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Retinopatia da prematuridade : incidencia, detecção e fatores relacionados : Hospital de Clinicas - UNICAMPTorigoe, Andrea Mara Simões 04 August 2018 (has links)
Orientador: Keila Miriam Monteiro de Carvalho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T14:57:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: A retinopatia da prematuridade (RP) é uma das principais causas de cegueira e morbidade visual na infância. Doença vasoproliferativa desenvolve-se a partir da vascularização retiniana imatura e sua detecção precoce e tratamento no estágio limiar ¿ estadio 3, diminui as seqüelas cicatriciais da doença e reduz o risco de perda visual. Doença freqüente com predominância pelos estadios menos avançados e regressão espontânea. Este estudo foi proposto para analisar a incidência e principais características da RP na população de crianças prematuras nascidas no Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher- Caism - Unicamp, no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2003, com vistas ao melhor conhecimento desta afecção. Realizou-se estudo longitudinal prospectivo, descritivo e analítico em coorte de 337 crianças prematuras. Observou-se incidência da RP em qualquer estadio de 28,19%, sendo que 66,67% da RP ocorreram em crianças nascidas com 1000g ou inferior e predominância dos estadios mais precoces da RP. Observou-se 7,37% de incidência para o estadio 3 limiar, sendo esta a freqüência de tratamento por meio de crioterapia para a RP, proporcionando 100% de resolução da doença. O seguimento oftalmológico iniciou-se entre 4 a 6 semanas de idade cronológica (IC) ou 31 a 33 semanas de idade pós-concepção (IPC) e a maturação vascular da retina, em média, ocorreu com 22 semanas de IC, período no qual este seguimento mostrou-se recomendável. A reversão dos diversos estadios da RP para a maturação vascular iniciou-se em uma mesma época, completando-se mais tardiamente nos estadios mais avançados. O peso mostrou-se o fator de risco mais significativo para presença da retinopatia da prematuridade. Na ocorrência de hemorragia intraventricular, a RP foi observada com maior freqüência e mais precocemente, juntamente com baixo peso ao nascimento, idade gestacional e utilização de oxigênio no primeiro mês de vida, que representaram os principais fatores de risco relacionados à RP. Observou-se maior percentual de miopia e estrabismo, no primeiro ano de vida no grupo de crianças que desenvolveu a RP e necessitou tratamento. O exame oftalmológico deve iniciar-se entre 4 a 6 semanas de idade cronológica ou 31 a 33 semanas de idade pós-concepcional, sendo o período de risco para o desenvolvimento do estadio 3-limiar as primeiras 16 semanas de idade cronológica ou 62 semanas de idade pós-concepção, período mínimo de seguimento nas crianças com fatores de risco para RP. O conhecimento das características dessa doença permite a detecção precoce dos estadios da RP e a seleção do momento ideal para tratamento / Abstract: The Retinopathy of prematurity (ROP) is one of the main causes of visual impairment in children. ROP is a vascular proliferative disease that develops from a immature retinal vascularization and earlier diagnosis and treatment of threshold stages (stage 3) reduces the risk of visual loss. ROP has 5 stages of development that develop in the first 6 months of life. Until the second stage of illness, 80% of patients have spontaneous regression. The same not occur in higher stages. Prematurity, low weight at birth, and oxygen supplement are risk factors current established for the development of ROP. The etiology of ROP remains obscure, although several studies suggests been multifactorial. This study, pointed that the incidence of ROP in any stage is 28,19%, that 66,67% of ROP occurred in children born with 1000g or less and the majority of the earlier stages of ROP with spontaneous regression of ROP. 7,12% of incidence to the stage 3 threshold was submitted from cryotherapy , that lead to 100% of resolution of disease. The ophthalmologic examination started between 4 and 6 weeks of chronologic age or 31 and 33 weeks of post conception age. The vascular maturation of retina in average occurred with 22 weeks of chronologic age, period in which the accompaniment revealed recommendable. The changing of different stages of ROP to vascular maturation began in the same time, but completing more lately in the higher stages. The birth weight revealed as the risk factor more important for ROP. The oxygen supplement reveals as a protective factor until 10 days of use, up than 30 days the ROP develops earlier than other groups. The APGAR index of 5 minutes shows lower in that children who develops ROP and need treatment. In the presence of intraventicular hemorrhage the ROP occurred with more frequency and earlier. It was observed higher myopia and strabismus in the first year of children who develop ROP and was treated with cryotherapy / Doutorado / Oftalmologia / Doutor em Ciências Médicas
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Avaliação econômica sobre as estratégias de rastreamento da retinopatia diabética no Sistema Único de SaúdeBen, Ângela Jornada January 2017 (has links)
Introdução: A retinopatia diabética é uma complicação microvascular do diabetes mellitus que, se não identificada precocemente e tratada, pode evoluir e levar à cegueira. Com base no aumento da prevalência de diabetes tipo 2 nas últimas décadas, espera-se aumento nos casos de retinopatia diabética desafiando sistemas de saúde a encontrarem soluções para enfrentar esse problema. Objetivos: Relatar os valores de utilidade associados aos estágios de retinopatia diabética numa amostra de pacientes atendidos na atenção primária no Brasil. Avaliar o custo incremental por ano de vida ganho com qualidade e o impacto orçamentário incremental entre duas estratégias de rastreamento da retinopatia diabética: 1) estratégia atual, onde as pessoas com diabetes que procuram por atendimento são encaminhadas para avaliação oftalmológica (oportunístico baseado na consulta oftalmológica – taxa de cobertura de ~36%) e 2) convidar as pessoas com diabetes sob responsabilidade das equipes de saúde da família a realizarem fotografias retinianas, sendo