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Várias faces de uma mesma moeda? : as representações da responsabilidade social em um banco público brasileiroSilva, Luiza Mônica Assis da 15 March 2011 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Curso de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2011. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2011-05-24T12:57:39Z
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2011_LuizaMonicaAssisSilva.pdf: 7752540 bytes, checksum: 8117c9b852fb6b785d8a61e933ccce02 (MD5) / Embasada nos pressupostos da Teoria das Representações Sociais e do Campo da
Comunicação, essa tese teve como objetivo identificar os conteúdos e processos das
representações sociais sobre responsabilidade social presentes em mensagens institucionais de um banco público e no discurso de funcionários e clientes. Dois estudos empíricos foram realizados. No primeiro, buscou-se identificar os principais conteúdos expressos, as ênfases e recortes a respeito da responsabilidade social presentes no discurso institucional
por meio de comerciais, de textos do site oficial e da revista institucional interna. Neste estudo foi utilizada a metodologia qualitativa (análise lexical e semiótica). O segundo estudo teve como objetivos identificar e comparar as representações sociais da responsabilidade social no discurso de funcionários e clientes. Foi aplicado um questionário a uma amostra de conveniência de 640 funcionários do banco e 377 estudantes-universitários. O método usado foi quali-quanti com o uso de análises de evocação e lexical, bem como análises estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados da pesquisa mostram distintas representações. A veiculada pela empresa se aproxima do universo científico e busca acomodar a cultura organizacional do banco e legitimar seus interesses. O grupo de funcionários objetiva e ancora suas representações nos valores da cultura organizacional com conteúdos bastante próximos ao universo reificado. Os clientes
tem pouca intimidade com o objeto representacional, assim objetivam e ancoram a
representação em conformidade com a sua condição de consumidor. Essas representações
relacionam-se à representação hegemônica da Responsabilidade Social Empresarial que
atribui às empresas a função de legitimação do capitalismo e um papel ao mesmo tempo
protagonista e alienante. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Based on the Theory of Social Representations and the Field of Communication, this thesis aims to identify the contents and processes of social representations of social responsibility. The subject is analyzed regarding one of the main brazilian banks, and is done in a comprehensive manner, taking into consideration organizational communication
tools and the speech of employes and customers in two surveys specially designed. One first empirical study is conducted to find out within the communication tools the main categories, emphases and clippings about the social responsibility. This study uses a qualitative methodology (lexical analysis and semiotics) to reveal the company’s approach and handles television advertisements, texts on the official website as well as an institutional magazine distributed to employees. The second study aimed to identify the employees’ social representations of social responsibility and, doing the same with customers’ view, compare and distinguish both representations. A questionnaire was
administered to a convenience sample of 640 bank employees and 377 graduate students
(clients of the bank). The methodology applied in this second study was qualitative and quantitative, combining recall and lexical analysis with descriptive and inferential methods. The results of both studies show different representations. The company representation is very close to state-of-the-art scientific debate and seeks to reinforce the bank’s organizational culture and legitimate its interests. The group of employees anchor its epresentations on the values of the banks’ organizational culture, and reveals a content very similar to the reified universe, mostly influenced by company’s view. On the other hand, the customers have little familiarity with the object of representation (social responsibility) and tends to restrict bank’s practices and responsibilities in relation to their status as consumers. As a whole, these representations are related to the hegemonic representation of corporate social responsibility that gives companies a key and increasing role in the world, which contributes to legitimize the capitalism. At the same time, this hegemonic representation alienate the individuals who become more distant from seeing themselves as actors in the social responsibility.
