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Efeitos da crioterapia em modelos de contusão e isquemia/reperfusão sanguínea em músculo de ratos / Effects of cryotherapy in models of contusion and blood ischemia/reperfusion in skeletal muscle of rats

Puntel, Gustavo Orione 16 December 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The musculoskeletal disorders are in the most common injuries observed in individuals in the primary care, occupational health, and in sports medicine. Among these disorders, the contusion is described as a direct traumatic lesion that impairs the functioning of the skeletal muscle system. An acute event of ischemia and reperfusion (I/R), on the other hand, could be considered as one of the main issue involved in the pathophysiology of a musculoskeletal disorder. Among the main strategies employed in the treatment of a lesion is the reduction of the temperature of the tissues with the therapeutic aim, this mechanism is defined as cryotherapy. Although the clinical efficacy of the cryotherapy is well established in the literature, the mechanisms involved in its therapeutic effects are unclear. The aim of this study was to analyze the effects of the cryotherapy in the treatment of a contusion and of an acute event of blood I/R in the gastrocnemius muscle of rats. Thus, we investigated the effects of cryotherapy under the biochemical and morphological changes related with a contusion (Article 1) and with an acute event of I/R (Manuscript 1), as well as the mechanisms involved in the genesis of its therapeutic effects. The treatment with cryotherapy determined a significant reduction in the oxidative damage since that limited the lipid peroxidation and the reactive oxygen species (ROS) formation, and also limited the lost of the cellular viability in the skeletal muscle tissue injured after a contusion (Article 1) and after an acute event of I/R (Manuscript 1). In this context, the levels of non enzymatic antioxidants, such as the levels of non protein thiols (-SH), and enzymatic antioxidants, such as the catalase enzyme (CAT), were also maintained similar to the observed in non injured muscles. The treatment with cryotherapy was effective in maintain the activities of enzymes sensitive to the oxidative stress, such as the lactate dehydrogenase (LDH) and the sodium/potassium (Na+/K+) and calcium (Ca2+) ATPases enzymes, similar to the observed in the tissues non injured both after a contusion (Article 1) and after as acute event of I/R (Manuscript 1). According to the histopathological analysis the cryotherapy treatment reduced the morphologic structure changes an also the presence of blood cells indicatives of hemorrhagic or inflammatory process in the skeletal muscle injured both after a contusion (Article 1) and after an acute event of I/R (Manuscript 1). In general, the results observed in this study indicate that an important mechanism by which the cryotherapy exerts its therapeutic effects is related with the reduction in the inflammatory response intensity in the site of the lesion. These results are indicated by the limited amount of inflammatory cells observed in the histopathological analysis and corroborated by the reduced activity of the myeloperoxidase (MPO) enzyme activity in the injured skeletal muscle tissue that was treated with cryotherapy. Furthermore, the cryotherapy limited the mitochondrial changes in the injured skeletal muscle tissue since that decreased the reactive species formation and maintained the mitochondrial membrane functionality both after a contusion (Article 1) and after an acute event of I/R (Manuscript 1). This result was indicated by the reduced swelling and limited impairment in the membrane potential (Δψ) in mitochondria of the injured skeletal muscle, and by the maintenance of the antioxidant levels similar to the observed in mitochondria of non injured skeletal muscle. Finally, the results of this study indicate that an acute event of I/R could be considered as an important mechanism involved in the pathophysiology of a musculoskeletal disorder since that determined biochemical and morphological changes similar to the observed after a skeletal muscle contusion. / As lesões musculoesqueléticas estão entre as maiores causas de lesões observadas em indivíduos nas áreas de primeiros socorros, na saúde ocupacional e na medicina do esporte. Dentre estas, a contusão é descrita como uma lesão traumática direta que compromete o funcionamento do sistema musculoesquelético. Um evento agudo de isquemia e reperfusão (I/R), por sua vez, pode ser considerado como um dos fatores fundamentais envolvidos na fisiopatologia de uma lesão musculoesquelética. Dentre as principais estratégias empregadas no tratamento de uma lesão está a redução na temperatura dos tecidos com o objetivo terapêutico, mecanismo este definido como crioterapia. Apesar da eficácia clínica os mecanismos pelos quais a crioterapia exerce os seus efeitos terapêuticos são pouco elucidados. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da crioterapia no tratamento de uma contusão e de um evento agudo de I/R sanguínea no músculo gastrocnêmio de ratos. Desta forma, investigamos os efeitos da crioterapia sobre as alterações bioquímicas e morfológicas relacionadas a uma contusão (Artigo 1) e a um evento agudo de I/R (Manuscrito 1), bem como os mecanismos envolvidos na origem de seus efeitos terapêuticos. O tratamento com a crioterapia determinou uma redução significativa no dano oxidativo ao limitar a peroxidação lipídica e a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs), e também por limitar a perda da viabilidade celular no tecido muscular lesado após uma contusão (Artigo 1) e após um evento agudo de I/R (Manuscrito 1). Neste contexto, os níveis de antioxidantes nãoenzimáticos, tais como os níveis de tióis não-protéicos (-SH), e enzimáticos, tais como a enzima catalase (CAT), também foram mantidos semelhantes aos observados em músculos não lesados. O tratamento com a crioterapia foi efetivo em manter as atividades de enzima sensíveis ao estresse oxidativo, tais como a lactato desidrogenase (LDH) e as enzimas sódio/potássio (Na+/K+) e cálcio (Ca2+) ATPases, semelhantes as observadas nos tecidos não lesados tanto após uma contusão (Artigo 1), quanto após um evento agudo de I/R (Manuscrito 1). De acordo com as análises histopatológicas o tratamento com a crioterapia reduziu as alterações na estrutura morfológica e também a presença de células sanguíneas indicativas de processo hemorrágico ou inflamatório do tecido muscular lesado tanto após uma contusão (Artigo 1), quanto após um evento agudo de I/R (Manuscrito 1). Em geral os resultados observados neste estudo indicam que um importante mecanismo pelo qual a crioterapia exerce os seus efeitos terapêuticos está relacionado à redução na intensidade da resposta inflamatória no local da lesão. Este resultado foi indicado pela limitada quantidade de células inflamatórias observada nas análises histopatológicas e corroborado pela reduzida atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) no tecido muscular lesado e submetido ao tratamento com a crioterapia. Além de reduzir a intensidade da resposta inflamatória, a crioterapia limitou as alterações mitocondriais no tecido muscular lesado ao diminuir a formação de espécies reativas e ao manter a funcionalidade da membrana mitocondrial tanto após uma contusão (Artigo 1), quanto após um evento agudo de I/R (Manuscrito 1). Este resultado foi indicado pelo reduzido inchaço e pelo limitado comprometimento no potencial de membrana mitocondrial (Δψ), além da manutenção dos níveis de antioxidante semelhantes aos observados em mitocôndrias de músculos não-lesados. Por fim, os resultados deste estudo indicam que um evento agudo de I/R pode ser considerado como um importante mecanismo envolvido na fisiopatologia de uma lesão musculoesquelética uma vez que determinou alterações bioquímicas e morfológicas semelhantes às observadas após uma contusão muscular.