encaminhadas ao oftalmologista apenas se necessário (sistemático por teleoftalmologia – taxa de cobertura de 80%). Métodos: Estudo transversal foi desenhado para descrever valores de utilidade associados aos estágios da retinopatia diabética em amostra de pessoas com diabetes tipo 2, que participaram do rastreamento por teleoftalmologia numa unidade de atenção primária no sul do Brasil de 2013 a 2016. Para a análise de custo-utilidade, foi desenvolvido modelo de Markov para simular custos e anos de vida ganhos com qualidade em ambas as estratégias de rastreamento, em pessoas com diabetes tipo 2, com 40 anos seguidos durante toda a vida. A análise foi realizada sob perspectiva do Sistema Único de Saúde. A incerteza do modelo foi avaliada por análise de sensibilidade probabilística. Para análise de impacto orçamentário, foi desenvolvido modelo determinístico baseado em cenários com horizonte temporal de cinco anos. Resultados: A média de utilidade ajustada em pessoas sem retinopatia diabética foi 0,73 (IC 95% 0,69 a 0,77), com retinopatia diabética não ameaçadora à visão foi 0,74 (IC 95% 0,67 a 0,81) e com ameaça à visão foi 0,60 (IC 95% 0,51 a 0,70). A razão de custo-utilidade incremental do rastreamento sistemático por teleoftalmologia em comparação a estratégia atual foi de R$67.448,26/QALY quando otimizado acesso apenas à fotocoagulação e de R$9.089,37/QALY se disponibilizado acesso aos tratamentos para diabetes e retinopatia diabética. O custo por pessoa rastreada foi de R$83,04 na estratégia atual e R$42,05 na alternativa. O impacto orçamentário incremental estimado do rastreamento sistemático por teleoftalmologia seria de R$247.493.429,67 em cinco anos, em comparação com a atual estratégia. A teleoftalmologia sendo implementada com aumento progressivo das taxas de cobertura, provavelmente, economizaria R$427.944.045,74 em cinco anos em comparação com a estratégia atual. O rastreamento sistemático por teleoftalmologia, provavelmente, economizaria R$1.990.595.285,05 em comparação com o rastreamento sistemático baseado na consulta com oftalmologista. Conclusões: A média dos valores de utilidade pode ser menor em pessoas em risco de perda visual do que em pessoas sem retinopatia. O rastreamento sistemático por teleoftalmologia é, provavelmente, custo-efetivo em comparação à estratégia atual considerando limiar de disposição a pagar recomendado pela OMS. O impacto orçamentário incremental estimado do rastreamento sistemático por teleoftalmologia, em relação à atual estratégia, precisa ser avaliado à luz de que poderia dobrar o número de pessoas rastreadas e de que priorizaria o uso das consultas oftalmológicas para os casos em risco de perda visual. / Introduction: Diabetic retinopathy is a microvascular complication of diabetes mellitus. When it is not early detected and treated, it can evolve to diabetic macular edema leading to visual loss. Based on increasing rates of type 2 diabetes in past decades it is expected an increment of diabetic retinopathy cases, imposing a challenge to health care systems to deal with it. Objectives: To report health-state utility means by diabetic retinopathy stages in a Brazilian sample. To assess the incremental cost-utility and budget impact of two diabetic retinopathy screening approaches: 1) the current strategy where people with diabetes seeking for medical care are referred to ophthalmolist consultations (36% screening rate) and; 2) The alternative where people with diabetes under supervision of Family Health teams are invited to undertake digital retinal photos and are referred to further eye examination only if it is necessary (80% screening rate). Methods: A cross sectional study was designed to report health-state utility values associated with diabetic retinopathy stages in a convenience sample of patients with type 2 diabetes who underwent a pilot digital photography-based screening at primary care service in Southern Brazil from 2013 to 2016. For the cost-utility analysis, a Markov model was designed simulating costs and QALYs of both screening strategies, based on a hypothetic cohort of 40-year-old people with type 2 diabetes followed for their lifetime. The analysis was conducted under the perspective of Brazilian public health system. For the budget impact analysis, a determinist model was developed, based on scenarios in five-year time horizon. Results: The adjusted utility mean of patients without diabetic retinopathy was 0.73 (95% CI 0.69 – 0.77), with non-sight-threatening condition was 0.74 (95% CI 0.67 – 0.81) and with sight-threatening disease was 0.60 16 (95% CI 0.51 – 0.70). The incremental cost-effectiveness ratio of systematic by teleophthalmology compared with current strategy was $37,591.34/QALY when better screening leading to improved access only to retinal photocoagulation and $5,060.95/QALY when better screening leading to better access to both diabetes and diabetic retinopathy treatments. The cost per person screened was $46.32 in the strategy based on ophthalmologist consultations and $23.45 in the teleophthalmology alternative. The incremental budget impact of systematic by teleophthalmology screening would be $138,048,267.95 in five years compared to the current opportunistic strategy. When teleophthalmology was implemented at progressive increase in screening rates, it would probably save $238,694,740.34 in five-years compared to the current strategy. The systematic by teleophthalmology would probably save $1,110,301,679.02 compared to systematic screening based on ophthalmologist consultations. Conclusions: Utility means elicited by EQ-5D might be lower in people with diabetic retinopathy sight-threatening conditions than in people without diabetic retinopathy. Teleophthalmology systematic screening is cost-effective compared to opportunistic strategy based on ophthalmologist consultations given a willingness to pay recommended by the WHO. The estimated incremental budget impact of $138 million of the systematic by teleophthalmology DR screening compared to the current opportunistic strategy need to be evaluated in light of it could screen more than twice as many DM people at a lower cost and it could prioritize ophthalmologist consultations to people with diabetic retinopathy sight-threatening conditions.