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Ontogênese de representações sociais de família em crianças de quatro e seis anosSANTOS, Carina Pessoa 10 December 2015 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-01-22T14:59:46Z
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Previous issue date: 2015-12-10 / CAPES / Esta tese tem como objetivo perscrutar a ontogênese de representações sociais sobre família em crianças entre quatro e seis anos de idade. Especificamente: analisar a construção das representações sociais de família em crianças de quatro a seis anos; identificar, nas estratégias de elaboração das significações de família, valores, conflitos, tensões e crenças que possam estar na base dos processos de ancoragem e objetivação destas representações; e desenvolver proposta metodológica para o estudo da ontogênese de representações sociais em crianças pequenas, fundamentada na perspectiva interacionista;. Trata-se de pesquisa desenvolvida na interface entre a Psicologia Social e a Psicologia do Desenvolvimento, compreendendo-se que, no estudo da ontogênese de representações sociais, a atenção deve ser colocada sobre a criança como um sujeito em desenvolvimento; e sobre o desenvolvimento como processo biologicamente social. Diante desses aspectos, foi elaborado o método das oficinas de teatro sobre família, que consistiu em convidar grupos de quatro crianças para planejarem e encenarem um teatro sobre família. Participaram da pesquisa 28 crianças matriculadas em dois Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) localizados na região metropolitana do Recife, sendo 12 meninos e 16 meninas, com idades variando entre quatro anos e oito meses; e seis anos e sete meses. Estes foram organizados em sete grupos, respeitando-se suas idades, a qualidade de seus relacionamentos e, sempre que possível, a mesma quantidade de meninos e de meninas por grupo. Assim, formaram-se três grupos no CMEI 1 e quatro grupos no CMEI 2. As oficinas totalizaram 4 horas 56 minutos e 28 segundos e foram videogravadas e submetidas a uma análise qualitativa de episódios interacionais. Após a identificação dos episódios, eles foram nomeados de acordo com o seu conteúdo e tomados como base para uma análise que procurou realçar processos subjacentes à ontogênese de representações sociais em crianças pequenas. Assim, a análise microgenética dos dados fundamentou, inicialmente, uma reflexão crítica ao método das oficinas de teatro sobre família, destacando suas possibilidades e limites. Posteriormente, ela permitiu adentrar o exame do processo constitutivo da ontogênese das representações sociais de família com destaque à imaginação da criança como ferramenta incitadora de suas reflexões sobre a realidade, realce ao processo produtivo-reprodutivo de apropriação cultural e, ainda, com saliência à construção dos processos de objetivação e de ancoragem dessas representações sociais. Por fim, apresenta-se uma breve discussão acerca da polifasia cognitiva e a imaginação. / This thesis aims to examine the ontogeny of social representations of family in children between four and six years old. Specifically: analyze the construction of family social representations in children between four and six years old; identify values, conflicts, tensions and beliefs, in the strategies in conceiving family, which may underlie the anchoring and objectification processes of these representations; and develop methodological proposal for the study of ontogeny of social representations in early children, based on the interactionist perspective. This is a research undergoing between Social Psychology and Developmental Psychology, taking into account that, in the study of ontogeny of social representations, attention should be driven onto the child as a subject in development; and the development as a process biologically social. Considering these aspects, we designed the theater workshop method on family which consisted of inviting children in groups of four to plan and stage a play about family. 28 children attending two Early Childhood Municipal Centers (CMEIs) located in the metropolitan area of Recife participated in the research. The subjects were 12 boys and 16 girls, aging between 56 and 79 months. There were seven groups, divided in accordance with their age, kind of their relationship and, whenever possible, preserving the same number of boys and girls per group. Thus, three groups were formed in CMEI 1 and four groups in CMEI 2. The workshops lasted for 4 hours 56 minutes and 28 seconds, and were videotaped and submitted to a qualitative analysis of interactional episodes. After the identification of the episodes, they were labeled according to their content and taken as a basis for an analysis that sought to enhance processes underlying the ontogeny of social representations in early children. Thus, the micro genetic analysis of the data supported initially a critical reflection to the theater workshop method on family, highlighting its possibilities and limits. Later, it made it possible to examine the constitutive ontogenesis process of social representations of family, highlighting the imagination of the child as an inciting tool for their reflections on reality, enhancing the productive-reproductive process of cultural appropriation and also shedding light onto the construction of objectification and anchoring processes in these social representations. Finally, a brief discussion about the cognitive polyphasia and imagination is presented.
