Spelling suggestions: "subject:"phylogeny"" "subject:"fhylogeny""
371 |
Filogenia dos Pasiphaeoidea Dana, 1852 (Decapoda: Caridea) e taxonomia dos Pasiphaeoidea das Américas / Pasiphaeoidea phylogeny (Decapoda, Caridoa) and taxonomy of Pasiphaoidea in the AmericasGómez, Guillermo Leandro Guzmán 08 December 2016 (has links)
Os Pasiphaeoidea são um grupo de camarões Caridea pouco estudados ao nível mundial. O hábito de vida principalmente pelágico de águas profundas fazem com que sejam de difícil acesso e obtenção. Até hoje a superfamília Pasiphaeoidea está composta por 103 espécies agrupadas em sete gêneros, sendo Pasiphaea Savigny, 1816 o gênero mais diverso com 70 espécies. Nas Américas as referências aos Pasiphaeoidea são pouco frequentes e localizadas, não existindo revisões taxonômicas que englobem zonas geográficas maiores. O monofiletismo de Pasiphaeoidae em si e as relações entre os gêneros que compõem a família nunca foram abordados, mas estudos sobre a filogenia de Caridea que incluem material de Pasiphaeidae sugerem que o grupo seja parafilético. O objetivo desta tese é duplo: efetuar uma análise filogenética de Pasiphaeoidea com base em dados morfológicos e analisar taxonomicamente o grupo nas Américas. Para dar conta dos objetivos foram analisados material de 19 países das costas Atlântica e Pacífica das Américas. O material estudado correspondeu a 1.110 espécimes de 76 espécies (de um total de 103) de todos os sete gêneros da família. Representantes da família Procarididae foram utilizados grupo externo. 434 caracteres morfológicos foram testados. Espécimes de espécies polimórficas foram incluídos na análise como terminais. Pasiphaeidae s.s. é redefinida com base em 10 sinapomorfias. A família Leptochelidae é restabelecida para o gênero Leptochela Stimpson, 1860. Se propõe uma nova família, Psathyrocarididae, para as espécies do gênero Psathyrocaris Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893. Pasiphaeidae s.s. engloba cinco gêneros: Pasiphaea Savigny, 1816, Eupasiphaea Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893, Glyphus Filhol, 1884, Parapasiphae Smith, 1884, Phye Alcock, 1893 (reestabelecido para uma parte de Pasiphaea s.l.), juntamente com um novo gênero de Pasiphaeidae (proposto para uma parte de Pasiphaea s.l.), de eles todos estão representados nas costas das Américas. Os resultados obtidos recuperam a monofilia da superfamília Pasiphaeoidea, a presença de um primeiro par de maxilípedes com a porção distal do exópodo em forma de folha arredondada os diferencia do resto dos Caridea. Pasiphaeidae s.s. é restrita as espécies que possuam ou não um palpo mandibular (quando presente o palpo é do tipo pediforme), aparelho limpador das antenas no primeiro par de quelípodos, terceiro par de pereiópodos longos e delgados, quarto par de pereiópodos mais reduzido do que o quinto par. O gênero Pasiphaea s.s. é monofilético mas restrito a 25 espécies. Phye é monofilético e engloba 23 espécies. O gênero Parapasiphae é parafilético. O grupo nas Américas ficou composto por 34 espécies as quais se reúnem nas famílias: Leptochelidae (quatro espécies), Psathyrocarididae (uma espécie) e Pasiphaeidae s.s. com 29 espécies reunidas nos seis gêneros da família; Eupasiphae (duas espécies), Glyphus (uma espécie), Parapasiphae (três espécies), Pasiphaea s.s. (seis espécies), Phye (14 espécies) Pasiphaeidae novo gênero (duas espécies). / The Pasiphaeoidea is one of the least studied Caridean group to worldwide. The deep pelagic lifestyle is the reason that difficult its study. Until today 103 species are recognized, Pasiphaea is the most specious genera with more than 70 species. In America the references are locally restricted to just one country each. No wide geographic review already exists. The phylogeny and the inner relationships between genera are unknown. Some phylogenetic studies of the Caridea that include material of Pasiphaeid show a parafilético arrangement of the species. The scope of this thesis are: perform a phylogenetic analysis of Pasiphaeoidea based on morphological data and a taxonomic review of the Pasiphaeoidea in America. Material from 19 American countries results in 1110 specimens belong to 76 species of all seven genera of the family was analyzed. A matrix with 434 characters was performed. Specimens of Procarididae family of shrimps were used as out-group. Some polymorphic specimens were used as terminal to elucidate its taxonomic status, being the first time that specimens as terminals as used in a non-molecular analysis. The Pasiphaeidae was defined base on 10 sinapomorfias and Leptochelidae was reestablished for the Leptochela Stimpson, 1860. A new family was proposed Psathyrocarididae, for the species of the genera Psathyrocaris Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893. Pasiphaeidae s.s. include five genera: Pasiphaea Savigny, 1816, Eupasiphaea Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893, Glyphus Filhol, 1884, Parapasiphae Smith, 1884, Phye Alcock, 1893 (reestablished for a part of Pasiphaea s.l), with a new genera of Pasiphaeidae (proposed for a part of Pasipahea s.l) all of them with represents distributed in America waters. The obtained results recovered the monophyletic of the Pasiphaeoidea. The characters that define this group are the first pair of maxilliped with a distal portion of the exopod like a leaf and not as flagellum as in other Caridean. Pasiphaeidae s.s. is restricted just to species that share the next characters: with or without a mandibular palp, but when its present pediforme in shape. With an antennal flagellar grooming brush in the carpo-propodal on the first pereiopod. Third pair of pereiopod are very thin and long. Fourth pair of pereiopod are shorter than fifth. Pasiphaea s.s. is monophyletic, but restricted just to 25 species. Phye is monophyletic and contain 23 species. Parapasiphae is paraphyletic. Pasipaheoidea in America its composed for 34 species, which are reunited in three families: Leptochelidade (four species), Psathyrocarididae (one specie) and Pasiphaeidae s.s. with 29 species reunites in six genera: Eupasiphae (two species), Glyphus (one specie), Parapasiphae (three species), Pasiphaea s.s. (six especies), Phye (14 species) Pasiphaeidae new genera (two species).