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Agregação familiar de retinopatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2Gross, Paula Blasco January 2006 (has links)
A retinopatia diabética (RD) é a mais freqüente complicação crônica do diabete melito (DM). Existe uma variação considerável na presença e gravidade da RD que não é totalmente explicada pelos principais fatores de risco conhecidos, como o tempo de duração de DM e controles glicêmico e pressórico inadequados. O objetivo deste manuscrito é revisar aspectos genéticos relacionados à RD. O papel dos fatores genéticos na RD é sugerido pela presença de diferentes prevalências de RD em diferentes etnias e pela ocorrência de agregação familiar de RD. A presença de RD em um familiar aumenta de forma significativa a chance de outro familiar também apresentar esta complicação. Finalmente, a identificação de possíveis genes associados à RD (genes candidatos), a maioria deles relacionados à sua patogênese, tem sido avaliada através de estudos de polimorfismos genéticos. Os principais polimorfismos associados ao risco para RD são os ligados aos genes da aldose redutase, VEGF, PPAR-gama e ICAM-1. A identificação dos genes associados à RD deverá proporcionar novas opções para prevenção e tratamento desta complicação em pacientes portadores de DM. / Diabetic retinopathy (DR) is the most frequent chronic complication of Diabetes Mellitus (DM). There is a great variation in the presence and severity of DR in patients with DM that is not fully explained by the main known risk factors, such as duration of DM and poor glycemic and blood pressure control. The aim of this manuscript is to review genetic aspects associated with DR. The role of genetic factors on DR is suggested by different prevalences of DR in different ethnic groups, and also by the occurrence of familial aggregation of this diabetic complication. The presence of DR in one family member increases the chance of other family member also having DR. Finally, several studies on genetic polymorphisms have been performed in order to identify genes possibly related with DR (candidate genes). These genes are mostly connected to DR pathogenesis. The genetic polymorphisms of aldose reductase, VEGF, PPAR-gama and ICAM-1 are associated to increased risk of DR. The identification of the genes associated with DR will provide new prevention and treatment options of this complication in DM patients.
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Agregação familiar de retinopatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2Gross, Paula Blasco January 2006 (has links)
A retinopatia diabética (RD) é a mais freqüente complicação crônica do diabete melito (DM). Existe uma variação considerável na presença e gravidade da RD que não é totalmente explicada pelos principais fatores de risco conhecidos, como o tempo de duração de DM e controles glicêmico e pressórico inadequados. O objetivo deste manuscrito é revisar aspectos genéticos relacionados à RD. O papel dos fatores genéticos na RD é sugerido pela presença de diferentes prevalências de RD em diferentes etnias e pela ocorrência de agregação familiar de RD. A presença de RD em um familiar aumenta de forma significativa a chance de outro familiar também apresentar esta complicação. Finalmente, a identificação de possíveis genes associados à RD (genes candidatos), a maioria deles relacionados à sua patogênese, tem sido avaliada através de estudos de polimorfismos genéticos. Os principais polimorfismos associados ao risco para RD são os ligados aos genes da aldose redutase, VEGF, PPAR-gama e ICAM-1. A identificação dos genes associados à RD deverá proporcionar novas opções para prevenção e tratamento desta complicação em pacientes portadores de DM. / Diabetic retinopathy (DR) is the most frequent chronic complication of Diabetes Mellitus (DM). There is a great variation in the presence and severity of DR in patients with DM that is not fully explained by the main known risk factors, such as duration of DM and poor glycemic and blood pressure control. The aim of this manuscript is to review genetic aspects associated with DR. The role of genetic factors on DR is suggested by different prevalences of DR in different ethnic groups, and also by the occurrence of familial aggregation of this diabetic complication. The presence of DR in one family member increases the chance of other family member also having DR. Finally, several studies on genetic polymorphisms have been performed in order to identify genes possibly related with DR (candidate genes). These genes are mostly connected to DR pathogenesis. The genetic polymorphisms of aldose reductase, VEGF, PPAR-gama and ICAM-1 are associated to increased risk of DR. The identification of the genes associated with DR will provide new prevention and treatment options of this complication in DM patients.