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O Bullying nas Revistas: a representação social do bullying em Veja e Isto É de 2001 a 2012ALBUQUERQUE, Florrie Fernandes 27 April 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-02-02T12:20:39Z
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Previous issue date: 2015-04-27 / O presente trabalho teve por objetivo investigar as representações sociais do bullying na mídia, especificamente nas matérias de duas revistas de grande circulação nacional - Isto É e Veja. Este trabalho surge a partir da experiência profissional na área de Educação, cenário frequente de identificação do fenômeno e de uso constante do termo bullying. No contato direto com a comunidade educativa e seus discursos sobre o bullying, foi possível perceber que para propagação do termo bullying, a mídia impressa representou um importante papel. Constituiu-se em uma investigação que fez uso dos recursos teórico-metodológicos da Teoria das Representações Sociais, dentro da perspectiva da dialogiciadade. Trata-se de uma pesquisa documental, que para a construção dos dados, foram reunidas as matérias (físicas), disponibilizadas virtualmente, das revistas Veja e Isto é, que faziam uso do termo bullying. Foram um total de 40 matérias, sendo 19 da revista Veja e 21 da Revista Isto é. Optamos por uma análise plurimetodológica, que reúne os métodos qualitativo e quantitativo. No delineamento metodológico, foram utilizados a Análise de Conteúdo de Bardin (1977/2012), enquanto análise temática, juntamente com o programa ALCESTE (análise lexical). A análise temática, recurso da Análise de Conteúdo, gerou seis categorias. Na análise lexical foram formadas cinco classes divididas em 3 eixos, dados que foram cruzados para a investigação mais aprofundada das representações. Os resultados evidenciaram que, embora o bullying esteja pautado na dicotomia vítima-agressor, a perspectiva da vítima tem sido muito mais explorada. Identificamos ainda que massacre, tragédia e chacina também comtempla uma forte representação do fenômeno. Além disso, percebemos uma disputa de campo conceitual entre o bullying e o assédio moral, que passam a descaracterizar o bullying enquanto fenômeno próprio do ambiente escolar. A presente pesquisa representa apenas uma possibilidade de estudo sobre a temática, observando que os estudos do bullying ainda necessitam de maiores reflexões, tendo apenas iniciado seu percurso científico. Ficamos na esperança de que esse trabalho contribua para as discussões futuras sobre o fenômeno. / The present work aimed to investigate the social representations of bullying in media, specifically in articles of two important magazines in Brazil – Isto É and Veja. This work comes out from the professional experience in the area of Education, a frequent scenario of identification of the phenomenon and of the constant usage of the term ‘bullying’. With the direct contact with the school community and with their discourses on bullying, it was possible to realize that media played an important role in the spreading of the term ‘bullying’. Thus it became an investigation which made use of the theoretic and methodological resources of the Theory of Social Representations, in the perspective of dialogicity. It consists of a documental research, in which, in order to build our database, all the physical articles of the magazines Veja and Isto É which contained the word ‘bullying’ were gathered. Altogether, they were forty articles, nineteen from Veja and twenty-one from Isto É. We chose a plurimethodological analysis, which combines the quantitative and qualitative methods. In the methodological outlining, the Content Analysis of Bardin (1977/2012) was used as thematic analysis, together with the ALCESTE program (lexical analysis). The thematic analysis, which is a resource from the Content Analysis, originated six categories. In the lexical analysis, five classes were created, each divided into three axes, and the data were crossed for a more profound investigation of the representations. The results evidenced that, even though bullying is guided in the dichotomy victim-aggressor, the victim’s perspective has been far more explored. We could even identify that massacre, tragedy, and slaughter also contemplate a strong representation of the phenomenon. Besides, we noticed a dispute of conceptual field between bullying and moral harassment, which disfigures bullying as a phenomenon which is proper of the school environment. The present research represents only a possibility of study of the theme, considering that the studies of bullying still need more reflection, having just begun its scientific journey. We hope that this work will contribute to further discussions about the phenomenon.
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Sete cidades: um estudo das representações sociais das cidades brasileiras patrimônio mundial na WebSOUZA, Eliane Bevilacqua Lordello dos Santos 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objeto desta tese são as representações sociais na Web das cidades brasileiras tombadas pela
UNESCO (Ouro Preto, Olinda, Salvador, Brasília, São Luís, Diamantina, Goiás Velho).
Entendendo a Web como um ambiente de mídias e o site como o mais novo suporte narrativo
das cidades, a questão que move o trabalho é a de como são representadas essas cidades nos
sites. O objetivo é desvendar as representações sociais das cidades brasileiras tombadas pela
UNESCO nos websites. Os seus principais fundamentos teóricos são: os suportes narrativos
de cidades, atentando para aqueles que precederam os sites; o patrimônio mundial, enfocando
sua reprodutibilidade na cibercultura; a diversidade cultural, focalizando sua difusão na
cibercultura; a teoria das representações sociais, demonstrando seus aportes para a pesquisa de
cidades em mídias. Para o recorte dos sites, e para a detecção e análise das suas
representações, foram aliados a tais fundamentos: os passos metodológicos sugeridos pela
teoria das representações sociais e os métodos analítico-descritivos e de análise do discurso.