|
372 |
Estudo taxonômico e filogenético de Eidmanacris Chopard, 1956 (Orthoptera; Phalangopsidae; Luzarinae) / Taxonomic and phylogenetic study of Eidmanacris Chopard, 1956 (Orthoptera; Phalangopsidae; Luzarinae)Campos, Lucas Denadai de 24 October 2016 (has links)
Os ortópteros neotropicais, com exceção aos de importância econômica, de maneira geral, são muito pouco conhecidos em relação aos demais ortópteros ao redor do mundo. Isso devido à carência de trabalhos científicos para esse grupo, principalmente os estudos taxonômicos; consequentemente, o número de espécies descritas atualmente é muito subestimado. Não diferente, o gênero Eidmanacris Chopard, 1956, possui atualmente 20 espécies descritas, distribuídas nos domínios de Mata Atlântica e Cerrado, que se estendem pelas regiões sul, sudeste e centro-oeste brasileiras, além de também serem encontrados na Bolívia e Paraguai. São grilos ativos no período noturno, habitantes cavidades naturais, como tocas, barrancos, troncos de árvores mortas, fendas de rochas e cavernas. Neste estudo, o gênero foi revisado, incluindo a redescrição de espécies pouco conhecidas, descrição de sete novas espécies (E. scopula Campos, sp. nov., E. gigas Campos, sp. nov., E. neomarmorata Campos, sp. nov., E. desutterae Campos, sp. nov., E. putuhra Campos, sp. nov., E. fontanettiae Nihei & de Mello, sp. nov. e E. melloi Campos, sp. nov.), três novas combinações (E. speluncae (Mello-Leitão, 1937) comb. nov., E. minuta (de Mello, 1990) comb. nov. e E. endophallica (de Mello, 1990) comb. nov.) e uma sinonímia nova (E. lencionii Bolfarini, 2016 = E. dissimilis Desutter-Grandcolas, 1995, syn. nov.), totalizando 29 espécies para o grupo. Também foram feitos uma chave de identificação para o gênero e mapas de distribuição de suas espécies. Uma análise filogenética é apresentada incluindo 38 terminais, dos quais 12 foram considerados como grupo externo, e 98 caracteres morfológicos. Essa análise suportou a monofilia do gênero, permitiu visualizar seu relacionamento com táxons próximos de Luzarinae e sustenta a proposta de sinonímia de Endophallusia de Mello, 1990 com Eidmanacris Chopard, 1956, de modo a sua taxonomia refletir a monofilia indicada na análise filogenética / The Neotropical Orthoptera, excluding those with economic importance, are poorly known, in comparison with the orthopterans around the world. The main reason is the lack of scientific studies on this group, mainly taxonomic studies, resulting in a underestimated number of described species. Likewise, Eidmanacris Chopard, 1956 comprises 20 described species, and is mostly distributed on Atlantic Forest and Cerrado areas, extending from south, southeast and midwest Brazilian regions, and beyond, reaching Bolivia and Paraguay. Eidmanacris species are active at night, and inhabit natural cavities as burrows, bounds, hollow trees trunks, cavities in rocks and caves. In this study, the genus was reviewed, including the redescription of seven new species (E. scopula Campos, sp. nov., E. gigas Campos, sp. nov., E. neomarmorata Campos, sp. nov., E. desutterae Campos, sp. nov., E. putuhra Campos, sp. nov., E. fontanettiae Nihei & de Mello, sp. nov. and E. melloi Campos, sp. nov.), three new combinations (E. speluncae (Mello-Leitão, 1937) comb. nov., E. minuta (de Mello, 1990) comb. nov. and E. endophallica (de Mello, 1990) comb. nov.) and one synonym (E. lencionii Bolfarini, 2016 = E. dissimilis Desutter-Grandcolas, 1995, syn. nov.), totalizing 29 species in this genus. An identification key for the genus and a distribution map of species were made. A phylogenetic analysis is presented including 38 terminals, 12 of them as outgroup and 98 morphological characters This analysis attested the monophyly of the genus, showed its relationships with another Luzarinae taxa, and supported the proposal of synonymy of Endophallusia de Mello, 1990 with Eidmanacris Chopard, 1956, so that its taxonomy reflected the monophyly indicated in the phylogenetic analysis
|
373 |
Revisão e análise cladística das espécies do gênero Moyosi Miller, 2007 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae) / Revision and cladistic analysis of species from genus iMoyosi Miller, 2007 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae).Lemos, Rafael Yuji 31 October 2013 (has links)
O gênero Moyosi Miller, 2007 tem como espécie-tipo Moyosi prativaga (Keyserling, 1886), descrita originalmente sob Erigone Audouin, 1826, M. chumota Miller, 2007 e M. rugosa (Millidge, 1991), descrita originalmente sob Sphecozone O. P.-Cambridge, 1870 e conhecida apenas pela fêmea. Moyosi, assim como Sphecozone e Psilocymbium, carecem do paracímbio, um estrutura importante dentre os Erigoninae Neotropicais, que foi perdida nos machos deste grupo. Hipóteses sobre essa perda foram elaboradas com base na história filogenética da família e os resultados apontam como perdas independentes que ocorreram por duas vezes, de acordo com o estudo da origem do paracímbio. Pela primeira vez, Moyosi é testado em uma análise cladística e sua relação interna com demais gêneros e dentro do grupo de espécies são aqui investigadas. A análise cladística foi realizada a partir de uma matriz contendo 19 táxons e 87 caracteres (58 sexuais e 29 somáticos). O grupo-externo foi selecionado a partir de uma análise preliminar da matriz completa original, com uma espécie de Moyosi incorporada, e foi composto por 11 espécies: Ceratinopsis interpres (O. P.-Cambridge, 1874), Dolabritor spineus Millidge, 1991, Gonatoraphis lysistrata Miller, 2007, Grammonota pictilis (O. P.-Cambridge, 1875), Intecymbium antarcticum (Simon, 1895), Psilocymbium acanthodes Miller, 2007, Sphecozone bicolor (Nicolet, 1849), Sphecozone crassa (Millidge, 1991), Sphecozone rubescens O. P.-Cambridge, 1870, Sphecozone spadicaria (Simon, 1894), Tutaibo phoeniceus (O. P.-Cambridge, 1894), todas espécies pertencente ao um clado onde houve perda ou redução do paracímbio. Para o grupo-interno, além de M. prativaga e M. chumota, representantes com ambos os sexos descritos, a análise contou com mais seis espécies novas brasileiras aqui descrita e diagnosticadas: Moyosi sp.n.01, conhecida para Santa Catarina, Moyosi sp.n.02, para Rio Grande do Sul, Moyosi sp.n.03 e sp.n.06, para São Paulo, Moyosi sp.n.04, com registro para Minas Gerais, e Moyosi sp.n.05, para Rio de Janeiro. Os resultados obtidos apresentaram apenas uma árvore mais parcimoniosa que comprovam a monofilia do gênero, com base em seis sinapomorfias, além de propor como grupo-irmão o gênero monotípico Intecymbium Miller, 2007. A topologia obtida também corrobora a hipótese de que Moyosi está intimamente relacionado com Psilocymbium, Intecymbium, Dolabritor e Gonatoraphis, com base na perda do paracímbio / The genus Moyosi Miller, 2007 has as type-species Moyosi prativaga (Keyserling, 1886), originally described under Erigone Audouin, 1826, M. chumota Miller, 2007, and M. rugosa (Millidge, 1991), originally described under Sphecozone O. P.