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Papel dos receptores β-adrenérgicos no reparo cutâneo de lesões crônicas em camundongos: modelo não invasivo de lesão por isquemia e reperfusão / Role of β-adrenergic in mice chronic wound repair: non invasive model induced by ischemia and reperfusion

Thatiana Luiza Assis de Brito Carvalho 24 February 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os receptores β1- e β2-adrenérgicos estão presentes em inúmeras células que participam do processo de reparo como fibroblastos, queratinócitos, células inflamatórias e células endoteliais. Diversos trabalhos demonstram que estes receptores modulam o processo de reparo tecidual. Entretanto, nenhum trabalho demonstrou se o bloqueio destes receptores compromete o reparo de úlceras de pressão. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos no reparo de úlceras de pressão em camundongos, para isto utilizamos um modelo não invasivo de lesão por isquemia e reperfusão. No presente estudo, utilizamos animais que foram tratados por gavagem com propranolol (um antagonista não seletivo dos receptores β1- e β2-adrenérgicos). A administração do antagonista teve início um dia antes do início dos ciclos de isquemia e reperfusão e se manteve diariamente até a eutanásia. Para desenvolver a úlcera de pressão, um par de magnetos foi aplicado no dorso dos animais previamente depilado. O período de permanência do magneto é caracterizado como período de isquemia, enquanto sua retirada é caracterizada como período de reperfusão. Os ciclos de isquemia e reperfusão foram repetidos duas vezes, e ao final do último ciclo, duas úlceras circulares foram criadas no dorso dos animais. Os animais foram mortos 3, 7, 14 e 21 dias após a lesão. Após o último ciclo de isquemia, o fluxo sanguíneo da área comprimida foi nulo, 7 horas após a compressão o fluxo sanguíneo estava elevado, com níveis superiores ao da pele normal. Após 24 e 48 horas, o fluxo sanguíneo estava reduzido e abaixo dos níveis da pele normal. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou os níveis de peróxidos lipídicos 3 dias após a lesão, comprometeu a migração dos queratinócitos, levando a um aumento da proliferação epitelial, resultando em uma re-epitelização atrasada. O retardo na formação da neo-epiderme induzido pelo bloqueio destes receptores prejudicou a remoção do tecido necrótico. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou o número de células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos), os níveis proteicos de elastase neutrofílica 3 dias após a lesão e reduziu os níveis proteicos de MCP-1 3 dias após a lesão e os níveis proteicos de MMP-12 7 dias após a lesão. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou a proliferação celular e apoptose no tecido conjuntivo 7 dias após a lesão e aumentou a densidade de vasos sanguíneos 14 e 21 dias após a lesão. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos retardou a diferenciação miofibroblástica e reduziu os níveis proteicos de TGF-β 1/2/3 3 dias após a lesão e a contração da lesão. Vinte e um dias após a lesão, o bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou a espessura da neo-epiderme e a expressão de tenascina-C em fibroblastos e reduziu a deposição de colágeno. Em conclusão, o bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos atrasa o reparo tecidual em úlceras de pressão. / β1- and β2-adrenergic receptors are present in several cells that participate in tissue repair such as fibroblasts, keratinocytes, inflammatory cells and endothelial cells. Several studies demonstrate that these receptors modulate cutaneous wound healing. However, neither study demonstrated if the blockade of theses receptors compromises the cutaneous wound healing of pressure ulcers. Thus, the aim of this study was to evaluate the effect of blockade of β1- and β2-adrenergic receptors in wound healing of pressure ulcer in mice using a noninvasive model of lesion induced by ischemia and reperfusion. In this study, animals were also treated with propranolol (a nonselective antagonist of β1- and β2-adrenergic receptors). Antagonism administration began one day before ischemia-reperfusion cycles and daily maintained until euthanasia. In order to develop a pressure ulcer, a shaved skin was placed between a pair of magnet disks. The period of magnet placement is characterized as ischemia period, whereas release period as reperfusion period. Two cycles of ischemia and reperfusion were performed, and after last cycle, two circular ulcers per animal were created in the animal dorsum. Animals were killed 3, 7, 14 and 21 days after wounding. After last ischemia cycle, blood flow of compressed area was nulled, 7 hours after compressed area underwent reperfusion during subsequent hours reaching blood flow 98% superior of normal skin. After 24 and 48 hours, blood flow of compressed area was again reduced when compared with normal skin. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors increased the levels of lipid peroxydes 3 days after wounding, compromised keratinocyte migration leading to an increase epithelial proliferation and impairment in the re-epithelialization. The impairment in the neo-epidermis formation induced by β1- and β2-adrenergic receptor blockade delayed the necrotic tissue loss. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors increased the inflammatory cell number (macrophages and neutrophils), protein levels of neutrophil elastase 3 days after wounding and reduced protein levels of MCP-1 3 days after wounding and protein levels of MMP-12 7 days after wounding. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors increased cell proliferation and apoptosis in connective tissue 7 days after wounding and blood vessel density 14 and 21 days after wounding. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors impaired myofibroblastic differentiation and reduced protein levels of TGF-β 1/2/3 3 days after wounding and lesion contraction. Twenty-one days after wounding, β1- and β2-adrenergic receptor blockade increased neo-epidermis thickness and tenascin-C-positive fibroblast number and reduced collagen deposition. In conclusion, blockade of β1- and β2-adrenergic receptors delays cutaneous wound healing of pressure ulcers.
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Crises epilépticas e epilepsia após acidente vascular cerebral isquêmico com uso de terapia de reperfusão (rt-PA) ou hemicraniectomia descompressiva

Brondani, Rosane January 2015 (has links)
Base teórica: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a causa mais comum de novos diagnósticos de epilepsia no idoso. Embora a epilepsia pós-AVC seja um fenômeno clínico reconhecido há muito tempo, seguem muitas questões não resolvidas. Além disso, nas últimas duas décadas, o tratamento do AVC isquêmico sofreu mudanças radicais com a introdução da trombólise e da hemicraniectomia descompressiva (HD) para o tratamento do infarto maligno de artéria cerebral média (ACM). As consequências destas duas novas abordagens terapêuticas nas características da epilepsia pós-AVC ainda são pouco exploradas. Objetivo: Estudar as características e estimar fatores de risco para as crises epilépticas ou a epilepsia pós-AVC em pacientes submetidos ao tratamento agudo (Estudo 1) ou HD para infarto maligno de ACM (Estudo 2). Métodos: O estudo 1 é uma coorte de 153 pacientes submetidos a trombólise. Variáveis estudadas incluiram fatores de risco para o AVC e variáveis associadas ao AVC isquêmico agudo e trombólise. Utilizamos a análise de regressão de Cox para o estudo das variáveis que se associaram de forma independente com crises epilépticas, epilepsia pós-AVC e o desfecho do AVC. O estudo 2 é também uma coorte que retrospectivamente avaliou 36 pacientes com infarto maligno de ACM tratados com HD. Tempo, incidência e fatores de risco para crises epilépticas e desenvolvimento de epilepsia foram analisados. Resultados: Estudo 1: 74 pacientes (48,4%) eram mulheres; média de idade foi 67,2 anos (DP=13,1). Média do NIHSS na chegada foi 10,95 (DP=6,25) e 2,09 (DP=3,55) após 3 meses. Transformação hemorrágica ocorreu em 22 (14,4%) dos pacientes. Foi considerado desfecho bom classificação na escala modificada de Rankin (mRS) 0-1, sendo encontrado em 87 (56,9%) dos pacientes. Vinte e um pacientes (13,7%) tiveram crises epilépticas e 15 (9,8%) desenvolveram epilepsia após a trombólise. Crises epilépticas foram associadas de forma independente com transformação hemorrágica e desfecho não favorável (mRS ≥ 2) em três meses após o AVC. Transformação hemorrágica e mRS ≥ 2 avaliados em 3 meses, associaram-se de forma independente com epilepsia pós-AVC. Crises epilépticas surgiram como um fator de risco independente para desfecho pobre. Estudo 2. A média de seguimento dos pacientes foi de 1.086 (DP= 1.172) dias. Nove pacientes morreram antes de receberem alta hospitalar e no período de um ano, 11 pacientes haviam morrido. Quase 60% alcançaram mRS ≤ 4. Treze pacientes desenvolveram crises dentro da primeira semana após o AVC. No total, crises epilépticas ocorreram em 22 (61%) dos 36 pacientes. Dezenove pacientes (56%) dos 34, sobreviveram ao período agudo e desenvolveram epilepsia após infarto da ACM e HD. Questionamos aos pacientes ou responsáveis se eles se arrependeram de terem autorizado a HD no momento do AVC. Também foi perguntado se eles autorizariam a HD novamente. Trinta e dois (89%) não se