Formado em um percurso metodológico que compreendeu a visita a 700 sites e o estudo de
215 para escolher os de mais completo conteúdo, este recorte compreende 28 sites. As
representações são desvendadas, são relativizadas quanto aos critérios de tombamento da
UNESCO, e a tese sugere a realização ainda outras pesquisas sobre representações sociais de
cidades tombadas em mídias
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A autoridade docente nas representações sociais de professores(as) : implicações no espaço da sala de aulaALBUQUERQUE, Márcio Carneiro de 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Muito se tem tratado nos últimos anos sobre um dado sentimento de crise sobre o qual
se abateria a autoridade docente. Há nos dias de hoje, nas falas dos atores que compõe o
universo da escola, um entrecruzar de significações que intencionam atribuir algum
sentido a natureza e extensão dessa propalada crise na ambiência escolar e
especificamente no espaço da sala de aula. Deste modo, esta pesquisa teve por objetivo
central analisar as representações sociais da autoridade docente. Por principal eixo
norteador da investigação foram utilizados os aportes da teoria das representações
sociais idealizada por Serge Moscovici. Tal escolha consubstanciou-se na idéia de que
as representações sociais acerca da autoridade de certa forma inflectir-se-ia na
edificação tanto dos espaços de convivência pedagógica quanto nos discursos
circulantes e nas práticas dos professores nestes espaços. A pesquisa foi realizada junto
a 42 professores e professoras vinculados a rede de ensino do estado de Pernambuco. Os
participantes compreenderam um universo de profissionais com diferentes tempos de
exercício da docência e oriundos de turmas regulares do Ensino Fundamental e Médio.
Os instrumentos de coleta de dados envolveram a aplicação de entrevista
semiestruturada e a inquirição via associação livre de palavras. A apreciação das
respostas da entrevista foi feita com base nos encaminhamentos propostos por Bardin
quanto a análise de conteúdo. Os dados da associação livre de palavras foram avaliados
a partir da disposição dos mesmos em relação a evocação das palavras e agrupamento
por campos semânticos. Os resultados desta referida análise, conduzem a algumas
considerações: a. que as representações sociais sobre a autoridade docente no mais das
vezes se identificam com as visões de um dado poder arbitrário (autoritarismo), embora
também entendido como legítimo e necessário aos processos educativos; b. que tal
autoridade estaria vinculada ao emprego de uma dada força desprendida do professor
para com o aluno; c. que a autoridade estaria assentada e proximamente atrelada aos
sentidos de uma normatividade útil a organização dos espaços pedagógicos. e por fim,
d. de que o diálogo e a qualidade da relação com o aluno interferiria diretamente na
instituição desta autoridade. Tais significações aliadas a visão de uma dada
contextualidade que lhes abarcam deixam entrever do quanto em nossos dias a
autoridade do professor careceria de ser debatida no âmbito da escola no sentido de
poder possibilitar espaços nos quais o lugar do professor e do aluno possam ser
repensados sobre uma nova logicidade que permita uma melhor edificação dos espaços
convivência escolar
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Avaliação processual: um estudo das representações sociais de professoras da rede municipal de ensino do RecifeGUERRA, Gleice Kelly de Souza 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais de avaliação
processual construídas por professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da
Rede Municipal da cidade do Recife/PE. Constituiram-se como referenciais para
estudos de avaliação os autores: Perrenoud (1999; 2004), Esteban (1999; 2005),
Silva (2003; 2004), Hoffmann (2003; 2005a) e Luckesi (2005). Para a Teoria das
Representações Sociais nos apoiamos em Moscovici (1978; 2003) e Jodelet (2001;
2005). A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada junto a vinte professoras da
RPA 5, graduadas em Pedagogia e com formação acadêmica iniciada na década de
1990. Para definição do grupo realizamos um estudo exploratório. Os procedimentos
de coleta utilizados foram a observação e a entrevista semi-estruturada. A pesquisa
foi dividida em duas fases. Na primeira, observamos as práticas avaliativas de duas
professoras no intuito de nos aproximar de suas representações sociais de avaliação
processual. Na segunda, fizemos uso da entrevista com as vinte professoras
incluindo, nesse grupo, as duas docentes que tiveram suas práticas observadas.