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Complicações oculares nos pacientes com diabetes mellitus tipo 1Esteves, Jorge Freitas January 2009 (has links)
O diabetes melito (DM) é a primeira causa de cegueira legal em pacientes com idade entre vinte cinco e setenta e quatro anos de idade (1). Aproximadamente 98% das pessoas com DM tipo 1 e 78% das pessoas com DM tipo 2 apresentam algum tipo de retinopatia diabética nos primeiros 15 anos do diagnóstico do DM. A retinopatia diabética proliferativa ocorre em aproximadamente 50% dos pacientes com DM tipo 1 com mais de 15 anos de enfermidade (2). Além disso, se estima que a cada ano surjam 50.000 novos casos de edema macular e 63.000 novos casos de retinopatia proliferativa (3). Embora a retinopatia diabética proliferativa seja a grande responsável pela amaurose, o edema macular é a primeira causa de perda de visão moderada nestes pacientes (4). Entretanto, o comprometimento ocular pelo DM não se restringe a retinopatia. A catarata diabética pode ser causa de cegueira reversível sendo o tratamento de escolha a facoemulsificação. O DM também pode estar associado à paresias do 3, 4 e 6 nervos, que levam a diplopia, podendo ser a primeira manifestação desta doença. O glaucoma neovascular é uma complicação das formas graves da retinopatia diabética proliferativa e é de difícil tratamento. Além disso, o DM pode também comprometer a porção anterior do nervo óptico, causando um edema de papila e constituindo um quadro de neuropatia óptica isquêmica. Frente a esses dados, organizamos um ambulatório de oftalmologia de DM tipo 1 e o resultado do acompanhamento destes pacientes foi o objeto da presente tese de doutorado. Esta se constitui de cinco capítulos. O primeiro revisa os fatores de risco conhecidos para a retinopatia diabética. O segundo relata um caso que ilustra que existem fatores ainda desconhecidos para o desenvolvimento dessa complicação. Os terceiro e quarto capítulos relatam a prevalência de retinopatia diabética e de catarata nos pacientes com DM tipo 1 atendidos no ambulatório de Endocrinologia e Oftalmologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O último capítulo é um editorial relatando nossa experiência em relação ao fumo como fator de risco para edema de mácula clinicamente significativo.
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Baixo ganho ponderal como preditor da retinopatia da prematuridadeFortes Filho, João Borges January 2009 (has links)
Objetivos: Avaliar o baixo ganho ponderal do nascimento até a 6ª semana de vida como um fator de risco independente para o surgimento da retinopatia da prematuridade (ROP), bem como avaliar uma possível relação inversa do ganho ponderal com o estadiamento da ROP. Métodos: Estudo de coorte institucional, observacional e prospectivo, comparando a prevalência da ROP e o ganho de peso após o nascimento pré-termo. Foram incluídos todos os nascidos com peso <=1500 gramas e com idade gestacional <=32 semanas ao nascimento, no período entre outubro de 2002 e dezembro de 2006, e que sobreviveram da 6ª até a 42ª semana de idade gestacional corrigida. Os desfechos clínicos principais foram: surgimento da ROP em qualquer estadiamento evolutivo e surgimento da ROP grave necessitando tratamento. A principal variável do estudo foi a proporção do ganho ponderal sobre o peso do nascimento medido na 6ª semana de vida. Para determinar se o ganho ponderal foi influenciado pelo peso de nascimento, os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1, com peso de nascimento <=1.000 gramas e Grupo 2, com peso de nascimento >1.000 gramas. Foi determinada a prevalência da ROP nos dois grupos. Qui-quadrado e Teste t - Student foram utilizados para comparar os pacientes com e sem retinopatia. Realizou-se regressão logística para determinar se o ganho ponderal foi relacionado com o surgimento da ROP de forma independente das outras variáveis. Foi determinada a razão de chances para o desenvolvimento da retinopatia da prematuridade com intervalo de confiança de 95%. A acurácia do ganho ponderal para o surgimento da ROP em qualquer estadiamento ou da ROP grave foi avaliada por curvas receiver operating characteristic (ROC) com os respectivos pontos de corte de sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e negativos. Resultados: Foram estudados 317 pré-termos, sendo que 98 (30,9%) apresentaram ROP em qualquer estadiamento. A média do ganho ponderal entre os pacientes sem ROP foi 678,8 gramas (DP 258,6) e, nos pacientes com ROP, 462,8 gramas (DP 209,4), (P <0,001). A média da proporção do GP mostrou redução significativa a partir das crianças que não desenvolveram ROP para as que a