- Cambridge, 1870 and known only by the female. As in Sphecozone and Psilocymbium, Moyosi also lacks of paracymbium, an important structure among Neotropical Erigoninae, which was lost in the males of this group. Hypotheses about this loss were based on phylogenetic history of the family and the results points to independent losses that occurred twice, according to the study of the origin of paracymbium. For the first time, Moyosi is included in a cladistic analysis and its internal relationship with other genera and species within the group are investigated. A cladistic analysis was performed from a matrix containing 19 taxa and 87 characters (58 sexual and 29 somatic). The outgroup was selected from a preliminary analysis of the original matrix, including one species of Moyosi, and was composed of 11 species: Ceratinopsis interpres (O. P.-Cambridge, 1874), Dolabritor spineus Millidge, 1991, Gonatoraphis lysistrata Miller, 2007, Grammonota pictilis (O. P.-Cambridge, 1875), Intecymbium antarcticum (Simon, 1895), Psilocymbium acanthodes Miller, 2007, Sphecozone bicolor (Nicolet, 1849), Sphecozone crassa (Millidge, 1991), Sphecozone rubescens O. P.-Cambridge, 1870, Sphecozone spadicaria (Simon, 1894), Tutaibo phoeniceus (O. P.-Cambridge, 1894), all species belonging to the clade in which paracymbium was lost or reduced. For the ingroup, besides M. prativaga and M. chumota, species with both sexes described, the analysis included six new Brazilian species described and diagnosed here: Moyosi sp.n.01, known from Santa Catarina, Moyosi sp.n.02, from Rio Grande do Sul, Moyosi sp.n .08 and sp.n.06, from São Paulo, Moyosi sp.n.04, from Minas Gerais, and Moyosi sp.n.05 from Rio de Janeiro. The results presented only one most parsimonious tree that corroborates the monophyly of the genus, based on six synapomorphies, and propose as sister group the monotypic genus Intecymbium Miller, 2007. The topology corroborates the hypothesis that Moyosi is closely related to Psilocymbium, Intecymbium, Dolabritor and Gonatoraphis, based on the loss of paracymbium
|
374 |
Revisão taxonômica e relações filogenéticas em Inachoididae Dana, 1851 (Crustacea, Brachyura, Majoidea) / Taxonomic revision and phylogenetic relationships in Inchoididae Dana, 1851 (Crustacea, Brachyura, Majoidea)Santana, William Ricardo Amancio 16 October 2008 (has links)
Este trabalho está organizado em duas partes principais: uma revisão taxonômica dos gêneros e espécies de Inachoididae Dana, 1851, e uma análise filogenética com o objetivo precípuo de testar o monofiletismo da família e propor uma hipótese filogenética a partir de dados morfológicos. A presente revisão taxonômica se baseou no estudo de extensas coleções contendo centenas de exemplares pertencentes a 35 espécies distribuídas em 11 gêneros de Inachoididae. Todos os gêneros atribuídos à Inachoididae foram examinados. De todas as espécies que compõe a família, apenas Collodes nudus Stimpson, 1871 e C. robsonae Garth, 1958 não foram obtidos para exame. O material examinado inclui os tipos de 26 espécies nominais. Antes de iniciarmos o nosso trabalho a família Inachoididae compreendia 34 espécies e 10 gêneros. O gênero monotípico Erileptus Rathbun, 1893, tradicionalmente atribuído à Inachidae, é aqui transferido à Inachoididae;Pyromaia vogelsangi Türkay, 1968 sinonimizada à Anasimus latus Rathbun, 1894; e Euprognatha sp. nov. descrita a partir de material proveniente da costa nordeste brasileira. Lectótipos foram designados para as seguintes espécies: Anasimus fugax A. MilneEdwards, 1880; Collodes robustus Smith, 1883; Collodes depressus A. MilneEdwards, 1878; Erileptus spinosus Rathbun, 1893; Anasimus rostratus Rathbun, 1893; Euprognatha acuta A. Milne Edwards, 1880; Batrachonotus nicholsi Rathbun, 1894; Euprognatha granulata Faxon, 1893; Leurocyclus gracilipes (A. MilneEdwards in A. MilneEdwards & Bouvier, 1923). Para a análise filogenética foram obtidos 57 caracteres da morfologia externa. O grupo externo foi composto por representantes de três famílias de Majoidea Samouelle, 1819 (Inachidae MacLeay, 1838; Oregoniidae Garth, 1958; Pisidae Dana, 1851). Foram obtidas 24 árvores igualmente parcimoniosas (191 passos; índice de consistência 0,36; índice de retenção 0,71). O monofiletismo de Inachoididae foi demonstrado inequivocamente. Os gêneros Euprognatha Stimpson, 1871, Inachoides H. Milne Edwards & Lucas, 1842 e Paradasygyius Garth, 1958 são monofiléticos. Os gêneros monotípicos Aepinus Rathbun , 1897, Arachnopsis Stimpson , 1871, Batrachonotus Stimpson, 1871, Erileptus e Leurocyclus Rathbun, 1897 são parafiléticos por definição. Anasimus A. MilneEdwards, 1880, Collodes Stimpson, 1860 e Pyromaia Stimpson, 1871 são parafiléticos. As conseqüências da análise filogenética para a classificação dos Inachoididae são discutidas em detalhe. / This work is organized in two main parts: a taxonomic revision of the genera and species of Inachoididae, and a phylogenetic analysis to test the monophyly of the family and to propose a phylogenetic hypothesis based on morphological data. The study of large collections containing hundreds of specimens pertaining to 35 species distributed in 11 genera of Inachoididae supported the taxonomic revision. All genera attributed to Inachoididae were examined. From the whole family, only Collodes nudus Stimpson, 1871 e C. robsonae Garth, 1958 could not be examined. The studied material included types of 26 nominal species. Prior to the beginning of our work, the family Inachoididae was composed by 34 species in 10 genera. The monotypic genus Erileptus Rathbun, 1893, traditionally attributed to Inachidae, was transferred to Inachoididae; Pyromaia vogelsangi Türkay, 1968 synonymized to Anasimus latus Rathbun, 1894; and Euprognatha n. sp. described with material from the northeast coast of Brazil. Lectotypes were designated for the following species: Anasimus fugax A. MilneEdwards, 1880; Collodes robustus Smith, 1883; Collodes depressus A. MilneEdwards, 1878; Erileptus spinosus Rathbun, 1893; Anasimus rostratus Rathbun, 1893; Euprognatha acuta A. MilneEdwards, 1880; Batrachonotus nicholsi Rathbun, 1894; Euprognatha granulata Faxon, 1893; Leurocyclus gracilipes (A. Milne Edwards in A. MilneEdwards & Bouvier, 1923). For the phylogenetic analysis, 57 morphological characters were obtained. The outgroup was composed by representatives from three families of Majoidea Samouelle, 1819 (Inachidae MacLeay, 1838; Oregoniidae Garth, 1958; Pisidae Dana, 1851). We obtained 24 equally most parsimonious trees (191 steps; Consistency Index 0.26; Retention Index 0.71). The monophyly of Inachoididae was recovered unequivocally. The genera Euprognatha Stimpson, 1871, Inachoides H. Milne Edwards & Lucas, 1842 and Paradasygyius Garth, 1958 are monophyletic. The monotypic genera Aepinus Rathbun , 1897, Arachnopsis Stimpson , 1871, Batrachonotus Stimpson, 1871, Erileptus and Leurocyclus Rathbun, 1897 are paraphyletic by definition. Anasimus A. Milne Edwards, 1880, Collodes Stimpson, 1860 and Pyromaia Stimpson, 1871 are paraphyletic. The consequences for the classification of Inachodidae are discussed in detail.