arrependeram de ter autorizado a HD no momento do infarto agudo da ACM, e autorizaria novamente em retrospecto. Conclusão: Confirmamos que as frequências de crises ou epilepsia pós-AVC e trombolítico são comparáveis com as frequências das décadas da era pré-trombólise e confirmamos a alta incidência de crises epilépticas e epilepsia após infartos malignos de ACM submetidos a HD. Em nosso estudo, as crises epilépticas associaram-se de forma independente com pior prognóstico após terapia trombolítica. / Background: The most common cause of newly diagnosed epilepsies in the elderly is stroke. Although post-stroke epilepsy is a well-studied stroke complication, many questions remain unsolved. In addition, during the past two decades, the treatment of stroke has changed dramatically with the introduction of thrombolysis for treatment of acute ischemic stroke (AIS) and decompressive hemicraniectomy (DHC) for malignant middle cerebral artery infarction (MCA). The consequences of these two new therapeutic approaches for characteristics of post-stroke epilepsy remains poorly explored. Objective: To study characteristics and estimate risk factors for acute seizures or post-stroke epilepsy in patients submitted to thrombolysis for treatment of acute stroke (Study 1) or DHC for malignant MCA infarction. Methods: Study 1 is a cohort study of 153 patients submitted to thrombolysis. Variables studied included risk factors for stroke, and variables related to acute stroke and thrombolysis. Variables independently associated with seizures, pos-stroke epilepsy or stroke outcome were defined using Cox regression analysis. Study 2 is also a cohort study that retrospectively assessed 36 patients with malignant stroke of the MCA submitted to DHC. Timing, incidence and plausible risk factors for seizure and epilepsy development were analyzed in these patients. Results: Study 1. Seventy-four patients (48.4%) were female; mean age of patients was 67.2 years-old (SD=13.1). Initial NIHSS mean score was 10.95 (SD=6.25) and 2.09 (SD=3.55) after three months. Hemorrhagic transformation occurred in 22 (14.4%) patients. A good outcome, as defined by a modified Rankin Scale (mRS) of 0-1, was observed in 87 (56.9%) patients. Twenty one (13.7%) patients had seizures and 15 (9.8%) patients developed epilepsy after thrombolysis. Seizures were independently associated with hemorrhagic transformation and with mRS ≥ 2 three months after stroke. Hemorrhagic transformation and unfavorable outcome, as measured by mRS ≥ 2 after three months, were variables independently associated with post-stroke epilepsy. Seizures emerged as an independent factor for poor outcome in stroke thrombolysis. Study 2. Mean patient follow-up time was of 1.086 (SD=1.172) days. Nine patients died before being discharged and after one year eleven patients died. Almost 60% had the modified Rankin score ≤ 4. Thirteen patients developed seizures within the first week after stroke. In total, seizures occurred in 22 (61%) of 36 patients. Nineteen patients (56%) out of 34 patients who survived the acute period developed epilepsy after MCA infarcts and DHC. Also, we asked patients or the person responsible for them whether they regretted, in retrospect, having authorized DHC at the time of the stroke. It was also asked whether they would authorize DHC again. Thirty- two (89%) did not regret having authorized DHC at the time of acute MCA infarct, and would authorize DHC again in retrospect. Conclusion: We confirm that seizures or post-stroke epilepsy rates after thrombolysis are comparable with rates from pre-thrombolysis decades and a high incidence of seizures and epilepsy after malignant MCA infarcts submitted to DHC. In our study, seizures were an independent risk factor associated with worst outcome after thrombolysis therapy.
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Fibroblastos geneticamente modificados para estimular angiogênese e vasculogênese em miocárdio isquêmico / Transplantation of genetically modified cardiac fibroblasts to induce angiogenesis and vasculogenesis in ischemic myocardium

Giovana Aparecida Gonçalves 13 February 2008 (has links)
Este trabalho avaliou o efeito de fibroblastos cardíacos (FC) modificados geneticamente para produzir VEGF (vascular endothelial growth factor) e/ou em conjunto com IGF-1(insulin -like growth factor) associados a um biopolímero de fibrina na indução de angiogênese, vasculogênese e melhora de função em miocárdio isquêmico. Em experimentos preliminares demonstramos que 106 FC modificados pelo AdRSVLacZ expressam o transgene na parede livre do ventrículo esquerdo de ratos Lewis por até 45 dias. Primeiro, o tratamento dos diversos grupos foi feito e 7 dias após, os animais foram submetidos à isquemia por 45 minutos seguida de reperfusão. 21 dias depois, a proteína humana VEGF e a densidade capilar apresentaram aumento no grupo VEGF (proteína humana VEGF: 1209,6±11,4 vs. Veículo 123,1±5,2; Célula 104,2±7,4 e Null 73,2±2,4 células positivas/campo, p< 0,01 e densidade capilar: 543,8 ± 52,1 vs. 349,2 ± 0,9, 288± 19,0 e 245 ± 2,6 capilares/mm2, p< 0,01). A imunofluorescência dupla-marcação para detecção de células endoteliais e células musculares lisas apresentou aumento no grupo VEGF sugerindo formação de vasos estruturados (45±3 vs. 10±2, 8±1 e 16±3, p<0,001) e a área de infarto foi reduzida no VEGF vs. VEÍCULO (3,0 ± 1,3% vs. 8,0 ± 0,8%, p< 0,05. Para testar o efeito terapêutico desta intervenção, um segundo estudo foi realizado com os grupos: VEÍCULO= controle, POLÍMERO = biopolímero de fibrina, CÉLULA, NULL, IGF-1, VEGF e IGF-1+VEGF. Os tratamentos foram realizados 24 horas após os animais terem sido submetidos à isquemia por ligadura permanente. Um mês depois, as proteínas humanas VEGF e IGF 1 apresentaram aumento significativo nos grupos VEGF, IGF-1 e IGF-1+VEGF, com *p=0,0001. Da mesma maneira, somente os grupos que receberam VEGF isoladamente ou associados a IGF-1 tiveram aumento do número de capilares e da densidade vascular e redução da porcentagem de colágeno (35,12 ± 7,05 vs. 31,28 ± 5,03 vs. 30,07 ± 6,21 vs. 25,89 ± 2,92 vs. 15,43 ± 2,02* vs. 16,07 ± 1,83%*, *p<0,05, para os grupos Veículo, Polímero, Célula, Null, IGF-1, VEGF, IGF-1+VEGF, respectivamente). Os índices cardíacos basais morfológicos e funcionais permaneceram inalterados na avaliação direta e pelo ECO entre os grupos enquanto que as medidas diretas de função cardíaca sob estresse farmacológico com a fenilefrina mostraram aumentos significativos no trabalho cardíaco e volume sistólico e diminuição na pressão diastólica final somente nos animais que receberam terapia celular que incluía VEGF. Em conjunto, os dados mostram que a terapia celular combinada com o aumento da expressão de fator angiogênico (VEGF) ou em combinação com fator de crescimento (IGF-1) tem efeito benéfico, uma vez que estes fatores estimularam a proliferação capilar e vascular podendo contribuir para o aumento da circulação colateral, reduzindo o tamanho do infarto e promovendo melhora cardíaca funcional. / The effect of modified cardiac fibroblasts (CF) expressing VEGF (vascular endothelial growth factor) and/or IGF-1 (insulin-like growth factor) associated to fibrin biopolymer to induce angiogenesis, vasculogenesis and improve cardiac function in ischemic cardiac tissue was tested. The direct injection of 106 CF genetically modified to express the reporter gene LACZ (AdRSVLACZ) indicated transgene expression up to 45 days. First, all groups were treated and 7 days later the animals were submitted to a 45 min cardiac ischemic injury. Twenty one days later VEGF protein and capillary density increased only in groups that received VEGF the groups: (VEGF protein: 1209.6±11.4 vs. VEHICLE: 123.1±5.2, Cell: 104.2±7.4 and Null: 73.2±2.4 positive cells/field, p< 0.01 and capillary: 543.8 ± 52.1 vs. 349.2 ± 0.9, 288± 19.0 and 245 ± 2.6 capillaries/mm2, p< 0.01). Merged image of immunoassaying for endothelial and smooth muscle cells specific markers, were significantly greater in VEGF group suggesting maturation of newly formed vessels (45±3 vs. 10±2, 8±1 and 16±3, p<0.001) and myocardial scar area was reduced in VEGF vs. VEHICLE (3.0 ± 1.3% vs. 8.0 ± 0.8%, p< 0.05). To test the therapeutic efficacy of this treatment, a second study was performed with groups: VEHICLE= control, POLYMER= fibrin biopolymer, CELL, NULL, IGF-1, VEGF and IGF-1+VEGF. Treatments were performed 24 hs following ligation of the descending coronary artery. After 4 weeks, VEGF and IGF-1 protein increased in IGF-1, VEGF and IGF-1+VEGF groups, p<0.0001. We observed only in VEGF groups an increase in capillary number and vascular density and reduction in myocardial collagen area (35,12 ± 7,05 vs. 31,28 ± 5,03 vs. 30,07 ± 6,21 vs. 25,89 ± 2,92 vs. 15,43 ± 2,02* vs. 16,07 ± 1,83%*, *p<0,05, to groups VEHICLE, POLYMER, CELL, NULL, IGF-1, VEGF, IGF-1+VEGF, respectively). The morphological and functional basal cardiac indices remained unchanged in all groups, however, under pharmacologic stress using phenilephrine, the VEGF groups displayed significant improvement in cardiac work and stroke volume and a reduction in end diastolic pressure. Taken together, these results indicated that cardiac fibroblasts expressing VEGF alone or in combination with IGF-1 can induce agiogenesis and vasculogenesis in ischemic myocardium decreasing myocardial scar area and improving cardiac performance following coronary ligation.