Nosso intuito com o seu uso foi aprofundar e esclarecer os aspectos constituintes
das representações sociais de avaliação processual. A técnica utilizada para analisar
os registros das observações e depoimentos das entrevistas foi a Análise de
Conteúdo de Bardin (2004). Os resultados, no que se refere as professoras que
tiveram suas práticas observadas, nos autorizam a afirmar que a avaliação
processual tem ganhado configurações distintas. O processo avaliativo
desencadeado em sala de aula nos revelou que, para uma das docentes, a
representação social de avaliação processual se define por sua continuidade em
função do quantitativo de conteúdos, instrumentos avaliativos e atividades prescritas.
A segunda professora observada revelou uma representação social de avaliação
processual centrada no acompanhamento permanente dos percursos de
aprendizagem dos alunos descartando o forte viés de linearidade e somatório. Esses
últimos achados foram reforçados pelos depoimentos das entrevistadas. Para elas, a
representação social de avaliação processual centra-se no acompanhamento
ininterrupto, observando avanços, dúvidas e dificuldades dos alunos. Embora o
grupo de professoras deixe transparecer em seus depoimentos que se apropriaram
de conceitos coerentes com o novo paradigma da avaliação formativa e reconheçam
sua validade manifestaram-se, de modo geral, em conflito com as implicações
desses conceitos para as práticas. Essas evidências revelam, sobretudo, que o
mecanismo de ancoragem é o que se apresenta de forma mais patente em seus
discursos, já que esse conhecimento pode não estar sendo orientador de suas
práticas. Nossos resultados levam-nos a reconhecer que as políticas educacionais e
as instâncias formadoras devem considerar as representações sociais do grupo de
professoras como ponto de partida para o trabalho de formação docente a fim de
que suas posturas não incidam sob uma mera repetição do discurso ideológico sem
transformações que contribuam efetivamente para um novo fazer avaliativo
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O bom aluno nas representações sociais de professoras da rede municipal de ensino do Recife.LIMA, Andreza Maria de 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo desta pesquisa foi analisar as representações sociais do bom aluno
construídas por professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede
Municipal da cidade do Recife/PE. Partimos do pressuposto de que novas práticas
sociais educacionais estariam interferindo nessas representações. Auxiliaram-nos na
leitura do nosso objeto de pesquisa autores como Freire (1988; 2006), Libâneo
(2006), Saviani (2005; 2005a) e Patto (1993). O referencial teórico-metodológico da
investigação foi a Teoria das Representações Sociais originada por Serge Moscovici
e a Teoria do Núcleo Central iniciada por Jean-Claude Abric. A metodologia adotada
circunscreve-se na abordagem de natureza qualitativa. Segundo Abric, o conteúdo
das representações sociais se estrutura internamente em um sistema central, de
caráter estável, rígido e consensual e um periférico, de caráter mutável, flexível e
individual. Por isso, a análise das representações sociais exige que sejam
conhecidos seus três componentes: conteúdo, estrutura interna e núcleo central.