|
375 |
Caracterização e dinâmica evolutiva de retrovírus endógenos da família K (ERV-K) em genomas de primatas. / Characterization and evolutionary dynamics of endogenous retroviruses K (ERV-K) in primate genomes.Romano, Camila Malta 11 December 2009 (has links)
Retrovírus endógenos (ERVs) são vírus que infectaram células germinativas e proliferaram no genoma do hospedeiro. A família K está integrada apenas no genoma de primatas do Velho Mundo. Os ERVs promovem alterações estruturais nos genomas hospedeiros, sendo fundamentais para a sua evolução. Esse trabalho teve como objetivo realizar uma investigação da distribuição e dinâmica evolutiva de ERV-K nos diferentes hospedeiros. Foram identificados 58 ERV-K em humanos, 38 em chimpanzés, 35 em orangotangos e 19 em macaco rhesus. Análises filogenéticas evidenciaram dois grupos principais, Grupo O/N, que compreende os provirus mais antigos e os mais recentes, e Grupo I, com provirus com tempo de integração intermediário. A dinâmica de espalhamento de ERV-K diferiu entre os hospedeiros. A fixação e eliminação dos ERV-K é resultado de fatores demográficos e populacionais, como gargalos de garrafa e expansões sofridas ao longo da evolução. Análises de quais provírus são ativos em pacientes com HIV e com cancer demonstrou que distintos ERVs são transativados, sugerindo alguma consequencia biológica para o hospedeiro. Além disso, a atividade dos ERVs não depende exclusivamente do tempo de integração, mas sim da integridade de regiões específicas contidas na LTR. / Endogenous retroviruses (ERVs) are remains of ancient viral infection in the germ line cells and subsequent vertical transmission. The K family are integrated only in humans and the Old World monkeys. ERVs play a fundamental role on genome evolution and foster variability. The aim of this work was to investigate their distribution and evolutionary dynamics in primate hosts. We found 55 ERV-K genomes in the human genome, 38 in chimpanzee, 35 in orangutan and 19 in Rhesus monkey. Two main groups were recovered by phylogenetic inference, Group O/N, comprising the newest and the oldest proviruses and, Group I, enclosing those with intermediate integration time. Although the primary integration took place in the ancestral lineage of all primates investigated, their evolutionary dynamic was different among them. I propose that ERV-K dynamics depends on the host demography experienced throughout their evolution. This work also investigated the putative source of proviral transcripts detected in HIV carries and cancer patients. The differential expression found under these conditions suggested a biological role of the ERV-K overexpression. Finally, the results showed that the ERV-K overexpression depends on the integrity of specific promoters in their LTR.
|
376 |
Descrição morfológica e posicionamento filogenético de um lagarto (Reptilia, Squamata) do Mioceno Inferior da Formação Chichínales, General Roca, Província de Río Negro, Argentina / Morphological description and phylogeny of a lizard (Reptilia, Squamata) from the Lower Miocene, Chichínales Formation, General Roca, Río Negro Province, ArgentinaQuadros, Ana Bottallo de Aguiar 29 January 2016 (has links)
Embora os escamados sejam comumente encontrados em sítios fossilíferos cenozóicos sul−americanos, materiais esqueléticos completos são raros. Apenas alguns poucos exemplares assim foram registrados, com a maioria dos achados representando materiais fragmentários de crânio e mandíbulas ou vértebras isoladas. Dentre as localidades provedoras de vertebrados fósseis na América do Sul, a Formação Chichínales se destaca pela recente descoberta, em seus sedimentos, de um crânio quase completo de um lagarto teiídeo previamente desconhecido. Dada a fauna associada, a idade da formação é definida como Mioceno Temprano (Colhuehuapense). No presente estudo, conclui−se, através de uma análise filogenética contendo 39 espécies viventes e fósseis de escamados e 149 caracteres osteológicos, que este material pertence a uma nova espécie do gênero contemporâneo Callopistes. Uma descrição morfológica detalhada do fóssil, obtida através de análises estereoscópicas e de microtomografia computadorizada de alta resolução (CT Scan), também é apresentada. A matriz morfológica foi analisada com o auxílio do software TNT Versão 1.1, seguindo o princípio de máxima parcimônia, com todos os caracteres tratados com a mesma pesagem, resultando em quatro árvores igualmente parcimoniosas, que foram então utilizadas para a construção de uma árvore de consenso estrito. Em todas as quatro árvores, o novo táxon posicionou−se dentro da família Teiidae como um membro do clado formado pelas demais espécies viventes de Callopistes. Entretanto, não foi possível estabelecer uma relação de grupo−irmão inequívoca entre as duas espécies de Callopistes presentes na análise e o fóssil. A atual distribuição das duas espécies viventes de Callopistes e a localidade de onde foi recuperado o fóssil em estudo indicam que esse gênero possuía uma distribuição muito mais ampla no passado, chegando a áreas patagônicas cis−Andinas, diferentemente das áreas trans−Andinas de altitude onde as duas espécies atuais estão restritas / Although squamates are commonly found in most Caenozoic south american fossil beds, complete skeletal materials are rare. Only a few examples exist, with most findings representing fragmentary cranial or jaw materials or isolated vertebrae. Among the known South American vertebrate fossil localities, the Chichínales formation rendered recently a mostly complete skull of a previously unknown teiid lizard. Given the associated fauna, the age of the formation is defined as Early Miocene (Colhuehuapense). Here, I show that this fossil represents a new species of the extant genus Callopistes through a phylogenetic analysis of extant and extinct squamates that includes 39 taxa and 149 osteological characters. I also provide a detailed description of the new fossil teiid based on both stereoscopical and high-resolution X−ray computed tomography (CT Scan) analyses. The data matrix was analyzed performing a equally weighted parsimony analysis using the software TNT Version 1.1 that resulted in four equally most parsimonius trees, which were then used to built a strict consensus tree. In all four trees, the fossil lizard was recovered within the Callopistes lineage, nested inside the family Teiidae. Nevertheless, I was unable to establish which of the two Callopistes species present in the analysis were more closely related to the fossil. The present distribution of the two extant species of Callopistes and the locality from where the fossil was recovered indicate that this genus had a much broader distribution in the past, reaching cis−Andean areas of Patagonia, apart from the trans−Andean areas where the two extant species are restricted
|
377 |
Filogenia de vírus da raiva isolados de morcegos frugívoros do gênero Artibeus e relacionados a morcegos hematófagos com base nos genes codificadores da nucleoproteína N e glicoproteína G / Phylogeny of rabies virus strains from Artibeus spp. and Desmodus rotundus bats based on the nucleoprotein and glycoprotein genesFahl, Willian de Oliveira 26 November 2009 (has links)
Morcegos vêm recebendo crescente importância em Saúde Pública, pois são os principais reservatórios para a raiva em diversas partes do mundo. Estudos filogenéticos baseados no gene N demonstraram que os vírus da raiva (RABV) encontrados em morcegos frugívoros Artibeus spp. são próximos àqueles associados ao morcego hematófago Desmodus rotundus, mas pouco se conhece sobre a diversidade genética do RABV nestes morcegos. Este estudo teve como objetivos avaliar a filogenia de linhagens do RABV variante três (AgV3) relacionadas a morcegos Artibeus spp. e D. rotundus, com base em sequências do gene N e do gene G, e a possibilidade de distinção entre isolados de vírus da raiva detectadas em Artibeus spp. e D. rotundus para a epidemiologia molecular da raiva. Vinte amostras do RABV isoladas de Artibeus spp. e 15 obtidas de bovinos e relacionadas ao D. rotundus, todos do Estado de São Paulo, Brasil, foram submetidas a RT -PCRs, e os amplicons gerados submetidos ao sequenciamento de DNA, e as sequências alinhadas com sequências homólogas obtidas do GenBank para a construção de árvores Neighbor-Joining de nucleotídeos (modelo MCL) e aminoácidos (modelo Poisson), utilizando European bat lyssavirus 1 (EBLV1) como outgroup. A árvore filogenética gerada para o gene N demonstrou a formação de três grupos apoiados em bootstraps de no mínimo 60%. Estes grupos foram denominados como grupo D, exclusivamente com isolados relacionadas ao D. rotundus e A1 e A2 principalmente com isolados de Artibeus spp., enquanto que para o gene G, segregaram em duas linhagens, ou seja, relacionadas ao D. rotundus (grupo D) e relacionadas ao Artibeus spp. (grupo A). Para todos os grupos as identidades de aminoácidos foram superiores às de nucleotídeos, uma indicação da predominância de substituições sinônimas. Concluindo, padrões gênero-específicos para isolados do RABV AgV3 foram detectados em D. rotundus e Artibeus spp., com uma topologia concordante para linhagens fixas em cada um destes quirópteros. Estes resultados mostram uma intrincada relação com o hospedeiro na história evolutiva do RABV, sob o ponto de vista básico, como também a determinação das fontes de infecções na epidemiologia molecular da raiva. / Bats have been assigned an increasing importance in Public Health as these are the main rabies reservoirs in many parts of the world. Phylogenetic studies based on the N gene have shown that rabies virus (RABV) strains from Artibeus spp. frugivorous bats are closely associated to those from the vampire bat Desmodus rotudus, but little is known about the genetic diversity of RABV in these bats. This study aimed to assess the phylogeny of RABV strains from the antigenic variant 3 (AgV3) from these bats based on N and G sequences and to evaluate the possibility of distinction between RABV lineages of these for the molecular epidemiology of rabies. Twenty RABV strains isolated from Artibeus spp. bats and 15 obtained from cattle and related to D. rotundus, all from Sao Paulo State, Brazil, were submitted to RT-PCRs to the N and G genes amplifications and the amplicons were submitted to cycle sequencing; the sequences were aligned with homologous sequences retrieved from the Genbank for the construction of Neighbor-Joining trees for nucleotides (MCL model) and amino acids (Poisson model) with European bat lyssavirus 1 (EBLV1) as outgroup. N gene tree showed three major clusters with bootstraps 60% and named as clusters D, exclusively with strains related to D. rotundus and A1 and A2, chiefly with Artibeus spp. strains while for the G gene only two lineages, i.e., D. rotundus related (cluster D) and Artibeus-related (cluster A) were formed. For all the groups the amino acids identities were superior to the nucleotides identities, an indication of the predominance of synonymous substitutions. As a conclusion, genus specific lineages of AgV3 RABV have been detected in D. rotundus and Artibeus spp. bats with a concordant topology for fixed strains for each of these two bat genus. These results not only show an intricate host-relationship of RABV evolutionary history on the basic point of view, but have an invaluable application for the determination of sources of infections in rabies molecular epidemiology.