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Instilação nasal de LPS ou suco gástrico como fator exacerbador da inflamação pulmonar ocasionada pela isquemia e reperfusão intestinal em camundongos. / Intranasal instillation of LPS or gastric juice as an exacerbating factor of lung inflammation induced by intestinal ischemia and reperfusion.

Alexandre Learth Soares 03 July 2009 (has links)
A isquemia e reperfusão intestinal (I/R-i) é relevante fator para o desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). A lesão tecidual decorrente da I/R-i pode ser local e em órgãos distante do sitio isquêmico, notadamente o pulmão. Indivíduos submetidos à isquemia intestinal ao tornarem-se vulneráveis, desenvolvem resposta exacerbada a estímulos inflamatórios secundários constituindo assim a percepção de lesão decorrente de uma dupla agressão. Neste estudo desenvolvemos modelo murino de dupla agressão pulmonar ocasionada pela I/R-i seguida de estímulo da instilação nasal de LPS ou de suco gástrico (SG). A fase de caracterização do modelo de I/R-i revelou aumento de IL-6, G-CSF, KC, IP-10 e MCP-1, mas não de TNF-a no soro e em homogeneizados de pulmão e intestino. Anticorpos anti TNF-a e o etanercepte falharam em inibir o aumento de MPO pulmonar e intestinal após a I/R-i. A instilação nasal de LPS após a I/R-i aumentou a atividade pulmonar de MPO e exacerbou a permeabilidade vascular pulmonar. Neste caso, aminoguanidina ou a vimblastina reverterem o aumento da permeabilidade vascular, sugerindo a participação conjunta de neutrófilos e óxido nítrico no processo lesivo causado pela dupla agressão. A instilação nasal de SG induziu aumento inicial (2h) de MPO pulmonar seguido de influxo de neutrófilos (24h) para o espaço alveolar. Tal processo foi acompanhado por expressão inicial e transiente de TNF-a no LBA e contrabalanceada por IL-10. A resposta inflamatória aumentada de camundongos IL-10 KO à instilação de suco gástrico mostra o papel fundamental desta citocina do controle da inflamação. O rolipram ou o composto PKF 241-466 (inibidores de TNF-a) reduziram a inflamação pulmonar induzida pelo SG. A instilação de SG após a I/R-i (I/R-i +SG) exacerbou o aumento da permeabilidade vascular pulmonar. Os dados apresentados sugerem que a exposição do organismo ao trauma intestinal torna o pulmão suscetível a um estímulo secundário como o LPS e o suco gástrico. Visto a gama de estímulos inflamatórios a que indivíduos internados em unidades de terapia intensiva podem ser submetidos, os resultados deste estudo podem contribuir para a compreensão dos mecanismos reguladores do recrutamento de neutrófilos e geração de mediadores inflamatórios na síndrome do desconforto respiratório agudo. / Intestinal ischemia and reperfusion (I/R) is implicated as a prime initiating event in the development of systemic inflammatory syndrome and Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS). Several studies pointed the possibility of massive systemic inflammatory events rendering the lungs more susceptible to an exacerbated inflammatory response, the so called two-hit hypothesis. In this way, minor local inflammatory stimuli could be a trigger for ARDS. In this study we investigated the effects of low-dose LPS or gastric juice (GJ) administered by nasal instillation to mice previously submitted to intestinal I/R. Our data showed that i-I/R alone induced histological signs of edema in lung as well as an increase of lung MPO activity and IL-6, G-CSF, KC, IP-10 and MCP-1 levels. Nasal instillation of LPS following i-I/R increased lung MPO activity and exacerbated lung vascular permeability. In this case, aminoguanidine or vinblastine blocked the increase of vascular permeability, suggesting the role of neutrophils and nitric oxide in injury induced by the two-hit stimuli. Instillation of GJ induced an initial (2h) increase of lung MPO followed by the influx of neutrophils (24h) to the alveolar space. Such process was followed by the transient expression of TNF-a in BAL and balanced by IL-10. The exacerbated inflammatory response of IL-10 KO mice to GJ instillation shows the importance of this cytokine in the control of the inflammation in such model. Treatment with rolipram or PKF 241-466 compound (TNF-a inhibitors) reduced lung inflammation induced by GJ. Nasal instillation of GJ after i-I/R exacerbated the increase in lung vascular permeability. The data shown suggest that the exposition of the organism to mesenteric trauma primes the host organism to a secondary inflammatory stimulus such as LPS or gastric juice. Considering the possible multiple insults to lung to which patients in intensive care units are submitted, the results of this study might contribute to the understanding of the regulatory mechanisms of neutrophils and generation of inflammatory mediators in the context of ARDS.