desenvolveram nos estadiamentos 1 e 2 (P<0,001). Não foi possível determinar essa redução nos casos de ROP estadiamentos 3 ou mais. A regressão logística ajustada no Grupo 1 indicou OR para ROP de 1,055 (IC95%: 1,028-1,083; P<0,001) e, no Grupo 2, OR para ROP de 1,031 (IC95%; 1,008-1,054; P=0,007). A área sob a curva ROC foi 0,67% (IC95%: 0,598-0,729; P<0,001). O ponto de corte de 51,2% do GP demonstrou sensibilidade de 61,2% (IC95%: 51,3-70,5%) e especificidade de 64,4% (IC95%: 57,9-70,5%), valor preditivo positivo para ROP qualquer estadiamento 43,5% (IC95%: 35,4-51,8%) e valor preditivo negativo de 78,8% (IC95%: 72,3-84,3%). Para a ROP grave, a área grave a curva foi 0,63% (IC95%: 0,495-0,761; P=0,037), o ponto de corte demonstrou sensibilidade de 62,5% (IC95%: 42,2-80,0%), especificidade de 58,0% (IC95%: 52,3-63,6%), valor preditivo positivo 10,8% (IC95%: 6,5-16,9%) e valor preditivo negativo 95,0% (IC95%: 91,0-97,5%). Conclusões: O baixo ganho ponderal aferido na 6ª semana de vida foi um fator de risco importante, independente e capaz de predizer o surgimento da ROP em qualquer estadiamento evolutivo assim como da ROP grave. Não foi possível demonstrar uma relação inversa do ganho ponderal com os estadiamentos mais avançados da ROP.
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Comparação da densidade óptica de pigmento macular em pacientes diabéticos e indivíduos normais: Avaliação dos principais métodos e associação com a idade / Comparison of macular pigment optical density in diabetic and normal patients: assessment of key methods and association with ageLima, Veronica Franco de Castro [UNIFESP] January 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:42Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2014 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Objetivos: Comparar os valores de densidade optica de pigmento macular (MPOD) obtidos atraves dos metodos de fotometria de flicker heterocromatico (HFP) e autofluorescencia (AF) em um grupo de pacientes normais; comparar os valores de MPOD em pacientes diabeticos e nao-diabeticos, investigar a relacao entre esses valores e os niveis sericos de hemoglobina glicosilada e perfil lipidico; e, finalmente, investigar a relacao entre a idade e a distribuicao dos valores de MPOD ao redor da fovea em pacientes normais. Metodos: No primeiro estudo, 10 pacientes (20 olhos) normais (sem doencas oculares ou sistemicas) foram incluidos e testados para MPOD atraves dos metodos de HFP e AF. O metodo de AF utiliza dois comprimentos de onda diferentes para a aquisicao das imagens atraves de um oftalmoscopio de varredura a laser confocal modificado (Heidelberg Retina Angiograph, HRA, Heidelberg Engineering, Inc., Heidelberg, Alemanha). Os valores para as duas tecnicas foram obtidos em 4 excentricidades diferentes ao redor do centro da fovea (0,25, 0,5, 1 e 1,75°). Cada olho foi testado tres vezes para cada um dos metodos, e a analise estatistica foi realizada atraves de regressao linear e teste t pareado. Em um segundo estudo, 43 pacientes (43 olhos) diabeticos tipo 2 e normais foram incluidos prospectivamente e alocados em 3 grupos: grupo 1 (controle; n=14), grupo 2 (diabeticos sem sinais de retinopatia; n=17) e grupo 3 (diabeticos com retinopatia nao proliferativa leve; n=12). Todos os pacientes foram submetidos a exame oftalmologico completo e foram coletadas informacoes sistemicas e oculares, incluindo o uso de suplementos vitaminicos contendo carotenoides. A avaliacao da MPOD foi realizada atraves do HRA. Os valores obtidos em 2 excentricidades ao redor do centro da fovea (0,5 e 2°) foram comparados entre os grupos atraves da analise de variancia. Os niveis sericos de hemoglobina glicosilada e lipideos (HDL, LDL, colesterol total e triglicerides) foram correlacionados com os niveis da MPOD para cada grupo atraves de regressao linear. Finalmente, em um terceiro estudo, os valores da MPOD de 30 pacientes (30 olhos) normais foram obtidos atraves do HRA em 3 excentricidades retinianas (0,5, 1 e 2°) e correlacionados com a idade atraves de regressao linear. Resultados: Para a comparacao entre as tecnicas, os valores obtidos pela HFP foram consistente e significativamente inferiores aos valores obtidos pelo HRA (p<0,001) em todas as excentricidades retinianas testadas. Houve uma correlacao significativa entre os valores obtidos pelos dois metodos em quase todos os locais testados, sendo que a correlacao mais forte foi observada no ponto mais afastado da fovea (1,75°) (r=0,73). Em relacao a comparacao entre diabeticos e normais, a media dos valores da MPOD obtidos a 2° do centro da fovea variou significativamente para os tres grupos [grupo 1 (0,29 ± 0,07 DU), grupo 2 (0,22 ± 0,09 DU) e grupo 3 (0,14 ± 0,05 DU), p<0,001]. Alem disso, observou-se uma correlacao inversa e significativa entre os niveis de hemoglobina glicosilada e os valores medios da MPOD a 2° para todos os pacientes (r=-0,63, p<0,001). Nao foram encontradas correlacoes significativas com niveis de lipideos sericos, duracao do diabetes ou idade. Os pacientes incluidos para a analise de correlacao com a idade apresentaram 23 a 77 anos (idade media ± DP = 48,6 ± 16,4 anos). Diferencas significativas para os valores medios de MPOD obtidos a 0,5, 1 e 2° do centro da fovea foram encontradas (0,49 ± 0,12 DU; 0,37 ± 0,11 DU; 0,13 ± 0,05 DU, respectivamente, p<0,05). Os valores da MPOD a 0,5 e 1° e a idade mostraram uma correlacao significativa (p≤0,02), ja os valores da MPOD a 2° nao apresentaram correlacao com a idade (p=0,06). Conclusoes: Os valores da MPOD obtidos atraves do HRA mostraram correlacao significativa com os valores obtidos pelo metodo padrao de HPF, porem foram consistentemente mais elevados em todas as excentricidades retinianas testadas. Estes resultados sugerem que o metodo pode ser usado com seguranca em pacientes incapazes de realizar o teste de HPF, o que e essencial para uma aplicacao clinica mais ampla da analise de pigmento macular. Pacientes diabeticos tipo 2 com e sem retinopatia apresentaram niveis reduzidos da MPOD quando comparados aos pacientes nao-diabeticos. Alem disso, observou-se uma correlacao inversa e significativa entre os niveis de hemoglobina glicosilada e esses valores quando todos os pacientes foram analisados. Finalmente, os valores da MPOD obtidos em uma populacao normal foram mais elevados proximo ao centro da fovea. Esses valores apresentaram pico entre 45-50 anos de idade, seguido por uma reducao gradual apos 60 anos de idade / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Avaliação econômica sobre as estratégias de rastreamento da retinopatia diabética no Sistema Único de SaúdeBen, Ângela Jornada January 2017 (has links)
Introdução: A retinopatia diabética é uma complicação microvascular do diabetes mellitus que, se não identificada precocemente e tratada, pode evoluir e levar à cegueira. Com base no aumento da prevalência de diabetes tipo 2 nas últimas décadas, espera-se aumento nos casos de retinopatia diabética desafiando sistemas de saúde a encontrarem soluções para enfrentar esse problema. Objetivos: Relatar os valores de utilidade associados aos estágios de retinopatia diabética numa amostra de pacientes atendidos na atenção primária no Brasil. Avaliar o custo incremental por ano de vida ganho com qualidade e o impacto orçamentário incremental entre duas estratégias de rastreamento da retinopatia diabética: 1) estratégia atual, onde as pessoas com diabetes que procuram por atendimento são encaminhadas para avaliação oftalmológica (oportunístico baseado na consulta oftalmológica – taxa de cobertura de ~36%) e 2) convidar as pessoas com diabetes sob responsabilidade das equipes de saúde da família a realizarem fotografias retinianas, sendo encaminhadas ao oftalmologista apenas se necessário (sistemático por teleoftalmologia – taxa de cobertura de 80%). Métodos: Estudo transversal foi desenhado para descrever valores de utilidade associados aos estágios da retinopatia diabética em amostra de pessoas com diabetes tipo 2, que participaram do rastreamento por teleoftalmologia numa unidade de atenção primária no sul do Brasil de 2013 a 2016. Para a análise de custo-utilidade, foi desenvolvido modelo de Markov para simular custos e anos de vida ganhos com qualidade em ambas as estratégias de rastreamento, em pessoas com diabetes tipo 2, com 40 anos seguidos durante toda a vida. A análise foi realizada sob perspectiva do Sistema Único de Saúde. A incerteza do modelo foi avaliada por análise de sensibilidade probabilística. Para análise de impacto orçamentário, foi desenvolvido modelo determinístico baseado em cenários com horizonte temporal de cinco anos. Resultados: A média de utilidade ajustada em pessoas sem retinopatia diabética foi 0,73 (IC 95% 0,69 a 0,77), com retinopatia diabética não ameaçadora à visão foi 0,74 (IC 95% 0,67 a 0,81) e com ameaça à visão foi 0,60 (IC 95% 0,51 a 0,70). A razão de custo-utilidade incremental do rastreamento sistemático por teleoftalmologia em comparação a estratégia atual foi de R$67.448,26/QALY quando otimizado acesso apenas à fotocoagulação e de R$9.089,37/QALY se disponibilizado acesso aos tratamentos para diabetes e retinopatia diabética. O custo por pessoa rastreada foi de R$83,04 na estratégia atual e R$42,05 na alternativa. O impacto orçamentário incremental estimado do rastreamento