres encontram dificuldades diversas para acessar os serviços do HULW.A análise dos itinerários terapêuticos dessas mulheres revelou que a busca por um filho faz parte da “pressão social” para ter filhos e, mais ainda, que o desejo por filhos é um desejo social, que foi construído socialmente, e que as mulheres vão se submeter à medicalização para dar conta da realização deste desejo. Ou ainda, algumas dessas mulheres afirmaram que este era não só um sonho dela, mas do marido.Vale ressaltar que embora o Estado diga que há um planejamento familiar, percebemos que há sim um planejamento, mas que é centrado apenas no corpo da mulher, tendo em vista que tal planejamento não abarca a saúde do homem.
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