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"Efeitos da solução salina hipertônica na reperfusão hepática em pacientes submetidos ao transplante do fígado" / "The effects of hypertonic saline solution during the reperfusion phase in clinical orthotopic liver transplantation"

Joel Avancini Rocha Filho 14 February 2006 (has links)
INTRODUÇÃO: No transplante do fígado a reperfusão do enxerto é um momento crítico onde as alterações hemodinâmicas ocorrem com maior freqüência e intensidade podendo se associar a mortalidade intra-operatória, à falência de múltiplos órgãos e sistemas, e ao aumento da incidência de não funcionamento do enxerto. Neste estudo testamos a hipótese de que os efeitos benéficos decorrentes da administração da solução salina hipertônica na ressuscitação do choque hemorrágico, considerado fenômeno de isquemia e reperfusão generalizado, possam atenuar os fenômenos hemodinâmicos que sucedem a reperfusão hepática no transplante do fígado. MÉTODOS: 30 pacientes adultos submetidos ao transplante hepático na Disciplina de Transplante e Cirurgia do Fígado do HC-FMUSP foram divididos em 2 grupos: Grupo-1 (n =15) recebeu solução salina hipertônica (NaCl a 7,5%), na dose de 4 mL/kg, na velocidade de 20 mL/min em veia central no início da anastomose de veia porta e Grupo- 2 (n =15) recebeu solução salina isotônica nas mesmas condições citadas. As variáveis utilizadas para a análise da hemodinâmica sistêmica foram: pressão arterial média, pressão venosa central e pressão de artéria pulmonar ocluída, índice cardíaco e índice de resistência vascular sistêmica. A análise da pressão intracraniana foi incluída no estudo dos pacientes com hipertensão intracraniana secundária a hepatite fulminante. Os dados foram coletados em 6 tempos: no término da fase de dissecção, no início da fase anepática, após a administração da solução teste, e no 1o, 5o e 30o minutos após a reperfusão. A síndrome pós-reperfusão foi determinada por três métodos: pela ocorrência de pressão arterial média inferior a 60 mmHg no 1o ou no 5o minuto da reperfusão ou queda maior que 30% do valor pré-reperfusão nos primeiros 5 minutos da reperfusão. RESULTADOS: 1) A pressão arterial média no 1o e no 5o minuto da reperfusão no Grupo 1 (84,9 ± 12,33 e 77,4 ± 4,58 mmHg) foi significativamente maior que no Grupo 2 (62,9 ± 5,22 e 73,9 ± 3,47 mmHg), p < 0,001 e p = 0,046 respectivamente. 2) A incidência de síndrome pós-reperfusão no Grupo 1 (0.0%) foi significativamente menor que no Grupo 2 (33,33%), p = 0,021. 3) O aumento do índice cardíaco imediatamente após o término de infusão da solução teste no Grupo 1 (31,27%) foi significativamente maior que no Grupo 2 (7,54%), p < 0,001. 4) O aumento do índice cardíaco após a reperfusão no Grupo 1 (70,42%) foi significativamente menor que no Grupo 2 (125,91%), p < 0,001. 5) O índice cardíaco no 5o e no 30o minuto da reperfusão no Grupo 1 (6,51 ± 0,81 e 5,56 ± 0,86 L.min-1.m-2) foi significativamente menor que no Grupo 2 (7,41 ± 0,87 e 6,34 ± 0,93 L.min-1.m-2), p= 0,007 e p = 0,024 respectivamente. 6) O índice cardíaco no 5o e no 30ominuto da reperfusão quando comparados aos momentos basais (início da cirurgia) apresentou aumentos no Grupo 1 (26,16% e 7,75%) significativamente menores que no Grupo 2 (45,57% e 24,80%), p= 0,019 e p= 0,021 respectivamente. 7) O índice de resistência vascular sistêmica imediatamente após o término de infusão da solução teste no Grupo 1 apresentou queda de 18,83% enquanto no Grupo 2 foi registrado aumento de 9,21%, p < 0.001. 8) A diminuição do índice de resistência vascular sistêmica após a reperfusão no Grupo 1 (44,52%) foi significativamente menor que no Grupo 2 (61,80%), p < 0,001. 9) O índice de resistência vascular sistêmica no 5o e no 30o minuto após a reperfusão no Grupo 1 (799,35 ± 131,51 e 963,10 ± 171,33 dyn.s.cm-5.m-2) foi significativamente maior que no Grupo 2 (652,14 ± 115,47 e 831,47 ± 113,84 dyn.s.cm-5.m-2), p = 0,003 e p = 0,020 respectivamente. 10) A infusão de líquidos após a reperfusão no Grupo 1 (12,80 ± 1,47 mL/kg/h) foi significativamente menor que no Grupo 2 (15,47 ± 2,23 mL/kg/h), p = 0,001. 11) A natremia média imediatamente após a infusão da solução teste e ao final da cirurgia no Grupo 1 (152,66 ± 4,45 e 148,92 ± 3,60 mEq/L) foi significativamente maior que no Grupo 2 (143,59 ± 3,92 e 142,76 ± 3,17 mEq/L), p < 0,001. 12) A cloremia média imediatamente após a infusão da solução teste e ao final da cirurgia no Grupo 1 (124,03 ± 4,01 e 119,41 ± 3,04 mEq/L) foi significativamente maior que no Grupo 2 (111,20 ± 3,80 e 111,93 ± 6,26 mEq/L), p < 0,001. 13) O pH sangüíneo imediatamente após a infusão da solução teste no Grupo 1 (7,29 ± 0,05) foi significativamente menor que no Grupo 2 (7,34 ± 0,06), p = 0,039. 14) A pressão intracraniana diminuiu 48,77% nos pacientes com hipertensão intracraniana após a administração da solução salina hipertônica, efeito que se sustentou até o final da cirurgia. CONCLUSÕES: A administração da solução salina hipertônica no transplante do fígado aboliu a síndrome pós-reperfusão, atenuou as alterações hemodinâmicas secundárias a reperfusão hepática e reduziu a necessidade de reposição volêmica. / INTRODUCTION: The reperfusion phase during orthotopic liver transplantation is a critical event which sometimes promoves profound hemodynamic and cardiac changes that may be responsible for intraoperative death, multiple organ dysfunction syndrome and early graft loss. In the present study we hypothesized that the beneficial effects of hypertonic saline solution infusion during hemorrhagic shock resuscitation, considered as an ischemia and reperfusion phenomenon of the entire organism, may attenuate the hemodynamic instability that follows graft reperfusion during liver transplantation. METHODS: Thirty adult patients presenting for liver transplantation in Hospital das Clínicas of University of São Paulo Medical School were divided in two groups: Group 1 received hypertonic (7.5%) saline solution (4 mL/kg) at a rate of 20mL/min through a central line at the beginning of portal vein anastomosis; Group 2 received normal saline solution under the same conditions. Hemodynamic profiles were evaluated using mean arterial pressure, central venous pressure, pulmonary capillary wedge pressure, cardiac index and systemic vascular resistance index. Intracranial pressure study was included for those patients presenting intracranial hypertension. Data were collected at six different times: at the end of the dissection phase, at the beginning of the anhepatic phase, after the end of test solution infusion, and at 1, 5, and 30 minutes after reperfusion. Postreperfusion syndrome was defined by the occurrence of mean arterial pressure lower than 60mmHg at 1 or 5 minutes after reperfusion, and by a decrease in mean arterial pressure of more than 30% of the baseline values within the first 5 minutes after reperfusion. RESULTS: 1) Mean arterial pressure at 1 and 5 minutes after reperfusion were significantly higher in Group 1 (84.9 ± 12,33 and 77.4 ± 4.58 mmHg) than in Group 2 (62.9 ± 5.22 and 73.9 ± 3.47 mmHg), p< 0.001 and p= 0.046 respectively. 2) Postreperfusion syndrome was absent in Group 1, but present in 33.33% of patients in Group 2, p= 0.021. 3) The cardiac index increase immediately after the test solution infusion was significantly higher in Group 1 (31.27%) than in Group 2 (7.54%), p< 0.001. 4) The rise in cardiac index after reperfusion was significantly lower in Group 1 (70.42%) than in Group 2 (125.91%), p< 0.001. 5) Cardiac index at 5 and 30 minutes after reperfusion was significantly lower in Group 1 (6.51 ± 0.81 and 5.56 ± 0.86 L.min-1.m-2) than in Group 2 (7.41 ± 0.87 and 6.34 ± 0.93 L.min-1.m-2), p= 0.007 and p= 0.024 respectively. 6) When compared to their baseline moments, beginning of surgery, cardiac index at 5 and 30 minutes after reperfusion presented significantly lower increases in Group 1 (26.16% and 7.75%) than in Group 2 (45.57% and 24.80%), p = 0.019 and p = 0.021 respectively. 7) Systemic vascular resistance index immediately after the test solution infusion dropped by 18.83% in Group 1 while it increased by 9.29% in Group 2, p < 0.001. 8) The decrease in systemic vascular resistance index immediately after reperfusion was significantly lower in Group 1 (44.52%) than in Group 2 (61.80%), p < 0.001. 9) Systemic vascular resistance index at 5 and 30 minutes after reperfusion were significantly higher in Group 1 (799.35 ± 131.51 and 963.10 ± 171.33 dyn.s.cm-5.m-2) than in Group 2 (652.14 ± 115.47 and 831.47 ± 113.84 dyn.s.cm-5.m-2), p= 0.003 and p= 0.020 respectively. 10) Fluid requirements after reperfusion were significantly lower in Group 1 (12.80 ± 1.47 mL/kg/h) compared to Group 2 (15.47 ± 2.23 mL/kg/h), p= 0.001. 11) Serum sodium after the test solution infusion and at the end of surgery was significantly higher in Group 1 (152.66 ± 4.45 and 148.92 ± 3.60 mEq/L) than in Group 2 (143.59 ± 3.92 and 142.76 ± 3.17 mEq/L), p< 0.001. 12) Serum chloride after the test solution infusion and at the end of surgery was significantly higher in Group 1 (124.03 ± 4.01 and 119.41 ± 3.04 mEq/L) than in Group 2 (111.20 ± 3.80 and 111.93 ± 6.26 mEq/L), p< 0.001. 13) Blood pH immediately after the test solution infusion was significantly lower in Group 1 (7.29 ± 0.05) than in Group 2 (7.34 ± 0.06), p < 0.039. 14) In those patients with intracranial hypertension, the intracranial pressure decreased 48.77% immediately after hypertonic saline solution infusion, an effect that was sustained throughout graft reperfusion to the end of the surgical procedure. CONCLUSIONS: Hypertonic saline solution infusion during orthotopic liver transplantation abolished the postreperfusion syndrome, attenuated the hemodynamic changes secondary to graft reperfusion and lowered fluid requirements.