sistemático por teleoftalmologia seria de R$247.493.429,67 em cinco anos, em comparação com a atual estratégia. A teleoftalmologia sendo implementada com aumento progressivo das taxas de cobertura, provavelmente, economizaria R$427.944.045,74 em cinco anos em comparação com a estratégia atual. O rastreamento sistemático por teleoftalmologia, provavelmente, economizaria R$1.990.595.285,05 em comparação com o rastreamento sistemático baseado na consulta com oftalmologista. Conclusões: A média dos valores de utilidade pode ser menor em pessoas em risco de perda visual do que em pessoas sem retinopatia. O rastreamento sistemático por teleoftalmologia é, provavelmente, custo-efetivo em comparação à estratégia atual considerando limiar de disposição a pagar recomendado pela OMS. O impacto orçamentário incremental estimado do rastreamento sistemático por teleoftalmologia, em relação à atual estratégia, precisa ser avaliado à luz de que poderia dobrar o número de pessoas rastreadas e de que priorizaria o uso das consultas oftalmológicas para os casos em risco de perda visual. / Introduction: Diabetic retinopathy is a microvascular complication of diabetes mellitus. When it is not early detected and treated, it can evolve to diabetic macular edema leading to visual loss. Based on increasing rates of type 2 diabetes in past decades it is expected an increment of diabetic retinopathy cases, imposing a challenge to health care systems to deal with it. Objectives: To report health-state utility means by diabetic retinopathy stages in a Brazilian sample. To assess the incremental cost-utility and budget impact of two diabetic retinopathy screening approaches: 1) the current strategy where people with diabetes seeking for medical care are referred to ophthalmolist consultations (36% screening rate) and; 2) The alternative where people with diabetes under supervision of Family Health teams are invited to undertake digital retinal photos and are referred to further eye examination only if it is necessary (80% screening rate). Methods: A cross sectional study was designed to report health-state utility values associated with diabetic retinopathy stages in a convenience sample of patients with type 2 diabetes who underwent a pilot digital photography-based screening at primary care service in Southern Brazil from 2013 to 2016. For the cost-utility analysis, a Markov model was designed simulating costs and QALYs of both screening strategies, based on a hypothetic cohort of 40-year-old people with type 2 diabetes followed for their lifetime. The analysis was conducted under the perspective of Brazilian public health system. For the budget impact analysis, a determinist model was developed, based on scenarios in five-year time horizon. Results: The adjusted utility mean of patients without diabetic retinopathy was 0.73 (95% CI 0.69 – 0.77), with non-sight-threatening condition was 0.74 (95% CI 0.67 – 0.81) and with sight-threatening disease was 0.60 16 (95% CI 0.51 – 0.70). The incremental cost-effectiveness ratio of systematic by teleophthalmology compared with current strategy was $37,591.34/QALY when better screening leading to improved access only to retinal photocoagulation and $5,060.95/QALY when better screening leading to better access to both diabetes and diabetic retinopathy treatments. The cost per person screened was $46.32 in the strategy based on ophthalmologist consultations and $23.45 in the teleophthalmology alternative. The incremental budget impact of systematic by teleophthalmology screening would be $138,048,267.95 in five years compared to the current opportunistic strategy. When teleophthalmology was implemented at progressive increase in screening rates, it would probably save $238,694,740.34 in five-years compared to the current strategy. The systematic by teleophthalmology would probably save $1,110,301,679.02 compared to systematic screening based on ophthalmologist consultations. Conclusions: Utility means elicited by EQ-5D might be lower in people with diabetic retinopathy sight-threatening conditions than in people without diabetic retinopathy. Teleophthalmology systematic screening is cost-effective compared to opportunistic strategy based on ophthalmologist consultations given a willingness to pay recommended by the WHO. The estimated incremental budget impact of $138 million of the systematic by teleophthalmology DR screening compared to the current opportunistic strategy need to be evaluated in light of it could screen more than twice as many DM people at a lower cost and it could prioritize ophthalmologist consultations to people with diabetic retinopathy sight-threatening conditions.