|
378 |
Filogenia, filogeografia e avaliação do código de barras de DNA em roedores do gênero Euryoryzomys (Sigmodontinae: Oryzomyini) / Phylogeny, phylogeography and DNA barconding in the identification of the genus Euryoryzomys (Sigmodontinae: Oryzomyini)Almeida, Keila Aparecida de 21 May 2014 (has links)
Euryoryzomys, anteriormente reconhecido como Oryzomys do grupo nitidus, compreende um conjunto de sete espécies: E. emmonsae, E. lamia, E. legatus, E. macconnelli, E. nitidus, E. russatus e Euryoryzomys sp. SB (espécie reconhecida para o grupo com base em dados cariotípicos, porém ainda não descrita formalmente). Essas espécies estão distribuídas em regiões de elevada a baixa altitude, ocorrendo em zonas tropicais andinas, até as demais planícies. Com exceção de E. legatus, todas as outras espécies ocorrem no Brasil. Morfologicamente, os representantes desse gênero apresentam características semelhantes entre si, o que dificulta sua precisa identificação. Acredita-se que o número de espécies para o gênero esteja subestimado e, além disso, as relações entre as espécies permanecem pouco esclarecidas. Este trabalho teve como objetivo realizar estudos filogenéticos e filogeográficos em roedores do gênero Euryoryzomys, bem como avaliar o potencial do DNA barcoding na identificação de suas espécies. Para isso, foram utilizados os marcadores moleculares cyt-b, coxI e Interphotoreceptor Retinoid Binding Protein (IRBP), cujas análises enfocaram três perspectivas: sistemática molecular e as relações filogenéticas entre as espécies do gênero Euryoryzomys; teste de DNA barcoding na delimitação das espécies e filogeografia de E. russatus. O capítulo um traz uma revisão sobre a sistemática de roedores desde o nível de ordem até o gênero Euryoryzomys; o segundo capítulo abordou as relações filogenéticas entre as espécies de roedores do gênero Euryoryzomys e os padrões de diversificação, utilizando sequências dos genes mitocondriais (cyt-b, CoxI) e um nuclear IRBP. Os resultados evidenciaram que o gênero possui uma diversificação complexa devido à extensão geográfica que ocupa, e, além disso, está com sua diversidade subestimada - principalmente no bioma amazônico. É possível apontar para a ocorrência de pelo menos dois clados candidatos a novas espécies: Euryoryzomys sp. 1 (subclado de E. emmonsae); e Euryoryzomys sp. 2, originalmente descrita como espécimes pertencentes a E. nitidus. O terceiro capítulo investigou o potencial das sequências parciais do gene CoxI na identificação das espécies do gênero Euryoryzomys, por meio das estimativas de variabilidade intra e interespecíficas e também apontou diversidade subestimada do gênero, sendo possível observar, neste trabalho, a ocorrência de pelo menos oito espécies: Euryoryzomys sp. 3 (espécie irmã de E. macconnelli), E. macconnelli, Euryoryzomys sp. 1, E. emmonsae, Euryoryzomys sp. 2, E. legatus, Euryoryzomys sp. SB e E. russatus, além de E. lâmia e E. nitidus, que não compuseram a amostra do capítulo, totalizando 10 espécies para o gênero. Além disso, o método possibilitou a separação de espécies com números diplóides distintos, o que futuramente pode contribuir na identificação de amostras desconhecidas, provenientes principalmente da Amazônia. No quarto capítulo, foi realizado um estudo filogeográfico da espécie Euryoryzomys russatus e com o objetivo de investigar a sua diversidade genética ao longo da Mata Atlântica. Foi possível concluir que o principal processo responsável pela separação de linhagens de E. russatus pode ter sido isolamento por distância e que as linhagens estão separadas ao longo da MA principalmente em quatro grupos, sem entretanto, apresentam estruturação genética entre eles; o primeiro (grupo A) está restrito às regiões do RJ, ES e BA; o segundo (grupo B) entre PR, SC e norte do RS; o terceiro (grupo C) no RS; e o quarto (grupo D), ao longo de SP, RJ e PR. O intenso desmatamento na região compromete o entendimento da dinâmica do bioma em relação aos processos de diversificação das espécies, uma vez que a destruição de hábitats pode apagar assinaturas desses processos históricos. Dessa forma, medidas eficazes de conservação são necessárias / Euryoryzomys, previously recognized as Oryzomys nitidus group, heretofore comprises seven species: E. emmonsae, E. lamia, E. legatus, E. macconnelli, E. nitidus, E. russatus, and Euryoryzomys sp. (with 2n=76, recognized for the group based on karyotypic data, but it is not formally described until now). These species are widespread in Neotropics, occupying regions of high to low altitudes, including Andean areas and subtropical plains. Except for E. legatus, all the other species occur in Brazil. Morphologically, the representatives of this genus share similar traitsdifficulting accurate identification. The aim of this study is to conduct molecular studies based on molecular systematics and phylogenetic inferences, investigate the potencial of DNA barcoding in order to test the delimitation of the species of the genus Euryoryzomys, and also to develop phylogeographic studies in E. russatus, a species widespread in the Atlantic Forest. Based on this purpose, the present work encompasses four chapters: Chapter 1 contains a revision concerning the systematic position of the genus Euryoryzomys; Chapter 2 shows the investigation concerning phylogenetic relationships among species of the genus, and also inferences regarding patterns of diversification are discussed, using cyt-b, IRBP, and coxI sequences. According to these approaches the genus has a complex pattern of diversification due to its geographic distribution, moreover its diversity is underestimated, especially in the Amazon biome. We could point out at least two candidate clades as new species: Euryoryzomys sp. 1 (a subclade of E. emmonsae clade) and Euryoryzomys sp. 2, previously described as specimens belonging to E. nitidus. Chapter 3 investigates the potential of a partial sequence of the coxI for identification of the species of Euryoryzomys, and estimates intra- and interspecific variability, which revealed, once again, that the number of species is underestimated. At least eight species could be pointed out in this study: Euryoryzomys sp. 