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Efeito da administração aguda de 17beta-estradiol ou de progesterona em modelo de isquemia-reperfusão medular em ratos / Effect of the acute administration of estradiol or of progesterone in a spinal cord ischemia-reperfusion model in rats

Leonardo Pessoa Cavalcante 23 November 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A lesão medular isquêmica continua sendo uma complicação devastadora das intervenções cirúrgicas na aorta torácica descendente e aorta toracoabdominal. Relatos das diferenças de desfechos clínicos neurológicos entre os gêneros após lesões cerebrais isquêmicas e traumáticas têm levantado o interesse nas influências hormonais, bem como gerado outros estudos buscando a comprovação dos efeitos neuroprotetores do estradiol e da progesterona. Nossa hipótese foi a de que a administração aguda de 17beta-estradiol ou de progesterona seria capaz de prevenir ou atenuar a lesão medular isquêmica causada pela oclusão transitória da aorta torácica descendente proximal. OBJETIVO: Analisar os efeitos na medula espinhal da administração aguda de 17?-estradiol ou de progesterona em modelo experimental de isquemia-reperfusão medular por oclusão transitória da aorta torácica descente proximal de ratos machos. MÉTODOS: Ratos machos, da linhagem wistar, foram divididos aleatoriamente em 3 grupos para a administração de 280ug/Kg de 17beta-estradiol (n=12) ou de 4mg/Kg de progesterona (n=8) ou do veículo de infusão (grupo controle) (n=12), 30 minutos antes da oclusão transitória da aorta torácica descendente por 12 minutos. A confirmação da oclusão efetiva aórtica deu-se por meio da monitorização contínua da pressão arterial média distal com o uso de cateter colocado na artéria caudal dos animais (mantida em 10mmHg). A oclusão da aorta torácica descendente deu-se por meio do posicionamento de um cateter de Fogarty no. 2, passado no sentido caudal, via dissecção da artéria carótida comum esquerda do animal. A função locomotora dos animais foi avaliada no 1o, 3o, 5o, 7o, e 14o dia pós-operatório. No 14o dia pós-operatório, os animais, após anestesia profunda, foram sacrificados e tiveram suas medulas espinhais retiradas para análise histológica e imunohistoquímica. RESULTADOS: Houve comprometimento significativo da função locomotora inicialmente nos 3 grupos de estudo, com recuperação parcial da mesma ao longo do período de observação, não havendo diferença entre os grupos durante o período de observação. A análise histológica da substância cinzenta evidenciou escassos neurônios viáveis e importante vacuolização celular nos 3 grupos de estudo no 14o dia. A análise imunohistoquímica da substância cinzenta medular com anticorpos anti-Bcl2 e anti-anexina V foi similar nos 3 grupos. Houve marcação positiva de necrose celular com o iodeto de propídio, sendo a mesma semelhante nos 3 grupos estudados. CONCLUSÃO: A administração aguda de estradiol ou de progesterona, 30 minutos antes da oclusão transitória da aorta descendente proximal de ratos machos não foi capaz de prevenir ou atenuar a lesão medular isquêmica, até o 14o dia de observação, do ponto vista funcional ou histológico / BACKGROUND: Spinal cord ischemic injury remains a dreadful complication following thoracic and thoracoabdominal aortic interventions. Reports on gender-related neurological outcomes after ischemic and traumatic brain injuries have raised interest in hormonal influences, and have generated studies into neuroprotective effects of estrogen and progesterone. We hypothesized that the acute pre-operative administration of estradiol or of progesterone would prevent or attenuate spinal cord ischemic injury induced by transitory occlusion of the proximal descending thoracic aorta. OBJECTIVE: Evaluate the spinal cord effects of the acute administration of 17beta-estradiol or of progesterone in a spinal cord ischemia-reperfusion model. METHODS: Male rats were divided to receive 280ug/Kg of 17beta-estradiol (n=12) or 4mg/Kg of progesterone (n=8) or vehicle (control group) (n=12) 30 minutes before transitory occlusion of the proximal descending thoracic aorta, mean distal arterial blood pressure was maintained at 10mmHg during 12 minutes. Hind limb motor function was assessed at 1, 3, 5, 7 and 14 days after reperfusion. At the 14th day, a segment of the thoracolumbar spinal cord was harvested and prepared to histological and imunohistochemical analyses. RESULTS: There was an important hind limb motor function impairment initially in the 3 study groups, with partial improvement along time, but no difference was detected between groups during de observational period. Gray matter analysis showed scarce viable neurons and a marked cellular vacuolation in all three groups, but the number of viable neurons per section areas was not different between study groups at day 14th. Immunostaining of the spinal cord gray matter with antibodies anti-Bcl2 and anti-annexin V was similar among the 3 study groups. There was positive staining for the necrotic marker propidium iodide, with all groups presenting a similar staining pattern. CONCLUSION: We found that a single-dose administration of estradiol or of progesterone, 30 minutes before transitory occlusion of the proximal descending thoracic aorta of male rats, was not able to prevent spinal cord ischemic injury through analysis of functional and histological outcomes at 14 days of observation
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Crises epilépticas e epilepsia após acidente vascular cerebral isquêmico com uso de terapia de reperfusão (rt-PA) ou hemicraniectomia descompressiva

Brondani, Rosane January 2015 (has links)