Para conhecê-los realizamos dois estudos, sendo que o segundo foi desenvolvido
em duas fases. Participaram do primeiro estudo duzentas professoras. Deste grupo
foram selecionadas vinte para participar do segundo. No primeiro estudo utilizamos
como procedimento de coleta a Associação Livre de Palavras e, para a análise, o
quadro de quatro casas com o auxílio do EVOC. Na primeira fase do segundo
estudo, utilizamos como procedimento a entrevista semi-estruturada e tratamos o
material com o suporte da Análise de Conteúdo Categorial. Na segunda fase,
aplicamos um Teste do Núcleo Central, cuja análise se fez com o cálculo de
freqüências e Análise de Conteúdo. Os nossos resultados mostraram que o
conteúdo das representações sociais do bom aluno das professoras são mistas,
porém a estrutura interna desse conteúdo tem no elemento interessado sua
centralidade. Este componente determina a significação e a organização dessas
representações. Os elementos periféricos respondem por uma extensa variabilidade
de relacionamentos das participantes com o objeto, em função principalmente das
práticas concretas em que estão envolvidas. Depreendemos que na configuração
dessas representações sociais elementos de origens diversas estão implicados. Por
isso, constatamos o fenômeno de polifasia cognitiva , ou seja, um estado em que
registros lógicos inseridos em modalidades diferentes de saber coexistem no mesmo
grupo. Embora reconhecendo que para a construção das representações sociais do
bom aluno concorreram saberes de origens diversas, confirmamos nosso
pressuposto inicial, isto é, as mudanças ocorridas nas práticas educacionais nas
quais as professoras estão imersas interferem na configuração de suas
representações, entretanto, elas não atingiram o núcleo central. Especulamos a
possibilidade de estar ocorrendo uma transformação progressiva nessas
representações, que ocorre quando as práticas novas não são totalmente
contraditórias com o núcleo central. Embora cientes de que as representações
sociais do bom aluno das docentes são autônomas, os nossos resultados
sinalizam, dentre outras coisas, que uma mudança no sistema central dessas
representações seria possível se as políticas públicas educacionais e as práticas
formadoras articulassem a teoria com o fazer e pensar pedagógico das professoras
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Inclusão de Alunos com Deficiência nas Representações Sociais de suas professorasALBUQUERQUE, Ednea Rodrigues de January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O princípio da inclusão de alunos com deficiência tem ocupado espaço significativo
na sociedade e vem estimulando práticas educacionais menos segregacionistas, de
forma a garantir oportunidades a esse grupo de aprender e se desenvolver tanto
quanto os alunos considerados normais. Esta pesquisa teve como objetivos analisar
as representações sociais de inclusão escolar entre professoras de Educação
Infantil e Ensino Fundamental regular, bem como apreender como tais
representações orientam suas práticas. O referencial orientador da investigação é a
Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. Essa teoria constitui-se
como uma forma de romper modelos explicativos que se sustentam estruturalmente
com base na dicotomia individual-coletivo. Vários estudiosos do processo de
inclusão, nosso objeto de estudo, foram tomados como referência. Destacamos:
Magalhães, Mantoan, Sassaki. O cenário escolhido para o nosso estudo foi o
município do Jaboatão dos Guararapes-PE, especificamente a rede pública de
ensino. As participantes da pesquisa são 43 professoras de turmas regulares de
Educação Infantil e Ensino Fundamental, que estão recebendo alunos com
deficiência. Os instrumentos utilizados para a coleta e geração dos dados foram a
entrevista semi-estruturada e a associação livre de palavras. Para analisar as
entrevistas, lançamos mão da análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin.
Os dados da associação livre foram organizados seguindo o critério freqüência de
evocação e distribuídos em campos semânticos. As categorias e campos
semânticos emergentes dessas fontes nos levam a afirmar que a representação
social de inclusão das professoras é um verdadeiro amálgama que agrega um
conteúdo geral centrado nos seguintes elementos: simples inserção do aluno com
deficiência na escola regular; impossibilidade e aprendizagem lenta; o suporte
ausente (falta o serviço de apoio e preparação técnico-profissional adequada); o
desvelo (amor, solidariedade, respeito, dedicação, paciência e atenção). Esse
conteúdo representacional de inclusão das professoras vem asseverar a negligência
para com a concretização do direito à educação para o aluno com deficiência. A
despeito de todo o discurso circulante sobre inclusão, essa representação social nos
ajuda a compreender a distância entre tal discurso e as práticas correntes nas
escolas públicas
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A formação continuada nas representações sociais de seus formadoresda Costa Lima, Renata 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Esta pesquisa buscou compreender quais representações sociais de formação
continuada são compartilhadas por seus formadores. Tomamos como categorias
centrais a formação e a formação continuada. Essas categorias foram
compreendidas a partir da teoria das representações sociais, tendo como suporte
Moscovici (1978, 2003, 2003a), Sá (1995, 1996, 1998, 1998a), Abric (1994,1998).
Para atingir os objetivos propostos e atender às características do objeto, tomamos
como encaminhamento metodológico a abordagem qualitativa. Para tanto,
buscamos no Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) os formadores
colaboradores deste estudo. Como procedimento metodológico, a pesquisa contou
com três etapas, quais sejam: análise da proposta de formação continuada do
Centro, aplicação de um teste de associação livre a 20 formadores e, por fim, a
entrevista semiestruturada com 10 formadores. A análise da proposta revelou que o
CEEL propõe uma formação continuada com base na abordagem crítico-reflexiva,
dando ênfase à questão da reflexão, da troca de saberes e do estudo teórico. O
teste de associação livre indicou que os formadores entendem o termo formação,
principalmente, voltado para a questão da formação de professores especificamente.