1, E. emmonsae, Euryoryzomys sp. 2, E. macconnelli, Euryoryzomys sp. 3 (sister species of E. macconnelli), E. legatus, Euryoryzomys sp. SB, and E. russatus (plus E. nitidus and E. lamia - not included in the analyses - and therefore resulting in at least 10 species for the genus). Moreover, the method was able to separatespecies with different diploid numbers, which can further contribute to the identification of unknown samples. Chapter 4 investigates the phylogeography of E. russatus, and also describes its genetic diversity over the Atlantic Forest (AF). The hypothesis of isolation by distance could be the main process responsible for the split of the lineages of E. russatus which were separated along the AF into four main groups: group A restricted to regions RJ, ES, and BA; group B encompasses PR, SC and northern of RS; group C composed of representatives from RS; and group D related to animals from SP, RJ, and PR. The massive deforestation in the Atlantic Forest undertakes the understanding concerning the dynamics of the biome and in relation to the processes of species diversification, since the destruction these historical processes, thus effective conservation measures are needed
|
379 |
Sistemática de Helieae Gilg (Gentianaceae) / Systematics of Helieae Gilg (Gentianaceae)Calió, Maria Fernanda Aguiar 29 October 2009 (has links)
Helieae, uma das seis tribos de Gentianaceae, compreende 23 gêneros e mais de 200 espécies encontradas exclusivamente nos Neotrópicos. Trata-se de um grupo de plantas bastante diversificado e de complicada história taxonômica. Diversos gêneros de Helieae eram pouco conhecidos e as relações filogenéticas dentro da tribo careciam de resolução. Nesse contexto, a presente Tese, organizada em sete capítulos, teve como objetivo principal prover hipóteses sólidas quanto às relações filogenéticas da tribo, focando principalmente no estudo de quatro desses gêneros pouco conhecidos: Calolisianthus Gilg, Helia Mart., Prepusa Mart. e Senaea Taub., todos com distribuição centrada principalmente no Brasil. No primeiro capítulo são apresentadas a filogenia morfológica e as revisões taxonômicas de Prepusa e Senaea. Com base no estudo de coleções de herbários, cinco espécies de Prepusa e duas de Senaea foram reconhecidas. Todas são endêmicas a habitats montanos dos estados brasileiros da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. São apresentadas descrições morfológicas, chaves de identificação, ilustrações e mapas da distribuição de cada espécie. Prepusa e Senaea são morfológica, geográfica e filogeneticamente isolados entre as Helieae e a presença de flores 6-meras sustenta sua proximidade filogenética. Análises filogenéticas de 33 caracteres morfológicos usando parcimônia e métodos Bayesianos apresentaram um quadro consistente das relações de Prepusa e Senaea; os gêneros são monofiléticos e irmãos entre si. No segundo capítulo desta Tese, são apresentadas análises filogenéticas de parcimônia incluindo 22 gêneros e 60 espécies de Helieae. Esse estudo baseou-se em dados de morfologia, palinologia e sementes (127 caracteres estruturais), bem como em seqüências de DNA (matK, trnL intron, ITS). As reconstruções filogenéticas baseadas em ITS e morfologia proveram maior resolução nas relações entre os gêneros da tribo. Celiantha, Prepusa e Senaea emergiram juntos como clado-irmão das demais Helieae, as quais se apresentaram subdivididas em dois grandes subclados: \"Macrocarpaea\" e \"Symbolanthus\". O primeiro subclado inclui Macrocarpaea, irmão de Chorisepalum, Tachia e Zonanthus. Irlbachia e Neblinantha emergiram como grupos-irmãos do subclado \"Symbolanthus\", o qual inclui Aripuana, Calolisianthus, Chelonanthus, Helia, Lagenanthus, Lehmanniella, Purdieanthus, Rogersonanthus, Roraimaea, Sipapoantha e Symbolanthus. No nível genérico foi evidenciado que Chelonanthus e Irlbachia são polifiléticos. Discute-se a evolução de alguns atributos morfológicos, sendo que novos caracteres polínicos e de sementes são avaliados pela primeira vez em uma análise filogenética combinada. No terceiro capítulo, as relações filogenéticas de Helieae foram investigadas com base em novos dados moleculares e maior amostragem de alguns clados. Seqüências de DNA de duas regiões nucleares (ITS e 5S-NTS) e dados morfológicos foram analisados separadamente e em conjunto por meio de inferências de parcimônia e Bayesiana. Foram incluídos 86 espécimes representantes de 17 gêneros e 51 espécies de Helieae. Desse total, 47 espécimes possuíam seqüências das duas regiões e oito possuíam apenas dados morfológicos. O conjunto de dados completo gerou topologias largamente congruentes com aquelas obtidas com a análise de dois subconjuntos, um sem \"dados ausentes\" e outro incluindo táxons sem dados para uma das partições moleculares. A inclusão de maior número de táxons e de um novo conjunto de dados gerou um resultado consistente quanto ao posicionamento relativo de alguns clados, permitindo a definição de novas circunscrições genéricas para Calolisianthus, Chelonanthus, Helia e, em menor grau, para Symbolanthus. O gênero Calolisianthus constituía-se de 610 espécies, mas como resultado desses estudos filogenéticos moleculares e morfológicos, no quarto capítulo desta Tese uma nova circunscrição é apresentada e a atual lectotipificação questionada com base em conflito com o protólogo. O gênero recircunscrito, revisado no quinto capítulo, contém 4 espécies (uma delas nova para a ciência) endêmicas dos campos rupestres e cerrados do Brasil. O gênero é caracterizado pelo hábito herbáceo a subarbustivo, pelas flores de cor rosa, vermelha, roxo-azulada ou lilás e por tétrades polínicas com exina reticulada, apresentando ilhas de retículo mais espessado. São fornecidas chave de identificação, descrições morfológicas, ilustrações, mapas de distribuição e comentários sobre o status de conservação de cada espécie. Também como resultado dos estudos filogenéticos desta Tese, duas espécies que pertenciam ao gênero Calolisianthus são transferidas para Chelonanthus. No sexto capítulo, são apresentadas descrições morfológicas, ilustrações e mapas de distribuição geográfica dessas espécies. Por fim, propõe-se que Adenolisianthus