Base teórica: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a causa mais comum de novos diagnósticos de epilepsia no idoso. Embora a epilepsia pós-AVC seja um fenômeno clínico reconhecido há muito tempo, seguem muitas questões não resolvidas. Além disso, nas últimas duas décadas, o tratamento do AVC isquêmico sofreu mudanças radicais com a introdução da trombólise e da hemicraniectomia descompressiva (HD) para o tratamento do infarto maligno de artéria cerebral média (ACM). As consequências destas duas novas abordagens terapêuticas nas características da epilepsia pós-AVC ainda são pouco exploradas. Objetivo: Estudar as características e estimar fatores de risco para as crises epilépticas ou a epilepsia pós-AVC em pacientes submetidos ao tratamento agudo (Estudo 1) ou HD para infarto maligno de ACM (Estudo 2). Métodos: O estudo 1 é uma coorte de 153 pacientes submetidos a trombólise. Variáveis estudadas incluiram fatores de risco para o AVC e variáveis associadas ao AVC isquêmico agudo e trombólise. Utilizamos a análise de regressão de Cox para o estudo das variáveis que se associaram de forma independente com crises epilépticas, epilepsia pós-AVC e o desfecho do AVC. O estudo 2 é também uma coorte que retrospectivamente avaliou 36 pacientes com infarto maligno de ACM tratados com HD. Tempo, incidência e fatores de risco para crises epilépticas e desenvolvimento de epilepsia foram analisados. Resultados: Estudo 1: 74 pacientes (48,4%) eram mulheres; média de idade foi 67,2 anos (DP=13,1). Média do NIHSS na chegada foi 10,95 (DP=6,25) e 2,09 (DP=3,55) após 3 meses. Transformação hemorrágica ocorreu em 22 (14,4%) dos pacientes. Foi considerado desfecho bom classificação na escala modificada de Rankin (mRS) 0-1, sendo encontrado em 87 (56,9%) dos pacientes. Vinte e um pacientes (13,7%) tiveram crises epilépticas e 15 (9,8%) desenvolveram epilepsia após a trombólise. Crises epilépticas foram associadas de forma independente com transformação hemorrágica e desfecho não favorável (mRS ≥ 2) em três meses após o AVC. Transformação hemorrágica e mRS ≥ 2 avaliados em 3 meses, associaram-se de forma independente com epilepsia pós-AVC. Crises epilépticas surgiram como um fator de risco independente para desfecho pobre. Estudo 2. A média de seguimento dos pacientes foi de 1.086 (DP= 1.172) dias. Nove pacientes morreram antes de receberem alta hospitalar e no período de um ano, 11 pacientes haviam morrido. Quase 60% alcançaram mRS ≤ 4. Treze pacientes desenvolveram crises dentro da primeira semana após o AVC. No total, crises epilépticas ocorreram em 22 (61%) dos 36 pacientes. Dezenove pacientes (56%) dos 34, sobreviveram ao período agudo e desenvolveram epilepsia após infarto da ACM e HD. Questionamos aos pacientes ou responsáveis se eles se arrependeram de terem autorizado a HD no momento do AVC. Também foi perguntado se eles autorizariam a HD novamente. Trinta e dois (89%) não se arrependeram de ter autorizado a HD no momento do infarto agudo da ACM, e autorizaria novamente em retrospecto. Conclusão: Confirmamos que as frequências de crises ou epilepsia pós-AVC e trombolítico são comparáveis com as frequências das décadas da era pré-trombólise e confirmamos a alta incidência de crises epilépticas e epilepsia após infartos malignos de ACM submetidos a HD. Em nosso estudo, as crises epilépticas associaram-se de forma independente com pior prognóstico após terapia trombolítica. / Background: The most common cause of newly diagnosed epilepsies in the elderly is stroke. Although post-stroke epilepsy is a well-studied stroke complication, many questions remain unsolved. In addition, during the past two decades, the treatment of stroke has changed dramatically with the introduction of thrombolysis for treatment of acute ischemic stroke (AIS) and decompressive hemicraniectomy (DHC) for malignant middle cerebral artery infarction (MCA). The consequences of these two new therapeutic approaches for characteristics of post-stroke epilepsy remains poorly explored. Objective: To study characteristics and estimate risk factors for acute seizures or post-stroke epilepsy in patients submitted to thrombolysis for treatment of acute stroke (Study 1) or DHC for malignant MCA infarction. Methods: Study 1 is a cohort study of 153 patients submitted to thrombolysis. Variables studied included risk factors for stroke, and variables related to acute stroke and thrombolysis. Variables independently associated with seizures, pos-stroke epilepsy or stroke outcome were defined using Cox regression analysis. Study 2 is also a cohort study that retrospectively assessed 36 patients with malignant stroke of the MCA submitted to DHC. Timing, incidence and plausible risk factors for seizure and epilepsy development were analyzed in these patients. Results: Study 1. Seventy-four patients (48.4%) were female; mean age of patients was 67.2 years-old (SD=13.1). Initial NIHSS mean score was 10.95 (SD=6.25) and 2.09 (SD=3.55) after three months. Hemorrhagic transformation occurred in 22 (14.4%) patients. A good outcome, as defined by a modified Rankin Scale (mRS) of 0-1, was observed in 87 (56.9%) patients. Twenty one (13.7%) patients had seizures and 15 (9.8%) patients developed epilepsy after thrombolysis. Seizures were independently associated with hemorrhagic transformation and with mRS ≥ 2 three months after stroke. Hemorrhagic transformation and unfavorable outcome, as measured by mRS ≥ 2 after three months, were variables independently associated with post-stroke epilepsy. Seizures emerged as an independent factor for poor outcome in stroke thrombolysis. Study 2. Mean patient follow-up time was of 1.086 (SD=1.172) days. Nine patients died before being discharged and after one year eleven patients died. Almost 60% had the modified Rankin score ≤ 4. Thirteen patients developed seizures within the first week after stroke. In total, seizures occurred in 22 (61%) of 36 patients. Nineteen patients (56%) out of 34 patients who survived the acute period developed epilepsy after MCA infarcts and DHC. Also, we asked patients or the person responsible for them whether they regretted, in retrospect, having authorized DHC at the time of the stroke. It was also asked whether they would authorize DHC again. Thirty- two (89%) did not regret having authorized DHC at the time of acute MCA infarct, and would authorize DHC again in retrospect. Conclusion: We confirm that seizures or post-stroke epilepsy rates after thrombolysis are comparable with rates from pre-thrombolysis decades and a high incidence of seizures and epilepsy after malignant MCA infarcts submitted to DHC. In our study, seizures were an independent risk factor associated with worst outcome after thrombolysis therapy.
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Estudo do receptor P2X7 nas classes neuronais do íleo de ratos submetidos à isquemia intestinal com reperfusão. / Study of the P2X7 receptor in neurons of the ileum of rats subjected to intestinal ischemia with reperfusion.