Quanto ao termo formação continuada, o teste revelou que os formadores apontam
apenas elementos positivos quando solicitados a falar sobre formação continuada.
Com a entrevista e com o teste de associação livre foi visto que os formadores
representam a formação continuada como um momento de curso e que isso
desconsidera a dimensão individual do processo de formação. A pesquisa revelou a
pessoa do formador como essencial ao processo de (re)significação de
(re)configuração e de (re)conceitualização da formação continuada, no contexto das
representações sociais, bem como que as representações servem de guias de
condutas para eles orientarem as suas praticas relativas aos professores que
formam
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Os Sentidos do Sindicalismo na Revista Veja: um Estudo em Representações SociaisPERONI, G. G. H. 09 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-09 / O sindicato dos trabalhadores é uma entidade que defende os direitos e os
interesses dos trabalhadores. O sindicalismo brasileiro esteve presente em
momentos históricos importantes do país, como por exemplo, no golpe a Vargas, no golpe militar de 1964 e no movimento de redemocratização e das Diretas Já (BOITO JR, 2005). Assim, torna-se fundamental analisar o contexto histórico, social, político e econômico em toda a sua amplitude para compreender as transformações das relações trabalhistas e do movimento sindical brasileiro. São diversos os sentidos do sindicalismo que circulam dentro de uma organização e, da mesma forma, na sociedade brasileira. Ademais, a mídia, integrada e atenta ao contexto político, social e econômico, também constrói e põe a circular sentidos e valores sobre o sindicalismo. Diante disso, a presente pesquisa tem como objetivo analisar os sentidos sobre o sindicalismo disseminados na Revista Veja, nos seguintes períodos históricos: Ditadura Militar (1968 a 1985); 4ª República ou redemocratização (1985 a 1990); Globalização e Neoliberalismo (1990 a 2002); Era Lula e atualidade (2003 a 2013). Justifica-se a escolha da Revista Veja como fonte de pesquisa devido a sua permanência, continuidade e representatividade no contexto brasileiro. A Teoria das Representações Sociais foi adotada como base para as análises realizadas. O delineamento metodológico utilizado foi o da abordagem qualitativa. Foi realizada uma pesquisa documental, cuja estratégia de coleta de dados foi a consulta a textos jornalísticos. Foram pesquisadas 161 edições da Revista Veja e 331 artigos foram selecionados para análise. A partir dos dados coletados foram construídas 46 categorias de análise, que posteriormente foram organizadas em 12 eixos temáticos.
Os resultados indicaram uma pluralidade de sentidos disseminados pela Revista Veja sobre o sindicalismo. No período da ditadura militar, as relações de trabalho da época foram consideradas como um fator para o ressurgimento da luta sindical e para o fortalecimento do sindicalismo, e em contrapartida, ocasionaram os conflitos entre governo e sindicatos. O novo sindicalismo surgiu durante a ditadura militar com uma postura radical e esquerdista e foi fortemente combatido pelo governo ditatorial, no entanto, foram inseridos positivamente num conjunto de entidades e sujeitos importantes para a reabertura política e a implantação e desenvolvimento da democracia no Brasil. Com o movimento neoliberal, as relações trabalhistas foram relatadas como fator da crise do sindicalismo. Os sindicatos, em alguns casos, tiveram que aceitar a redução salarial para a manutenção do emprego. A partir disso, constatou-se uma intensificação dos sentidos negativos atribuídos ao sindicalismo na atualidade, como o peleguismo, apoio sindical ao governo, abandono dos interesses da base, financiamento ilegal de candidaturas políticas, corrupção e corporativismo. A disseminação do novo sindicalismo e do sindicalismo na atualidade foi associada principalmente à figura de Luiz Inácio Lula da Silva. Por fim, acredita-se que a análise dos dados, por meio do uso do quadro teórico das RS e, especificamente dos conceitos de ancoragem e objetivação, proporcionou um aprofundamento na história do sindicalismo e em suas significações e sentidos.
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