e os \"Chelonanthus de flores verdes\", os quais não são proximamente relacionados à espécie tipo do gênero, sejam incluídos em um gênero Helia mais amplamente circunscrito. No último capítulo, a lectotipificação de Helia é questionada com base na dificuldade de reconhecimento da identidade do atual lectótipo. Propõe-se que esse lectótipo seja rejeitado e substituído pela designação de um novo. Helia sensu stricto compreende 2 espécies que ocorrem em brejos e campos úmidos do Brasil e Paraguai. Caracteriza-se pelo hábito herbáceo e pelas corolas salverformes de coloração amarelo-esverdeada, creme ou alva. São apresentadas suas descrições morfológicas, chave de identificação e mapas de distribuição. / Helieae, one of the six Gentianaceae tribes, comprises about 23 genera and over 200 species found exclusively in the Neotropics. It is a highly diverse assemblage of plants, which have traditionally been problematic regarding generic circumscriptions. Several Helieae genera were understudied and phylogenetic relationships within the tribe were unclear. On these grounds, the present seven-chapter Thesis aimed to provide solid hypothesis on the phylogenetic relationships of the tribe, focusing primarily on the study of four of these poorly known genera, specifically, Calolisianthus Gilg, Helia Mart., Prepusa Mart. and Senaea Taub., which occur mainly in Brazil. In the first chapter, a morphologybased phylogeny and taxonomic revision of Prepusa and Senaea are presented. Based on studies of herbarium collections, five species of Prepusa and two species of Senaea are recognized. All are endemic to montane habitats in the Brazilian states of Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais and Rio de Janeiro. Morphological descriptions, identification keys, illustrations and distribution maps for each species are provided. Prepusa and Senaea are morphologically, geographically, and phylogenetically isolated within Helieae, and their close relationship is supported by 6-merous flowers. Phylogenetic analyses of 33 morphological characters using both parsimony and Bayesian methods provide a consistent picture of the relationships of Prepusa and Senaea. The two genera are monophyletic and sister to one another. Parsimony-based phylogenetic analyses including 22 genera and 60 species of the tribe Helieae are presented in the second chapter. This study is based on data from morphology, palynology, and seed micromorphology (127 structural characters), and DNA sequences (matK, trnL intron, ITS). Phylogenetic reconstructions based on ITS and morphology provided the greatest resolution. Celiantha, Prepusa and Senaea together appear as the sister clade to the rest of Helieae. The remainder of Helieae is largely divided into two large subclades, the \"Macrocarpaea\" subclade and the \"Symbolanthus\" subclade. The first subclade includes Macrocarpaea, sister to Chorisepalum, Tachia, and Zonanthus. Irlbachia and Neblinantha are placed as sisters to the \"Symbolanthus\" subclade, which includes Aripuana, Calolisianthus, Chelonanthus, Helia, Lagenanthus, Lehmanniella, Purdieanthus, Rogersonanthus, Roraimaea, Sipapoantha, and Symbolanthus. Generic-level polyphyly is detected in Chelonanthus and Irlbachia. Evolution of morphological characters is discussed, and new pollen and seed characters are evaluated for the first time in a combined morphological-molecular phylogenetic analysis. In the third chapter, phylogenetic relationships in Helieae were studied based on new data and larger sampling in particular clades. DNA sequences from two nuclear regions (ITS and 5S-NTS) and morphological data were analyzed separately and in combination using parsimony and Bayesian inference. A 184 total of 86 specimens representing 17 and 51 Helieae genera and species, respectively, were included in the phylogenetic analyses; 47 specimens are sequenced for both regions, and eight have only morphological data. The complete data set produced topologies largely congruent with the ones obtained from two subsets, one without missing data, and another including taxa without data for one molecular partition. The use of new information led to a consistent result in the relative position of some clades and allowed defining new generic circumscriptions for Calolisianthus, Chelonanthus, Helia, and, to a lesser extent, Symbolanthus. The genus Calolisianthus formerly encompassed 610 species. As a result of these molecular and morphological phylogenetic studies, in the fourth chapter a new circumscription is presented and the existing lectotypification of Calolisianthus is questioned. It is proposed that this lectotype is rejected and superseded by the designation of a new lectotype, based chiefly on the conflict with the protologue. The genus Calolisianthus in its new circumscription, revised in the fifth chapter, comprises 4 species (one new to science) endemic to campos rupestres and cerrados in Brazil. The genus is characterized by herbaceous to subshrubby habit, by pink, red, purple-blue or lilac flowers, and by shedding pollen in reticulate tetrads with islands of coarse reticulum. Taxonomic key, morphological descriptions, illustrations, distribution maps, and comments about conservation status are provided. Moreover, two former Calolisianthus species are transferred to Chelonanthus. Morphological descriptions, illustrations and geographic distribution maps of these species are presented in the sixth chapter. Finally, it is proposed that Adenolisianthus and the \"green-flowered Chelonathus\", which are not closely related to the type species, be included in a largely circumscribed Helia. In the final chapter, the existing lectotypification of Helia is questioned based on the difficulties in recognizing the material identity. It is proposed that this lectotype is rejected and superseded by the designation of a new lectotype. Helia sensu stricto comprises 2 species that occur in swamps and wet fields in Brazil and Paraguay. They are characterized by their herbaceous habit and greenish-yellow, cream or white, salverform corollas. Morphological descriptions, identification keys, illustrations, and distribution maps are provided for both of them.