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Análise da condução nervosa periférica, função autonômica cardíaca e da morfologia retiniana em pacientes com diferentes graus de tolerância à glicose : estudo transversalBeer, Mayara Abichequer January 2017 (has links)
O diabetes inclui um grupo de distúrbios metabólicos caracterizados por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina e / ou na sua ação, ou ambos. Levando em consideração a alta prevalência de diabetes em adultos e a elevada prevalência de complicações micro e macrovasculares nesta população, se faz necessário o estudo de novas estratégias para a identificação precoce dessas complicações. Em um estudo transversal realizado no ambulatório de Pré-diabetes e Síndrome Metabólica do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram analisados marcadores precoces de retinopatia, nefropatia e neuropatia, com o objetivo de comparar achados iniciais de complicações microvasculares em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose. Sessenta e quatro sujeitos foram submetidos a um protocolo padrão (vide Figura 1) incluindo avaliação antropométrica, bioquímica contemplando dosagem de glicemia em jejum, 2-h após sobrecarga, hemoglobina glicada, vitamina B12, colesterol HDL, triglicerídeos, albumina urinária em amostra randômica e filtração glomerular estimada pela equação CKD-epi. A avaliação oftalmoscópica de ambos os parâmetros dos olhos por fundoscopia e tomografia de coerência óptica (OCT) de domínio espectral. A neuropatia sensitiva periférica foi avaliada através do questionário de Michigan, limiares vibratórios por diapasão, sensibilidade pelo monofilamento de Semmes-Weinstein 10g, a neuropatia de fibras finas pelo teste sensitivo quantitativo (TSQ) e a neuropatia autonômica cardíaca pelos testes autonômicos de Ewing e análise espectral da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A idade, pressão arterial sistólica diurna, noturna e triglicerídeos foram diferentes entre os grupos. A espessura da coróide no olho direito diminuiu com a piora do grau de tolerância à glicose dos indivíduos. (NGT 331.9 ± 98.8 μm vs. PDM 273.0 ± 83.1 μm vs. DM 217.9 ± 76.7 μm; p<0.001) o mesmo comportamento foi visto no olho esquerdo (NGT 356.3 ± 87.1 μm vs. PDM 258.5 ± 86.1 μm vs. DM 229.6 ± 79.8 μm; p=0.001). A microalbuminúria de amostra aumentou com a piora do grau de tolerância à glicose. [NGT 5.0 (3.0 – 13.6) vs. PDM 4.0 (3.0 – 13.6) vs. DM 17.0 (6.4 – 57.0); p=0.033]. A sensibilidade dos pés ao monofilamento 10g Semmes-Weinstein diminuiu com a piora do grau de tolerância à glicose. [NGT 6.9 ± 0.4 vs. PDM 6.3 ± 0.9 vs. DM 6.1 ± 0.8; p=0.008]. Não houve diferença entre os grupos quando avaliados os parâmetros de escore de Michigan, sensibilidade vibratória, e limiares de calor e dor, além da presença de neuropatia autonômica cardíaca de acordo com os critérios de Ewing. Quando realizada a análise espectral pelo domínio do tempo, a raíz quadrada dos intervalos R-R (RMSSD) apresentou-se reduzida com a piora do grau de tolerância à glicose dos indivíduos. A frequência cardíaca e pressão de pulso, avaliadas através da monitorização da pressão arterial de 24 horas pela MAPA, apresentaram uma tendência de aumento com a piora da tolerância à glicose dos indivíduos.
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Complicações oculares nos pacientes com diabetes mellitus tipo 1Esteves, Jorge Freitas January 2009 (has links)
O diabetes melito (DM) é a primeira causa de cegueira legal em pacientes com idade entre vinte cinco e setenta e quatro anos de idade (1). Aproximadamente 98% das pessoas com DM tipo 1 e 78% das pessoas com DM tipo 2 apresentam algum tipo de retinopatia diabética nos primeiros 15 anos do diagnóstico do DM. A retinopatia diabética proliferativa ocorre em aproximadamente 50% dos pacientes com DM tipo 1 com mais de 15 anos de enfermidade (2). Além disso, se estima que a cada ano surjam 50.000 novos casos de edema macular e 63.000 novos casos de retinopatia proliferativa (3). Embora a retinopatia diabética proliferativa seja a grande responsável pela amaurose, o edema macular é a primeira causa de perda de visão moderada nestes pacientes (4). Entretanto, o comprometimento ocular pelo DM não se restringe a retinopatia. A catarata diabética pode ser causa de cegueira reversível sendo o tratamento de escolha a facoemulsificação. O DM também pode estar associado à paresias do 3, 4 e 6 nervos, que levam a diplopia, podendo ser a primeira manifestação desta doença. O glaucoma neovascular é uma complicação das formas graves da retinopatia diabética proliferativa e é de difícil tratamento. Além disso, o DM pode também comprometer a porção anterior do nervo óptico, causando um edema de papila e constituindo um quadro de neuropatia óptica isquêmica. Frente a esses dados, organizamos um ambulatório de oftalmologia de DM tipo 1 e o resultado do acompanhamento destes pacientes foi o objeto da presente tese de doutorado. Esta se constitui de cinco capítulos. O primeiro revisa os fatores de risco conhecidos para a retinopatia diabética. O segundo relata um caso que ilustra que existem fatores ainda desconhecidos para o desenvolvimento dessa complicação. Os terceiro e quarto capítulos relatam a prevalência de retinopatia diabética e de catarata nos pacientes com DM tipo 1 atendidos no ambulatório de Endocrinologia e Oftalmologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O último capítulo é um editorial relatando nossa experiência em relação ao fumo como fator de risco para edema de mácula clinicamente significativo.
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