Kelly Palombit 28 June 2010 (has links)
Dor abdominal pode ser consequente a inúmeras causas, entre as várias possibilidades precisamos ficar atentos aos quadros de isquemia intestinal. No trato digestório a isquemia/reperfusão intestinal (I/R-i) acarreta alterações morfológicas nos neurônios entéricos. Este trabalho tem como objetivo analisar o comportamento das diferentes classes neuronais e do receptor P2X7 no plexo mioentérico do íleo de ratos Wistar submetidos à I/R-i. A isquemia intestinal foi obtida pela obstrução do fluxo sanguíneo das artérias ileais no período de 35 minutos, seguida pelos períodos de reperfusão de 6, 24, 72 horas e 1 semana. No grupo sham não houve a oclusão das artérias ileais. Os tecidos foram preparados por métodos imunohistoquímicos de duplas marcações do receptor P2X7 com a Óxido Nítrico Sintase neuronal (NOSn), calbindina (Calb), calretinina (Calr) e Acetilcolina Transferase (ChAT) e do receptor P2X7, da NOSn e da ChAT com o pan-neuronal anti-HuC/D. As análises qualitativas e quantitativas das contagens das duplas marcações, das densidades neuronais e da área dos perfis foram obtidas dos microscópios de fluorescência e de Confocal de Varredura à Laser. Os resultados qualitativos demonstraram diminuição da expressão do receptor P2X7 no grupo I/R-i de 24 horas e retorno da expressão nos grupos I/R-i de 72 horas e 1 semana. Os dados quantitativos demonstraram: a) os neurônios do plexo mioentérico foram imunorreativos ao receptor P2X7; b) não houve alterações significativas nas duplas marcações do receptor P2X7 com os neurônios NOSn-ir, Calr-ir, Calb-ir e ChAT-ir nos grupos sham e I/R-i; c) não houve alterações significativas nas duplas marcações do receptor P2X7, e dos neurônios NOSn-ir e ChAT-ir com o pan-neuronal anti-HuC/D nos grupos sham e I/R-i; d) houve diminuição nas densidades nos grupos I/R-i com 6, 24, 72 horas e 1 semana dos neurônios P2X7-ir, NOSn-ir, Calr-ir, Calb-ir, ChAT-ir e anti-HuC/D-ir quando comparados aos grupos sham; e) houve um aumento na área do perfil dos neurônios NOSn-ir nos grupos I/R-i de 6 e 24 horas, nos neurônios ChAT-ir houve um aumento no grupo I/R-i de 1 semana e nos neurônios Calr-ir houve uma diminuição no grupo I/R-i de 6 horas e um aumento no grupo I/R-i de 24 horas quando comparados aos grupos sham. O presente estudo demonstrou que a I/R-i está associada com a perda significativa de diferentes subpopulações de neurônios do plexo mioentérico acompanhada por diversas alterações morfológicas, o que pode acarretar problemas na motilidade intestinal. / Abdominal pain may be consequent to numerous causes, among the various possibilities need to be attentive to intestinal ischemia. In the digestive tract the intestinal ischemia-reperfusion (I/R-i) causes morphological changes in enteric neurons. The aim of the work was to analyze the behavior of different neurons and P2X7 receptor in the myenteric plexus of the ileum of rats subjected to I/R-i. Intestinal ischemia was obtained by the obstruction of blood flow in the ileal arteries period of 35 minutes followed by reperfusion periods of 6, 24, 72 hours and 1 week. In the sham group there was no occlusion of the ileal arteries. The tissues were prepared by immunohistochemical methods for double staining of P2X7 receptor with neuronal nitric oxide synthase (nNOS), calbindin, calretinin and acetylcholine transferase (ChAT) and P2X7 receptor, the nNOS and ChAT with pan-neuronal marker anti-HuC/D The qualitative and quantitative analysis of the counting of double staining, the neuronal density and the area of the cell body profile were obtained from fluorescence microscopy and confocal scanning laser. The qualitative results showed decreased expression of the P2X7 receptor in I/R-i for 24 hours group and return the expression in I/R-i for 72 hours and 1 week groups. The quantitative data showed: a) neurons in the myenteric plexus were immunoreactive for P2X7 receptor; b) no significant changes in the double staining of P2X7 receptor with nNOS, calretinin, calbindin and ChAT neurons in the sham and I/R-i groups; c) does not significant changes in the double staining of the P2X7 receptor, the nNOS and ChAT neurons with the pan-neuronal marker anti-HuC/D in sham and I/R-i groups; d) the densities of the P2X7 receptor, nNOS-IR, calretinin-IR, calbindin-IR, ChAT-IR and anti-HuC/D-IR neurons were decreased in I/R-i 6, 24, 72 hours and 1 week groups, when compared to sham group; e) the profile area was increased in nNOS-IR neurons in the I/R-i for 6 and 24 hours groups, ChAT-IR neurons in I/R-i 1 week group and in the calretinin-IR neurons there was a decrease in I/R-i 6 hours group and an increase in I/R-i for 24 hours group when compared to sham group. The present study demonstrated that I/R-i is associated with significant loss of different subpopulations of neurons in the myenteric plexus accompanied by several morphological changes, which can cause intestinal motility disorder.
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A haploinsuficiência de Pkd1 aumenta a lesão renal e induz formação de microcistos após isquemia/reperfusão em camundongos / Pkd1 haploinsufficiency increases renal damage and induces microcyst formation following ischemia/reperfusion in mice

Ana Paula Almeida Bastos 28 July 2010 (has links)
A maior parte dos casos de doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) é causada por mutações no gene PKD1 (Polycystic Kidney Disease 1). O insulto por isquemia/reperfusão (IR) constitui-se em uma causa freqüente de lesão renal aguda, incluindo a população de pacientes com DRPAD, mas a relação entre policistina-1 e IR é essencialmente desconhecida. Uma vez que a policistina-1 modula proliferação, diferenciação celular e apoptose em sistemas de cultura de células, sua menor atividade biológica na DRPAD poderia favorecer um maior grau de lesão renal. Utilizamos uma linhagem endogâmica de camundongos 129Sv com uma mutação nula em Pkd1 para testar esta hipótese. Camundongos Pkd1+/- não apresentam cistos renais até 12 semanas de vida, constituindo-se em um modelo puro de haploinsuficiência para este gene. Um insulto IR bilateral de 32 min foi induzido em camundongos machos de 10-12 semanas de idade, heterozigotos e selvagens, por meio do clampeamento reversível de ambos os pedículos renais. Os animais foram analisados 48 h, 7 dias (d) e 14 d após o insulto. Camundongos Pkd1+/- apresentaram FENa, FEK e SCr mais elevadas que animais Pkd1+/+ 48 h após IR. O dano cortical residual foi mais severo em heterozigotos que em selvagens em todos os tempos avaliados. A marcação para PCNA também foi mais alta em camundongos Pkd1+/- que Pkd1+/+ 48 h e 7 d pós-IR, enquanto a taxa de apoptose e a infiltração inflamatória intersticial foram maiores em heterozigotos que em selvagens nos seguimentos de 48 h, 7 d e 14 d pós-IR. A expressão renal de p21 foi menor nos camundongos Pkd1+/- que Pkd1+/+ no tempo de 48 h pós-insulto, tanto no nível transcricional como traducional. Análises adicionais realizadas 6 semanas após o insulto IR revelaram dilatação tubular e formação de microcistos nos camundongos haploinsuficientes para Pkd1, assim como fibrose renal aumentada nesses animais, comparados aos camundongos selvagens. Por fim, um insulto de 35 min de isquemia/reperfusão acompanhou-se de uma mortalidade precoce substancialmente maior nos animais Pkd1+/-. Esses achados sugerem que isquemia/reperfusão induza uma lesão mais severa em rins de camundongos haploinsuficientes para Pkd1, um processo aparentemente dependente de uma deficiência relativa da atividade de p21, assim como dilatação tubular e formação de microcistos. Em conjunto, nossos resultados sugerem que a heterozigose para mutação nula em Pkd1 em camundongo (e talvez em humanos) esteja associada a um risco aumentado para lesão renal por isquemia/reperfusão e a um pior impacto desse insulto sobre a progressão da doença renal. / The majority of autosomal dominant polycystic kidney disease (ADPKD) cases are caused by mutations in the PKD1 gene. Ischemia/reperfusion is a frequent cause of acute kidney injury, including the ADPKD patient population, but the relationship between polycystin-1 and ischemia/reperfusion is essentially unknown. Since polycystin-1 modulates cell proliferation, cell differentiation and apoptosis in cell culture systems, its lower biological activity in ADPKD might amplify the degree of renal injury. Using an inbred 129Sv mouse line with a Pkd1-null mutation, 32-min renal ischemia/reperfusion was induced in 10-12 week-old male non-cystic mice, heterozygotes and wild types. The animals were analyzed at 48h, 7 days (d) and 14d after the insult. Pkd1+/- mice showed higher FENa, FEK and SCr than Pkd1+/+ animals at 48h of follow-up. The residual cortical damage was more severe in heterozygotes than wild types at all evaluated time points. The PCNA staining was also higher in Pkd1+/- than Pkd1+/+ mice at 48h and 7d, while cell apoptotic rates and the interstitial inflammatory infiltration were higher in heterozygotes than wild types at 48h, 7d and 14d postischemia/ reperfusion. The expression of p21 was lower in Pkd1+/- than Pkd1+/+ kidneys at 48h, both at the transcriptional and translational levels. Additional analyses performed 6 weeks after the insult showed tubular dilatation and microcyst formation in the haploinsufficient mice, and increased renal fibrosis in these animals compared to wild types. Thirty-fivemin ischemia/reperfusion, at last, was accompanied by a substantially higher early mortality of Pkd1+/- animals. These findings suggest that ischemia/reperfusion induces a more severe injury in kidneys of Pkd1- haploinsufficient mice, a process that is apparently dependent on a relative deficiency of p21 activity, as well as tubular dilatation and microcyst formation. Altogether, our results suggest that mouse Pkd1-null heterozygosity (and maybe human) is associated with a higher risk for renal ischemia/reperfusion injury and with a worse impact of this insult upon renal disease progression.

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