|
380 |
Revisão, filogenia, evolução e biogeografia de Lundia DC. (Bignonieae, Bignoniaceae) / Taxonomic revision, phylogeny, evolution, and Biogeography of Lundia DC. (Bignonieae, Bignoniaceae)Kaehler, Miriam 01 February 2011 (has links)
Lundia DC. (Bignoniaceae, tribo Bignonieae) se caracteriza pelo hábito lianescente, pelas glândulas interpeciolares, anteras e ovários vilosos, e pelos tricomas simples na margem do estigma. Além disso, o gênero não apresenta o disco nectarífero que está localizado na base do ovário da maior parte dos representantes da tribo Bignonieae. Neste trabalho são reconhecidas 13 espécies de Lundia, das quais uma é nova (L. laevis). Para a compreensão do parentesco filogenético entre as espécies do gênero, foi reconstruída a filogenia de Lundia com base em um marcador de cloroplasto (ndhF), um marcador nuclear ( PepC), e caracteres morfológicos. Os dados foram analisados utilizando parcimônia e metodologia bayesiana, os quais reconstruíram topologias congruentes. Em todas as análises, Lundia emergiu como grupo monofilético, com alta sustentação de caracteres morfológicos e moleculares. Além disso, todas as espécies amostradas múltiplas vezes também formaram grupos monofiléticos, exceto no caso de L. nitidula a qual emergiu como parafilética, com L. obliqua inserida no clado L. nitidula; no entanto, o parentesco entre os indivíduos inseridos no clado L. nitidula + L. obliqua apresentou baixa resolução. A filogenia de Lundia contribuiu com informações importantes para uma melhor circunscrição das espécies e elaboração de uma revisão taxonômica do gênero que incluiu descrições, chaves de identificação, comentários taxonômicos e mapas de distribuição para as 13 espécies reconhecidas. Entre as mudanças taxonômicas resultantes da revisão estão o reconhecimento de um táxon previamente sinonimizado (L. nitidula), a sinonimização de duas outras espécies (L. cordata em L. corymbifera e L. glazioviana em L. virginalis), e o ajuste na utilização de um nome mal aplicado (L. longa). Além disso, a filogenia do gênero também serviu como base para um estudo biogeográfico de Lundia, o qual indicou que o gênero originou-se no Mioceno, em uma área que atualmente agrega a sub-região Amazônica e a região Andina. O primeiro evento de diversificação dentro de Lundia ocorreu quando o Mar de Pebas (uma extensa área submersa na Amazônia Oriental) ainda existia. Aparentemente, o Mar de Pebas serviu como uma barreira geográfica que isolou uma linhagem de Lundia exclusivamente Andina (L. spruceana) de uma linhagem amazônica. Este evento vicariante foi seguido de diversos eventos de dispersão em direção às sub-regiões Paranaense e Caribenha. / Lundia DC. (Bignoniaceae, tribe Bignonieae) is characterized by the liana habit, interpetiolar gland fields, villose anthers and ovary, and by the simple trichomes at the stigma margins. Furthermore, the genus lacks the nectary disc that is located at the base of the ovary of most other representatives of tribe Bignonieae. This study recognizes 13 species of Lundia, one of which is new (L. laevis). In order to gain a better understanding of the phylogenetic relationships between the species included in the genus, we reconstructed the phylogeny of Lundia based on a chloroplast (ndhF) and a nuclear marker (PepC), and morphological characters. The data was analyzed using parsimony and Bayesian methods, both of which reconstructed congruent topologies. In all analyses, Lundia emerged as monophyletic, strongly supported by morphological and molecular characters. Furthermore, all species sampled multiple times also emerged as monophyletic, except for L. nitidula which was paraphyletic, with L. obliqua nested within the L. nitidula clade; however, relationships between individuals within the L. nitidula + L. obliqua clade were poorly supported. The phylogeny of Lundia contributed important information for a better circumscription of species and for the preparation of a taxonomic revision of the genus that included descriptions, identification keys, taxonomic comments and distribution maps for all 13 recognized. The taxonomic changes proposed in the revision included the recognition of a previously synonymized taxon (L. nitidula), the synonymization of two other taxa (L. cordata under L. corymbifera and L. glazioviana under L. virginalis), and the correction of a misapplied name (L. longa). Furthermore, the phylogeny of the genus also served as basis for a biogeographic study of Lundia, which indicated that the genus originated during the Miocene, in an area that is currently occupied by the Amazonian sub-region and Andean region. The first diversification event within Lundia occurred when the Pebas System (an extensively submerged area in Western Amazonia) was still present. Apparently, the Pebas System served as a geographic barrier that isolated an exclusively Andean lineage of Lundia (L. spruceana) from an Amazonian lineage. This vicariant event was followed by multiple dispersal events towards the Paranaense and Caribean sub-regions.
|
Page generated in 0.033 seconds